PODER JUDIC IÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUAL REGIOAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO. Excelentíssimo Senhor Pregoeiro Oficial.



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Transcrição:

PODER JUDIC IÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUAL REGIOAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO Excelentíssimo Senhor Pregoeiro Oficial. Ref.: PREGÃO ELETRÔICO.º 14/2015 Senhora Pregoeira deste Órgão, DESISECT ADMIISTRAÇÃO E SERVIÇOS LTDA EPP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº. 12.780.988.0001/38, com sede à Rodovia Dr. Antonio Luiz Moura Gonzaga, s/n, Bairro Rio Tavares, município de Florianópolis SC, CEP 88.048-300, representado neste ato por seu Diretor Administrativo, Sr. Júlio Cesar A. P. Bustos, doravante requerente, vem a presença de vossa senhoria, para, tempestivamente, interpor o presente DOS VÍCIOS DO EDITAL A priore, há de se ressaltar que, o Edital de licitações é de suma importância para os ditames administrativos que devem ser seguidos para a aquisição dos bens ou serviços que se pretende contratar, o qual vincula os interessados no certame que venham a apresentar documentação e proposta. Uma vez que, o edital não siga os ditames legais, o mesmo é passível de nulidade em qualquer fase que se encontre. Assim diante desta observação nos sentimos na obrigação de apresentar a presente IMPUGNAÇÃO para que seja retificado o instrumento convocatório, mais especificamente no que se refere à Habilitação, Qualificação técnica, termo de referência e Minuta Contratual, alteração de alguns documentos fundamentais, conforme legislação que trata da matéria. DAS ILEGALIDADE DO CERTAME

RAZÕES OBJETIVADO A IMPUGAÇÃO DO CERTAME Em relação ao Processo licitatório supracitado, pretende este a Contratação de prestação de serviços de limpeza da fachada e dos vidros externos do Edifício Rio Branco, Sede do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, sito à Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 528, Centro, Curitiba/PR. O Edital ora debatido trata, na qual é estabelecido pela Norma Regulamentadora 35 que discute sobre Trabalho em Altura, uma vez que trata de trabalhos de extrema periculosidade. Se faz necessário ainda, indicação da empresa, na data prevista para a entrega da proposta profissional de nível técnico ou superior legalmente habilitado, para o exercício das funções relativas aos serviços do objeto deste edital, podendo ser Engenheiro de Segurança do Trabalho ou Técnico em Segurança do Trabalho. A NR35 em seu item 35.3.6 estabelece que o trabalho em altura deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho. Com isso, da forma como foi publicado o edital torna-se restritivo, uma vez que, Requer que a empresa possua em seu quadro de funcionários apenas Engenheiro de Segurança do Trabalho, e face ao exposto acima, podemos afirmar com toda convicção que, o profissional Técnico em Segurança do Trabalho possui as mesmas atribuições para exercer as funções objeto do certame aqui debatido. Vejamos algumas das atribuições do Técnico em Segurança do Trabalho, conforme preconiza a Portaria n.º 3.275, de 21 de Setembro de 1989: I - informar o empregador, através de parecer técnico, sobre os riscos exigentes nos ambientes de trabalho, bem como orientá-los sobre as medidas de eliminação e neutralização;

II - informar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade, bem como as medidas de eliminação e neutralização; III - analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de risco de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e a presença de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, propondo sua eliminação ou seu controle; IV - executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar os resultantes alcançados, adequando-os estratégias utilizadas de maneira a integrar o processo prevencionista em uma planificação, beneficiando o trabalhador; V - executar programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho nos ambientes de trabalho, com a participação dos trabalhadores, acompanhando e avaliando seus resultados, bem como sugerindo constante atualização dos mesmos estabelecendo procedimentos a serem seguidos; VI - promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões, treinamentos e utilizar outros recursos de ordem didática e pedagógica com o objetivo de divulgar as normas de segurança e higiene do trabalho, assuntos técnicos, visando evitar acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho; VII - executar as normas de segurança referentes a projetos de construção, aplicação, reforma, arranjos físicos e de fluxos, com vistas à observância das medidas de segurança e higiene do trabalho, inclusive por terceiros; VIII - encaminhar aos setores e áreas competentes normas, regulamentos, documentação, dados estatísticos, resultados de análises e avaliações, materiais de apoio técnico, educacional e outros de divulgação para conhecimento e auto-desenvolvimento do trabalhador; IX - indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio, recursos audiovisuais e didáticos e outros materiais considerados indispensáveis, de acordo com a legislação vigente, dentro das qualidades e especificações técnicas recomendadas, avaliando seu desempenho;

X - cooperar com as atividades do meio ambiente, orientando quanto ao tratamento e destinação dos resíduos industriais, incentivando e conscientizando o trabalhador da sua importância para a vida; XI - orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas, quanto aos procedimentos de segurança e higiene do trabalho previstos na legislação ou constantes em contratos de prestação de serviço; XII - executar as atividades ligadas à segurança e higiene do trabalho utilizando métodos e técnicas científicas, observando dispositivos legais e institucionais que objetivem a eliminação, controle ou redução permanente dos riscos de acidentes do trabalho e a melhoria das condições do ambiente, para preservar a integridade física e mental dos trabalhadores; XIII - levantar e estudar os dados estatísticos de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho, calcular a freqüência e a gravidade destes para ajustes das ações prevencionistas, normas regulamentos e outros dispositivos de ordem técnica, que permitam a proteção coletiva e individual; XIV - articular-se e colaborar com os setores responsáveis pelos recursos humanos, fornecendo-lhes resultados de levantamento técnicos de riscos das áreas e atividades para subsidiar a adoção de medidas de prevenção a nível de pessoal; XV - informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades insalubre, perigosas e penosas existentes na empresa, seus riscos específicos, bem como as medidas e alternativas de eliminação ou neutralização dos mesmos; XVI - avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico que subsidie o planejamento e a organização do trabalho de forma segura para o trabalhador; XVII - articula-se e colaborar com os órgãos e entidades ligados à prevenção de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho; XVIII - particular de seminários, treinamento, congressos e cursos visando o intercâmbio e o aperfeiçoamento profissional.

Portanto, temos que as exigências previstas no edital, e aqui impugnadas, podem e devem ser reformadas, não há que se falar em comprovação de profissional competente apenas por Engenheiro de Segurança do Trabalho, visto que um Técnico de Segurança do Trabalho possui as mesmas atribuições de um Engenheiro, requerendo assim o afastamento desta restritividade e incluindo-se a documentação de apresentação da anotação de responsabilidade técnica no momento da entrega das propostas conforme previsto em lei. Assim, exigir apenas Engenheiro de Segurança do Trabalho, denota direcionamento do certame, tirando deste a possibilidade de participação de empresas que possuem profissional Técnico em Segurança do Trabalho, que possuem qualificações equiparadas para exercer o objeto do certame, ferindo os princípios da isonomia e impessoalidade da concorrência. Além do que, sabemos que, a jurisprudência do STJ é firme no sentido de que o princípio da vinculação ao edital restringe o próprio ato administrativo às regras editalícias, impondo a desclassificação de empresa que descumpriu as exigências estabelecidas no edital. Ainda que o princípio da vinculação ao edital não torne imune o ato convocatório ao controle judicial, já que exigências excessivas, desproporcionais e ofensivas a valores constitucionais e legais, ainda que nele contempladas, podem ser afastadas quando não observado o princípio da proporcionalidade, que é o que se pretende. Dessa forma, assim podemos observar:... O fundamento dessa vedação repousa nos princípios da isonomia (igualdade de condições dos licitantes) e da impessoalidade. Frise-se que a lei não impede, por parte da Administração, a exigência do licitante de propriedade de certos bens necessários à execução do objeto do certame. O que se busca é evitar o direcionamento do procedimento licitatório individualizado-se bens ou localidades. A exigência, portanto, genérica de propriedade não possui qualquer impedimento legal. Neste sentido, Jessé Torres Pereira Júnior, ao comentar esse dispositivo, adverte:

'Ao mesmo tempo, remete comando restritivo para Administração: o de que não poderá formular a exigência de modo a individualizar bens que já devem ser de propriedade do habilitante, nem situados em determinado local. A vedação é importante para impedir exigência que direcione a habilitação ao indicar bens certos e determinados, de que somente disporão uma ou alguma das empresas aptas à disputa.... (Comentários à Lei de Licitações e Contravenções da Administração Pública, 5ª ed., Rio de Janeiro: Renovar, 2002, p. 360). (Grifo nosso). Assim, temos que toda e qualquer tentativa em direcionar o certame, deve ser repudiada e, consequentemente, afastada do edital, sob pena de se estar praticando ato ilegal. Endossando esta orientação, cita-se Marçal Justen Filho, como segue: 'O ato convocatório pode exigir que o licitante comprove dispor de equipamentos e pessoal técnico indispensáveis à execução do contrato. A Lei autoriza a inserção de cláusulas dessa ordem, mas determina que a exigência será satisfeita através de relação de bens e de pessoal que satisfaçam às necessidades da Administração e de declaração expressa acerca de sua disponibilidade. /ão se pode exigir, portanto, que as máquinas ou o pessoal estejam localizados em certos pontos geográficos nem que o licitante seja proprietário, na data da abertura da licitação, dos equipamentos necessários' (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 11ª ed., São Paulo: Dialética, 2005, p. 337). Logo, por interpretação análoga, temos que a vedação por parte da administração, exigir, de antemão, que para a mera concorrência, tenha a empresa em questão apenas Engenheiro de Segurança do trabalho, sendo que um Técnico em Segurança do Trabalho sanaria todas as exigências estabelecidas no edital.

Ainda, deve-se cobrar das empresas participantes, aptidão de qualificação técnica, conforme preconiza no art. 30, II da Lei 8666/93: II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos. Isto faz-se necessário, em razão de que os serviços pretendidos são de extrema periculosidade, e necessitam de requisitos que possam garantir a proteção, segurança a saúde dos trabalhadores envolvidos com esta atividade. Com isso, necessita-se e requer que o trabalhador tenha curso de qualificação técnica em trabalho em altura em conformidade com a Norma Regulamentadora NR35 disciplinada pela Portaria da Secretaria de Inspeção do Trabalho SIT n. 313 de 23 de março de 2013, pois são trabalhos que exigem precauções de extrema importância assim precisa, estar aprovado em curso prático e teórico com carga horária de 8 horas, e ainda estar apto através de exames de Visão, glicose, eletroencefalograma, hemograma, e demais recomendados pelo PCMSO, afim de que não ocorra mal súbito durante a execução do trabalho.. A respeito do assunto em debate, podemos citar o princípio da legalidade, que, impõe que a administração poderá fazer somente em todas as suas atividades o que a lei permite, não podendo dela se afastar sob pena de invalidade do ato. Portanto, não há o que se discutir, face que a licitação constitui um procedimento inteiramente vinculado a lei, isso significa ausência de liberdade para a autoridade administrativa responsável pela condução da licitação.

Dessa maneira, a lei é quem define as condições de atuação dos agentes administrativos, estabelecendo a ordenação dos atos a serem praticados e impondo condições excludentes de escolhas pessoais ou subjetivas. Portanto, para que este órgão não fira o princípio da legalidade, requer, que seja alterado o item 9.3.4 alínea II A, inclusão de profissional devidamente reconhecido (Técnico em Segurança do Trabalho) pela entidade competente (CREA), conforme estabelecido em lei, afim de resguardar o ente Público, alcançando assim a segurança mínima necessária na contratação, afastando desta forma qualquer empresa aventureira ou iniciante para a execução dos serviços. Desta maneira, dentro do que preceitua a Lei Federal 8.666/93, Lei 10.520/02, a ora Impugnante vem requerer as devidas alterações no edital, mantendo-se as exigências legais já previstas e exigindo outras que são necessárias para resguardar os princípios legais, o interesse, a finalidade e a segurança da contratação, pois é a única medida legal ao caso, sob pena de nulidade dos atos emanados do Pregão aqui impugnado. Face ao exposto assim Requer, o cumprimento da Lei de Licitação. DOS PEDIDOS: 1) Que seja acolhida a presente impugnação, pois tempestiva; 2) Que seja retificado o edital no tocante à qualificação técnica, Anexo I fazendo constar a exigência de apresentação dos seguintes documentos: a) Indicar o licitante possuir para execução do contrato, profissional de nível superior (Engenheiro de Segurança do Trabalho) ou outro devidamente reconhecido (Técnico em Segurança do Trabalho) pela entidade competente, bem como, comprovação da empresa possuir anotação no órgão competente, sendo este o CREA;

b) Prova do responsável técnico de pertencer ao quadro permanente através de cópia de anotações em carteira de trabalho ou contrato de prestação de serviços e, se sócio/proprietário da empresa, cópia do contrato social; c) Que seja acrescentado Técnico em Segurança do Trabalho como profissional competente para o objeto do certame licitatório; Termos em que Pede Deferimento Júlio Cesar A. P. Bustos RG: 3.454.136 / CPF: 042.835.799-71 DESISECT ADMIISTRAÇÃO E SERVIÇOS LTDA EPP Diretor administrativo Grupo Sect Administração e Serviços