Despoluir em Maringá, como continuidade ao Programa nacional PÁGINA 3 ANO VI 68 JUN/2012 DEVOLUÇÃO GARANTIDA Impresso Especial 9912172688/2007/DR/PR FETRANSPAR Fechamento Autorizado Pode ser aberto pela ECT COMJOVEM promove palestras para discutir transiçăo tecnológica PÁGINA 6 Coronel Malucelli recebe a Medalha JK com Grau Oficial PÁGINA 6 FEDERAÇÃO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE DE CARGAS DO ESTADO DO PARANÁ Acordo de Transportes do Cone Sul O Mercado Comum do Sul (Mercosul), que é um Tratado de Integraçăo, com maior amplitude entre, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, absorveu o Acordo de Transportes do Cone Sul. (Página 7) Postos de paradas a motoristas pode ser uma exigência Esperada há muitos anos para ser aprovada, a regulamentaçăo para a profissăo de motorista, que virou lei recentemente, ainda desperta polęmica: a obrigatoriedade da parada em intervalos de 30 minutos a cada quatro horas na direçăo. (Páginas 4 e 5)
palavra do presidente notas & serviços Perguntas no ar Luiz Anselmo Trombini Presidente FETRANSPAR Que a lei 12.619, de 30 de abril de 2012 que regulamenta a profissão do motorista é importante e necessária, ninguém questiona, até mesmo porque, também é uma antiga reivindicação dos empresários transportadores que sempre desejaram o reconhecimento dessa importante e necessária categoria profissional. O que nós, empresários do setor de transportes e nossas entidades representativas questionamos são alguns vetos do governo federal à esta lei, que, de uma maneira ou de outra, nos engessa na forma de controle de alguns itens. Como, por exemplo, podemos controlar a atividade de um motorista que origina sua viagem em alguma cidade do Mato Grosso e leva mais de 30 horas para chegar ao Porto de Paranaguá, no Paraná? Como vamos saber se ele, efetivamente, parou, depois de quatro horas de trabalho, 30 minutos para descansar, se não existem paradas oficiais no trajeto? Como todos sabem, a Legislação de Trânsito não permite que se pare no acostamento para descanso, a não ser em caso de emergência ou pontualmente alguma avaria no seu veículo ou a própria determinação da autoridade de trânsito sobre aquela via. Como o motorista fará em uma situação dessas? Como controlar a jornada excedida; o intervalo de refeição não executado, o início da viagem sem descanso e o próprio deslocamento de 4 horas sem paradas, se não existe infraestrutura governamental para auxilio? E o embarcador, se adaptará à nova legislação? Como ficará o tempo de permanência a espera de uma carga a ser carregada e ou descarregada no seu destino final? Enfim, necessitamos de regulamentação, necessitamos que se acabe com atravessadores, com a informalidade que corroe o setor exterminando com a competitividade onde são ofertados ao mercado fretes predatórios. Há necessidade urgente do transportador não assumir como único responsável as mazelas que afligem este importante setor produtivo assim como não pode assumir também todas as consequências de uma legislação onde nos parece, neste primeiro momento, como um maior ônus ao empresário. Vamos nos adaptar, não há dúvidas, mas tenhamos a certeza deque a necessidade de, não raras vezes, utilizarmos mais motoristas, alongarmos mais o tempo de viagem, contratarmos mais gerenciadores de tempo de jornada etc. Terão consequências diretas no valor do frete final, ou seja serão também valorados. Estes são, portanto, alguns dos nossos questionamentos para que haja harmonia dentre todas as partes que compõe o sistema: embarcador, transportador e o profissional devidamente reconhecido. Boa leitura. Foto: Felipe Rosa Encontro das Polícias Rodoviárias Os comandantes das Polícias Rodoviárias Federal e Estadual estiveram em visita a FETRANSPAR onde discutiram sobre a Lei 12.619 que disciplina o tempo de direção. Inspetor Gilson Luiz Cortiano Ten. Cel. JOĂO VIEIRA D I R E T O R I A F E T R A N S P A R (Gestăo 2OO9/2O12) LUIZ ANSELMO TROMBINI/Presidente SÉRGIO MALUCELLI/Diretor Executivo