PLANEJAMENTO FAMILIAR: UMA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE

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Transcrição:

PLANEJAMENTO FAMILIAR: UMA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE SILVIA XIMENES OLIVEIRA Faculdades Integradas de Patos, Patos, Paraíba, Brasil. silviaxoliveira@hotmail.com RESUMO Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa realizado no município de Carrapateira com as mulheres em idade fértil cadastradas na ESF no programa de planejamento. O objetivo foi identificar o conhecimento das mulheres acerca dos métodos anticoncepcionais utilizados no planejamento familiar. A amostra foi constituída por 59 mulheres cadastradas no programa. A coleta de dados foi realizada no mês de maio de 2013, por meio da aplicação de um formulário de acordo com os objetivos propostos no estudo. Das mulheres pesquisadas foi predominante o número de mulheres que fazem uso do anticoncepcional oral. E foi observado durante a mesma que as mulheres detêm maior conhecimento sobre o método contraceptivo em uso em relação aos outros métodos contraceptivos. No presente estudo observou-se que 49% das mulheres tiveram gravidez não planejada e que 90% afirmaram não conhecer a pílula do dia seguinte e 90% delas recebem orientação da enfermeira é preciso que as mesmas venham a ter mais conhecimentos em relação aos métodos contraceptivos, a fim de dar segurança e proporcionar um bem estar físico social e emocional, evitando assim uma gravidez não planejada. INTRODUÇÃO Planejamento familiar é o direito que toda pessoa tem a informação, á assistência especializada e ao acesso aos recursos que permitam optar livre e conscientemente por ter ou não ter filhos, o número, o espaçamento entre eles e a escolha do método anticoncepcional mais adequado são opções que toda mulher deve ter o direito de escolher de forma livre e por meio da informação, sem discriminação, coerção ou violência. (BRASIL, 2004). Controlar a fecundidade e praticar a anticoncepção passou a ser aspirações das mulheres, assim como a vivencia plena da sexualidade, desvinculando a maternidade do desejo e da vida sexual. Essa conjuntura implicou a necessidade de políticas que permitissem o acesso aos métodos contraceptivos. Em 1983 nesta complexa conjuntura em que o conjunto de argumentos científico-políticos fundamenta os distintos interesses em jogo na questão populacional, o governo brasileiro mobilizou-se por meio do enfrentamento da questão do planejamento familiar e suas repercussões para o âmbito da saúde. O ministério foi convocado a apresentar uma proposta de política concreta sobre o tema, e formulou o Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher (PAISM). (BRASIL, 1984). A consagração do direito ao planejamento familiar esta explicitada no 7 do Art. 226 da Constituição Federal de 1998. No documento estão estabelecidas as diretrizes a serem obedecidas pelo legislador ordinário, que não deve vincular direto e acesso aos serviços de planejamento familiar ás políticas de controle demográfico. Entre essas diretrizes figuram claramente, a liberdade de decisão do casal e a responsabilidade do Estado em prover recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito. (BRASIL, 2002). O planejamento familiar está incluído nas prioridades do SUS. Esse quadro pode ser resultado das mudanças nas políticas de saúde da mulher, proporcionada pelo PAISM e identificadas nos mecanismos adotados pelo Estado como a lei 9.263 de 12 de janeiro de 1996 publicada no Diário Oficial da União em 15 de Janeiro de 1996, que prescreve o planejamento familiar como direito de todo cidadão. (BRASIL, 1996). O programa de planejamento familiar de boa qualidade são aqueles que procuram à melhor maneira de atender as necessidades as pessoas, através da oferta de serviços que se adaptem as características da população atendida. As atividades de informação são

