Perguntas & Respostas Programa Brasileiro de OEA OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO NO MUNDO... 8



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Transcrição:

2 OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO NO MUNDO... 8 O que é um Operador Econômico Autorizado (OEA)?... 8 Por que o Programa de OEA foi criado?... 8 Quantos países no mundo já possuem Programas de OEA?... 9 O que é a Estrutura Normativa SAFE?... 11 O que são os Acordos de Reconhecimento Mútuo?... 13 Quais os passos para se obter um ARM?... 13 O Brasil já assinou algum Acordo de Reconhecimento Mútuo?... 14 O PROGRAMA BRASILEIRO DE OEA... 16 Aspectos Gerais... 16 Que legislação normatiza o Programa Brasileiro de OEA?... 16 Quais os princípios norteadores do Programa Brasileiro de OEA?... 16 Quais os objetivos do Programa Brasileiro de OEA?... 16 Como obter mais informações sobre o Programa Brasileiro de OEA?... 17 Dos Intervenientes... 17 Quem pode ser certificado como OEA?... 17 O rol dos intervenientes certificáveis como OEA é taxativo?... 17 A certificação OEA é concedida por CNPJ?... 18 Empresa Comercial Exportadora/Importadora pode ser OEA?... 18 Comissária de Despacho poderá ser certificada?... 19 Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) podem ser OEA?... 19 Ter sido certificado como OEA em outro país é suficiente para o OEA Brasileiro?... 19 Ter certificações ISO ou ser participante de regimes aduaneiros especiais influenciam a certificação OEA?... 19 O Incoterm Ex-Works pode influenciar na obtenção da Certificação OEA?... 20 Todos os participantes da cadeia precisam ser certificados?... 20 O OEA é responsável pela segurança de seus parceiros comerciais?... 21 Posso não requerer a certificação OEA?... 21 Das Modalidades de Certificação OEA... 21 Quais as modalidades de certificação OEA em operação?... 21 O que é o OEA Integrado?... 21 Como saber qual certificação se aplica a minha empresa?... 22 Preciso ser OEA-Segurança para poder requerer a Certificação OEA-Conformidade?... 23 Preciso ser OEA-C Nível 1 para requerer o OEA-C Nível 2?... 23 Quais as diferenças entre as certificações OEA-C Nível 1 e Nível 2?... 24 Em que consiste a Certificação OEA-Pleno?... 24

3 Dos Benefícios do Programa OEA... 25 Quais benefícios os operadores certificados usufruem?... 25 Quais são os benefícios comuns a todos os OEA?... 26 Quais os benefícios específicos aos OEA-Segurança?... 27 Quais os benefícios específicos aos OEA-Conformidade?... 27 Quais os benefícios específicos aos OEA-C Nível 2?... 27 Quais os benefícios do OEA-Pleno?... 28 Quais benefícios dependem de alterações no Siscomex?... 29 CONDIÇÕES PARA CERTIFICAÇÃO COMO OEA... 30 Quais as condições para a certificação como OEA?... 30 Se já sou certificado como OEA, o que preciso enviar para solicitar uma nova modalidade?... 30 Qual a importância do ponto de contato do solicitante para a RFB?... 30 Dos Requisitos de Admissibilidade... 31 Qual o significado dos requisitos de admissibilidade?... 31 Quais são os Requisitos de Admissibilidade?... 31 Mesmo dispensado pela IN RFB nº 1420/13, preciso ter Escrituração Contábil Digital (ECD) para ser OEA?... 32 Mesmo renomado e experiente, preciso fazer o exame de qualificação técnica para ser um despachante aduaneiro OEA?... 32 O exame de qualificação da IN RFB nº 1209/11 não se destina apenas aos Ajudantes de Despachante Aduaneiro?... 33 Qual a periodicidade desse exame de qualificação técnica?... 33 Onde obter informações sobre os exames anteriores?... 33 Dos Critérios de Elegibilidade... 34 Quais são os critérios de elegibilidade?... 34 O que será considerado na análise do histórico de cumprimento da legislação aduaneira?... 35 Como saber se os antecedentes penais e administrativos do requerente são satisfatórios para fins da Certificação OEA?... 35 De quais pessoas do requerente são verificados os antecedentes criminais e administrativos?... 35 Qualquer infração administrativa cometida pelo requerente o prejudicará na análise?... 36 Quais tipos de infrações podem ser considerados relevantes para fins da Certificação OEA?... 36 Infrações não relevantes podem se tornar relevantes dependendo da frequência em que ocorrem?... 36 O que os especialistas OEA avaliarão nos sistemas informatizados de gestão comercial, contábil, financeiro e operacional?... 36

4 O que os especialistas OEA avaliam sobre as condições financeira, patrimonial e econômica?... 37 Como será comprovada a solvência financeira caso a empresa seja nova?... 38 O que é analisado no critério Parceiros Comerciais?... 38 O que é verificado no critério Política de Recursos Humanos?... 38 Em quais casos há a exclusão da elegibilidade do requerente?... 39 Dos Critérios de Segurança... 40 Quais são os Critérios do OEA-Segurança?... 40 Como é feita a análise dos Critérios de Segurança?... 41 Existem procedimentos pré-definidos pela RFB para garantir a segurança da cadeia logística?... 42 O que é verificado no controle das unidades de carga?... 42 O que é importante analisar no controle do acesso físico?... 43 A que se referem os procedimentos de segurança das mercadorias?... 43 Como são feitas as inspeções dos sete pontos dos contêineres e dos 17 pontos dos veículos terrestres?... 44 Qual a importância do treinamento em segurança e conscientização de ameaças?... 46 O que é analisado em relação à Segurança física das instalações?... 47 Dos Critérios de Conformidade... 48 Quais são os Critérios de Conformidade?... 48 Como é feita a análise dos Critérios de Conformidade?... 48 O que é verificado no critério sistema de contabilidade e registro fiscal?... 49 O que se analisa na política de verificação documental e controle de estoques?... 50 Como é verificada a descrição das mercadorias nas declarações aduaneiras?... 50 Qual a importância da capacitação e do desenvolvimento dos funcionários em comércio exterior?... 51 O que é analisado no procedimento de classificação fiscal das mercadorias?... 51 O que se avalia nas operações indiretas?... 52 O que se analisa no critério Operações Cambiais?... 52 Quais os pontos a se considerar na apuração da base de cálculo dos tributos?... 53 O que é verificado na determinação do preço de exportação?... 53 O que é avaliado no cumprimento das normas relativas aos benefícios fiscais aduaneiros?... 53 O que é analisado no critério relacionado às regras de origem?... 54 O que se busca ao analisar a rastreabilidade das mercadorias?... 54 REQUERIMENTO DA CERTIFICAÇÃO OEA... 55 Como eu solicito a Certificação OEA?... 55 Da Verificação da Admissibilidade... 55 Quais são os requisitos de admissibilidade do Programa OEA?... 55 Como formalizar o pedido de certificação OEA?... 56