EUCLIDES HEISS/1ș Vice-Presidente - Toledo AFONSO SHIOZAKI/2ș Vice-Presidente - Maringá CARLOS ANTÔNIO DA SILVA VIEIRA/1ș Diretor Financeiro - Guarapuava EDIS LUIS MORO CONCHE/Diretor - Ponta Grossa ADEMIR ALBERTO FUHRMANN/Diretor - Cascavel ALBIO STUPP/Diretor - Francisco Beltrăo ALDO FERNANDO KLEIN NUNES/Diretor - Curitiba CLAUDIO ADAMUCHO/ Diretor Suplente - Maringá DARVI BOMBONATTO/Diretor Suplente - Toledo MARCOS EGÍDIO BATTISTELLA/Diretor Suplente - Curitiba SEBASTIĂO MOTA/Conselheiro Fiscal - Curitiba OSCAR PASCOAL AGOSTINETTO/Conselheiro Fiscal - Cascavel JOSMAR RICHTER/Conselheiro Fiscal - Ponta Grossa JARTON SARTORETTO/Conselheiro Fiscal Suplente - Dois Vizinhos CLAUDIO DA SILVA RIBEIRO/Conselheiro Fiscal Suplente - Francisco Beltrăo CELÇO MALACARNE/Conselheiro Fiscal Suplente - Francisco Beltrăo VEJA OS FILIADOS DA FETRANSPAR CURITIBA - SETCEPAR Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná. Rua Almirante Gonçalves, 1966, Rebouças - Curitiba - PR. Tel: (41) 3014.5151. E-mail: atendimento@setcepar.com.br PONTA GROSSA - SINDIPONTA - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Ponta Grossa. Rua Prof Cardoso Fontes, 990. Bairro Ronda - Ponta Grossa - PR. Tel: (42) 3223.2612. E-mail: sindiponta@fetranspar.org.br. MARINGÁ - SETCAMAR - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Maringá, Rodovia PR 317, Km 2, Posto Matsuda - Anexo ŕ Transcocamar. Tel: (44) 3225.3781. E-mail: setcamar@maringa.org.br. CASCAVEL - SINTROPAR - Sindicato das Empresas de Trans porte e Logística do Oeste do Paraná, Av. Brasil, 5964 6ș andar sl. 64. Tel: (45) 3225.1714. E-mail: sintropar@sintropar.com.br. TOLEDO - SINTRATOL - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Toledo - Largo Săo Vicente de Paula, 1333 sobre-loja, sl. 06. Tel: (45) 3252.2525. E-mail: sintratol@fetranspar.org.br. DOIS VIZINHOS - SINDIVALE Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Dois Vizinhos, Rua Paulo Antonio de Godoy, s/nș. Tel: (46) 3536.2138. E-mail: sindivale@fetranspar.org.br. FRANCISCO BELTRĂO - SETCSUPAR - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Sudoeste do Paraná, Rua Rio Grande do Sul, 1340 - Bairro Nossa Senhora Aparecida- Francico Beltrăo/PR - CEP 85601-050 - Tel: (46) 3055.4746. E-mail: setcsupar@gmail.com GUARAPUAVA - SETCGUAR - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Guarapuava e Regiăo, Rua Manoel Ribas, 3094 sala 03 Bom Sucesso. Tel: (42) 3622.2320. E-mail: setcguar@fetranspar.org.br. FOZ DO IGUAÇU - ATIFI - Associaçăo dos Transportadores Rodoviários Internacionais de Foz do Iguaçu. BR 277, Km 720 - Sl. 17 - Foz do Iguaçu/PR - CEP 85862-408. Tel: (45) 3577.3967. E-mail:atifi@fetranspar.org.br E X P E D I E N T E Informativo da Federaçăo das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (FETRANSPAR) - Rua 24 de Maio, 1294 - Rebouças - CEP: 80230-080 - Curitiba/PR - Telefone: (041) 3333.2900 - Fax: (041) 3333.9122 e-mail: fetranspar@fetranspar.org.br Jornalista Responsável: Pedro Ribeiro (Mtb OO17-PR) Repórter: Norma Corręa Assessora da Diretoria: Maristela Peixoto Projeto Gráfico e Diagramaçăo: Celso Arimatéia Impressăo: Gigapress Indústria Gráfica e Editora Ltda. - Curitiba - Paraná - e-mail: comercial@gigapress.com.br 2 JUNHO/2012
Representantes da Confederação Nacional do Transporte (CNT), do Serviço Social do Transporte (Sest), do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e do Despoluir Programa Ambiental do Transporte, estiveram no Rio de Janeiro, entre 13 e 22 de junho, para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, divulgando divulgar os projetos desenvolvidos pelas instituições para minimizar os impactos de poluição e as graves mudanças climáticas em curso. Uma das ações da CNT nesse sentido é o Despoluir (Programa Ambiental do Transporte), desenvolvido desde 2007. O Despoluir desenvolve vários projetos e ações voltados para melhorar o desempenho ambiental do setor e para transformar os agentes do transporte empresários, trabalhadores, caminhoneiros