BIOLOGIA APLICADA À TEOLOGIA



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Transcrição:

BIOLOGIA APLICADA À TEOLOGIA Edson Talarico Rodrigues 1 OBJETIVOS DO TEMA A biologia ajuda a compreensão teológica? Que relação há entre essas duas ciências? Cremos que sim, pois Deus é o autor da vida e a biologia, na essência, é o estudo da vida. Desse modo, a biologia e suas diversas ramificações científicas, nas suas constatações, exaltam a Deus (Rom 8.19,20). De modo sucinto, esta apostila objetiva: Transmitir conceitos de biologia que permitem aumentar a compreensão de certos assuntos bíblicos. Aumentar a confiança no valor das Escrituras diante de assuntos que estas revelam e as ciências ainda não desvendaram (vida após a morte, espírito alma e corpo etc).. Abordar sucintamente aspectos de teorias científicas que estão equivocadas (criação e evolução do universo, dos seres vivos e do homem). Identificar exemplos de como certas revelações da Bíblia podem ser aplicadas a as suntos científicos, direcionando-os, confirmando-os ou corrigindo-os; mesmo que a Bíblia não tenha sido elaborada com fins científicos. A biologia é a ciência que estuda os processos vitais de plantas, animais e outros seres vivos. Um grande número de especialidades fazem parte das ciências biológicas, devido à diversidade e complexidade dos seres vivos, tal como se verifica nas definições sucintas da Tabela 1. Tabela 1- Algumas das Principais Especialidades das Ciências Biológicas. ESPECIALIDADE ÁREA DE ESTUDO 1- Zoologia Animais 2- Zootecnia Produção animal com fins de exploração comercial 3- Botânica Plantas 4- Fitotecnia Produção vegetal com fins de exploração comercial 5- Taxonomia Classificação sistemática de plantas e animais 6- Morfologia Formas dos seres vivos 7- Fisiologia Funcionamento dos sistemas orgânicos 8- Anatomia Forma e inter-relação das estruturas internas de um organismo 9- Histologia Constituição microscópica de tecidos e órgãos 10- Citologia Células 11- Embriologia Formação e desenvolvimento do embrião 12- Virologia Vírus 13- Micologia Fungos 14- Bacteriologia Bactérias 15- Entomologia Insetos 16- Microbiologia Microrganismos 17- Imunologia Processos internos de defesa do organismo 18- Paleontologia Vida orgânica do passado fósseis 19- Genética Mecanismos de hereditariedade 20- Ecologia Relações dos seres vivos entre si e com o ambiente. 1 Engº Agrº, D. Sc., Professor da UEMS, Presbítero da Igreja Evangélica Assembléia de Deus.

2 1- DEFINIÇÃO DE VIDA Conceitos obtidos em citações de PEDERSOLI e WELLINGTON (1982): É o conjunto de princípios que resistem à morte - Bichat. É o conjunto das operações de nutrição, crescimento e destruição, cuja causa é um princípio que tem o seu fim em si próprio - Aristóteles. Grego. Entre 350 e 300 ac. Realizou os primeiros estudos de zoologia e a primeira idealização de átomo. É a adaptação contínua das relações externas - Herbert Spencer. Sociólogo e filósofo inglês. Viveu de 1820 a 1903. Escreveu os Princípios de Biologia. É uma destas coisas que não se definem, toda a gente sente, compreende e observa. Não se lhe dá, porém, uma definição precisa. Francis Blaise Pascal. Matemático e Físico. Descobridor da pressão atmosférica, elaborou o teorema sobre o hexágono, idealizou a primeira máquina de calcular. É algo que não se pode definir (Claude Bernard). Na Bíblia o assunto é citado com mais extensão, enfatizando Deus como o criador e mantenedor da vida no planeta. A vida humana não se encerra com a morte do corpo. Alguns exemplos ilustrativos: Eu vim para que vocês tenham vida com abundância (Jesus Cristo, Jo 10.10). Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens (Jo 1.4). Eu sou... a vida (Jesus Cristo, Jo 14.6). Quem crê em mim, ainda que morra viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto? (Jesus, em Jo 11.25 e 26). Se alguém guardar a minha palavra nunca verá a morte (Jesus, em Jo 8.51). Em muitos casos não é possível submeter as declarações bíblicas à experi-mentação científica. É por isso que um dos requisitos básicos para o estudo dessas de-clarações é a fé na inspiração divina da Bíblia. 1.1- Doutrinas Científicas sobre a Origem e Natureza da Vida - Materialismo- A vida é um efeito da matéria organizada, o resultado da interação da energia com a matéria organizada. Assim, a vida é um arranjo especial da matéria no espaço, permitindo uma organização para que ocorram reações bioquímicas especiais em determinados níveis. - Vitalismo- A vida resulta da interação entre a matéria e um agente imaterial (alma e espírito), originada da vontade divina. Para o vitalismo é a vida (força vital) que causa a organização da matéria. Essas duas doutrinas servem como princípios básicos para as duas teorias que tentam explicar a origem da vida no planeta: criacionismo e evolucionismo. As ciências biológicas permitem a constatação de que a vida é um fenômeno complexo e o nível de conhecimentos cientéficos atuais ainda não é suficiente para explicá-la completamente. As delcarações bíblicas a seguir reivindicam que Deus é o idealizador, criador e mantenedor dos sêres vivos. - Gn 1.2- "O Espírito de Deus pairava (chocava, incubava a vida) sobre a face das águas". Dá idéia de que ocorreram preparativos graduais na criação das condições para o surgimento da vida. Essa idéia é compartilhada pelas ciências naturais e pelos relatos bíblicos (Gn 1 e 2). As declarações bíblicas a seguir reivindicam que Deus é o idealizador, criador e mantenedor dos sêres vivos. - Jó 33.4- "O Espírito de Deus me fez e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida". - Jó 34.14 e 15- "Se ele retirasse para si o seu espírito e recolhesse para si o seu fôlego, toda a carne juntamente expiraria e o homem voltaria para o pó. - Jó 12.7 a 10 - O verso 10 informa que os animais possuem vida e o gênero humano possui espírito. - Sl 104.29,30 (nos seres vivos em geral). - Sl 146.4 - "Sai-lhe o espírito e ele volta para a terra".

