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Transcrição:

RELATÓRIO MENSAL DE FUNDOS IMOBILIÁRIOS ABRIL DE 2016 O IFIX registrou alta de 9,11% em março/16, passando a acumular ganhos de 5,39% no ano e de 10,24% em 12 meses. Apesar de mostrar desempenho mensal e em 2016 ainda piores do que os apresentados pelo Ibovespa (mar: +16,97%; 2016: +15,47%) e o IMOB (mar: +11,62%; 2016: +28,34%), o IFIX ainda mostra-se melhor nos últimos 12 meses (IFIX: +10,24%; IBOV: -2,14%; IMOB: -4,46%). Com relação ao volume negociado em março (R$ 402 milhões), este foi maior do que o registrado em fevereiro (R$ 318 milhões), mas inferior ao de igual período de 2015 (R$ 499 milhões). O número de negócios declinou em relação ao mês anterior, ao registrar 86.148 negócios em março, ante 91.349 negócios em fevereiro. Após meses de retração, o número de pessoas físicas cresceu ligeiramente, de 86.476 para 86.708 investidores. Na participação por tipo de investidores no volume de negócios no mês, a pessoa física manteve-se com a maior (39,34%), abaixo do período anterior (57,08%). O investidor institucional ocupou a segunda posição na participação do volume negociado, sendo responsável por 31,12%. Em termos de estoque, as pessoas físicas seguem na liderança, com 76,73% do volume depositado, com os institucionais detendo 17,80%. Os não-residentes passaram a deter 2,88% em março, ante 2,92% em fevereiro. O cenário segue desafiador para o seguimento, com deterioração dos fundamentos econômicos ainda como principal entrave para melhora das perspectivas para posicionamentos adicionais em fundos imobiliários. O avanço nas cotações dos fundos no último mês seguiu o rali do impeachment que beneficiou a bolsa como um todo. O PIB brasileiro em queda, acompanhado pela confiança do empresariado em baixa e pela entrega de novos empreendimentos, fez crescer a vacância, principalmente nos imóveis comerciais de alto padrão, além de imóveis locados como galpões logísticos e industriais também refletirem a fraqueza destes setores. Na edição de fevereiro do Relatório de Fundos Imobiliários destacamos o aumento da vacância e do desconto do valor de mercado em relação ao patrimonial das quotas dos FIIs. Na tabela abaixo podemos ver a evolução da vacância financeira no segmento Comercial, que continuou em sua tendência de elevação. Por outro lado, a relação P/VPA mostrou uma reversão no último mês, com o desconto em relação ao valor patrimonial voltando ao patamar de setembro de 2015, após atingir os menores níveis em fevereiro FUNDO VACÂNCIA FINANCEIRA P/VPA set/15 fev/16 mar/16 set/15 fev/16 mar/16 BRCR11 10,50% 11,50% 15,10% 0,6795 0,595 0,6896 KNRI11 4,62% 6,44% 7,43% 0,7534 0,6964 0,7306 HGRE11 7,00% 12,10% 14,40% 0,8404 0,6525 0,7446 FFCI11 2,90%* 9,9%* 8,4%* 0,7651 0,69 0,76 RNGO11 0% 3,82% 3,82% 0,9025 0,7578 0,863 BBVJ11 36,30% 36,31% 36,31%** 0,4704 0,5267 0,5504 TBOF11 42% 35% 35%** 0,6129 0,7797 0,8683 * Dado referente a vacância física ** Dado referente a fevereiro/16 www.ondeinvestir.lopesfilho.com.br 22.fev.16 - Pág. 1/10

P/VPA FUNDO set/15 fev/16 mar/16 JSRE11 0,8957136 0,83137947 0,8705 KNCR11 1,09643354 1,03992407 1,0849 VRTA11 1,02841536 0,99036816 1,0256 Com o cenário incerto, recomendamos seletividade na escolha da carteira de fundos imobiliários, com maior participação para os de gestão ativa, diversificação geográfica e observando bons fundamentos (com destaque para: menor vacância, boa localização, previsibilidade e diversificação de fontes de receitas e liquidez). Interessante também buscar fundos que estejam com grande desconto sobre seus valores