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MANUAL DE INSTALAÇÃO. Você poderá se ferir gravemente, caso não siga essas instruções. Você pode se ferir, caso não siga essas instruções.

Transcrição:

GUIA TÉCNICO 1

Conteúdo Introdução... 3 Planeamento dos trabalhos... 4 Preparação... 4 Inspeção da base... 4 Requisitos da base... 5 Instalação sistemas de isolamento térmico TYTAN EOS EPS e MW... 6 Perfil de arranque... 6 EXEMPLO... 7 Alternativa ao perfil de arranque... 8 Colagem... 8 Preparação da argamassa adesiva/colagem:... 8 Métodos para aplicação da argamassa de colagem nas placas de isolamento... 8 Opções de remate isolamento junto a janelas/portas... 11 Preparação da superfície das placas de isolamento para o procedimento seguinte... 11 (Camada base / Barramento armado)... 11 Fixação mecanicamente das placas de isolamento... 12 Sequência dos trabalhos:... 12 Ao instalar buchas, observe o seguinte... 12 Exemplos... 14 Instalação de elementos de reforço adicionais e perfis... 14 Reforço de diagonais junto a janelas/portas/aberturas... 14 Reforço de cantos/ângulos... 15 Juntas de dilatação... 16 Notas importantes:... 16 Camada base (barramento armado)... 16 Sequência dos trabalhos:... 16 Requisitos obrigatórios na camada base (barramento armado)... 17 Criar zonas antivandalismo... 17 Aplicação do primário na camada base (barramento armado)... 17 Aplicação do revestimento final... 17 Revestimento final... 18 Requisitos obrigatórios na aplicação do revestimento final... 18 Desenhos... 20 2

Introdução Este guia técnico foi pensado para servir com indicativo na aplicação dos sistemas de isolamento térmico pelo exterior (ETICS) TYTAN com a utilização de EPS ou Lã de Rocha (MW) aplicados diretamente na parede exterior de edifícios. Os sistemas ETICS compreendem uma camada adesiva/colagem, uma camada de isolamento térmico (EPS ou MW), a camada base/reforço e o revestimento final. Deverá ler com atenção as recomendações aqui constantes antes de iniciar a aplicação assim como consultar os desenhos em detalhe de alguns pormenores. Os sistemas ETICS TYTAN EOS EPS e MW consistem em diversos componentes. Para assegurar uma solução adequada e consistente que possa oferecer uma vida útil prolongada a TYTAN propõe diversos componentes cuidadosamente selecionados e claramente identificados na Declaração de Conformidade dos sistemas. A utilização de produtos e/ou componentes não contemplados na Declaração de Conformidade e da execução de procedimentos em desacordo com os incluídos neste guia técnico nomeadamente nos desenhos, o fabricante reserva o direito de não aplicação da garantia. Inclui-se neste guia técnico informação baseada no melhor conhecimento, pesquisa e experiência à data, sendo apenas uma descrição dos processos nos sistemas ETICS TYTAN EOS EPS e MW, não constituindo contudo qualquer garantia. O aplicador/cliente não está isento de realizar uma inspeção completa das propriedades e possíveis aplicações dos produtos, com a assistência de pessoal qualificado para o efeito. O fabricante não será responsável pela utilização/aplicação incorreta dos seus produtos assim como pelos danos causados pelo uso impróprio ou incorreto dos seus materiais. Visão geral dos sistemas de isolamento térmico pelo exterior (ETICS) TYTAN EOS EPS e MW. TYTAN EOS EPS TYTAN EOS MW Camada de isolamento térmico no sistema TYTAN EOS EPS com placas de poliestireno expandido com uma densidade média entre 15-20Kg/m3 ou com EPS com grafite. No sistema TYTAN EOS MW em lã de rocha com uma densidade média de 130Kg/m3. 3

