Quinta-feira, 08.09.11 Veja os destaques de hoje e do feriado: 1. 1º FormaGoiás 2. Programa Bolsa Universitária 3. Artigo: Goiás, de maria-fumaça a trem-bala 4. Valéria Perillo será patronesse do Goiânia Fashion Week 5. Jantar beneficente no Palácio das Esmeraldas 6. Adolescentes grávidas 7. Artigo: Responsabilidade empresarial e reinserção social de presidiários Jornal Diário da Manhã, Coluna Café da Manhã, Ulisses Aesse - 07.09.11 Jornal Diário da Manhã, Editoria de Cidades - 07.09.11 1
Jornal O Hoje, Coluna Xeque Mate, Suely Arantes - 07.09.11 Jornal Diário da Manhã, Editoria de Cidades - 08.09.11 Jornal Folha PUC - 15 a 30.08.11 2
Jornal Diário da Manhã, Editoria de Opinião Pública - 08.09.11 3
Jornal Diário da Manhã, Coluna Café da Manhã, Ulisses Aesse - 07.09.11 Jornal O Popular, Coluna Spot, Ciça Carvello - 08.09.11 4
Jornal Diário da Manhã, Coluna Café da Manhã, Ulisses Aesse - 08.09.11 5
Jornal Diário da Manhã, Editoria de Política & Justiça - 08.09.11 Jornal O Hoje, Capa - 08.09.11 6
Jornal O Hoje - 08.09.11 Lyniker Passos Filhos de mães jovens correm maior risco O Centro-Oeste apresenta o terceiro maior índice de mulheres que engravidam na adolescência, perdendo apenas para o Norte e Nordeste do Brasil. Por isso, a taxa de mortalidade infantil em mães adolescentes tem avançado (veja box). A constatação foi divulgada na tarde de segunda-feira (6), pela ONG Visão Mundial, no estudo sobre as políticas públicas de Proteção à Saúde Infantil e Materna no Brasil: um Olhar Especial para os filhos de Mães Adolescentes, que se baseou em dados de pesquisas de institutos e universidades públicas. Os dados revelam que a taxa de mortalidade infantil em mães de 10 a 14 anos, passou de 0,88% índice registrado em 1996 para 1,54% em 2007. Os bebês de adolescentes de 15 a 19 anos também morreram mais. Em 11 anos, os índices saltaram de 14,32% para 18,59%. Para as gestantes com menos de 14 anos observase uma tendência de crescimento dos óbitos ano a ano. Ainda que em termos proporcionais da mortalidade infantil, este número não chegue a 2% dos óbitos, segundo o próprio estudo, o dado precisa ser valorizado. Dentre os motivos para esse destaque, está o fato de que, segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, quanto mais nova é a adolescente que engravida maiores são as consequências médicas em seus filhos. Entre os problemas de saúde mais recorrentes nos filhos das gestantes adolescente estão a prematuridade, o baixo peso ao nascer e a maior frequência de asfixia moderada e grave. Já com relação às mães, as mortes aconteceram, em sua maioria, por complicações na gravidez, no parto, ou no pós-parto. Em âmbito nacional, no caso das mortes das crianças, os dados revelam que, dos 42.684 meninos e meninas com menos de um ano que morreram em 2009, 7.917 eram filhos de adolescentes. O estudo não faz distinção por números com relação às mortes regionais. De acordo com a coordenadora da campanha Saúde para as Crianças Primeiro, promovida pelo ONG Visão Mundial, Neilza Costa, tanto na mortalidade materna quanto infantil, boa parte das mortes seria evitável se houvesse políticas públicas ou ações mais especificas de pré-natal contextualizado para grupos de adolescentes. Estado Em Goiás, o governo avança timidamente com relação à assistência prestada às adolescentes grávidas. A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) já atende 30 adolescentes a cada mês. O trabalho está incluso nos projetos de assistência social que a organização desenvolve. As jovens grávidas são orientadas no Centro Social Dona Gercina Borges, no bairro de Campinas. Uma equipe multidisciplinar trabalha temas relacionados à saúde, educação sexual, planejamento familiar e direito do cidadão, além do atendimento pré-natal e odontológico. Após o nascimento da criança, a jovem mãe continua recebendo orientação e apoio do grupo por um ano, incluindo recebimento de medicamentos contraceptivos. Acompanhamento De acordo com a coordenadora técnica da OVG, Helca de Souza Nascimento, o acompanhamento dura dois meses e meio. Os profissionais trabalham no sentido de 7