5 Como aderir ao Domicílio Tributário Eletrônico (DTE)?... 56 Como comprovar a Regularidade Fiscal?... 57 Quanto tempo demora para conseguir uma certidão de débitos?... 57 Por quanto tempo é válida uma certidão de débitos?... 58 O que fazer se a certidão não for emitida pela internet?... 58 Preciso comprovar a inscrição no CNJP e recolhimento dos tributos federais?... 58 Em quais casos é permitido solicitar a certificação OEA ainda que não haja 24 meses de inscrição no CNPJ?... 58 Como comprovar a atuação como um interveniente passível de certificação?... 59 Em quais casos é permitido solicitar a certificação OEA ainda que não haja 24 meses de atividade?... 59 Como comprovar que existe a autorização para atuar na área a que se pretende certificar?... 59 Como podem ser comprovados os itens exigidos dos despachantes aduaneiros?... 60 Por que há a exigência do interstício de seis meses após indeferimento de pedido de certificação?... 60 Em quais casos não é exigido o interstício de seis meses após o indeferimento do pedido de certificação?... 60 Da Autoavaliação... 61 Como fazer a Autoavaliação?... 61 Como obter o QAA?... 61 Como preencher o formulário do QAA?... 61 Quem pode responder o QAA?... 63 Como devo fundamentar as respostas do QAA?... 63 Como nomear corretamente os anexos do QAA?... 63 Do Relatório Complementar de Validação... 64 Qual a finalidade do Relatório Complementar de Validação (RCV)?... 64 Requerentes de quais certificações precisam entregar o Relatório Complementar de Validação (RCV)?... 64 Quais profissionais podem realizar o RCV?... 64 Como obter as orientações para elaboração do RCV?... 64 Da Solicitação da Abertura do Dossiê Digital de Atendimento... 65 Como solicitar a abertura do Dossiê Digital de Atendimento (DDA)?... 65 Como obter o SODEA?... 65 Como preencher o SODEA?... 65 Como assinar o SODEA?... 66 Do Requerimento da Certificação OEA... 66 Como obter o requerimento da certificação OEA?... 66 Um requerimento pode abranger mais de uma modalidade de certificação OEA?... 67 Um requerimento pode ser utilizado para mais de um CNPJ?... 67 Cada filial precisa solicitar sua certificação OEA?... 67

6 Como requerer a certificação OEA para empresas participantes de Grupo Econômico?... 67 Para onde o atendente da RFB deve encaminhar o requerimento da solicitação de certificação OEA?... 68 Da Juntada de Documentos... 68 Como proceder a juntada de documentos pelo e-cac?... 68 Qual a diferença entre documentos digitais e digitalizados?... 68 Como nomear os documentos digitais a serem anexados ao DDA?... 69 Qual o prazo para fazer a juntada de documentos?... 69 É possível desistir do processo de certificação?... 69 Do Centro OEA... 70 A quem se reporta o Centro de Certificação e Monitoramento de OEA?... 70 Como é a estrutura do Centro OEA?... 70 PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO... 71 Quais as atividades desenvolvidas pelo Centro OEA?... 71 Após o requerimento ser admitido, podem ocorrer notificações para esclarecimento?... 71 O que acontece com o prazo quando o requerente for notificado para esclarecimentos?... 72 Em quais casos poderá ocorrer o indeferimento da certificação OEA?... 72 O que fazer se o requerimento da certificação OEA for indeferido?... 72 Dos Prazos da Certificação... 72 Qual o prazo para concluir o Exame de Admissibilidade?... 72 Qual o prazo para concluir a análise dos critérios específicos?... 73 O prazo de análise dos critérios específicos pode ser prorrogado?... 73 Da Validação Física... 73 Como o especialista OEA mensura se os controles e medidas estão implementados?.. 73 O que o especialista OEA avaliará na validação física?... 73 Como é feita a escolha da unidade a ser visitada na Validação Física?... 73 A validação física contempla a análise somente dos critérios de segurança?... 74 Da Autorização da Certificação... 74 De que maneira será concedida a certificação OEA?... 74

7 PÓS CERTIFICAÇÃO... 75 Das Condições de Permanência no Programa OEA... 75 Quais são as condições de permanência no Programa OEA?... 75 Quais ocorrências devem ser relatadas ao Centro OEA?... 75 Devo notificar todos os incidentes ocorridos com a carga?... 75 O que acontece se as condições de permanência no Programa não forem mantidas?. 75 Por quanto tempo será mantida a certificação OEA se ocorrer fusão, cisão ou incorporação?... 76 Da Revisão da Certificação OEA... 76 A certificação OEA será revisada em algum momento?... 76 Da Exclusão do Programa OEA a Pedido... 77 Existe a possibilidade de exclusão do Programa OEA a pedido?... 77 SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E PENALIDADES... 78 Quais penalidades são aplicáveis aos OEA?... 78 A quem compete a aplicação das sanções administrativas e penalidades?... 78 Como recorrer de decisão de aplicação de sanção aos operadores certificados?... 78 FÓRUM CONSULTIVO... 79 Em que consiste o Fórum Consultivo do Programa OEA?... 79 Qual a finalidade do Fórum Consultivo?... 79 Quem compõe o Fórum Consultivo?... 79 Com que frequência ocorrerão as reuniões do Fórum Consultivo?... 80 Qual o trâmite das deliberações do Fórum Consultivo?... 80 DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS... 81 O Linha Azul foi extinto?... 81 Como foi o processo de transição do Linha Azul para o OEA-Conformidade?... 81 Como foram analisados os processos do Linha Azul ainda pendentes de analise nas unidades da RFB?... 81 Fiz um grande investimento no Linha Azul e agora ele foi extinto. Perderei todo o investimento feito?... 82