autônomos e taxistas em multiplicadores das boas práticas ambientais para toda a sociedade, especialmente para os usuários de transporte. Com o programa de redução da emissão de poluentes dos veículos, por exemplo, o Despoluir equipa unidades de atendimento para avaliarem o grau de emissões dos veículos de empresas e caminhoneiros autônomos. Por meio de 20 federações parceiras, as equi- Rio+20 CNT e Sest Senat apresentam projetos sustentáveis durante Conferência da ONU Entre os programas divulgados na Conferęncia das Naçőes Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável está o Despoluir Despoluir em Maringá E m continuidade ao programa nacional Despoluir, onde a FETRANSPAR vem atuando em todo o Estado do Paraná, dias 15 e 16 de maio, o técnico Marcos Pereira da Silva, realizou atendimentos em Maringá, atingindo 60 aferições no Pool de Combustível daquela cidade. O Programa Despoluir FETRANSPAR continua rodando o estado com atendimentos em Curitiba, com a Supervisão dos Técnicos Geraldo Simionato e Celso Paranhos na Alfa Transportes, Cargolift e Universo Log, totalizando, no mês de maio, aproximadamente 540 aferições. Atendendo no Pool de Combustivel de Maringá, técnico Marcos do SETCAMAR pes técnicas especializadas realizam a avaliação veicular com base nos padrões estabelecidos pelo Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores - Proconve, criado pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente Conama. Para aqueles que não tiverem a oportunidade de visitar o estande da CNT na Rio+20, o material exposto durante o evento também está disponível no site www.despoluir.org.br. Em arquivos PDF, o conteúdo está dividido em peças publicitárias e publicações exclusivas relacionadas ao setor de transporte e ao meio ambiente, além de vídeos de apresentação. Projeto Estrada Sustentável foi lançado na Rio+20 Anunciada na Rio+20, a proposta do estudo é colaborativa e visa trazer conhecimento para açőes que tornem a Dutra (BR 116/Rio-SP) uma referęncia de desenvolvimento sustentável para as estradas brasileiras Está sendo apresentado na Rio+20, Conferęncia das Naçőes Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, um estudo que tem objetivo de buscar soluçőes para tornar a Rodovia Presidente Dutra, que interliga as duas maiores cidades do País Săo Paulo e Rio de Janeiro um modelo de sustentabilidade. O projeto Estrada Sustentável é uma iniciativa da Axia Sustentabilidade em conjunto com o Grupo CCR, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e a Fundaçăo Dom Cabral (FDC). A iniciativa visa identificar e valorizar iniciativas comprometidas com a transformaçăo da rodovia e seu entorno. A proposta foi lançada durante a inauguraçăo do Espaço do Ministério da Cięncia e Tecnologia/FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) na Rio+20. Além de inaugurar o Espaço do Ministério da Cięncia e Tecnologia/FI- NEP, o Projeto Estrada Sustentável também foi apresentado na segunda-feira (18/06), no estande da Frente Nacional de Prefeitos, no Parque dos Atletas, espaço que concentra exposiçőes de países, instituiçőes e Estados brasileiros durante a Rio+20. O projeto analisará as viabilidades de novas atuaçőes sustentáveis, realizará estudos e fará um levantamento de iniciativas para a rodovia e seu entorno. A intençăo é evoluir em sete áreas de atuaçăo, que despertam e disseminam o conceito da sustentabilidade, como segurança viária, educaçăo, resíduos, mobilidade verde, infraestrutura verde, empreendedorismo e economia local. Sob a gestăo da consultoria Axia Sustentabilidade, as instituiçőes que se engajam no projeto Estrada Sustentável săo convidadas a introduzir de forma colaborativa suas tecnologias, competęncias e soluçőes que demonstrem capacidade de resposta ao desafio de promover sustentabilidade aos usuários, comércio, meio ambiente e comunidades que compőem a rodovia. Queremos com esse projeto mostrar que é possível gerar desenvolvimento sustentável através de relaçőes colaborativas entre