PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS



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Transcrição:

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Rua Leopoldo A Hinterholz, 710 CEP 95835000 Mato Leitão RS Fone: (51) 37841263 Site: www.matoleitaors.com.br Gestão 2013/2016 Prefeita Municipal...Carmen Goerck VicePrefeito Municipal...Sérgio Luiz Machado da Silva Comitê Participativo Representantes do Município Titulares Suplentes COMITÊ PARTICIPATIVO Gerson Horn Edelvani Maria Loeblein Pedro Jacobi Mirian Marques EXECUÇÃO LÓGICA GESTÃO AMBIENTAL INTELIGENTE LTDA. Rua Duque de Caxias, 812 Centro CEP 95 900000 Lajeado RS Fone: (51) 3726 3101 CNPJ: 10.475.138/000109 Site: www.logica.eco.br

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS SUMÁRIO LISTA DE FIGURA... 9 LISTA DE FLUXOGRAMA... 12 LISTA DE GRÁFICO... 13 LISTA DE MAPA... 14 LISTA DE TABELA... 15 APRESENTAÇÃO... 16 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS... 17 INTRODUÇÃO... 18 CAPÍTULO I DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL... 20 1.1 HISTÓRICO... 20 1.2 FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA... 21 1.3 CULTURA... 21 1.4 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS... 21 2 ASPECTOS GERAIS... 23 2.1 GEOLOGIA... 23 2.2 GEOMORFOLOGIA... 25 2.3 PEDOLOGIA... 27 2.4 HIDROGRAFIA... 29 2.5 HIDROGEOLOGIA... 31 2.6 VEGETAÇÃO... 32 2.7 CLIMA... 34 3 ASPECTOS SÓCIOS ECONÔMICOS... 38 3.1 ECONOMIA... 40 3.2 DESENVOLVIMENTO SOCIAL... 42 3.2.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica... 42 3.2.2 Taxa de mortalidade... 43 4 SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO... 43 4.1 DRENAGEM... 43 4.2 ABASTECIMENTO DE ÁGUA... 44 4.4 RESÍDUOS SÓLIDOS... 51 5 LEGISLAÇÃO PERTINENTE... 52 5.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL... 52 5.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL... 54 6 SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS... 57

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 6.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS... 57 7 GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO... 60 7.1 RESÍDUOS SÓLIDOS COLETA CONVENCIONAL... 61 7.2 COBERTURA DE COLETA CONVENCIONAL... 62 7.3 ACONDICIONAMENTO PARA TRANSPORTE... 63 7.4 TRANSPORTE... 64 7.5 TRIAGEM E TRANSBORDO... 66 7.6 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DA COLETA CONVENCIONAL... 68 7.7 COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES... 71 7.8 COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS... 72 7.8.1 Resultados do Estudo Gravimétrico... 76 7.8.2 Geração de Resíduos no Município... 80 7.8.3 Estimativa da Quantidade de Resíduos Sólidos Gerados... 80 8 CATADORES INFORMAIS E INCLUSÃO SOCIAL... 82 9 RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES COLETA SELETIVA... 85 10 RESÍDUOS DE LIMPEZA URBANA... 85 10.1 ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO... 87 10.2 DESTINAÇÃO FINAL... 87 10.3 CUSTOS LIMPEZA PÚBLICA... 88 10.4 COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES... 88 11 RESÍDUOS DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E PRESTADORES DE SERVIÇOS... 89 12 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC) E RESÍDUOS VOLUMOSOS... 122 12.1 QUANTIDADES COLETADAS... 125 12.2 DESTINAÇÃO FINAL... 125 12.3 GERADORES... 127 12.4 COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES... 130 13 RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSSS)... 130 13.1 GERADORES... 131 13.2 FREQUÊNCIA, PERÍODOS E HORÁRIOS DA COLETA... 133 13.3 QUANTIDADES COLETADAS... 133 13.4 ACONDICIONAMENTOS... 133 13.5 SISTEMA DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE... 134 13.6 CUSTOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE... 136 13.7 COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES... 136 14.1 LÂMPADAS, PILHAS, BATERIAS, ELETROELETRÔNICOS E ÓLEO LUBRIFICANTE... 137 14.2 MEDICAMENTOS... 140 14.3 EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS... 141 14.3.1 Quantidade Gerada de Embalagens de Agrotóxicos... 142 14.3.2 Acondicionamento... 143

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 14.3.3 Destinação Final das Embalagens de Agrotóxicos... 143 14.3.4 Competências e Responsabilidades... 144 15 RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSI)... 144 15.1 GERAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS... 145 15.1.1 Geradores... 146 15.2 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS... 152 16 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO... 152 16.1 GERADORES... 153 17 RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS... 154 17.1 GERADORES... 157 18 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE... 162 19 RESÍDUOS DE MINERAÇÃO... 162 20 IDENTIFICAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS... 162 21 SISTEMA DE COBRANÇA PELOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS... 165 21.1 SISTEMA ATUAL DE COBRANÇA DOS SERVIÇOS URBANOS... 168 22 ANÁLISE INTEGRADA... 170 CAPÍTULO II PROGNÓSTICO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA RESÍDUOS SÓLIDOS... 173 INTRODUÇÃO...175 1 OBJETIVOS, PROGRAMAS, AÇÕES, INDICADORES E METAS... 174 1.2 PROGRAMA: CONSCIÊNCIA SUSTENTÁVEL ATITUDE QUE FAZ A DIFERENÇA... 176 1.3 PROGRAMA: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE... 180 1.4 PROGRAMA: CONSUMO CONSCIENTE... 184 1.5 PROGRAMA: LIXÃO AQUI NÃO... 190 1.6 PROGRAMA: AQUI NÓS FAZEMOS A COLETA SELETIVA... 192 2 REESTRUTURAÇÃO DAS COLETAS E REATIVAÇÃO DA CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM... 199 2.1 SISTEMA DE COLETAS... 199 2.2 ÁREA PARA IMPLANTAÇÃO DA CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM... 199 2.3 CENTRAL DE TRIAGEM... 202 2.3.1 Procedimentos Diários... 204 2.3.2 Procedimento mensal... 204 2.3.3 Procedimentos semestrais ou anuais... 204 2.3.4 Pesagem... 206 2.3.5 Transbordo ou descarga... 206 2.3.6 Triagem... 206 2.3.7 Compostagem... 209

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 2.3.8 Dimensionamento da Equipe de Trabalho... 211 3 INVESTIMENTOS PARA IMPLANTAÇÃO DA COLETA CONVENCIONAL/SELETIVA E CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM... 212 3.1 CUSTO... 213 3.2 DESPESAS... 214 3.3 RATEIO... 214 3.4 DEPRECIAÇÃO... 214 3.5 INVESTIMENTO... 215 3.4 CUSTOS DE OPERAÇÃO... 215 3.4.1 Caminhão... 215 3.4.2 Coleta... 216 3.4.3 Triagem e Transbordo... 217 3.4.4 Custo do Rejeito... 218 3.4.5 Estrutura Administrativa... 218 3.5 CUSTOS DE MÃO DE OBRA... 218 3.5.1 Encargos Sociais Sobre a Folha de Pagamento... 218 3.5.2 Cálculo dos Encargos... 219 3.5.3 Equipamentos de Proteção Individual (EPI s)... 223 4 APURAÇÃO DE CUSTOS... 225 4.1 CUSTOS DIRETOS... 225 4.2 CUSTOS INDIRETOS... 226 4.3 CUSTOS FIXOS... 226 4.4 CUSTOS VARIÁVEIS... 226 5 ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO... 227 6 RESULTADOS FINANCEIROS... 231 7 INFORMAÇÕES ANUAIS... 233 9 VIABILIDADE ECONÔMICA/FINANCEIRA... 237 9.1 FLUXO DE CAIXA... 239 9.2 TIR A TAXA INTERNA DE RETORNO... 239 9.3 VPL VALOR PRESENTE LÍQUIDO... 240 10 CÁLCULO PARA TAXA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS... 240 11 COMPARATIVO... 242 32 RESPONSABILIDADES COMPARTILHADAS: MUNÍCIPES, PODER PÚBLICO E SETOR PRIVADO... 243 33 REGRAS E CRITÉRIOS PARA O MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NO MUNICÍPIO... 243 34 MEIOS DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DO SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA... 261

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 35 MECANISMOS PARA A CRIAÇÃO DE FONTES DE NEGÒCIOS, EMPREGO E RENDA MEDIANTE A VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS... 262 36 AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS A SEREM PRATICADAS, INCLUINDO PROGRAMA DE MONITORAMENTO... 264 37 AJUSTES NA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA... 266 37.1 ELABORAR REGULAMENTO DE LIMPEZA URBANA... 266 38 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 268 39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 270

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS LISTA DE FIGURA FIGURA 1 PÓRTICO DO MUNICÍPIO.... 20 FIGURA 2 PREFEITURA MUNICIPAL DE MATO... 20 FIGURA 3 DISTRIBUIÇÃO DA COBERTURA VEGETAL NO RIO GRANDE DO SUL, COM A LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO.... 33 FIGURA 4 CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA NO ESTADO.... 35 FIGURA 5 FAIXAS DE TEMPERATURA... 35 FIGURA 6 FAIXAS DE PRECIPITAÇÃO ANUAL.... 36 FIGURA 7 ESTIMATIVA DAS TEMPERATURAS MÉDIAS ANUAIS PARA O VALE DO TAQUARI RS... 37 FIGURA 8 ESTIMATIVA DAS TEMPERATURAS MÉDIAS MÁXIMAS ANUAIS PARA O VALE DO TAQUARI RS.... 37 FIGURA 9 PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL.... 38 FIGURA 10 ASSOCIAÇÃO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE MATO LEITÃO.... 45 FIGURA 11 ASSOCIAÇÃO HÍDRICA DUQUE DE CAXIAS... 45 FIGURA 12 ASSOCIAÇÃO HÍDRICA SANTO ANTÔNIO.... 46 FIGURA 13 ASSOCIAÇÃO HÍDRICA SÃO JOSÉ.... 46 FIGURA 14 SOCIEDADE DE ÁGUAS TRAVESSÃO BOA ESPERANÇA ALTA.... 47 FIGURA 15 SOCIEDADE HÍDRICA AURORA.... 47 FIGURA 16 DOMICÍLIOS LIGADOS A REDE GERAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA RS.... 49 FIGURA 17 ACONDICIONAMENTO... 63 FIGURA 18 ACONDICIONAMENTO... 63 FIGURA 19 ACONDICIONAMENTO TEMPORÁRIO.... 63 FIGURA 20 ACONDICIONAMENTO PARA LIXO... 64 FIGURA 21 ACONDICIONAMENTO PARA LIXO ORGÂNICO.... 64 FIGURA 22 DISPOSIÇÃO INADEQUADA DO LIXO DEVIDO À INEXISTÊNCIA DE LIXEIRA.... 64 FIGURA 23 ACONDICIONAMENTO COM... 64 FIGURA 24 CAMINHÃO CAÇAMBA DO MUNICÍPIO.... 65 FIGURA 25 CAMINHÃO COMPACTADOR DA EMPRESA CONTRATADA.... 65 FIGURA 26 ESTEIRA PARA TRIAGEM DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS.... 67 FIGURA 27 LOCAL DE TRIAGEM E PRENSAGEM DOS MATERIAIS.... 67 FIGURA 28 MATERIAL PRENSADO PARA A VENDA.... 67 FIGURA 29 OUTDOOR POSICIONADO NA ENTRADA DA EMPRESA.... 67 FIGURA 30 DISTÂNCIA DO MUNICÍPIO ATÉ MINAS DO LEÃO/RS.... 69 FIGURA 31 VALA DE DISPOSIÇÃO... 71 FIGURA 32 VALA DE DISPOSIÇÃO... 71 FIGURA 33 TRATAMENTO DO LIXIVIADO.... 71 FIGURA 34 SISTEMA DE QUEIMA DE GASES.... 71 FIGURA 36 PILHA DE RESÍDUOS.... 74 FIGURA 37 COLETA DAS AMOSTRAS.... 74 FIGURA 35 DETALHE DA COLETA EM MONTE OU PILHA (SEÇÃO E VISTA DE TOPO).... 74 FIGURA 38 ABERTURA DAS AMOSTRAS.... 75 FIGURA 39 SEPARAÇÃO DAS AMOSTRAS.... 75 FIGURA 40 MATERIAL SEPARADO.... 75

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS FIGURA 41 PESAGEM DOS MATERIAIS.... 75 FIGURA 42 CATADOR IDENTIFICADO NO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO.... 84 FIGURA 43 DEPÓSITO INFORMAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS.... 84 FIGURA 44 LIMPEZA PÚBLICA VARRIÇÃO.... 87 FIGURA 45 ÁREA DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS DE LIMPEZA URBANA.... 88 FIGURA 46 ÁREA DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS DE LIMPEZA URBANA.... 88 FIGURA 47 EMPREENDIMENTO TECSUL.... 121 FIGURA 48 EMPREENDIMENTO VIOLÕES ROOS.... 121 FIGURA 49 RESTAURANTE GUNTZEL.... 121 FIGURA 50 BORRACHARIA FICHINHA.... 121 FIGURA 51 RESÍDUOS DISPOSTOS EM TERRENO, AO LADO DA SECRETARIA DE OBRAS.... 126 FIGURA 52 ACÚMULO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM TERRENOS.... 126 FIGURA 53 RESPONSABILIDADES DOS GERADORES (FONTE: RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL FOLHETO SINDUSCON (2012)).... 127 FIGURA 54 POSTO DE SAÚDE LOCALIDADE DE SANTO ANTÔNIO.... 133 FIGURA 55 LOCAL DE ARMAZENAMENTO SEM IDENTIFICAÇÃO LOCALIDADE DE SANTO ANTÔNIO.... 133 FIGURA 56 ARMAZENAMENTO DOS RSSS LOCALIDADE DE SANTO ANTÔNIO.... 134 FIGURA 57 UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE CENTRO.... 134 FIGURA 58 ARMAZENAMENTO DAS BOMBONAS (LOCAL SEM IDENTIFICAÇÃO) UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE CENTRO.... 134 FIGURA 59 ARMAZENAMENTO DAS BOMBONAS UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE CENTRO.... 134 FIGURA 60 SISTEMA DE AUTOCLAVE.... 135 FIGURA 61 ARMAZENAMENTO PARA TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL.... 135 FIGURA 62 SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS.... 138 FIGURA 63 PNEUS DISPOSTOS EM FRENTE À SECRETARIA DE OBRAS, SUJEITO A ACÚMULO DE ÁGUA DA CHUVA.... 138 FIGURA 64 ARMAZENAMENTO DE PNEUS DENTRO DO PAVILHÃO DA SECRETARIA DE OBRAS... 138 FIGURA 65 ARMAZENAMENTO DE ELETRÔNICOS NO PAVILHÃO DA SECRETARIA DE OBRAS.... 138 FIGURA 66 ARMAZENAMENTO DE LÂMPADAS FLUORESCENTES NO PAVILHÃO DA SECRETARIA DE OBRAS.... 138 FIGURA 67 PILHAS.... 139 FIGURA 68 LÂMPADAS.... 139 FIGURA 69 ÓLEOS LUBRIFICANTES.... 139 FIGURA 70 ELETROELETRÔNICOS.... 139 FIGURA 71 MEDICAMENTOS EM GERAL.... 140 FIGURA 72 MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS.... 140 FIGURA 73 EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS.... 142 FIGURA 74 TRIAGEM DA EMPRESA.... 143 FIGURA 75 VISTA AÉREA DA EMPRESA.... 143 FIGURA 76 CALÇADOS BEIRA RIO FILIAL 06, LOCALIZADA NO MUNICÍPIO.... 152 FIGURA 77 PRODUÇÃO DE MILHO.... 155 FIGURA 78 PRODUÇÃO DE ERVAMATE.... 155 FIGURA 79 PRODUÇÃO DE ERVAMATE.... 156 FIGURA 80 PASTAGENS.... 156 FIGURA 81 PECUÁRIA LEITEIRA.... 156

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS FIGURA 82 SALA DE ORDENHA.... 156 FIGURA 83 PECUÁRIA LEITEIRA PASTAGEM.... 157 FIGURA 84 SUINOCULTURA.... 157 FIGURA 85 ENTRADA DA CENTRAL DE TRIAGEM.... 164 FIGURA 86 VISTA PANORÂMICA DA CENTRAL DE TRIAGEM.... 164 FIGURA 87 VISTA PANORÂMICA DA ÁREA DO ANTIGO ATERRO.... 165 FIGURA 88 ÁREA PARA A CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM.... 201 FIGURA 89: MODELO DE UMA CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM PARTE EXTERNA... 208 FIGURA 90: MODELO DE UMA CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM PARTE INTERNA... 208

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS LISTA DE FLUXOGRAMA FLUXOGRAMA1: GESTÃO ATUAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO.... 172 FLUXOGRAMA 2: FUNCIONAMENTO DA CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM... 205

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS LISTA DE GRÁFICO GRÁFICO 1 PORCENTAGENS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS OBTIDAS NO ESTUDO GRAVIMÉTRICO.... 78 GRÁFICO 2 APRESENTA O NÚMERO DE CATADORES NO BRASIL.... 83

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS LISTA DE MAPA MAPA 1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO.... 23 MAPA 2 ÁREA DA ANTIGA CENTRAL DE TRIAGEM.... 164

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS LISTA DE TABELA TABELA 1 PROJEÇÃO POPULACIONAL... 39 TABELA 2 PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS.... 40 TABELA 3 PRODUTO INTERNO BRUTO.... 41 TABELA 4 ESTATÍSTICAS DO CADASTRO CENTRAL DE EMPRESAS (2010).... 41 TABELA 5 ESCOLAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DE MATO LEITÃO.... 43 TABELA 6 ASSOCIAÇÕES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA.... 44 TABELA 7 MUNICÍPIO E SEUS RESPECTIVOS OPERADORES DO ABASTECIMENTO URBANO, POR UNIDADE DE GESTÃO.... 48 TABELA 8 SITUAÇÃO DO ABASTECIMENTO PÚBLICO NO MUNICÍPIO DE RESPONSABILIDADE DE ASSOCIAÇÃO DE MORADORES.... 48 TABELA 9 ABASTECIMENTO DE ÁGUA.... 50 TABELA 10 SANEAMENTO.... 50 TABELA 11 INFRAESTRUTURA SANITÁRIA.... 51 TABELA 12 TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.... 51 TABELA 13 LEGISLAÇÃO FEDERAL.... 52 TABELA 14 LEGISLAÇÃO ESTADUAL.... 54 TABELA 15 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL.... 56 TABELA 16 RESPONSABILIDADE PELO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.... 59 TABELA 17 CONTRATOS COM EMPRESAS TERCEIRIZADAS.... 59 TABELA 18 DADOS DE COLETA, TRANSPORTE E CUSTOS... 62 TABELA 19 DISTÂNCIAS PERCORRIDAS PARA A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (2012)... 68 TABELA 20 RESÍDUOS PRODUZIDOS EM TONELADAS.... 80 TABELA 21 FAIXAS UTILIZADAS DE GERAÇÃO PER CAPITA.... 80 TABELA 22 PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS.... 81 TABELA 23 CATADORES E EDUCAÇÃO AMBIENTAL... 84 TABELA 24 SERVIÇOS REALIZADOS E ROTEIROS EXECUTADOS.... 85 TABELA 25 ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E PRESTADORES DE SERVIÇOS EXISTENTES NO MUNICÍPIO... 91 TABELA 26 DADOS GERAIS REFERENTES AOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (2012)... 125 TABELA 27 ESTABELECIMENTOS GERADORES DE RCC.... 128 TABELA 28 ESTABELECIMENTOS EXISTENTES DE SERVIÇOS DE SAÚDE.... 132 TABELA 29 DESTINAÇÃO FINAL DOS RSSS... 135 TABELA 30 EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS (2012)... 141 TABELA 31 VOLUME GERADO DE EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS.... 142 TABELA 32 INDÚSTRIAS EXISTENTES NO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO.... 147 TABELA 33 ESTIMATIVA DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS.... 154 TABELA 34 AGRICULTURA PRINCIPAIS PRODUTOS.... 155 TABELA 35 GERAÇÃO DE DEJETOS.... 157 TABELA 36 PECUÁRIA.... 157 TABELA 37 QUANTIDADE DE PRODUTORES EXISTE NO MUNICÍPIO.... 158 TABELA 38 ESTABELECIMENTOS GERADORES DE RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIL.... 159