3 - At 17.25-28 -... "Deus dá a todos a vida"... - Mt 9.24 e At 20.10 - Enquanto a alma está no corpo, existe vida 1.2- Evolução dos Conceitos Científicos sobre a Origem da Vida A seqüência de hipóteses citadas a seguir demonstra que as ciências evoluem por meio da experimentação e da interpretação, na busca interminável da verdade. a- Aristóteles, 350 ac- Introduziu a idéia da geração espontânea. "Peixes, moluscos e insetos nascem espontaneamente da matéria em putrefação". b- Paracelso, no séc XVI - Abiogênese ou Geração Espontânea. "Os ratos, sapos, enguias e tartarugas são gerados a partir da água, ar, madeira podre etc. c- John Needhan, em 1745. Misturou caldo de galinha, sucos vegetais e outros líquidos alimentares num tubo de ensaio, aqueceu e depois fechou para impedir a entrada de ar. Alguns dias depois se formaram pequenos organismos (Não aqueceu muito). Interpretação: Surgiram espontaneamente da matéria contida no tubo = abiogênese. d- Louis Pasteur, em 1864 - "Nenhum ser vivo pode surgir rápida e espontaneamente a partir da matéria bruta, mas todo organismo provém de outro já existente (Teoria da Biogênese). Experiência: Colocou os sucos de fácil degradação num vidro com gargalo fino, comprido e encurvado. Ferveu e esperou várias semanas. Tirou oo gargalo e com dois dias havia contaminação. Interpretação: "A putrefação das substâncias orgânicas é devido a microrganismos". Ele desenvolveu a "pasteurização", esterilização de alimentos por meio da mudança brusca de temperatura. Primeiro alta, depois baixa. 1.3 Algumas Observações sobre Criacionismo e Evolucionismo O espaço disponível para este curso não permitirá aprofundar os conhecimentos sobre criação e evolução, porque a isso exigiria o conhecimento prévio de uma ampla base conceitual em biologia. Serão abordadas apenas algumas observações com a finalidade de questionar conceitos da teoria evolucionista. O ensino ministrado atualmente nas escolas (adotado com base naquilo qué mais aceito hoje pela Comu-nidade Científica) tem valorizado em demasia os conceitos evolucionistas, sem levar em conta os questionamentos a essa teoria. Verifica-se também que o modelo criacionista não tem sequer sido citado em vários livros didáticos. Serão abordadas apenas algumas observações com a finalidade de questionar conceitos do modelo evolucionista e de demonstrar a credibilidade científica dos conceitos criacionistas. Surgimento do Universo e da Vida - Modelo criacionista - Criacão súbita de tipos de vida complexos e diversificados, com lacunas sistemáticas entre tipos diferentes e variações genéticas entre esses. - Modelo Evolucionista - Evolução gradual do Universo e aparecimento gradual dos tipos de vida, através de longos períodos. Surgiram tipos complexos de vida advindos de tipos mais simples; e estes surgiram a partir da matéria não viva (recordar a doutrina materialista). Contestações No criacionismo se discorda de que formas mais complexas de vida tenham surgido das mais simples e da transmutação entre espécies mas a é inegável a evolução restrita, devido à variabilidade genética ou a formação de espécies ou sub-espécies entre os tipos originais é incontestável. A 1ª Lei da Termodinâmica afirma que toda a matéria e energia do universo é constante. A 2ª Lei da termodinâmica afirma que energia e matéria tendem sempre a mudar do estado ordenado para estados mais simples. Com base nessas Leis (valor maior que teoria, pois são inquestionáveis), o Universo não poderia ter se criado a si mesmo ou

existido há muito tempo. Se fosse assim, já teria se deteriorado. Portanto, o universo físico e a energia foram criados. Se a 2ª Lei da Termodinâmica afirma que os sistemas ordenados tendem para a desordem, a menos que haja um mecanismo de conversão (fotossíntese), então torna-se impossível moléculas simples e proteínas complexas terem dado origem a sêres vivos (recordar a Doutrina materialista).os experimentos de laboratório sobre a origem da vida mostram resultados que dependem de condições de laboratório, artificiais e muito improváveis. Há lacunas no registro fóssil entre organismos unicelulares e invertebrados, entre invertebrados e vertebrados, entre peixes e anfíbios e répteis, entre répteis e aves e entre mamíferos inferiores e primatas (elos perdidos). Mutações e Seleção Natural são insuficientes para terem produzido o aparecimento de formas atuais de vida a partir um simples organismo primordial. Atualmente pode-se verificar que as mutações são quase sempre prejudiciais dentro do ambiente natural de um organismo. Para evoluir, os organismos teriam que sofrer uma infinidade de mutações benéficas 4 2- CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS Os conceitos científicos a seguir são utilizados para caracterizar os seres vivos. A maioria possui todas as características. Ao estudá-las podemos concluir que: Os seres vivos possuem alto grau de complexidade e de organização. Deus, ao ter criado todos esses mecanismos, demonstra que é extremamente sábio, organizado e trabalhador. 2.1- Organização em Diferentes Níveis -Átomos moléculas células tecidos órgãos sistemas ou aparelhos indivíduo espécie comunidades biosfera. 2.2- Metabolismo É o conjunto de processos químicos envolvidos na liberação e utilização de energia no interior das células vivas. Esses processos são responsáveis pelo crescimento, manutencão e regeneração do organismo. O fator que provoca a liberação de energia é a ruptura ou estabelecimento de ligações químicas. 2.3- Reprodução Um ser vivo produz outros semelhantes a si próprio. A reprodução pode ser sexuada ou assexuada. (divisão celular). Nos vegetais a reprodução assexuada pode se dar pelos métodos de propagação vegetativa. Diversos microrganismos inferiores se reproduzem por divisão celular. Em insetos ocorre a partenogênese. 2.4- Sensibilidade Reação a estímulos do meio ambiente. 2.5- Movimento Mesmo as plantas, que permanecem no solo movimentam as partes vegetativas em direção à luz e as raízes em direção às camadas de solo. Existem também as plantas sensitivas, cujos folíolos se retraem quando algo os toca. 2.6- Diferenciação Ocorre em organismos multicelulares. Consiste no aparecimento de células com diferentes formas e funções no organismo.

2.7- Adaptação Os seres vivos possuem nos seus organismos mecanismos que lhes permitem sobreviver a fatores estressantes impostos pelo ambiente. Alguns mais outros menos. Por exemplo, existem homens vivendo desde o Polo Norte (esquimós) até as regiões desérticas (povos beduínos do deserto). 2.8- Regeneração Os seres vivos podem reconstituir partes perdidas ou danificadas, por meio da divisão celelar. Exemplos: reposição do rabo da lagartixa, cicatrizações de ferimentos, soldadura de ossos. 3- FONTES DE ENERGIA Os seres vivos obtém energia para o crescimento, metabolismo, movimentação, reprodução, por meio de um dos seguintes processos: fotossíntese, quimiossíntese, fermentação e respiração (aeróbica ou anaeróbica). 3.1- Fotossíntese Nesse pocesso, os vegetais clorofilados e certas algas utilizam a luz solar como fonte primária de energia A energia solar é transformada em energia química armazenada (processo químico Essa energia é utilizada pelas plantas e pelos outros seres vivos, nos processos de fermentação, respiração aeróbica ou anaeróbica. - Clorofila - Substância existente nas células foliares (dentro dos cloroplastos). Tem a função de catalizar (provocar, favorecer) a fotossíntese. Absorve ondas luminosas nas freqüências vermelha e azul do espectro e refletem a parte verde. A clorofila absorve a energia luminosa e a transfere para vários compostos. Equação da Fotossíntese: 6CO 2 + 12 H 2 O clorofila C 6 H 12 O 6 + 6H 2 O + 6O e luz 2 (gas carbônico) + (água) = (glicose) + (água) + (oxigênio) 5 3.2- Respiração Celular O esquema a seguir sintetiza o processo de respiração celular. Os alimentos vão se convertendo em compostos orgânicos menores, que são degradados e vão assumindo formas cada vez mais simples. A degradação vai liberando energia bioquímica, que é transformada e utilizada em todas as atividades dos seres vivos. DEGRADAÇÃO DE COMPOSTOS ENERGÉTICOS GLICOSE CO2 H2O Liberação de energia para utilização em outras atividades do organismo COMPOSTO ALTAMENTE ENERGÉTICO

