SONDAGEM INDUSTRIAL FEVEREIRO 2016 Respostas indicam aumento da utilização da capacidade instalada, mas ainda sem recuperação dos investimentos.



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Transcrição:

Respostas indicam aumento da utilização da capacidade instalada, mas ainda sem recuperação dos investimentos. Este relatório de Sondagem Industrial tem como objetivo analisar as respostas relativas à produção, vendas, contratações, estoques, inadimplência, capacidade instalada, custos, lucratividade e investimentos referentes ao mês de Fevereiro de 2016, a partir de uma amostra de empresas do setor industrial da região de Campinas. A comparação dos resultados é realizada tanto com o mesmo mês do ano anterior, a fim de anular possíveis flutuações sazonais, quanto com meses imediatamente anteriores, com o objetivo de avaliar a evolução do índice ao longo do ano. Os dados da variação mensal da produção de fevereiro de 2016 indicaram que para 27,3% dos respondentes ela diminuiu, para 54,5% permaneceu inalterada e que para os outros 18,2% houve aumento da produção no mês. Isso representa uma melhora com relação ao mesmo período do ano passado e também em relação a dezembro de 2015 e janeiro 2016. Em fevereiro de 2015, 65,6% dos respondentes declararam que a produção havia diminuído, para 21,9% permanecera inalterada e para 12,5% havia aumentado. Com relação a dezembro de 2015 também há melhora dos resultados, pois na época 63,3% dos respondentes afirmavam que para a variação mensal a produção havia diminuído, 33,3% que permaneceu inalterada e para os 3,3% restantes havia aumentado. Na comparação com janeiro de 2016, as variações entre os resultados são menores, mas registra-se a elevação da porcentagem dos que declararam aumento da produção (de 12,9% em janeiro para 18,2% em fevereiro de 2016) e redução dos que afirmavam haver diminuído a produção (de 32,3% em janeiro para 27,3% em fevereiro de 2016). De acordo com os respondentes, em relação à variação mensal do número de funcionários no mês de fevereiro de 2016, houve melhora em relação aos meses de fevereiro de 2015 e dezembro de 2015, mas piora em relação a janeiro de 2016. Dos respondentes em fevereiro de 2016, 36,4% responderam ter diminuído o número de funcionários (eram 29,0% em janeiro 1

de 2016, 46,7% em dezembro de 2015 e 43,8% em fevereiro de 2015), 59,1% afirmaram manter estabilidade no número de empregados (eram 67,7% em janeiro de 2016, 53,3% em dezembro de 2015 e 46,9% em fevereiro de 2015) e 4,5% aumentaram seus postos de trabalho (eram 3,2% em janeiro de 2016, 0,0% em dezembro e 9,4% em fevereiro de 2015). Quanto ao valor das vendas, 27,3% dos respondentes afirmaram que em fevereiro de 2016 a variação mensal foi superior, outros 40,9% declararam terem observado estabilidade no valor das vendas e 31,8% que a variação mensal foi inferior. Os números representam melhora no mês de fevereiro de 2016 em relação a fevereiro de 2015, quando 15,6% dos respondentes declaravam aumento no valor das vendas, 18,8% afirmavam que elas permaneciam inalteradas e 65,6% que era inferior. Em relação aos dois meses anteriores (dezembro de 2015 e janeiro de 2016), os resultados são progressivamente melhores: em dezembro a variação mensal das vendas inferior representava 60,0%, a estável representava 26,7% e superior apenas 13,3%; em janeiro a variação mensal das vendas declaradas inferior representava 54,8%, estável 22,6% e superior 22,6%. A respeito da variação mensal da inadimplência para o mês de fevereiro de 2016, 45,5% dos respondentes afirmaram que esta teve aumento, 54,5% que a inadimplência se manteve estável, e nenhum respondente alegou redução. Observamos uma piora dos dados em relação ao mesmo mês de 2015, quando 40,6% declararam aumento da inadimplência, 59,4% estabilidade e 0,0% diminuição. Com relação aos dois meses anteriores, ocorreu uma melhora quanto ao mês de dezembro de 2015, quando 56,7% declaravam aumento da inadimplência e 43,3% declararam estabilidade; e uma pequena piora em relação ao mês de janeiro de 2016, quando as porcentagens são mais próximas (45,5% declararam aumento da inadimplência, 51,6% reportaram que ela permaneceu instável e 3,2% que a inadimplência aumentou). Subdividindo o nível da utilização da capacidade instalada em três categorias (a primeira, entre 0 e 50%; a segunda, entre 50,1 e 80%; e a 2