empresas, poder público e sociedade, explica Mario Lima, sócio da Axia Sustentabilidade. É uma iniciativa que deve ser permanente e pensada em longo prazo, pois acreditamos que a sustentabilidade năo começa nem acaba, ela tem que estar integrada em todo o processo", disse Ricardo Castanheira, vice-presidente de Relaçőes Institucionais do Grupo CCR. Até o fim do ano, serăo criadas frentes de atuaçăo com os poderes públicos, privado, instituiçőes de ensino e sociedade civil, para que, a partir de 2013, tenham início as primeiras açőes na área. A expectativa é apresentar os resultados preliminares na Copa do Mundo no Brasil, em junho de 2014. O projeto pretende ainda contemplar os 36 municípios situados ao longo da rodovia, para desenvolvimento sustentável das cidades, que correspondem a 55% do PIB nacional e onde vivem aproximadamente 23 milhőes de habitantes. JUNHO/2012 3
profissão Ministério Público do Trabalho pode exigir construção de postos de paradas a motoristas EEsperada há muitos anos para ser aprovada, a regulamentação para a profissão de motorista, que virou lei recentemente, ainda desperta polêmica: a obrigatoriedade da parada em intervalos de 30 minutos a cada quatro horas na direção. A medida, embora beneficie os motoristas, não deixa de causar apreensão em razão da inexistência de postos de parada em grande parte das rodovias brasileiras. Sobre o assunto, o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Paulo Douglas, disse, durante o XII Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas, que o MPT poderá exigir, judicialmente, a construção desses pontos. No texto original, aprovado no Congresso Nacional, os artigos 7, 8 e 10 da Lei 12.619/ 12 previam a construção dos postos de parada a cada 200 quilômetros. No caso das concessionárias, elas teriam um prazo de um ano para providenciar a construção, podendo adequar-se inclusive em relação ao seu consequente reequilíbrio econômico-financeiro. Ou seja, poderiam reajustar as tarifas de pedágio. No caso das rodovias ad- ministradas pela União, Estados ou Distrito Federal, a proposta previa Parcerias Público- Privadas (PPPs). Os artigos foram vetados sob a justificativa de que a proposta acarretaria novas obrigações aos concessionários de rodovias, e o consequente aumento de tarifas cobradas nos pedágios, além de utilizar do regime de parecerias público-privadas que deve se limitar a projetos que exijam recursos vultosos e contratos de longo prazo. Lei delimita jornada de motorista profissional Pelas resoluções números 405 e 406, que regulamentam a lei 12.619, que trata da jornada de trabalho do motorista profissional, o motorista tem direito a repouso diário de 11 horas, além do descanso de 30 minutos, a cada 4 horas ininterruptas de direção. A Lei não previa como seria realizado o controle sobre esse tempo. Para que fosse regulamentada a forma de fiscalização do tempo de direção e descanso do motorista profissional, o Contran publicou as resoluções. A Resolução nº 405 determina que o controle do tempo de direção e descanso será realizado através do registrador instantâneo e inalterável de velocidade, conhecido como tacógrafo. Este equipamento é obrigatório nos veículos de transporte escolar, transporte de passageiros com mais de dez lugares e de carga com peso bruto total superior a 4.536 quilogramas. Além do controle digital, foram estabelecidas normas para registro manual da jornada de trabalho em diário de bordo ou ficha de trabalho. A outra resolução traz os requisitos mínimos do registrador, entre eles, a aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO ) e o registro dos dados referentes ao período de 24 horas em um único disco. O descumprimento dessas normas caracteriza infração grave e o infrator estará sujeito a penalidades e medidas administrativas, como multas e até mesmo a retenção do veículo. Para o Departamento Nacional de Trânsito, órgão 4 JUNHO/2012
No entanto, Marco Aurélio Ribeiro, diretorexecutivo jurídico da NTC&Logística, foi categórico ao afirmar que o argumento não faz sentido. O veto demonstra uma insensibilidade política que não tem tamanho. Pelos 15 mil km de rodovias concedidas trafegam cerca de 1,48 bilhão de veículos, que pagam R$ 12 bilhões em pedágios por ano. Com um cálculo simples, o aumento de R$ 0,10 na tarifa, por exemplo, garantiria R$ 1,9 milhão por ano para a construção de cada um dos 76 pontos de parada necessários. Todos os anos, já existe um arredondamento de tarifa de R$ 0,03, R$ 0,04 centavos, esclarece. É uma insensatez dizer que o motorista vai ser obrigado a parar sem ter onde. Vamos deixá-los aos leões, à margem de assaltos?, questiona. Justamente em função desses argumentos que o procurador declarou poder entrar com medidas judiciais para garantir a segurança dos profissionais. Douglas pediu que as entidades envolvidas enviem relatórios sobre a situação para o embasamento de uma possível Ação Civil Pública. A regulamentação estabelece um novo patamar de civilidade e vamos precisar contar com o espírito colaborativo. O MPT irá ao encontro dos atores envolvidos para articular a implantação da norma. Precisamos fazer com que o motorista saiba o alcance dessa norma. O empresário seja ele micro, médio ou grande, também precisa conhecê-la, finaliza. ligado ao Ministério das Cidades, tanto a aprovação da lei quanto às resoluções representam um avanço importante para os motoristas profissionais, que muitas vezes passam por jornadas exaustivas de direção ininterrupta, colocando em risco a vida e a de vários outros cidadãos. O Denatran acredita que com a entrada em vigor das normas haverá redução significativa no número de acidentes e óbitos, relacionados à fadiga e ao cansaço de motoristas profissionais nas vias públicas do país. Tire as suas dúvidas: Para tirar as dúvidas sobre o tema, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), responde as perguntas mais comuns, sobre a Lei aprovada na Câmara Federal, no Senado, e sancionada pela presidente Dilma Rousseff recentemente. Entre os principais pontos, a proposta regula e disciplina a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional. A regulamentaçăo abrange quais profissionais? Integram a categoria profissional de que trata a lei os profissionais de veículos automotores cuja condução exija formação profissional e que exerçam a atividade mediante vínculo empregatício. Eles devem pertencer às seguintes categorias: transporte rodoviário de passageiros, de cargas e transporte executado por motoristas como categoria diferenciada. A lei também vale para operadores de trator, esteira ou de equipamento destinado à movimentação de cargas. No caso dos autônomos, o assessor jurídico da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), Marco Aurélio Ribeiro, explica que o artigo 5º desta lei estabelece que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) passa a vigorar com o acréscimo do Capítulo III-A, que trata do tempo de direção e descanso dos motoristas profissionais. Neste caso, como se trata de uma alteração no CTB, a mudança também vale para os autônomos, mesmo os que não tenham vínculo empregatício. Quais săo os principais direitos previstos na lei? Os motoristas terão acesso gratuito a programas de formação e de aperfeiçoamento profissional. Têm o direito a receber proteção do Estado contra ações criminosas durante o efetivo exercício da profissão. A jornada de trabalho e o tempo de direção deverão ser controlados pelo empregador, por meio de diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo. Para cobrir riscos relacionados à atividade profissional, também está garantido custeado pelo empregador seguro obrigatório no valor mínimo de dez vezes o piso salarial da categoria ou valor superior fixado em acordo coletivo de trabalho. Qual é a jornada de trabalho e o tempo de descanso exigidos? O projeto proíbe o trabalho por mais de quatro horas ininterruptas sem que se registre um intervalo mínimo de 30 minutos de descanso. A jornada pode ser prolongada por mais uma hora até que o motorista encontre um local seguro e com infraestrutura adequada para repousar. Durante o período de um dia, será exigido um intervalo mínimo de 11 horas, que pode ser fracionado em nove horas e mais duas o descanso semanal total deve ser de 35 horas. Também está previsto o intervalo de uma hora para refeições. Outro ponto importante: o motorista só poderá dar início a uma jornada com duração superior a 24 horas após o cumprimento integral do intervalo de descanso exigido pela lei. Como é calculado o tempo de direçăo? Entende-se por tempo de direção apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao volante de um veículo em curso, entre a origem e destino. Há a opção de descanso no interior do próprio veículo, desde que as condições oferecidas sejam apropriadas. O motorista profissional será o responsável por controlar o tempo de direção a preservação das informações registradas é de responsabilidade do funcionário. Quais săo os deveres do motorista profissional? Estar atento às condições de segurança do veículo e conduzi-lo com prudência, zelo e em obediência aos princípios de direção defensiva. Respeitar a legislação de trânsito, zelar pela carga transportada e cumprir regulamento patronal que discipline o tempo de direção e descanso. Eles também devem se submeter a testes e programas de controle do uso de drogas e bebidas alcoólicas instituídos pelos empregadores. A recusa em não participar dessas ações pode ser considerada infração disciplinar. 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infraestrutura Coronel Malucelli recebe a Medalha JK com Grau Oficial OCoronel Sergio Malucelli, diretor executivo da FETRANSPAR, foi um dos agraciados com a medalha da Ordem do Mérito do Transporte - Medalha JK. A cerimônia de entrega foi realizada dia 29 de maio, no Memorial JK, em Brasília (DF). Além do diretor da nossa federação, outros 17 profissionais que se notabilizaram pelos serviços prestados à atividade transportadora em 2011 também receberam a comenda. Os agraciados receberam as condecorações nos graus Grã-Cruz, Grande Oficial e Oficial. O paranaense Sérgio Malucelli, Coronel da reserva da Polícia Militar do Paraná e diretor-executivo da FETRANSPAR (Federação das Empresas O paranaense Sérgio Malucelli, Coronel da reserva da Polícia Militar do Paraná e diretor-executivo da FETRANSPAR (Federaçăo das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná), foi agraciado com o grau Oficial de Transporte de Cargas do Paraná), foi agraciado com o grau Oficial. Nosso diretor-executivo é formado em História, administração de empresas e direito e foi comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária, subcomandante do Batalhão de Polícia Florestal e comandante da Escola de Formação de Oficiais. Ele também foi superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná. Coronel Malucelli vem, há mais de 15 anos, se dedicando á área de transportes do Estado do Paraná, com atuações também em nível nacional, onde participa de conselhos diretores, sempre mantendo postura intransigente em defesa dos interesses dos empresários do setor de transportes A Diretoria da FETRANSPAR parabeniza seu Diretor Executivo pela justa e merecida homenagem. COMJOVEM promove palestras para discutir transição tecnológica Numa parceria do COMJOVEM Cascavel junto com a Faculdade Univel de Casca vel e com apoio FETRANSPAR, Sintropar, Petrobras e Scania, foram realizadas, dia 23 de maio, em Cascavel, duas palestras visando discutir temas como Diesel S50 e S500 e transição tecnológica EURO 3 para EURO 5, hoje muito falado, mas pouco conhecido. O evento contou com mais de 200 participantes entre eles membros da COMJOVEM Cascavel, Empresários do Setor de Transporte, acadêmicos do curso de logística da Univel, o direto executivo da FETRANSPAR Coronel Sergio Malucelli, Presidente do Sintropar Oscar Pascoal Agostinetto, Representante da COMJOVEM Maringá Geasi Oliveira de Souza e o representante e coordenador do curso de logística da Univel Osvaldo Mesquita Junior. Segundo o coordenador do COMJOVEM, Antonio Carlos Ruyz, as palestras foram de suma importância com temas atuais como o Diesel S50 e S500, que são modalidades de diesel menos poluentes. Isso demonstra a preocupação do setor de transporte com o aquecimento global e foi ministrada por Vinicius Moia Monte Alegre, profissional de suporte técnico da Petrobras. Na outra palestra foi abordada a transição dos motores Scania para euro 5, atendendo o programa PRONCOVE 7 e foi ministrada por Cezar engenheiro mecânico da Scania. Nas duas palestras foi possível que os participantes realizasse perguntas aos palestrantes, isso tornou o evento bem dinâmico. 6 JUNHO/2012
notas & serviços Brasil mantém acordos de transporte de cargas com os países da América do Sul O Mercado Comum do Sul (Mercosul), que é um Tratado de Integraçăo, com maior amplitude entre, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, absorveu o Acordo de Transportes do Cone Sul Por causa de sua localização geográfica, o Brasil mantém historicamente acordos de transporte internacional terrestre, principalmente rodoviário, com quase todos os países da América do Sul. A convenção sobre o Transporte Internacional de Cargas (TRIC), com os países do Cone sul, como Argentina, Bolívia, Brasil, Peru, Chile, Paraguai e Uruguai, prevê os transportes de cargas rodoviário e ferroviário. No entanto, está em negociação o mesmo acordo com a Colômbia, Equador, Suriname e Guiana Francesa. Entre Brasil e Venezuela o acordo se refere apenas ao transporte rodoviário, e será o mesmo termo da negociação que está em andamento com a Guiana. O Mercado Comum do Sul (Mercosul), que é um Tratado de Integração, com maior amplitude entre, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, absorveu o Acordo de Transportes do Cone Sul. Esses acordos visam facilitar o incremento do comércio, turismo e cultura entre os países, no transporte de bens e pessoas, permitindo que veículos e condutores de um país circulem com segurança, trâmites fronteiriços simplificados nos territórios dos demais. No caso do Mercosul, já se atingiu estágio mais avançado com a negociação e adoção de normas técnicas comunitárias. A evolução dos transportes internacionais terrestres é feita por meio de negociações conjuntas periódicas, com vistas a atender as crescentes necessidades das partes, pela incorpo- ração dos avanços tecnológicos e operacionais, pelo maior grau de segurança e pela maior agilidade dos procedimentos aduaneiros e imigratórios. Dessa forma, o mercado de movimentação dos fluxos internacionais de bens e pessoas torna-se cada vez mais dinâmico, competitivo e seguro, para as empresas nacionais dos diferentes países. Porém, o transporte terrestre doméstico em cada país não pode ser feito por empresas estrangeiras. Para complementar os acordos básicos, têm sido estabelecidos acordos específicos no Mercosul, como o de Transporte de Produtos Perigosos e o Acordo Origem sobre Trânsito. Com a implantação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em fevereiro de 2002, as competências para negociação e aplicação dos acordos e seus desdobramentos passaram para seu âmbito de atuação. Os atos legais e regulamentares, os procedimentos operacionais e as informações estatísticas sobre o Transporte Internacional Terrestre podem ser encontrados na página da ANTT. TRIC EM NÚMEROS Habilitadas Empresas Frota BRASILEIRAS 390 32.945 ESTRANGEIRAS 675 10.491 Empresas Brasileiras Habilitadas País Destino Empresas Frota ARGENTINA 301 25.605 BOLÍVIA 8 822 CHILE 136 14.146 PARAGUAI 18 2.456 PERU 6 869 URUGUAI 149 13.349 VENEZUELA 4 340 Obs.: Uma mesma empresa e um mesmo veículo podem ser habilitados para mais de um país. Empresas Estrangeiras Habilitadas Acordo de Transportes do Cone Sul País de Origem Empresas Frota ARGENTINA 184 3.060 BOLÍVIA 1 0 CHILE 343 5.005 PARAGUAI 6 139 PERU 0 0 URUGUAI 141 2.287 VENEZUELA 0 0 JUNHO/2012 7
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