Seção 14 As Custas Processuais 2.14.1 As Custas e Emolumentos dos atos praticados no Foro Judicial e Extrajudicial poderão ser reajustados por meio de Provimento. 2.14.2 A taxa judiciária e as custas judiciais deverão ser recolhidas no ato da distribuição da inicial, sendo vedado o deferimento para serem recolhidas no final, exceto nos casos previstos em lei. 2.14.2.1 Não havendo preparo no prazo de 30 (trinta) dias, o fato será certificado pela secretaria, cancelando-se a distribuição sem necessidade de despacho. Para esta finalidade, as petições serão encaminhadas ao distribuidor. 2.14.2.2 Havendo recolhimento a menor das custas devidas, antes de se cancelar a distribuição, deve-se intimar a parte para o fim de complementação. 2.14.2.3 O prazo a que alude o item 1 desta norma (2.14.2.1) será contado a partir da intimação do advogado da parte, feita por meio do Diário da Justiça ou outra forma prescrita em lei. 2.14.3 Compete aos Juízes das respectivas causas conhecer das reclamações das partes, solucionando-as de imediato ou no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e, quando for o caso, encaminhando-as a quem de direito, para a solução e aplicação das penalidades cabíveis. 2.14.3.1 É permitida aos Cartórios Distribuidores não oficializados, nos processos distribuídos até 01.4.2002, a cobrança do ato da contagem de custas (Tabela L item 45 do Provimento 002/2004-CGJ e Lei 3.605/1974), sempre que esta se realizar. 2.14.3.2 Ficam permitidos a cobrança e o recolhimento do ato de CÁLCULO elaborado pela Secretaria Auxiliar da Presidência (Tabela C item 04 do Provimento 001/2004-CGJ e Lei 7.603/2001), no âmbito do Tribunal de Justiça, sempre que este se realizar, devendo o valor respectivo ser recolhido como Custas ao FUNAJURIS, por meio de guia de recolhimento padronizada do Fundo. 2.14.4 As reclamações são isentas de custas e emolumentos. 2.14.5 Ficam isentos de Custas Judiciais e emolumentos a União, o Estado, o Município e as suas respectivas autarquias e fundações, nos termos do artigo 4.º, parágrafo único, do Provimento 27/04-CM. 2.14.5.1 A isenção prevista no item anterior não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas a que se refere, do reembolso das despesas judiciais feitas pela parte vencedora. 2.14.5.2 As despesas com diligências dos Oficiais de Justiça, correios e fotocópias serão suportadas pela Fazenda Pública Federal e Municipal, por não constituírem custas ou emolumentos. 2.14.6 Nos casos de necessidade de remessa dos autos para cálculo ou pagamento de outras despesas judiciais, a quitação do valor devido ao contador, quando este não integrar a justiça oficializada, será feita pela parte interessada e o valor pago diretamente ao contador.
2.14.7 O processo que apresente saldo devedor ao FUNAJURIS, após arquivado, somente poderá ser impulsionado mediante a integral quitação das custas. Já o simples desarquivamento para vista independe de qualquer pagamento. (Item alterado pelo Provimento nº 39/2011-CGJ) 2.14.8 Os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita serão apreciados e julgados pelo Juiz da causa, mediante requerimento da pessoa interessada (artigo 4.º da Lei 1.060/50) ou por procurador regularmente constituído, do Defensor Público e/ou dos Núcleos de Assistência Judiciária das Faculdades de Direito, instruindo o feito com a declaração de que trata o artigo 3.º, parágrafo 2.º da Lei 7.603/01 e artigo 5.º, inciso LXXIV, da Constituição federal, sendo vedado qualquer questionamento e/ou entrevista com o interessado. 2.14.8.1 - Ao ser expedido mandado para prática de ato decorrente de sentença proferida em prol de beneficiários de assistência judiciária, para cumprimento perante serventias extrajudciais (atuais serviços notariais e registrais), o Juiz deverá fazer constar tal circunstância do ato mandamental, para cientificar o Oficial ou Notário a observar a gratuidade decorrente da Lei 1.060/50. 