Planeamento dos trabalhos Orientar o processo de aplicação com um técnico credenciado pela marca. Durante a execução dos trabalhos necessários manter um registo de obra atualizado sobre as várias etapas. O pessoal a utilizar deve ser pessoal qualificado e dever-se-á possuir as ferramentas e equipamentos necessários. A aplicação dos sistemas ETICS TYTAN EOS é recomendada após serem realizados/terminados os seguintes trabalhos: telhados, instalação de portas e janelas, caixas de estore assim como após serem terminados todos os trabalhos que exijam cura de pelo menos 28 dias (betonilhas, gessos, tetos, etc.). A aplicação/execução na fachada de detalhes técnicos (suportes, tubagens, etc.) e/ou construtivos (varandas, muros, etc.) deve anteceder a realização do sistema ETICS. Quaisquer materiais metálicos devem ser protegidos com um primário anticorrosivo. Durante o processo de aplicação do sistema ETICS é necessário prever dispositivos que protejam os trabalhos do sol, da chuva e do vento; por exemplo prevendo um filme protetor aplicado nos andaimes. A aplicação deve ser realizada com temperaturas entre +5ºC e +28ºC, tanto para a temperatura ambiente como para os materiais e a base. Os materiais durante a aplicação e até cura completa não devem ser expostos ao vento, à luz direta e a variações de temperatura. Os materiais devem ser armazenados em local fresco e seco, sem humidades e nas suas embalagens originais. Preparação Inspeção da base Antes da aplicação do sistema ETICS faça um levantamento e uma avaliação cuidada da superfície de aplicação. Na avaliação da superfície devem ser aferidos os seguintes pormenores: Absorção da base; Contaminação bacteriológica e tipo (musgos, líquenes, mofo, fungos, algas); Nivelamento das superfícies; Estabilidade das superfícies; Capacidade de aderência; Identificar defeitos nas superfícies e realizar o respetivo registo e notificação das partes interessadas para aceitação das respetivas superfícies. 4

Requisitos da base A base deve estar sólida, estável, seca, nivelada, isenta de poeira e sujidade, óleos, e resíduos que comprometam a aderência. A humidade da base deve ser inferior a 8%. Desnível admissível da base: apenas por colagem até 10mm/m; com fixação mecânica até 20mm/m. Força média da base 0,2 MPa, enquanto em algumas áreas pode ser necessária uma força 0,08 MPa. A força das áreas reparadas/niveladas deve ser de 0,25 MPa. As juntas de dilatação existentes na base deve ser preservadas e, se necessário, reparadas. Os métodos recomendados para eliminar defeitos da superfície e a preparação da base são apresentados na tabela seguinte: Elevada absorção de água Humidade excessiva da base (por exemplo humidade por capilaridade) Restos de argamassa; escorridos Base suja, poeiras Manchas de gordura na base Restos de materiais da remoção de cofragens. Presença de eflorescência na base seca Manchas de alcatrão, fuligem Falta de nivelamento da base ou excesso de desnivelamento Áreas empoladas ou porosas Presença de fendas/fissuras ativas (**) Consistência insuficiente da base (som oco) Preparar a base com o primário E168. Para bases muito absorventes aplicar 2 camadas (1ª camada diluído em 1:1; 2ª camada, sem diluição. Identificar a causa. Com base na análise das causas eliminar a patologias ou simplesmente deixar secar se for o caso. Remover mecanicamente. Limpar, lavar com água à pressão Deixar secar. Varrer ou lavar com água à pressão. Deixar secar Remova/limpe as manchas de gordura com produtos adequados (*) ; Lavar com água limpa à pressão; Deixar secar. Eliminar os restos; Lavar com água limpa à pressão; Deixar secar. Remover mecanicamente; Limpar e lavar com água à pressão; Deixar secar; Aplicar o primário E168. Remover mecanicamente; Usar solventes para remoção; Deixar secar. Realizar o nivelamento com a argamassa TEO124. Remover mecanicamente; Limpar; Se necessário realizar o nivelamento com a argamassa TEO124. Assegure a secagem necessária dos materiais. Identificar previamente as causas. Eliminar mecanicamente as camadas instáveis com a opção de molhar previamente para remoção; Deixar secar; Se necessário realizar o nivelamento com a argamassa TEO124. 5

