As alterações edáficas e climáticas são as principais responsáveis pela formação dos diferentes biomas.



Documentos relacionados
Apostila de Geografia 13 Vegetação Brasileira

Biomas e formações vegetais. Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina: Geografia IFMG Campus Betim

FORMAÇÕES VEGETAIS DO BRASIL FORMAÇÕES FLORESTAIS FORMAÇÕES NÃO FLORESTAIS

PANORAMA DA VEGETAÇÃO NA REGIÃO DE SOROCABA. Prof. Dr. Nobel Penteado de Freitas Universidade de Sorocaba

Abrange os estados: AM, PA, AP, AC, RR, RO, MT, TO, MA. Planícies e baixos planaltos. Bacia hidrográfica do Rio Amazonas

Terminologia Vegetal

Os campos da região Sul do Brasil são denominados como pampa, termo de origem indígena para região plana.

Biomas / Ecossistemas brasileiros

BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Prof ª Gustavo Silva de Souza

FITOGEOGRAFIA. CLASSIFICAÇÃO da VEGETAÇÃO: GRAU DE UMIDADE DO AMBIENTE:

Geografia. Os Biomas Brasileiros. Professor Thomás Teixeira.

GEOGRAFIA 6 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ANDREZA XAVIER PROF. WALACE VINENTE

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza

Sugestões de avaliação. Geografia 4 o ano Unidade 7

Ministério da Agricultura e do Abastecimento MA Instituto Nacional de Meteorologia INMET Coordenação Geral de Agrometeorologia CAg

OS CERRADOS. Entre as plantas do cerrado, podemos citar a sucurpira, o pequi, a copaíba, o angico, a caviúna, jatobá, lobeira e cagaita.

Grandes Ecossistemas do Brasil

DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL MÓDULO 04 PARTE I

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Degradação de Biomas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais

Formações vegetais do Brasil. Professora: Jordana Costa

CIÊNCIAS. Utilizando as palavras do quadro abaixo, complete adequadamente as frases: (6 2cd)

A interdependência entre os elementos na BIOSFERA.

Cópia autorizada. II

RESUMÃO DE CIÊNCIAS NATURAIS. BIOMA: É formado por um conjunto de ECOSSITEMAS.

As águas: Hidrosfera & Bacias Hidrográficas Cap. 07 (página 142)

NOVO MAPA NO BRASIL?

Biomas do Brasil. Ciências Humanas e suas Tecnologias. Professor Alexson Costa Geografia

. a d iza r to u a ia p ó C II

Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos. Junho de 2009

1 - Quais são os tipos de cerrado encontrados no Brasil? Explique suas diferenças

CERRADO CLIMA INTRODUÇÃO LOCALIZAÇÃO CLIMA. Mínimas absolutas atingem valores próximos ou abaixo de zero, podendo ocorrer geadas;

Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros. (Terrestres, Litorâneos e de Transição)

É importante que você conheça os principais biomas brasileiros e compreenda as características.

Climas do Brasil PROFESSORA: JORDANA COSTA


Região Nordestina. Cap. 9

BIOMAS. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).

Floresta Amazônica É uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por árvores de grande porte, situando-se próximas uma das outras (floresta fe

Vegetação do Brasil e suas características

BIOLOGIA» UNIDADE 10» CAPÍTULO 1. Biomas

PANTANAL E MANGUEZAIS

2º ano do Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia

O LIVRO DIDÁTICO DE GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DO CONTEÚDO GEOGRAFIA FÍSICA DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

ECO GEOGRAFIA. Prof. Felipe Tahan BIOMAS

MONITORAMENTO HIDROLÓGICO

BIOMAS. Professora Débora Lia Ciências/Biologia

Biomas brasileiros: Florestas

Vegetação do Estado do Paraná

VEGETAÇÃO BRASILEIRA. DIVIDE-SE EM: 1) Formações florestais ou arbóreas 2) Formações arbustivas e herbáceas 3) Formações complexas e litorâneas

COMPONENTE CURRICULAR: Ciências Prof a Angélica Frey ANO: 6 o LISTA DE CONTEÚDOS. 1 O Trimestre:

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Biomas brasileiros. Professor: Alex Santos

5º ANO 11 28/ago/12 GEOGRAFIA 3º. 1. Você estudou que as formas variadas que a superfície terrestre apresenta são chamadas de relevo.

