DISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSORAS: Patrícia e Rose DATA: 02/10/15 ETAPA: 3ª VALOR: 15,0 NOTA: ASSUNTO: 1ª parcial SÉRIE: 6º ano TURMA: NOME COMPLETO: Coordenação Nº: I N S T R U Ç Õ E S 1. Esta prova contém 10 questões, sendo 4 fechadas e 6 questões discursivas. Verifique se o seu exemplar está completo. 2. Leia sempre - e atentamente - cada questão antes de responder a ela. 3. Nas questões de múltipla escolha, marque, a caneta, apenas uma alternativa. Não sendo permitidas rasuras. 4. Dê respostas completas às questões discursivas e redija-as utilizando tinta azul ou preta. Evite rasuras, não sendo permitido o uso de corretivo. 5. Sua prova é um documento, portanto não a entregue com respostas escritas a lápis. 6. LEMBRE-SE DE QUE VOCÊ SERÁ AVALIADO PELO QUE ESCREVEU E NÃO PELO QUE PENSOU EM ESCREVER; ATENTE, POIS, À FORMULAÇÃO DE SUAS RESPOSTAS. 7. Para uma possível revisão, é necessário que todas as instruções acima tenham sido seguidas e que tenha a prova guardada em seu poder. Boa prova! Há momentos na vida em que nos sentimos rei ou herói; e em outros nos sentimos uma pulga ou uma mosca. O texto a seguir vai nos mostrar o sentimento da personagem principal pelo fato de ela descobrir que havia mais de uma garota com o nome Maria. Você já se deu conta de que, em todo o mundo, só existe um você? TEXTO I UMA DAS MARIAS Um dia, Maria chegou em casa da escola muito triste. O que foi? perguntou a mãe de Maria. Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o seu quarto, pegou o seu Snoopy e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada. A mãe de Maria foi ver se Maria estava com febre. Não estava. Perguntou se Maria estava sentindo alguma coisa. Não estava. Perguntou se estava com fome. Não estava. Perguntou o que era então. Nada disse Maria. A mãe resolveu não insistir. Deixou Maria deitada na cama, abraçada com seu Snoopy, emburrada. Quando o pai de Maria chegou em casa do trabalho, a mãe de Maria avisou: Melhor nem falar com ela... Maria estava com cara de poucos amigos. Pior. Estava com cara de amigo nenhum. Na mesa do jantar, Maria de repente falou: Eu não valo nada. O pai de Maria disse: Em primeiro lugar, não se diz eu não valo nada. É eu não valho nada. Em segundo lugar, não é verdade. Você vale muito. Quer dizer, vale muito. Não valho. Mas o que é isso? disse a mãe de Maria. Você é a nossa filha querida. Todos gostam de você. A mamãe, o papai, a vovó, os tios, as tias. Para nós, você é uma preciosidade. Mas Maria não se convenceu. Disse que era igual a mil outras pessoas. Só na minha aula tem sete Marias! Querida... começou a dizer a mãe. Mas o pai interrompeu. Maria disse o pai você sabe por que um diamante vale tanto dinheiro? Porque é bonito. Porque é raro. Um pedaço de vidro também é bonito. Mas o vidro se encontra em toda parte. Um diamante é difícil de encontrar. Quanto mais rara é uma coisa, mais ela vale. Você sabe por que o ouro vale tanto? Por quê? Porque tem pouquíssimo ouro no mundo. Se ouro fosse como areia, a gente ia caminhar no ouro, ia rolar no ouro, e depois ia chegar em casa e lavar o ouro do corpo para não ficar suja. Agora, imagina se em todo mundo só existisse uma pepita de ouro. Ia ser a coisa mais valiosa do mundo. Pois é. E em todo mundo só existe uma Maria. Só na minha aula são sete. Mas são outras Marias. São iguais a mim. Dois olhos, um nariz... Mas essa pintinha aqui nenhuma delas tem. É...
Você já se deu conta que em todo o mundo só existe uma você? Mas pai... Só uma. Você é uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas você, você mesma, só existe uma. Se algum dia aparecer outra você na sua frente, você pode dizer: é falsa. Então eu sou a coisa mais valiosa do mundo. Olha, você deve estar valendo aí uns três trilhões... Naquela noite a mãe de Maria passou perto do quarto dela e ouviu Maria falando com o Snoopy: Sabe um diamante?... (VERÍSSIMO, Luis Fernando. O santinho. 3ª ed. Porto Alegre: L&PM, 1991. p. 10-2.) QUESTÃO 01 Valor: 1,5 (Descritor: Explicar informação explícita presente no texto.). O texto que você acabou de ler é uma crônica, uma narrativa que se baseia em fatos do dia a dia. Após sua leitura, é possível perceber que a protagonista chega da escola muito triste porque A) a mãe não insiste em saber o problema que ela enfrenta. B) ela tem poucos amigos na escola onde estuda. C) ela não identifica as colegas de turma como Maria. D) a mãe não queria que o pai falasse com ela. E) ela não se sente uma menina especial. QUESTÃO 02 Valor: 1,5 (Descritor: Inferir o sentido de uma palavra ou expressão a partir de um contexto imediato.) COMENTE o sentido da expressão Estava com cara de amigo nenhum. Maria estava zangada e não queria falar com ninguém. QUESTÃO 03 Valor: 1,5 (Descritor: Redigir parágrafo, levantando hipóteses sobre dados, elementos e situações presentes em textos.) A mãe tenta convencer Maria de que ela é importante. O pai, vendo que os argumentos da mãe não conseguem convencê-la, muda de estratégia e a compara a um diamante. REDIJA um parágrafo, explicitando o que haveria em comum entre a menina e o objeto comparado. O fato de ambos serem raros, difíceis de serem encontrados e, por isso, valerem muito, fez com que o pai utilizasse tal argumento. QUESTÃO 04 Valor: 1,5 (Descritor: Reconhecer os mecanismos de coesão como recursos materiais de construção da coerência textual, visando à produção de sentido.)
Observe os seguintes trechos: I - Um dia, Maria chegou em casa da escola muito triste. O que foi? perguntou a mãe de Maria. Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o quarto, pegou o seu Snoopy e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada. II - Você já se deu conta que em todo mundo só existe uma de você? Mas pai... Só uma. Você é uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas você, você mesma, só existe uma. O uso do sinal de interrogação no trecho I e das reticências trecho II, representa, respectivamente: A) curiosidade discordância. B) dúvida susto. C) impaciência contrariedade. D) silenciamento preocupação. E) suspense indignação. QUESTÃO 05 Valor: 1,5 (Descritor: Inferir o significado de palavras e expressões em determinado contexto.) Ao responder à filha, dizendo Mas são outras Marias o pai A) arrepende-se do nome fornecido à filha, ao vê-la muito triste. B) concorda com a filha, repetindo uma reclamação feita por Maria. C) contraria a filha ao dizer que ser igual às outras Marias é bom. D) reclama com a filha, por ter escolhido este nome com carinho. E) tenta convencer a filha de que ela é tão única quanto diamante. QUESTÃO 06 Valor: 1,5 (Descritor: Comentar uma informação do texto, relacionando-a com outras pressupostas pelo contexto.) Para finalizar a conversa, o pai transforma o valor da menina, como pessoa, em valor monetário. COMENTE o motivo de ele dar a Maria um valor tão alto. O pai dá à filha um valor muito alto porque a ama muito; ou, na tentativa de convencê-la, utiliza um valor alto para impressioná-la. QUESTÃO 07 Valor: 1,5 (Descritor: Indicar valor semântico do termo grifado.) No terceiro parágrafo do texto, há a seguinte frase: Mas Maria nem quis conversa. A) INDIQUE uma palavra de significado equivalente que possa substituir o termo grifado. A palavra que pode substituir o termo grifado sem prejuíso de sentido é não.
B) TRANSCREVA do texto outra frase em que a palavra nem aparece com o mesmo significado. Melhor nem falar com ela... QUESTÃO 08 Valor: 1,5 (Descritor: Verificar, por meios de questões propostas, a função semântico-estilística da classe de palavras na construção do texto.) Analise as palavras utilizadas na composição da frase abaixo. Naquela noite a (1) mãe de Maria (2) passou perto do quarto dela e ouviu(3) Maria falando com o Snoopy(4) CLASSIFIQUE os termos grifados em: substantivo, artigo, verbo e locução adjetiva. 1) artigo 2) locução adjetiva 3) verbo 4) substantivo TEXTO II Segundo Freire, a adoção é o processo afetivo e legal por meio do qual uma criança passa a ser filho de um adulto ou de um casal. (..) Adotar é então tornar filho, pela lei e pelo afeto, uma criança que perdeu, ou nunca teve, a proteção daqueles que a geraram. Leia o texto abaixo para responder às questões 7 e 8. O QUE É PRECISO PARA SER PAI A psicóloga Luciana Pereira Barreto, que trabalha no serviço de Psicologia da Vara Central da Infância e da Juventude, em São Paulo, explica que o Estatuto da Criança e do Adolescente não permite que uma criança seja retirada de sua família por causa da pobreza. De acordo com as leis brasileiras, para que uma criança seja adotada, é preciso provar que ela foi abandonada ou, por algum motivo sério, que o juiz decida que ela precisa morar com outra família. Para que a adoção dê certo, Luciana diz que o desejo de um adulto em se tornar pai de uma criança que ele não gerou é muito importante. Os pais adotivos não podem simplesmente querer ajudar uma criança sem família. Para a psicóloga, a criança sempre deve saber que foi adotada, mesmo que isso tenha acontecido quando ela era um bebê. (Folha de S. Paulo, Folhinha. São Paulo, 12 ago. 2009) QUESTÃO 09 Valor: 1,5 (Descritor: Indicar finalidade de textos de diferentes gêneros.) A finalidade da reportagem O que é preciso para ser pai é: A) Contar a história de uma criança que foi adotada. B) Descrever a relação de uma criança com seus pais adotivos. C) Divulgar o Estatuto da Criança para os seus leitores. D) Esclarecer as condições para se adotar uma criança. E) Explicar a função do juiz na adoção de crianças.
QUESTÃO 10 Valor: 1,5 (Descritor: Contestar afirmação, considerando o texto lido.) Em casos de adoção é fundamental manter o sigilo sobre o tema, para garantir a felicidade da família. A afirmativa condiz com a opinião da psicóloga? JUSTIFIQUE sua resposta. A afirmativa não condiz com a afirmativa da psicóloga. Segundo ela é fundamental que a criança saiba que foi adotada.