resgatar a autoestima das adolescentes, que chegam desestimuladas e incapazes de construir um novo núcleo familiar, confirma Helca. Por causa da grande demanda em Goiânia, o projeto da OVG teve de ser ampliado. Antes tínhamos um banco reserva, agora já conseguimos atender todas as adolescentes, explicou a coordenadora técnica da organização. Jovens grávidas e carentes podem se inscrever no programa estadual pelo telefone: 3201-9506. A matrícula também pode ser realizada na própria unidade de atendimento Dona Gercina Borges, que fica na Avenida Benjamim Constant, número 239. Programa oferece segurança à gestante O trabalho multidisciplinar realizado pela OVG ofereceu segurança na gestação e no parto de Adrielle Albina da Silva, 17 anos. Ela viveu uma gravidez indesejada já aos 16 anos. Pela inexperiência e falta de informação, iniciou o acompanhamento médico de pré-natal e psicológico, de forma tardia, já com cinco meses de gestação. Durante o tratamento, Adrielle ficou sabendo que gravidez na adolescência é uma situação de risco. Não sabia que tinha chances de perder minha filha ou de morrer durante o parto. Hoje, já com a filha, Maria Eduarda, de três meses, nos braços e saudável, ela se considerada preparada para constituir uma família junto a seu marido e pai da filha, Felipe Alcântara, 21. O pai trabalha como vidraceiro e a mãe deixou os estudos aos 15 anos. Antes de engravidar, disse. Hoje eles moram em uma casa de um quarto. A renda é pouca, mas a filha e a mãe ainda recebem acompanhamento médico e psicológico pela OVG. Adrielle soube do atendimento através de uma amiga que ficou grávida na mesma idade. As realidades de adolescentes grávidas são bem distintas, pode ocorrer por falta de oportunidades, informação ou apoio mais especifico de políticas públicas. De acordo com o estudo de Proteção à Saúde Infantil e Materna no Brasil: um Olhar Especial para os filhos de Mães Adolescentes,, nem sempre a gravidez é indesejada. Pela limitação de oportunidades que é dada em seu contexto socioeconômico, a jovem pode traçar um projeto de vida uma gravidez como factível. O documento destaca que a gravidez na adolescência é uma porta para a pobreza, diminui as oportunidades sociais e econômicas, inclusive dificulta a permanência na escola. Além de impulsionar a interrupção precoce da escolaridade, sendo uma de suas 8
conseqüências graves o aumento da dificuldade de inserção no mercado de trabalho e forte possibilidade de reprodução da pobreza. Condições sociais A diferença regional em termos de gravidez na adolescência salta aos olhos. Em 2009, enquanto a proporção nacional de nascidos vivos filhos de gestantes entre 15 e 19 anos era de 18,96% do total de nascimentos, no Norte correspondia a 25,38%. Esta diferença também pode ser observada nas gestantes com menos de 14 anos. A proporção para o Brasil era de 0,96% e na região norte de 1,59%. Os números reforçam a relação entre renda e taxa tanto de mortalidade infantil quanto materna, e de gravidez na adolescência. Uma das pesquisas relacionadas no levantamento foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em 2010, e revela que 18% das meninas com renda per capita de até meio salário mínimo têm pelo menos um filho, enquanto apenas 1% das meninas com renda acima de cinco salários mínimos têm filhos. Jornal Diário da Manhã, Editoria de Opinião Pública - 07.09.11 9
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