Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde) Câmara Municipal de Castro Verde. Volume I Relatório Ambiental



Documentos relacionados
DECLARAÇÃO AMBIENTAL

O ACOMPANHAMENTO TÉCNICO COMO CONTRIBUTO PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DA INDÚSTRIA EXTRACTIVA

Fase 1 Agosto de 2007 RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO SELECTIVO. Universidade de Aveiro

sustentabilidade da construção Isabel Santos e Carla Silva

As áreas temáticas visadas na construção da síntese de diagnóstico apresentam-se no Quadro 2.77

Herdade da Apostiça - Sesimbra

III.2. Do Plano de Acção à Subvenção Global: A contratualização com Associação de Municípios no âmbito do INAlentejo

Regulamento de Apoio ao Movimento Associativo

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJETO DE EXECUÇÃO

BRISA AUTO-ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

Exmº. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lagos

Polis Litoral Norte CONCURSO PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE REQUALIFICAÇÃO DA FRENTE RIBEIRINHA DE VIANA DO CASTELO - NÚCLEO DO CABEDELO

Ciclo de Seminários de Especialização. Avaliação do risco no projecto

REGULAMENTO DAS ZONAS E PARQUES DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO LIMITADA 1. Preâmbulo

Regulamento do Programa de Apoio à Economia e Emprego Nota Justificativa

Programação de equipamentos colectivos

Boas práticas ambientais e melhores técnicas disponíveis na industria extractiva

Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana de Santa Catarina TERMOS DE REFERÊNCIA

NOVO REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

CONJUNTO COMERCIAL CENTRO COMERCIAL DE PORTIMÃO

Eixo Prioritário III Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial Equipamentos para a Coesão Local Equipamentos Sociais

SISTEMA DE INCENTIVOS À INOVAÇÃO AVISO DE CANDIDATURA FEVEREIRO 2012

DOCUMENTO ORIENTADOR 1ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE MEALHADA

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

PLANO DE PORMENOR DO PARQUE EMPRESARIAL DE PAÇÔ (3ª revisão)

4. Indicadores de desenvolvimento sustentável

PROGRAMA MODELAR MANUAL DE APOIO AO PROCESSO DE CANDIDATURA

PLANO DE PORMENOR DA CASA PIDWELL REGULAMENTO

RELATÓRIO INTERCALAR (nº 3, do artigo 23º, da Decisão 2004/904/CE)

Desenvolvimento do Âmbito e Alcance

NOVO REGIME JURÍDICO DA REABILITAÇÃO URBANA. Decreto-Lei n.º 309/2007, de 23 de Outubro Workshop IHRU 12 Abril 2010

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE PARLAMENTO NACIONAL. LEI N. 4 /2005 de 7 de Julho Lei do Investimento Nacional

RELATÓRIO SANTA VITÓRIA SANTA VITÓRIA 1/19. VERSÃO FINAL. Julho de 2013

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

REGULAMENTO DE PESCA DESPORTIVA NA ALBUFEIRA DE VASCOVEIRO

PREVENÇÃO, GESTAO E MONITORIZAÇÃO DE RISCOS NATURAIS E TECNOLÓGICOS DOMÍNIO - RECUPERAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL

PRINCIPAL REGULAMENTAÇÃO EXISTENTE E SUA IMPLEMENTAÇÃO A NÍVEL EUROPEU CAPÍTULO 3

ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA CENTRO HISTÓRICO DE SINTRA PROGRAMA ESTRATÉGICO. Resumo Não Técnico

SUMÁRIO. Série. Jornal da República PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE $ 0.25

EIXO PRIORITÁRIO III PREVENÇÃO, GESTAO E MONITORIZAÇÃO DE RISCOS NATURAIS E TECNOLÓGICOS (RECUPERAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL)

PROJECTO DE LEI N.º 671/X. Altera o Código da Estrada e o Código do Imposto sobre Veículos. Exposição de Motivos

MUNICIPIO DE REDONDO NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Empresa Geral do Fomento e Dourogás, ACE

VERSÃO 2. Prova Escrita de Geografia A. 11.º Ano de Escolaridade. Prova 719/1.ª Fase EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS. Despacho n.º 3677/2011

Normas de Participação no Concurso Jovens Talentos - «Almada, Cidade Educadora»

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças, do Ambiente, do Ordenamento do

Diagnóstico de Sustentabilidade

SISTEMA LIDERA HOTEL VILA GALÉ ALBACORA - UM CASO PRÁCTICO REGIONAL - BRUNO ANDRÉ MARTINS (DIRECTOR HOTEL)

EIXO 1 COMPETITIVIDADE, INOVAÇÃO E CONHECIMENTO AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS EM CONTÍNUO N.

XI Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente Certificação Ambiental e Responsabilização Social nas Organizações

REGULAMENTO MUNICIPAL DE APOIO AO MOVIMENTO ASSOCIATIVO

GUIA PARA A FORMAÇÃO DE ENTIDADES A CREDENCIAR NO ÂMBITO DA SCIE

ELEMENTOS NECESSÁRIOS À INSTRUÇÃO DO PEDIDO DE LICENÇA DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DESCARGA DE ÁGUAS RESIDUAIS

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA

Regulamento do Orçamento Participativo de Vendas Novas. Preâmbulo

Regulamento de Venda de Lotes na Zona Industrial de Almodôvar. Regulamento

Estrutura do Plano de Acção de Energia e Sustentabilidade - Pacto dos Autarcas

Aviso. Procedimento de Formação de Contrato para Planeamento. Elaboração do Plano de Pormenor da Ranha_UOPG16

S.R. DA ECONOMIA Portaria n.º 55/2012 de 16 de Maio de 2012

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO MAIOR

Regimento do Conselho Municipal de Educação

Jantar / Debate. A ACT e a Coordenação de Segurança interacção e cooperação em empreendimentos de construção

Revisão do Plano Diretor Municipal de Carrazeda de Ansiães Fase 4 Plano Diretor Municipal Volume III Programa de Execução

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE SOBRAL DE MONTE AGRAÇO

Guia Prático do Certificado Energético da Habitação

REGULAMENTO DO CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM DESENHO

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

SESSÃO TÉCNICA SOBRE O VALE I&DT E VALE INOVAÇÃO NOS SISTEMAS DE INCENTIVOS ÀS EMPRESAS

TROÇO IC2 BATALHA SUL / PORTO (IC1) PLANO DE ACÇÃO RESUMO NÃO TÉCNICO

Nome. Morada. Freguesia Código Postal - . Na qualidade de: Proprietário Outra (indique qual)

PUBLICAÇÕES: TECNOMETAL n.º 149 (Novembro/Dezembro de 2003) KÉRAMICA n.º 264 (Janeiro/Fevereiro de 2004)

Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados. do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

Município de Valpaços

Figura 1: Processo de implementação da Rede Social. 04

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL LIGEIRA

AVISO (20/GAOA/2015)

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA

Introdução. Artigo 1.º Objecto e âmbito de aplicação

Projectar o Algarve no Futuro

NORMA TÉCNICA LICENCIAMENTO

REGULAMENTO GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS - EMPRESAS DO GRUPO METALCON -

Região Competitiva, Resiliente, Empreendedora e Sustentável com base na valorização do Conhecimento

Comissão Ministerial de Coordenação dos PO Regionais

Decreto-Lei nº 25/91, de 11 de Janeiro

Artigo 1.º. Âmbito e objeto

URBCOM PROJECTOS DE URBANISMO COMERCIAL

DECLARAÇÃO AMBIENTAL DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO PARCIAL AO PLANO DE PORMENOR DA GAFANHA DA BOA HORA/FLORESTA

É um sistema específico de incentivos fiscais ao investimento realizado pelo sujeito passivo de IRC.

