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SEQUÊNCIA DIDÁTICA PODCAST ÁREA LÍNGUA PORTUGUESA ALFA Título do Relação entre textos Podcast Área Língua Portuguesa Segmento Ensino Fundamental Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos Duração 4min. Habilidades: H 14: Relacionar um texto a outros a que ele se refere, a partir de palavras, expressões ou imagens. Tempo Estimado: 30 minutos Materiais e recursos necessários: Podcast, cópia da Sequência Didática para resolução das atividades propostas e cadernos de anotações. Conteúdos: Relação entre textos Desenvolvimento: A sequência de atividades a seguir poderá auxiliar você no aprofundamento e aprendizagem sobre a relação entre textos. Utilizaremos o Podcast Relação entre textos como ponto de partida. Vamos lá! Ouça com atenção o Podcast disponível no Portal EJ@ Área Aluno: Clique na imagem a seguir para abrir o link. Ouvindo o Podcast, observa-se como um texto pode ser relacionado a outros a partir de palavras ou expressões. Retomando o exemplo citado no Podcast que você ouviu é possível observar nitidamente que a relação entre os textos está nos assuntos: tempo e perfeição. 1

Vamos retomar? Texto 1: A pressa é inimiga da perfeição! (Proverbio popular) Texto 2: Temos atualmente, uma grande variedade de produtos eletrodomésticos e a disputa entre marcas é cada vez maior! A indústria corre, contra o tempo, para atender a necessidade do mercado consumidor, que está mais exigente! Com a concorrência é necessário aprimoramento contínuo, não existindo margem para o erro, sob pena de não se manter nesta competição. É a busca pela perfeição! (Podcast Fundação Bradesco, 2011) Note que o primeiro texto A pressa é inimiga da perfeição permite afirmar a incompatibilidade tempo/ perfeição, porque para se ter perfeição naquilo que se faz, não pode haver pressa. Já o segundo texto, considera a ideia do tempo cada vez mais corrido e a busca pela perfeição como aprimoramento permanente, evitando-se o erro. Aqui, a rapidez do tempo não interfere na busca pela perfeição. Neste caso, a relação entre os textos não é complementar, pois o segundo texto apresenta ideias contrárias ao primeiro. Na medida em que se estabelece relação entre textos, aprimora-se a leitura. Essa relação também é conhecida por intertextualidade. A intertextualidade é a relação entre os textos de mesma natureza ou não, ou seja, um diálogo entre textos de qualquer gênero. Veja a seguir as relações intertextuais mais comuns e alguns exemplos: 1 Epígrafe Constitui uma escrita introdutória a outra. Esse tipo de intertextualidade ocorre quando um autor recorre a algum trecho de um texto já existente, para introduzir o seu texto. É um trecho introdutório para outro que venha a ser produzido. A famosa Canção do exílio possui uma epígrafe, com versos de um escritor alemão Wolfgang Goethe: Kennst du das Land, wo die Citronen blühen, Im dunkeln die Gold-Orangen glühen, Kennst du es wohl? Dahin, dahin! Möcht ich... ziehn. Texto original de Goethe 2

Tradução da epígrafe feita pelo poeta Manuel Bandeira: [Conheces o país onde florescem as laranjeiras? Ardem na escura fronde os frutos de ouro... Conhecê-lo? Para lá, para lá quisera eu ir!] Observe agora o trecho do texto: Canção do exílio de Gonçalves Dias Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. (...) Goethe Notem como há uma relação temática entre a epígrafe do alemão Goethe e o texto de Gonçalves Dias. 2 Paráfrase é a reprodução do texto do outro com a palavra do autor. Ela não se confunde com o plágio*, pois o autor deixa claro sua intenção e a fonte. *Plagio: Copiar ou imitar, sem engenho, as obras ou pensamentos dos outros e apresentá-los como originais. (Dicionário Aurélio) O vocábulo paráfrase significa a repetição de uma sentença. Esse tipo de relação intertextual consiste em reproduzir um texto ou parte dele explicitamente, com outras palavras, sem que a ideia original seja alterada. Vejam o exemplo a seguir, do poeta Carlos Drummond de Andrade: Canção do exílio Gonçalves Dias Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar sozinho, à noite Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Nova Canção do Exílio Carlos Drummond de Andrade Um sabiá na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O céu cintila sobre flores úmidas. Vozes na mata, e o maior amor. Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe. Onde é tudo belo e fantástico, só, na noite, seria feliz. (Um sabiá, na palmeira, longe.) Ainda um grito de vida e 3

Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. voltar para onde é tudo belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe. Observe como há uma semelhança com o texto inicial Canção do exílio. O texto de Carlos Drummond de Andrade, intitulado como a Nova canção do exílio, retoma a ideia presente no texto de Gonçalves Dias, arrumando-a com outras palavras, porém, sem alterar o sentido original. Dessa forma, podemos afirmar que Nova canção do exílio é uma paráfrase do texto Canção do exílio. 2 Citação é uma transcrição do texto alheio, marcada com aspas. A citação acontece quando há uma transcrição de um texto ao longo de outro, marcada normalmente pelo uso de aspas. Vejam, na tirinha a seguir, um exemplo de citação: (www.google.com) 4

4 Paródia é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela perverte o texto anterior, visando à ironia, ou à crítica. No caso da paródia, o texto original é retomado, de forma que seu sentido passa a ser alterado. Normalmente, a paródia apresenta um tom crítico, muitas vezes, marcado por ironia. Tendo como texto-base a Canção do exílio, de Gonçalves Dias, observe o texto a seguir, do poeta modernista Murilo Mendes: Canção do exílio Murilo Mendes Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade! Reparem como a paródia de Murilo Mendes satiriza o texto original de Gonçalves Dias. A intenção não é mais a de exaltação da pátria; o sentido original foi alterado. Dessa forma, pode-se dizer que a paródia é a intertextualidade das diferenças. Disponível em: <http://soumaisenem.com.br/portugues/generos-textuais/os-tipos-de-intertextualidade-parte-1> (Adaptado). Acesso em: 24 set. 2013. 16h28min. Veja mais alguns exemplos: 1- Intertextualidade com imagens. Obra original: O Grito Romer Jay Simpson Retratando a obra: O Grito Edward Munch 5

2- Superposição de um texto literário a outro: 2- Propaganda e música: Exemplos disponíveis em: <http://www.slideshare.net/scmarques/intertextualidade-3240265>. (Adaptados). Acesso em: 24 set. 2013. 22h55min. 6

Vamos pensar um pouco... Atividade 1- Leia com atenção os dois textos abaixo e descubra qual a relação entre eles, respondendo a questão a seguir: Os dois textos diferem, essencialmente, quanto a) à abordagem mais objetiva do texto I. b) ao público a que se destina cada texto. c) ao rigor científico presente no texto II. d) ao sentimentalismo presente no texto I. e) ao tema geral abordado por cada autor. Disponível em: <http://soumaisenem.com.br/portugues/generos-textuais/os-tipos-de-intertextualidade-parte-1> (Adaptado). Acesso em: 24 set. 2013. 16h28min. 7

Atividade 2- Leia os dois textos do quadro a seguir: Tempos Modernos Lulu Santos Eu vejo a vida melhor no futuro Eu vejo isso por cima do muro de hipocrisia que insiste em nos rodear Eu vejo a vida mais clara e farta Repleta de toda a satisfação Que se tem direito Do firmamento ao chão Eu quero crer no amor numa boa E que isso valha pra qualquer pessoa Que realizar a força que tem uma paixão Eu vejo um novo começo de era De gente fina, elegante e sincera Com habilidade pra dizer mais sim do que não Hoje o tempo voa amor Escorre pelas mãos Mesmo sem se sentir E não há tempo que volte amor Vamos viver tudo o que há prá viver Vamos no permitir Tempo de amor Vinícius de Morais Ah, bem melhor seria Poder viver em paz Sem ter que sofrer Sem ter que chorar Sem ter que querer Sem ter que se dar Mas tem que sofrer Mas tem que chorar Mas tem que querer Pra poder amar Ah, mundo enganador Paz não quer mais dizer amor Ah, não existe Coisa mais triste que ter paz E se arrepender E se conformar E se proteger De um amor a mais O tempo de amor É tempo de dor O tempo de paz Não faz nem desfaz Ah, que não seja meu O mundo onde o amor morreu a) Depois da primeira leitura, volte e sublinhe a palavra TEMPO todas as vezes que aparecer nos textos 1 e 2. b) Identifique, quais os sentidos atribuídos à palavra TEMPO nos textos 1 e 2 e registre abaixo: Texto 1 Texto 2 8