A NATUREZA DO BRASIL: CLIMA E VEGETAÇÃO

TEMA - INDICADORES DE RECURSOS FLORESTAIS. Indicador Cobertura florestal por bioma

Compensação Vegetal e a Lei Complementar nº 757/15 Inovações, Desafios e Perspectivas

Relevo brasileiro GEOGRAFIA 5º ANO FONTE: IBGE

REGIÃO NORTE DO BRASIL (quadro humano e econômico) (Módulo 69 Livro 04 página 101

Biomas Terrestres. Prof. Bosco Ribeiro

Universidade Federal da Paraíba - UFPB Centro de Ciências Agrárias - CCA Grupo de Pesquisa Lavoura Xerófila - GPLX

2 PRESERVAÇÃO DE PLANTAS, SOBREVIVÊNCIA E TRÂNSITO DE ANIMAIS. NAS PAISAGENS,

Formação Vegetal PROFESSORA NOELINDA NASCIMENTO

Floresta Amazônica Peixe boi Seringueira Zona de cocais Araracanga Caatinga

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS

Jimboê. Geografia. Avaliação. Projeto. 5 o ano. 4 o bimestre

Disciplina: Manejo de Fauna Professor ANTÔNIO L. RUAS NETO

FATORES CLIMÁTICOS ELEMENTOS ATMOSFÉRICOS ALTERAM A DINÂMICA LATITUDE ALTITUDE CONTINENTALIDADE MARITIMIDADE MASSAS DE AR CORRENTES MARÍTIMAS RELEVO

CURCEP2015 O QUE VOCÊ LEMBRA DA GEOGRAFIA DO BRASIL? Profa. Cilé Ogg

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

EXEMPLO DE FAUNA. Urso-polar: Lemingue:

ESTUDO DIRIGIDO 5º PERÍODO PROFº GUSTAVO BARCELOS

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO BRASIL

Florestas plantadas (cultivadas)

BIOMAS BRASILEIROS. - Biodiversidade - Principais características - Importância. Por Priscila de Souza Bezerra

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO BRASIL. Módulo 46 Livro 2 páginas 211 a 216

O CLIMA E A VEGETAÇÃO DO BRASIL

Sucessão Ecológica. Introdução. Comunidades Clímax. Sucessão Ecológica Primaria

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV

Cópia autorizada. II

Unidades Climáticas Brasileiras.

CLASSIFICAÇÃO E PRINCIPAIS FORMAS DO RELEVO BRASILEIRO MÓDULO 02 GEOGRAFIA II

POTENCIALIDADES DA CAATINGA

Alunos Francielle C. de Almeida Jhonatan L. Goldner Vítor M. Goulart William C.R.Gonçalves. Mata dos Cocais

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES GEOGRAFIA DESAFIO DO DIA. Aula 22.1 Conteúdo. Regiões Sul e Centro-Oeste

Aula Bioma e Vegetação. Prof. Diogo Máximo

Geografia População (Parte 1)

CLIMAS DE PERNAMBUCO

O CONTINENTE AMERICANO A AMÉRICA ANGLOSAXÔNICA

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO PARA RECUPERAÇÃO DA 1ª ETAPA/2013

BOLETIM CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. FEVEREIRO Comportamento do Emprego - Limeira/SP.

OPORTUNIDADE DE OTIMIZAÇÃO DO SISTEMA DE CULTURAS AGRICOLAS (ARROZ, SOJA, MILHO) Santa Maria, 09 de junho de 2016

Terminologia Vegetal

Retropolação. Tabela 1 - Participação (%) e taxa acumulada ( ) do PIB a preços de mercado, segundo unidades da federação

Latitude e longitude. espaço geográfico. descobrir alguns dos principais conceitos da Geografia, como espaço geográfico, espaço

Geografia Esta disciplina tem o principal objetivo de mostrar ao condutor de pesca alguns fenômenos físicos e químicos da superfície da terra e sua

A Cultura do Linho. (Linum usitatissimum L.)

Introdução à Meteorologia Agrícola

Cerrado. Professora Letícia

Analise este mapa hipsométrico, em que se mostra a compartimentação altimétrica do Estado do Tocantins:

. a d iza r to u a ia p ó C II

GEOGRAFIA PROFºEMERSON

Transcrição:

As alterações edáficas e climáticas são as principais responsáveis pela formação dos diferentes biomas.