patrimoniais, visando a oportunidade de ganho com a valorização das quotas negociadas em bolsa, além dos rendimentos distribuídos mensalmente. No presente Relatório apresentamos alguns destaques recentes dos fundos acompanhados pela Lopes Filho & Associados, assim como breve resumo dos segmentos analisados, onde são apresentadas algumas características e perspectivas dos segmentos. Para maiores detalhes sobre os fundos apresentados nesse Relatório é recomendada a leitura das respectivas análises dos FIIs, que encontram-se no módulo Fundos do Onde Investir. DESTAQUES RECENTES O FII BC FUND (BRCR11) comunicou que a Gestora decidiu distribuir R$ 400 milhões aos cotistas do Fundo, relativos à parcela do caixa disponível no Fundo, sendo uma parte referente a rendimentos e outra parcela referente à amortização de cotas, conforme detalhado a seguir: (i) Distribuição de rendimentos do Fundo no valor de R$ 86,56 milhões, ou R$ 4,502608727 por cota, a ser paga em 13/05/2016, que abrangerá a totalidade do lucro auferido pelo Fundo até o período, considerando a competência Março/2016, apurado segundo o regime de caixa; e (ii) Amortização de cotas do Fundo no valor de R$ 313,44 milhões, ou R$ 16,304134239 por cota, a ser paga em 16/05/2016. Terão direito à distribuição e amortização acima descritas os cotistas devidamente inscritos no registro de cotistas em 06/05/2016. Após os pagamentos descritos acima, as distribuições de rendimentos do Fundo voltarão a ser realizadas com base no limite mínimo legal, qual seja, 95% dos lucros do Fundo, apurados segundo o regime de caixa, nos termos da legislação e do regulamento do Fundo em vigor. O FII HG REAL (HGRE11) comunicou que recebeu o sinal da venda do conjunto 3105 do Edifício Torre Rio Sul, situado à Rua Lauro Muller, nº 116, 31º andar, Botafogo, Rio de Janeiro RJ. O imóvel foi adquirido pelo Fundo em outubro-2010. Considerando os custos de aquisição e benfeitorias realizadas, o investimento total foi de R$ 1.575.919, aproximadamente R$ 6.621/m². No fechamento de fevereiro- 2016, representava 0,16% da área locável do Fundo e 0,38% da receita imobiliária total. Após a venda do conjunto 3105, o Fundo passa a deter 1,27% da fração ideal do Edifício Torre Rio Sul. A venda foi realizada em linha com a estratégia de gestão ativa do Fundo, visando concentrar os investimentos em posições relevantes nos empreendimentos. A operação totaliza R$ 3,44 milhões, equivalente a R$ 14.475/m², sendo R$ 100.000 recebidos em 31/03/2016 e o restante a ser recebido conforme condições estabelecidas no CCV, até 31 de maio de 2016. A operação gerará um lucro líquido de custos de R$ 1.869.081, equivalente a 115,8% em relação ao valor do investimento. O valor de venda está em linha com o valor contábil total do imóvel, com base no laudo de avaliação realizado em dezembro de 2015. O FII SDI LOG (SDIL11) o Fundo Celebrou com a BRF Brasil Foods S.A., locatária dos módulos 01 a 17 do Galpão B, do Condomínio Multi Modal, aditamento aos Contratos de Locação referente aos módulos 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 09, 10, 11, 12, 13, 14 e 15 do Galpão B, contemplando um desconto de 24,5 % sobre o valor da locação vigente, no período de 6 meses contados a partir de março/2016 e a prorrogação do prazo da locação do Imóvel por mais 5 anos, findando-se, então, em 29 de fevereiro de 2028. www.ondeinvestir.lopesfilho.com.br 22.abr.16 - Pág. 2/10