Observe como os autores escreveram sobre o mesmo tema de forma diferente, cada um a sua maneira. Observe as diferenças e semelhanças que pôde perceber na estrutura dos textos 1 e 2 quanto a: à forma, vocabulário, clareza, rima das palavras e beleza do texto. Atividade 3- AAA 5 - Estilo, Coerência e Coesão versão do aluno (Adaptada) Observe a paródia a seguir: Marcelino Freire e Silvana Zandomeni. eraodito. Ateliê Editorial: São Paulo, 2002. a) Que provérbio inspirou os autores da paródia? b) O que esse provérbio quer dizer? c) O resultado da paródia é irônico. Que sentido a frase passa a ter? d) A figura reafirma o que é dito com palavras. Justifique. Desafio Você vai criar uma paródia de um provérbio e também uma ilustração que tenha ligação com o texto. 9

Escolha um entre os seguintes: Quem espera, sempre alcança. Devagar se vai ao longe. Quem não morre, não vê Deus. De grão em grão, a galinha enche o papo. Amigos, amigos; negócios à parte. Deus ajuda quem cedo madruga. Uma mão lava a outra, e as duas lavam o resto. A voz do povo é a voz de Deus. É de pequenino que se torce o pepino. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Quem conta um conto, aumenta um ponto. Águas passadas não movem moinhos. Ao criar sua paródia, use tom crítico e bem-humorado. Atividade 4- Observe a tira a seguir: AAA 1 - Linguagem e Cultura versão do aluno Detenha-se no primeiro quadro e responda oralmente: www.laerte.com.br Que personagens fazem parte da cena? O que fazem os personagens? O que diz um dos meninos? O que a mãe responde? Agora observe o segundo quadro. Que personagens fazem parte da cena? O que fazem os personagens? O que diz o filhote? O que a mãe responde? 10

a) Onde estão os personagens em cada um dos quadros? b) O que essa diferença provoca no diálogo? c) Os personagens, cada qual no seu lugar, estavam errados no que pensaram? d) Dê um exemplo de situação em que você e um amigo tiveram opiniões diferentes sobre o mesmo fato. E... nenhum dos dois estava errado! Que tal contar de outro modo! A história da tira é contada com desenho e palavras. Faça uma paráfrase desse texto: conte a história só com palavras, sem usar o desenho. Feche o texto com uma conclusão sobre o sentido dessa história. AAA 1 - Linguagem e Cultura versão do aluno (Adaptada) Por meio dos exemplos citados e das atividades realizadas, pode-se reconhecer as diferentes ideias apresentadas sobre o mesmo tema em um único texto ou em textos diferentes, o que possibilita ao leitor maior compreensão das intenções de quem escreve. Chegamos ao final, e esperamos que você tenha aprofundado seus conhecimentos sobre relações entre textos (intertextualidade). Indicações: Esperamos você em outras atividades envolvendo os Podcasts! Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Língua Portuguesa: Atividades de Apoio à Aprendizagem AAA 1 - Linguagem e Cultura I (Versão do educador e do aluno). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Língua Portuguesa: Atividades de Apoio à Aprendizagem AAA 5 - Estilo, Coerência e Coesão I (Versão do educador e do aluno). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. 11

Anexos: Gabarito Atividade 1 Os dois textos diferem, essencialmente, quanto Letra b - ao público a que se destina cada texto. Atividade 2 e) Depois da primeira leitura, volte e sublinhe a palavra TEMPO todas as vezes que aparecer nos textos 1 e 2. grifo no texto f) Identifique, quais os sentidos atribuídos à palavra TEMPO nos textos 1 e 2 e registre abaixo: Texto 1 - No título Tempos Modernos, tempo é a sociedade moderna: relacionamentos, hipocrisia, amor e desamor, fartura e miséria, valores e contradições desta sociedade. Sociedade fugidia que não observa o próprio tempo de fazer as coisas (tempo cronológico), de lembrar do passado, de alterar o presente, de planejar e desejar um futuro melhor, de reconstruir as lembranças. No trecho o tempo voa amor, tempo é a vida que passa, escorre pelas mãos e, por isso, é preciso vivê-la, se permitir. Texto 2 - No trecho O tempo de amor, tempo é o momento da emoção, do envolvimento, da esperança, da vida desejada. Atividade 3 Observe a paródia a seguir: Marcelino Freire e Silvana Zandomeni. eraodito. Ateliê Editorial: São Paulo, 2002. a) Que provérbio inspirou os autores da paródia? Os fins justificam os meios. b) O que esse provérbio quer dizer? Quando se considera que a finalidade de alguma ação pode ser justificada, não importa se os meios usados para obter êxito são ou não éticos. c) O resultado da paródia é irônico. Que sentido a frase passa a ter? Certas ações existem apenas para justificar a injustiça. Ou: certas finalidades justificam apenas as ações de quem é injusto. d) A figura reafirma o que é dito com palavras. Justifique. A figura simboliza a Justiça, que é cega. Por isso os olhos estão vendados. 12

Desafio Você vai criar uma paródia de um provérbio e também uma ilustração que tenha ligação com o texto. Elaboração de texto - autoria Atividade 4 Detenha-se no primeiro quadro e responda oralmente: QUESTÕES Que personagens fazem parte da cena? O que fazem os personagens? O que diz um dos meninos? O que a mãe responde? POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS Dois meninos e a mãe. Observam peixes em um grande aquário. Pergunta à mãe se os peixes não ficavam querendo sair daquele vidro. Que achava que não. Agora observe o segundo quadro. QUESTÕES Que personagens fazem parte da cena? O que fazem os personagens? O que diz o filhote? O que a mãe responde? POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS Um peixe e seu filhote. Observam dois meninos que estão do lado de fora do aquário. Pergunta à mãe se os meninos não ficavam querendo sair daquele vidro. Que achava que não. a) Onde estão os personagens em cada um dos quadros? No primeiro, estão fora do aquário; no segundo, dentro do aquário. b) O que essa diferença provoca no diálogo? Uma mudança de ponto de vista. c) Os personagens, cada qual no seu lugar, estavam errados no que pensaram? Não, pois o que pensaram dependeu do lugar em que viam a cena. d) Dê um exemplo de situação em que você e um amigo tiveram opiniões diferentes sobre o mesmo fato. E... nenhum dos dois estava errado! Resposta possível: Minha opinião sobre o terrorismo no mundo é que esse fato é terrível porque muitos inocentes morrem nos ataques; já para o meu amigo, o terrorismo deve ser combatido porque estimula o ódio e a intolerância entre os povos. Que tal contar de outro modo! Resposta possível: Dois meninos observam um grande aquário. Ao enxergar um peixe e seu filhote através do vidro, uma das crianças pergunta à mãe se eles não queriam sair daquele vidro. A mãe responde que achava que não. De dentro do aquário, o filhote, enxergando os 13

meninos, pergunta à mãe peixe eles não queriam sair daquele vidro. A mãe responde que achava que não. Conclusão: o sentido da história está na diferença de ponto de vista dos personagens, cada um olhando a cena de um lugar diferente. Referências: Podcast: Relação entre textos. Fundação Bradesco. Setor de Educação de Jovens e Adultos, 2012. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Língua Portuguesa: Atividades de Apoio à Aprendizagem AAA 1 - Linguagem e Cultura I (Versão do educador e do aluno). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Língua Portuguesa: Atividades de Apoio à Aprendizagem AAA 5 - Estilo, Coerência e Coesão I (Versão do educador e do aluno). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. Sites: http://soumaisenem.com.br/portugues/generos-textuais/os-tipos-deintertextualidade-parte-1> Acesso em: 24 set. 2013. 16h28min. http://www.slideshare.net/scmarques/intertextualidade-3240265>. Acesso em: 24 set. 2013. 22h55min. 14