2.14.8.1.2 - Para a concessão de assistência judiciária aos necessitados, prevista na Lei n. 1.060/50, deverá o magistrado fazer uma averiguação superficial sobre as condições financeiras da parte requerente, inclusive, se necessário, com consulta ao Sistema INFOJUD (Secretaria da Receita Federal), DETRAN, Brasil Telecom e Junta Comercial, sendo as três últimas ferramentas disponibilizadas no Portal dos Magistrados. (Item alterado pelo Provimento nº 44/2012-CGJ) 2.14.8.1.3 - Restando negativa a investigação referida no subitem anterior, deverá o Juiz deferir o benefício, em caráter provisório, para que não haja prejuízo à tramitação do processo (Lei n.1.060/50, art.5.º) (Item acrescido pelo Provimento nº 07/09-CGJ) 2.14.8.1.4 - É vedado o deferimento do recolhimento de custas e despesas processuais para o final do processo. (Item revogado pelo Provimento nº 18/2012-CGJ) 2.14.8.1.5 - Concedida a Justiça Gratuita, a qualquer momento o Oficial de Justiça, notando sinais exteriores que evidenciem condições econômicas de o beneficiário pagar as custas do processo e demais verbas processuais (Lei n.1.060/50, art. 2º, 2º), relatará, por escrito, ao Juiz, descrevendo os fatos observados. (Item acrescido pelo Provimento nº 07/09-CGJ) 2.14.8.1.6 - No curso do processo, restando evidentes sinais de suficiência econômica da parte beneficiária, deve o magistrado proceder na forma ditada pelo art. 8.º da Lei da Justiça Gratuita. (Item acrescido pelo Provimento nº 07/09-CGJ) 2.14.9 Fica determinado aos senhores Distribuidores não oficializados que se abstenham de receber todo e qualquer valor devido ao FUNAJURIS, ficando tal arrecadação a cargo exclusivo do responsável pelos serviços do FUNAJURIS. 2.14.10 Fica vedado o recebimento, por qualquer servidor, dos valores destinados ao FUNAJURIS, os quais devem ser recolhidos por meio de guias padronizadas do Fundo, disponíveis nos Cartórios Distribuidores Oficializados, Postos de Arrecadação e Internet (site do Tribunal de Justiça www.tj.mt.gov.br).
2.14.11 Em relação aos processos distribuídos antes da vigência da Lei 7.603/2001, inclusive os do Juizado Especial Cível, nas hipóteses previstas nos incisos II, III, IV e V, do subitem 5.9.1, extintos ou arquivados, e pendentes do recolhimento de custas, deverá o valor ser informado e anotado na margem da distribuição, para que, diante de eventual solicitação de certidão, possa o Cartório Distribuidor constar a referência formal ao inadimplemento dos encargos. (Redação alterada pelo Provimento n.º 13/08 - CGJ) 2.14.12 Fica recomendado aos Juízes Diretores dos Foros, nos termos do artigo 52, inciso V, da Lei 4.964/85, especial e rigorosa fiscalização quanto: (Item revogado pelo Provimento nº 34/09-CGJ) I - à adoção do livro-caixa pelos Distribuidores e titulares dos Serviços Notariais e de Registros, assim como a sua escrituração diária, com o lançamento dos valores recebidos sob a autorização das Tabelas P e D (Foro Judicial) e F (Foro Extrajudicial), em contas separadas; II - à imediata remessa dos valores devidos às Associações, no 5.º (quinto) dia útil do mês seguinte àquele da arrecadação; III - ao número de atos praticados ou feitos distribuídos, e aos valores remetidos às Associações, para verificação de eventual omissão na cobrança ou retenção das importâncias devidas em decorrência das tabelas P, D e F. 2.14.13 - Os Distribuidores e titulares dos Serviços Notariais e de Registro deverão: (Item revogado pelo Provimento nº 34/09-CGJ) I - escriturar, diária e obrigatoriamente, o livro-caixa, lançando, em contas separadas, todos os valores recebidos sob a autorização das Tabelas P e F; II - remeter os valores das tabelas P e F no 5.