O FII SDI LOG (SDIL11) o Fundo celebrou um termo de acordo com a Royal Canin do Brasil Indústria e Comércio Ltda., locatária dos módulos 1 e 2, do Galpão A, do Condomínio Multi Modal Duque de Caxias, no qual a mesma irá devolver o Módulo 2 em 31 de maio de 2016, o qual possui área de 1.993 m² de área privativa, equivalente a 4,5% da ABL total do Fundo e representa, aproximadamente, 5,7% da receita imobiliária do Fundo. A locação referente ao Módulo 1 permanecerá em vigor, tendo sido acordado um desconto em relação aluguel mensal vigente no percentual de 8,3 %. Diante das condições do Termo de Acordo celebrado, o Fundo fará jus ao recebimento de uma multa pela rescisão antecipada de aproximadamente 5,99% aluguéis vigentes na ocasião da devolução, que será paga pela locatária em 05 parcelas mensais, a partir da efetiva desocupação do Módulo 2. O FII TRX LOG (TRXL11) o Fundo celebrou um termo de acordo com a Royal Canin do Brasil Indústria e Comércio Ltda., locatária dos módulos 1 e 2, do Galpão A, do Condomínio Multi Modal Duque de Caxias, no qual a mesma irá devolver o Módulo 2 em 31 de maio de 2016, o qual possui área de 1.993 m² de área privativa, equivalente a 4,5% da ABL total do Fundo e representa, aproximadamente, 5,7% da receita imobiliária do Fundo. A locação referente ao Módulo 1 permanecerá em vigor, tendo sido acordado um desconto em relação aluguel mensal vigente no percentual de 8,3 %. Diante das condições do Termo de Acordo celebrado, o Fundo fará jus ao recebimento de uma multa pela rescisão antecipada de aproximadamente 5,99% aluguéis vigentes na ocasião da devolução, que será paga pela locatária em 05 parcelas mensais, a partir da efetiva desocupação do Módulo 2. www.ondeinvestir.lopesfilho.com.br 22. abr.16 - Pág. 3/10

AGÊNCIAS BANCÁRIAS BBBBPPOO1111 AAGGCCXX1111 SSAAAAGG1111 MMBBRRFF1111 Estes fundos têm seus recursos destinados a adquirir imóveis utilizados como agências bancárias ou sedes administrativas das instituições financeiras locatárias. Em geral os imóveis estão distribuídos pelo País, apesar de maior concentração na região Sudeste. Estes fundos destinam-se a locar seus imóveis a uma única instituição financeira, que nos casos acompanhados apresentam baixo risco de crédito. Os fundos de agências bancárias possuem contratos de longa duração, blindando-os do aumento da vacância que fundos focados em outros segmentos têm registrado, principalmente a partir de 2013, quando o mercado imobiliário mostrou um aumento expressivo na taxa de vacância para lajes corporativa em grandes centros e queda nos preço de locação. Desta forma, há maior previsibilidade da receita locatícia, com maior linearidade na distribuição de rendimentos dos fundos. Os contratos locáticios, em geral, possuem claúsulas que protegem os fundos no caso de rescisão antecipada por parte do locatário, garantindo o pagamento do aluguel remanescente. Em compensação, os fundos e locatários renunciam aos seus respectivos direitos de pedir revisão judicial do valor do aluguel. Somente o MBRF não possui tal claúsula. Estas características conferem aos fundos deste segmento um perfil mais defensivo, o que pode ser visto nos betas inferiores a um apresentados na tabela de comparação de múltiplos. Este perfil conservador também se traduz em um dividend yield (2) menor, que, com o aumento da taxa de juros, vem reduzindo a atratividade destes fundos. COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS INDICADOR / FUNDO BBPO11 AGCX11 SAAG11 MBRF11 VPA/COTA R$ 94,13 R$ 1.070,98 R$ 94,07 R$ 1.277,65 P/VPA 1,0889 0,9174 0,9557 0,5714 YIELD (ÚLTIMOS 12M) 10,89% 10,46% 10,85% 12,25% INDEXADOR DO ALUGUEL IPCA IGP-M IGP-M IGP-M ABL ND 51.693,55 M² 68.146,06 M² 21.769 M 2 * RECEITA IMOBILIÁRIA (R$) ND 2.856.350,00 4.619.161,15 800.741,00 TAXA DE PERFORMANCE NÃO NÃO NÃO NÃO TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 0,28% a.a. 0,551% a.a. 0,25% a.a. 0,30% a.a. DIVERSIDADE PORTF. ALTA ALTA ALTA BAIXA BETA (ÚLTIMOS 12M) 0,8 0,5 0,8 1,7 PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 100,00% 100,00% 100% 94,28% VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 12,8% 11,50% 15,2% - VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 3.229 (mil) R$ 299 (mil) R$ 656 (mil) R$ 80 (mil) Dados referentes ao fechamento de março/16 www.ondeinvestir.lopesfilho.com.br 22.abr.16 - Pág. 4/10

COMERCIAL BBRRCCRR1111 KKNNRRII1111 HHGGRREE1111 RRNNGGOO1111 FFFFCCII1111 BBBBVVJJ1111 TTBBOOFF1111 Os FII dedicados a investimentos em empreendimentos comerciais têm desempenho atrelado à atividade econômica. O PIB brasileiro em queda, acompanhado pela confiança do empresariado em baixa e da entrega de novos empreendimentos fez crescer a vacância do segmento, principalmente nos imóveis de alto padrão. Este cenário pesa sobre os rendimentos distribuídos por esses Fundos e, consequentemente, sobre as suas cotas no mercado secundário. O mercado de escritórios corporativos passa por um cenário desafiador, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro, com elevadas taxas de vacância, o que traria pressão sobre os preços de locação. Recente pesquisa, On Point da JLL, entretanto, mostrou que a taxa de vacância de escritório de alto padrão em São Paulo atingiu 23,6% ao final de dez/15, ante 24,14% no encerramento do 3T15. Já no Rio de Janeiro houve manutenção da vacância em 24,3% no encerramento do 4T15. Com relação aos preços pedidos, no RJ houve quedas de 4,6% ante o 3T15 e de 12% ante o 4T14, atingindo R$ 109/m 2 /mês. Em SP, as quedas foram de 1,9% e 5,5%, respectivamente. A entrega de novos empreendimentos, aliada ao mau desempenho da economia, acirram ainda mais o cenário desafiador para o segmento. Entretando, estima-se que nos próximos anos haja uma desaceleração em novos lançamentos e que algumas obras tenham suas entregas um pouco postergadas. Dividimos os FII analisados deste segmento em dois grupos para a comparação dos múltiplos: (1) fundos com gestão ativa, que compram e vendem imóveis visando lucro; (2) fundos com ativo-alvo, cujos investimentos se concentram em um único ativo. www.ondeinvestir.lopesfilho.com.br 22. abr.16 - Pág. 5/10

COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS COMERCIAL GESTÃO ATIVA INDICADOR / FUNDO BRCR11 KNRI11 HGRE11 FFCI11 VPA/COTA R$ 150,43 R$ 156,35 R$ 1.497,53 R$ 1,81 P/VPA 0,6896 0,7306 0,7446 0,76 YIELD (ÚLTIMOS 12M) 12,83% 10,13% 11,72% 10,89% VACÂNCIA FINANCEIRA 15,1%** 7,43% 14,4% 8,4%*** TAXA DE PERFORMANCE NÃO NÃO NÃO NÃO TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 0,25% a.a. 1,25% a.a.* 1,00% a.a. 0,7% a.a.* GESTÃO ATIVA SIM SIM SIM SIM DIVERSIDADE PORTF. ALTA ALTA ALTA ALTA BETA (ÚLTIMOS 12M) 1,8 1,1 1,6 1,0 PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 19,8% 17,8% 21,2% 18,2% VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 3.677 mil R$ 1.602 (mil) R$ 1081 (mil) R$ 78 (mil) Dados referentes ao fechamento de Março/16 * Percentual relativo ao Valor de Mercado ** Dado referente a fevereiro/16 *** Dado referente a vacância física COMERCIAL ATIVO-ALVO INDICADOR / FUNDO RNGO11 BBVJ11 TBOF11 VPA/COTA R$ 89,63 R$ 79,94 R$ 72,32 P/VPA 0,8630 0,5504 0,8683 YIELD (ÚLTIMOS 12M) 12,51% 8,852% 7,79% VACÂNCIA FÍSICA (por ABL) 3,82% 36,31%* 35%* TAXA DE PERFORMANCE NÃO NÃO NÃO TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 0,20% a.a. 1,00% a.a. 0,20% a.a. GESTÃO ATIVA NÃO NÃO NÃO DIVERSIDADE PORTF. BAIXA BAIXA BAIXA BETA (ÚLTIMOS 12M) 1,1 0,3 1,0 PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 100% 100% 100% VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 17,3% 33,3% 24,3% VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 252 (mil) R$ 110 (mil) R$ 446 (mil) Dados referentes ao fechamento de março/16 * Dado referente a fevereiro/16 www.ondeinvestir.lopesfilho.com.br 22.abr.16 - Pág. 6/10

GALPÕES INDUSTRIAIS E LOGÍSTICOS SSDDIILL1111 HHGGLLGG1111 TTRRXXLL1111 Os fundos deste segmento visam a exploração de empreendimentos imobiliários voltados primordialmente para operações logísticas e industriais. Os imóveis, preferencialmente, estão localizados próximos a grandes centros urbanos ou em vias de acesso compatíveis com a atividade prevista para o imóvel. A maior parte dos contratos de locação são de longa duração, chegando até a 10 anos. Houve um boom de investimentos em galpões logísticos e industriais até metade de 2013, aumentando a oferta de unidades neste segmento. A partir de então passou a apresentar evolução mais modesta, refletindo a fraca performance industrial e o fato das empresas varejistas terem trabalhado com estoques mais apertados. A Pesquisa On Point da JLL, para o segmento industrial de galpões de alto padrão, estima que os novos estoques no Brasil sejam de 5,5 milhões de m² até 2017. Com relação aos preços pedidos, estes tiveram queda de 4,2% no 2S15 ante 2S14, com média de R$ 20,06/m²/mês. Desta forma, como os fundos que investem no segmento estão mais expostos à desaceleração econômica e à menor produção industrial, estes fatores podem influenciar na questão da vacância e nos atrasos dos pagamentos de aluguéis. COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS INDICADOR / FUNDO SDIL11 HGLG11 TRXL11 VPA/COTA R$ 94,77 1.040,16 R$ 85,05 P/VPA 0,6487 0,9580 0,6937 YIELD (ÚLTIMOS 12M) 12,78% 11,67% 17,68% VACÂNCIA 9,0% 2,2% 7,4% ABL 44.130 M 2 174.000,00 M² 90.189,00 RECEITA IMOBILIÁRIA (R$) R$1.174.751,00 R$ 3.000.311,00 919.307,68 TAXA DE PERFORMANCE NÃO NÃO NÃO TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 0,24% a.a. sobre PL 0,6% a.a. do valor de mercado 0,2% ao ano sobre o PL DIVERSIDADE PORTF. BAIXA ALTA MEDIANA BETA (ÚLTIMOS 12M) 1,9 1,7 0,8 PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 100% 100% 99,6% VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 26,5 22,8% 29,5% VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 125 (mil) R$ 412 (mil) R$ 121 (mil) Dados referentes ao fechamento março/16 www.ondeinvestir.lopesfilho.com.br 22. abr.16 - Pág. 7/10

RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS JJSSRREE1111 KKNNCCRR1111 VVRRTTAA1111 Os FII de recebíveis imobiliários investem em ativos imobiliários financeiros, principalmente de renda fixa. Os Fundos analisados deste segmento possuem carteiras concentradas em CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e, em menor magnitude, LCI (Letra de Crédito Imobiliário). Vale ressaltar que muitos FII são autorizados a manter estes títulos em suas carteiras, mas os fundos deste segmento se dedicam exclusivamente a isto. Em linhas gerais, CRI representa um fluxo de recebíveis relativos a financiamento de imóveis, aluguéis ou arrendamentos. O investidor do CRI assume o risco de crédito da operação que, geralmente, está atrelado ao devedor final. LCI são títulos emitidos por bancos autorizados a fazer o financiamento habitacional. A instituição capta o recurso e o direciona para o crédito imobiliário. Neste caso, o investidor assume apenas o risco da instituição. Assim como o investidor