8 Este documento não tem valor normativo. Ele traz uma interpretação da legislação a respeito do tema Operador Econômico Autorizado (OEA), porém esta não substitui as informações contidas na Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 1598, de 11 de dezembro de 2015, que dispõe sobre o Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado. OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO NO MUNDO O que é um Operador Econômico Autorizado (OEA)? Segundo o parágrafo 1º do art. 1º da, Entende-se por Operador Econômico Autorizado (OEA) o interveniente em operação de comércio exterior envolvido na movimentação internacional de mercadorias a qualquer título que, mediante o cumprimento voluntário dos critérios de segurança aplicados à cadeia logística ou das obrigações tributárias e aduaneiras, conforme a modalidade de certificação, demonstre atendimento aos níveis de conformidade e confiabilidade exigidos pelo Programa OEA. Desta forma, tem-se no Operador Econômico Autorizado um parceiro estratégico da Receita Federal que, após comprovado o cumprimento dos requisitos e critérios do Programa OEA será certificado como um operador de baixo risco, confiável e, por conseguinte, gozará dos benefícios oferecidos pela Aduana, relacionados à maior agilidade e previsibilidade nos fluxos do comércio internacional. Por que o Programa de OEA foi criado? A globalização que o mundo experimenta desde o final do século vem provocando um vertiginoso aumento do fluxo de pessoas e mercadorias entre os diversos países, fato que apesar de trazer muitos benefícios, como o crescimento da economia mundial, traz também seu lado negativo: o de ser uma porta de entrada, principalmente, para o terrorismo. Nesse sentido, o crime organizado internacional e as diversas facções terroristas ao redor do mundo se aproveitam desse volumoso fluxo comercial para circular mercadorias, ilícitas ou descaminhadas, às margens das fiscalizações aduaneiras, fomentando dessa forma o tráfico de drogas e armas, contrabando, lavagem de dinheiro, entre outras atividades criminosas. Desta forma, alguns países iniciaram estudos sobre como implementar medidas para dinamizar os fluxos de trabalho das Aduanas, tornando-os mais céleres, com menos retrabalho, sem, no entanto, perder o rigor do controle das cargas. No final da década de 90, na Suécia, Lars Karlsson, então servidor da Aduana Sueca, introduziu o conceito The Stairway, que mais tarde nortearia as diretrizes para o Programa de Operador Econômico Autorizado da OMA (Organização Mundial da Aduanas), para o

9 padrão C-TPAT (Customs-Trade Partnership Against Terrorism) dos Estados Unidos e para o Programa AEO da União Europeia. Há de se destacar, entretanto, que os ataques terroristas às Torres Gêmeas do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, acirraram a preocupação em relação à segurança da cadeia de abastecimento internacional, pois ficou evidente que o Comércio Exterior funciona como uma importante porta de entrada para o terrorismo global. Nesta ocasião, a Aduana Americana percebeu que não obteria sucesso em prover uma adequada segurança sem a cooperação do setor privado. Assim, foi criado o Programa C-TPAT, o qual é voltado, basicamente, à segurança física da carga. Quantos países no mundo já possuem Programas de OEA? De acordo com o a edição de 2015 do documento chamado Compendium of Authorized Economic Operator Programmes da Organização Mundial das Aduanas OMA, há 62 Programas de OEA implementados e 16 em desenvolvimento, conforme verificado na tabela abaixo: Região País Programa Início Escopo Membros 1 Argentina Customs System of Reliable 2006 Imp/Exp 7 membros Operators SAOC 2 Bolívia Operador Económico 2015 Exp 4 membros Autorizado OEA 3 Brasil Programa Brasileiro de 2014 Imp/Exp 5 Operador Econômico membros¹ Autorizado OEA 4 Canadá Partners in Protection (PIP) 1995 Imp/Exp 1.535 membros 2011 Exp 4 membros 5 Colômbia AEO Authorized Economic Operator 6 Costa Rica Customs Facilitation 2011 Exp 9 membros Programme for Reliable Trade Américas e (PROFAC) Caribe 7 República Authorized Economic Operator 2012 Imp/Exp 29 Dominicana AEO membros 8 Guatemala Authorized Economic Operator 2011 Imp/Exp 6 membros of Guatemala (AEO-GT) 9 Jamaica Authorized Economic Operator 2014 Imp 9 membros AEO 10 México NEEC: Nuevo Esquema de 2012 Imp/Exp 472 Empresas Certificadas membros 11 Peru Authorized Economic Operator 2013 Exp 21 membros 12 Uruguai Qualified Economic Operator 2014 Imp/Exp 8 membros 13 USA Customs-Trade Partnership against Terrorism (C-TPAT) 2001 Imp/Exp 10.832 membros

10 14 Egito AEO-Egypt 2014 Imp/Exp 12 membros 15 Oriente Médio e Norte da África Jordânia Golden List Programme 2005 Imp/Exp 50 membros 16 Marrocos - AEO Customs Simplification - AEO Security 2006 2015 Imp/Exp 342 / 10 membros 17 Leste e Sul da Quênia AEO 2010 Imp/Exp 64 membros 18 África Uganda AEO 2012 Imp/Exp 22 membros 19 China Measures for Enterprise Credit Management 2014 Imp/Exp 3.453 membros 20 Hong Kong Hong Kong Authorized Economic Operator (AEO) 2012 Imp/Exp 25 membros 21 Índia Authorized Economic Operator AEO 2012 Imp/Exp 18 membros 22 Indonésia AEO 2015 Exp 9 membros 23 Japão AEO 2006 Imp/Exp 542 membros 24 Ásia Coreia AEO 2009 Imp/Exp 292 membros 25 Malásia AEO 2010 Imp/Exp 52 membros 26 Nova Zelândia Secure Exports Scheme (SES) 2004 Exp 122 membros 27 Singapura Secure Trade Partnership (STP) 2007 Imp/Exp 121 membros 28 Tailândia AEO 2013 Imp/Exp 252 membros 29 Vietnam AEO 2011 Imp/Exp 30 membros 57² União Europeia AEO 2008 Imp/Exp 15.116 membros 58 Israel AEO 2005 Imp/Exp 29 membros 59 Europa Noruega AEO 2009 Imp/Exp 29 membros 60 Suíça AEO 2011 Imp/Exp 65 membros 61 Turquia AEO 2013 Imp/Exp 20 membros 62 Sérvia Authorized Economic Operator 2014 Imp/Exp 3 membros 1 Chile Authorized Economic Operator - Exp - AEO 2 Equador Authorized Economic Operator - Exp - AEO 3 El Salvador Operador Economico - Imp/Exp - Programas em desenvolvimento Autozado de El Salvador (OEA- SV) 4 Tunísia AEO - Imp/Exp - 5 Botsuana TransKalahari Accreditation - Imp/Exp - Scheme 6 República Seicheles AEO - Imp/Exp -