CONCLUSÃO: A luz é a fonte originadora da vida no planeta, porque gera a energia necessária à sintese de elimentos dos seres autotróficos (responsáveis pela síntese do próprio alimento = plantas). A humanidade adquiriu esses conhecimentos recentemente a partir de 1771, quando Joseph Priestley verificou que as plantas absorviam CO 2 e liberavam O 2. No entanto, muito antes disso as Escrituras Sagradas afirmaram que a luz é a fonte original de energia para a vida. Esse conceito é utilizado sentido simbólico, pois a luz é um dos símbolo de Deus. Diversas manifestações de Deus ocorrem com a presença de luz intensa. - Análise ilustrativa de alguns textos bíblicos. Ecl 11.6-8 (parafraseando) - Após o semeio é ótimo que haja a luz do sol, porque há muitos dias de trevas, que não são bons.. Ml 4.2 - O sol é a salvação e o responsável pela engorda de bezerros (pastam aquilo que a luz fez crescer).. Jo 8.12 - Jesus - Luz do Mundo. Luz da Vida - É o mesmo que considerar a luz como fonte de vida.. 1 Pe 2.9 - A luz é maravilhosa.. 2 Samuel 23.4 - Efetividade da luz límpida (luz também tem qualidade), juntamente com níveis adequados de umidade do solo.. Tia 1.17 - As dádivas perfeitas descem do "Pai das Luzes". Que luzes? Há mais de uma? Sim. A luz branca é a união de todas as cores. Cada cor expressa uma freqüência de vibração. A freqüência maior é a do infra-vermelho (transmite calor, serve para tratar contusões musculares). A freqüência menor é a ultra-violeta, que tem efeitos lesivos sobre as células animais e vegetais (câncer de pele). A cromoterapia é uma disciplina em desenvolvimento e há ainda muitas descobertas a serem feitas sobre o efeito das luzes nos sêres vivos. 6 4- CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS Estima-se que existam na atualidade entre 10 e 100 milhões de espécies de sêres vivos. A Taxonomia ou sistemática é a área das ciências biológicas que se dedica à identificação e classificação dos sêres vivos. Alguns conceitos e regras de classificação serão estudados para que possamos avaliar com mais profundidade como a obra da criação é diversificada. Esse é um dos motivos pelos quais Deus é adorado (Sl 104.24). O conhecimento da diversidade da vida na terra gera um argumentonumérico contra a doutrina materialista, pois esta afirma que a vida é simplesmente um efeito da matéria organizada, que surgiu e evoluiu ao estágio atual pelo simples arranjo casual de substâncias químicas. É mais lógico crer na estratégia poderosa de um Sêr superior que criou e organizou a biodiversidade (Sl 19.1). A sistemática ordena os sêres vivos com sete elementos, cada um mais específico que o outro, da seguinte forma: REINO FILO CLASSE ORDEM FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE

7 4.1- Reinos MONERA - Composto por bactérias e algas azuis, que vivem na água e realizam fotossíntese. Exemplos importantes: bacilo de Koch, casusador da tuberculose, bacilo de Hansen, causador da Lepra. PROTISTA - Diferencia-se do reino Monera porque o núcleo da célula é separado do citoplasma (eucarionte). Composto por protozoários e algas unicelulares, que fazem fotossíntese. Exemplos de protozoários: ameba, giárdia, Tripanossoma cruci = doença de Chagas. Plasmódio: vive na saliva dos pernilongos anófiles = malária. Algas: vivem nas águas e em lugares úmidos. Responsáveis por 90% da fotossíntese do planeta. FUNGOS - Alimentam-se por:. Parasitismo - à custa de outro sêr vivo,. Saprofitismo - provoca a decomposição da matéria orgânica e. Simbiose - associação com outro sêr vivo que resulta em benefício para ambos PLANTAS - Compostas pelas classes:. Briófitas - musgos. Pteridótitas - samambaias e avencas. Gymnospermas - não produzem frutos, só sementes. Ex: pinheiro, faia, cipreste.. Angiospermas - são a classe mais numerosa. Formadas pelas subclasses monocotiledônea e dicotiledônea. São as plantas completas, que produzem todos os órgãos, inclusife frutos (Gn 1.11). ANIMAL - Classes: invertebrados, anelídeos, artrópodes ( moluscos e insetos = hexápodos), peixes, répteis, aves, mamíferos. VIRUS - UM SÊR DIFERENTE - Não pertencem a nenhum reino. - Não são formados por células. Possuem uma capa protêica e o núcleo, que é constituído por ácido nuclêico (DNA ou RNA). - Comportam-se ora como seres vivos, ora como material inerte (cristalizam-se e se conservam indefinidamente). - Possuem somente duas características típicas dos sêres vivos:. capacidade de reprodução e. capacidade de sofrerem mutações. - Todos os vírus são parasitas, pois só se desenvolvem dentro de outras células vivas.. utilizam o sistema de replicação celular para se multiplicarem,. afetam o funcionamento normal das células, provocando doenças. - Como combater os vírus?. Não há remédio curativo. O próprio organismo produz anticorpos para destruí-los. As vacinas existem e são, muitas vezes, o próprio vírus atenuado. - Doenças Viróticas Curáveis: gripe, caxumba, conjuntivite, certas verrugas. - Doenças Viróticas Fatais e Incuráveis: Aids, poliomielite (paralisia infantil), hidrofobia (raiva), hepatite (cura parcial, pois o vírus continua latente no organimo. O doente não pode mais doar sangue). 4.2- Exemplos de Classificação - Regras de nomeclatura para nomes científicos:. São escritas em latim - lingua morta. Não sofrerá mais mudança.. Devem ser destacados no texto - em negrito, ou itálico, ou grifado.. Gênero deve ter inicial maiúscula e espécie, em letras minúsculas. MILHO: Reino Mataphyta Filo Tracheopsida Classe - Angiospermae Subclasse Monocotiledoneae Ordem Graminales Família - Graminaceae Gênero Zea Espécie - mays

4.3- Espécie É o conjunto de seres semelhantes que podem cruzar-se entre si, dandoorigem a descendentes férteis. Em maio de 1992 estavam catalogadas 1,4 milhão de espécies, pelo "Global Biodiversity" (ALMANAQUE ABRIL, 1993). No capítulo da criação (Gn 1), Deus estabelece a lei de fecundidade unicamente dentro da espécie. Nas ciências biológicas pode-se comprovar o cumprimento dessa lei. Hoje se identificam os mecanismos orgânicos responsáveis pela mesma (não serão aqui discorridos). Tomemos o exemplo do cruzamento entre égua e jumento. São espécies diferentes que podem gerar o burro ou a mula. Porém esses descendentes são estéreis. 8 4.3.1-Manipulação de Espécies pelo Homem As espécies de plantas, animais, insetos e microrganismos são manipuladas para atender aos interesses do homem (Gn 1.28-31). Modernamente tem havido um grandeavanço nas áreas de genética, melhoramento e biotecnologia, permitindo ao homem desenvolver raças, variedades e linhagens de seres vivos mais eficientes. 4.4- Exemplos de Melhoramento Genético de Espécies Animais - Os objetivos mais freqüentes são maior precocidade, maior taxa de conversão alimentar, carne mais macia, maior produção de leite, etc. Plantas - Objetivos mais freqüentes: mais produtiva, maior teor de proteína, resistente ao clima quente, tolerante a elementos tóxicos do solo ( Alumínio, Manganês, Ferro), menos exigentes em nutrientes, etc. Microrganismos - Exemplos - Bacillus thuringiensis - Bactérias utilizadas como controle biológico de lagartas, parasitando-as e matando-as. Evitam o uso de agrotóxicos, que são prejudiciais ao ambiente e ao homem.. Rhizobium japonicum - Bactérias utilizadas para misturar com sementes de soja. Fazem simbiose com as raízes. Ingessam superficialmente e formam nódulos. Recebem carboidratos (açúcares) e fornecem o nitrogênio, que captam do ar na forma gasosa e o transformam na forma de aminoácidos (forma que a planta consegue absorver). Essa transformação é muito cara por meios industriais (N gasoso para N amoniacal. Exige 800º C e 200 atm de pressão). O N é o adubo mais caro. No entanto nessa parceria a bactéria oferece gratuitamente à planta. Um grande número de microrganismos faz esse trabalho, em assciações ou isolados (vida livre). 5- A AGRICULTURA NA BÍBLIA - Norma para Conservação de Linhagens Em Dt 22.9 a Lei determinou aos israelenses: "Não semear a vinha com duas espécies de semente... para não degenerar o fruto da semente". Por que? - Para evitar a mistura varietal. A variedade nativa está adaptada ao ambiente (resistência a pragas, doenças, características de solo e clima etc) e o comportamento de uma variedade introduzida será diferente, podendo ser introduzidas plantas com comportamento indesejável quanto a período de maturação dos frutos, resistência a pragas e doenças, sabor e formato dos frutos etc.

Até hoje, em regiões com tradição em determinada cultura, existem as variedades melhoradas pelos produtores, que estão adaptadas à região. Muitas vezes não são as mais produtivas, mas permitem o cultivo com menor investimento em insumos que as variedades modernas. Um grande cuidado nos campos de produção de sementes de grãos é o controle da pureza física das sementes. Assim, na produção de semente de soja não pode existir a "corda de viola". Para o arroz, é proibida a presença do "arroz vermelho". Essa dificuldade é citada na Parábola do Joio e do Trigo (Mt 13.27-30). Uma grande lição espiritual é tirada daqui. Trata-se da necessidade do cristão manter a sua natureza espiritual intacta, sem contaminar com a semente do mundanismo. Parábola do Semeador, Mt 13.3-8. - Uma boa variedade é semeada e para expressar todo o seu potencial genético, são necessários outros fatores: solo profundo, ausência de ervas daninhas, luminosidade não excessiva, níveis adequados de umidade do solo. Os termos um a cem, a sessenta e a trinta expressa diferentes produtividades. Símbolos: Semente semeada = Palavra de Deus anunciada, Solos diferentes = Nossos corações - características pessoais que nos levam a atitudes espirituais positivas ou negativas. A vegetação de cerrado se caracteriza por plantas de porte baixo e com caule retorcido, mas o solo dos cerrados é profundo e tem caracterísficas físicas favoráveis à penetração das raízes. Nesse caso, as plantas se desnvolvem pouco devido aos elementos alumínio, ferro e manganês, que em níveis elevados são tóxicos para a maioria das plantas. Por isso, é necessário a incorporação de doses corretas de calcário, que inativa quimicamente os elementos tóxicos e fornece os nutrientes cálcio e magnésio. Não adinta ótimos níveis de adubo químico, ótimo preparo do solo, ótima irrigação, se esse problema básico não fôr resolvido. Da mesma forma, o nosso coração é como um solo onde germinou a semente do evangelho. Cada solo tem suas características particulares e exige um preparo específico para permitir a produtividade máxima. A estratégia correta é minimizar os pontos fracos e aproveitar ao máximo as qualidades. - ENXERTIA A enxertia é um processo de multiplicação de plantas que utiliza a reprodução por gemiparidade ou brotamento (de uma pequena gema se forma um novo indivíduo). É portanto um processo de reprodução assexuada. Os indivíduos que se originam possuem as mesmas características do indivíduo originário. - Vantagens. Apressa a obtencão de plantas desejáveis.. Aproveita as boas caqracterísticas do indivíduo a reproduzir, que serão perpetuadas. Na reprodução via sementes isso não ocorre devido à variabilidade genética.. Permite o cultivo de plantas que têm problemas com pragas e doenças de solo (citrus e tomate (nos solos amazônicos são atingidos pos Pseudomonas solanacea rum) - Termos e Procedimento. Cavalo - Planta que será enxertada. É decepada e o caule é fendido para receber o enxerto.. Cavaleiro - Planta que fornecerá a gema ou borbulha.. Fazer um corte no caule do cavalo, introduzir a gema sob a casca, envolver a região com fita plástica especial. Após o pegamento da gema, eliminar todos os outros ramos que brotarem. - Exemplos Práticos:. Citrus - Cavalo de Limão Cravo ou Tangerina Cleópatra, resistentes às doenças mais comuns e adaptados às condições de clima e solo do Brasil Utiliza-se para cavaleiro a borbulha de uma variedade selecionada. 9

. Seringueira - Cavalo de variedade adaptada à região e cavaleiro de clone introduzido altamente produtivo. - Exemplo Bíblico. Romanos 11.17-19 e 24. Designação Simbólica Designação Técnica A Quem se Refere Ramos da Oliveira quebrados Cavaleiro que gera a gema Israel Zambujeiro natural Cavalo - recebe a gema Os gentios Origem da Seiva da Oliveira Seiva elaborada, sintetizada nas folhas Aquele que age em favor de Israel = DEUS - FRUTICULTURA A fruticultura era intensamente utilizada pelos israelenses. A terra de Canaã era famosa pela fertilidade e talento para produzir frutos (Dt 8.7-9; Nm 13.23). O estado de Mato Grosso possui potencial para a exploração de várias fruteiras de clima tropical. Plantações estão sendo introduzidas nos programas de diversificação agrícola, em andamento no estado, com vistas a ampliar divisas e reverter a monocultura de soja existente. As plantas frutíferas são as mais completas pois produzem todos os órgãos. Porisso são classificadas na ordem angiospermae (rever item 4.1, assunto "plantas". - Algumas Aplicações Espirituais Jo 15.16 e Gl 5. 22, 23 - Jesus quer que os cristãos produzam frutos. De acordo com Mt 21.19, somos obrigados a frutificar e se não o fizermos, poderemos desagradá-lo. Sl 1. 3 - Há uma estação própria para a árvore frutificar. Isso quer dizer que os frutos espirituais têm uma época própria para se manifestarem em nossa vida. Na natureza a planta sómente frutifica depois de ter germinado, produzido raiz, caule, galhos, folhas e flores. Não seria proveitoso todas as plantas frutíferas frutificarem ao mesmo tempo. Por isso, Deus programou que as espécies de frutifiquem em estações diferentes. - PODA Espiritualmente, essa prática está ligada à disciplina, no sentido de retirarmos os defeitos que prejudicam nossa comunhão com Deus. É utilizada em várias espécies de plantas, principalmente as frutíferas. Os dois tipos principais são: Poda de Formação - Feita à medida em que a planta vai se desenvolvendo, com a finalidade de orientar o crescimento, para dar-lhe uma arquitetura desejável. São retirados os "ramos ladrões" (porque não são necessários e sómente roubam a seiva, que seria útil em outras partes da planta) e os galhos em excesso. Poda de Limpeza - Tem a finalidade de eliminar galhos e ramos velhos ou doentes, porque se permanecerem na planta ou próximos dela serão fonte de entrada de doenças. Ao tirá-los damos chance para que a planta se regenere melhor. Jesus exemplifica esse tipo de poda em João 15. 3, para a cultura da uva. A poda exige bom senso de quem a faz, porque se fôr muito drástica pode causar um estreesse que levará a planta à morte ou à queda de produtividade. Por outro lado, se fôr muito leve será incipiente. 10 6- ECOLOGIA Ciência que estuda o relacionamento dos seres vivos entre si e com o ambiente. Alvo Principal - Esta ciência se dedica a conhecer como os seres vivos se adaptam às condições diferentes do ambiente e o que deve ser feito para preserva preservar o ambiente.

6.1- Conceitos Básicos 6.1.1- Cadeia Alimentar - Cadeia alimentar é o fluxo de energia que passa de um ser vivo para outro, por meio de alimentos. Na ecologia reconhece-se que quase sempre para um estar vivo outro tem que morrer. Em outras palavras, a moeda energética que paga o valor da vida é a morte. Igualmente em teologia há uma lei indicando que sem derramamento de sangue não se elimina as forças mortais do pecado (Hb 9.14 e 22; Rm 3.23-25; Col 2.13,14, entre outros). Recentemente existem contaminações que estão sendo veiculadas ao homem pela via dos alimentos, na cadeia alimentar. É o caso do mercúrio lançado nos mananciais pelos garimpeiros, que entra na cadeia alimentar principalmente pelos peixes. Ao comê-los as pessoas introduzem o metal no organismo. O seu malefício se manifesta através de anomalias genéticas e problemas nas glândulas. As populações ribeirinhas têm sido afetadas por esse mal. Outro exemplo é o da contaminação de alimentos por agrotóxicos. Esquema de como pode ser uma Cadeia Alimentar ENERGIA DO AMBIENTE - Luz solar, elementos minerais, mat. org. decomposta, água, microrganismos, etc 11 transferência de energia VEGETAL- Produtor (Armazena a energia do sol para produzir alimento). transf. de energia Consumidor Primário - Ex: BOI (come vegetais) Consumidor Secundário - Ex: HOMEM (come carne bovina) Consumidor Terciário Ex: Microrganismos Decompositores da Matéria Orgânica RETORNO DE ENERGIA AO AMBIENTE 6.1.2- Fatores Ecológicos São condições que interferem na adaptabilidade dos seres vivos em determinada região. Alguns exemplos: - Luz - Alguns seres precisam de muita luz. Há plantas que exigem-na em grande intensidade e outras que se adaptam à sombra de árvores. Fungos e bactérias vivem em locais sombrios. Morcegos vivem em cavernas e baratas não suportam a luz. Espiritualmente os cristãos se adaptam à luz intensa (Jo 1.4, 5, 9, 19-21; Mt 3.16). - Temperatura - Cada ser vivo está adaptado a uma faixa restrita de temperatura, mas tem capacidade de adaptar-se dentro dos limites de tolerância. - Umidade - Os seres vivos não sobrevivem sem água. Seja no solo (plantas) ou ao ar (todos os seres terrestres e aéreos). A Bíblia fala muito em sede, mananciais, água pura e cristalina, entre outros termos. Isso decorre do grande valor que a cultura is raelense dá à água, pois vivem num ambiente árido.

12 CICLO DA ÁGUA = Evaporação e Evapotranspiração nuvens chuva mananciais Deus é o Autor do Ciclo da Água. Ele ostenta diante de Jó a Sua sabedoria ao estabelecer a provisão das chuvas, que são responsáveis pela manutenção da vida nos mais diferentes ecossistemas. - Pressão - Atmosférica - seres terrestres - hidráulica - seres aquáticos. Nas grandes altitudes o ar é rarefeito, penetra com menor pressão nos pulmões. Muitas pessoas passam mal nessas condições que são inóspitas. (La Paz, Bolívia, a capital mais alta do mundo). Nas grandes profundidades dos oceanos, a pressão hidráulica é tão grande que somente alguns peixes e animais marinhos estão condicionados a sobreviver ali. Podemos conhecer esses lugares apenas através de submarinos não tripulados com equipamentos de filmagem. - Salinidade - água doce e salgada. Solos salinos (ocorrem, geralmente, quando a evaporação é maior que a infiltração de água). As espécies de plantas podem ser sensíveis, tolerantes e resistentes). 6.1.3- População - Conjunto de seres de uma mesma espécie, num ambiente definido. 6.1.4- Comunidade - Conjunto de espécies de seres que vivem num mesmo espaço, numa relação de interdependência. 6.1.5- Meio Biótico - Conjunto de seres vivos de um ambiente. 6.1.6- Meio Abiótico - Conjunto das condições físicas do ambiente (ar, luz, água, temperatura). 6.1.7- Ecossistema - Reunião dos meio biótico e abiótico. Na terra há um número infinito de ecossistemas. Depende da delimitação que se faz. 6.1.8- Biosfera - Conjunto de ecossistemas existentes na terra. É a parte da terra onde existe vida. 6.2- Poluição - Ameaças ao Ecossistema 6.2.1- Poluição atmosférica. Pobres e ricos contribuem igualmente para o seu aumento. - Poluição da miséria - Provodcada pela ausência de infra-estrutura e saneamento básico, que leva ao lançamento de dejetos a céu aberto, nos solo e na água. - Poluição da riqueza - Provocada pelas atividades industriais dos centros urbanos, com o lançamento de resíduos químicos na atmosfera e pela acumulação do lixo, resultante do consumo excessivo e do desperdício.. Contaminação do Ar - Veículos auto-motores, resíduos de indústrias diversas, queimadas de florestas. A concentração de CO 2 aumenta em 1% ao ano. As queimadas contribuem com 25% desse valor. Efeito Estufa - O calor do sol entra na atmosfera e não mais escapa para o espaço. Fica retido pelo efeito do CO 2, CH 4 (metano), N 2 O (óxido nitroso), O 3 (oxônio) e CFC 2 (clorofluorcarbonetos). Isso explica parcialmente o aumento de calor nos meses de seca no Centro Oeste do Brasil (época de queimadas aumento de CO 2 na atmosfera)

- Degelo - Está comprovado que a temperatura média anual do mundo está aumentando do início do século até agora. Reações em Cadeia: maior evaporação mais chuva mudança no regime dos ventos e uma série de reações climáticas adversas. 6.2.2- Extinsão de Espécies É uma conseqüência danosa da ação indiscriminada do homem. Existem no planeta entre 10 e 100 milhões de espécies. Apenas 1,4 milhão de espéceis são conhecidas. No total, 25% correm risco de extinsão nos próximos 20 anos. A cada dia desaparecem, por força da ação humana, cerca de 300 espécies animais e vegetais, de acordo com o Plano das Nações Unidas para o Meio ambiente (ALMANAQUE ABRIL, 1993). Desde épocas remotas vem ocorrendo extinsão de espécies. Atualmente, no entanto as perdas são alarmantes. Em Lv 11.23 está citado um estranho réptil que voa e tem quatro patas. Há muito tempo essa criatura desapareceu. A bíblia relata sobre a existência da sepente marinha ou dragão do mar. Esse ser é quase desconhecido. Algumas pessoas afirmam tê-lo visto e fazem descrições espantosas. Conferir nos seguintes textos bíblicos: Jó 41.1, 12-24; Is 27.1, Ez 32.2. 6.3- Providências que Deveriam ser Tomadas Criar Parques Florestais, Proibir o desmatamento indiscriminado, Tratar os esgotos antes do lançamento nos mananciais, Adotar critérios para os locais de instalação de indústrias (RIMA - Relatório do Impacto sobre o Meio Ambiente), Instalar filtros especiais nas chaminés de indústrias e escapamento de carros, Aplicar com mais critério os agrotóxicos nas lavouras e criações, pois contaminam o aplicador, o ambiente e o consumidor. 6.4- Poluição na Qualidade de Vida do Homem Transcrição de trecho da palestra proferida pelo Engº Agrº Célio Claret, durante o XXXV Congresso Brasileiro de Olericultura, Foz do Iguaçu, em 1995. Em busca de maiores comodidades, o homem utilizou o seu talento e inventou a máquina, a qual lhe poupa esforço físico. O advento da era industrial alterou seu modo de vida a um ritmo cada vez mais acelerado, chegando a ser vertiginoso nos dias atuais. Assim, estimulado pela cobiça e utilizando a máquina sem os devidos critérios, o homem: Aprendeu a refinar e armazenar seus alimentos - o que na prática equivale a degradá-los e a desvirtuá-los; Adotou uma vida sedentária; Busca diversões e prazeres cada vez mais intensos - o que expõe a duras provas o sistema nervoso; Desrespeitou a natureza: envenenou a terra, as águas e os alimentos, poluiu o ar, submeteu os solos f'érteis ao processo de erosão, transformando-os gradativamente em desertos; Alterou o seu ritmo biológico e o dos demais seres; Não soube conservar a saúde e os prazeres simples, que obtinha de uma vida harmônica, em contato com a natureza. Instituições e autoridades científicas afirmam que estamos no limiar de uma verdadeira catástrofe, confirmando o que há muito se vem alertando. Mas ainda há tempo de evitar essa catástrofe. Para isso não é necessário voltar à vida primitiva. Porém, é indispensável empreender o retorno inteligente à natureza, aproveitando os avanços tecnológicos que possam ser úteis e rejeitando tudo o que, de um modo ou de outro, contrarie o equilíbrio físico, mental e espiritual do homem. 13

6.5- Ponto de Vista Teológico - Restauração da Terra A mensagem bíblica apresenta o pecado como a causa fundamental que leva o homem à irracionalidade da auto-destruição. No sentido de gerenciamento do universo, pecado significa desprogramação (alteração) da ordem harmônica estabelecida por Deus. Há previsão de uma era futura em que haverá uma restauração completa da saúde humana e de toda a natureza (Rm 8. 18-25). Essa era é conhecida como Milênio, quando Jesus Cristo reinará por mil anos sobre a terra (Is 60. 1-3). De acordo com Is 65. 20, naqueles dias o efeito dessa restauração se fará sentir na longevidade das pessoas, pois quem morrer aos 100 anos morrerá ainda jovens - Literatura ALMANAQUE ABRIL. Ed. Abril. Anos 1990 e 1993. BARROS, C. Os seres vivos. Ed. Ática, 44ª Ed, São Paulo. 1993. 173p. BÍBLIA SAGRADA. Ed Revisada, JUERP, Trad. João Ferreira de Almeida, 1974. 10ª Impressão, 1994. CLARET, C. A importância das hortaliças e frutas na alimentação e na saúde humana - Novos paradigmas. In: Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Olericultura.. Foz do Iguaçu, 1995. pp. 25-29. PEDERSOLI, J.L. & WELLINGTON, C.G. Biologia vols. I, II e III. Belo Horizonte, Ed. Lê, 1982. SILVA JÚNIOR, C da; SASSON, S.; SANCHES, P.S. B. Ciências. O mundo em que vivemos. São Paulo, Ed. Saraiva, 1993. 192p. 14