Divisão de Assuntos Sociais

RELATÓRIO DO PROCESSO DE CONCERTAÇÃO

LEI 31/2009, DE 3 DE JULHO, NA REDACÇÃO DA LEI 40/2015, DE 1 DE JUNHO

PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Política de Cidades Parcerias para a Regeneração Urbana

Transcrição:

Câmara Municipal de Castro Verde Volume I Rf_t06047/04 Maio 11 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde)

Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde) Volume I - Volume II - Anexos Volume III - Resumo Não Técnico Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde) Volume I - ÍNDICE 1. Introdução 1 2. Processo de Avaliação Ambiental 3 2.1. Base legislativa 3 2.2. Antecedentes do relatório ambiental 3 2.3. Âmbito do 5 2.3.1. Âmbito geográfico 5 2.3.2. Âmbito temático 6 2.4. Metodologia 6 2.5. Equipa técnica 7 3. Descrição do Plano 9 3.1. Objectivos 9 3.2. Enquadramento geográfico 11 3.3. Faseamento e acompanhamento das entidades 12 3.4. Relação com outros planos e programas 14 3.5. Principais componentes do plano 15 3.6. Proposta de ordenamento 18 3.6.1. Proposta de ordenamento urbano 18 3.6.2. Estrutura ecológica 26 3.6.3. Faseamento do plano 26 4. Caracterização da Situação Ambiental de Referência 29 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): i

4.1. Introdução 29 4.2. Clima 30 4.2.1. Introdução 30 4.2.2. Caracterização climática 31 4.2.3. Microclima 48 4.2.4. Classificações climáticas 48 4.3. Geologia e geomorfologia 52 4.3.1. Introdução 52 4.3.2. Enquadramento geológico 52 4.3.3. Enquadramento geomorfológico 54 4.3.4. Enquadramento tectónico 56 4.3.5. Recursos geológicos 58 4.3.6. Património geológico 60 4.4. Solos 61 4.4.1. Introdução 61 4.4.2. Identificação das unidades pedológicas na área em estudo 61 4.4.3. Agrupamento dos solos por sub-ordens pedológicas 63 4.4.4. Propriedades do solo e erodibilidade 67 4.4.5. Classificação da capacidade de uso dos solos 69 4.4.6. Potencialidade dos solos 72 4.5. Recursos hídricos superficiais 74 4.5.1. Introdução 74 4.5.2. Caracterização do sistema hidrográfico 74 4.5.3. Bacia hidrográfica do ribeiro da Horta da Nora 75 4.5.4. Albufeira do Monte da Rocha 88 4.5.5. Qualidade dos recursos hídricos 90 4.6. Recursos hídricos subterrâneos 92 4.6.1. Enquadramento regional 92 ii Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

4.6.2. Caracterização hidrogeológica local 94 4.6.3. Vulnerabilidade à poluição 98 4.7. Qualidade do ambiente (ar, ambiente sonoro e saneamento) 98 4.7.1. Introdução e metodologia 98 4.7.2. Enquadramento legal 99 4.7.3. Caracterização da qualidade do ar 104 4.7.4. Caracterização do ambiente sonoro 109 4.7.6. Caracterização das infra-estruturas de saneamento 117 4.8. Ecologia, fauna e flora 121 4.8.1. Introdução 121 4.8.2. Metodologia 123 4.8.3. Habitats da área de estudo 125 4.8.4. Flora e vegetação 133 4.8.5. Fauna 135 4.9. Uso do solo e ordenamento do território 142 4.9.1. Introdução 142 4.9.2. Uso do solo 142 4.9.3. Planos de ordenamento 143 4.9.4. Servidões e restrições 153 4.10. Paisagem 160 4.10.1. Introdução 160 4.10.2. Componentes da paisagem 160 4.10.3. Unidades de paisagem e sua percepção 163 4.10.4. Qualidade visual 165 4.10.5. Fragilidade visual 167 4.11. Património histórico-cultural 168 4.11.1. Introdução 168 4.11.2. Metodologia 169 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): iii

4.11.3. Breve enquadramento histórico cultural 171 4.11.4. Resultados da recolha de informação 173 4.11.5. Elementos patrimoniais identificados durante o trabalho de campo 174 4.11.6. Registo e inventário 177 4.12. Sócio-economia 177 4.12.1. Introdução 177 4.12.2. Demografia e dinâmica populacional 179 4.12.3. Níveis de instrução 185 4.12.4. População activa e situação no emprego 186 4.12.5. Estrutura Económica 188 4.12.6. Condições de vida da população 197 4.12.7. Acessibilidades 203 4.13. Evolução da situação de referência sem o plano 204 5. Avaliação de Efeitos Ambientais 207 5.1. Introdução 207 5.2. Clima 209 5.3. Geologia e geomorfologia 209 5.3.1. Introdução 209 5.3.2. Fase de construção 210 5.3.3. Fase de exploração 211 5.4. Solos 211 5.4.1. Introdução 211 5.4.2. Fase de construção 212 5.4.3. Fase de exploração 213 5.5. Recursos hídricos superficiais 215 5.5.1. Introdução 215 5.5.2. Fase de construção 215 5.5.3. Fase de exploração 219 iv Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

5.6. Recursos hídricos subterrâneos 223 5.6.1. Introdução 223 5.6.2. Fase de construção 223 5.6.3. Fase de exploração 224 5.7. Qualidade do ambiente (ar, ambiente sonoro e saneamento) 227 5.7.1. Introdução 227 5.7.2. Qualidade do ar 228 5.7.3. Ambiente sonoro 231 5.7.4. Saneamento 236 5.8. Ecologia, fauna e flora 243 5.8.1. Introdução 243 5.8.2. Fase de construção 243 5.8.3. Fase de exploração 248 5.9. Uso do solo e ordenamento do território 250 5.9.1. Introdução 250 5.9.2. Fase de construção 250 5.9.3. Fase de exploração 251 5.10. Paisagem 259 5.10.1. Introdução 259 5.10.2. Fase de construção 259 5.10.3. Fase de exploração 263 5.11. Património histórico-cultural 266 5.11.1. Introdução 266 5.11.2. Fase de construção 266 5.11.3. Fase de exploração 268 5.12. Sócio-economia 269 5.12.1. Introdução 269 5.12.2. Fase de construção 270 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): v

5.12.3. Fase de exploração 272 6. Medidas Ambientais 279 6.1. Medidas de mitigação integradas no plano 279 6.2. Outras recomendações ambientais 287 7. Seguimento e Monitorização do Plano 289 8. Conclusões 291 Bibliografia 295 vi Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