11 7 África do Authorized Economic Operator - Imp/Exp - Sul AEO 8 Austrália Trusted Trader Programme - Imp/Exp - (TTP) 9 Bangladesh AEO - Imp/Exp - 10 Filipinas AEO Phillipines - Imp/Exp - 11 Programas em Armênia Authorized Economic Operator - Imp/Exp - 12 desenvolvimento Islândia AEO - Imp/Exp - 13 Montenegro AEO - Imp/Exp - 14 Macedônia AEO - Imp/Exp - 15 Costa do Authorized Economic Operator - Imp/Exp - Marfim 16 Congo Authorized Economic Operator - Imp/Exp - AEO Tab. 1 - Programas de OEA em operação e em desenvolvimento no mundo. Fonte: WCO Compendium os Authorized Economic Operator Programmes Observações: ¹ Em 30/4/2016, o Programa Brasileiro de OEA contava com 73 operadores certificados, sendo: 10 OEA-S; 60 OEA-C Nível 1 12 OEA-C Nível 2 e 3 OEA-P ² O Programa OEA da União Europeia abrange 28 países. AEO Compendium 2015 Edition O que é a Estrutura Normativa SAFE? Em junho de 2005, o Conselho da Organização Mundial da Aduanas (OMA) publicou a Estrutura Normativa SAFE (WCO SAFE Framework of Standards) para incentivar medidas de segurança e de facilitação no Comércio Global, as quais atuariam como elementos de dissuasão ao terrorismo internacional, de incentivo à arrecadação de receitas seguras e de promoção à facilitação do comércio mundial. Os principais objetivos da Estrutura Normativa SAFE são: Estabelecer normas que garantam a segurança da cadeia logística e que facilitem o comércio em escala mundial; Permitir uma gestão integrada da cadeia logística em todas as suas fases; Ampliar o papel, as funções e as capacidades das alfândegas de modo que possam fazer frente aos desafios e aproveitar as oportunidades do século I; Reforçar a cooperação entre as administrações aduaneiras a fim de melhorar o gerenciamento de risco; Reforçar a cooperação entre a alfândega e as outras agências de governo envolvidas no comércio e segurança internacionais; Fomentar o comércio internacional por meio de cadeias logísticas internacionais seguras.

12 A Estrutura Normativa SAFE sustenta-se sobre três pilares: 1. ADUANA-ADUANA: Maior cooperação entre as aduanas dos países, a fim de otimizar a facilitação e a segurança das cadeias logísticas internacionais. Um exemplo disso seria o intercâmbio de informações entre as aduanas antes da chegada da carga no país de destino, de modo a possibilitar o gerenciamento do risco e concentração dos esforços nas cargas com maior nível de risco. 2. ADUANA-EMPRESA: Parceria entre a alfândega e o setor privado, objetivando a construção conjunta de políticas de segurança à cadeia logística. É dentro deste pilar que aparece a figura do Operador Econômico Autorizado (OEA). 3. ADUANA-OUTRAS AGÊNCIAS DE GOVERNO: Parceria entre a Aduana e outras Agências de Governo envolvidas no comércio internacional de forma a garantir uma resposta rápida do governo aos desafios da segurança da cadeia logística e ao mesmo tempo, evitar duplicidades de requerimentos e inspeções, simplificar e padronizar os processos de forma a facilitar o comércio internacional. Estrutura Normativa SAFE Qual o conceito de cadeia logística internacional? Simplificadamente, pode-se definir cadeia logística internacional como sendo o conjunto de etapas pelas quais uma mercadoria percorre, desde o momento em que sai de sua origem (exportador vendedor da mercadoria) até a sua chegada ao destino final (importador comprador da mercadoria). Durante esse percurso, há a participação de vários intervenientes, tais como: transportadores, agente de cargas, terminais de despacho, despachantes aduaneiros, entre outros, os quais tiveram suas etapas esquematizadas no desenho abaixo. A cadeia logística internacional pode ser também denominada cadeia de suprimentos, cadeia de abastecimento global, etc.

13 Fig. 1 Representação esquemática dos intervenientes da cadeia logística internacional. O que são os Acordos de Reconhecimento Mútuo? Os Acordos de Reconhecimento Mútuo (ARM) são acordos bilaterais celebrados entre Aduanas de países que possuam Programas de OEA compatíveis entre si. Isso significa que tanto os critérios adotados, quanto os procedimentos de validação devem ser iguais ou semelhantes entre si. Os principais objetivos de um ARM são: Reconhecimento das certificações OEA emitidas pela Aduana do outro país; Tratamento prioritário das cargas e consequente redução de custos associados à armazenagem; Comprometimento recíproco da oferta de benefícios comparáveis; Previsibilidade das transações; Melhora na competitividade das empresas OEA no comércio internacional. Quais os passos para se obter um ARM? Os ARM são uma meta a ser alcançada no médio ou longo prazo. Isso se deve porque, primeiramente, os Programas de OEA de ambos os países devem estar maduros quanto aos procedimentos de certificação dos operadores adotados e também porque deve haver um número considerável de operadores já certificados e usufruindo dos benefícios.

14 Geralmente, a assinatura de um ARM segue os passos da figura abaixo: Fig. 2 Passos para a consolidação da assinatura dos Acordos de Reconhecimento Mútuo em OEA. O Brasil já assinou algum Acordo de Reconhecimento Mútuo? O Brasil ainda não tem Acordos de Reconhecimento Mútuo (ARM) assinados. Porém, desde o lançamento do Programa Brasileiro de OEA, em dezembro de 2014, muitos países têm procurado a Coordenação Geral de Administração Aduaneira COANA com o intuito de iniciar as tratativas para a sua assinatura. Em 29 de junho de 2015, o Secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e o encarregado de negócios da embaixada americana, Andrew N. Bowen, iniciaram os processos do Acordo de Reconhecimento Mútuo (ARM) de Programas de OEA por meio da assinatura de um Plano de Trabalho Conjunto para que em um ano possam ter um comércio mútuo facilitado entre o Brasil e o segundo maior destino das exportações brasileiras, os Estados Unidos. Por meio desse Plano de Trabalho Conjunto, foi estabelecido um cronograma de atividades envolvendo as equipes de ambas as Aduanas e prevendo oito certificações de operadores a serem realizadas conjuntamente¹. Em 18 de novembro deste mesmo ano, em Buenos Aires, Argentina, foi celebrada a assinatura do Plano de Trabalho Conjunto entre a Receita Federal e a Aduana Argentina, dando também início ao processo de assinatura do Acordo de Reconhecimento Mútuo (ARM) dos Programas de Operador Econômico Autorizado (OEA) com o maior parceiro comercial brasileiro na América do Sul, a Argentina. Recentemente, em 28 de janeiro de 2016, em Santana do Livramento/RS, foi assinado um Plano de Trabalho Conjunto entre Brasil e Uruguai, pelos representantes da Receita Federal e da Aduana Uruguaia. Representaram as Instituições o Subsecretário Substituto de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal, o Sr. José Carlos de Araújo, e o Diretor Nacional de Aduanas da República Oriental do Uruguai, o Sr. Enrique Canon. A intenção dos