º (quinto) dia útil do mês seguinte ao da arrecadação, por meio de depósitos bancários ou "DOCs" em conta corrente a ser indicada pelas Associações; III - encaminhar às Associações, por carta registrada, nos 05 (cinco) dias seguintes à remessa dos valores, cópias dos recibos dos depósitos bancários ou "DOCs", acompanhadas de ofício em que serão especificados todos os atos lançados ou registrados em livros notariais e de registro, a quantidade de cada um deles bem como, no que se refere ao Distribuidor, o número de feitos distribuídos; IV - arquivar, em pasta própria, os comprovantes de depósitos, ou "DOCs", e cópias dos ofícios encaminhados às Associações; 2.14.14 Sempre que houver notícia quanto a não-remessa dos valores, ou desacordo deles com o número de atos praticados ou feitos distribuídos, o Juiz Diretor do Foro procederá à inspeção/correição no Serviço de Notas e de Registro e no Cartório Distribuidor, caso em que, instaurará o procedimento nos termos da Lei 8.935/94, artigos 31, 37 e 38; Lei 6.940/97, artigos 18 a 23 e Lei 4.930, de 28.11.85. (Item revogado pelo Provimento nº 34/09-CGJ) 2.14.14.1 Nas hipóteses desta norma, qualquer das Associações poderá formular reclamação diretamente ao Juiz Diretor do Foro da Comarca, contra o titular do Cartório Distribuidor ou do Serviço Notarial e de Registro. (Item revogado pelo Provimento nº 34/09-CGJ)
Seção 16 Requisição de Informação sobre Renda ou Bens à Receita Federal 2.16.1 As requisições de informações à Receita Federal para apuração de endereço ou situação econômico-financeira da parte só serão deferidas pelo Juiz quando o requerente justificar que esgotou todos os meios possíveis para obtê-las ou e quando determinada ex officio pelo magistrado, que deverá sucintamente justificar a requisição. 2.16.1.1 Em qualquer hipótese, a requisição será feita exclusivamente por intermédio do INFOJUD, e tão somente pelo Magistrado. (Item alterado pelo Provimento nº 44/2012-CGJ) 2.16.2 A resposta da requisição, salvo determinação expressa do Juízo, ou se o requerente for o Ministério Público, poderá ser entregue ao advogado da parte para diligenciar, na Procuradoria da Fazenda, o encaminhamento da requisição ao Juízo, ficando vedado ao portador ter conhecimento das informações no âmbito administrativo. (Item alterado pelo Provimento nº 44/2012-CGJ) 2.16.3 O atendimento das requisições pelo órgão do Ministério da Fazenda Nacional ficará condicionado ao correto fornecimento dos dados relativos ao contribuinte (CPF ou CNPJ, domicílio fiscal) e ao cumprimento das exigências legais estabelecidas pela repartição. 2.16.4 As secretarias farão arquivos reservados, em pasta própria, dos ofícios prestadores das informações econômico-financeiras das partes, dando ciência do seu conteúdo ao interessado e certificando no processo essa ocorrência, salvo se por determinação do Juízo for recomendada a juntada aos autos, circunstância em que passará o feito a correr em segredo de justiça. 2.16.4.1 O ofício informando apenas endereço do contribuinte poderá ser juntado aos autos pelo servidor. 2.16.4.2 Decorridos seis meses do arquivamento dos ofícios prestando informações econômico-financeiras do contribuinte, serão eles destruídos por incineração ou processo equivalente.
Seção 12 Citação e Intimação 5.12.1 Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo Criminal Comum, com as comunicações necessárias, para a adoção do procedimento previsto em lei, inclusive citação editalícia, se for o caso (artigo 66, único, da Lei 9.099/95). 5.12.2 É recomendável que, antes de adotar a providência prevista na norma anterior, o Juiz solicite informações à Justiça Eleitoral, utilizando-se do Sistema de Informações Eleitorais (SIEL), Receita Federal, tão somente por intermédio do Sistema INFOJUD, bem como as empresas de telefonia móvel, buscando o endereço do autor do fato, salvo se verificar, de Plano, que tais medidas serão infrutíferas. (item alterado pelo Provimento nº 44/2012) 5.12.3 Qualquer informação à ser solicitada a Justiça Eleitoral, objetivando a localização da parte e/ou interessados, deverá ser feita exclusivamente por intermédio do Sistema de Informações, Eleitorais (SIEL). (item acrescido pelo Provimento nº 44/2012)