extremamente relevantes, diríamos indispensáveis, ao alcance dos objetivos de serviços e usuários, exigindo dos profissionais de saúde atitude de empenharem-se em bem informar para que a clientela conheça as alternativas de concepção e anticoncepção disponíveis e, assim, possa participar ativamente da definição e do alcance de suas metas reprodutivas. (MOURA; SILVA, 2004). Os profissionais de saúde, em especial os da enfermagem desempenham um papel fundamental para o sucesso do planejamento familiar, devendo ficar atentos a todos esses fatores relacionados para prestarem um atendimento integral de forma que venha a promover a adesão ao planejamento familiar durante as consultas de enfermagem e através de ações educativas em saúde. Assim, o estudo em tela tem como objetivo identificar o conhecimento das mulheres acerca dos métodos anticoncepcionais utilizados no planejamento familiar. MÉTODOS Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa. As pesquisas de natureza descritiva, propõe-se investigar as características de um fenômeno, podendo abordar aspectos amplos de uma sociedade. Neste contexto são considerados como objetivo de estudo uma situação específica um grupo de indivíduo. (RICHARDSON, 2009). Para Handem et. al., (2008), a pesquisa quantitativa trata-se de quantificar dados, conceitos, subsídios com a utilização de recursos técnicos estatísticos, desde os mais simples, ate o uso mais complexo como coeficiente de correlação, regressão entre outros. O estudo foi realizado na Unidade de Saúde da Família, do município de Carrapateira PB, no período conforme cronograma. A escolha para esta unidade se deve ao fato da cidade de Carrapateira ter apenas uma Unidade de Saúde da Família, já que a população total da cidade é de aproximadamente 2.347 habitantes (IBGE, 2009), e segundo Martinari (2008) para que uma comunidade seja operacionalizada, é preciso uma população de até 4.500 habitantes, justificando assim a escolha desta única Unidade. Nesta unidade presta-se atenção primaria a toda população, sendo oferecidas todas as ações preconizadas pela Estratégia de Saúde da Família. O estudo foi realizado nesta cidade pelo fato da pesquisadora residir na mesma, e ter acesso a esta unidade tornando mais viável à coleta dos dados. A população do estudo foi constituída por 118 mulheres que estão em acompanhamento no planejamento familiar. Neste estudo, a amostragem foi aleatória simples, com uma amostra de 50% dessa população, totalizando cinquenta e nove (59) mulheres em idade fértil cadastradas na Unidade de Saúde do município de Carrapateira PB, atendidas no período da coleta de dados que será nos meses de maio e junho de 2013. As entrevistadas foram selecionadas obedecendo aos seguintes critérios de inclusão: serem cadastradas na USF, mulheres em idade fértil e que aceitaram espontaneamente participar da pesquisa e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A coleta de dados teve início após aprovação do Comitê de Ética da Faculdade Santa Maria, segundo resolução 196/96. No primeiro momento da pesquisa foi solicitada a autorização do Secretário de Saúde do Município, através de um ofício no sentido de viabilizar a realização da mesma. Após autorização os dados foram coletados no período conforme cronograma. Os dados foram obtidos por meio de questionário contendo perguntas pertinentes aos objetivos do estudo. Primeiramente as mulheres foram informadas sobre o objetivo do estudo, em seguida foi entregue as mesmas o TCLE, na qual as que concordaram com a entrevista assinaram e responderam o questionário. A pesquisa obedeceu a todas as recomendações provenientes da Resolução 196/96 outorgada pelo decreto nº 93.933/87 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), seguindo os princípios éticos da pesquisa referente a estudos envolvendo seres humanos (BRASIL, 2002a),

considerando a privacidade e os direitos do participante, que participaram por livre e espontânea vontade, podendo desistir em qualquer momento. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados e discussões apresentados a seguir referem-se às mulheres cadastradas no planejamento familiar pertencentes ao município de Carrapateira/PB. A tabela 1 apresenta a caracterização das variáveis sociodemográficas segundo a percepção das mulheres. Tabela 1. Distribuição das mulheres segundo características sociodemográficas. Carrapateira/PB, 2013. Características N % Idade 15-19 04 6,77 20-25 32 54,23 26-30 05 8,47 31-35 12 20,33 35-41 06 10,16 Situação conjugal Casada 46 77,96 Solteira 04 6,77 Outro 09 15,25 Religião Católica 59 100 Renda familiar Menos de 1 salário 15 25,42 1 salário 32 54,23 3 a 5 salários 12 20,33 Suficiência da renda Suficiente 19 32,20 Pouco suficiente 13 22,03 Insuficiente 27 45,76 Condições de moradia Própria 46 77,96 Alugada 09 15,25 Mora com os pais, parentes, amigos 04 6,77 Fonte: Própria da pesquisa. Para Brasil, 2010, quanto maior a idade, maior a prevalência de infertilidade. Mulheres com mais de 35 anos já apresentam redução das chances de reprodução próxima aos 40 anos a mulher apresenta 90% de sua fertilidade basal; de 40 a 44 anos apresentam 62% e, entre 45 e 49 anos 14%. Todas as mulheres do estudo eram católicas. A crença ou religião torna-se um dado importante, visto que a religião pode influenciar nas práticas, crenças e orientações das pessoas podendo ter impacto nas decisões e atitudes em relação ao modo de vida, saúde sexual e reprodutiva. (BRASIL, 2008). Quanto à situação conjugal, verificamos que a maioria é casada 46 (77,96%). Ressalta-se a importância do uso de proteção, independente do estado civil, pois existe uma concepção de que parceiros sexuais fixos, o contágio por HIV?DST é remoto, ao nos remeter para os números que vem acrescendo entre mulheres casadas e jovens. (PANIZ; FASSA; SILVA,

2006). Em relação à renda familiar de 15 das mulheres (25,42%) possui menos de um salário mínimo, 32 (54,23%) um salário mínimo e 12 (20,33) três a cinco salários mínimos. Trabalha Trabalha e estuda Está desempregada Dona de casa Dona de casa, 49,15%, 46% Trabalha, 45,76%, 43% Está desemprega da, 1,69%, 2% Trabalha e estuda, 10,16%, 9% Figura 1. Distribuição das mulheres segundo ocupação. Carrapateira/PB, 2013. Em relação à ocupação das mulheres que participaram da pesquisa 46% afirmaram que trabalhar, 43% eram donas de casa, 9% estudam e trabalham e apenas 2% estão desempregadas. Atualmente as mulheres ocupam uma posição de destaque na sociedade onde exerce ocupações diversas, e, isto se faz necessário a procura de uma unidade de saúde para se ter um planejamento familiar adequado e eficiente, só que encontram dificuldades neste sentido, pois o horário de atendimento por parte da unidade de saúde é geralmente o mesmo da maioria das mulheres que trabalham fora de casa. A menarca variou entre 10 a 18 anos, com maior prevalência entre 13 e 14 anos 30,58% e 22,03%, respectivamente.. 13 (30,58%), 14 (22,03%). Em relação às mulheres do estudo 49% referiram gestações não planejadas, desta forma 46% afirmaram ter gestação planejada e 5% afirmaram que nunca tiveram filhos. Muitas vezes o uso inadequado dos MAC e a falta de informação pode acarretar em uma gravidez não planejada. Segundo estudo realizado com mulheres em idade fértil, 37,06% não haviam planejado a gravidez, distorcendo em números percentuais do nosso estudo, em que a maioria não havia feito planejamento para a gravidez. (SANTOS-PIERRE, 2008). Tabela 2. Distribuição das mulheres segundo relações sexuais e uso de anticoncepcional Carrapateira/PB, 2013. Relações sexuais n % Sim 56 94,91 Não 03 5,09 Uso de anticoncepcional Sim 49 83,05 Não 06 10,16 Nunca fez uso de anticoncepcional 04 6,77 Fonte: Própria da pesquisa. Em relação às relações sexuais e uso de anticoncepcionais 56 (94,91%) afirmaram manter relações sexuais e 03 (5,07%) afirmaram não manter relações sexuais. Desta forma, entendemos que as mulheres que participaram da pesquisa necessitam de orientação/informação sobre o MAC, devido as características sociais, objetivando o controle da fecundidade e sexo seguro, pois estas mulheres podem estar mais expostas a gravidez não planejada e ao contagio de DST/HIV, assim devem conhecer e usar métodos de dupla proteção que as garantam a vivencia da sexualidade saudável.

Em relação ao uso de anticoncepcional, 49 (83,05) afirmaram fazer uso do anticoncepcional, 06 (10,16%) não fazem uso e 04 (6,77%) relataram nunca fazer uso do anticoncepcional. Tabela 3. Distribuição das mulheres segundo uso de método contraceptivo no momento atual. Carrapateira/PB, 2013. Uso de método contraceptivo n % Sim 54 91,52 Não 05 8,47 Método utilizado Anticoncepcional oral 38 70,37 DIU 03 5,55 Anticoncepcional injetável 08 14,81 Camisinha Masculina 05 9,25 Fonte: Própria da pesquisa. Em relação às mulheres entrevistadas 54 (91,52%) relataram usar métodos contraceptivos e apenas 05 (8,47%) relataram não usar nenhum método. Em relação aos métodos utilizados no momento pelas mulheres entrevistadas 38 (70,37%) afirmaram estar usando o anticoncepcional oral, 03 (5,55%) usam DIU, 08 (14,81%) usam anticoncepcional injetável e 05 (9,25%) usam camisinha masculina. A camisinha feminina, o aleitamento materno exclusivo, a vasectomia e a laqueadura, são MAC que não foram citados como utilizados no momento por nenhuma das mulheres que participaram da pesquisa. Vários estudos revelam que os MAC mais utilizados pelas mulheres são a laqueadura tubária, o anticoncepcional oral e a camisinha masculina. (DIAS- DA- COSTA, et al. 2002). Anticoncepcional oral, 91,52% Camisinha masculina, 62,71% Anticpncepcional injetável, 32,20% Tabelinha, 6,77% DIU, 15,25% Coito Interronpido, 8,47% Camisinha feminina, 6,77% Vasectomia, 6,77% Laqueadura, 10,16% Aleitamento materno exclusivo, 6,77% Figura 5. Distribuição das mulheres segundo conhecimento dos métodos contraceptivos. Carrapateira/PB, 2013. Das mulheres entrevistadas 6,77% afirmaram conhecer a tabelinha, 91,52% conhece o anticoncepcional oral, 15,25% conhecem o DIU, 62,71% conhecem a camisinha masculina, 6,77% conhece a camisinha feminina, 8,47% conhecem o coito interrompido, 6,77% conhece a vasectomia, 10,16% conhece a laqueadura, 32,20% conhece o anticoncepcional injetável e 6,77% conhece o aleitamento materno exclusivo.

O conhecimento sobre anticoncepção e riscos advindos de relações sexuais desprotegidas é fundamental para que os adolescentes vivenciem sua sexualidade desprovida de riscos, de maneira saudável e desvinculando o exercício da sexualidade da reprodução. (VIEIRA et. al., 2006). Em relação à aquisição do método contraceptivo, 64% das mulheres que participaram da pesquisa afirmaram conseguir na unidade de saúde, e apenas 36% afirmaram que compram. Na atenção em anticoncepção, é muito importante oferecer diferentes opções de métodos anticoncepcionais para todas as etapas da vida reprodutiva, de modo que as pessoas tenham a possibilidade de escolher o método mais apropriado as suas necessidades e circunstâncias de vida. CONCLUSÃO As mulheres que participaram da pesquisa, utilizam a Estratégia de Saúde da Família do município de Carrapateira como principal local para seguimento da saúde. Encontram-se em idade fértil e realizam o planejamento familiar neste setor tendo a enfermeira como principal profissional que oferece orientações e realizam as consultas de planejamento familiar. As mulheres do estudo possuem idade variando de 15 a 41 anos com prevalência entre 20 e 25 anos. A maioria são casadas, católicas, e tiveram sua primeira gestação entre 20e 25 anos. A pílula e o preservativo masculino são os métodos mais citados pelas mulheres. A atuação dos profissionais de saúde deve estar pautada na Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regulamenta o 7º do art 226 da constituição federal. Nesse sentido, o planejamento reprodutivo deve ser tratado dentro do contexto dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos. Assim, os profissionais de saúde da atenção básica devem procurar compreender as expectativas das pessoas no que diz respeito à reprodução e ajudá-las a concretizarem essas expectativas, respeitando suas escolhas. Foi observado durante a pesquisa que as mulheres detém maior conhecimento sobre o MAC em uso, do que os outros MAC. Com isso, observa-se diante da pesquisa que se deve dar mais ênfase a capacitações para profissionais da área de saúde em relação ao planejamento familiar. Diante do exposto, espera-se que esta pesquisa forneça uma contribuição científica favorável para melhoria na qualidade de vida da população, bem como desperte a atenção dos enfermeiros sobre a importância de oferecer mais informações sobre planejamento familiar melhorando o conhecimento dessas mulheres em relação aos métodos contraceptivos. Palavras-chaves: Mulheres; Métodos contraceptivos; planejamento familiar. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência integral à saúde da mulher: bases de ação programática. Centro de Documentação do Ministério da Saúde, Brasília, 1984.. Ministério da saúde. Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Lei do planejamento familiar. Diário oficial da união. Brasília, 15 janeiro de 1996. DIAS- DA- COSTA, J. S. et. al. Uso de métodos anticoncepcionais e adequação de contraceptivos hormonais orais na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: 1992 e 1999. Cad. Saúde Publica, Rio de Janeiro, v.18, n.1, 2002. HANDEM, P. C.; et al. Metodologia: Interpretando. In: FIGUEIREDO, N. M. A. (org). Métodos e metodologia na pesquisa científica. 3ª ed. São Caetano do Sul, SP: Yendes, 2008. MOURA. E. R. F; SILVA. R. M. Informação e planejamento familiar como medidas de promoção da saúde. Revista Ciência e Saúde Coletiva, 2004.

PANIZ, V. W. V.; FASSA, A. G.; SILVA, M. C. Conhecimento sobre anticoncepcionais em uma população de 15 anos ou mais de uma cidade do sul do Brasil. Cad Saúde Pública. v. 1, n. 6, p.1747-1760, 2006. RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3º ed. São Paulo: Atlas, 2009. SANTOS-PIERRE, L. A. Assistência em planejamento familiar em um programa de saúde da família no município de Ribeirão Preto. [Dissertação]. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, 2008. Condomínio Vilas do Lago, Q.11, L.06, Patos-PB; CEP: 58.701-900 (83)99981-9799 silviaxoliveira@hotmail.com FAMILY PLANNING: A HEALTH PROMOTIONAL STRATEGY ABSTRACT This is a descriptive study with a quantitative approach carried out in the municipality of Carrapateira with women of childbearing age registered at FHS in the planning program. The objective was to identify women's knowledge about contraceptive methods in family planning. The sample consisted of 59 women enrolled in the program. Data collection was carried out in May 2011, through the application of a form in accordance with the objectives proposed in the study. Of the women surveyed was predominant number of women who use oral contraceptives. It was observed that during the same women have greater knowledge of the contraceptive method in use in relation to other contraceptive methods. In the present study it was observed that 49% of women have unplanned pregnancies and 90% said they did not know the morning-after pill and 90% of them receive nurse orientation is necessary that the same will be more knowledgeable regarding contraception in order to provide security and provide a social welfare physical and emotional, thus preventing an unplanned pregnancy. Keywords: Women; Contraceptive methods; family planning. PLANIFICATION FAMILIALE: UNE STRATÉGIE DE PROMOTION DE LA SANTÉ RÉSUMÉ Ceci est une étude descriptive avec une approche quantitative réalisée dans la municipalité de Carrapateira avec les femmes en âge de procréer enregistré au FHS dans le programme de planification. L'objectif était d'identifier les connaissances des femmes sur les méthodes contraceptives dans la planification familiale. L'échantillon se composait de 59 femmes inscrites dans le programme. La collecte des données a été réalisée en mai 2013, grâce à l'application d'une forme en conformité avec les objectifs proposés dans l'étude. Parmi les femmes interrogées était nombre prédominant des femmes qui utilisent des contraceptifs oraux. Il a été observé que, pendant les mêmes femmes ont une plus grande connaissance de la méthode de contraception en cours d'utilisation par rapport à d'autres méthodes de contraception. Dans la présente étude, on a observé que 49% des femmes ont des grossesses non désirées et 90% ont dit qu'ils ne connaissaient pas la pilule du lendemain et 90% d'entre eux reçoivent une infirmière orientation est nécessaire que celle-ci sera mieux informés concernant la contraception afin d'assurer la sécurité et fournir une physique sociale de l'aide sociale et émotionnelle, empêchant ainsi une grossesse non planifiée. Mots-clés: femmes; Les méthodes contraceptives; la planification familiale. PLANIFICACIÓN FAMILIAR: UNA ESTRATEGIA DE PROMOCIÓN DE LA SALUD RESUMEN

Se trata de un estudio descriptivo, con abordaje cuantitativo llevado a cabo en el municipio de Carrapateira con las mujeres en edad fértil registrada en FHS en el programa de planificación. El objetivo fue identificar los conocimientos de las mujeres acerca de los métodos anticonceptivos en la planificación familiar. La muestra estuvo conformada por 59 mujeres que participaron en el programa. La recolección de datos se llevó a cabo en mayo de 2013, mediante la aplicación de un formulario de acuerdo con los objetivos propuestos en el estudio. De las mujeres encuestadas era el número predominante de las mujeres que utilizan anticonceptivos orales. Se observó que durante las mismas mujeres tienen un mayor conocimiento del método anticonceptivo en uso en relación con otros métodos anticonceptivos. En el presente estudio se observó que el 49% de las mujeres tienen embarazos no planeados y el 90% dijo que no sabía de la píldora del día después y el 90% de ellos reciben orientación enfermera es necesario que el mismo va a ser más bien informado sobre la anticoncepción con el fin de garantizar la seguridad y proporcionar una física de bienestar social y emocional, lo que impide un embarazo no planeado. Palabras clave: Mujeres; Los métodos anticonceptivos; la planificación familiar. PLANEJAMENTO FAMILIAR: UMA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE RESUMO Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa realizado no município de Carrapateira com as mulheres em idade fértil cadastradas na ESF no programa de planejamento. O objetivo foi identificar o conhecimento das mulheres acerca dos métodos anticoncepcionais utilizados no planejamento familiar. A amostra foi constituída por 59 mulheres cadastradas no programa. A coleta de dados foi realizada no mês de maio de 2013, por meio da aplicação de um formulário de acordo com os objetivos propostos no estudo. Das mulheres pesquisadas foi predominante o número de mulheres que fazem uso do anticoncepcional oral. E foi observado durante a mesma que as mulheres detêm maior conhecimento sobre o método contraceptivo em uso em relação aos outros métodos contraceptivos. No presente estudo observou-se que 49% das mulheres tiveram gravidez não planejada e que 90% afirmaram não conhecer a pílula do dia seguinte e 90% delas recebem orientação da enfermeira é preciso que as mesmas venham a ter mais conhecimentos em relação aos métodos contraceptivos, a fim de dar segurança e proporcionar um bem estar físico social e emocional, evitando assim uma gravidez não planejada. Palavras-chaves: Mulheres; Métodos contraceptivos; planejamento familiar.