15 dois países ao firmarem o termo é de facilitar a relação comercial existente, por meio da assinatura de um Acordo de Reconhecimento Mútuo, entre o Brasil e o Uruguai. ¹Artigo Folha de São Paulo de 29/5/15 Fig. 3 - Assinatura dos Planos de Trabalho Conjunto respectivamente: Brasil e EUA e Brasil e Uruguai.

16 O PROGRAMA BRASILEIRO DE OEA Aspectos Gerais Que legislação normatiza o Programa Brasileiro de OEA? A legislação que normatiza o Programa Brasileiro de OEA é a Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 1598 de 11 de dezembro de 2015, a qual substituiu a Instrução Normativa RFB nº 1421 de 10 de dezembro de 2014. A traz quatro anexos: Anexo I - Requerimento da Certificação OEA Anexo II - Questionário de Autoavaliação Anexo III - Relatório Complementar de Validação Anexo IV - Fórum Consultivo Instrução Normativa da RFB nº 1598/2015 Quais os princípios norteadores do Programa Brasileiro de OEA? Segundo o art. 2º da, o Programa OEA é regido pelos seguintes princípios: i. Facilitação; ii. Agilidade; iii. Simplificação; iv. Transparência; v. Confiança; vi. Voluntariedade; vii. Parceria público-privada; viii. Gestão de riscos; ix. Padrões internacionais de segurança; x. Conformidade aos procedimentos e à legislação; e xi. Ênfase na comunicação por meio digital. Quais os objetivos do Programa Brasileiro de OEA? No art. 3º da tem-se como objetivos do Programa OEA: Proporcionar maior agilidade e previsibilidade no fluxo do comércio internacional; Buscar a adesão crescente de operadores econômicos, inclusive pequenas e médias empresas; Incrementar a gestão do risco das operações aduaneiras;

17 Firmar Acordos de Reconhecimento Mútuo (ARM) que atendam aos interesses do Brasil; Implementar processos de trabalho que visem à modernização da Aduana; Intensificar a harmonização dos processos de trabalho com outros órgãos regulatórios do comércio exterior; Elevar o nível de confiança no relacionamento entre os operadores econômicos, a sociedade e a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB); Priorizar as ações da Aduana com foco nos operadores de comércio exterior de alto risco ou de risco desconhecido; e Considerar a implementação de outros padrões que contribuam com a segurança da cadeia logística. Como obter mais informações sobre o Programa Brasileiro de OEA? Obtenha mais informações por meio do Portal AEO, no sítio da Receita Federal. Portal AEO Dos Intervenientes Quem pode ser certificado como OEA? Podem ser certificados os seguintes intervenientes da cadeia logística, conforme previsto no art. 4º da : i. Importador; ii. Exportador; iii. Transportador; iv. Agente de carga; v. Depositário de mercadoria sob controle aduaneiro; vi. Operador portuário ou aeroportuário; e vii. Despachante aduaneiro. O rol dos intervenientes certificáveis como OEA é taxativo? Sim. A traz, em seu art. 4º, um rol taxativo de categorias de operadores econômicos certificáveis no Programa Brasileiro de OEA. Desta forma, se a atividade desenvolvida pela sua empresa não estiver contida entre as citadas pelos incisos do art. 4º, não será permitida a sua participação no Programa. No entanto, no parágrafo 3º deste mesmo artigo, abre-se a possibilidade de, ao longo do tempo, serem introduzidas novas categorias de intervenientes da cadeia logística

18 internacional, como se lê: A Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (COANA) poderá estender a certificação a outros intervenientes da cadeia logística no fluxo do comércio exterior. A certificação OEA é concedida por CNPJ? Segundo o parágrafo 1º do art. 4º da, será concedida a certificação para: CNPJ do estabelecimento matriz (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) extensivo a todos os estabelecimentos do requerente, quando o requerente for: Importador; Exportador; Transportador; ou Agente de Carga. CNPJ do estabelecimento, na hipótese em que o requerente da certificação OEA for: Depositário de mercadoria sob controle aduaneiro; Operador Portuário; ou Operador Aeroportuário. CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) do Despachante Aduaneiro. Empresa Comercial Exportadora/Importadora pode ser OEA? Não. Apesar de sua grande relevância no Comércio Exterior brasileiro, as Empresas Comercial Exportadoras/ Importadoras, também conhecidas como Trading Companies, não podem ser certificadas como OEA, devido à natureza indireta de suas operações. Essa proibição fica explícita no parágrafo 2º do art. 4º da Instrução Normativa RFB nº 1598/2015 que determina que os intervenientes de que tratam os incisos I (Importador) e II (exportador) do caput somente poderão ser certificados se atuarem exclusivamente por conta própria. Ressalta-se, no entanto, que o parágrafo 2º-A da, com redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1624/16, diz que É permitido ao interveniente de que trata o inciso I do caput (importador) atuar também como adquirente ou encomendante de bens importados por terceiros, mas, nesse tipo de operação, não será tratado como OEA nem irá desfrutar dos benefícios desse Programa. Desta forma, percebe-se que o dispositivo permite aos importadores OEA contratar Empresas Comerciais Importadoras (Trading Companies) como adquirentes ou encomendantes. No entanto, nestas operações os benefícios do Programa OEA são excluídos.

