2. Método utilizado para reenquadramento das alíquotas do SAT

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Transcrição:

Nota Judicial nº 46/2015/CGSAT/DPSSO/SPPS/MPS Brasília, 27 de julho de 2015. Assunto: Subsídios acerca do reenquadramento das alíquotas do Seguro de Acidente do Trabalho- SAT promovidas pelo Decreto 6.957 de 09 de setembro de 2009. A presente Nota Técnica tem o intuito de fornecer esclarecimentos acerca do método utilizado para reenquadramento das alíquotas do SAT a partir da publicação do Decreto 6.957 de 09 de Setembro de 2009. 2. Método utilizado para reenquadramento das alíquotas do SAT O método utilizado para a revisão de enquadramento do SAT consistiu nos seguintes passos: Primeiramente, como parâmetro para a reenquadramento das alíquotas do SAT, utilizaram-se os róis dos percentis de frequência, gravidade e custo, por Subclasse da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0), constante da Portaria Interministerial MPS/MF nº. 254, de 24 de setembro de 2009, publicada no DOU de 25.09.2009, com dados do período base de cálculo os anos de 2007 e 2008.

Importante ressaltar que estes índices não elencam o desempenho das empresas, mas sim dos ramos de atividades econômicas (CNAE Subclasse), permitindo criar um ranking de índice composto dos CNAEs de frequência, gravidade e custo em decorrência de acidentes de trabalho e benefícios de mesma natureza (lato sensu), não se confundindo com o FAP. Para cálculo do índice de frequência da CNAE Subclasse, utiliza-se: Número de acidentes registrados na CNAE Subclasse, mais os benefícios acidentários: auxílio-doença por acidente de acidente de trabalho (B91), aposentadoria por invalidez por acidente de acidente de trabalho (B92), pensão por morte por acidente de trabalho (B93) e auxílio-acidente por acidente de trabalho (B94) que entraram na CNAE Subclasse sem CAT vinculada, por nexo técnico / número médio de vínculos na CNAE Subclasse x 1.000 (mil). Para cálculo do índice de gravidade da CNAE Subclasse, utiliza-se: Número de auxílio-doença por acidente de acidente de trabalho (B91) na CNAE Subclasse x 0,1 + número de aposentadoria por invalidez por acidente de acidente de trabalho (B92) na CNAE Subclasse x 0,3 + número de pensão por morte por acidente de trabalho (B93) na CNAE Subclasse x 0,5 + o número de auxílio-acidente por acidente de trabalho (B94) na CNAE Subclasse x 0,1) / número médio de vínculos na CNAE Subclasse x 1.000 (mil). Para cálculo do índice de custo do CNAE Subclasse, utiliza-se: Valor total de despesas com o pagamento de benefícios acidentários: auxíliodoença por acidente de acidente de trabalho (B91), aposentadoria por invalidez por acidente de acidente de trabalho (B92), pensão por morte por acidente de trabalho (B93) e auxílio-acidente por acidente de trabalho (B94) na CNAE Subclasse / valor total de remuneração paga na CNAE Subclasse x 1.000 (mil).

A partir destes três percentis, calculou-se um índice composto da CNAE - Subclasse, baseado na seguinte fórmula: Percentil de Ordem de Frequência da CNAE - Subclasse X 0,35 + Percentil de Ordem de Gravidade da CNAE - Subclasse X 0,50 + Percentil de Ordem de Custo da CNAE - Subclasse X 0,15. Quanto mais próximo o índice composto está de 100, pior o desempenho do ramo de atividade, ou seja, maior a composição da frequência, gravidade e custo dos acidentes de trabalho. Para a atividade econômica Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis - (CNAE Subclasse 6202-3/00), a partir dos índices de frequência, gravidade e custo, constantes na Portaria Interministerial MPS/MF nº. 254, de 24 de setembro de 2009, publicada no DOU de 25.09.2009, segue o cálculo do índice composto: Percentil de Ordem de Frequência = (28,71 X 0,35) + Percentil de Ordem de Gravidade (29,71 X 0,50) + Percentil de Ordem de Custo (29,38 X 0,15) = 29,31. A partir do cálculo do índice composto, associado à aplicação dos parâmetros acima referidos, dividiu-se o ranking de índices compostos em três pontos, para que se chegasse à regra geral de enquadramento do SAT dos ramos de atividade econômica (CNAE Subclasse), quando fosse encontrado o seguinte resultado: Índice composto de 0% a 33,3% - Alíquota de 1%; Índice composto de 33,4% a 66,7% - Alíquota de 2%; Índice composto de 66,8% a 100% - Alíquota de 3%. Portanto, Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis - (CNAE Subclasse 6202-3/00), a partir do posicionamento da atividade econômica no ranking de índices compostos, no qual o índice composto calculado foi de