pessoa física, os FII também têm isenção de Imposto de Renda (IR) em investimentos em CRI e LCI. Estes Fundos possuem títulos atrelados a indicadores de inflação (principalmente IGP- M e IPCA) e ao CDI. O atrelamento de parte da carteira ao CDI tende a proteger as cotas destes FII no mercado secundário, principalmente em momento de aperto monetário. COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS INDICADOR / FUNDO JSRE11 KNCR11 VRTA11 VPA/COTA R$ 103,39 R$ 102,31 R$ 107,55 P/VPA 0,8705 1,0849 1,0256 YIELD (ÚLTIMOS 12M) 13,96% 12,73% 15,02% TAXA DE PERFORMANCE SIM NÃO SIM TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 1,00% a.a. 1,00% a.a. 1,00% a.a. DIVERSIDADE PORTF. ALTA ALTA ALTA BETA (ÚLTIMOS 12M) 0,9 0,6 0,7 PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 100,0% 100,0% 100,0% VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 16,5% 15,1% 17,1% VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 682 (mil) R$ 1.010 (mil) R$ 112 (mil) Dados referentes ao fechamento de Março/16 www.ondeinvestir.lopesfilho.com.br 22.abr.16 - Pág. 8/10

SHOPPINGS CENTERS HHGGBBSS1111 SSHHPPHH1111 Os fundos deste segmento são proprietários de parte ou totalidade dos shoppings centers. Há casos de fundos que possuem somente um imóvel (ou participação), havendo casos de obrigatoriedade de investir exclusivamente em empreendimentos desenvolvidos e/ou administrados por determinadas empresas. O desempenho do negócio shoppings centers é fortemente atrelado ao ramo varejista que, por sua vez, depende de fatores como renda e gastos do consumidor, taxa de juros e inflação, disponibilidade de crédito, tributação, confiança nas condições econômicas futuras e nível de emprego. Em média, 70% do faturamento das empresas administradoras de shoppings centers é proveniente de aluguéis de lojas, completando o faturamento as receitas com estacionamento, serviços, venda de imóveis e outras. O cenário conjuntural brasileiro é importante ser destacado, ao se vislumbrar o investimento em fundos do segmento de shopping center, visto que parte das receitas de aluguel advém de um percentual das vendas das lojas. Atualmente temos um cenário com alguns pontos preocupantes, tais como o maior endividamento das famílias, aumento do desemprego e inflação e juros em patamar elevado. Consubstanciados todos estes fatores, os indicadores de comércio varejista têm mostrado quedas consecutivas. COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS INDICADOR / FUNDO SHPH11 HGBS11 VPA/COTA R$ 610,69 R$ 2.145,25 P/VPA 1,0644 0,7109 YIELD (ÚLTIMOS 12M) 7,01% 11,72% ABL 35.500 M 2 97.012,00 M 2 RECEITA IMOBILIÁRIA (R$) 2.175.368,00 7.116.456,00 TAXA DE PERFORMANCE NÃO NÃO TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 1,5% a.a. do valor de mercado 1,5% a.a. do valor de mercado DIVERSIDADE PORTF. BAIXA ALTA BETA (ÚLTIMOS 12M) 0,6 1,0 PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 78,7% 100,00% VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) - 18,4% VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 35 (mil) R$ 755 (mil) Dados referentes ao fechamento de março/16 (1) Índice BM&FBOVESPA Fundos de Investimentos Imobiliários, que tem por objetivo medir a performance de uma carteira composta por cotas de fundos imobiliários que são listados para negociação nos ambientes administrados pela BM&FBOVESPA. (2) O dividend yield de um período é calculado pela divisão da cotação de fechamento deste período pelo rendimento distribuído. www.ondeinvestir.lopesfilho.com.br 22. abr.16 - Pág. 9/10

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