19 Assim, para que as Trading Companies sejam incluídas no rol de empresas certificáveis como OEA, há a necessidade de estudos específicos, por meio da realização de projeto-piloto, para que sejam determinados os critérios de segurança e conformidade mais adequados para garantir o baixo risco de suas operações. Comissária de Despacho poderá ser certificada? Não. Segundo o art. 4º da, somente os despachantes aduaneiros poderão ser certificados como OEA, individualmente, como pessoas físicas. Assim sendo, não há previsão para certificação das comissárias de despacho, pessoas jurídicas, como Operador Econômico Autorizado. Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) podem ser OEA? Sim. O Programa Brasileiro de OEA foi estruturado para certificar operadores de todos os portes, pois não impõe limites financeiros ou de valor de patrimônio líquido para que seja permitida a certificação. No entanto, destaca-se adicionalmente que há previsão de aprimoramentos no Programa Brasileiro de OEA de forma a introduzir benefícios específicos às pequenas e médias empresas, incentivando-as a participar do programa. Ter sido certificado como OEA em outro país é suficiente para o OEA Brasileiro? Não. Ainda que o operador já tenha sido certificado por um Programa de OEA de outro país, se ele quiser usufruir das vantagens e benefícios do Programa de OEA Brasileiro, ele deverá solicitar a certificação brasileira e atender aos requisitos e critérios exigidos pelo Programa do Brasil. Ter certificações ISO ou ser participante de regimes aduaneiros especiais influenciam a certificação OEA? O processo de certificação OEA independe da existência de outras certificações ou da participação em regimes aduaneiros especiais, pois os critérios avaliados são específicos do Programa OEA.

20 Entretanto, caso o requerente já possua certificações ISO 28000 e 9001 ou seja participante de regimes aduaneiros especiais, como RECOF, por exemplo, isso será um indicativo de que se trata de um operador com procedimentos de segurança e de conformidade, fato que possivelmente facilitará o enquadramento nos critérios exigidos pelo Programa OEA. O Incoterm Ex-Works pode influenciar na obtenção da Certificação OEA? Considerando-se que na exportação com o Incoterm Ex-Works é o importador estrangeiro quem fica responsável pela contratação dos intervenientes da cadeia logística, mesmo no país do exportador, isso pode sim ter impacto para fins de certificação se o exportador requerente não tomar medidas para reduzir o risco de contratação de parceiros que ofereçam risco à cadeia logística. Todos os participantes da cadeia precisam ser certificados? Não. Os operadores certificados como OEA, após a publicação do Ato Declaratório Executivo (ADE) emitido pelo Coordenador Nacional do Centro OEA e publicação no Diário Oficial da União (DOU), passam a usufruir dos benefícios específicos da modalidade de certificação requerida no Programa imediatamente. Desta forma, a certificação é pessoal à empresa certificada, respeitando-se o art. 4º, parágrafo 1º da, independendo se toda a cadeia produtiva de que pertença seja ou não certificada como OEA. No entanto, durante o processo de certificação, dentre os critérios de elegibilidade avaliados, está a avaliação das políticas adotadas pelo requerente em relação à seleção dos seus parceiros comerciais. Neste item, são analisados se os procedimentos adotados pelos requerentes garantem a segurança física da cadeia logística e a conformidade de suas operações tributárias e aduaneiras. Assim, como boa prática, recomenda-se aos operadores certificados como OEA dar preferência à contratação de parceiros comerciais e prestadores de serviços que sejam OEA- Segurança. Caso isso não seja possível, o OEA deve adotar e manter procedimentos de seleção de seus parceiros comerciais e prestadores de serviços que considerem os fatores de risco existentes para garantir a segurança e a conformidade das operações.

21 O OEA é responsável pela segurança de seus parceiros comerciais? Não. No entanto, como é impossível para a Aduana sozinha acompanhar todos os intervenientes do Comércio Exterior, solicita-se ao OEA o compromisso de monitorar seus parceiros comerciais e prestadores de serviço, a fim de assegurar que eles também estejam cumprindo todos os requisitos e critérios exigidos pelo Programa. Por exemplo, é recomendável que os OEA, como parceiros da Aduana, periodicamente, façam inspeções aos procedimentos de segurança adotados por seus parceiros comerciais, de forma a validar se os critérios de segurança e de conformidade presentes em seus contratos estão sendo cumpridos na prática. Posso não requerer a certificação OEA? Sim. Conforme verificado no parágrafo 2º da art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1598/2015 o Programa OEA tem caráter voluntário e a não adesão por parte dos intervenientes não implica impedimento ou limitação na sua atuação em operações regulares de comércio exterior. Das Modalidades de Certificação OEA Quais as modalidades de certificação OEA em operação? De acordo com o art. 5º da, o Programa Brasileiro de OEA possibilita a certificação dos intervenientes nas seguintes modalidades: OEA-Segurança (OEA-S), com base em critérios de segurança aplicados à cadeia logística no fluxo das operações de comércio exterior; OEA-Conformidade (OEA-C), com base em critérios de cumprimento das obrigações tributárias e aduaneiras, e que apresenta níveis diferenciados quanto aos critérios exigidos e aos benefícios concedidos: OEA-C Nível 1 e OEA-C Nível 2; e OEA-Pleno (OEA-P), com base nos critérios referidos ao OEA-S e OEA-C Nível 2. O que é o OEA Integrado? O OEA Integrado é a terceira fase do Programa Brasileiro de OEA, a qual prevê a incorporação ao Programa OEA de Agências de Governo relacionadas com os procedimentos aduaneiros e que possam influenciar na facilitação do fluxo do comércio exterior.

22 Esta modalidade está baseada no terceiro pilar da Estrutura Normativa SAFE, introduzido na última alteração, a edição de 2015. Desta forma, o desenho do Programa Brasileiro de OEA, que prevê a modalidade OEA-Integrado, é um dos mais modernos do mundo e está totalmente sintonizado com os conceitos preconizados pela Organização Mundial das Aduanas (OMA). A primeira Agência de Governo a participar do Programa OEA é a VIGIAGRO (Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional), vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), e que atua na inspeção e fiscalização do trânsito internacional de animais, vegetais, seus produtos e subprodutos, derivados e partes, resíduos de valor econômico e insumos agropecuários, nos Portos Organizados, Aeroportos Internacionais, Postos de Fronteira e Aduanas Especiais. A primeira reunião entre a Receita Federal e a VIGIAGRO ocorreu em 26 de abril de 2016, quando foram discutidas as premissas necessárias à implementação do OEA Integrado e o modus operandi das certificações conjuntas. A previsão é de realizar, ainda no segundo semestre de 2016, um projeto-piloto envolvendo o fluxo comercial da carne. O lançamento do OEA Integrado está planejado para dezembro de 2016. Fig. 4 Modalidades do Programa Brasileiro de OEA Como saber qual certificação se aplica a minha empresa? Os operadores devem escolher a Certificação OEA conforme a tabela abaixo: Intervenientes Certificáveis OEA-S OEA-C1 OEA-C2 OEA-P Importador Exportador Transportador Agente de Carga Depositário de mercadoria sob controle aduaneiro Operador Portuário e Aeroportuário Despachante Aduaneiro Tab. 2 Intervenientes por modalidade de Certificação OEA.

