EMERGÊNCIAS EM OFTALMOLOGIA Luciane Moreira
Queimaduras Oculares Fogo Raras (Reflexo palpebral) Cuidar Cigarro (mães - crianças) Garrafas de alcool (lareira, churrasqueira) Fogos de artifício (impacto) Fósforos TTO: Oclusão ocular
Queimaduras Oculares Físicas Prevenção: Corrente elétrica Degeneração macular, Atrofia óptica, Catarata Crianças com tesouras em tomadas Radiação infravermelho Queimaduras retinianas Eclipse Solar Radiação ultravioleta Exposição solar óculos escuros Solda elétrica TTO: Oclusão ocular
Queimaduras Oculares Químicas Ácidos Depende da concentração Tende a precipitar Envolvimento estruturas oculares externas Álcalis Envolvimento estruturas oculares externas e internas
Queimadura química Ácido ou Álcalis Avaliar gravidade: Lesões leves: muita dor e olho vermelho. Lesões graves: pouca dor, olho branco isquemia de conjuntiva e córnea Seqüelas Leucoma, Uveite, Glaucoma secundário, phitisis bulbi Conscientização Bomba de cal Produtos químicos (soda para sabão) Plantas tóxicas (coroa de cristo)
Queimaduras Oculares Químicas Tratamento imediato: Retirar todos os resíduos Limpar fundos-de-saco conjuntivais Irrigação copiosa - 30 min. Soro glicosado Soro fisiológico Água Oclusão e encaminhar ao oftalmol.
Queimadura por amoniaco
Queimadura por Amônia Queimadura por bomba de cal
Corpo Estranho Sinais e Sintomas Dor Fotofobia Lacrimejamento Sensação corpo estranho Hiperemia ocular Edema palpebral Diminuição da acuidade visual Secreção Óculos de proteção
Corpo Estranho Ocular Córnea - Lâmpada de fenda Conjuntiva - Eversão de pálpebra Intra-ocular - centro cirúrgico
Corpo Estranho Retirada Retirar totalmente o CE Everter pálpebra Lâmpada de fenda - córnea Cotonete Agulha estéril Oclusão ocular com pomada (epitezan) por 24/48 h
Corpo Estranho Complicações Córnea Úlcera de córnea, Perfuração de córnea, Infecção, Leucoma, Astigmatismo irregular Conjuntiva Abrasões corneanas Intra-ocular Hifema, Hemorragia vítrea, Descolamento de retina, Endoftalmite
Traumas Contusos Todo cuidado é pouco Tampa de garrafa Quina de mesa Esguicho de água VAP Soco, dedada
Traumatismos Oculares EXAME COMPLETO: Medir acuidade visual, caso pálpebras inchadas, abri-las com blefarostato Perguntas : Existe rotura do globo? Existe hifema? Há algum corpo estranho? Quando há rotura do globo PIO está diminuída câmara anterior muito profunda local de rotura mais comum é embaixo dos músculos retos.
Traumatismos Oculares Enfisema de órbita: Fratura de etmóide Hifema: Sangue CA. Total: drenagem cirúrgica. Parcial: repouso semi-sentado no leito, dieta líquida, colírio de atropina 2X/dia, B-bloqueador, acetazolamida, antinflamatório e oclusão.
Traumatismos Oculares Olho roxo: Hematoma subcutâneo. Tratamento : compressa quente e antinflamatórios. Equimose orbitaria: Fratura de órbita. Circular, limites nítidos, início violáceo. Raio X nasomentoplaca, AP e perfil Paralisia Musculares : Lesão do nervo ou pinçamento muscular em fraturas de órbita.
Traumas crânio-encefálicos Traumas diretos Olho negro sangue préorbitário Sangramento na órbita Diagnóstico diferencial Radiografia e tomografia Complicações Traumas indiretos Frontal Lateral
Fraturas Blowout Aumento súbito da pressão intraorbitária Ocasionado por um impacto ou trauma indireto Desloca o globo ocular posteriormente Ruptura do assoalho da órbita Conteúdo orbitário para o antro maxilar Rima orbitária mais resistente permanece intacta.