Floresta Amazônica -Típica floresta Tropical que se espalha por sete territórios da América do Sul: Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. - No Brasil (63%), cobre cerca de 61% do território. Abrange os seguintes estados brasileiros: Amazonas, Amapá, Rondônia, Acre, Pará, Rorâima, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. - Relevo de planícies. - Precipitação intensa e regular. - Solo pobre em nutrientes e não muito profundo. Intenso processo de decomposição o que mantém a floresta viva. - Cobertura vegetal ameniza impacto da chuva. - Enorme diversidade biológica, com mais de 20 mil espécies de plantas superiores e grande número de espécies da fauna.

Área Original x área desmatada Floresta Amazônica

ÁREA DESMATADA: aproximadamente 20% do seu total!!!

Grandes problemas: - Desmatamento; - Queimadas; - Extração de madeira (madeireiras); - Expansão da área de agropecuária; - Extração de Ouro; - Biopirataria

MATA ATLÂNTICA - Típica floresta tropical. -Relevo de planaltos e montanhas. - A mata atlântica estende-se desde o Nordeste até Santa Catarina. -Grande precipitação, ajudada pela cadeia de montanhas. - Cobertura vegetal ameniza impacto da chuva. - Enorme diversidade biológica, com mais de 25 mil espécies de plantas superiores e associada a essa grande flora, existe uma fauna muito diversificada.

Área Original x área desmatada Mata Atlântica

Bromélia da Mata Atlântica

Cerrado Ocorre na região Centro-Oeste do Brasil, ocupando 25% do território brasileiro. O clima da região é quente, com estação seca rigorosa, embora chova em outras épocas do ano.os solos são profundos, ácidos e pobres em minerais. A vegetação é composta por arvores e arbustos de pequeno porte, com características xeromórficas (escleromorfismo oligotrófico). A fauna é muito rica.

O cerrado corresponde a 1/3 da biota brasileira. ÁREA Aproximadamente 1,8 ou 2,0 milhões de Km 2 se adicionarmos as áreas periféricas encravadas em outros domínios vizinhos.

Oeste: Floresta Amazônica Geograficamente, a região dos cerrados situa-se em um local estratégico que facilita o intercâmbio florístico e faunístico entre os domínios brasileiros. Representado no centro do país, a sua área corre o domínio do cerrado e estendese de um extremo ao outro do Mato Grosso do Sul ao Piauí em seu eixo maior. Leste: vegetação de Caatinga nordestina Sul e sudeste: Floresta Atlântica

CLIMA Tropical sazonal de inverno seco. Precipitação média anual de 1.500 mm. Mais de 90% da precipitação ocorrem de outubro a março, demarcando duas estações climáticas distintas: a chuvosa e a seca. Temperatura média em torno de 22-23ºC.

SOLO Na sua maioria ricos em argila e óxidos de ferro,de cor vermelha ou vermelha amarelada. Profundos, porosos, permeáveis, bem drenados e intensamente lixiviados. Pequena capacidade de retenção de água. Teor ácido com ph que pode variar de menos de 4 a pouco mais de 5.

Tóxico para a maioria das plantas agrícolas devido aos altos índices de Al +3. Teor de matéria orgânica é pequeno, com lenta decomposição do húmus em função do longo período de seca. A correção do ph e a adubação podem tornar o solo fértil e produtivo, seja para a cultura de grãos ou de frutíferas.

VEGETAÇÃO De modo geral podemos distinguir dois estratos na vegetação dos cerrados. A - Estrato lenhoso : Árvores com troncos tortuosos, súber espesso e longas raízes subterrâneas atingindo 10, 15 ou mais metros de profundidade.

B - Extrato herbáceo/arbustivo: Formado por espécies perenes com órgãos subterrâneos de resistência que lhe garantem sobreviver à seca e ao fogo. Raízes superficiais, indo até pouco mais de 30 cm.

B - Extrato herbáceo/arbustivo: Ramos aéreos anuais que secam e morrem durante a estação seca. São responsáveis pela formação de 4, 5, 6 ou mais toneladas de palha por ha/ano. Um combustível que facilmente se inflama favorecendo a ocorrência e propagação das queimadas no cerrado.