ÍNDICE DE QUADROS Quadro 2.5.1 Equipa técnica responsável pelo 7 Quadro 3.6.1 Principais parâmetros que caracterizam o conjunto turístico 19 Quadro 3.6.2 Parâmetros que caracterizam o parque empresarial 21 Quadro 4.2.1 Características das Estações Meteorológicas do SNIRH 30 Quadro 4.2.2 Valores de precipitação média mensal e anual para as estações em estudo 34 Quadro 4.2.3 Número de dias em que a precipitação média mensal foi superior a 10 mm e 0,1 mm na estação de Castro Verde 35 Quadro 4.2.4 Número de dias com registo de outros meteoros nas estações de Alvalade e Beja 46 Quadro 4.2.5 Limites climáticos baseados no valor do Índice Xerotérmico de Gaussen 52 Quadro 4.3.1 Principais características das pedreiras inventariadas na área afecta ao Plano de Pormenor da Cavandela 58 Quadro 4.4.1 Unidades pedológicas na área do Plano de Pormenor 62 Quadro 4.4.2 Principais subordens de solos presentes na área de intervenção e área correspondente 63 Quadro 4.4.3 Características dos Solos Mediterrâneos presentes na área do Plano de Pormenor 64 Quadro 4.4.4 Características dos Solos Hidromórficos presentes na área de intervenção 66 Quadro 4.4.5 Características dos Barros que ocorrem na área de intervenção 67 Quadro 4.4.6 Erodibilidade dos solos para as unidades pedológicas presentes na área do PP 68 Quadro 4.4.7 Classes de permeabilidade 68 Quadro 4.4.8 Classes de estrutura 69 Quadro 4.4.9 Classes de espessura efectiva 69 Quadro 4.4.10 Classes de Capacidade de Uso do Solo 70 Quadro 4.4.11 Subclasses de capacidade de uso dos solos 71 Quadro 4.4.12 (Sub)Classes de capacidade de uso dos solos presentes na área do Plano de Pormenor 71 Quadro 4.4.13 Potencialidades das unidades pedológicas presentes na área do Plano de Pormenor 73 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): vii

Quadro 4.4.14 Tolerância à salinidade de algumas espécies vegetais 74 Quadro 4.5.1 Características da Estação Hidrométrica de Monte da Ponte 81 Quadro 4.5.2 Características das Estações Meteorológicas seleccionadas 82 Quadro 4.5.3 Ponderação de cada Posto Meteorológico na bacia hidrográfica da EH de Monte da Ponte 83 Quadro 4.5.4 Características do Regime Hidrológico na EH de Monte da Ponte (27J/01) 84 Quadro 4.5.5 Características da Estação Meteorológica de Castro Verde 85 Quadro 4.5.6 Variáveis hidrológicas da bacia hidrográfica do Açude do Ribeiro da Horta da Nora 85 Quadro 4.5.7 Volumes médios mensais (dam 3 ) afluentes ao Açude existente 86 Quadro 4.5.8 Características da albufeira de Monte da Rocha 89 Quadro 4.5.9 Características da bacia hidrográfica 89 Quadro 4.6.2 Características dos recursos hídricos subterrâneos no concelho de Castro Verde 93 Quadro 4.6.3 Caracterização físico-química do ponto de água 548/25 96 Quadro 4.7.1 Limiares legais para poluentes no ar ambiente (Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Setembro) 100 Quadro 4.7.2 Valores limite de exposição sonora 101 Quadro 4.7.3 Características da estação de monitorização da qualidade do ar Alcoutim/Cerro 105 Quadro 4.7.4 Resumo dos resultados obtidos para NO2 e SO2 (2007) 106 Quadro 4.7.5 Resumo dos resultados obtidos para O3, PM10 e PM2,5 (2007) 106 Quadro 4.7.6 Análise de conformidade legal dos resultados obtidos para os principais poluentes atmosféricos (2007) 107 Quadro 4.7.7 Níveis sonoros medidos e fontes sonoras associadas (NEMUS, Janeiro de 2006) 111 Quadro 4.7.8 Condições climatéricas durante a campanha de medição de ruído (NEMUS, Maio de 2007) 112 Quadro 4.7.9 Níveis sonoros medidos, indicadores Lden e Ln e fontes sonoras associadas (NEMUS, Maio de 2007) 112 Quadro 4.7.8 Níveis sonoros do ruído ambiente na área de intervenção e envolvente (Certiprojecto, Maio de 2011) 116 viii Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

Quadro 4.7.9 Valores dos indicadores de ruído regulamentares Lden e Ln (Certiprojecto, Maio de 2011) 116 Quadro 4.8.1 Habitats e unidades de coberto vegetal presentes na área do Plano de Pormenor da Cavandela 126 Quadro 4.9.1 Uso do solo na área do Plano de Pormenor da Cavandela 143 Quadro 4.9.2 Valores máximos para os índices brutos de ocupação 146 Quadro 4.9.3 Limites de variação das áreas dos lotes para uma mancha industrial média 146 Quadro 4.9.4 Classificação da rede rodoviária na área de estudo e faixas de protecção aplicáveis 157 Quadro 4.10.1 Classes de declive adoptadas e limitações de uso associadas 162 Quadro 4.10.2 Critérios de ordenação e pontuação para avaliação da qualidade da paisagem167 Quadro 4.12.1 Evolução da população residente e densidade populacional 179 Quadro 4.12.2 Área, população residente e densidade populacional das freguesias de Castro Verde 181 Quadro 4.12.3 Evolução da população, por grupo etário (INE, 2001) 182 Quadro 4.12.4 Principais Indicadores Demográficos 184 Quadro 4.12.5 Taxas de analfabetismo (INE, 2001) 185 Quadro 4.12.6 Nível de Instrução (INE, 2001) 185 Quadro 4.12.7 Taxa de actividade (INE, 2001) 186 Quadro 4.12.8 Taxa de desemprego, por sexo (INE, 2001) 187 Quadro 4.12.9 População residente desempregada e respectivo nível de instrução (completo, incompleto ou a frequentar) (2001) 188 Quadro 4.12.10 Valor Acrescentado Bruto a Preços de Base em Portugal e Alentejo e actividades económicas, em 2007 190 Quadro 4.12.11 População empregada por sectores de actividade económica (1991/2001) 191 Quadro 4.12.12 Principais ramos de actividade, por percentagem da população empregada - Portugal e Baixo Alentejo e Castro Verde (INE, 2001) 192 Quadro 4.12.13 Estabelecimentos, capacidade de alojamento em 31/07/02 e em 31/07/09 194 Quadro 4.12.14 Pretensões turísticas nos concelhos de Castro Verde, Aljustrel, Almodôvar e Ourique 195 Quadro 4.12.15 Abastecimento de água em 2008 198 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): ix

Quadro 4.12.16 Drenagem e Tratamento de Águas Residuais em 2008 199 Quadro 4.12.17 Resíduos recolhidos em 2001 199 Quadro 4.12.18 Indicadores de Saúde em 2009 200 Quadro 4.12.19 Centros de saúde e suas extensões, em 2008 200 Quadro 4.12.20 Despesas das câmaras municipais em actividades culturais em 2009 202 Quadro 5.4.1 Classificação da água de rega de acordo com o risco de salinização do solo 214 Quadro 5.5.1 Características das sub-bacias 217 Quadro 5.5.2 Escoamento natural afluente a cada secção em regime livre 218 Quadro 5.7.1 Requisitos do RGR para a fase de construção (zona não classificada) 231 Quadro 5.7.2 Distâncias correspondentes a LA eq de 65 db(a), 55 db(a) e 45 db(a) (fase de construção) 233 Quadro 5.7.3. Principais tipologias de resíduos esperadas na fase de construção 237 Quadro 5.7.4 Estimativa da produção de esgotos no conjunto turístico 239 Quadro 5.7.5 Principais tipologias de resíduos esperadas na fase de exploração 240 Quadro 5.11.2 Ocorrências patrimoniais identificadas 267 Quadro 5.11.3 Proposta de condicionantes 268 Quadro 6.1.1- Integração de medidas de ambientais no plano de pormenor e em resultado da Avaliação Ambiental 280 Quadro 7.1.1 Indicadores de acompanhamento da implementação do plano 290 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 4.2.1 Valores de temperatura média mensal do ar; Panóias (1959/1979) 31 Figura 4.2.2 Valores de temperatura média mensal do ar; Beja (1956/1980) 32 Figura 4.2.3 Valores de temperatura média mensal do ar; Alvalade (1951/1980) 32 Figura 4.2.4 Valores de temperatura média mensal do ar em Beja (1951/1980), Panóias (1959/1979) e Alvalade (1951/1980) 33 Figura 4.2.5 Humidade relativa do ar ao longo do ano; Beja (1956/1980) 36 Figura 4.2.6 Humidade relativa do ar ao longo do ano; Alvalade (1951/1980) 36 x Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

