DISPLASIA COXOFEMURAL O QUE É: A Displasia é caracterizada pela má formação no encaixe da cabeça do fêmur com a bacia. É uma doença hereditária e de caráter recessivo que pode aparecer e desaparecer com o tempo, em diferentes gerações. Os genes da displasia em torno de 20, acredita-se - podem ser transmitidos pelos pais, avôs, ou bisavôs... A displasia pode se agravar, em virtude de erros de conduta. Por exemplo, um cão displásico nunca deve estar obeso, andar sobre piso liso e escorregadio, fazer exercícios em demasia. Diante desse quadro, um cão HD B pode evoluir seu estado para um nível mais grave da doença. Para minimizar as chances de um cão nascer com displasia, um criador consciente estuda os laudos e graus da doença de várias gerações anteriores dos cães em seu programa de criação. O CONTROLE: A única maneira de se controlar a displasia é radiografar os reprodutores e evitar o cruzamento de animais que tenham o problema em grau mais acentuado (HD D ou HD E). Cães HD C só devem ser acasalados com cães HD A. Para realizar esse controle com segurança, um Labrador deve ser radiografado com 1 ano de idade. E nunca cruzar antes de ter feito o exame. O exame na raça deve ser feito, preferencialmente, por veterinários credenciados do Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária (CBRV). Caso não exista em sua cidade um veterinário apto a fornecer esse laudo, você pode providenciar radiografias do seu cão e enviá-las para o CBRV (www.provet.com.br). POR QUE CONTROLAR? A displasia é uma doença extremamente dolorida para muitos cães afetados por ela. Em alguns casos é necessário submeter o cão a uma cirurgia, para que ele possa continuar andando; em casos extremos, muitas vezes o cão precisará ser sacrificado. Infelizmente, essa doença é cada vez mais comum na raça. Conviver com um cão que sofre de displasia é algo extremamente penoso. E, se podemos fazer a nossa parte
para que este mal se torne cada vez mais raro, não devemos cruzar os braços. DIAGNÓSTICO: O diagnóstico da DCF é exclusivamente radiológico. Portanto, não se deve fornecer um atestado de não displásico, com base apenas na ausência de sintomas. Todos os animais devem ser radiografados. Na avaliação radiográfica, o animal pode ser incluído nas seguintes categorias, de acordo com as alterações presentes: HD- animal sem sinais de displasia coxofemoral (HD A) HD+/- HD+ animal com articulações coxofemorais próximas do normal (HD B) animal com displasia coxofemoral leve (HD C), ainda é permitido o acasalamento, mas apenas com cães HD A HD++ animal com displasia coxofemoral moderada (HD D) HD+++ animal com displasia coxofemoral severa (HD E) OFA FCI (Europa e Brasil) BVA (GB e Austrália) SV (Alemanha) E A-1 0-4 (no > 3/hip) Normal G A-2 5-10 (no > 6/hip) Normal F B-1 11-18 Normal B B-2 19-25 Fast Normal M C 26-35 Noch Zugelassen Mod D 36-50 Mittlere S E 51-106 Schwere Displasia Coxofemoral - Estatísticas (O.F.A.) De janeiro de 1974 a dezembro de 2008 Raça Classe Número de Avaliações Excelente Displásico GOLDEN RETRIEVER 32 121067 3.8 20.0
LABRADOR RETRIEVER 79 202065 17.4 12.1 Figura 8. A (HD -),sem sinais de displasia coxofemoral. Figura 9. B (HD +/-),articulação coxofemoral próxima do normal. Figura 10.C (HD +),displasia coxofemoral leve.discreta subluxação. Figura 11.D (HD ++),displasia coxofemoral moderada. Evidente subluxação, acompanhada de osteoartrose. Figura 12.E (HD +++), displasia coxofemoral severa. Subluxação ainda mais evidente, acompanhada de osteoartrose.
DISPLASIA DE COTOVELO Outro problema preocupante! Fica aqui o alerta: não adianta ter o controle coxofemoral do cão se não tiver o do cotovelo. Tão importante quanto o controle da displasia dos membros posteriores é o controle da displasia dos membros anteriores. Procure se informar se os pais de seu cão possuem tal exame, e nunca se esqueça de fazer radiografias no seu cão para controlar também a displasia de cotovelo, especialmente se estiver pensando em usá-lo para reprodução. O QUE É: A displasia de cotovelo é uma doença hereditária, e se resume a quatro doenças que levam a uma má formação e degeneração da articulação do cotovelo. Todos esses problemas são de origem genética, mas podem se agravar com influências do meio, tais como: dietas hipercalóricas, obesidade, piso liso, excesso de exercício, crescimento rápido, má utilização de suplementos alimentares, dentre outras. As quatro doenças indutoras de um problema no cotovelo são: não união do processo ancôneo, osteocondrite dissecante, fragmentação do processo coronoide e a incongruência do cotovelo. O fator mais preocupante da displasia de cotovelo é seu alto grau de hereditariedade, podendo variar de 25 a 45%. Portanto, é um problema que, se não for seriamente cuidado desde o início de um cruzamento, pode virar uma bola de neve sem controle. Se imaginarmos que 10 filhotes podem gerar 100, que podem gerar 1000, dá para sentir o tamanho do problema, não é mesmo? O diagnóstico oficial da displasia de cotovelo só é aceito após os 2 anos de idade. Mas é possível realizar exames preliminares desde os 4 meses de vida do animal, para melhor controlar o problema. Mais uma vez, é bom lembrar que somente o exame radiológico pode confirmar ou negar a presença deste mal. Alguns animais portadores da doença não manifestam sintomas, enquanto outros sentem dificuldade para caminhar, apresentam andar anormal, mancam ou preferem permanecer deitados a se movimentar, além daqueles que visivelmente sentem dor ao estender e flexionar o
cotovelo. Classificação da Displasia do Cotovelo Grau Achados Radiográficos 0 Articulações sem alterações radiográficas 1 Mínima mudança óssea no processo ancôneo Mudanças ósseas subcondrais adicionais e/ou 2 osteófitos 3 Doença articular degenerativa bem desenvolvida Os animais afetados não devem procriar. Displasia do Cotovelo - Estatísticas (O.F.A.) De janeiro de 1974 a dezembro de 2008 Raça Classe Número de Avaliações Normal Displásico Grau I Grau II Grau III GOLDEN 24 21739 88.4 11.4 9.0 1.9 0.5 RETRIEVER LABRADOR 26 47067 88.7 11.1 8.3 2.0 0.8 RETRIEVER CASARTE INFERIOR DO FORMULÁRIO