terceira, entre 80,1 e 100%), SONDAGEM INDUSTRIAL no mês de fevereiro de 2016, 31,8% dos respondentes declararam que estão operando dentro da primeira categoria, 59,1% na segunda e 9,1% na terceira. Esse resultado representa melhora comparado com os resultados dos meses anteriores (36,7%, 56,7% e 6,7% em dezembro de 2015 e 38,7%, 58,1% e 3,2% em janeiro de 2016 primeira categoria, segunda e terceira, respectivamente), mas uma deterioração com relação a fevereiro de 2015, quando a porcentagem dos respondentes que afirmaram operar na primeira categoria era 18,8%, na segunda 68,8% e na terceira categoria 12,5%. Quando se trata da variação mensal dos custos trabalhistas, no mês de fevereiro de 2016, verifica-se que 36,4% dos respondentes declararam que houve aumento dos custos; para 59,1% os custos permaneceram inalterados, enquanto que 4,5% dos respondentes declararam terem diminuído os custos trabalhistas. Para os meses anteriores (dezembro 2015 e janeiro de 2016) e para fevereiro de 2015 essas porcentagens mostraram-se semelhantes: 45,2%, 53,3% e 54,8%, em fevereiro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016, respectivamente, responderam que aumentaram seus custos. Para 51,6%, 40,0% e 45,2%, em fevereiro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016, respectivamente, os custos se mantiveram inalterados. E para 3,2%, 6,7% e 0,0% em fevereiro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016, respectivamente, os custos diminuíram. analisado. Assim, fevereiro de 2016 é o melhor mês do período Com relação à variação mensal dos custos de matéria-prima, componentes e peças, no mês de fevereiro de 2016, 72,7% dos respondentes declararam que houve aumento dos custos (eram 84,4%, 67,9% e 64,5% em fevereiro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016, respectivamente) e 27,3% afirmaram que tais custos permaneceram inalterados (eram 15,6%, 32,1% e 35,5% em fevereiro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016, respectivamente). Assim como nos dois meses anteriores e o mesmo mês do ano de 2015, em fevereiro de 2016 não houve respondentes que declararam ter diminuído tais custos. Sendo assim, observa-se uma piora dos resultados deste mês se 3

comparado aos dois imediatamente anteriores, mas melhora com relação a fevereiro de 2015. Quando se observam as respostas dos participantes no que se refere à variação mensal dos custos de energia, água e transporte, em fevereiro de 2016, nenhum dos respondentes declarou que tais custos diminuíram, 52,4% afirmaram que tais custos permaneceram estáveis e 47,6% declararam que houve aumento dos mesmos. Esse resultado é melhor do que os resultados de fevereiro e dezembro de 2015, e também em relação ao mês de janeiro de 2016. A porcentagem de respondentes que declararam que houve aumento dos custos caiu progressivamente (90,6%, 70,4%, 54,8% em fevereiro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016, respectivamente), enquanto que os que afirmaram estabilidade na variação mensal dos custos de energia, água e transporte aumentaram progressivamente (9,4%, 25,9% e 41,9% em fevereiro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016, respectivamente). Com relação a redução dos custos, só houve respostas nesse sentido em dezembro de 2015 (3,7%) e janeiro de 2016 (3,2%). Com relação à variação mensal dos estoques, em fevereiro de 2016, 33,3% dos respondentes declararam que diminuíram seus estoques; para 50,0% eles permaneceram inalterados e para 16,7% os estoques aumentaram. Os resultados são melhores do que fevereiro de 2015, quando 40,0% afirmaram que os estoques haviam aumentado, 36,0% indicaram que haviam permanecido sem mudanças e 24,0% que haviam diminuído. Em relação a dezembro de 2015, para 19,2% dos respondentes os estoques aumentaram, 42,3% afirmaram que permaneceram inalterados e 38,5% reduziram os estoques. Em relação a janeiro de 2016 também houve melhora, pois na época, para 32,0% dos respondentes os estoques haviam se reduzido, para 44,0% eles permaneceram sem alteração e para 24,0% os estoques aumentaram. Segundo a pesquisa, em fevereiro de 2016, para 54,5% dos respondentes a variação da lucratividade foi inferior, para 40,9% ela permaneceu estável e para 4,5% ela foi superior. O resultado é de melhora se comparado a fevereiro de 2015, em que as respostas foram 71,9% para 4

variação da lucratividade inferior, 28,1% para estável e 0,0% para superior. Na comparação com os dois meses anteriores (dezembro de 2015 e janeiro de 2016), há a queda da porcentagem das respostas referente à redução da variação mensal da lucratividade (63,3% e 64,5%, em dezembro e janeiro, respectivamente) e aumento das respostas no sentido da estabilidade da lucratividade (30,0% e 25,8%, em dezembro e janeiro, respectivamente). Para captar a variação mensal do investimento em ampliação da capacidade instalada utilizam-se quatro tipos de respostas: 1) redução do nível de produção; 2) investimento com a ampliação do número de máquinas; 3) investimento com a atualização do maquinário já existente; e 4) a de que a empresa não irá investir. Em fevereiro de 2016, nenhum dos respondentes disse que irá ampliar o número de máquinas, 13,6% disseram irão atualizar o maquinário existente, 86,4% afirmaram que não irão investir e nenhum dos respondentes irá reduzir o nível de produção. Apesar de apresentar uma melhora quanto à redução da porcentagem de respostas no sentido da redução do nível de produção (3,1% em fevereiro de 2015 contra 0,0% no mesmo mês de 2016), o relevante número de respondentes que não irá investir (86,4% em fevereiro de 2016), em relação tanto ao mesmo mês do ano anterior, quanto aos dois meses anteriores, mostra que a economia da região ainda não está num processo de retomada do crescimento, ao contrário, trata-se um momento de retração de investimentos. Por fim, com relação ao planejamento do investimento para os próximos 12 meses, no mês de fevereiro de 2016, nenhum dos respondentes declarou que irá aumentar os investimentos (em fevereiro e dezembro de 2015, 0,0% e 3,3%, respectivamente, declaram intenção de aumentar seus investimentos, quanto que em janeiro de 2016 foram 3,2%). Já 22,7% irão manter o planejamento dos investimentos (em fevereiro e dezembro de 2015 foram 57,1% e 13,3%, respectivamente, e em janeiro de 2016 foram 16,1%). Os respondentes que não irão investir, em fevereiro de 2016, somam 77,3% (em fevereiro e dezembro de 2015 foram 38,1% e 76,7%, respectivamente, e em janeiro de 2016 foram 80,6%), e ninguém respondeu que iria diminuir o investimento planejado (em fevereiro e dezembro de 2015 foram 4,8% e 6,7%, 5

respectivamente, e em janeiro de 2016 foram 0,0%). Ou seja, há uma pequena melhora quando o assunto é reduzir os investimentos, mas a paralisação dos investimentos se evidencia com a porcentagem de respondentes que não vai investir nos próximos 12 meses, assim como aqueles que pretendem apenas manter o investimento planejado. Os resultados da sondagem industrial para o mês de fevereiro de 2016 indicam um aumento da produção e na estabilização do emprego (apesar da piora dos resultados do emprego com relação ao mês de janeiro de 2016). Apesar disso, ainda não houve uma recuperação no sentido de ampliar os investimentos, mas apenas de aumentar a produção corrente (utilização da capacidade ociosa), o que pode servir de estímulo à atividade econômica nos períodos seguintes e incentivar a retomada dos investimentos no longo prazo. 6

Tema Especial: perspectiva quanto à atividade econômica em 2016. O tema especial da Sondagem Industrial do mês de fevereiro de 2016 buscou analisar a perspectiva dos respondentes quanto ao ambiente de negócios para suas empresas em 2016 em relação ao ano de 2015. A pergunta especial contou com as seguintes possibilidades de resposta: a) Melhor; b) Pior; c) Inalterado; d) Não sabe (ver Gráfico 1E). No gráfico podemos observar que os itens de resposta a, b, c, d ficaram respectivamente com 13,6%, 50,0%, 31,8% e 4,5% do total, ou seja, a maioria dos respondentes espera uma piora no cenário econômico para 2016 (50%). Esse resultado provavelmente é consequência do aprofundamento das crises política e econômica, o que impacta no aumento do ambiente de incerteza e nas expectativas de recuperação. 7

Anexos 8

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Notas Os dados apresentados neste boletim foram obtidos através de pesquisa realizada pelo CIESP-Campinas, junto aos seus associados, durante a primeira quinzena de Março de 2016, com dados referentes ao mês de Fevereiro de 2016. Tais informações foram analisadas por pesquisadores do Centro de Pesquisas Econômicas da FACAMP. Neste mês, 22 empresas associadas ao CIESP - Campinas participaram da pesquisa. EXPEDIENTE: CIESP-CAMPINAS Diretoria Regional: José Nunes Filho, José Henrique Toledo Corrêa e Natal Martins Gerência Regional: Paula Carvalho Coordenador Departamento de Estatística: Thiago Xavier Contato: Rua Padre Camargo Lacerda, 37 - Bonfim CEP: 13070-277 Campinas - SP Telefone: (19) 3743-2200 (ramal 2221) Assessoria de Imprensa: Edécio Roncon e Vera Graça (Roncon & Graça Comunicações rongra@terra.com.br) Fone: 19-3231-2635 / 3233-4984 CENTRO DE PESQUISAS ECONÔMICAS DA FACAMP Coordenador: Rodrigo Sabbatini (sabbatini@facamp.com.br) Professores: José Augusto Ruas e Jackeline Bertuolo Vicente Assistente de Pesquisa: Ricardo Sigalla Contato: Estrada Municipal UNICAMP Telebrás Km 1, s/n Cidade Universitária, Cep: 13083-970 Campinas/SP Telefone: (19) 3754-8500 (cepefacamp@gmail.com) 14