Figura 4.2.7 Frequência e velocidade média do vento; Beja (1956/1980) 38 Figura 4.2.8 Frequência e velocidade média do vento; Alvalade (1951/1980) 38 Figura 4.2.9 Velocidade média do vento ao longo do ano; Beja (1956/1980) 39 Figura 4.2.10 Velocidade média do vento ao longo do ano; Alvalade (1951/1980) 40 Figura 4.2.11 Nebulosidade média registada ao longo do ano; Beja (1956/1980). 40 Figura 4.2.12 Nebulosidade média registada ao longo do ano; Alvalade (1951/1980). 41 Figura 4.2.13 Número total de horas de sol descoberto ao longo do ano; Beja (1951/1980) 42 Figura 4.2.14 Número total de horas de sol descoberto ao longo do ano; Alvalade (1954/1980) 42 Figura 4.2.15 Evaporação média mensal ao longo do ano; Beja (1956/1980) 43 Figura 4.2.16 Evaporação média mensal ao longo do ano; Alvalade (1951/1980) 43 Figura 4.2.17 Evapotranspiração real e potencial e temperatura média do ar registadas ao longo do ano na estação de Beja (1956/1980) 45 Figura 4.2.18 Evapotranspiração real e potencial e temperatura média do ar registadas ao longo do ano na estação de Alvalade (1951/1980) 45 Figura 4.2.19 Evapotranspiração real e potencial e temperatura média do ar registadas ao longo do ano na estação de Panóias (1959/1979) 46 Figura 4.2.20 Adaptação do diagrama de Emberger, com representação da estação de Beja 49 Figura 4.2.21 Gráfico Termopluviométrico ou diagrama ombrotérmico de Gaussen; Beja (1956/1980) 50 Figura 4.2.22 Gráfico termopluviométrico ou diagrama ombrotérmico de Gaussen; Panóias (1959/1979) 51 Figura 4.4.1 Percentagem ocupada por cada subordem de solos 63 Figura 4.5.1 Médias e desvios-padrão das séries dos desvios quadráticos médios dos escoamentos mensais adimensionais em 24 estações hidrométricas portuguesas, em função dos respectivos valores de H 79 Figura 4.5.2 Regressão linear simples entre precipitações e escoamentos anuais na EH de Monte da Ponte 84 Figura 4.5.3 Escoamento médio anual afluente ao açude existente na área de intervenção 87 Figura 4.5.4 Escoamento médio anual afluente, condições húmidas e condições secas 88 Figura 4.5.5 Consumos de água na albufeira do Monte da Rocha (1990-2006) 89 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): xi

Figura 4.5.6 Qualidade da água na albufeira de Monte da Ponte (1999-2009) 90 Figura 4.5.7 Qualidade da água na albufeira de Monte da Rocha (1996-2009) 91 Figura 4.5.8 Volume de armazenamento na albufeira de Monte da Rocha 92 Figura 4.6.1 Número de captações por freguesia do concelho de Castro Verde 95 Figura 4.6.2 Tipo de captações existentes no concelho de Castro Verde 96 Figura 4.7.1 Índice de Qualidade do Ar para 2008 109 Figura 4.7.2 Índice de Qualidade do Ar para 2009 109 Figura 4.7.3 Comparação do Ln e Lden com os valores limites de medição legislados (NEMUS, Maio de 2007) 113 Figura 4.7.4 Locais de medição acústica na área de intervenção do Plano de Pormenor da Cavandela (Certiprojecto, Maio de 2011) 115 Figura 4.7.5 Resíduos indiferenciados recolhidos em Castro Verde (2002-2008) 120 Figura 4.7.6 Embalagens recolhidas em Castro Verde (2002-2008) 121 Figura 4.8.1 Exemplo genérico de dois tipos de rotação da cultura cerealífera 127 Figura 4.8.2 Padrão espacial do mosaico agrícola característico das zonas cerealíferas 128 Figura 4.9.1 Modelo Territorial do PROTA (2010) 148 Figura 4.9.2 Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental e Litoral do PROTA (2010) 150 Figura 4.12.1 Variação da população por grupo etário entre 1991-2001 183 Figura 4.12.2 Rede rodoviária de Castro Verde 203 Figura 5.7.1 Níveis de ruído produzidos por alguns tipos de máquinas e equipamentos correntemente utilizados em construção civil 232 xii Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

1. Introdução O presente documento, elaborado pela NEMUS - Gestão e Requalificação Ambiental Lda, constitui o do Plano de Pormenor da Cavandela. O acompanha o Plano de Pormenor da Cavandela Proposta de Ordenamento Final (Abril, 2011), da responsabilidade da Câmara Municipal de Castro Verde, e promovido pela empresa Cavandela, Sociedade Imobiliária, Lda. O tem como objectivo principal identificar, descrever e avaliar os eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes da implementação do Plano de Pormenor da Cavandela, dando cumprimento ao Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, e subsidiariamente, ao Decreto-Lei n.º 232/2007 de 15 de Junho. O presente documento encontra-se estruturado em três volumes: Volume I- Volume II- Anexos Volume III- Resumo Não Técnico O inclui um capítulo introdutório (Capítulo 1), a descrição do processo de avaliação ambiental (Capítulo 2), a descrição do plano (Capítulo 3), a caracterização da situação ambiental de referência (Capítulo 4), a avaliação de efeitos ambientais (Capítulo 5), as medidas de mitigação (Capítulo 6), o seguimento e monitorização do plano (Capítulo 7) e, finalmente, as principais conclusões (Capítulo 8). Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): 1

Esta página foi deixada intencionalmente em branco. 2 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