23 Desta forma, salvo os Despachantes Aduaneiros, todos os intervenientes da cadeia logística internacional podem ser certificados como OEA-Segurança. A modalidade OEA-Conformidade está restrita aos Importadores, Exportadores e Despachantes Aduaneiros, salientando-se que os Despachantes Aduaneiros somente poderão requerer a Certificação OEA-Conformidade Nível 1, enquanto os Importadores e Exportadores poderão escolher, por conveniência, entre as modalidades OEA-Conformidade Nível 1, OEA-Conformidade Nível 2 ou OEA-Pleno. Importante ressaltar que os benefícios das modalidades OEA-Segurança são verificados na exportação e os da modalidade OEA-Conformidade Nível 2, na importação. Desta forma, a título de exemplo, se um Importador for certificado como OEA-Segurança, ele somente fará jus aos benefícios de redução de percentual de seleção para canais de conferência e prioridade de análise das cargas quando selecionadas em seus despachos de exportação, pois a Certificação OEA-Segurança oferece benefícios relacionados à exportação. Preciso ser OEA-Segurança para poder requerer a Certificação OEA- Conformidade? Não, de acordo com o parágrafo 2º do art. 5º da as modalidades OEA-S e OEA-C são independentes entre si, ou seja, não há a exigência da certificação primeiramente no OEA-S para depois ser requerida a certificação OEA-C. Preciso ser OEA-C Nível 1 para requerer o OEA-C Nível 2? Não, de acordo com o parágrafo 2º do art. 5º da a certificação em OEA-C Nível 1 não será pré-requisito para a certificação em OEA-C Nível 2.

24 Quais as diferenças entre as certificações OEA-C Nível 1 e Nível 2? As diferenças entre as certificações OEA-C Nível 1 e OEA-C Nível 2 estão basicamente em dois pontos: Necessidade da entrega do Relatório Complementar de Validação (RCV) para o OEA- C Nível 2; Benefícios exclusivos aos certificados como OEA-C Nível 2, em azul na tabela abaixo: Benefícios aos OEA-C Nível 1 Nível 2 Publicidade no Sítio da RFB Utilização da logomarca AEO Ponto de Contato na RFB Prioridade na análise em outra modalidade OEA Benefícios concedidos pelas Aduanas estrangeiras Participação no Fórum Consultivo Dispensa de exigências já cumpridas Participação em seminários e treinamentos Consulta de classificação fiscal em até 40 dias Dispensa de garantia na Admissão Temporária para utilização econômica Redução do Percentual de Canais na Importação Parametrização Imediata das DI Prioridade de Conferência das DI Registro antecipado da DI no modal marítimo¹ Canal Verde na Admissão Temporária¹ ¹ Previsão de entrada em operação a partir de 30/6/2016. Tab. 3 - Benefícios da modalidade OEA-Conformidade. Em que consiste a Certificação OEA-Pleno? A certificação OEA-Pleno é concedida aos intervenientes certificados nas modalidades OEA-Segurança e OEA-Conformidade Nível 2, como se pode interpretar na leitura do art. 5º da Instrução normativa RFB nº 1598/2015: Art. 5 O Programa OEA possibilitará a certificação do operador nas seguintes modalidades: I - OEA-Segurança (OEA-S), com base em critérios de segurança aplicados à cadeia logística no fluxo das operações de comércio exterior; II - OEA-Conformidade (OEA-C), com base em critérios de cumprimento das obrigações tributárias e aduaneiras, e que apresenta níveis diferenciados quanto aos critérios exigidos e aos benefícios concedidos: a) OEA-C Nível 1; e b) OEA-C Nível 2. (...) III - OEA-Pleno (OEA-P), com base nos critérios referidos nos incisos I e II. (...) 2 A certificação em OEA-C Nível 1 não será pré-requisito para a certificação em OEA-C Nível 2 ou em OEA-P.

25 Da interpretação dos dispositivos acima, conclui-se que se OEA-Pleno tem por base os critérios I (OEA-S) e II (OEA-C) e que o OEA-C Nível 1 não é pré-requisito para o OEA- Pleno, então são requisitos ao OEA-Pleno as certificações OEA-S e OEA-C Nível 2. Desta forma, os operadores certificados como OEA-Pleno fazem jus a todos os benefícios existentes no Programa OEA, citados nos art. 9º, 10, 11 e 12 da Instrução Normativa RFB nº 1598/2015 e resumidos na tabela abaixo: Benefícios S C 1 C 2 Pleno Publicidade no Sítio da RFB Utilização da logomarca AEO Ponto de Contato na RFB Prioridade na análise em outra modalidade OEA Benefícios concedidos pelas Aduanas estrangeiras Participação no Fórum Consultivo Dispensa de exigências já cumpridas Participação em seminários e treinamentos Reduzido percentual de canais na exportação Parametrização imediata das DE Prioridade de conferência das DE Dispensa da garantia no Trânsito Aduaneiro Reposta à consulta de classificação fiscal em até 40 dias Dispensa garantia Adm. Temporária utilização econômica Redução do Percentual de Canais na Importação Parametrização Imediata das DI Prioridade de Conferência das DI Registro antecipado da DI no modal marítimo¹ Canal Verde na Admissão Temporária¹ ¹ Previsão de entrada em operação a partir de 30/6/2016. Tab. 4 - Tabela de benefícios do Programa Brasileiro de OEA. Dos Benefícios do Programa OEA Quais benefícios os operadores certificados usufruem? De acordo com o art. 8º da, aos operadores certificados no Programa OEA, serão concedidos benefícios que se relacionam à facilitação dos procedimentos aduaneiros, no País ou no exterior. Estes benefícios estão divididos em: Benefícios de caráter geral, extensivos a todas as modalidades de certificação OEA; Benefícios específicos para OEA-S e OEA-P; Benefícios específicos para OEA-C e OEA-P; e Benefícios específicos para OEA-C Nível 2 e OEA-P.