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS TABELA 39 IDENTIFICAÇÃO DE SISTEMA DE COBRANÇA PELO SERVIÇO DE LIMPEZA URBANA E COMO O MESMO É REALIZADO EM CADA MUNICÍPIO.... 168 TABELA 40 TAXA DE COLETA DE LIXO.... 169 TABELA 41 VALORES ARRECADADOS COM A COLETA DE LIXO.... 169 TABELA 42 VALORES PAGOS PARA COLETA DE LIXO.... 169 TABELA 43 PRINCIPAIS PONTOS FRACOS IDENTIFICADOS... 170 TABELA 44 RECURSOS PARA O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL... 179 TABELA 45 RECURSOS PARA O PROGRAMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 183 TABELA 46 INVESTIMENTOS PARA O PROGRAMA DE LOGÍSTICA REVERSA E PONTOS DE ENTREGA VOLUNTÁRIA... 187 TABELA 47 RECICLNIP... 188 TABELA 48 GM&CLOG... 188 TABELA 49 SINDIRREFINO... 189 TABELA 50 RECURSOS PARA O PROGRAMA DE ZERO LIXÃO.... 191 TABELA 51 RECURSOS PARA O PROGRAMA DE FAZENDO A COLETA SELETIVA RECICLANDO PARA UM FUTURO MELHOR... 195 TABELA 52: CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL.... 207 TABELA 53: EQUIPE DE TRABALHO.... 211 TABELA 54 CUSTO DE OPERAÇÃO COM CAMINHÃO.... 215 TABELA 55 DISTÂNCIAS PERCORRIDAS.... 216 TABELA 56 INVESTIMENTO CAMINHÃOCHASSI+BAÚ.... 216 TABELA 57 INVESTIMENTO TRIAGEM E TRANSBORDO.... 217 TABELA 58 INVESTIMENTO SEDE ADMINISTRATIVA.... 218 TABELA 59 MÃO DE OBRA INDIRETA... 219 TABELA 60 MÃO DE OBRA INDIRETA... 220 TABELA 61 MÃO DE OBRA INDIRETA... 220 TABELA 62 MÃO DE OBRA DIRETA... 221 TABELA 63 MÃO DE OBRA DIRETA... 221 TABELA 64 MÃO DE OBRA DIRETA... 222 TABELA 65 MÃO DE OBRA DIRETA... 222 TABELA 66 MÃO DE OBRA DIRETA... 223 TABELA 67 MÃO DE OBRA DIRETA... 223 TABELA 68 UNIFORME E EQUIPAMENTOS.... 224 TABELA 69 UNIFORMES E EQUIPAMENTOS.... 225 TABELA 70 APURAÇÃO DE CUSTOS TOTAIS.... 227 TABELA 71 ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO.... 229 TABELA 72 RESULTADO FINANCEIRO IMPLANTAÇÃO.... 232 TABELA 73 INFORMAÇÕES ANUAIS.... 234 TABELA 74 PONTO DE EQUILÍBRIO.... 236 TABELA 75 VIABILIDADE DO EMPREENDIMENTO.... 238 TABELA 76 CÁLCULO PARA TAXA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS.... 241 TABELA 77 COMPARATIVO PROJETO DE VIABILIDADE.... 242 TABELA 78 REGRAS PARA O TRANSPORTE E OUTRAS ETAPAS DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NOS MUNICÍPIOS.... 245 TABELA 79 DEMANDAS E OPORTUNIDADES.... 264 TABELA 80 AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS... 265

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS APRESENTAÇÃO Conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS, Lei Federal nº 12.305 de 2 de agosto de 2010, regulamentada pelo Decreto 7.404 de 23 de dezembro de 2010, todos os Município deverão apresentar seus Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, para que possam firmar convênios e contratos disponíveis nas esferas de Governo Municipal, Estadual e Federal e também junto a fundações e instituições, na gestão das políticas públicas e captação de recursos relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos. O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Mato Leitão, Estado do Rio Grande do Sul, foi desenvolvido em conformidade com a Lei Federal nº 11.445/07, que estabelece a Política Nacional de Saneamento e a Lei Federal 12.305/10 que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Primeiramente foi realizada a elaboração do diagnóstico do Município, o qual passou por avaliações locais, desde a geração dos resíduos sólidos até a destinação final, elencandose, em um primeiro momento, o levantamento de dados. Sendo este processo indispensável para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, a fim de desenvolver ações conjuntas de forma otimizada e eficaz. Os dados apresentados neste trabalho caracterizam as atuais condições de gestão dos resíduos sólidos gerados, empregados a nível municipal, elaborados a partir de levantamentos em campo e considerando programas existentes no próprio Município. O horizonte de tempo considerado para esse estudo é de 20 anos, e visa fornecer elementos para a concretização de uma política municipal de gestão integrada e gerenciamento de resíduos sólidos, com a prestação de serviço adequado e sustentável economicamente. Quanto à revisão do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, esta deverá ser realizada a cada 4 anos, conforme estabelece a Lei Federal 12.305/2010. 16

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AMVAT Associação dos Municípios do Vale do Taquari ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente EPI Equipamento de Proteção Individual FEE Fundação de Economia e Estatística IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDH Índice de Desenvolvimento Humano NBR Norma Brasileira NR Norma Regulamentadora ODM Objetivos de Desenvolvimento do Milênio PGIRS Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos PGRS Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PGRSS Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde PIB Produto Interno Bruto PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos PNSB Pesquisa Nacional de Saneamento Básico RDC Resolução da Diretoria Colegiada RSS Resíduos Serviço de Saúde SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 17

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS INTRODUÇÃO A popularização dos bens de consumo, o aumento da produção industrial e o crescimento desordenado da população, têm criado um dilema junto à comunidade moderna: o que fazer com tanto lixo? Vivese em uma sociedade, onde a filosofia predominante chamase descartável, estimulada pelo consumo e pela produção, o que significa, diretamente, mais rejeitos. Segundo a ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), em todo o país, foram produzidos, no ano de 2010, mais de 195 mil toneladas de resíduos sólidos por dia. Conforme a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico PNSB, a destinação final dos resíduos, os vazadouros a céu aberto (lixões) constituíram o destino final dos resíduos sólidos em 50,8% dos Municípios brasileiros (IBGE 2008). Sendo que este quadro vem se alterando nos últimos 20 anos, sobretudo nas Regiões Sudeste e Sul do País, tal situação se configura como um cenário de destinação reconhecidamente inadequado, que exige soluções urgentes e estruturais para o setor. No entanto, independente das soluções e/ou combinações de soluções a serem pactuadas, isso certamente irá requerer mudanças social, econômica e cultural da sociedade (adaptado IBGE 2008). Se tratando da Região Sul, os Municípios de seus três estados Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná registraram as menores proporções de destinação dos resíduos sólidos aos lixões: 2,7%%, 16,5% e 24,6%, respectivamente. O Rio Grande do Sul destina 79,2% de seus resíduos para aterros sanitários e controlados. (IBGE 2008). Existe a necessidade de criação de novas políticas de gestão pública de resíduos, que possam atuar de forma eficaz, não só com o objetivo de garantir a coleta, o tratamento e a disposição final, mas principalmente estimular a busca por mecanismos que visem à conscientização da comunidade como um todo, buscando a diminuição dos resíduos gerados no dia a dia. A partir deste preceito, o diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos do Município é o primeiro passo para uma gestão otimizada, que atenda às exigências legais e proporcione 18

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS qualidade de vida à população, com políticas públicas concretas e coerentes que levem em consideração as peculiaridades do Município. Este trabalho tem como objetivo o levantamento de dados in loco, os quais contribuirão para o direcionamento das ações, que visam o Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, gerados no Município de Mato Leitão RS. Na fase do prognóstico se faz necessário projetar em curto, médio e longo prazo como ficará a operacionalização com a possibilidade de exercer ações conjuntas que, dotadas de sinergia, ofereçam resultados superiores e relevantes, capazes de obter ganhos representativos para a melhoria da qualidade de vida das populações. Serão estabelecidas diretrizes e estratégias focadas nas diferentes classes de resíduos sólidos gerados nos Município. Os grupos de resíduos contemplados foram: Resíduos domiciliares; Resíduos de limpeza urbana; Resíduos sólidos urbanos; Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços; Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico; Resíduos industriais; Resíduos de serviços de saúde; Resíduos da construção civil; Resíduos agrossilvopastoris; Resíduos de serviços de transportes; Resíduos de mineração; Resíduos perigosos. As diretrizes possuem como principal objetivo estabelecer planos relacionados ao gerenciamento adequado de resíduos. As estratégias procuraram orientar e recomendar metodologias para o alcance das metas propostas pelo plano. sendo que estas foram adaptadas à realidade local do Município. 19

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS CAPÍTULO I DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL 1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO 1.1 Histórico No século passado, a área do Município de Mato Leitão, localizada entre os vales do Rio Taquari e do Rio Pardo, na Encosta Inferior Nordeste e que até a sua emancipação correspondia ao 4º Distrito de Venâncio Aires, era uma gleba de mata virgem, pertencente ao um morador de Rio Pardo. Segundo informações municipais, o Município de Mato Leitão foi colonizado em 1906. A Fazenda Boa Vista pertencia à família do Coronel João de Freitas Leitão, morador de Rio Pardo, sendo que os habitantes das colônias próximas chamavam esta região de LEITAO'SWALD (o mato do leitão), dando origem ao nome do Município. Em 1957 transformouse em distrito de Venâncio Aires, conquistando a emancipação em 20 de março de 1992. Mato Leitão é conhecido na região pelo espírito empreendedor, e de organização de seu povo, pela excelente gastronomia, hospitalidade e manifestações artísticoculturais. Na Figura 1 é demonstrado o Pórtico de acesso ao Município e na Figura 2 a Sede do Poder Executivo, localizada no centro do Município. Mato Leitão também é conhecido como a cidade das orquídeas, e o cultivo desta flor vêm crescendo entre a população. Gentílico: matoleitoense Figura 1 Pórtico do Município. Figura 2 Prefeitura Municipal de Mato Fonte: Empresa executora. Fonte: Empresa executora. 20

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 1.2 Formação Administrativa Distrito criado com a denominação de Mato Leitão (expovoado), pela Lei Municipal nº 311/1957, subordinado ao Município de Venâncio Aires. Em 1992, foi desmembrado do Município de Venâncio Aires, pela Lei Estadual nº 9607/1992, passando a ser Município com denominação de Mato Leitão, sendo instalado em 01/01/1993. Em divisão territorial datada de 1997, o Município é constituído do distrito sede. No ano de 1999, foi criado o Distrito de Santo Antônio, este anexado ao Município de Mato Leitão, pela Lei Municipal n 499 /1999. Posteriormente, foi criado o Distrito de Arroio Bonito, pela Lei Municipal n 500/1999. Em seguida, pela Lei Municipal n 501/199, é criado o Distrito de Sampai o e também anexado ao Município de Mato Leitão. (Portal ODM Objetivos de Desenvolvimento do Milênio). 1.3 Cultura A formação étnica do povo é alemã e lusa, destacamse na agricultura, pela diversificação das culturas de aipim, milho, ervamate, fumo, hortigranjeiros, e o aumento de agroindústrias. Também cresce a produção de leite com melhoria do rebanho leiteiro e tecnologias de produção, impulso na produção de suínos, alevinos e aves. A religiosidade, a valorização da educação, esporte, cultura e espírito comunitário são marcas trazidas pelos colonizadores. a preservação desta herança históricocultural evidenciase no cultivo das flores, com destaque orquídea, no canto coral, na dança, música e artes plásticas, a alegria de viver e participar. Existe boa infraestrutura urbana e rural com comunidades bem organizadas, lindas paisagens, com potencial turístico. 1.4 Localização e Acessos O Município de Mato Leitão está situado na região Central do Estado do Rio Grande do Sul, distante de 140 quilômetros de Porto Alegre, inserido na região 21

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS geográfica da Microrregião Colonial do Baixo Taquari. O Município faz as seguintes confrontações: Leste: Cruzeiro do Sul; Norte: Santa Clara do Sul; Oeste: Venâncio Aires; Sul: Venâncio Aires. Seu acesso principal situase na rodovia estadual RST 453 (Venâncio Aires Lajeado). O Município está localizado a uma altitude média de 81 metros, e conta com uma área de unidade territorial de 45, 903km² (IBGE, 2010). Se tratando das áreas territoriais e de sua divisão, o Município de Mato Leitão é dividido em 1º Distrito Zona Urbana e 2º, 3º e 4º Distritos Zona Rural. A zona rural é subdividida em Distritos, estes em localidades e as sedes distritais são intituladas de Vilas. A Zona Rural está dividida em: 2º Distrito, instituído pela Lei nº 499 Vila Santo Antônio; 3º Distrito, instituído pela Lei nº 500 Vila Arroio Bonito; 4º Distrito, instituído pela Lei nº 501 Vila Sampaio. No Mapa 1 é apresentado a área do Município, onde pode ser observado os principais acessos à região. 22

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Mapa 1 Localização do Município. Fonte: Google Maps. 2 ASPECTOS GERAIS 2.1 Geologia A região do município de Mato Leitão apresenta excelentes exposições da Formação Serra Geral, do Cretáceo Inferior da Bacia do Paraná. reprentadas pelos derrames basálticos (Fácies Gramado) e onde se intercalam arenitos intertrápicos Botucatu na base e litarenitos e sedimentos vulcanogênicos da porção mediana ao topo da seqüência (CPRM, 2008). A Formação Serra Geral é constituída por uma série de derrames de lavas básicas toleíticas, intercaladas com alguns derrames andesíticos e riodacíticos, especialmente em direção ao topo da seqüência. Existem registros de magmatismo subordinado de afinidade picrítica e de afinidade alcalina (Roisenberg & Viero 2000). 23

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Diques e corpos concordantes de diabásio, encaixados em unidades rochosas mais antigas e relacionadas às efusivas, têm ocorrência generalizada na área de estudo. De acordo com CRH, (1997) o conjunto de rochas vulcânicas na região do município de Mato Leitão é representado por uma seqüência de até 10 derrames cuja espessura média é de 70 m. Falhamentos regionais com direções preferenciais NE e NW de até 20 km e falhamentos de menor expressão com direções preferenciais E e NE de 500 m a 4 km são predominantes na região. Zonas de disjunção horizontal estão presentes em toda a área da porção vulcânica da Formação Serra Geral. De maneira geral, as rochas vulcânicas da Formação Serra Geral recobrem os arenitos eólicos da Formação Botucatu, mas podem ser também encontrados em contato direto com rochas permotriássicas da Bacia do Paraná e até mesmo com o embasamento cristalino, nas bordas da bacia (Roisenberg & Viero 2000). Os métodos radiométricos empregados na datação das rochas vulcânicas da Formação Serra Geral vêm evoluindo com o tempo. Isto ocasiona o estabelecimento de idades cada vez mais precisas, bem como a definição mais correta do intervalo de tempo e taxas de efusão das lavas. Mantovani et al. (1985) propuseram uma idade RbSr de 135 ± 3,5 Ma, a partir de amostras de riolito. Desde então, as datações pelo método 39Ar40Ar vêm confirmando um intervalo que vai de 135 Ma até 128 Ma, com um pico de atividades em cerca de 132 Ma (Turner et al. 1994). Stewart et al. (1996) estabelecem um intervalo temporal de 10 a 12 milhões de anos para Formação Serra Geral, indo de 138 Ma até 127 Ma, estando, portanto, temporalmente localizada dentro do Cretáceo Inferior. De modo geral, o vulcanismo básico e intermediário da Formação Serra Geral no Rio Grande do Sul é constituído por basaltos e andesibasaltos de textura afírica a subafírica, compostos por menos de 5% de fenocristais de plagioclásio (An 8640 ), augita (Wo 126 ), titanomagnetita e ilmenita, com raras ocorrências de olivina em matriz de mesma constituição, mas sem olivina (Roisenberg & Viero 2000). A adaptação do Mapa Geológico do Rio Grande do Sul (CPRM, 2008), base utilizada para este estudo indica que o município de Mato Leitão encontrase inserido junto à Fácies Gramado da Formação Serra Geral. 24

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS A Fácies Gramado tem sua área ao longo da escarpa sul da Serra Geral e referese a um conjunto de derrames com espessura máxima de 300 m, que representam as primeiras manifestações vulcânicas sobre os sedimentos arenosos do então Deserto Botucatu. As rochas que compõem esta Fácies são oriundas de derrames basálticos granulares finos a médio, melanocráticos cinza, com espessuras de 15 a 35 metros e intercalações com os arenitos Botucatu (Wildner et al., 2008). Nessa Fácies são freqüentes estruturas de fluxo, horizontes vesiculares bem desenvolvidas no topo preenchidos por zeolitas, carbonatos, apofilitas e saponita, incipientes na base e uma porção central formada por rocha granular homogênea, com disjunção colunar bem desenvolvida (Wildner et al., 2008). 2.2 Geomorfologia O processo que origina o relevo interrelaciona componentes como: água, vegetação, solo, rocha e o próprio homem. Estes elementos são influenciados pelos processos morfogenéticos, logo impõe modificações às feições do relevo. Por isso a necessidade de se diagnosticar e identificar áreas de características similares, para traduzilas em categorias geomorfológicas IBGE (1986). O município de Mato Leitão está inserido no Domínio Morfoestrutural das Bacias e Coberturas Sedimentares, nas Unidades Geomorfológicas Serra Geral, Planalto dos Campos Gerais e Planície Alúviocoluvionar. A Unidade Geomorfológica Serra Geral constituise nos terminais escarpados abruptos do Planalto dos Campos Gerais, nas bordas leste e sul, desenvolvidas sobre rochas efusivas básicas, em especial. As formas do relevo na área serrana são representadas por profunda e intensa dissecação com marcante controle estrutural, freqüentes ocorrências de sulcos estruturais de diversas orientações e cursos fluviais a ele adaptados. Registramse cristas simétricas disseminadas pela área. As características do relevo são propícias ao desenvolvimento e preservação de uma vegetação do tipo florestal. A unidade geomorfológica Serra Geral concentra as principais áreas residuais de florestas nativas de Mato Leitão. Em virtude de existirem elevadas declividades nessa unidade, característica que provoca uma dificuldade natural de utilizar essas 25

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS áreas para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, houve a preservação de áreas florestais. Além disso, muitas áreas agrícolas localizadas nessa unidade foram abandonadas nas últimas décadas, em virtude da dificuldade em manejar essas terras. Esse abandono, na atualidade, pode ser verificado pela existência de várias e grandes áreas de regeneração da vegetação, compondo capoeiras e vegetação secundária em vários estágios de regeneração. A Unidade Geomorfológica Planalto dos Campos Gerais é caracterizada por apresentar um relevo relativamente plano. Essas superfícies de aplanamento, elaboradas por processo de pediplanação em conseqüência de ataques erosivos sucessivos, indicam a predominância dos processos de erosão areolar, truncando rochas sãs ou pouco alteradas. Junto ao contato com a Formação Serra Geral são observadas rupturas de declive nas encostas, gerando a exposição de linhas de pedra, comuns na região. O Planalto dos Campos Gerais caracterizase por formas de relevo de dissecação diferencial, traduzidas por profundos entalhamentos fluviais que se apresentam junto a linhas estruturais, que normalmente estão ocupadas por cursos hídricos, apresentandose em diversas direções, sendo que no município, a principal direção é Noroeste/Sudeste (NW/SE). Atualmente, apresentase como áreas de agricultura temporária e pequenas pastagens permanentes. Ressaltase que a atividade agropecuária de Mato Leitão é, essencialmente, de subsistência familiar. A Unidade Geomorfológica Planície Alúviocoluvionar corresponde à borda oeste da Planície Gaúcha, no contato com a unidade de relevo Planalto SulRio Grandense. Essa unidade constitui ampla área de acumulação fluvial, apresentando áreas brejosas sujeitas a inundações periódicas, correspondentes às várzeas atuais ou áreas levemente inclinadas, apresentando rupturas de declive em relação à várzea e aos terraços fluviais. É caracterizada como uma superfície plana, horizontalizada, de baixa altitude, formada por sedimentos de aluviões e coluviões inconsolidados de idade quaternária, oriundos do retrabalhamento de litologias mais antigas. Em Mato Leitão os depósitos aluvionares e os materiais coluviais são provenientes das cheias dos arroios Bonito e Sampaio e depositados sobre a planície de inundação destes. 26

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Essas áreas apresentam sedimentos com variação textural (depósitos arenosos, arenoargilosos e cascalhos), permeabilidade e erosão variáveis e com lençol freático próximo ou na superfície, favorecendo o escoamento superficial. A ocorrência de enchentes que renovam o solo das planícies (várzea) de inundação dos arroios e, por se tratar de uma área relativamente planar, possibilitam a mecanização e favorecem o desenvolvimento da atividade agrícola nessas áreas. 2.3 Pedologia Conforme o Mapa de Levantamento de Reconhecimento dos Solos do Estado do Rio Grande do Sul de escala 1:750.000, no município de Mato Leitão são encontrados dois tipos de solos denominados de Nitossolo Vermelho Distroférrico (NVdf1) e Chernossolo Háplico Órtico (MXo1); e uma associação de dois outros tipos de solos, classificados por Streck et al. (2002) como Chernossolo Argilúvico Férrico (MTf) e Neossolo Litólico Eutrófico (RLe1). A associação de solos do tipo Neossolo e Chernossolo (MTfRLe1) ocorre em parte do município. Ainda ocorrem Chernossolos (MXo1) e também os Nitossolos (NVdf1). Os solos MXo1 e NVdf1 ocorrem restritos, enquanto a associação de solos MTfRLe1 ocorre com ampla distribuição. O termo Neossolo é associado com solos novos e pouco desenvolvidos. Os Neossolos geralmente são solos rasos que apresentam em seu perfil uma seqüência de horizontes Ar, ou ACR, ou OR, ou HC. São solos de formação recente e encontrados nas mais diversas condições de relevo e drenagem. Na área de estudo, os Neossolos são do tipo Litólico eutrófico (RLe1), apresentando o horizonte A ou O assentado sobre a rocha parcialmente alterada (horizonte C) ou rocha inalterada (camada R). O contato lítico ocorre em profundidades maiores que 50 cm e esses solos apresentam alta saturação por bases ( 50%). Para Streck et al. (2002), os Neossolos, associados com Chernossolos Argilúvicos férricos, ocupam as encostas de relevo mais acentuado. Com relação à aptidão ao uso agrícola, os Neossolos Litólicos, devido à sua pequena espessura, e por ocorrerem em regiões de relevo forte ondulado e montanhoso, em geral com pedregosidade e afloramentos de rochas, e por terem 27

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS baixas tolerâncias de perdas de solo por erosão hídrica, apresentam fortes restrições para culturas anuais. Os solos com seqüência de horizontes AC, com contato sobre a rocha decomposta e declividade <15%, podem ser cultivados mediante práticas intensivas de conservação, com mínima mobilização do solo. Os locais com declividade entre 15% e 30% devem ser utilizados com atividades de reflorestamento ou com fruticultura, intercaladas com plantas de cobertura e recuperadoras de solo. Áreas com declive superior a 30% devem ser mantidas com cobertura vegetal natural (Streck et al., 2002). O termo Chernossolo sugere solos escuros com alta fertilidade química. Apresentamse rasos a profundos, proporcionando no perfil uma seqüência de horizontes ABC. Caracterizamse por apresentar razoáveis teores de material orgânico, o que confere cores escuras ao horizonte superficial que é do tipo A chermozêmico. Além disso, têm alta fertilidade química, com saturação por bases 65% e alta CTC em todo o perfil. Os Chernossolos Argilúvicos apresentam horizonte B textural ou B nítico e um elevado teor de ferro ( 18%) que identifica os Chernossolos Argilúvicos férricos. No município de Mato Leitão, esses solos têm origem dos basaltos da Fácies Gramado da Formação Serra Geral e estão associados a Neossolos Litólicos eutróficos. Por sua vez, os Chernossolos Háplicos órticos situamse nas várzeas encaixadas dos rios que drenam a Encosta Inferior do Nordeste, como os rios Taquari, Pardo, Caí, Sinos e afluentes. Os Chernossolos Argilúvicos férricos ocupam áreas de pequena extensão, em relevo ondulado a fortemente ondulado, o que dificulta a mecanização e exige práticas conservacionistas intensivas. Oferece condições para uso com culturas anuais, fruticultura, pastagens e reflorestamento. Já os Chernossolos Háplicos órticos localizamse em relevo plano a suavemente ondulado, junto às várzeas de rios. Apresentam alto potencial para culturas anuais, entretanto apresentam risco de inundação ocasional (Streck et al., 2002). Para Streck et al. (2002), Nitossolo significa agregados nítidos e brilhantes no horizonte B. Consistem em solos profundos, apresentando em seu perfil uma seqüência de horizontes ABC, onde o horizonte B é do tipo B nítico. Esses solos têm uma aparência muito similar aos Latossolos, uma vez que possuem pouco 28

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS incremento de argila com a profundidade e transição difusa ou gradual entre os horizontes. Em virtude dessas características o perfil geralmente é homogêneo, e há dificuldade de distinguir os horizontes. O que distingue os Nitossolos é o horizonte B com uma estrutura mais desenvolvida (na forma de blocos angulares e/ou subangulares) com revestimento brilhante (cerosidade), que é característico do horizonte B nítico. Esses solos, geralmente são ácidos com CTC baixa (argila de atividade baixa), pelo fato de apresentarem predomínio de caulinita e óxidos de ferro na sua constituição. Os Nitossolos Vermelhos encontrados em Mato Leitão são distroférricos, apresentando baixa saturação por bases (<50%) e altos teores de ferro (15 a 36%). Esses solos ocorrem em relevo suave ondulado a ondulado, e na região de Mato Leitão podem estar associados com Chernossolos e Neossolos Litólicos eutróficos. Em função de suas propriedades físicas (profundos, bem drenados, muito porosos, friáveis, bem estruturados) e condições de relevo, os Nitossolos geralmente possuem boa aptidão agrícola, desde que corrigida a fertilidade química. Os Nitossolos podem ser utilizados com culturas de inverno e verão, exigindo práticas de conservação e a intercalação ou consorciação de plantas recuperadoras de solos. 2.4 Hidrografia O Município de Mato Leitão encontrase inserido junto à Bacia Hidrográfica do Guaíba, (FEPAM, 2006). Esta, situase na região nordeste do RS, entre os paralelos 28ºS e 31ºS e os meridianos 50ºW e 54ºW, abrangendo uma área de 84.763,54 km² e correspondente a 30% da área total do estado. A Bacia do Guaíba é formada por 251 municípios e conta com uma população de 5.869.265 habitantes, que representa 61% da população do Estado. É formada pelas bacias hidrográficas da porção norte e central do Estado que drenam para o Lago Guaíba: Gravataí, Sinos, Caí e Baixo Jacuí; outras bacias drenam para o Baixo Jacuí: Alto Jacuí, Taquari Antas, Pardo e Vacacaí (FEPAM, 2006). A bacia hidrográfica do Rio TaquariAntas situase na região Nordeste do estado do Rio Grande do Sul, abrangendo uma área de 26.428 km², equivalente a 29

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 9% do território estadual e 98 municípios. Tratase do principal afluente do rio Jacuí, maior formador do Guaíba (FEPAM, 2006). O Rio TaquariAntas nasce no extremo leste do Planalto dos Campos Gerais, com a denominação de rio das Antas, até a confluência com o Rio Carreiro, nas imediações do município de São Valentim do Sul. A partir daí passa a denominarse Taquari, desembocando no rio Jacuí, junto à cidade de Triunfo. Seus principais afluentes pela margem esquerda são os rios Camisas, Tainhas, Lajeado Grande e São Marcos, e pela margem direita, os rios QuebraDentes, da Prata, Carreiro, Guaporé, Forqueta e TaquariMirim. Em termos hidrográficos, os dois principais cursos são o arroio Bonito e o Sampaio. Ambos são importantes afluentes do Rio Taquari, que localizase à Leste do município em questão. Os regimes hídricos do arroio Bonito e o Sampaio é irregular, caracterizandose por variações de suas descargas, ocorrendo cheias e estiagens alternadas. Esse regime fica condicionado por vários fatores naturais. Efetivamente, a baixa permeabilidade dos solos da bacia, incluindo a drenagem do terreno, aliados às fortes declividades em algumas porções e formas planares tipo várzeas em outras porções propiciam um coeficiente de escoamento superficial alto e, conseqüentemente, pequenas parcelas de água se infiltrando. Desta forma, a camada de solo funciona como volante hidrológico, armazenando quantidades de água, responsáveis pela contribuição subterrânea dos cursos d água nos períodos de estiagem. Observase, pois, que a maior percentagem de água precipitada na bacia escoa superficialmente para a rede hidrográfica. Por outro lado, estando os cursos d água desta bacia nitidamente encaixados nos vales, os retardamentos e abastecimentos das ondas de cheias são pequenos. O arroio Bonito e o Sampaio possuem toda a sua bacia hidrográfica assentada sobre a formação basáltica. Encontrase encaixado e com regiões meândricas, apresenta quantidade razoável de seixos em seu leito, que apresenta largura média de 10,00 metros 20,00 metros 30

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS (em sua maioria) e profundidade variável sendo que a média é de 0,50 metros a 2,00 metros em quase a totalidade do curso. Estes dois arroios apresentam quantidades pequenas de sedimentos (cascalhos), em zonas características de deposição e erosão. Também é possível observar que os arroios Bonito e Sampaio são meandrantes e, eventualmente abandonam seu curso original, principalmente em períodos de grandes densidades pluviométricas. 2.5 Hidrogeologia Em termos de hidrogeologia, segundo Machado (2005), predominam na região de Mato Leitão o Sistema Aqüífero Serra Geral II (sg2) sobreposto ao Sistema Aqüífero Botucatu/Pirambóia (bp). O autor subdividou ambos sistemas de acordo com suas potencialidades para água subterrânea e atributos físicos e químicos das rochas: Aqüíferos com média a baixa possibilidade para águas subterrâneas em rochas e sedimentos com porosidade intergranular O Sistema Aqüífero Botucatu/Pirambóia localizase quase integralmente de Taquari até Santo Antônio da Patrulha. É composto por arenitos médios, róseos, endurecidos em afloramentos e com condições topoestruturais em geral desfavoráveis para armazenamento de águas. Os arenitos finos a muito finos e avermelhados são muito argilosos. A capacidade específica deste sistema aqüífero é baixa, com valores que raramente ultrapassam 0,5 m 3 /h/m. As salinidades geralmente são inferiores a 250 mg/l. Aqüíferos com média a baixa possibilidade para águas subterrâneas em rochas com porosidade por fraturas O Sistema Aqüífero Serra Geral II ocupa a parte oeste do Estado, os limites das rochas vulcânicas com o Rio Uruguai e as rochas gonduânicas além da extensa 31

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS área nordeste do planalto associada com os derrames da Unidade Hidroestratigráfica Serra Geral. As rochas constituintes deste sistema são basicamente riolitos, riodacitos e em menor proporção, basaltos fraturados. A capacidade específica deste sistema aqüífero é normalmente inferior a 0,5 m 3 /h/m. Porém, onde ocorre maior incidência de fraturas ou arenitos na base do sistema os valores podem ser superiores a 2,0 m 3 /h/m. Os valores de salinidade são geralmente inferiores a 250 mg/l, considerados baixos. Em áreas influenciadas por descargas ascendentes do Sistema Aqüífero Guarani podem ser encontrados valores maiores de ph, salinidade e teores de sódio. Aqüíferos praticamente improdutivos em rochas com porosidade intergranular ou por fraturas O Sistema Aqüífero Basalto/Botucatu (bb) localizase na região limite entre a fronteira oeste e a região das Missões. Também estão inseridas neste contexto as áreas com morros isolados de basalto sobre arenitos da Unidade Hidroestratigráfica Botucatu. Os poços são secos ou de vazões muito baixas devido ao condicionamento topoestrutural destes locais. 2.6 Vegetação Considerando questões históricas e ecológicas o Rio Grande do Sul apresentava até meados do século XX, cobertura vegetal muito rica, que teve acentuado devastamento, principalmente a partir das imigrações alemãs e italianas, de forma que hoje os resquícios de mata nativa se resumem às regiões marginais dos rios nas áreas de maior altitude e de algumas zonas preservadas. Atualmente a cobertura vegetal original está praticamente restrita aos pontos de acentuado declive e aos topos dos morros. O Estado do Rio Grande do Sul, caracterizase por apresentar diversas formações vegetais, o que representa uma ampla riqueza biológica, tanto da flora quanto da fauna. Essas formações vegetais fazem parte do Bioma Mata Atlântica e do Bioma Pampa. O município de Mato Leitão/RS com uma superfície de 45,903 32

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS km², de acordo com Teixeira & Neto (1986), está inserida na Região Fitoecológica da Floresta Estacional Decidual, e suas formações florestais integra o Bioma Mata Atlântica (Figura 3). Figura 3 Distribuição da cobertura vegetal no Rio Grande do Sul, com a localização do município de Mato Leitão. Fonte: http://www.dialogoflorestal.org.br/biomas/mataatlantica/mapadamataatlantica/. O termo decidual expressa o grau de retenção foliar dos elementos arbóreos e arbustivos dos estratos principais encontrados em uma determinada formação vegetal em uma determinada época (EITEN, 1983). A Floresta Estacional Decidual, no Estado do Rio Grande do Sul, referese à dependência da vegetação em relação às estações do ano, ocorre em locais com dois períodos climáticos bem definidos e a denominação decidual justificase pelo fato de 60% dos indivíduos perderem as folhas no outono/inverno. Sua estrutura está representada por dois estratos arbóreos distintos: um emergente, aberto decíduo, com altura variando entre 25 m a 30 m, e outro, dominado e contínuo, de altura não superior a 20 m, formado principalmente por espécies perenifoliadas, além de um estrato de arvoretas. A fisionomia decidual desta floresta é determinada pelo dossel emergente, dominado por leguminosas caducifólias que se destacam a Apuleia leicarpa (Vogel) J. F. Macbr. (grápia) e a Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan (angico). Esta cobertura tem ocorrência 33

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS predominante nas encostas e nos topos dos morros na Encosta da Serra Geral. Nas áreas mais planas, esta formação está bastante alterada, estando presente somente no entorno dos cursos d água formando matas ciliares, e em fragmentos isolados em áreas agrícolas. Como citado anteriormente há poucas áreas de floresta nativa, e quando encontrada, estão principalmente em locais de grande declividade, difícil acesso, ou então, áreas consideradas impróprias ao cultivo. Cabe salientar, que o êxodo rural, vêem contribuindo gradativamente para recuperação de algumas áreas, visto que, locais não mecanizáveis estão sendo abandonados, e atualmente, encontramse vegetações em estágios iniciais e médio de regeneração. Para o município de Mato Leitão, podemse considerar os mesmos aspectos, no entanto, por tratarse de relevo ondulado, com características favoráveis a produção agrícola e pecuária, são raros os fragmentos de mata nativa original, visto que, foram retirados os espécimes arbóreos e arbustivos, principalmente para plantio de culturas cíclicas, anuais e pastagens. As margens dos rios ainda mantêm uma vegetação ciliar pouco expressiva e antropizada, principalmente devido ao uso dessas áreas de várzea para produção agrícola de grãos, como milho e soja dentre outras. Áreas de produção familiar, em pequenas propriedades, são comumente encontradas nas localidades adjacentes. A característica da cobertura vegetal do município é resultado do histórico de perturbações que o mesmo vem sofrendo, observase a interferência humana e descaracterização do ecossistema local, não permitem o desenvolvimento das espécies nativas. 2.7 Clima Conforme informações do Município, se tratando de clima, o mesmo tem sofrido os seus maiores danos com os períodos de seca, também a ocorrência de granizos e vendavais, os quais já trouxeram muitos prejuízos consideráveis à população principalmente nas residências. As chuvas torrenciais também acarretaram perdas significativas aos munícipes tanto nas áreas rurais quanto urbanas. 34

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS O Município de Mato Leitão encontrase em uma área de transição, de acordo com as isotermas traçadas para o Estado, com as quatro estações do ano apresentandose bem definidas. Segundo a classificação, o Rio Grande do Sul se enquadra na zona fundamental temperada ou C, isto é, com temperatura do mês mais frio próxima a 3ºC, e no tipo fundamental Cf : clima temperado úmido, com chuvas distribuídas por todo ano, conforme Figura 4. Como uma subdivisão do tipo fundamental Cf, o estado costuma ser classificado em duas variedades específicas: clima subtropical ou virgiano, Cfa, cuja temperatura do mês mais quente é superior a 22ºC, e a do mês mais frio oscila entre 3º e 18ºC, conforme Figura 5. Neste último caso, estão as partes mais elevadas do estado, como a região Nordeste, com altitudes superiores a 600 metros (MORENO, 1961). As chuvas no Rio Grande do Sul apresentam distribuição espacial mais uniforme (NIMER, 1990). As faixas de precipitação, segundo o autor, podem variar de 1250 mm a 2000 mm, com raras ocorrências pontuais para mais ou menos, em determinadas regiões, conforme Figura 6. Neste caso, de acordo com média altimétrica anteriormente citada, o Município encontrase em uma área de transição entre as categorias supracitadas. Figura 4 Classificação Climática no Figura 5 Faixas de Temperatura Estado. Fonte: UFSM. Fonte: UFSM. 35

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 6 Faixas de Precipitação Anual. Fonte: UFSM. A região geopolítica denominada Vale do Taquari, localizada na porção centrosul do Estado do Rio Grande do Sul, carece de informações climáticas no âmbito regional. Dentre os dados climáticos, a temperatura é um fator importante no planejamento agrícola, pois têm influência direta no desenvolvimento de culturas agrícolas. Segundo estimativas geradas, a temperatura média anual para o Vale do Taquari está entre 16,75ºC, na porção norte, e 19,61ºC, na parte centrosul, conforme demonstrado na Figura 7. A média mínima da temperatura anual estimada é de 11,67ºC na parte norte, a 14,43ºC. A temperatura média máxima anual é de 21,8ºC na parte norte, a 26ºC na parte sul, conforme ilustrado na Figura 8. 36

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 7 Estimativa das temperaturas médias anuais para o Vale do Taquari RS. Figura 8 Estimativa das temperaturas médias máximas anuais para o Vale do Taquari RS. Fonte: Espacialização das estimativas das temperaturas máximas, médias e mínimas anuais para o Vale do Taquari RS Brasil, pelo método de regressão linear (UNIVATES). Fonte: Espacialização das estimativas das temperaturas máximas, médias e mínimas anuais para o Vale do Taquari RS Brasil, pelo método de regressão linear (UNIVATES). O Estado apresenta uma distribuição relativamente equilibrada das chuvas ao longo de todo o ano, em decorrência das massas de ar oceânicas que penetram no Estado. O volume de chuvas, no entanto é diferenciado. Ao sul a precipitação média situase entre 1.500 e 1.800mm, com intensidade maior de chuvas a nordeste do 37

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Estado, especialmente na encosta do planalto, local com maior precipitação do Estado, conforme demonstrado na Figura 9. Figura 9 Precipitação Média Anual. Fonte: Atlas socioeconômico Rio Grande do Sul, 2011. As chuvas no Rio Grande do Sul apresentam distribuição espacial mais uniforme (NIMER, 1990). As faixas de precipitação, segundo o autor, podem variar de 1250 mm a 2000 mm, com raras ocorrências pontuais para mais ou menos, em determinadas regiões. 3 ASPECTOS SÓCIOS ECONÔMICOS Conforme Censo de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Município de Mato leitão apresenta uma população de 3.865 habitantes, sendo que destes 41,9% são residentes da área urbana e 58,1% da área rural, perfazendo uma densidade demográfica de 84,20 hab./km². Segundo dados do Portal do ODM, a taxa de crescimento populacional do Município de Mato Leitão é de 1,87%, sendo obtida através do método de crescimento geométrico que considerada a população do Censo de 2000 e 2010 para ser obtida a taxa de crescimento. Conforme equação demonstrada abaixo: 38

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS TCP= X 100 Onde: TCP é a taxa de crescimento populacional, PT é a população correspondente ao último censo do IBGE, PO é a população correspondente ao penúltimo censo e N é a diferença de tempo entre os censos. Este método assume que a taxa de crescimento é proporcional a população existente em um determinado ano. O método pressupõe que o crescimento é ilimitado. Assim temos: TCP= X 100 TCP= 1,87% de 20 anos. Na Tabela 1, segue demonstrada a projeção da população para um período Tabela 1 Projeção Populacional. Ano População 2013 4.086 2014 4.162 2015 4.240 2016 4.319 2017 4.400 2018 4.482 2019 4.566 2020 4.652 2021 4.739 2022 4.827 2023 4.918 2024 5.010 2025 5.103 39

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 3.1 Economia 2026 5.199 2027 5.296 2028 5.395 2029 5.496 2030 5.599 2031 5.703 2032 5.810 2033 5.919 Fonte: Empresa Executora. A base da economia do Município está diretamente ligada à agricultura e pecuária, baseada na pequena propriedade rural. Hoje, essas atividades permanecem junto com a atividade industrial, comercial e o turismo, os quais estão em crescimento e atendem à demanda local, trazendo o desenvolvimento para o Município. Conforme dados disponibilizados pelo Município, segue Tabela 2 demonstrando as principais atividades econômicas. Tabela 2 Principais Atividades Econômicas. Principais atividades econômicas % ICMS* Suinocultura 23,23 Leite 9,98 Fumo 5,13 Bovinos de Corte 2,31 Soja 1,92 Milho 1,53 Fonte: Mato Leitão, Prefeitura Municipal. % ICMS* Imposto sobre circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços. O ramo do comércio é bem representativo e diversificado, destacase indústria de frigorífico, com abate e beneficiamento de carne bovina e ovina, calçados, biscoitos, metalúrgica e ervamate. Na Tabela 3, são apresentados dados referentes ao PIB/2010 do Município. 40

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Tabela 3 Produto Interno Bruto. PRODUTO INTERNO BRUTO 2010 Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes 10.009 MIL REAIS Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes 47.459 MIL REAIS Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes 36.785 MIL REAIS Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes 10.872 MIL REAIS PIB a preços correntes 105.124 MIL REAIS PIB per capita a preços correntes 27.170,89 MIL REAIS Fonte: IBGE (2010). Na Tabela 4, é demonstrado o número de empresas locais, o pessoal ocupado total e assalariado, salário médio mensal e o número de empresas atuantes no Município. Tabela 4 Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (2010). ESTATÍSTICAS DO CADASTRO CENTRAL DE EMPRESAS 2010 Número de Unidades Locais 204 Unidades Pessoal Ocupado Total 1.866 Pessoas Pessoal Ocupado Assalariado 1.627 Pessoas Salários e Outras Remunerações 20.702 Mil reais Salário Médio Mensal 1,7 Salários mínimos Número de Empresas Atuantes 203 Unidades Fonte: IBGE (2010). No Município de Mato Leitão, de 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a 140,00 reduziu em 36,5%; para alcançar a meta de redução de 50%, deve ter, em 2015, no máximo 5,5%. Conforme o ODM Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (2012), para estimar a proporção de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza foi somada a renda de todas as pessoas do domicílio, e o total dividido pelo número de moradores, sendo considerado abaixo da linha da pobreza os que possuem renda per capita até 140,00. No caso da indigência, este valor será inferior a 70,00. (IBGE Censo Demográfico 2000/elaboração IPEA/DISOC/NINSOC Núcleo de Informações Sociais). A participação dos 20% mais pobres da população na renda passou de 4,1%, em 1991, para 4,6%, em 2000, reduzindo um pouco os níveis de desigualdade. 41

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Em 2000, a participação dos 20% mais ricos era de 44,1%, ou 10 vezes superior à dos 20% mais pobres (IBGE Censo Demográfico 2000). Como instrumento de planejamento territorial este Município dispõe de Plano Diretor. O Município declarou, em 2008, existirem loteamentos irregulares, mas não existirem favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados. No Município existe processo de regularização fundiária. Existe legislação municipal específica que dispõe sobre regularização fundiária e sem plano ou programa específico de regularização fundiária (IBGE Censo Demográfico 2010). 3.2 Desenvolvimento Social 3.2.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica Segundo dados da ODM Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (2012), o IDEB é um índice que combina o rendimento escolar às notas do exame Prova Brasil, aplicado a crianças da 4ª e 8ª séries, podendo variar de 0 a 10. O Município de Mato Leitão está na 167.ª posição, entre os 5.565 do Brasil, quando avaliados os alunos da 4.ª série, e na 870.ª, no caso dos alunos da 8.ª série. O IDEB nacional, em 2011, foi de 4,7 para os anos iniciais do ensino fundamental em escolas públicas e de 3,9 para os anos finais. Nas escolas particulares, as notas médias foram, respectivamente, 6,5 e 6,0 (Ministério da Educação 2009/2011). No Município em 2010, 8,5% das crianças de 7 a 14 anos não estavam cursando o ensino fundamental, a taxa de conclusão, entre os jovens de 15 a 17 anos, era de 69,4%. O percentual de alfabetização de jovens e adolescentes entre 15 e 24 anos, em 2010, era de 99,1% (IBGE 2010). Em 2005, o percentual de escolas do Ensino fundamental com laboratórios de informática era de 50,0%; com computadores 50,0% e com acesso a internet 50,0%. A escola do Ensino Médio com laboratórios de informática era de 100,0%; com computadores 100,0% e com acesso à internet 100,0% (Porta ODM/Ministério da Educação/2005). Segue na Tabela 5, a relação de estabelecimentos de ensino, indicando o número de alunos por estabelecimento. 42

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Tabela 5 Escolas Municipais e Estaduais de Mato Leitão. Nome da Escola Rede de Ensino Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio de Pádua Municipal Escola Municipal de Educação Infantil Vó Olga Municipal Colégio Estadual Poncho Verde Estadual Fonte: Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul. 3.2.2 Taxa de mortalidade Segundo dados da ODM Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (2012), o número de óbitos de crianças menores de um ano no Município, de 1995 a 2011, foi 11. A taxa de mortalidade de menores de um ano para o Município, estimada a partir dos dados do Censo 2010, é de 35,7 a cada 1.000 crianças menores de um ano. Das crianças de até 1 ano de idade, em 2010, 0,0% não tinham registro de nascimento em cartório. Este percentual cai para 0,0% entre as crianças até 10 anos. O número de óbitos de crianças de até um ano informados no Estado representa 98,1% dos casos estimados para o local no ano de 2008. Esse valor sugere que pode ter um baixo índice de subnotificação de óbitos no Município. Entre 1997 e 2008, no Estado, a taxa de mortalidade de menores de 1 ano corrigida para as áreas de baixos índices de registro 0,0 de 15,9 para 12,8 a cada mil nascidos vivos, o que representa um 0,0 de 19,5% em relação a 1997. Não houve óbitos de crianças menores de um ano no Município, de 1995 a 2011 (Portal ODM/ Ministério da Saúde/1995/2011). 4 SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO 4.1 Drenagem Leitão. Não existem dados referentes à macrodrenagem do Município de Mato 43

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 4.2 Abastecimento de Água Segundo o Município, o abastecimento de água é através de 6 Associações (Tabela 6). As redes hídricas existentes e administrativas por Sociedades Hídricas têm estrutura adequada, qualidade no produto ofertado aos consumidores e ainda consegue abastecer a população de forma plena. Mas o aumento populacional esta levando estas sociedades a avaliarem as capacidades de seus poços artesianos redimensionando redes e buscando novos locais estratégicos para o abastecimento. Citase que atualmente o abastecimento é em sua plenitude oriundo de poços artesianos, conforme podemos visualizar nas Figuras 10 a 17. Tabela 6 Associações de Abastecimento de Água. Associação de Abastecimento de Água de Mato Leitão (Figura 10) Cobertura: 49,51% Poço n 1 Linha Puhl Poço n 2 Rua Leopoldo Hinterholz Poço n 3 Linha Hillesheim Associação Hídrica Duque de Caxias (Figura 11) Cobertura: 20,17% Poço n 1 Linha Duque de Caxias Poço nº 2 Linha Santo Antônio (ponte) Poço n 3 Loteamento Amizade Associação Hídrica Santo Antônio (Figura 12) Cobertura: 15,78% Poço nº 1 Linha Santo Antônio Centro Poço nº 2 Linha Santo Antônio Associação Hídrica São José (Figura 13) Cobertura: 14,25% Poço nº Linha Arroio Bonito Poço nº 2 Linha Arroio Bonito Sociedade de Águas Travessão Boa Esperança Alta (Figura 14) Cobertura: 9,65% Poço n 1 Linha Boa Esperança Poço n 2 Linha Boa Esperança Sociedade Hídrica Aurora (Figura 15) Cobertura: 4,57% Poço nº 1 Linha Sampaio Fonte: Mato Leitão, Prefeitura Municipal. 44

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 10 Associação de Abastecimento de Água de Mato Leitão. Fonte: Google Earth. Figura 11 Associação Hídrica Duque de Caxias. Fonte: Google Earth. 45

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 12 Associação Hídrica Santo Antônio. Fonte: Google Earth. Figura 13 Associação Hídrica São José. Fonte: Google Earth. 46

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 14 Sociedade de Águas Travessão Boa Esperança Alta. Fonte: Google Earth. Figura 15 Sociedade Hídrica Aurora. Fonte: Google Earth. 47

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Conforme o Plano da Bacia do Taquari Antas (Fase A, etapa A.1 a A.2 novembro de 2011), na Tabela 7 está exposto o operador de abastecimento urbano e os tipos de captações de água em mananciais, e também a unidade de gestão a qual está localizada a captação. Tabela 7 Município e seus respectivos operadores do abastecimento urbano, por unidade de gestão. Sede na Bacia Tipo de Nome do Município Operador TaquariAntas Manancial Manancial/Captação Mato Leitão Sim Prefeitura Municipal Subterrâneo Aquífero Fonte: Plano da Bacia do Taquari Antas (Fase A, etapa A.1 a A.2) novembro de 2011. Ainda, segundo o Plano da Bacia do Taquari Antas (Fase A, etapa A.1 a A.2 novembro de 2011), o Município de Mato Leitão necessita de uma ampliação, referindose à condição do abastecimento e também carece de um novo manancial, conforme demonstra a Tabela 8, a qual apresenta um resumo das condições do sistema de abastecimento para consumo humano no Município contemplado com operador tipo Associação de Moradores. Também demonstra dados quantitativos do sistema de abastecimento público neste Município quanto à vazão de captação, capacidade de produção, demanda hídrica per capita, demanda urbana e rural, volume de água produzido e o consumo humano para a população residente na bacia em zona urbana e rural. Destes dados foram calculadas as demandas per capita e por zona urbana e rural de cada Município e os consumos humanos em zona rural e urbana. Tabela 8 Situação do Abastecimento público no Município de responsabilidade de Associação de Moradores. Situação do Abastecimento público no Município de responsabilidade de Associação de Moradores Tipo de Manancial Subterrâneo Vazão de captação (l/s) 20,0 Condição do Manancial Requer novo manancial Problemas com a qualidade de água captada Não 48

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Condição do Abastecimento Necessita ampliação Tipo de Tratamento de Água Simples desinfecção Capacidade de Produção (m³/dia) 1728 Demanda hídrica per capita (lhab.dia) 201 Volume de água produzido (m³/dia) 382 Demanda (m/dia) 324,20 Consumo urbano (m³/dia) 64,84 Demanda rural (m³/dia) 448,80 Consumo Rural (m³/dia) 89,76 Fonte: Plano da Bacia do Taquari Antas (Fase A, etapa A.1 a A.2) novembro de 2011. Na Figura 16, é ilustrado o percentual de domicílios ligados à rede geral no Rio Grande do Sul. Figura 16 Domicílios ligados a rede geral de abastecimento de água RS. Fonte: Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul, 2011. 49

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Na Tabela 9 é demonstrada uma relação entre o tipo de abastecimento de água em relação aos domicílios. Tabela 9 Abastecimento de Água. TIPO DOMICÍLIOS Rede Geral 1.285 Poço ou Nascente na Propriedade 34 Poço ou nascente fora da Propriedade 4 Outra Forma 1 Total 1.324 Fonte: IBGE, 2010. Segundo IBGE 2010, no Município de Mato Leitão, em 2010, 97,5% dos moradores tinham acesso à rede de água geral com canalização em pelo menos um cômodo e 81,0% possuíam formas de esgotamento sanitário considerado adequado. 4.3 Esgotamento Sanitário O sistema de esgotamento sanitário, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está assim estruturada: Tabela 10 Saneamento. TIPO DOMICÍLIOS Rede Geral de Esgoto Pluvial 43 Fossa Séptica 1.030 Fossa Rudimentar 237 Rio ou Lago Vala 9 Outros Esgotamentos 1 Sem Banheiro ou Sanitário 1 Total 1.252 Fonte: IBGE, 2010. Conforme o Plano da Bacia do Taquari Antas (Fase A, etapa A.1 a A.2 novembro de 2011), o Município de Mato Leitão apresenta sua infraestrutura sanitária da seguinte forma: 50

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Tabela 11 Infraestrutura sanitária. Rede Geral Não tinha Fossa Rio, Outro de esgoto Fossa Séptica Vala banheiro e Rudimentar Lago Escoadouro ou pluvial nem sanitário 0,0% 69,1% 27,5% 2,7% 0,1% 0,1% 0,6% Fonte: Plano da Bacia do Taquari Antas (Fase A, etapa A.1 a A.2) novembro de 2011. 4.4 Resíduos Sólidos Segundo o IBGE (2010), a gestão de resíduos sólidos, dáse conforme Tabela 12. Tabela 12 Tratamento dos Resíduos Sólidos. TIPO DOMICÍLIOS Coletado 1.241 Queimado 72 Enterrado 4 Jogado em Terreno Baldio Jogado em Rio ou Lago Outro Destino 7 Total 1.324 Fonte: IBGE, 2010. Conforme o portal dos objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em 2010, 97,8% dos moradores urbanos contavam com o serviço de coleta de resíduos e 90,2%. Segundo o plano da Bacia do Taquari Antas (FASE A, ETAPA A.1 A A.2 novembro de 2011), a quantidade de resíduos gerados nas zonas urbanas e rurais e na no Município de Mato Leitão é de 1.971,20 kg/dia, sendo que 1.268,00 kg/dia gerados nas áreas urbanas e 703,20 gerados nas áreas rurais. Sendo enviados para a Sil Soluções Ambientais Ltda, localizada no Município de Minas do Leão. 51

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 5 LEGISLAÇÃO PERTINENTE O problema dos resíduos sólidos abrange todo o Brasil (estados e Município). A legislação para o problema sobre o que fazer com os resíduos sólidos é tratada nas três esferas de poder. Nas Tabelas 13,14 e 15, citamos as leis pertinentes ao Gerenciamento de Resíduos Sólidos, começando pela Legislação Federal, seguida das normas de âmbito Estadual e Municipal: 5.1 Legislação Federal O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) é o órgão responsável pela formulação, coordenação e execução da política nacional de controle da poluição do solo. TÍTULO LEI FEDERAL N 12.305/10, DE 02 DE AGOSTO DE 2010 DECRETO FEDERAL N 7.404/10, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010 DECRETO FEDERAL Nº 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006 DECRETO LEGISLATIVO N.º 204, DE 7 DE MAIO DE 2004 DECRETO FEDERAL Nº 4.581, DE 27 DE JANEIRO DE 2003 Tabela 13 Legislação Federal. TEMA Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências. Aprova o texto da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, adotada, naquela cidade, em 22 de maio de 2001. Promulga a Emenda ao Anexo I e Adoção dos Anexos VIII e IX à Convenção de Basiléia sobre o Controle do Movimento 52

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS RESOLUÇÃO CONAMA Nº 416, DE 30 DE SETEMBRO DE 2009 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 404, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2008 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 401, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2008 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 380, DE 31 DE OUTUBRO DE 2006 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 377, DE 9 DE OUTUBRO DE 2006 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 375, DE 29 DE AGOSTO DE 2006 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 373, DE 9 DE MAIO DE 2006 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362, DE 23 DE JUNHO DE 2005 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362, DE 23 DE JUNHO DE 2005 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 358, DE 29 DE ABRIL DE 2005 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 313, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 316, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 307, DE 05 DE OUTUBRO DE Transfronteiriço de Resíduos Perigosos e seu Depósito. Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos. Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências. Altera a redação do Anexo I da Resolução nº 375, de 29 de agosto de 2006, publicada no DOU em 30 de agosto de 2006, a qual define critérios e procedimentos para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados. Dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado de Sistemas de Esgotamento Sanitário. Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. Define critérios de seleção de áreas para recebimento do Óleo Diesel com o Menor Teor de EnxofreDMTE, e dá outras providências. Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado. Dispõe sobre o Rerrefino de Óleo Lubrificante. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. 53

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 2002 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 308, DE 21 DE MARÇO DE 2002 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 283, DE 12 DE JULHO DE 2001 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 264, DE 26 DE AGOSTO DE 1999 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 258, DE 26 DE AGOSTO DE 1999 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 257, DE 30 DE JUNHO DE 1999 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 23, DE 12 DE DEZEMBRO DE 1996 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 05, DE 05 DE AGOSTO DE 1993 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 06, DE 19 DE SETEMBRO DE 1991 Licenciamento Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em Município de pequeno porte. Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde. Licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para atividades de coprocessamento de resíduos. Estabelece a necessidade de tornar explícita no art. 6º da Resolução 257, de 30 de junho de 1999. Regulamenta o descarte de pilhas e baterias usadas. Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos. Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. Dispõe sobre a incineração de resíduos sólidos provenientes dos serviços de saúde e dá outras providências. 5.2 Legislação Estadual Exige o tratamento e/ou acondicionamento adequados para resíduos perigosos, impondo a execução de aterro sanitário e medidas para proteção de águas superficiais e subterrâneas. TÍTULO Tabela 14 Legislação Estadual. TEMA LEI ESTADUAL Nº 13.306, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2009 LEI ESTADUAL Nº 12.381, DE Introduz modificação na Lei nº 11.019, de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre o descarte e destinação final de pilhas que contenham mercúrio metálico, lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham metais pesados no Estado do Rio Grande do Sul. Altera o art. 1º da LEI Nº 12.114, de 5 de julho de 2004, que 54

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 28 DE NOVEMBRO DE 2005 proíbe a comercialização de pneus usados importados no Estado e dá outras providências. LEI ESTADUAL Nº 12.114, DE 5 DE JULHO DE 2004 Proíbe a comercialização de pneus usados importados no Estado e dá outras providências. Dispõe sobre o descarte e destinação final de pilhas que contenham mercúrio metálico, lâmpadas fluorescentes, baterias LEI ESTADUAL N.º 11.019, DE de telefone celular e demais artefatos que contenham metais 23 DE SETEMBRO DE 1997 pesados no Estado do Rio Grande do Sul (Alterada pela Lei 11.187, de 7 de julho de 1998). LEI ESTADUAL N.º 10.099, DE 07 DE FEVEREIRO DE 1994 Dispõe sobre os resíduos sólidos provenientes de serviços de saúde e dá outras providências. Dispõe sobre a gestão dos resíduos sólidos, nos termos do LEI ESTADUAL N.º 9.921, DE 27 artigo 247, parágrafo 3º da Constituição do Estado e dá outras DE JULHO DE 1993 providências. Considera, no Estado do Rio Grande do Sul, a coleta seletiva e LEI ESTADUAL N.º 9.493, DE 07 DE JANEIRO DE 1992 a reciclagem do lixo como atividades ecológicas, de relevância social e de interesse público. (Ministério Público, Coletânea de Legislação Ambiental/Resíduos Sólidos). DECRETO ESTADUAL N.º Regulamenta a Lei n 11.019/97, de 23 de setembro de 1997, e alterações, que dispõe sobre o descarte e destinação final de 45.554, DE 19 DE MARÇO DE pilhas que contenham mercúrio metálico, lâmpadas 2008 fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham metais pesados no Estado do Rio Grande do Sul. DECRETO ESTADUAL N Aprova o Regulamento da Lei n 9.921, de 27 de jul ho de 1993, 38.356, DE 01 DE ABRIL DE 1998 que dispõe sobre a gestão dos resíduos sólidos no Estado do Rio Grande do Sul. PORTARIA SEMA Nº 50, DE 25 DE AGOSTO DE 2008 Altera dispositivo da Portaria SEMA Nº 045, de 30 de outubro de 2007. Dispõe sobre implantação de sistemas simplificados de PORTARIA SEMA N.º 045, DE esgotamento sanitário nas zonas urbanas e de expansão urbana 30 DE OUTUBRO DE 2007 dos Município do Rio Grande do Sul. PORTARIA CONJUNTA Determina a divulgação do rol dos Empreendimentos SEMA/FEPAM N.º 013, DE 13 DE ABRIL DE 2007 Licenciados para a atividade de reciclagem de resíduos no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONSEMA N Estabelece diretrizes para elaboração do Plano Integrado de 109, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005 Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, a ser elaborado pelos Município." RESOLUÇÃO CONSEMA Nº 09, Dispõe sobre a norma para o licenciamento ambiental de 55

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS DE 25 DE OUTUBRO DE 2000 RESOLUÇÃO CONSEMA N.º 02, DE 17 DE ABRIL DE 2000 sistemas de incineração de resíduos provenientes de serviços de saúde, classificados como infectantes (GRUPO A) e dá outras providências. Dispõe de norma sobre o licenciamento ambiental para coprocessamento de resíduos em fornos de clínquer. 5.3 Legislação Municipal Ao Município cabe legislar e executar tarefas quanto à coleta e ao destino dos resíduos domiciliares. Sua competência para fiscalizar e executar é fundamental para a manutenção do aspecto estético, boa qualidade ambiental e de saúde. Tabela 15 Legislação Municipal. TÍTULO TEMA LEI Nº. 776, DE 16 DE NOVEMBRO Institui o Código de Meio Ambiente do Município de Mato DE 2001 Leitão/RS, e dá outras Providências. LEI MUNICIPAL Nº. 787 DE 13 DE Estabelece o Código Tributário do Município, consolida a DEZEMBRO DE 2001 Legislação Tributária e dá Outras Providências. LEI Nº. 892, DE 03 DE OUTUBRO Dispõe sobre o Plano Diretor do Município de Mato Leitão, DE 2002 e dá outras Providências. LEI Nº. 981, DE 08 DE AGOSTO DE Altera a Redação do Caput e Incisos do Art.14, transforma 2003 seu Único em 1 e Acresce 2, altera a Redaçã o do Art. 15, da Lei Municipal N. 486, de 09 de Abril d e 1999. LEI N. 982, DE 08 DE AGOSTO DE Cria o Departamento de Meio Ambiente e dá outras 2003 Providências. LEI Nº 1.139, DE 11 DE MARÇO DE Dá nova Redação ao Artigo 22, da Lei Municipal Nº. 892, 2005 de 03 de Outubro de 2002, e dá outras Providências. LEI N 486, DE 09 DE ABRIL DE Que Cria O Conselho Municipal De Meio Ambiente 1999 COMAM. Fonte: Mato Leitão, Prefeitura Municipal. 56

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 6 SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Este capítulo buscou apresentar a situação dos resíduos sólidos gerados no Município de Mato Leitão com intuito de conhecer a situação atual dos mesmos para então avaliar a necessidade de melhorias e propor um novo modelo de gestão de resíduos sólidos e disponibilizar informações concretizadas de forma a propor planejamentos e tomadas de ações integradas. A análise crítica dos dados diagnosticados e prognosticados permite verificar o comportamento e as tendências da gestão dos resíduos em seus principais aspectos, uma vez que proporciona e evidência: a) Avaliação e análise de ações e tecnologias de destinação/disposição de resíduos existentes; b) Sugestões adicionais para o gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos; c) Metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final; d) Incentivo ao beneficiamento dos resíduos sólidos; e) Ações preventivas e corretivas voltadas à gestão dos resíduos sólidos. Os critérios usados para a exposição destes elementos levaram em conta a otimização dos dados obtidos bem como a necessidade de detalhamento dos mesmos, analisandose caso a caso. 6.1 Classificação dos Resíduos Sólidos Conforme a Lei Federal 12.305 de 2010, os resíduos sólidos têm a seguinte classificação: I quanto à origem: a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas; b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; 57

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas a e b ; d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas b, e, g, h e j ; e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea c ; f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS; h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; II quanto à periculosidade: a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea a. 58

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea d do inciso I do caput, se caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal. A responsabilidade do Município no gerenciamento dos resíduos sólidos deverá somente daqueles provenientes de residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, e de limpeza pública urbana. A Tabela 16 seguinte, apresenta um esquema com a origem e a responsabilidade pelo gerenciamento do resíduo gerado. Tabela 16 Responsabilidade pelo Gerenciamento dos Resíduos Sólidos. Origem do Resíduo Responsável Domiciliar Prefeitura Comercial Prefeitura Limpeza Pública Prefeitura Saneamento Básico Gerador/Prefeitura Industrial Gerador Serviço de Saúde Prefeitura (unidades de saúde pública) Construção Civil Gerador (pequenos volumes) Agrossilvopastoril Gerador Serviços de Transportes Gerador Mineração Gerador Perigosos Gerador Fonte: Empresa executora. Atualmente, para a execução dos serviços pertinentes ao trato com os resíduos sólidos urbanos de responsabilidade do poder público, existem contratos de prestação de serviços com empresas terceirizadas, sendo elas: Tabela 17 Contratos com empresas terceirizadas. Tipo de resíduo Resíduos sólidos domiciliares e comerciais N do Contrato/Termo Aditivo Contrato Administrativo n 004/2009 4 Termo Aditivo Empresa Responsável Cone Sul Soluções Ambientais Ltda Inicio da Prestação do Serviço Término da Prestação do Serviço 05/01/2009 19/12/2013 59

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Resíduos de Serviços de Limpeza de ruas centrais, canteiros, praças, jardins e trevos. Resíduos de Serviço de Saúde 2012 Contrato Administrativo n 120/2012 Contrato Administrativo n 120/2011 1 Termo Aditivo 2012 Erno Leopoldo Baumgratz Aborgama do Brasil Ltda 27/12/2012 27/12/2013 17/10/2011 16/10/2013 Fonte: Município de Mato Leitão. 7 GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE MATO LEITÃO A população do Município possui características socioeconômicas e culturais de cidades com características bem rurais, produzindo um volume heterogêneo de resíduos sólidos, de origem variada, em atividades diversas no setor produtivo e no setor de consumo, podendo ser destacados os seguintes resíduos: Resíduos domiciliares; Resíduos de limpeza urbana; Resíduos sólidos urbanos; Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços; Resíduos industriais; Resíduos de serviços de saúde; Resíduos da construção civil; Resíduos agrossilvopastoris; Resíduos perigosos. O PMGIRS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é um documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, no âmbito do Município, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, bem como à saúde pública e ambiental no Município de Mato Leitão. 60

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Com o objetivo de se obter uma noção global da quantidade de resíduos sólidos gerados no Município, foi realizado um estudo gravimétrico conforme descrito no Item 7.8. 7.1 Resíduos Sólidos Coleta Convencional A coleta e transporte consistem nas operações de remoção e transferência dos resíduos sólidos para um local de armazenamento, processamento ou destinação final. O objetivo específico da coleta é remover de modo rápido e seguro o resíduo para seu destino final, evitando problemas estéticos, ambientais e de saúde pública. Os resíduos sólidos urbanos, comerciais e de prestadores de serviços gerados nas cidades são de responsabilidade do Município, através das Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente. Segundo os dados disponibilizados pelo Município, os serviços de coleta de resíduos domésticos e comercias, são terceirizados, através de Edital de Licitação, nos termos do Processo Administrativo n 149/2008, que instrui o certame licitatório n 042/2008, modalidade Tomada de Preços, regendos e através das normas da Lei n 8.666/93e suas alterações posteriores. Atualmente, a execução dos serviços pertinentes ao trato com os resíduos sólidos urbanos comerciais e de prestadores de serviços é de responsabilidade do poder público, salientando que não há criterização para a coleta destes resíduos. O serviço é realizado através de contrato de prestação de serviço nº 004/2009, possui o quarto termo aditivo (ano 2012), com a empresa Cone Sul Soluções Ambientais Ltda, tendo como prazo de 01 (um) ano, a contar de 01 de janeiro de 2013. Na Tabela 18, são demonstrados dados referentes à empresa e atuais dias de recolhimento dos resíduos sólidos urbanos, comerciais e de prestadores de serviços. 61

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Tabela 18 Dados de coleta, Transporte e Custos. Informações da Coleta Convencional Empresa Cone Sul Soluções Ambientais Ltda. Município Veículo 01 Coletor Compactador (terceirizado) 01 coletor caçamba (município) Equipe 01 motorista 01 motorista 02 coletores 02 coletores Freqüência URBANA/ RURAL Coleta Seletiva Custo Total/mensal Prévia Triagem 02 (duas) vezes por semana (segundasfeiras e sextasfeiras) na área urbana ; Não 01 vez por mês na área rural; 12.375,00 Não Sim, central de triagem Ecopal Reciclagem e Transporte Ltda, localizada no município de Paverama/RS Fonte: Mato Leitão, Prefeitura Municipal. 7.2 Cobertura de Coleta Convencional A coleta dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais abrange 100% da área urbana e rural do Município de Mato Leitão. O Município possui uma grande extensão de área rural, sendo que nessas áreas a freqüência não é o suficiente, pois a coletada é realizada apenas 01 vez por mês, assim acumulando muitos resíduos em suas propriedades. Atualmente o número de veículos é adequado. O Município utiliza caminhão compactador de forma terceirizada, em bom estado de conservação, também é utilizado um caminhão caçamba do próprio Município. Salientando que não há pesquisas de satisfação dos usuários com relação aos serviços prestados. No entanto, não possui coleta seletiva no Município. O sistema de coleta bem como as rotas e frequências, em áreas urbanas e rurais, foram definidos pela municipalidade e é executado pela empresa Cone Sul Soluções Ambientais. O caminhão faz um roteiro único de recolhimento em períodos diurnos, sendo que no momento o Município não possui um roteiro específico. 62

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 7.3 Acondicionamento para Transporte Tradicionalmente os resíduos domésticos são acondicionados em sacos plásticos, sacolas plásticas, embalagens de papel ou papelão, dispostos em lixeiras posicionadas em frente às residências (Figura 17). Existem lixeiras individuais, lixeiras comunitárias, normalmente dispostas por quadras/lotes ou em localidades rurais, as quais abrigam os resíduos de várias fontes geradoras até a coleta, conforme demonstrado na Figura 18 e 19. Figura 17 Acondicionamento. Figura 18 Acondicionamento Fonte: Empresa executora. Fonte: Empresa executora. Figura 19 Acondicionamento temporário. Fonte: Empresa executora. 63

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS No centro da cidade, praças centrais, pontos estratégicos de coleta, encontramse lixeiras dispostas, onde ocorre a maior circulação de pessoas, conforme mostram as Figuras 20 e 21. Figura 20 Acondicionamento para lixo seco. Figura 21 Acondicionamento para lixo orgânico. Fonte: Empresa executora. Fonte: Empresa executora. É possível visualizar que em alguns locais ocorre à disposição de resíduos de maneira inadequada, devido à inexistência de lixeiras ou simplesmente fora das lixeiras existentes (Figuras 22). Na Figura 23 é demonstrada lixeira etiquetada pela comunidade. Figura 22 Disposição inadequada do lixo devido à inexistência de lixeira. Figura 23 Acondicionamento com Fonte: Empresa executora. Fonte: Empresa executora. 7.4 Transporte 64

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Para o transporte dos resíduos sólidos da coleta convencional, o Município dispõe de um coletor caçamba o qual realiza a coleta em algumas localidades rurais (Figura 224), a empresa Cone Sul dispõe de 01 (um) veículo compactador, com capacidade mínima de 15m³ (Figura 25) para a coleta na área urbana. Em relação à equipe de trabalho responsável pela coleta e transporte dos resíduos, esta é composta por 01 (um) motorista e 2 (dois) coletores, sendo a mesma organizada pela própria empresa terceirizada Cone Sul Soluções Ambientais Ltda. Cabe salientar que os veículos utilizados encontramse em bom estado de conservação. Figura 24 Caminhão caçamba do Município. Figura 25 Caminhão compactador da empresa contratada. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. Para o estabelecimento de regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos sujeitos ao plano de gerenciamento específico, devem ser considerados o disposto na Lei Federal nº 12.305/10 e seu regulamento (Decreto Nº 7.404/10), as normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) e do SNVS (Sistema Nacional de Vigilância Sanitária), as disposições pertinentes da legislação federal e estadual, bem como as seguintes normas, entre outras: ABNT NBR 10.157/87 Aterros de resíduos perigosos Critérios para projetos, construção e operação; ABNT NBR 10004/04 Resíduos Sólidos Classificação; 65

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS ABNT NBR 12.807/93 Resíduos de serviços de saúde Terminologia; ABNT NBR 12235/04 Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos; ABNT NBR 13.463/95 Coleta de resíduos sólidos Classificação; ABNT NBR 7500 Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos; ABNT NBR 7501 Transporte terrestre de produtos perigosos Terminologia; Resolução CONAMA Nº 05/93 Estabelece normas relativas aos resíduos sólidos; Resolução CONAMA nº 307/2002; Resolução CONAMA nº 313/2002; Resolução CONAMA nº 358/2005; Resolução RDC ANVISA nº 306/2004. 7.5 Triagem e Transbordo Os resíduos gerados na área rural são coletados uma vez por mês pelo próprio Município, (com exceção da RS 453, distritos de Boa Esperança, Santo Antonio, Canto dos Dresch, Loteamento Amizade, Vila Tristeza e rua Albino Pedro Bill, que mesmo sendo classificados como área rural a coleta ocorre duas vezes por semana) sendo encaminhados para a Ecopal Reciclagem e Transporte Ltda, esta, localizada no Morro do Feyh, Estrada Geral Paverama Brochier, com uma capacidade total de 31,7 ton/dia de resíduos, possui 10 funcionários. A Ecopal é responsável por executar a triagem dos materiais potencialmente recicláveis e destinar os rejeitos para a disposição final no aterro sanitário da SIL Soluções Ambientais LTDA localizado no município de Minas do Leão. É realizado o seguinte procedimento: os resíduos são recolhidos nas localidades pelo Município, após são encaminhados para a central de triagem (ECOPAL), onde são separados os matérias recicláveis conforme demonstrado nas Figuras 26, 27 e 28, os outros materiais são colocados em contentores. Cabe ressaltar que não há contrato com a Ecopal Reciclagem e Transporte Ltda, ou seja, possui uma parceria. A empresa é licenciada pela FEPAM de acordo com as normas 66

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS de proteção e conservação ambiental, a mesma possui Licença de Operação n. 2103/2011 DL, válida até 18/04/2015, conforme ilustrado na Figura 29 abaixo. Figura 26 Esteira para triagem dos materiais recicláveis. Figura 28 Material prensado para a venda. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. Figura 27 Local de triagem e prensagem dos materiais. Figura 29 Outdoor posicionado na entrada da empresa. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. Os resíduos gerados na área urbana são coletados duas vezes por semana, pela empresa contratada Cone Sul e encaminhados para o aterro sanitário da Sil Soluções Ambientais, localizado em Minas do Leão/RS. 67

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 7.6 Destinação Final dos Resíduos da Coleta Convencional Segundo Bahia et al (2001), para justificar a existência de uma estação de transferência de resíduos sólidos é necessário que a quantidade de lixo gerada na área seja significativa para o transporte em veículos de maior capacidade do que os utilizados na coleta regular, que a distância da coleta esteja em torno de 30km (ida e volta) do local de destinação/disposição final dos resíduos e rejeitos e que o trajeto da estação até o local de destinação final seja de, aproximadamente, 60 minutos (ida e volta). A Tabela 19 demonstra as distâncias que o resíduo sólido urbano do Município percorre até a destinação adequada. Nesse caso, as distâncias percorridas são para destinação fora da Bacia TaquariAntas. Tabela 19 Distâncias Percorridas para a Destinação Final dos Resíduos Sólidos (2012) Município Destino Final Distância em Linha Reta Distância de Condução Tempo de condução estimado Mato Leitão SIL Soluções Ambientais Ltda, no Município de Minas do Leão 69,34 km 134 km 1 hora 46 min Fonte: Distância Cidades.com. Constatase que o Município encaminha seus resíduos para a disposição final a uma distância excessiva de sua localidade, fora da Bacia TaquariAntas (Figura 30), acarretando grandes gastos com transporte e frota. Ainda, deficiência ou ausência das pesagens no próprio Município, da quantidade encaminhada para esses aterros sanitários, também ocasionam a falta de controle sobre os custos investidos mensalmente. 68

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 30 Distância do Município até Minas do Leão/RS. Fonte: Adaptado de Distância Cidades.com. Uma solução regional poderia atender a demanda deste Município, fazendo com que menores distâncias fossem percorridas, gerando economia. O ideal seria planejar e projetar a destinação dos RSU para empreendimentos localizados no interior da Bacia TaquariAntas e Vale do Rio Pardo. Como citado, o destino final dos resíduos gerados no Município é o aterro sanitário administrado pela empresa SIL Soluções Ambientais Ltda, no Município de Minas do Leão. A empresa possui uma área total de 500 hectares, dos quais cerca de 73 hectares são utilizados para disposição final de resíduos. O aterro sanitário iniciou suas atividades no ano de 2001. Além dos resíduos oriundos do Município de Mato Leitão, o aterro recebe resíduos domiciliares de outros 139 Municípios gaúchos, que representam 34% da população do Rio Grande do Sul. Somente no ano de 2011, o aterro recebeu 1,05 milhões de toneladas provenientes da coleta domiciliar, caracterizando um aumento de 10% em relação a 2010, segundo a empresa. A estrutura tem capacidade para receber 90 mil toneladas de resíduos por mês, com uma vida útil do aterro estimada em mais de 23 anos, sendo assim tem um horizonte de funcionamento superior ao deste plano. A infraestrutura é capaz de receber resíduos 24 horas por dia, sendo depositados em áreas projetadas 69

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS para esta finalidade. Os locais de disposição final são valas abertas pela mineração de carvão mineral, conforme Figura 31, e posteriormente reconfiguradas para esta finalidade, recebendo camadas de argila compactada, areia e uma manta de polietileno, de acordo com as normativas técnicas e exigências dos órgãos licenciadores, conforme Figura 32. O chorume gerado pela decomposição dos resíduos é conduzido para um sistema de tratamento do lixiviado, composto por estação de tratamento de efluentes, filtros biológicos, lagoa aerada e lagoas facultativas, conforme Figura 33, além de banhados construídos com área de 20.000 m², onde são utilizadas plantas emergentes para polimento final do lixiviado. Os gases gerados no aterro, atualmente, são conduzidos através de dutos de drenagem e canalizações para queima, conforme Figura 34. 70

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 31 Vala de disposição Figura 32 Vala de disposição Fonte: Sil Soluções Ambientais Ltda. Figura 33 Tratamento do lixiviado. Fonte: Sil Soluções Ambientais Ltda. Figura 34 Sistema de queima de gases. Fonte: Sil Soluções Ambientais Ltda. Fonte: Sil Soluções Ambientais Ltda. 7.7 Competências e Responsabilidades No atual sistema de gestão de resíduos sólidos urbanos, a gestão é realizada através das Secretarias de Meio Ambiente/Agricultura e Secretaria de Obras, tendo como responsabilidades: Primar para que todos os cidadãos sejam atendidos pela coleta de resíduos domiciliares; Garantir para que os veículos coletores passem regularmente nos mesmos locais, dias e horários; Promover campanhas de divulgação do programa de coleta dos resíduos domiciliares, bem como; 71

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Promover o adequado transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos. Através da comunidade em geral: Depositar os resíduos em locais de fácil acesso aos caminhões da coleta, devidamente acondicionados, evitando assim o acesso de insetos, roedores e outros animais; Dispor os recipientes contendo os resíduos, no dia e hora planejados, com no máximo duas horas de antecedência; Acondicionar adequadamente objetos cortantes, especialmente, garrafas. 7.8 Composição Gravimétrica dos Resíduos Sólidos O estudo gravimétrico consiste na análise da composição física de uma amostra de resíduos, apresentase como uma ferramenta essencial para identificar, quantificar e determinar os diferentes tipos de resíduos sólidos urbanos gerados em uma determinada região, permitindo assim, a realização de um gerenciamento de resíduos eficaz para a região estudada. O estudo no contou com a participação e colaboração da Secretaria Municipal de Obras e Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente através dos colaboradores da limpeza pública. Para a determinação gravimétrica dos resíduos sólidos gerados no Município, analisouse o calendário da coleta, realizada pela empresa contratada CONE SUL Soluções Ambientais. Os resíduos gerados pela área rural são coletados uma vez por mês, com exceção da RS 453, distritos de Boa Esperança, Santo Antonio, Canto dos Dresch, Loteamento Amizade, Vila Tristeza e rua Albino Pedro Bill, que mesmo sendo classificados como área rural a coleta ocorre duas vezes por semana. Já na área urbana a coleta é realizada na sextafeira e na segundafeira, totalizando duas vezes na semana. Os procedimentos amostrais contemplaram a área rural e a área urbana, as quais são atendidas pela coleta domiciliar. A amostragem realizada resultou em 72

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS duas amostras, sendo uma da área urbana e uma da área rural. As amostras foram coletadas nos dias 06, 07, 09 e 12 de agosto de 2013, fora de época de festividades, férias escolares e feriados prolongados, procurandose, assim, evitar distorções de sazonalidade. Os resíduos coletados nos dias determinados foram encaminhados para o pavilhão localizado junto a Secretaria de Obras, sendo que para evitar a infiltração no solo do percolado, os mesmos foram depositados sobre uma lona plástica, evitando riscos ao meio ambiente e mantendo o solo com sua característica inicial. Os materiais utilizados para a realização dos trabalhos foram: 01 balança; 03 vassouras; 01 pá; EPI`S (para a triagem); 02 lonas plásticas; Bags; Sacos plásticos. A determinação da composição gravimétrica dos Resíduos Sólidos de Mato Leitão deuse empregando a técnica de amostragem em montes e pilhas, metodologia contida na ABNT NBR 10.007:2004, segunda edição 31.05.2004, que é considerada a técnica mais adequada para caracterização de resíduos. Executouse o procedimento através da divisão das pilhas de resíduos em três seções (topo, meio e base), conforme Figura 35. Em cada seção retiraramse quatro amostras (receptáculos), eqüidistantes, totalizando a retirada de doze amostras. Essa seleção de amostragem deuse devido ao tipo de acondicionamento do resíduo. 73

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 35 Detalhe da coleta em monte ou pilha (Seção e vista de topo). Fonte: NBR 10.007, 2004. Em seguida, procedeuse o rompimento dos receptáculos (embalagens) que continham a amostra, sendo estas homogeneizadas e separadas conforme sua tipologia, entre material seco, orgânico e rejeito. Após efetuouse a pesagem de cada tipo de material, diagnosticandose a porcentagem em peso de cada material separado (Figuras 36 a 41). Figura 36 Pilha de resíduos. Figura 37 Coleta das amostras. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. 74

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 38 Abertura das amostras. Figura 40 Material separado. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. Figura 39 Separação das amostras. Figura 41 Pesagem dos materiais. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. Para os resíduos orgânicos foram considerados todos os materiais de origem animal ou vegetal, compreendidos em: cascas de frutas, restos de ervamate, restos de comida, folhas e todos resíduos suscetíveis de compostagem. Foram considerados rejeitos todos os materiais que não dispõe de tecnologia de tratamento e recuperação, não apresentando outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada, como: fraldas, papel higiênico, palitos, guardanapos entre outros. Já os resíduos secos são aqueles, considerados os materiais que constituem interesse de transformação, foram separados de acordo com sua composição: PEAD de alta densidade, PEAD de baixa densidade, PET, metal, papel, papelão, vidro incolor, vidro colorido, madeira, tecido, embalagens tetra pak, borracha, eletrônicos, alumínio. 75

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Além destes, foram separados os resíduos classificados como perigosos (embalagens de óleo e agrotóxicos, lâmpadas fluorescentes, medicamentos, pilhas e baterias) que, em função de suas propriedades físicoquímicas e infectocontagiosas, podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente. Após a realização do estudo gravimétrico os resíduos das áreas rurais coletados uma vez por mês e dispostos no pavilhão da Secretaria de Obras foram recolhidos e encaminhados para a central de triagem Ecopal Reciclagem e Transporte Ltda, localizada no município de Paverama/RS, que é responsável por executar a triagem dos materiais potencialmente recicláveis e destinar os rejeitos para a disposição final no aterro sanitário da SIL Soluções Ambientais LTDA localizado no município de Minas do Leão. Os resíduos recolhidos duas vezes por semana (área urbana e rural) pela empresa CONE SUL Soluções Ambientais LTDA, dispostos no pavilhão da Secretaria de Obras para a realização do estudo, foram encaminhados diretamente para a disposição final no aterro sanitário da SIL Soluções Ambientais LTDA, localizado no município de Minas do Leão. 7.8.1 Resultados do Estudo Gravimétrico Conforme Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Mato Leitão apresenta uma população de aproximadamente 3.865 habitantes, sendo que 41,9% são residentes da área urbana e 58,1% da área rural. Através da caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos urbano realizado no município de Mato Leitão constatouse que a população residente da área rural gera em média 19 toneladas mensais de resíduos a área urbana em torno de 23 toneladas mensais. Assim, com os dois valores, podemos considerar uma geração de aproximadamente 42 toneladas mensais de resíduos sólidos domésticos para o município de Mato Leitão. No Gráfico 1 estão ilustrados os resultados da caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos da área urbana e rural do município, demonstrando a porcentagem em peso de cada tipo de material analisado nas amostras. 76

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS As avaliações inerentes ao município devem considerar as características culturais, históricas de estrutura urbana, econômica e social. 77

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Gráfico 1 Porcentagens dos resíduos sólidos obtidas no estudo gravimétrico. 78

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Os dados relativos da caracterização gravimétrica demonstrados no Gráfico 1, o qual indica que os materiais que não dispõe de tecnologias de tratamento e recuperação (rejeitos), correspondem cerca de 23,3% e 26,36% nas áreas rural e urbana, respectivamente, dos resíduos sólidos coletados no município. O porcentual (27,80%) de matéria orgânica encontrado na área urbana é significativo quando comparado ao porcentual resultante da área rural (6,22%). Essa diferença ocorre devido aos hábitos dos moradores da área rural serem diferentes que os da área urbana, habitualmente os resíduos orgânicos gerados da área rural são utilizados como alimento para os animais e em muitos casos como adubação orgânica em hortas e plantações. Conforme Plano Nacional de Resíduos Sólidos elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente no ano de 2011, estimase que a média de matéria orgânica corresponde a 51,4% dos resíduos sólidos urbanos coletados durante o ano de 2008 (PNRS, 2011). Nesse contexto, observase que a porcentagem de matéria orgânica resultante na área urbana é pequena quando comparada a média nacional de resíduos. Fato este ser dado pela cultura e hábitos advindos anteriormente ainda presentes nesta população das áreas urbanas com características ainda rurais, não sendo incomum a criação de pequenos animais, cultivos de hortas e jardins, os quais absorvem grande parte dos resíduos orgânicos. Os índices encontrados de resíduos potencialmente recicláveis, como alumínio, metal, papel, papelão, embalagens tetra pak, pet, PEAD de alta densidade, PEAD de baixa densidade e outros, foram predominantes na composição dos resíduos sólidos coletados no município tanto para área rural quanto urbana, correspondendo 67,26% na área rural e 39,53% na área urbana. É relevante ressaltar, que os resíduos perigosos (latas de tinta, embalagens de óleo, lâmpadas fluorescente, medicamentos e pilhas) ainda estão presentes nos resíduos sólidos urbanos gerados pelo município, correspondendo uma porcentagem de 3,22% e 6,31%, na zona rural e urbana, respectivamente. Segundo a Lei Federal 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), os resíduos de classe I, classificados como perigosos conforme a NBR 10.004:2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), devem ser devolvidos aos comerciantes ou distribuidores, os 79

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS quais encaminharão aos fabricantes ou importadores que ficarão responsáveis pela destinação adequada destes materiais, objeto de logística reversa. A realização do estudo de caracterização gravimétrica diagnosticou que, embora a porcentagem de resíduos potencialmente recicláveis seja predominante na composição dos resíduos sólidos gerados na área urbana do município de Mato Leitão, não há colaboração plena por parte dos munícipes residentes da área urbana no que tange a separação dos resíduos. 7.8.2 Geração de Resíduos no Município Conforme estudo gravimétrico, a geração de resíduos domésticos em Mato Leitão atinge uma quantidade mensal de aproximadamente 42 toneladas, sendo que todos os resíduos são coletados pela coleta convencional, conforme demonstrado na Tabela 20. Tabela 20 Resíduos produzidos em toneladas. Média kg/hab./dia Média/dia Média/mês Média/ano Toneladas Toneladas Toneladas 0, 362 1,4 42 504 Fonte: Empresa Executora. 7.8.3 Estimativa da Quantidade de Resíduos Sólidos Gerados Segundo o Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, publicação elaborada pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal IBAM, podemos considerar a geração de 0,5 kg/hab./dia, como a faixa de variação média para o Brasil, aceitando esses valores na ausência de dados mais precisos, conforme Tabela 21. Tabela 21 Faixas utilizadas de geração per capita. TAMANHO DA CIDADE POPULAÇÃO URBANA (habitantes) GERAÇÃO PER CAPITA (kg/hab./dia) Pequena Até 30 mil 0,50 Média De 30 mil a 500 mil De 0,50 a 0,80 Grande De 500 mil a 5 milhões De 0,80 a 1,00 Megalópole Acima de 5 milhões Acima de 1,00 Fonte: IBAM, 2010. 80

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Para o cálculo da taxa de crescimento de geração per capita de resíduos, foi considerado o período de 20 anos (2010 a 2030) e uma tendência linear do crescimento da geração per capita de resíduos de 0,36 a 0,50 kg/hab.dia, obtendo aproximadamente uma taxa de crescimento de 2% ao ano, conforme demonstrado abaixo. VA= 0,5 0,36 2033 2013 = 0, 007 TCPC= 0, 007 0,36 = 2% Onde: VA: Variação Anual TCPC: Taxa de Crescimento Per Capita A estimativa da quantidade de resíduos gerados em um horizonte de 20 anos contados a partir do ano de 2013 foi dada pela projeção populacional durante este período, considerando a taxa de crescimento populacional de 1,87% e uma taxa de crescimento de geração de resíduos de 2% ao ano, conforme Tabela 22. Tabela 22 Projeção da Geração de Resíduos. Ano População Geração per capita Geração de resíduos Geração de resíduos (kg/hab/dia) (t/mês) (t/ano) 2013 4.086 0,360 44,128 529,5 2014 4.162 0,367 45,852 550,2 2015 4.240 0,375 47,644 571,7 2016 4.319 0,382 49,505 594,1 2017 4.400 0,390 51,440 617,3 2018 4.482 0,397 53,450 641,4 2019 4.566 0,405 55,538 666,5 2020 4.652 0,414 57,708 692,5 2021 4.739 0,422 59,963 719,6 2022 4.827 0,430 62,306 747,7 2023 4.918 0,439 64,741 776,9 2024 5.010 0,448 67,270 807,2 2025 5.103 0,457 69,899 838,8 2026 5.199 0,466 72,630 871,6 2027 5.296 0,475 75,468 905,6 81

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 2028 5.395 0,485 78,417 941,0 2029 5.496 0,494 81,481 977,8 2030 5.599 0,504 84,665 1.016,0 2031 5.703 0,514 87,973 1.055,7 2032 5.810 0,524 91,410 1.096,9 2033 5.919 0,535 94,982 1.139,8 Fonte: Empresa Executora. 8 CATADORES INFORMAIS E INCLUSÃO SOCIAL A fase de segregação é muito mais eficiente e se torna muito melhor em termos de saneamento e sanidade das condições de trabalho, quando ocorre qualquer tipo de segregação preliminar na fonte. Ou seja, começa nas residências unifamiliares a necessidade de separar os materiais secos ou recicláveis, dos resíduos orgânicos ou restos de alimentos, provenientes da preparação de refeições ou do descarte das sobras de alimentação. Deste modo, há necessidade do desenvolvimento de programas de educação ambiental em caráter constante em no Município de Mato Leitão, inclusive com ampliação dos programas existentes. A nova Lei Federal n 12.305/2010 sobre resíduos u rbanos tem uma peçachave: o trabalho dos catadores. Eles são essenciais para o fim dos lixões e a implantação da coleta seletiva dos Municípios o que significa menos poluição e mais geração de renda. Ao reforçar o aspecto social, a Lei prioriza a participação dos catadores, pois estes são aliados das empresas nas ações para reciclagem. Por séculos marginalizados, a existência dos catadores foi enfrentada com preconceito além de viverem em condições precárias. A realidade está mudando, esses trabalhadores ganham valor e reconhecimento perante a sociedade. Os catadores foram reconhecidos pela nova Lei brasileira como agentes da gestão do lixo, isso significa que sua participação deve ser priorizada pelos Municípios. Atualmente, existem em torno de 1 milhão de catadores no Brasil, conforme Gráfico 2, mas os cooperados representam uma pequena parte. Para que a Lei seja cumprida, a atual produção das cooperativas precisará ser triplicada e centrais para triagem de resíduos deverão ser criadas. 82

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Gráfico 2 Apresenta o número de catadores no Brasil. *Autônomos e cooperativas (Fonte: Adaptado de Cempre). O esforço já está sendo empreendido e requer poder de articulação, a fim de chegar a modelos inteligentes e eficientes, em parceria com o setor público e privado, sendo primordial a capacitação dos catadores para o desempenho de suas funções, que exige o conhecimento sobre os métodos de separação e acondicionamento dos materiais. O objetivo da nova Lei é aumentar a escala da reciclagem, com efeitos positivos para o meio ambiente e para a geração de renda. Portanto, é necessário prestar apoio institucional, preferencialmente de uma forma oficial, que pode ser determinada no Município em função de seu histórico, através de promulgação de Lei ou mesmo através de um pacto de concertação social permanente e reconhecido por todas as partes interessadas ( stakeholders ) envolvidas direta ou indiretamente com a situação de coleta seletiva, segregação e comercialização ou logística reversa conforme preconizam os Arts. 30 e 33 da Lei nº 12.305/2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Na Tabela 23 são apresentados dados referentes aos catadores informais. 83

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Mato Leitão Catadores informais Não Tabela 23 Catadores e Educação Ambiental Quantidade de catadores Não possuem este dado Associaçõe s/cooperati vas Não Campanha de conscientização Sim (juntamente com a comunidade) PEA* Parcialmente (através das escolas) PEA * Programas de Educação Ambiental (Fonte: Município de Mato Leitão). Segundo informações do Município e conforme verificado em campo existe catadores informais, realizando a coleta de materiais recicláveis. Esta situação é bastante preocupante visto que, nestes casos, os catadores acabam fazendo a triagem e estocando os materiais em suas próprias residências, em condições e locais impróprios para tal atividade, conforme mostram as Figuras 42 e 43 seguintes. Figura 42 Catador identificado no Município de Mato Leitão. Figura 43 Depósito informal de resíduos sólidos. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. Conforme relatado pelo Senhor Aloizio Konzen, ele realiza a coleta (com uma carroçinha de tração humana), separa e vende para as indústrias da região. Atualmente sua renda é de 150,00 por mês. Podemos descrever que se trata de uma massa de trabalhadores, excluída socialmente, cuja cidadania se perdeu nas ruas, nos rejeitos dos lixões e na necessidade de sobrevivência. No entanto, são muitos os benefícios que os catadores trazem para as cidades, entre os quais: Redução dos gastos com limpeza pública; Coleta e encaminhamento dos materiais para as indústrias de reciclagem; 84

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Geração de empregos; Redução da quantidade de resíduos sólidos enviados aos aterros sanitários; Preservação do planeta por meio da poupança de recursos naturais, dentre outros. 9 RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES COLETA SELETIVA Conforme diagnosticado, o Município não possui coleta seletiva e necessita de apoio para a implantação de estruturas institucionalizadas, organizadas e eficientes. 10 RESÍDUOS DE LIMPEZA URBANA O serviço de limpeza urbana é terceirizado pelo Município, através de contrato de Prestação de Serviços n 120/2012, com a empresa Erno Leopoldo Baumgratz, o qual possui responsabilidade pela limpeza de ruas centrais, canteiros, praças, jardins e trevos, os quais utilizam equipamentos manuais e mecanizados. Conforme a Cláusula Quarta: Os serviços prestados deverão ser desempenhados por profissionais habilitados, cumprimento dos encargos que lhe competirem dentro das atividades contratadas. Na Tabela 24, são apresentados os serviços realizados e as principais vias atendidas. Segundo dados SNIS (2011), cerca de 935 km de extensão de sarjeta varrida. Tabela 24 Serviços realizados e roteiros executados. I corte da grama nas praças, canteiros, e nos órgãos públicos (Posto de Saúde, SMECD, entre outros); II varrição diária, inclusive finais de semana se necessário, das ruas centrais pavimentadas, a seguir relacionadas: a) Rua Leopoldo Aloísius Hinterholz, trecho compreendido a Perimetral FG até a Ponte; b) Rua Cônego Pedro Henrique Vier, trecho compreendido entre a Rua João Reiter até as 85

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS imediações da empresa Fynomate Indústria Ervateira Ltda.; a) Rua das Hortênsias, trecho compreendido entre a Rua Leopoldo A. Hinterholz até a Rua Ervino Leopoldo Kuhn; b) Rua 10 de novembro, trecho compreendido entre a Rua Ervino Leopoldo Kuhn e a Rua Santa Inês; c) Rua Arnaldo Jacob Bourscheid, trecho compreendido entre a ponte e a rua Ervino Leopoldo Kuhn; III varrição semanal (uma a duas vezes por semana), das ruas centrais pavimentadas, a seguir relacionadas: d) Rua Otto Bugs, trecho compreendido entre as Ruas Leopoldo Aloísius Hinterholz e Ervino Leopoldo Kuhn; e) Rua João Reiter, trecho compreendido entre a Rua Cônego Pedro Henrique Vier até o portão de acesso do Frigorífico Marfrig; f) Rua Ervino Leopoldo Kuhn, trecho compreendido entre a Rua Boa Vista e a Rua Otto Bugs; g) Rua Pedro Léo Adams, trecho compreendido entre as Ruas Leopoldo Aloísius Hinterholz e Rua Santa Inês; h) Rua BoaVista, trecho comprrendido entre a Rua Leopoldo Aloísius Hinterholz e Rua Ervino Leopoldo Kuhn; i) Rua Fernando Rohde, trecho comprrendido entre a Rua Leopoldo Aloísius Hinterholz e Rua Ervino Leopoldo Kuhn; III retirar o inço nos canteiros de flores dos passeios públicos e nas praças; IV preparar os canteiros e efetuar o plantio de flores; Fonte: Mato Leitão, Prefeitura Municipal. Conforme diagnosticado, a qualidade da varrição é satisfatória, contudo não existe pesquisa de satisfação dos usuários com relação ao serviço prestado. 86

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 10.1 Acondicionamento e Armazenamento Os resíduos gerados durante os processos de corte de grama, varrição, raspagem, capina, limpeza de áreas, são acondicionados em sacos de lixos ou são recolhidos por carrinhos de mão. Já os resíduos com maior volume, resultantes dos processos de roçagens e poda são armazenados no meio fio da calçada (Figura 44) e posteriormente recolhidos por caminhão aberto. Figura 44 Limpeza pública Varrição. 10.2 Destinação Final Fonte: Município de Mato Leitão. Durante as visitas técnicas foi possível verificar disposição final dos resíduos dos serviços de limpeza urbana em pontos de deposição irregular de lixo verde em áreas impróprias, normalmente em áreas do Município, sem o devido licenciamento ambiental das áreas utilizadas, conforme demonstrado nas Figuras 45 e 46. 87

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 45 Área de disposição de resíduos de limpeza urbana. Figura 46 Área de disposição de resíduos de limpeza urbana. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. 10.3 Custos Limpeza Pública Conforme o Contrato de Prestação de Serviços n 120 /2012, o Município paga a contratada o valor de 3.690,00 (três mil e seiscentos e noventa reais) mensais, sendo que corresponde aproximadamente 25,80 por Km, conforme dados SNIS 2011. 10.4 Competências e Responsabilidades No atual sistema de gestão de resíduos sólidos de limpeza urbana do Município, as competências e responsabilidades são assim definidas: Através das Secretarias da Agricultura/Meio Ambiente e Obras: Garantir a eficiência na coleta dos resíduos gerados durante os serviços de limpeza pública; Garantir a eficiência na coleta dos resíduos gerados durante os serviços de poda de árvores, serviços de corte de gramados e capina de vegetação daninha; Fiscalizar empresa terceirizada; Promover o adequado transporte e destinação final dos resíduos. 88

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Através da comunidade em geral: Não jogar detritos, restos de materiais de qualquer tipo nos logradouros e manter limpos os locais públicos. 11 RESÍDUOS DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E PRESTADORES DE SERVIÇOS Conforme preconiza a Lei Federal n 12.305/2010, os gerados de resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços são: os gerados nessas atividades, exceto os resíduos de limpeza urbana, os resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, os resíduos de serviços de saúde, os resíduos da construção civil e os resíduos agrossilvopastoris. Conforme a Lei 11.445/2007, que estabelece: Art. 6º. O lixo originário de atividades comerciais, industriais e de serviços cuja responsabilidade pelo manejo não seja atribuída ao gerador pode, por decisão do poder público, ser considerado resíduo sólido urbano. Os resíduos de estabelecimentos comerciais podem ser analisados em dois grupos dependendo da quantidade de resíduos gerado por dia. Sugerese que seja considerado pequeno gerador de resíduos os estabelecimentos que geram até 120 litros por dia (dado este extraído do Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos da Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República SEDU), o grande gerador é o estabelecimento que gera um volume superior a esse limite. Deste modo estabelecendo limites de quantidade para coleta de resíduos em estabelecimentos comerciais e de serviços, acima desse volume a coleta deverá ser feita pelo responsável do estabelecimento, o qual deverá contratar empresas licenciadas para esse serviço. Caberá o Município acompanhar o manejo a que são submetidos os resíduos. Portanto, para os estabelecimentos considerados pequenos geradores, a coleta será realizada pelo serviço público, desde que as características e a quantidade sejam compatíveis com os resíduos de origem domiciliar. 89

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Na Tabela 25 é demonstrado um roll de estabelecimentos existentes no Município. No entanto, não foi possível averiguar a quantidade gerada nos estabelecimentos, pois o Município não possui controle e fiscalização dos estabelecimentos geradores de resíduos comerciais e prestadores de serviços, sendo que o controle e fiscalização serão primordiais. Ainda que conste este levantamento, sugerimos a elaboração destes estabelecimentos em mapas para uma eficácia na fiscalização posterior. 90

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Tabela 25 Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviços existentes no Município. RESÍDUOS DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E PRESTADORES DE SERVIÇOS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão ABASTECEDORA VEICULOS MATO LEITAO LTDA DECIO LOURIVALDO FISCHER ME LUIZ FELIPE HENCKES PJ WALDIR CHRISTMANN E CIA. LTDA. LOJA DE MOVEIS GRAÇA LTDA. PAULO ROGERIO NIEDERLE ME ASTERIO GRIESANG ME COOPERATIVA DE CREDITO LAJEADO LTDA COM. COMBUSTIVEIS LUBRIFICANTES SER. LAVAGEM E LUBRIFICACAO SER. ARQUITETURA ENGENHARIA SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS 90.415.555000197 97.294.540/000167 04.875.452/000178 91.329.995/000194 COM. DE MOVEIS 72.355.308/000403 COM. COMBUSTIVEIS LUBRIFICANTES COM. VIDROS E MOLDURAS SERV. INTERMEDIACAO FINANCEIRA 93.496.081/000143 03.345.388/000150 91.159.764/000775 Alumínio, plástico, vidro, papel, materiais impregnados com óleo e graxa, embalagens plásticas e metálicas, plástico, papel e resíduos de escritório. Alumínio, plástico, vidro, papel, materiais impregnados com óleo e graxa, embalagens plásticas e metálicas, plástico, papel e resíduos de escritório. Resíduos domiciliares, como papéis, plásticos, orgânicos e resíduos provenientes de materiais de escritório. Papel, plásticos e resíduos de materiais de escritório. canetas, cartuchos). Alumínio, plástico, vidro, papel, materiais impregnados com óleo e graxa, embalagens plásticas e metálicas, plástico, papel e resíduos de escritório. canetas, cartuchos). canetas, cartuchos). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 91

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados ROSA MARIA COM. ARMARINHOS E SIEBEN HENCKES 01.574.115/000152 MIUDEZAS ME canetas, cartuchos). EGON PEDRO DRESCH ME PAULO F. SIMON PJ EMPRESA BRASILEIRA CORREIOS TELEGRAFOS JULITA BOTH PJ SELSON JOSE KIRCH ME* PAULO SCHONARTH VILSON ROQUE BARDEN PJ J.P. HINTERHOLZ ME. CHAMONIX COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA. COM. CALCADOS ARTIGOS DO RAMO CONS. E RESTAURAÇÂO DE OBJETOS SERV. CORREIO E TELEGRAFO COM. ARTIGOS PARA PRESENTE SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO 89.196.406/000103 03.097.328/000166 34.028.316/442203 97.319.776/000291 00.498.531/000156 SER. CURSO MUSICA 04.885.446/000100 REP. E MANUTENÇAO DE MAQUINAS COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. MATERIAIS CONSTRUCAO 01.673.718/000101 92.700.483/000155 03.263.562/000116 canetas, cartuchos). Restos de objetos e demais resíduos domiciliares. canetas, cartuchos). canetas, cartuchos). Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, resíduos contaminados com solventes, embalagens de tintas, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. Papel, embalagens plásticas e demais resíduos domiciliares. Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, resíduos contaminados com solventes, embalagens de tintas, embalagens plásticas, papelão. canetas, cartuchos). canetas, cartuchos). 92

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Mato Leitão Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados CLAUDIR E. TROJACK. BAZAR GUSTI LTDA. WALTER ANTONIO KIRCH BANCO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S/A BANCO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S/A ELOI KROTH (PJ) BOA VISTA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA IRINEU R. KRONBAUER PJ NAIR STERTZ E CIA. LTDA. HELENA MARIA HAAS PJ INFOSULNET INFORMATICA LTDA COM. DE GAS 05.869.965/000139 COM. BAZAR ARTIGOS DIVERS COM. MATERIAIS DE CONSTRUCÃO 01.744.811/000160 03.976.171/000149 SER. BANCOS 92.702.067/000196 SER. BANCOS 92.702.067/000196 SER. ASSITENCIA ELETRONICA COM. MATERIAIS CONSTRUCAO SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO COM. SUPERMERCADO 04.594.343/000182 04.599.714/000119 05.504.724/000196 05.149.236/000108 COM. RESTAURANTE 03.341.311/000102 SER. CURSO COM. INFORMATICA 02.325.328/000103 canetas, cartuchos). canetas, cartuchos). canetas, cartuchos). canetas, cartuchos). canetas, cartuchos). Restos de materiais eletrônicos, papel e embalagens plásticas. canetas, cartuchos). Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, resíduos contaminados com solventes, embalagens de tintas, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do mercado. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas e metálicas. Papel, embalagens plásticas e demais resíduos domiciliares. Prefeitura Municipal 93

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão J.E. ARTEFATOS DE CIMENTO LTDA SUPERDOBOM SUPERMERCADO LTDA DITLANTA COMERCIAL DISTRIBUIDORA LTDA. RUI LUIZ HENZ ME MARLISE WEISS HINTERHOLZ PJ P.R. BOHN & CIA. LTDA. E. SCHUH. NAIR MARIA BOGORNY FILIAL 02 GUINCHOS ESTRELA LTDA. ILONI M. FROHLICH & CIA. LTDA. ELDON BUGS PJ VELSI PAULO UHRY PJ COM. MATERIAIS CONSTRUCAO COM. SUPERMERCADO COM. FLORES E FOLHAGENS 05.379.560/000112 04.608.351/000130 01.393.470/000125 COM AÇOUGUE 93.623.957/000175 FRUTEIRA 06.138.683/000124 COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSOS COM. BAR E LANCHERIA COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. SUCATA, EQUIP. NOVO RODOV. AG COM. SUPERMERCADO COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSOS 07.151.800/000152 01.969.613/000102 89.194.823/000370 04.894.742/000169 06.653.733/000101 02.245.263/000196 COM. RESTAURANTE 04.025.971/000147 canetas, cartuchos). Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do mercado. Restos de flores e folhagens, embalagens plásticas, papel e papelão. Retalhos de carnes, embalagens plásticas, papel, isopor e papelão Restos de frutas, papelão, embalagens plásticas e isopor. canetas, cartuchos). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas e metálicas. canetas, cartuchos). Restos de sucatas, metais, papéis, embalagens plásticas. Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do mercado. canetas, cartuchos). Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do restaurante. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 94

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão RICARDO LUIS KONRAD PJ JÚLIO CÉSAR HUNEMEYER POSTO DE COMBUSTÍVEIS KIOSQUE LTDA. CELSO DA SILVA OLIVEIRA (PJ) VALDEMIR DA SILVA MERCADO PAULO KONZEN ME BECKER & REITER LTDA. DECORLUZ COMERCIO DE MATERIAL ELETRICO LTDA CRISNA HAAS FRANZEN & CIA LTDA TECSUL DISTRIBUIDORA DE AUTO PEÇAS LTDA SER. CONSERTO BICICLETAS COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSOS COM. COMBUSTIVEIS LUBRIFICANTES COM. DE MOVEIS COM. SUPERMERCADO SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO SER. INSTALACAO ELETRICA HIDRAULICA COM. MATERIAL ELETRICO GERAL SERV. LICENCIAMENTO AMBIENTAL COM. PECAS E ACESSORIOS. 05.854.654/000104 05.617.323/000142 07.016.855/000150 07.599.743/000179 07.588.461/000176 94.771.805/000182 03.364.195/000147 08.302.435/000100 08.294.091/000127 08.373.860/000182 Peças, graxa, embalagens plásticas, papel. canetas, cartuchos). Alumínio, plástico, vidro, papel, materiais impregnados com óleo e graxa, embalagens plásticas e metálicas, plástico, papel e resíduos de escritório. canetas). Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do mercado. Embalagens de óleo, restos de borracha, restos de sucatas, panos, estopas, resíduos contaminados com solventes, embalagens plásticas, papelão. Restos de materiais elétricos, papel e embalagens plásticas. canetas). canetas). canetas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 95

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão GIANE J PILZ PJ JOÃO ANTÔNIO DE SOUZA MENDES PJ IRINEU HEINEN E FILHO LTDA HINTERHOLZ, NIEDERLE & CIA LTDA FERRAGENS CEREAIS BOA VISTA LT COMERCIO CEREAIS HENKES LTDA G.L. WELTER E CIA. LTDA. AP HAUSSEN INVESTIMENTOS LTDA. CHARLES ASSMANN PJ SER. GINASTICA MASSAGEM SAUNAS 08.325.254/000191 COM. BAR E ARMAZEM 04.500.903/000192 SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO COM. VESTUARIO CONFECCOES 07.292.660/000132 07.477.919/000110 COM. DE CEREAIS 98.586.654/000143 COM. DE CEREAIS 98.591.456/000178 MANUTEN. INSTAL.SIST ELETRONIC SERV. INTERMEDIACAO FINANCEIRA MANUTENC. REPAR.MOTOS E MOTONETAS 05.349.802/000125 06.346.152/000127 07.955.063/000140 Resíduos domiciliares e embalagens de produtos. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas e vidros. Embalagens de óleo, restos de borracha, restos de sucatas, panos, estopas, resíduos contaminados com solventes, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. canetas). canetas). canetas). Eletrodomésticos queimados, metais, embalagens plásticas, papéis, papelão e resíduos de escritório. canetas). Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, resíduos contaminados com solventes, embalagens de tintas, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 96

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão TATIANI WILDNER PJ CAESMA PARTICIPACOES LTDA. TORREPAR PARTICIPACOES LTDA. PAULO CELECIO GUNTZEL PJ MARIA C. A. HAUSSEN ME MOINHOS COMERCIAL ELETRON LTDA HELIO HEINEN PJ REIS & HAUSSEN LTDA. EMPRESA JORNALISTICA FOLHA DO MATE FILIAL 2 JOAO NADIR SELL ME SERVICO LIMPEZA URBANA, ESGOTO PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA SERV. BORRACHARIA E LANCHONETE SER. VIDEO LOCADORA SER. VIDEO LOCADORA SER. VIDEO LOCADORA SER. VIDEO LOCADORA SER. EMPRESA JORNALISTICA 07.950.620/000130 Lodo, restos de material putrescível. 07.973.271/000172 08.003.081/000195 08.678.150/000160 90.129.206/000109 73.728.669/000259 01.977.516/000153 05.941.799/000134 98.597.719/000318 COM. DE RACOES 01.023.887/000104 canetas). canetas). Embalagens de óleo, pneus, restos de borracha, restos de sucatas, panos, estopas, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. Restos de alimentos, papel, papelão, alumínio, embalagens plásticas. canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). (papéis, embalagens plásticas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 97

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão ENY COSTA ROMEU JOSE KRONBAUER PJ ERENO HENZ ME ADELAR JOÃO STERTZ PJ ADILSON JOSE FREITAG PJ IMOBILIARIA MORADA LTDA. SER. GINASTICA MASSAGEM SAUNA SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO 91.0004.036/000107 88.230.537/000199 90.584.863/000146 02.357.977/000196 09.226.080/000173 SER. IMOBILIARIA 87.792.966/000278 Resíduos domiciliares e embalagens de produtos Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador, embalagens plásticas, papelão. Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. canetas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 98

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão NASARIO BECKER LUGUIMA COMERCIO REPRESEN.LTDA CARLOS EMILIO NYLAND PJ CARMEN REGINA SILVA REPRESENTC COSTA & FRANZ LTDA KIST COM REPRES VEICULOS LTDA CRV LAHR REPRESENTACOE S LTDA DARLAM LUIS UHRI PJ NIEDERLE & NIEDERLE LTDA. SER. ASSITENCIA ELETRONICA SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SER. LAVAGEM E LUBRIFICACAO SER. LAVAGEM E LUBRIFICACAO 29.532.340/000189 95.125.118/000152 02.274.402/000100 07.873.760/000152 07.917.967/000181 08.098.208/000105 08.202.056/000130 07.516.386/000138 09.088.357/000148 Peças usadas, metal, embalagens plásticas, papéis, papelão e resíduos de escritório canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 99

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão HANNELORE GOLTZ PJ ELISABETH K HOFSTAETTER MARIANNE KOLB POSSELT & POSSELT LTDA. JOAO CARLOS HEINEN ME* YEDA MARIA PUHL ME NARY JORGE HENZ ME ANDREIA L. UHLMANN M. M. SCHMITZ & CIA. LTDA. SERVICO DE TRADUCAO SERVICO DE TRADUCAO SERVICO DE TRADUCAO SER. DE RADIO DIFUSAO SER. INSTALACAO ELETRICA SER. POSTAIS E TELEMATICOS 05.663.280/000131 09.012.993/000196 03.915.411/000103 93.715.704/000121 92.070.051/000108 COM AÇOUGUE COM. BAR E LANCHERIA COM. BAR E LANCHERIA 06.050.719/000113 06.079.281/000287 DALVA LAUXEN COM. ARMAZEM 94.500.170/000260 MARCIA INES REGERT MEURER ME COM. ARMAZEM 97.185.839/000183 canetas). canetas). canetas). canetas). Restos de materiais elétricos, peças, papel, plásticos. canetas). Retalhos de carnes, matérias orgânicas, embalagens plásticas, isopor e papelão. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 100

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão CARLITO JOSE FROHLICH ME ARMANDO STOHR ME ASTOR KERBER ME LEOMAR J. R. DA SILVA CLACI S. KERBER PJ FABIO R. GORCK E CIA LTDA R M G HICKMANN COM. ARMAZEM 98.597.820/000188 COM. ARMAZEM 87.334.884/000107 COM. ARMAZEM 94.488.046/000145 COM. ARMAZEM 04.877.019/000171 COM. ARMAZEM 08.474.684/000175 COMERCIO DE SORVETE COM. SUCATA, EQUIP. NO VO RODOV. AG 04.835.045/000137 07.043.452/000108 IVONE GREGORY CAMPING, LANCHERIA 05.481.673/000124 GELSON GILNEI JULIAO DANI M. D. MULLER ME PAULO ANSCHAU ME COM. ATACAD. PRODUT. ALIMENTICIOS 07.713.493/000156 COM. BAR E ARMAZEM 95.273.470/000135 COM. BAR E ARMAZEM 97.198.220/000103 Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. canetas). Restos de sucatas e demais resíduos administrativos. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 101

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão ELSTOR PAULO FISCHER ME ILSON CESAR KIRCH LANCHERIA ALFEU JOSE HILLESHEIM ME ROMEU SCHWENGBER ME RONI BECKER MINIMERCADO ME* OLMIRO SCHMIDT ME ADILSON ANDRE SANTOS ME AIRTON EGEWARTH ME LUIS CARLOS DA ROSA ME DARCI LUIZ DOS SANTOS ME COM. BAR E ARMAZEM 03.775.240/000104 COM. BAR E ARMAZEM 74.849.407/000124 COM. BAR E ARMAZEM 04.111.430/000196 COM. BAR E ARMAZEM 98.597.651/000105 COM. BAR E ARMAZEM 94.769.601/000107 COM. BAR E ARMAZEM 04.985.260/000143 COM. BAR E ARMAZEM 00.922.608/000173 COM. BAR E ARMAZEM COM. BAR E ARMAZEM COM. BAR E ARMAZEM 00.699.704/000102 ROSANE M. STOHR COM. BAR E ARMAZEM 02.136.593/000143 Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 102

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão LEOCY DE LOURDES SILVA MENDES PJ SERGIO LUIS MENDES PJ LOURENI R. DA SILVA MARA ROSANGELA HAMMES COM. BAR E ARMAZEM 02.463.981/000139 COM. BAR E ARMAZEM 02.949.445/000148 COM. BAR E ARMAZEM 04.598.015/000154 COM. BAR E ARMAZEM 05.317.445/000113 PAULO R. PICOLI COM. BAR E ARMAZEM 11.898.561/000176 OLAVIO A R DA SILVA MARCIO GABRIEL PADILHA PJ CHURRASCARIA IRMAOS ZENI LTDA. ODEMIR ANDRE STERTZ PJ JOIM APARELHOS TERAPEUT LTDA ROQUE G. MAYER COM. CARNES E ALIMENTOS COM. ARTIGO ESPORTIVO 09.003.122/000106 09.062.341/000166 COM. CHURRASCARIA 02.189.716/000104 COM. APARL. ELETRICOS ELETRONICO COM. APARELHOS TERAPEUTICOS COM. ARTIGOS UTILIDADE DOMESTIC 07.955.243/000122 91.838.813/000100 01.698.892/000109 Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. Resíduos orgânicos, vidros, embalagens plásticas, papelão, isopor e demais resíduos da administração. canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 103

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão ILSON CESAR KIRCH ME CLAUDETE I. B. RECKZIEGEL ME L. M. LEONHADRT & CIA LTDA ME LECI TEREZINHA DA SILVA ME MAGAZINE CRUZEIRO DO SUL LTDA IRONI MARIA REITER SCHMITT ME ELIANE GATTERMANN ME ANGELITA LISIANE MARTINS ME CONFECCOES CAMPOS LTDA EICHLER INDUSTRIA CONFECCOES L G. L. SCHUSTER ME COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSOS 95.075.107/000105 95.132.981/000137 72.251.697/000184 93.410.082/000123 87.435.871/000205 97.237.226/000142 01.025.177/000105 08.148.304/000102 92.472.885/000140 07.306.208/000182 94.870.110/000158 canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 104

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão GRAZIELA REIS ME WERLANG BAZAR E BRIQUEDOS LTDA JONE D M DA SILVA FABI DISTRIBUIDOR.BEB IDAS LTDA RICARDO ALVISIO SCHMIDT JERRI LEANDRO MARTINI HONY COUROS LTDA POLIFRIGO COM.EXPORTA AO LTDA. MARIA DE LOURDES HINTERHOLZ PJ VIVIANE SCHNEIDER AGARMAZEM COMER. IMP.EXP.LTDA. COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSO COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSOS COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSO 95.019.022/000100 08.277.723/000144 COM. DE BEBIDAS 04.714.821/000140 COM. CALÇADOS ARTIGOS DO RAMO COM. CALÇADOS ARTIGOS DO RAMO 92.817.022/000248 07.109.453/000108 COM. DE COUROS 94.910.346/000170 SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS 04.282.903/000163 COM. DE GAS 03.696.478/000196 COM. DE GAS 05.564.820/000120 COM. GENEROS ALIMENTICIOS 97.215.362/000131 canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 105

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão VANDERLEI HALMENSCHLAGE R ME SERGIO LUIS TRAESEL WESTHER COM.AT.VAREJ.ALI MENTOS GILBERTO BECKER MERCADO CLAUDIOMIRO EBERT ME INACIO SCHWENDLER PJ THEREZINHA HICKMANN ME SUELI KONZEN PJ JULIANA NOGUEIRA PJ JONE DANIEL BOHN VETERINARIA ANELISE BOHN ME COM. GENEROS ALIMENTICIOS COM. GENEROS ALIMENTICIOS COM. GENEROS ALIMENTICIOS COM. GENEROS ALIMENTICIOS 97.294.458/000132 24.897.030/000231 02.347.125/000118 COM. DE MADEIRAS 74.754.227/000189 COM. DE MADEIRAS 07.516.363/000123 COM. MATERIAIS CONSTRUCAO COM PRODUTOS COSMETICOS COM PRODUTOS COSMETICOS COM.PROD. AGROPECUARIO COM. PROD. AGROPECUARIOS/ VETERINÁRIO 90.556.424/000120 02.507.706/000170 07.829.495/000105 00.376.573/000114 00.727.998/000120 Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração. Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração. Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração. Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração. canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 106

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão AGROP.VALE EMPREEND.SERV.L TDA. ADEMIR A. SCHUSTER PJ MARCIA T. FERREIRA PJ TAVIRA AGROPECUARIA LTDA. FYNOMATE INDUS. ERVATEIRA LTDA FILIAL 3* FYNOMATE INDUS. ERVATEIRA LTDA FILIAL 4* COM. TRANSPORTES FONTE SUL LTDA CARLOS PAULO FISCHER PJ MARIETE C. REITER PJ CARLITO HEUSER PJ MERSAL MERCADO SAN.ANTON. LTDA COM. PROD. AGROPECUARIO COM.PROD. AGROPECUARIOS/ VETERINÁRIOS COM.PROD. AGROPECUARIOS/ VETERINÁRIO COM.PROD. AGROPECUARIOS/ VETERINÁRIOS COM. POSTO DE VENDA RECEBIMENTO COM. POSTO DE VENDA RECEBIMENTO 01.455.982/000179 06.040.607/000181 08.067.819/000188 98.587.959/000412 98.587.959/000501 COM.DE RACOES 03.233.477/000105 COM. DE RACOES 04.431.812/000142 COM. DE RACOES 08.117.302/000156 COM. SUPERMERCADO COM. SUPERMERCADO 88.792.890/000162 05.033.183/000165 canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do mercado. Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do mercado. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 107

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão MERCADO ESQUINA ECONOMIA LTDA. E. I. LEONHARDT E CIA LTDA ME ALBINO PEDRO GIEHL ME ALFREDO JOSE HAAS PJ COM. SUPERMERCADO 08.966.353/000152 COM. RESTAURANTE COM. RESTAURANTE COM. RESTAURANTE ANDRE LUIZ HENZ COM. RESTAURANTE 02.633.367/000178 MAURICIO MOURA VIEIRA SALETE WESTENHOFEN SEIXAL PARTICIPACOES LTDA MATOMAK COMÉRCIO DE VEÍCULOS E MÁQUINAS LTDA. REITER & ROSA LTDA. COM. RESTAURANTE 04.175.703/000101 COM. RESTAURANTE 05.402.895/000104 PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA COM. CONSIG DE VEÍCULOS SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS 87.200.150/000127 09.228.721/000128 09.251.589/000175 HÉLIO FLORES PJ COM. BAR E ARMAZEM 03.844.002/000155 Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do mercado. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). canetas). canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 108

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão LUIS CARLOS PILZ PJ JONAS VILNEI GROSS PJ ALEXANDRE BAUMGARTEN REPRESENTAÇÕE S LTDA BELA CARNE REPRESENTAÇÕE S LTDA JTH REPRESENTAÇÕE S COMERCIAIS LTDA. SEMILDA DA SILVA MERCADO SUELI KONZEN ME NIEDERLE & WICKERT CONFECÇÕES E CALÇADOS LTDA NELSON DE SOUZA TRANSPORTES PJ NIEDERLE & CIA. LTDA. SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS 09.335.607/000105 COM. RESTAURANTE 09.341.654/000153 SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS 09.360.089/000171 09.360.098/000162 09.364.102/000160 COM. BAR E ARMAZEM 09.355.999/000166 COM PRODUTOS COSMETICOS COM. VESTUARIO CONFECCOES SER. TRANSPORTE CARGA PASSAGEIR COM. CARNES E ALIMENTOS 09.340.623/000188 09.410.870/000103 09.369.763/000189 09.534.316/000138 canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). canetas). canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). canetas). canetas). canetas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 109

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão BRUMAG COMERCIAL LTDA MANA S BAZAR LTDA COMÉRCIO DE CARNES ALEMÃO LTDA. COMÉRCIO DE CARNES ALEMÃO LTDA. PURAS DO BRASIL S.A. DEAGA PARTICIPAÇÕES LTDA MARDEPAR PARTICIPAÇÕES LTDA FAMENKE PARTICIPAÇÕES LTDA PADARIA E CONFEITARIA HEISSLER LTDA. LUIS CARLOS HULLER PIZZARIA SB TINTAS LTDA. COM. ATAC. MAT.ELÉTRICO,CONST RUÇÃO COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSOS SERV. TRANSPORTE DE CARGAS EM SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS 10.144.870/000198 10.188.814/000155 10.253.829/000150 10.253.829/000150 canetas). canetas). canetas). canetas). COZINHA INDUSTRIAL 87001335110714 Resíduos orgânicos e secos HOLDINGS INSTITUIÇÃO NÃO HOLDINGS INSTITUIÇÃO NÃO HOLDINGS INSTITUIÇÃO NÃO IND. PANIFICACAO PADARIA 09.429.660/000167 14.175.735/000160 09.313.513/000127 10.281.180/000180 COM. RESTAURANTE 10.291.736./000110 COM. DE TINTAS E MATERIAIS DE 10.336.753/000126 canetas). canetas). canetas). Matéria orgânica, plásticos, papelão e vidros. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 110

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão A FAVORITA COMÉRCIO DE CONFECÇÕES E ACESSÓRIOS LTDA LENI FROHBOSE TONEZER PJ ASSMANN & ERTEL LTDA. LENHART & LENHART CIA. LTDA. O J S REPRESENTAÇÕE S LTDA. PASETTI & BERGAMASCHI LTDA CAIO REPRESENTAÇÕE S LTDA. MARCELO SCHUCK PJ TINI E XANDE FILMES LTDA COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSOS IND. PANIFICACAO PADARIA COM. COMBUSTIVEIS LUBRIFICANTES SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS COM. VESTUARIO CONFECCOES SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS 07.766.004/000124 10.432.949/000114 10.429.740/000100 03.128.524/000231 10.499.343/000104 07.507.419/000183 10.527.939/000162 SERV. CONTABILIDADE 00.498.530/000101 SER. VIDEO LOCADORA 10.545.117/000104 canetas). canetas). Matéria orgânica, plásticos, papelão e vidros. canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal HILLESHEIM & BOURSCHEID LTDA. COM. BAR E LANCHERIA 10.574.927/000199 Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. 111

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão SILVIO SCHMITTS PJ MARJAN PARTICIPAÇÕES LTDA VIVO S.A. TRANSMACEL TRANSPORTE COMÉR.MADEIRAS E CEREAIS LTDA. CARLOS HENRIQUE KIRCH PJ DAILER SAMUEL REITER PJ GIOVANE L. SEBASTIANY & CI. LTDA. IRES JANICE DA SILVEIRA PJ FÁTIMA ROSELI DO COUTO PJ MARCO AURÉLIO HEINEN PJ SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO HOLDINGS INSTITUIÇÃO NÃO SERV. TELEFONIA MOVEL 10.687.067/000108 09.313.502/000147 2449992012170 COM. DE CEREAIS 72.277.809/000176 COM. VESTUARIO CONFECCOES COM.PROD. AGROPECUARIOS/ VETERINÁRIOS SERVIÇOS DE FOTOGRAFIA COM. SUPERMERCADO COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VAREJISTA MERCADOR. GERAL 10.823.160/000194 10.755.397/000185 10.801.007/000166 10.483.992/000109 11.095.758/000177 09.160.096/000120 Embalagens de óleo, restos de borracha, restos de sucatas, panos, estopas, resíduos contaminados com solventes, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. canetas). canetas). canetas canetas). canetas canetas). Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do mercado. canetas). (papéis, embalagens plásticas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 112

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão CLARO S.A. RÁDIO 88 FM LTDA. JÚLIO CÉSAR COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕE S LTDA MÁRCIA I. P. FEIT PJ PEDRO E. R. DOS SANTOS PJ JULIARA ARIOTTI PJ RICARDO REITER RODRIGUES PJ IGOR JOSÉ DESSOY PJ PIAZITO COMERCIAL DE CARNES LTDA ADILIO PILZ PJ ISABEL INÊS KIST MEI SERV. TELEFONIA MOVEL SER. DE RADIO DIFUSAO SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. BAR E LANCHERIA COM. ATACAD. VAREJ. MATERIAL COM. ATACADISTA E INDÚSTRIAL. 404325440010100 11.029.148/000175 10.979.884/000121 11.166.847/000167 11.144.942/000160 11.064.781/000102 11.095.358/000161 COM. RESTAURANTE 11.177.914/000149 SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SERVIÇOS DE MASSOTERAPIA 11.229.273/000129 11.666.483/000173 11.552.441/000112 canetas). canetas canetas). canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). canetas). Embalagens plásticas dos cremes, papéis e demais resíduos comuns. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 113

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão GLACY TERESINHA HENZ PJ GILNEI J. ROOS FILIAL 1 ROGÉRIO INÁCIO STOLL PJ M. L. SCHLOSSER COMPASSO ARQUITETURA & ENGENHARIA LTDA PAULO ROBERTO PICOLI MEI ROSEMARI CHRISLENE HEINEN PJ PATRICIA MALLMANN & CIA. LTDA. MIRNA INÊS LOEBLEIN GRAEF & FILHO LTDA. DR SHOES REPRESENTAÇÕE S COMERCIAIS LTDA RADIO COMPANHEIRA FM PIZZARIA 11.669.379/000143 COM. MATERIAIS CONSTRUCAO SER. INSTALACAO ELETRICA COM. CALÇADOS ARTIGOS DO RAMO SER. ARQUITETURA ENGENHARIA 92.038.397/000200 11.683.777/000114 11.068.306/000287 04.849.457/000126 COM. BAR E ARMAZEM 07.057.076/000100 COM. CALÇADOS ARTIGOS DO RAMO COM. VESTUARIO CONFECCOES 11.921.854/000127 11.733.051/000149 COM. BAR E ARMAZEM 11.770.040/000100 SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS SER. DE RADIO DIFUSAO 12.020.486/000109 02.174.414/000324 Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). Peças usadas, metal, embalagens plásticas, papéis, papelão e resíduos de escritório. canetas). canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). (papéis, embalagens plásticas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 114

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão ANA CLAÚDIA KONRAD PJ SOLUÇÃO PECUÁRIA LTDA ANDRÉIA CONCEIÇÃO RODRIGUES PJ IVERTE ERNA VOGT PJ BOHN & FLORESTA LTDA CHARLES ANDRÉ QUINOT & CIA. LTDA. PAULO DARCISIO BENDER PJ LUIS CLISERIO CABRAL MEI MONICA CARBONEL PROMPT PJ COM.VESTUARIO CONFECCOES COM.PROD.AGROPEC UARIOS/VETERIN 11.921.877/000131 12.154.071/000128 COM. BAR E ARMAZEM 11.738.376/000114 COM. SUPERMERCADO COM. MATERIAIS CONSTRUCAO SER. CURSO COM. INFORMATICA SER. REPRESENTACOES COMERCIAIS 12.136.001/000147 12.360.847/000166 12.329.182/000128 12.613.370/000183 SER. CURSO MUSICA 12.663.911/000188 COM. OPTICA E RELOJOARIA. 06.250.312/000210 canetas). canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do mercado. canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal LEANE INÊS THEISEN BITSCH MEI SERVIÇOS DE FOTOGRAFIA 12.932.333/000138 canetas). 115

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão SIRLEI ROSELENE SCHEIBLER STERTZ PJ ADRIANA MARIELI DA SILVA MEI BERENICE JULIANA BENDER MEI SER. OFICINA MECANICA,CHAPEACA O SERV. CONFECÇÃO SOB MEDIDA SERV. DE INFORMÁTICA 13.125.882/000163 12.944.046/000148 13.491.645/000116 ALBINO POTER (PJ) COM.SUPERMERCADO 13.700.358/000179 CASA LOTÉRICA MATO LEITÃO LTDA JAQUELINE SIMONI KIST MEI KIRCH & AGNES MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA DAIANA CRISTINA DA COSTA PJ MARGARETE MARIA DA SILVA MEI SERV. LOTÉRICOS 13.726.523/000161 COM. FERRAGENS E FERRAMENTAS COM. MATERIAIS CONSTRUCAO SERV. CONFECÇÃO SOB MEDIDA SERV. MANICURE,CABELO,M AQUIAGEM 13.970.385/000161 14.051.327/000105 13.433.944/000102 014.175.735/000160 Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. Restos de tecidos, resíduos de serviços administrativos (papéis, embalagens plásticas, canetas). canetas). Matéria orgânica, plásticos, papelão, vidros e demais resíduos da administração do mercado. canetas). canetas). canetas). Restos de tecidos, resíduos de serviços administrativos (papéis, embalagens plásticas, canetas). Restos de cabelos, embalagens plásticas, restos de embalagens de produtos usados, vidro e papel. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 116

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão RODRIGO EGGERS LANCHERIA KIRCH & SILVA LTDA MARIA CECÍLIA BORRE MALLMANN MEI MARCIANE ANDREIA NEILAND MEI CLAUDIA SCHMITT MEI FABIANA REGINA DA SILVA (MEI) DANIELA RIBEIRO DA ROCHA (PJ) JOELCIR JOSÉ FERREIRA (PJ) LISANE UHLMANN DA TRINDADE (PJ) SORGI HENRIQUE NIEDERLE (PJ) COM.BAR E ARMAZEM 14.046.824/000107 COM.SUPERMERCADO 14.344.746/000127 COM.VESTUARIO CONFECCOES COM. BAR E LANCHERIA SER.ENSINO DE ARTESANATO COM.VESTUARIO CONFECCOES COM. BAR E LANCHERIA COM.SUCATA,EQUIP.N OVO RODOV. 14.363.776/000180 14.380.156/000150 13.852.720/000127 14.710.931/000198 14.959.711/000100 17.408.781/000150 COM. BAR E ARMAZEM 14.816.042/000100 SER. OFICINA MECANICA,CHAPEACA O 15.070.796/000126 Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. canetas). canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. Restos de sucatas, embalagens plásticas, papelão, vidro. Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 117

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão DAPLO PARTICIPAÇÕES LTDA TRESDE PARTICIPAÇÕES LTDA MARIA CLARICE DE CAMPOS (PJ) CLARI MARCIANO DA ROSA (PJ) EDENILSON MIRANDA VERNEQUE (PJ) BEATRIS ELIETE PEREIRA (PJ) ELEMAR GOUVEA MARQUES (PJ) SODEXO DO BRASIL COMERCIAL LTDA HOLDINGS INSTITUIÇÃO NÃO HOLDINGS INSTITUIÇÃO NÃO COM. ARTIGOS USADOS BREJÓ SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES 94.295.790/000187 94.296.760/000170 15.036.955/000176 15.368.365/000140 15.412.126/000140 15.412.062/000188 SER. CURSO MUSICA 15.582.442/000160 canetas). canetas). canetas, cartuchos). Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. canetas). canetas). canetas). COZINHA INDUSTRIAL 49930514121943 Resíduos orgânicos e secos Responsável pela identificação Prefeitura Municipal LEANDRO JOSÉ THEISEN (PJ) COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSOS 13.657.437/000144 canetas, cartuchos). 118

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão ANDRE FRANCISCO SCHMITZ ME NEIDE BEATRIZ GIEHL RODRIGUES (PJ) LUIS HENRIQUES NOTTAR (PJ) FABRICIO DE MORAES (PJ) PAULO EVANDIR NEVES (PJ) ERNO LEOPOLDO BAUMGRATZ (PJ) ADILSON AUGUSTO REITER (PJ) JANICE LOPES DE OLIVEIRA (PJ) TATIELI FONSECA DA SILVA DOS SANTOS (PJ) ARIANE INÊS DECKER HENDGES (PJ) SER. OFICINA MECANICA, CHAPEACAO COM. VEÍCULOS USADOS E NOVOS COM.VESTUARIO CONFECCOES COM. BAZAR ARTIGOS DIVERSOS SERV. BORRACHARIA E LANCHONETE 15.661.346/000108 16.851.748/000138 17.049.947/000190 17.045.575/000123 16.836.972/000150 Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. canetas). canetas). canetas). Restos de alimentos, papéis, papelão, embalagens plásticas, metálicas, vidros. SER. DE PAISAGISMO 17.150.492/000102 Resíduos orgânicos SER. DE PAISAGISMO 17.180.640/000123 Resíduos orgânicos SERV. MANICURE,CABELO,M AQUIAGEM COM. VESTUARIO CONFECCOES COM. VESTUARIO CONFECCOES 17.296.503/000159 17.448.626/000168 17.521.623/000102 Restos de cabelos, embalagens plásticas, restos de embalagens de produtos usados, vidro e papel. canetas). canetas). Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 119

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Município Razão social Estabelecimento CNPJ Resíduos gerados Mato Leitão LICEU FRANCISCO WADEPHUL (PJ) LAURI AIRTON POSSELT (PJ) EDERSON JOECIR DE OLIVEIRA (PJ) EDUARDO LUIS SCHMITT (PJ) ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA DE MATO LEITÃO ASSOEMA JOÃO LUIS FERREIRA (PJ) MARNO LUIS BECKER (PJ) BANCO BRADESCO S.A. FBE TRANSPORTES LTDA SER. DE PAISAGISMO 17.676.950/000133 Resíduos orgânicos SER.OFICINA MECANICA,CHAPEACA O SERV. PELICULA E SOM AUTOMOTIVO SERV. PELICULA E SOM AUTOMOTIVO ATIVIDADES ASSOCIATIVAS SER. CURSO COM. INFORMATICA SERVIÇO SONORIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO 17.696.484/000158 17.682.398/000196 17.813.033/000153 17.715.306/000127 17.752.508/000149 18.159.520/000107 SER. BANCOS 60746948780703 SER. LAVAGEM E LUBRIFICACAO 18.360.926/000153 Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador, embalagens plásticas, papelão e demais resíduos de escritório. Restos de películas e Resíduos de serviços administrativos (papéis, embalagens plásticas, canetas). Restos de películas e Resíduos de serviços administrativos (papéis, embalagens plásticas, canetas). canetas). canetas). canetas). canetas). Embalagens de óleo, restos de sucatas, panos, estopas, lodo da caixa separadora, filtros, resíduos contaminados com solventes, líquidos de limpeza de radiador. Responsável pela identificação Prefeitura Municipal 120

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Nas Figuras 47 a 50 são apresentados alguns dos estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços existentes no Município de Mato Leitão. Figura 47 Empreendimento Tecsul. Figura 49 Restaurante Guntzel. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. Figura 48 Empreendimento Violões Roos. Figura 50 Borracharia Fichinha. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. 121

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS 12 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC) E RESÍDUOS VOLUMOSOS Conforme a Resolução nº 448 de 18 de janeiro de 2012 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a qual altera os Artigos. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10º e 11º da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, que estabelece diretriz, critérios e procedimentos para a gestão de RCC, é a medida mais concreta existente no sentido de estimular um gerenciamento adequado e diferenciado dos resíduos. A partir desta resolução, ficou estabelecido que os geradores de entulho devessem ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, caso não seja possível, a redução, reutilização, reciclagem e a destinação final. Os resíduos da construção civil são classificados da seguinte forma (Resolução nº 448/12): I Classe A são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças prémoldadas em concreto (blocos, tubos, meiofios etc.) produzidas nos canteiros de obras; II Classe B são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso; (redação dada pela Resolução n 431/11). III Classe C são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação; (redação dada pela Resolução n 431/11). IV Classe D são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que 122

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. (redação dada pela Resolução n 348/04). Conforme a Resolução nº 448 de 18 de janeiro de 2012, os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem, o tratamento dos resíduos sólidos e a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, na qual se ressalta que os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos sólidos urbanos, tampouco em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d'água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei, ou seja, deverão ter o correto gerenciamento. No Art. 5º da Resolução, é instituído que o instrumento para a implementação da gestão dos resíduos da construção civil é o Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil, a ser elaborado pelos Municípios e pelo Distrito Federal, em consonância com o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Segundo a Resolução 448/12, os Planos Municipais de Gestão de Resíduos da Construção Civil deverão constar: I as diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbana local e para os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil a serem elaborados pelos grandes geradores, possibilitando o exercício das responsabilidades de todos os geradores; (nova redação dada pela Resolução 448/12) II o cadastramento de áreas, públicas ou privadas, aptas para recebimento, triagem e armazenamento temporário de pequenos volumes, em conformidade com o porte da área urbana municipal, possibilitando a destinação posterior dos resíduos oriundos de pequenos geradores às áreas de beneficiamento; III o estabelecimento de processos de licenciamento para as áreas de beneficiamento e reservação de resíduos e de disposição final de rejeitos; IV a proibição da disposição dos resíduos de construção em áreas não licenciadas; 123

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS V o incentivo à reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no ciclo produtivo; VI a definição de critérios para o cadastramento de transportadores; VII as ações de orientação, de fiscalização e de controle dos agentes envolvidos; VIII as ações educativas visando reduzir a geração de resíduos e possibilitar a sua segregação. Os grandes geradores deverão elaborar seus Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e terão como finalidade constituir os procedimentos necessários para o manejo e destinação ambientalmente adequados dos resíduos. Na Resolução 448/12 fica estabelecido o prazo máximo de doze meses, a partir da publicação para que os municípios e o Distrito Federal elaborem seus Planos Municipais de Gestão de Resíduos de Construção Civil, que deverão ser implementados em até seis meses após a sua publicação. Cabe salientar que os Planos Municipais de Gestão de Resíduos de Construção Civil poderão ser elaborados de forma conjunta com outros Municípios, em consonância com o art. 14 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Se tratando de resíduos volumosos os quais são constituídos basicamente por materiais volumosos não removidos pela coleta pública municipal, como móvel e equipamentos domésticos inutilizados, grandes embalagens e peças de madeira, podas e outros assemelhados não provenientes de processos industriais (NBR 15112:2004). Referente a esses resíduos há coleta é realizada juntamente com a coleta convencional, conforme verificado durante o estudo gravimétrico. Podemos destacar que não há um gerenciamento adequado dos RCC no Município (Tabela 26), não possuem nenhum tipo de coleta e destinação final, ou seja, não gerenciam os RCC, normalmente esses resíduos são reutilizados em aterros. 124

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Tabela 26 Dados Gerais referentes aos Resíduos Sólidos da Construção Civil (2012) Município Responsabilidade Terceirização Custo Destinação Quantidade Empresa mensal Final Não possuem Mato Leitão Geradores Não destinação específica Fonte: Mato Leitão, Prefeitura Municipal. () Não possuem esse dado. 12.1 Quantidades Coletadas O Município não possui a quantidade gerada dos RCC, tendo em vista que a construção civil nestes é absorvida nas próprias obras como aterro para alicerce dos empreendimentos. 12.2 Destinação Final Os resíduos volumosos não possuem destinação específica, normalmente descartada na coleta convencional. Segundo informações repassadas pelo Município, os RCC são reutilizados em áreas que necessitam aterros para execução de novas edificações e terraplanagem (Figuras 51), mas em algumas áreas foi possível verificar que a destinação é realizada de forma inadequada (Figura 52). 125

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 51 Resíduos dispostos em terreno, ao lado da Secretaria de Obras. Figura 52 Acúmulo de resíduos da construção civil em terrenos. Fonte: Empresa Executora. Fonte: Empresa Executora. É de responsabilidade do Município elaborar os Planos Municipais de Gestão de Resíduos da Construção Civil, sendo que a partir desse, as prefeituras definirão quem são os pequenos e os grandes geradores, conforme o volume ou a massa diária de resíduos por eles gerados. Os grandes geradores deverão elaborar Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil PGRCC individual para cada empreendimento. Já os pequenos geradores, sendo eles pessoa física ou jurídica que realizarem atividades geradoras de resíduos em volumes até 1m³(dado extraído do Manual de Orientação 1 Como implantar um sistema de manejo e Gestão dos Resíduos Sólidos da Construção Civil nos Municípios), poderão realizar a destinação junto a Central Municipal, efetuando o pagando de taxa específica a ser determinada pelo Plano Municipal de Resíduos da Construção Civil. Na Figura 53 são demonstradas as responsabilidades dos geradores, conforme a Resolução CONAMA n 307: 126

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS Figura 53 Responsabilidades dos Geradores (Fonte: Resíduos da Construção Civil Folheto SindusCon (2012)). 12.3 Geradores Na Tabela 27 é demonstrado um roll de estabelecimentos existentes no Município. No entanto, não foi possível averiguar a quantidade gerada nos estabelecimentos, pois o Município não possuem controle e fiscalização dos estabelecimentos geradores de resíduos da construção civil. Ainda que conste este levantamento, sugerimos a elaboração destes estabelecimentos em mapas para uma eficácia na fiscalização a posteriori. 127