2. Processo de Avaliação Ambiental 2.1. Base legislativa A avaliação ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela visa dar cumprimento ao Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, e subsidiariamente, ao Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio. O Plano de Pormenor da Cavandela constitui enquadramento para a futura aprovação de um conjunto de projectos abrangidos pelo Anexo II do Decreto-Lei nº 69/2000 de 3 de Maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005 de 8 de Novembro, pelo que a legislação em vigor obriga a que o mesmo seja alvo de uma avaliação ambiental. Estes projectos abrangidos pelo Anexo II são, nomeadamente: 1 campo de golfe de 36buracos (ponto 12.f)), Um Estabelecimento Hoteleiro, de cinco estrelas, e um Hotel, de quatro estrelas, o primeiro com capacidade de 453 camas e o segundo de 113 camas (ponto 12.c), 376 apartamentos, 580 casas em banda, 153 casas unifamiliares isoladas (ponto 10.b); Área de cerca de 17,2 ha destinada a loteamentos industriais (ponto 10.a)). O presente relatório ambiental não dispensa a realização dos processos de avaliação de impacte ambiental previstos na legislação em vigor. 2.2. Antecedentes do relatório ambiental A elaboração do presente relatório foi iniciada numa fase em que a directiva de Avaliação Ambiental Estratégica (Directiva do Parlamento Europeu e do Conselho n.º 2001/42/CE de 27-06-2001) não tinha ainda sido transposta para o direito interno. Assim, apesar do Plano de Pormenor não ter enquadramento directo na legislação de Avaliação de Impactes Ambientais em vigor, iniciou-se a elaboração de um Estudo de Impacte Ambiental do plano em conformidade com a mesma (Decreto-Lei nº 69/2000 de 3 de Maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005 de 8 de Novembro e Portaria nº 330/2001, de 2 de Abril). Contudo, a Directiva do Parlamento Europeu e do Conselho acima referida foi entretanto transposta para o direito interno, designadamente, através do Decreto-Lei n.º 232/2007 de 15 de Junho, de 4 de Maio, que Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): 3

estabeleceu deveres de divulgação de informação relativa à avaliação ambiental; e o Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro foi alterado pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, obrigando à avaliação ambiental de planos e programas para um conjunto de sectores, incluindo os planos de pormenor que constituam enquadramento para a aprovação de projectos mencionados nos Anexos I e II do Decreto-Lei nº Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro, de 8 de Novembro. O Plano de Pormenor da Cavandela constitui enquadramento para a futura aprovação de um conjunto de projectos do Anexo II (referidos no ponto 1.4), pelo que a legislação em vigor obriga a que o mesmo seja alvo de uma avaliação ambiental. Assim, uma vez que o Plano de Pormenor já se encontrava praticamente concluído à data em que foi aprovado o Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, e que, numa abordagem inicial, o presente documento visava a elaboração de um Estudo de Impacte Ambiental (EIA), o mesmo inclui análises mais aprofundadas do que seria expectável, e uma estrutura que se assemelha à de um EIA. Apesar de não ter sido elaborada uma proposta formal de definição do âmbito do relatório ambiental, o conteúdo do Plano de Pormenor e do foram discutidos em várias reuniões realizadas no decurso da elaboração do Plano (ver ponto 3.4). Estas consultas tiveram lugar desde a fase em que o plano não era mais que um Memorando de Intenções Programáticas (Setembro de 2005), tendo alimentado o Estudo de Caracterização Ambiental da Herdade da Cavandela (Castro Verde) (NEMUS, 2006), que indicou as oportunidades e constrangimentos ambientais para os 11 factores ambientais analisados. Deste modo, foi possível alertar a equipa responsável pela elaboração do plano, desde uma fase muito inicial, para os problemas ambientais que se afiguravam mais relevantes, o que levou à elaboração de estudos mais específicos, nomeadamente, no domínio dos recursos hídricos (modelação das disponibilidades e consumos previstos) e da ecologia (campanha de monitorização da avifauna). Desde então, e à medida que a proposta de plano foi evoluindo, foram produzidos diversos relatórios, reflectindo, inclusivamente, os pareceres emitidos pelas entidades que se pronunciaram em Conferência de Serviços a 23 de Outubro de 2008. Mais recentemente, na Conferência de Serviços, que teve lugar a 26 de Junho de 2009, foi determinada a reformulação da proposta de Plano, essencialmente no âmbito do parecer desfavorável apresentado pela Autoridade Florestal Nacional (AFN), assim como em consideração aos condicionamentos estabelecidos pelas outras entidades. Neste contexto, e em resposta ao referido parecer apresentado pela AFN, refere-se a elaboração do documento de Caracterização dos Povoamentos de Sobreiros e Azinheiras existentes na Herdade da 4 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

Cavandela, de Dezembro de 2009, o qual teve como objectivo responder às questões levantadas pela referida entidade, relativas nomeadamente: à delimitação dos povoamentos de sobreiros e azinheiras na Herdade, Inibição da alteração do uso do solo das áreas ocupadas por povoamentos florestais percorridas pelo incêndio de 11/07/2006. Finalmente, em Junho de 2010 teve lugar uma reunião no sentido de estabelecer a Estratégia a adoptar relativamente à continuação e conclusão do Plano de Pormenor de Cavandela, na qual estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde e a Coordenadora do Plano. Mais recentemente, a proposta de Plano de Pormenor foi alvo de alterações, justificando a elaboração deste. 2.3. Âmbito do 2.3.1. Âmbito geográfico O Plano de Pormenor da Cavandela desenvolve-se no distrito de Beja, concelho e freguesia de Castro Verde. A área geográfica de enquadramento do estudo corresponde assim ao concelho de Castro Verde. No Desenho 1 (Volume II) pode ser observado o enquadramento geográfico do Plano de Pormenor da Cavandela. Em termos biofísicos, considera-se como área de estudo a área de implantação directa do Plano de Pormenor (cerca de 606,1 ha). Esta área de estudo (Desenho 2, Volume II) confronta, genericamente, nos limites Sul e Nascente, numa extensão aproximada de 4500 m, com o traçado do IP 2 no limite Norte segue pela Estrada Municipal n.º 535 e no limite Poente com os prédios rústicos, respectivamente inscritos na matriz predial rústica sob o artigo n.º 2 secção K, artigo n.º 1 secção K e artigo n.º 43 secção E. Em termos sócio-económicos, a área de análise corresponde ao concelho de Castro Verde, para as análises de âmbito geral, e à freguesia com o mesmo nome para análises de maior detalhe. Sem prejuízo do afirmado, o âmbito geográfico de análise poderá ser diferenciado para alguns descritores ambientais, mediante as suas necessidades específicas. Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): 5

2.3.2. Âmbito temático O âmbito de análise do é o Plano de Pormenor da Cavandela Proposta de Ordenamento Final (Maio, 2009), que integra duas unidades operativas: Conjunto Turístico e Parque Empresarial. O relatório ambiental inclui a análise dos seguintes descritores: Clima; Geologia e geomorfologia; Solos; Hidrologia; Hidrogeologia; Qualidade do Ambiente; Ecologia, flora e fauna; Uso do Solo e Ordenamento do território; Paisagem; Património histórico-cultural; Sócio-economia. 2.4. Metodologia O conteúdo do presente resulta de trabalhos desenvolvidos na área do plano de pormenor entre Outubro de 2005 e Maio de 2009. O é composto pelos seguintes capítulos: Introdução (Capítulo 1); Objectivos e justificação do plano (Capítulo 2); Descrição do plano (Capítulo 3); Caracterização da situação ambiental de referência (Capítulo 4); Avaliação de efeitos ambientais (Capítulo 5); Integração de medidas ambientais (Capítulo 6); Seguimento e monitorização do plano (Capítulo 7); Conclusões (Capítulo 8). 6 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

Todos os descritores são abordados de uma forma integrada na região em estudo e na sua envolvente, mediante a realização dos seguintes trabalhos: Análise das propostas de ordenamento do Plano de Pormenor e da sua área de influência; Recolha e análise de elementos bibliográficos e cartográficos; Trabalhos de campo; Interpretação, análise e síntese dos dados de campo; Cruzamento dos dados; Elaboração do relatório. A representação cartográfica da informação é feita a diferentes escalas, consoante a natureza da informação a ilustrar, sendo em geral adoptada a escala 1:25 000. 2.5. Equipa técnica A entidade responsável pelo é a NEMUS Gestão e Requalificação Ambiental, Lda., sendo a equipa técnica coordenada pelo Dr. Pedro Bettencourt Correia (Quadro 2.5.1). Quadro 2.5.1 Equipa técnica responsável pelo Nome Formação Função Pedro Bettencourt Geólogo; Especialista em Geologia Marinha Direcção de projecto Cláudia Fulgêncio Engenheira do Ambiente Clima, Hidrologia, Ordenamento do Território, Solos, Qualidade do Ambiente Gestão da Qualidade Isabel Boavida Engenheira do Ambiente Hidrologia Sónia Alcobia Geóloga Geologia e Hidrogeologia Emanuel Viçoso Biólogo Ecologia e Fauna Rui Pedroso Biólogo Avifauna João Ferreira Biólogo; Doutorando em Biologia Flora Elisabete Teixeira Arquitecta Paisagista Paisagem Júlia Mendes Arquitecta Paisagista Ordenamento do Território Nuno Silva Engenheiro do Ambiente Qualidade do Ambiente Ana Dias Economista Sócio-Economia Sofia Gomes Arqueóloga Património histórico-cultural Gonçalo Dumas Técnico SIG Cartografia e SIG Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): 7

Esta página foi deixada intencionalmente em branco. 8 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

3. Descrição do Plano 3.1. Objectivos O Plano de Pormenor da Cavandela desenvolve e concretiza propostas de organização espacial de uma área de 606,1 ha, classificada na Planta de Ordenamento do Plano Director Municipal de Castro Verde como Solo de Transformação Condicionada. Tendo em conta a estratégia definida pelo Plano Director Municipal no que concerne à melhoria das condições socio-económicas do concelho, constituem objectivos do Plano, de acordo com o Artigo 4.º do respectivo regulamento: A concepção e estruturação da organização espacial destinada à implantação de empreendimentos de natureza turística; A concepção e estruturação da organização espacial destinada ao acolhimento de parque empresarial para usos industriais e afins. Nesse sentido, pretende-se que: a instalação de infra-estruturas e os diversos usos e actividades preconizadas no Plano assegurem elevados níveis de sustentabilidade ambiental, social e económica; as acções de implementação do Plano assegurem a qualificação e a valorização da paisagem especialmente no que concerne à recuperação dos solos que demonstram situações de degradação e erosão; o sistema de circulação no interior da Área de Intervenção garanta o acesso a todos os espaços públicos e de uso comum aos utentes deficientes. Os três eixos de orientação de desenvolvimento sustentável, propostos no Relatório que acompanha o Plano de Pormenor, nas dimensões sócio-cultural, ambiental e sócio-económica, têm como objectivo principal o desenvolvimento de uma comunidade turística de referência, a partir da gestão eficiente dos recursos locais. Na dimensão sócio-cultural destaca-se: Promover a qualidade de vida e saúde, Promover a valorização patrimonial e cultural, Valorizar as culturas mediterrânicas presentes na Península Ibérica, especialmente as do Alentejo, da Estremadura Espanhola e Andaluzia; Promover a solidariedade entre as populações de Castro Verde e Cavandela; Fomentar o lazer e o desporto; Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): 9

Implementar novas modalidades de transportes amigos do ambiente, Ampliar a oferta e qualidade dos equipamentos, bem como espaços de lazer de uso comum, que apoiem o convívio e a divulgação da educação ambiental e o respeito pela natureza; Promover a fixação da população local através da criação de oportunidades de emprego; Promover a formação profissional; Promover uma acessibilidade universal. Na dimensão ambiental destacam-se: O respeito pelas condições naturais do terreno e paisagem, a baixa impermeabilização, a protecção e a valorização dos biótipos e dos solos; O incentivo ao baixo consumo da água, sua gestão e reciclagem eficientes, a promoção da sua retenção e infiltração, bem como a aplicação de regras certificação ambiental ao golfe, promovendo um baixo consumo na rega; O aproveitamento da radiação solar, dos ventos predominantes e das amplitudes térmicas diárias no projecto bio-climático dos edifícios; As medidas adicionais de conservação de energia; o incentivo ao uso de energias endógenas; o controlo da radiação solar em espaço urbano; A qualidade dos ambientes interiores e exteriores, em termos acústicos, de conforto térmico e de qualidade do ar; a minimização das emissões e dos poluentes atmosféricos; A valorização do uso dos materiais e recursos locais e de soluções construtivas de grande durabilidade e baixa manutenção; As medidas de redução de produção de resíduos, evitando o desperdício, e assegurando o seu tratamento e reciclagem; O fomento à mobilidade pedonal e assistida e a limitação ao uso de veículos privados; O fomento à mobilidade colectiva; O uso de indicadores de sustentabilidade, criados no desenvolvimento do Plano de Pormenor, bem como de sistemas de monitorização e gestão do ambiente natural e construído, para confirmar o sucesso das medidas propostas, assim como a sua continuidade no tempo. Na dimensão sócio-económica destacam-se: A promoção do elevado desempenho pela economia das soluções e o baixo desperdício; A escolha de tecnologias apropriadas, a adaptabilidade e dimensionamento às necessidades das populações visadas; A dinamização de novas soluções empresariais e áreas de negócio no âmbito do ambiente, das indústrias artesanais, do uso de recursos locais e de forças económicas locais, a 10 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

promoção da agricultura integrada, a permacultura e usufruto das novas infra-estruturas num processo aberto à população visitante; O desenvolvimento do comércio, da eco-indústria assim como do eco-turismo e o eco-golfe; A promoção de iniciativas sócio-económicas para a população local. O Plano de Pormenor constitui o instrumento de ordenamento que define a concepção da forma de ocupação do solo, que serve de base para a elaboração dos projectos de execução das infra-estruturas e dos arranjos de exteriores e dos projectos de arquitectura destinados aos edifícios para os diversos usos nele preconizados. O Plano de Pormenor é constituído pelos elementos que constam do n.º 2 do artigo 92.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro (na redacção republicada em anexo ao Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 181/2009, de 7 de Agosto), designadamente: i) regulamento; ii) planta de implantação e iii) planta de condicionantes, e é acompanhado por: a) Relatório e Extracto do Regulamento do Plano Director Municipal; b) Relatório de avaliação ambiental; c) Peças desenhadas. 3.2. Enquadramento geográfico A área de intervenção do Plano de Pormenor da Cavandela localiza-se na freguesia e concelho de Castro Verde (imediatamente a Oeste desta Vila), distrito de Beja, sub-região do Baixo Alentejo, e tem cerca de 606,1 hectares (desenhos 1 e 2, Volume II). Castro Verde está acessível pelo IP2 que liga à auto-estrada A2 (Algarve Lisboa) e a Beja. A área do Plano de Pormenor é acompanhada a Sul pela mesma estrada e a Norte pela Estrada Municipal n.º 535, que permite a ligação da vila de Castro Verde a Casével e ao IC1. A área em estudo dispõe de diversos caminhos sem nenhuma ligação com o exterior, à excepção de um que comunica a Nascente com Castro Verde através da passagem inferior ao IP2. A área do Plano é atravessada por um ramal ferroviário (REFER) de acesso à mina de Neves Corvo. Esta barreira que subdivide a área em duas é interrompida por uma ponte ferroviária, no limite do terreno, que permite a passagem inferior do IP2 e da via de estabelecimento paralelo, no interior da área do Plano. Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): 11