26 Quais são os benefícios comuns a todos os OEA? O art. 9º da traz os benefícios de caráter geral, extensivos a todas as modalidades de certificação. São eles: Publicidade no Sítio da RFB: O Centro OEA divulgará o nome do operador no sítio da RFB, após a publicação do respectivo Ato Declaratório Executivo (ADE), caso o OEA assim o solicite no Requerimento de Certificação, constante do Anexo I desta mesma Instrução Normativa; Utilização da logomarca AEO : fica permitida a utilização da logomarca do Programa Brasileiro de OEA, conforme especificado na Portaria RFB n 768/ 2015 e no manual da marca. Manual da Marca AEO Ponto de Contato na RFB: o Coordenador Nacional do Centro OEA designará um servidor como ponto de contato para a comunicação entre a RFB e o OEA, para esclarecimento de dúvidas relacionadas ao Programa Brasileiro de OEA e a procedimentos aduaneiros; Prioridade de Análises: o Centro OEA dará prioridade na análise do pedido de certificação de operador que já tenha sido certificado em outra modalidade ou nível do Programa Brasileiro de OEA; Benefícios concedidos pelas Aduanas estrangeiras: será facultado ao OEA usufruir dos benefícios e vantagens dos Acordos de Reconhecimento Mútuo que a RFB venha a assinar com as Aduanas de outros países; Participação no Fórum Consultivo: o OEA poderá participar da formulação de propostas para alteração da legislação e dos procedimentos aduaneiros que visem ao aperfeiçoamento do Programa Brasileiro de OEA, por meio do Fórum Consultivo, de que trata o art. 26; Dispensa de exigências já cumpridas: as unidades de despacho aduaneiro da RFB dispensarão o OEA de exigências formalizadas na habilitação a regimes aduaneiros especiais ou aplicados em áreas especiais que já tenham sido cumpridas no procedimento de certificação no Programa Brasileiro de OEA; e Participação em seminários e treinamentos: os OEA poderão participar de seminários e treinamentos organizados conjuntamente com o Centro OEA.

27 Quais os benefícios específicos aos OEA-Segurança? No art. 10 da estão dispostos os benefícios específicos para o operador certificado na modalidade OEA-S e OEA-P: Reduzido percentual de canais na exportação: o percentual das DE selecionadas para canais de conferência será reduzido para exportadores OEA em relação aos demais exportadores; Parametrização imediata das DE: a parametrização das declarações aduaneiras do exportador OEA será executada de forma imediata após o envio para despacho da Declaração de Exportação (DE); Prioridade de conferência das DE: a DE do exportador OEA selecionada para conferência será processada pelas unidades da RFB de forma prioritária, permitido o seu disciplinamento por meio de ato específico emitido pela COANA; e Dispensa da garantia no Trânsito Aduaneiro: será dispensada a apresentação de garantia no trânsito aduaneiro cujo beneficiário seja transportador OEA. Quais os benefícios específicos aos OEA-Conformidade? Segundo o art. 11, são benefícios específicos para o operador certificado na modalidade OEA-C Níveis 1 e 2 e OEA-P: Reposta à consulta de classificação fiscal em até 40 dias: a consulta sobre classificação fiscal de mercadorias, formulada nos termos da Instrução Normativa RFB n 1464/2014, desde que atendidos os quesitos de que tratam os artigos 5 e 6 da referida Instrução Normativa, terá solução proferida em até 40 dias, a contar da protocolização da consulta ou de seu saneamento, quando necessário; e Dispensa de garantia na Admissão Temporária para utilização econômica: será dispensada a apresentação de garantia para o importador OEA na concessão do regime de admissão temporária para utilização econômica. Quais os benefícios específicos aos OEA-C Nível 2? O art. 12 da Instrução Normativa RFB nº 1598/15 traz os benefícios específicos para os operadores certificados na modalidade OEA-Conformidade Nível 2 e para o OEA-Pleno: Redução do Percentual de Canais na Importação: o percentual de despachos de importação selecionados para conferência será reduzido para os importadores OEA em relação aos demais operadores;

28 Parametrização Imediata das DI: a parametrização das declarações aduaneiras do importador OEA será executada de forma imediata após o registro da Declaração de Importação (DI); Prioridade de Conferência das DI: a DI do importador OEA selecionada para conferência será processada pelas unidades locais da RFB de forma prioritária, permitido o seu disciplinamento por meio de ato específico emitido pela COANA; Registro antecipado da DI no modal marítimo: será permitido ao importador OEA registrar a DI antes da chegada da carga ao território aduaneiro, com aplicação de seleção parametrizada imediata; e Canal Verde na Admissão Temporária: a DI registrada por importador OEA para o regime aduaneiro de admissão temporária poderá ser selecionada para o canal verde de conferência aduaneira, dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria. Quais os benefícios do OEA-Pleno? Os operadores certificados como OEA-Pleno fazem jus a todos os benefícios existentes no Programa OEA, citados nos art. 9º, 10, 11 e 12 da e resumidos na tabela abaixo: Benefícios S C 1 C 2 Pleno Publicidade no Sítio da RFB Utilização da logomarca AEO Ponto de Contato na RFB Prioridade na análise em outra modalidade OEA Benefícios concedidos pelas Aduanas estrangeiras Participação no Fórum Consultivo Dispensa de exigências já cumpridas Participação em seminários e treinamentos Reduzido percentual de canais na exportação Parametrização imediata das DE Prioridade de conferência das DE Dispensa da garantia no Trânsito Aduaneiro Reposta à consulta de classificação fiscal em até 40 dias Dispensa garantia Adm. Temporária utilização econômica Redução do Percentual de Canais na Importação Parametrização Imediata das DI Prioridade de Conferência das DI Registro antecipado da DI no modal marítimo¹ Canal Verde na Admissão Temporária¹ ¹ Previsão de entrada em operação a partir de 30/6/2016. Tab. 5 - Tabela de benefícios do Programa Brasileiro de OEA.

29 Quais benefícios dependem de alterações no Siscomex? Os benefícios contidos nos art. 9, 10, 11 e art. 12, I a III da Instrução Normativa RFB nº 1598/2015 são todos de aplicabilidade imediata aos operadores certificados no Programa OEA. No entanto, há benefícios previstos nesta Instrução Normativa que dependem de desenvolvimento de sistemas para que ocorra a alteração do Siscomex. Estas alterações têm previsão de serem implementadas até 30 de junho de 2016, quando todos os benefícios do Programa OEA poderão ser plenamente usufruídos pelos operadores certificados como OEA-C Nível 2 e OEA-P. São eles: Registro antecipado da DI no modal marítimo: será permitido ao importador OEA registrar a DI antes da chegada da carga ao território aduaneiro, com aplicação de seleção parametrizada imediata; e Canal Verde na Admissão Temporária: a DI registrada por importador OEA para o regime aduaneiro de admissão temporária poderá ser selecionada para o canal verde de conferência aduaneira, dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria.