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Transcrição:

Edição Especial Falta Trabalhador ondagem O termômetro da indústria tocantinense Palmas, Tocantins abril de 2014 FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA Análise Econômica A conjuntura econômica recente tem imposto limitação ao desenvolvimento da indústria brasileira, o ambiente de negócio do setor industrial pouco tem se alterado nos últimos anos e isso tem reproduzido certa estagnação na trajetória de crescimento do setor. Esse panorama ocorre em um ambiente de abertura comercial dos mercados conjuntamente com custos elevados dos investimentos, o que tem exigido sucessivos avanços nos indicadores de produtividade das empresas. Nesse contexto, a escassez de mão-de-obra qualificada tem se tornado um dos principais gargalos para a expansão da produção. Situação semelhante foi verificada pela Sondagem para o Tocantins, o nível de produção industrial dos três primeiros trimestres de 2013 permaneceu abaixo do registrado em anos anteriores e a ausência de profissionais qualificados é apontada pela maioria das empresas como o principal empecilho para o aumento da produtividade e da melhoria da qualidade dos produtos. A carência de mão de obra qualificada afeta todos os setores profissionais das empresas, com maior incidência nas áreas de produção, principalmente entre os operadores e os técnicos. Dentre as principais dificuldades encontradas decorrentes da falta de trabalhador qualificado em 2013, a busca por eficiência ou redução de desperdícios foi a mais citada (85%). Em segundo lugar, notam-se como consequência dessa carência, problemas na realização de manutenção dos equipamentos (54%). Poucas instituições efertando cursos que atendam às necessidades das empresas e o pouco interesse dos trabalhadores são as duas principais dificuldades em investir na qualificação dos trabalhadores, de acordo com 58% e 53% das empresas, respectivamente. Para driblar essa deficiência, a maioria das empresas opta por realizar capacitações dentro do ambiente empresarial (83%), além da automação e a contratação de profissionais de outras regiões, ambas representando 50% do total de respostas.

ondagem Apesar da melhora, a indústria permanece carente de trabalhadores qualificados A falta de trabalhador qualificado foi apresentada como o principal problema por 62% das empresas tocantinenses entrevistadas (2013). Esse resultado é preocupante mesmo apresentando um avanço em relação 2011 (72%) 1 e sendo inferior ao resultado nacional (65%), pois o fraco desempenho do setor pode ser o motivo de tal redução. A falta de trabalhador qualificado é um problema para as empresas (2013) 38% 62% Sim Não A c a r ê n c i a d e t r a b a l h a d o r e s qualificados afeta empresas de todos os portes no estado. Entretanto, as empresas de pequeno porte (64%) são mais atingidas com essa situação. Esse resultado é acima do encontrado para as empresas de médio e grande porte (57%). Deduz-se que empresas grandes atraiam funcionários mais qualificados em função dos melhores benefícios e salários, principalmente onde há uma grande maioria de empresas de pequeno porte, como é o caso do Tocantins. 2 1 Sondagem Especial publicada pela CNI em outubro de 2013. Sondagem

Edição Especial Área de produção é a que mais sofre com a falta de mão de obra qualificada No Tocantins, as empresas enfrentam dificuldade de encontrar bons profissionais em todos os ramos de atividade. Porém, a escassez de operadores, técnicos de produção e profissionais na área de vendas/marketing é unanimidade entre elas (92%). Enquanto os engenheiros são os mais bem avaliados com 69%. Esse panorama é condizente com a crescente demanda de profissionais técnicos verificada para Brasil nas últimas décadas. Falta de trabalhador qualificado por área da empresa (2013) Considerando uma escala que varia entre 1 (afeta pouco) e 4 (afeta muito), observou-se que o setores mais impactados foram os de Produção (operadores), Produção ( técnicos) e Vendas/Marketing, os três setores alcançaram média 3,0. Em segundo lugar aparecem empatados os setores Administrativo e Gerencial, ambos com média de 2,7. Por fim, a área de pesquisa e desenvolvimento ocupa a penúltima posição no ranking tanto com relação à falta de trabalhadores qualificados na área quanto em relação ao nível de impacto que a ausência dessas profissionais gerara no âmbito da empresa. Ressalta-se ainda que a categoria com menor indicador também está vinculada ao setor de produção, os engenheiros somam uma média de 2,3. Po r f i m, a á r e a d e p e s q u i s a e desenvolvimento ocupa a penúltima posição no ranking tanto com relação à falta de trabalhadores qualificados na área quanto em relação ao nível de impacto que a ausência dessas profissionais gerara no âmbito da empresa. Ressalta-se ainda que a categoria com menor indicador também está vinculada ao setor de produção, os engenheiros somam uma média de 2,4. No Brasil, a falta de trabalhador qualificado é disseminada por toda a indústria, mas é crítica em alguns setores. Os que se dizem mais afetados pelo problema são os segmentos de vestuário, equipamentos de transporte, limpeza e perfumaria e móveis. No segmento farmacêutico, de alimentos e bebidas e de indústrias diversas e calçados, no entanto, as dificuldades são maiores (CNI, 2013). 3 www.fieto.com.br O termômetro da indústria tocantinense

ondagem Intensidade do impacto da falta de mão de obra qualificada por categoria profissional e área da empresa (2013) Falta de trabalhador qualificado limita o crescimento das empresas 4 Avaliou-se quais as três principais atividades afetadas pela falta de trabalhador habilitado, visto que o planejamento e/ou execução de certas atividades dentro da empresa dependem desse profissional. Muitas empresas condicionam suas atividades a fim de contornar a ausência de determinado profissional. Os resultados comprovam de forma majoritária que a falta de operários qualificados desencadeia uma série de problemas no âmbito da empresa. Os empresários destacam como principais atividades afetadas: a busca por eficiência ou redução de desperdícios (85%), as limitações na realização de manutenção dos equipamentos (54%), em terceira à garantia e melhoramento da qualidade dos produtos fabricados (46%), e em quarto lugar a expansão da produção (38%). Ademais, cabe notar que as empresas consideram haver pouca limitação a ser enfrentada quando o assunto é inovação de produto e tecnológica. Nacionalmente, a busca pela eficiência ou a redução de desperdícios é a mais citada pelos industriais com 74%, seguida da garantia de melhora da qualidade dos produtos com 61%, da expansão da produção (39%) e o gerenciamento da produção com 28%. A ausência de trabalhador qualificado afeta, sobretudo questões ligadas ao aumento da produtividade e da qualidade dos produtos ofertados pelas empresas, a ausência de trabalhadores qualificados dificulta a tarefa das empresas de aprimorar seus produtos. Assim, as empresas se tornam menos competitivas e percebem baixo desempenho econômico, além de apresentar limitações ao crescimento. Sondagem

Edição Especial Como a falta de trabalhador qualificado prejudica as empresas (2013) Falta de capacitação leva os empresários a realizar capacitações na própria indústria A escassez de trabalhador qualificado tem exigido dos empresários a adoção de medidas para a capacitação de seus profissionais. As ações realizadas vão, desde a realização de capacitação internamente à empresa até a adoção de política de salário eficiência, que busca atrair e manter bons profissionais por meio da elevação dos salários. Do total das empresas que enfrentam o problema e têm mecanismos para lidar com a questão, a capacitação no ambiente da empresa tem sido uma prática adotada por 83% delas. Deve-se destacar que desse montante, 70% são empresas de pequeno porte e que, portanto enfrentam com maior dificuldade a problemática da falta de trabalhador qualificado. No segundo lugar do ranking estadual aparecem duas alternativas, ambas somando um percentual de 50%: investimento em automação e recrutamento de profissionais de outras regiões 5 www.fieto.com.br O termômetro da indústria tocantinense

ondagem do país. A baixa disponibilidade de mão-deobra qualificada no mercado de trabalho local contribui para tal realidade. Nacionalmente, a capacitação no ambiente de trabalho tem sido a principal prática das empresas para resolver o problema da falta de trabalhador qualificado. Dentre as empresas que enfrentam o problema e têm mecanismos para lidar com a questão, 81% utilizam essa estratégia. Soluções das empresas para lidar com o problema de falta de trabalhador qualificado (2013) 6 Mesmo que a maior parte das empresas recorra ao treinamento interno, ao investimento em automação e recrutamento de profissionais de outras regiões do país como forma de driblar a carência de trabalhadores qualificados, deve-se destacar que é baixo o uso de políticas de valorização salarial como mecanismo de atração e fixação de mão-de-obra qualificada, que claramente poderia ser uma alternativa à rotatividade dos bons profissionais. Sondagem

Edição Especial Dificuldade em encontrar cursos adequados às necessidades das empresas prejudica a qualificação dos trabalhadores A baixa capacitação de profissionais e um mercado de trabalho insipiente têm exigido das empresas maior capacidade de investir na qualificação do trabalhador e/ou a adoção de políticas de atração de trabalhador qualificado. No entanto, cerca de 90% delas admitem encontrar dificuldade para realizar tais ações, principalmente quando se refere às empresas de pequeno porte, que respondem por 68% desse total. Esse problema apresenta certa insolvência para as empresas que afirmam encontrar problemas para investir em qualificação, relatam a dificuldade de encontrar cursos alinhados às necessidades da empresa, fato citado por 58% das empresas entrevistadas. Em segundo lugar, verificou-se que os empresários apontam como dificuldade para qualificação do trabalhador o pouco interesse do funcionário (53%). Especialistas apontam a má qualidade da educação básica como a principal dificuldade para investir na qualificação do trabalhador. Ademais, é evidente que cursos profissionalizantes são essenciais para o processo de capacitação do trabalhador, pois o torna apto para desenvolver novas técnicas a fim de incorporar novas tecnologias ao processo produtivo, no desenvolvimento de novos produtos e manutenção da qualidade dos mesmos, entre outros ganhos. É, portanto urgente a necessidade do estabelecimento de parceria entre empresas privadas e instituições públicas e privadas de ensino, para que se possa ofertar cursos para a formação de profissionais que atendam às necessidades da indústria tocantinense. Além disso, é recomendável que as empresas adotem sistemas de incentivos que bonifiquem trabalhadores qualificados, sobretudo com maiores salários. Tal política iria contribuir para reduzir a fuga de trabalhadores capacitados pelas empresas, fato esse relatado por 42% dos empresários, bem como para a atração de pessoal qualificado atuantes em outros setores. A crescente demanda por mão-de-obra qualificada nos mercados tem encarecido o valor da desse tipo de trabalhador, afetando, direta e indiretamente grandes e pequenas empresas. Essa situação se agrava em virtude do baixo desempenho produtivo do setor industrial e dos recursos financeiros limitados. 7 www.fieto.com.br O termômetro da indústria tocantinense

ondagem As dificuldades para investir na qualificação do trabalhador (2013) 8 A Sondagem Especial é elaborada pela CNI- Confederação Nacional da Indústria e FIETO- Federação das Indústrias do Estado do Tocantins, através da Unidade de Desenvolvimento - UNIDES. A mesma tem como objetivo avaliar o impacto de políticas ou acontecimentos específicos sobre a indústria, bem como a opinião dos empresários sobre essas questões. Desse modo, os temas são diversos e variam com a conjuntura e a política econômica. A Sondagem Especial não possui periodicidade definida e está limitada, a no máximo, quatro por ano. EXPEDIENTE SONDAGEM ESPECIAL Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria Publicação da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins - FIETO Ano VIII número 6 abril 2014 Unidade de Desenvolvimento - UNIDES Gerência: Carlos José de Assis Júnior Pesquisa de Campo: Instituto Euvaldo Lodi - IEL Coordenação: Cristiane Souza dos Anjos Supervisão Gráfica: Unidade de Comunicação Institucional do Sistema Fieto (63)3228-8834 104 Sul Rua SE 3 Lote 29 Centro Palmas, TO CEP:77.020-016 cristianesousa@fieto.com.br www.fieto.com.br Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. Sondagem