3.3. Faseamento e acompanhamento das entidades Previamente à elaboração da proposta de Plano de Pormenor, foi desenvolvido pela empresa Cavandela - Sociedade Imobiliária, Lda., um Memorando de Intenções Programáticas (Setembro de 2005), contendo as principais intenções de desenvolvimento para a área do Plano. A elaboração do Plano de Pormenor da Cavandela decorre do Protocolo assinado a 6 de Março de 2006 entre a Câmara Municipal de Castro Verde e a empresa Cavandela - Sociedade Imobiliária, Lda., estabelecido de acordo com a previsão do artigo 74º n.º 2 do Decreto-lei n.º 380/99 de 22 de Setembro (republicado com a redacção que lhe era dada na época pelo Decreto-Lei n.º 316/2007 de 19 de Setembro). Os termos de referência a observar no desenvolvimento dos estudos relativos à elaboração do Plano de Pormenor foram deliberados pela Câmara Municipal de Castro Verde a 15 de Fevereiro de 2006. Através do Edital n.º 130/2006 (DR n.º 55, II série, Apêndice n.º 25, 17 de Março de 2006) tornou-se pública a elaboração do PP da Cavandela, tendo os termos de referência sido submetidos a audiência pública. Com base nos termos de referência, foi desenvolvida a 1ª versão da Proposta de Ordenamento Preliminar do Plano de Pormenor. A 6 de Junho de 2006 foi realizada uma reunião entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-Alentejo), a Câmara Municipal de Castro Verde e a equipa responsável pela elaboração do Plano de Pormenor para apresentação da 1ª versão da Proposta de Ordenamento Preliminar. Na acta desta reunião, a CCDR-Alentejo expressou que Em termos gerais, considera-se que a análise realizada é consistente, que o conceito do projecto é interessante e que a proposta revela um bom domínio do desenho urbano e da arquitectura. A 22 de Setembro de 2006 foi realizada uma reunião do Conselho de Opinião ao PP da Cavandela, e em Outubro de 2006 foi apresentada a 2ª versão da Proposta de Ordenamento Preliminar do Plano de Pormenor. Em informação datada de 5 de Dezembro de 2006 a CCDR-Alentejo teceu um conjunto de considerações relativas à mesma. A 4 de Junho de 2007 foi realizada uma reunião do Conselho de Opinião ao PP da Cavandela e a 3 de Julho de 2007 foi emitido parecer por parte da CCDR Alentejo. A 20 de Dezembro de 2007 foi realizada nova reunião entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-Alentejo), a Câmara Municipal de Castro Verde e a equipa responsável pela elaboração do Plano de Pormenor. A 21 de Março de 2007 a Câmara Municipal de Castro Verde deliberou por unanimidade aprovar um aditamento ao protocolo celebrado com a Cavandela - Sociedade Imobiliária, Lda em 6 de Março de 2006, no qual houve um adiamento da data de conclusão do mesmo. 12 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

A 17 de Maio de 2007 foi entregue à CCDR a 3ª versão da Proposta de Plano Preliminar (Maio de 2007). Desde essa data foram ponderadas as plantas finais do Plano de Pormenor, nomeadamente, a Planta de Condicionantes e a Planta de Implantação, e restantes peças desenhadas. Foram ainda amplamente discutidas com as entidades relevantes as opções do Plano tendo-se procedido à elaboração da 1ª versão da Proposta de Ordenamento Final, apresentada à Câmara Municipal de Castro Verde a 8 de Fevereiro de 2008. No dia 10 de Maio de 2008 foi realizada em Castro Verde uma sessão pública de apresentação do Plano de Pormenor. A 23 de Outubro de 2008 o PP foi submetido a Conferência de Serviços. A 26 de Junho de 2009, o PP foi novamente submetido a Conferência de Serviços, na qual o parecer desfavorável da AFN à proposta de Plano determinou a reformulação da mesma, assim como os condicionamentos referidos pelas outras entidades participantes. A 7 de Junho de 2010 teve lugar na Câmara Municipal de Castro Verde uma reunião entre o Presidente da Câmara e a Coordenadora do Plano, tendo como objecto a exposição do Problema da existência de um povoamento de sobreiros e azinheiras no âmbito do Plano e a definição da Estratégia a adoptar relativamente à continuação e conclusão do Plano de Pormenor. Deste modo, a estratégia e o conteúdo do Plano de Pormenor e do foram discutidos com um conjunto significativo de entidades, designadamente, as seguintes: Turismo de Portugal, I.P. (ITP) (ex-direcção Geral de Turismo); Associação das Regiões de Turismo do Alentejo (ARTA); Região de Turismo Planície Dourada (RTPD) (esta entidade integra o Conselho de Opinião do Plano de Pormenor da Cavandela); Agência Portuguesa de Investimento (API); Alentejo XXI; Agência para ao Desenvolvimento Local do Alentejo Sudeste (ESDIME); Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro Alimentar do Baixo Alentejo e Litoral (CEBAL); Conselho Nacional da Indústria de Golfe (CNIG); Associação de Municípios Alentejanos para o Ambiente (AMALGA); Rede Ferroviária Nacional, EP (REFER); Electricidade de Portugal (EDP); Estradas de Portugal (EP); Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR); Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): 13

Liga para a Protecção da Natureza (LPN) (esta entidade integra o Conselho de Opinião do Plano de Pormenor da Cavandela); Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) ; Autoridade Florestal Nacional (ex-direcção Geral dos Recursos Florestais); Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) (ex-instituto Português de Arqueologia e ex-instituto Português de Património Arquitectónico); Associação de Regantes Beneficiários de Campilhas do Sado; Autoridade Nacional de Protecção Civil; Instituto Geográfico Português (IGP); Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Alentejo; Direcção Regional da Economia do Alentejo. 3.4. Relação com outros planos e programas O Plano de Pormenor da Cavandela articula-se com os seguintes instrumentos de gestão territorial (cujo âmbito é identificado de acordo com o Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro): Instrumentos de âmbito Nacional: - Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), aprovado pela Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro (rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 80-A/2007, de 7 de Setembro); - Plano de Bacia Hidrográfica (PBH) do Guadiana, aprovado pelo Decreto Regulamentar 16/2001, de 5 de Dezembro; Instrumentos de âmbito Regional: - Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo (PROTA) aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 53/2010, de 2 de Agosto (rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 30-A/2010 de 1 de Outubro); - Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF) do Baixo Alentejo, aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 18/2006, de 20 de Outubro; O PROF foi suspenso parcialmente pela Portaria n.º 62/2011, de 2 de Fevereiro, que determina a suspensão, pelo prazo de dois anos, da aplicação dos artigos 32.º e 34.º a 38.º do regulamento anexo ao referido Decreto Regulamentar; 14 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

Instrumentos de âmbito Municipal: - Plano Director Municipal (PDM) de Castro Verde, ratificado através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 59/93, de 02 de Setembro; com a alteração, aprovada pela deliberação n.º 2271/2010, de 7 de Dezembro,.por adaptação das normas incompatíveis com o PROTA Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo; 3.5. Principais componentes do plano O Plano de Pormenor da Cavandela integra duas unidades de execução: Conjunto turístico; Parque empresarial. Conjunto turístico A organização espacial da área da Unidade de Execução I Conjunto Turístico (UE I) assenta na transformação fundiária resultante de fraccionamento ou de operação de loteamento urbano, destinada à criação de lotes distintos e autónomos vinculados a espaços, edificações e a núcleos de instalações funcionalmente interdependentes: Lote 1 Agricultura e Desporto - Golfe Lote 2 Clube de Golfe Lote 3 Comércio e Serviços 1 Lote 4 Hotel e Serviços Lote 5 Portaria do Conjunto Turístico - Administração Lote 6 Comércio e Serviços 2 Lote 7 Estabelecimento Hoteleiro Lote 8 Comércio e Serviços 3 Lote 9 Comércio e Serviços 4 Lote 10 Comércio e Serviços 5 Lote 11 Aldeamento da Encosta I Lote 12 Aldeamento da Encosta II Lote 13 Aldeamento do Templo Lote 14 Comércio e Serviços 6 Lote 15 Comércio e Serviços 7 Lote 16 - Equipamento Lote 17 Aldeamento da Ribeira Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): 15

Lote 18 Aldeamento da Cumeada Lote 19 Aldeamento do Monte I Lote 20 Aldeamento do Monte II Lote 21 Aldeamento do Monte III Lote 22 Edifício de Apoio. O conjunto turístico ocupará a maior parte da área de intervenção do Plano de Pormenor, e prevê as seguintes componentes principais: Golfe; Dois hotéis; Um Centro de Congressos; Unidades de alojamento complementares; Comércio e Serviços; Actividades Empresariais; Animação Urbana, Cultural e de Recreio/Lazer; Produção/ transformação agrícola. A componente de golfe será uma das principais âncoras da globalidade do Conjunto Turístico e prevê a instalação faseada de um campo de golfe de 36 buracos, bem como a monitorização da concepção, construção e manutenção das práticas ecológicas. A componente hoteleira será integrada por duas tipologias de estabelecimentos: um hotel de cinco estrelas com 302 Unidades de Alojamento e 453 camas; um aparthotel de quatro estrelas com 75 Unidades de Alojamento e 113 camas. No conjunto das duas unidades hoteleiras prevê-se a criação (de forma separada ou não) de outras instalações, associadas ao bem-estar e saúde, nomeadamente uma Clínica de Saúde com Spa. A componente Unidades de Alojamento Complementares tem uma função de atracção de utentes temporários para o local, capazes de participarem activamente na vivência do mesmo, com uma valência de arrendamento. Inclui: Blocos de apartamentos: a construção de unidades de alojamento desta modalidade abrange uma área bruta de construção total de cerca de 50 000 m2, correspondendo a cerca de 376 unidades; Casas unifamiliares em banda e em Bloco: área bruta total de construção com aproximadamente 161 000 m2, a que correspondem cerca de 580 unidades; 16 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):

Casas unifamiliares Isoladas: com cerca de 153 unidades, abrangendo uma área bruta de construção total de cerca de 59 000 m2 A componente de animação e comércio poderá ser desenvolvida em três grandes categorias de actividades: culturais, desportivas e de saúde. Quanto às actividades desportivas prevê-se, complementarmente às actividades já existentes em Castro Verde, a instalação de uma academia de ténis idealmente com 12 campos e piscinas de apoio ao Conjunto Turístico; um complexo polidesportivo com campos de squash e ginásio; um complexo de piscinas exteriores; piscina biológica; circuitos de manutenção e centro de canoagem; centro equestre e campos de futebol. Quanto às actividades de saúde prevê-se um conjunto de serviços e equipamentos associados numa Clínica de Saúde, a acoplar à componente hoteleira: SPA, ginásio, clínica de estética, cardio fitness e consultas/tratamentos de osteopatia e nutrição; centro de enfermagem. A Clínica de Saúde deverá ser apoiada pelos meios adequados à evacuação de doentes, devendo estabelecer protocolos de cooperação com o Hospital de Beja. Propõem-se que as actividades culturais sejam integradas no Núcleo a propor, nos seus diferentes Aldeamentos ou nos espaços de uso comum, conferindo-lhes, assim, um carácter específico: um Centro de promoção e venda de produtos locais; actividades relacionadas com o ciclo da vida do Homem e da Natureza; um Centro de Interpretação do Ambiente Natural, em colaboração com associações da defesa do ambiente; um Centro de Espectáculos ao Ar Livre; um Templo de culto ecuménico/espaço de recolhimento; um Centro de Interpretação Histórico e Etnográfico; um Centro de Artes. Para além destas categorias, a componente da Animação Turística e Comercial deverá envolver um centro de comércio e serviços que integre o comércio tipo tradicional com lojas de porta aberta para a rua, composto, entre outras, por actividades, como por exemplo: mini mercado e supermercado; papelaria/tabacaria; lavandaria para os utentes; loja dos animais, associado a um serviço de veterinário; limpeza e manutenção de piscinas, domésticas ou de jardins; loja para jardinagem; organização de pequenos eventos; entregas ao domicílio; transportes para locais próximos, incluindo passeios turísticos; agência de marcações de bilhetes (para viagens ou para espectáculos, por exemplo); realização de pequenos trabalhos de construção civil ou reparações; serviços de segurança permanente, de pessoas e bens; creche. A componente de produção agrícola é considerada como um instrumento de apoio e um complemento para a criação de um ambiente característico, acolhedor e sustentável do ponto de vista ecológico, paisagístico e económico. Esta componente de produção agrícola tem em conta não só a rentabilidade Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde): 17

agrícola para consumo próprio no Empreendimento da Cavandela, mas também, um menor gasto na manutenção da paisagem e a integração de uma actividade educativa e recreativa. Parque Empresarial O Parque Empresarial será implantado numa área de 38,92 ha, no extremo poente da área de intervenção (a poente do Ramal Ferroviário que atravessa o terreno). O Parque Empresarial a instalar, no âmbito do Plano Pormenor deverá vir a ser implementado segundo um conjunto de princípios, designadamente: Dar resposta às três grandes orientações enunciadas no âmbito da filosofia do desenvolvimento sustentável, através da integração de actividades industriais, complementar às necessidades ambientais do Empreendimento Turístico, promovendo, prioritarmente, as tecnologias e biotecnologias ambientais e agro-alimentares; Colocação de barreiras naturais em volta de todo o perímetro do Parque que impeçam a passagem de qualquer tipo de poluição sonora e do ar para as áreas turísticas e residenciais de Cavandela; Recusa de instalação de actividades poluentes, para o que devem ser definidos pré-requisitos de instalação neste domínio, designadamente, no que respeita ao ar, ao ruído, à utilização sustentável da água e da energia e no que respeita à contaminação de solos; Implantação de indústrias de tipo 3 e 4 de acordo com a classificação em vigor; Elaboração de um Parque Empresarial, com a previsão das infra-estruturas e equipamentos (ETAR própria, Vias e Estacionamentos, Portaria, Administração do Parque e outros apoios para as empresas) que o tornem apelativo e competitivo. 3.6. Proposta de ordenamento 3.6.1. Proposta de ordenamento urbano Seguidamente descreve-se a proposta de ordenamento das unidades operativas Conjunto turístico e Parque empresarial, assim como a proposta da rede de abastecimento de água, incluindo a construção de barragens, de rede viária e de estacionamentos. Conjunto turístico 18 Rf_t06047/04 Avaliação Ambiental do Plano de Pormenor da Cavandela (Castro Verde):