Traumatismos Oculares Alterações pupilares: Reflexo fotomotor, midriáticos podem mascarar Edema de papila: Não diminue AV, início 48h após traumatismo craniano. Descolamento de retina Rotura de coróide Hemorragia vítrea
Ferimento ocular perfurante Cuidar com: Objetos cortantes ou pontiagudos Copos e garrafas de vidro Animais que possam atingir os olhos com bicadas e arranhões Cinto de segurança
Ferimento ocular perfurante Manipular o mínimo possível Curativo oclusivo SEM compressão NÃO usar pomada Oftalmologista
Lacerações de pálpebra Cuidar com: Objetos cortantes ou pontiagudos Copos e garrafas de vidro Animais que possam atingir os olhos com bicadas e arranhões
Lacerações de pálpebra Respeitar a margem palpebral, aproximar as margens com pontos de vicryl 6-0 iniciando na linha cinzenta. Verificar canalículo lacrimal. Verificar lesão globo ocular associado. Oftalmologista
Edema Palpebral Panoftalmite: Infecção endo-ocular. Tto - enucleação Celulite orbitaria: Infecção intra-orbitaria, atingindo tecido orbitário e musculatura ocular extrínseca. Tto - antibiótico V.O. Complicação - meningite ou trombose de seio cavernoso Dacriocistite: Drenagem do abscesso Hordéolo: Infecção estefilocócica da glândula de Meibômius. Tto - Compressas quentes e antibiótico tópico
Celulite orbitária Pré-septal o atrás do septo Clínica: dor, febre, restrição de movimentos oculares, edema palpebral, proptose, hiperemia conjuntival Exames: Palpação, ausculta, Rx, tomografia comp. De seios paranasais Causas: sinusite, hordeolo, dacriocistite TTO: antibiótico sistêmico, internação hospitalar Complicações: meningite, paralisia muscular e pupilar, trombose cavernosa Rx: Sinusite frontal, etmoidal e maxilar
Edema Palpebral Os bernes são larvas da mosca Dermatobia hominis que se desenvolvem no tecido subcutâneo de animais. No caso de hospedeiros humano a remoção da larva baseia-se em impedir a respiração da larva (por exemplo com pomada na área do nódulo) e fazer a retirada cirúrgica; depois, passar solução iodada e limpar a lesão. Está indicado o uso de vacina antitetânica.
Conjuntivites Bacteriana: Secreção purulenta, fotofobia, sensação CE. Tto - Col. e pom. antibiótico Viral: Pouca secreção, lacrimejamento e fotofobia intensa, hemorragia subconjuntival, adenopatia pré ou retro-auricular. Tto - Col. Antib. (evitar infecção), Lagrima artificial, compressas frias, duração +- 15 dias. Alérgica: Pouca secreção, prurido, quemose conjuntival. Tto - anti-histamínico, corticoide se necessário.
Conjuntivites Agudas Infecciosa Bactérias mais comumente envolvidas Staphylococcus aureus Streptococcus epidermidis Streptococcus pneumoniae Não infecciosa Alergicas Clínica: engurgitação vascular exsudato mucopurulento sensação de corpo estranho
Conjuntivite papilar gigante Associada ao uso de lentes de contato, próteses, fios de sutura Hipertrofia papilar Envolvimento da córnea é raro Melhora com a retirada do estímulo
Complicações da blefarite estafilocócica Triquíase, madarose, poliose Ceratite marginal Hordéolo recorrente Instabilidade do filme
Úlceras de Córnea Central : Infecciosa. Causas: Estafilococo, herpes, fungo, pseudomonas, pnemococo. Tto: Cultura para etiologia, antibióticos, antivirais ou antimicóticos. Marginais: Imunológicos. Causas: tóxica, imune. Tto: Antibiótico, corticóide.
Pseudomonas (bactéria) Herpes (vírus) Pneumococo (bactéria) Acantamoeba (protozoário) Candida (fungo) Ceratite marginal (lupus)
Uveítes Hiperemia ciliar, dor, fotofobia, pupila emmiose pouco reagente, sinéquias, diminuição AV, precipitados ceráticos Podem ser anteriores ou posteriores Descobrir causa. Encaminhar ao oftalmologista.
Glaucoma Agudo Dor periocular, hiperemia generalizada, edema de córnea, diminuição AV, mídriase média sem reflexo fotomotor, vômitos, edema palpebral. Unilateral, acima 40 anos Diag. Diferencial Hipertensão intra-craniana Enxaqueca
Ttratamento glaucoma agudo Tratamento clínico para controle Diurético osmótico intra venoso manitol Diurético oral acetazolamida Miótico cloridrato de pilocarpina Antiglaucomatoso dorsolamida / maleato de timolol Antiemético cloridrato de metoclopramida Tratamento cirúrgico Necessário Iridectomia AO (profilaxia)*
Oclusões Vasculares Obstrução da artéria central da retina Obinubilação transitória. Diminuição abrupta da AV, FO pálido com mácula avermelhada, reflexo fotomotor direto ausente. Tto: Doppler de carótida (ateroma) Respirar em saco plástico, para aumentar teor CO2, manitol rápido, paracentese de câmara anterior. Quanto mais rápido tto melhor (até 2h).
Oclusões Vasculares Obstrução da veia central da retina Diminuição da visão, aumento da PIO Tto: Heparina de baixo peso molecular. Fotocoagulação com raio laser quando isquêmica com neovasos e tratamento da causa básica ( diabetes e arteriosclerose)
Colírios Anestésicos NUNCA PRESCREVER Pode causar: Úlcera de difícil cura Glaucoma Uveíte Cegueira