FISIONOMIAS DO CERRADO Em termos fisionômicos o Cerrado é uma savana tropical, ou seja, um bioma no qual árvores e arbustos coexistem com uma vegetação rasteira formada principalmente por gramíneas. As árvores e arbustos distribuem-se esparsamente pela vegetação rasteira e raramente formam uma cobertura arbórea contínua, determinando desde formas campestres abertas, como os campos limpos de cerrado, até formas relativamente densas florestais como o cerradão.

Estas fisionomias aparecem distribuídas de acordo com: A quantidade de nutrientes no solo. As características das queimadas de cada local (freqüência,época,intensidade). A disponibilidade de água ou profundidade do lençol freático. A ação do homem.

Predominância do estrato herbáceo

Presença de pequena quantidade de arbustos, que se distribuem de forma bem espaçada por entre o estrado herbáceo mais predominante.

Vegetação campestre, com predomínio de gramíneas, pequenas árvores e arbustos bastante esparsos entre si. Pode tratar-se de transição entre campo e demais tipo de vegetação ou às vezes resulta da degradação do cerrado.

Presença de arbustos e árvores que raramente ultrapassam 6 metros de altura, recobertos por cascas espessas com folhas coriáceas e caules tortuosos, que se distribuem por entre a vegetação rasteira (herbácea).

Esta é a fisionomia de maior biodiversidade. Apresenta árvores de grande porte com altura entre 8 e 15 metros (cobertura arbórea entre 50 e 90%). O estrato herbáceo, como na maioria das formações florestais, apresenta-se escasso.

OUTRAS FORMAÇÕES DO DOMÍNIO CERRADO MATA CILIAR: Vegetação que cresce ao longo dos cursos d'água e linhas de drenagem. Sua ocorrência é favorecida pelas condições físicas locais, relacionada, em especial, à maior umidade do solo.

Matas-de-galeria: Vegetação de grande porte (20-30 metros) que ocorre ao longo de pequenos e córregos formando "galerias". As espécies são perenes, sem perda de folhas durante a seca. A sobreposição de copas promove uma cobertura vegetal de 70 a 95%.

VEREDAS: As veredas são sempre encontradas em solos hidromórficos em locais de afloramento do lençol freático, próximas a nascentes ou na borda das matas de galeria, circundadas por campo limpo. O buritizeiro (Mauritia vinifera) e certas gramíneas são as espécies principais na vereda.

FATOS A FAVOR: Com uma longa estação seca, a vegetação do Cerrado,tem aspectos que costumam ser interpretados como adaptações a ambientes secos. (xeromorfismo) A ÁGUA É UM FATOR LIMITANTE PARA A VEGETAÇÃO DO CERRADO?? Árvores de pequeno a médio porte e de copa rala. Suber espesso Folhas endurecidas, com superfície brilhante e, não raro, recoberta por pêlos.

FATOS CONTRA: Mesmo durante a seca as folhas das árvores perdem razoáveis quantidades de água por evaporação. Muitas espécies arbóreas do cerrado florescem em plena estação seca. Observa-se o crescimento de Eucalyptus, mangueiras, abacateiros, cana-deaçúcar, laranjeiras, etc sem necessidade de irrigação.

CONCLUSÕES: A água não é fator limitante para o estrato arbóreo-arbustivo, pois estas possuem raízes pivotantes profundas (10, 15, 20 m) que retiram água do lençol freático. Apenas o estrato herbáceo-arbustivo, devido às suas raízes pouco profundas, sofre com a seca, cuja parte epigéia se desseca e morre, embora suas partes hipogéias se mantenham vivas, resistindo sob a terra às agruras da seca.

CONCLUSÕES: O aspecto do estrato arbóreo não é devido à falta d água, que por isso, apresentaria um pseudoxeromorfismo, mas sim devido à escassez de nutrientes do solo. Diz-se, então, que a vegetação apresenta um escleromorfismo oligotrófico ou, em outras palavras, "um aspecto muito duro devido à falta de nutrição".

CONCLUSÕES: A tortuosidade dos troncos e o espesso suber das árvores do cerrado encontram explicação na ação do fogo que, repetidas vezes, queima o meristema apical das árvores, favorecendo o brotamento das gemas laterais.

O FOGO O fogo é de extraordinária importância para o bioma do cerrado, seja pelos múltiplos e diversificados efeitos ecológicos que exerce, seja por ser ele uma excelente ferramenta para o manejo de áreas de cerrado, com objetivos conservacionistas.

EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO Sincronização do processo de floração de várias espécies diferentes, facilitando a polinização cruzada e o conseqüente aumento da biodiversidade.

EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO Dispersão de sementes (anemocoria), devido à eliminação da palha seca que se acumula sobre o solo. Germinação de sementes pirofíticas. Os insetos polinívoros e nectarívoros beneficiam-se com a resposta floral das plantas após a passagem do fogo.

BIODIVERSIDADE O cerrado possui um terço da biodiversidade do nosso país, ou seja, de cada 100 espécies de seres vivos brasileiros, cerca de 33 vivem por lá. É considerado o segundo maior bioma do Brasil, isto é, o segundo maior conjunto de espécies animais e vegetais que vivem em uma mesma área, atrás apenas da Amazônia.

Sua flora riquíssima apresenta mais de 10.000 espécies de plantas, sendo 4.400 endêmicas dessa área. A fauna apresenta 837 espécies de aves; 161 espécies de mamíferos (19 endêmicas); 150 espécies de anfíbios, (45 endêmicas); 120 espécies de répteis, (45 endêmicas). Apenas no Distrito Federal, há 90 espécies de cupins, mil espécies de borboletas e 500 espécies de abelhas e vespas.

AMEAÇAS AO CERRADO A partir da década de 1960, com a interiorização da capital e a abertura de uma nova rede rodoviária, largos ecossistemas deram lugar à pecuária e à agricultura extensiva, como a soja, arroz e ao trigo.

AMEAÇAS AO CERRADO A destruição e a fragmentação de habitats consistem, atualmente, na maior ameaça à integridade desse bioma. Cerca de 80% do Cerrado já foi modificado pelo homem. 60% da área total é destinada à pecuária e 6% aos grãos, principalmente soja. Somente 19,15% corresponde a áreas nas quais a vegetação original ainda está em bom estado.

AMEAÇAS AO CERRADO A cada ano, estima-se que dois milhões de hectares do cerrado são desmatados, sendo que as áreas mais afetadas estão em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, além do oeste da Bahia. Se a degradação continuar o cerrado poderá desaparecer até 2030.

Mata de Araucária Ocorre na região sul do pais, principalmente Paraná e Santa Catarina, estendendo-se até São Paulo e Rio Grande do Sul. Apresenta chuva regularmente distribuídas ao longo do ano e duas estações bem definidas. Apresenta três estratos vegetais bem definidos.

Gralha azul ave endêmica da Mata de Araucária

Mata dos Cocais Ocorre mais ao nordeste do país. É constituída de palmeiras, principalmente o babaçu e a carnaúba. Pode ser considerada uma região de transição entre a Caatinga e a Amazônia, acreditam até ser uma área de sucessão ecológica secundária.

Caatinga Ocorre no nordeste do país, ocupando 11% do território brasileiro. As chuvas são irregulares, com secas prolongadas e temperaturas elevadas. É constituída por uma vegetação não muito diversificada, composta principalmente por cactáceas e gramíneas. A fauna inclui muitos repteis, gavião, javali,tatu, veado catingueiro.

Cactáceas exemplo de plantas que apresentam características xeromórficas

Pantanal Abrange os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, estendendo-se pela Bolívia e Paraguai. É uma região plana, onde os rios extravasam sua águas nos meses de cheia, inundando extensas áreas. A vegetação é variada desde plantas típicas de brejos, cerrado até semelhantes às florestas. A fauna é muito rica, onde o principal destaque é para as aves.

PANTANAL Reconhecido pela UNESCO (2000) como Reserva da Biosfera Patrimônio da Humanidade.

Manguezais Ocupam cerca de 25Km da costa brasileira. Desenvolvem-se em estuários, locais onde os rios se encontram com mar. As plantas típicas deste locais apresentam adaptações como raízes escora e respiratórias. Fauna rica em caranguejos, ostras.

Restam apenas 40% da cobertura original dos mangues.

Raizes tipo ESCORA