29,31, esta atividade econômica ocupou a posição 237 de 1.298 atividades incluídas no ranking (planilha anexa), ou seja, o ramo de atividade teve um baixo índice composto, o que significa uma baixa frequência, gravidade e custo em relação a acidentes de trabalho, posicionando-a no faixa de alíquota de 1%, conforme se observa do gráfico abaixo: Posição 237 - CNAE 6202-3/00 Ocorre que, visando guardar coerência com a metodologia de cálculo do FAP, a qual foi usada como parâmetro para a revisão dos enquadramentos SAT, a metodologia de reenquadramento das alíquotas do SAT adotou mais três critérios para ajuste final das alíquotas de CNAE - Subclasse: Taxa de Mortalidade no setor econômico acima da média nacional acréscimo de 1% na alíquota do CNAE; A média nacional para a taxa de mortalidade em 2007 (ano utilizado para o reenquadramento) foi de 9,49 e para a CNAE 6202 a

taxa de mortalidade foi 29,01, portanto superior à média nacional, conforme Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho AEAT 2008. Motivo pelo qual a alíquota passou de 1% para 2%. Taxa de Rotatividade no setor superior a 75% (dobro da média nacional) acréscimo de 1% na alíquota do CNAE; A título de exemplo, se no cálculo do índice composto a atividade econômica (CNAE Subclasse) tenha se enquadrado no grau de risco médio (1%), e caso a mesma atividade apresente Taxa de Mortalidade acima da média nacional ou apresente Taxa de Rotatividade superior a 75%, a alíquota do setor econômico passa de 1% para 2%. Subclasses com alto risco de toxidade e de manipulação ou contato com substâncias cancerígenas, conforme indicadores de gravidade da OIT GILRAT automaticamente ajustado para grave, incidindo alíquota de 3%. Ressalta-se que eventuais questionamentos de empresas acerca de equilíbrio/desequilíbrio entre receitas e despesas de SAT por atividade econômica é indevido. O Regime Geral de Previdência Social - RGPS administrado pelo Instituto Nacional de Seguro Social - INSS é de repartição simples, caracterizado pela solidariedade, ou seja, as contribuições arrecadadas para o RGPS não são apartadas em razão de distintas fontes de custeio ou de distintos beneficiários. Dessa forma, as contribuições dos segurados do sexo masculino não são apartadas das contribuições das seguradas do sexo feminino, as contribuições dos segurados que contribuem com 8% de sua remuneração não apartadas daquelas contribuições dos segurados que contribuem com 9% ou 11% de sua remuneração, bem como as contribuições das empresas e de seus segurados, independente da atividade econômica a qual pertencem, custearão os benefícios previdenciários de qualquer que sejam os segurados de qualquer que seja a atividade. Portanto, no regime administrado pelo INSS, de repartição simples, o segurado contribui para o custeio do sistema previdenciário e não para capitalizar seu próprio benefício;

a empresa, mesmo aquela desprovida de acidentes do trabalho, e, por conseguinte de concessão de benefícios desta natureza aos seus empregados, contribuirá para o SAT que financiará todos os benefícios acidentários de todas os empregados de todas as empresas. Por outro lado, diferente de um regime de repartição simples, cuja característica é a solidariedade, no regime de capitalização a principal característica é a individualidade do que se contribui em relação ao que se receberá. O RGPS não se estrutura sob o regime de capitalização, não é o equilíbrio/desequilíbrio financeiro-atuarial que justifica a determinação das alíquotas de cada atividade econômica. Assim, o Governo Federal, embora não estivesse obrigado, para o reenquadramento das alíquotas do SAT, adotou método de cálculo, aplicando analogicamente a metodologia utilizada para o cálculo do FAP, a qual foi elaborada no âmbito do Conselho Nacional de Previdência Social - CNPS, órgão com gestão quadripartite, do qual participam trabalhadores, empregadores, aposentados e Governo, buscando assim manter o respeito ao caráter democrático e descentralizado da administração da Previdência Social. Ante o exposto, nota-se que a revisão dos enquadramentos das atividades em virtude do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT) foi embasado em um método objetivo, utilizando-se de dados devidamente publicados no Diário Oficial da União e respeitando o caráter democrático e descentralizado da administração da Seguridade Social, motivo pelo qual não há que se falar em ilegalidade ou obscuridade do método. 3. Em relação ao enquadramento na respectiva atividade econômica, informamos que é competência da Receita Federal do Brasil RFB a administração do tributo em referência, nos termos do art. 33 da Lei nº 8.212, não cabendo ao Ministério da Previdência Social manifestação quanto à atribuição de grau de risco, assim quaisquer informações quanto ao enquadramento na CNAE sugerimos o encaminhamento do processo à RFB para manifestação.

Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). (grifo nosso). É a Nota. 4. Segue em anexo a tabela com o ranking dos índices compostos. 5. Colocamo-nos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos. HELENICE MARIA SILVA Chefe de Serviço