Assegure a secagem necessária dos materiais. Pinturas existentes Mecanicamente eliminar as camadas instáveis, opcionalmente molhando previamente; Deixar secar; Se necessário realizar o nivelamento com a argamassa TEO124. Assegure a secagem necessária dos materiais. Elementos metálicos na fachada Limpe a ferrugem; Aplicar um produto antiferrugem; Cobrir com um primário (ex: EO338). Musgos, líquenes, mofo, fungos, algas Remover mecanicamente depois de molhar a superfície; Tratar com um agente químico biocida; Deixar secar. *) Antes de usar detergentes químicos verificar com o fabricante do sistema a possibilidade da sua aplicação. **) Fendas/Fissuras abertas e inativas podem ser preenchidas com materiais adequados; fendas/fissuras. A base pode ser preparada para a colagem com a utilização de um primário (i.e. E168) Instalação sistemas de isolamento térmico TYTAN EOS EPS e MW A sequência das principais etapas de instalação compreende: Montagem do perfil de arranque ou outro procedimento de arranque do sistema; Colagem dos painéis de isolamento; Fixação mecânica; Camada base (barramento armado) com malha em fibra de vidro; Aplicação de primário: Aplicação do revestimento final. Aplicação do revestimento final decorativo (se contemplado). Perfil de arranque O perfil de arranque será instalado no perímetro do edifício como um suporte estável para a colagem e alinhamento da primeira linha das placas de isolamento. A largura do perfil de arranque deverá ser escolhida de acordo com a espessura das placas de isolamento. Deverá estar dotada no bordo inferior de sistema de gotejamento. O perfil de arranque tem como finalidade elevar na horizontal o arranque do sistema a uma altura de pelo menos 30 acima da linha de solo. Deverá usar 3 parafusos por metro linear. Poderá ser necessária a impermeabilização da zona de arranque. Eventuais desníveis da base deverão ser corrigidos com espaçadores plásticos. A união entre perfis de arranque deverá um espaçamento mínimo entre 2-3mm e ligada com ligador em plástico. Os perfis de arranque não se deverão sobrepor. 6

Fixação Espaçador Ligador EXEMPLO 7

Alternativa ao perfil de arranque Uma alternativa à utilização de perfil de arranque será através da utilização de um perfil em madeira montado temporariamente para a colagem da primeira linha das placas de isolamento. Junto à linha de arranque do sistema marcar com um lápis o alinhamento da primeira linha de placas de isolamento. Prepare uma tira de malha em fibra de vidro com cerca de 15cm + espessura do isolamento + 10cm. Cole com argamassa de colagem a tira de malha em fibra de vidro cerca de 15cm acima da linha previamente marcada. Depois de seco posicione e fixe o perfil provisório em madeira em que o plano superior deve corresponder à linha de arranque definida e, a tira em malha fibra de vidro previamente colada deve ficar por cima do perfil de arranque provisório. Realizar a aplicação/colagem da primeira linha de placas de isolamento assentes sobre a fibra de vidro. Dentro de 2-3 dias poderá retirar o perfil de arranque provisório e colar com argamassa de barramento a tira de fibra de vidro na face inferior da primeira linha de placas de isolamento térmico. Nunca menos do que 15cm. O excesso de produto deve ser removido e nivelado o acabamento. Para terminar aplicar o acessório de canto em PVC com reforço em fibra de vidro e gotejamento. Colagem das placas de isolamento Dependendo do tipo de painéis de isolamento a utilizar será feita a escolha do tipo de argamassa de colagem a utilizar. Colagem Os produtos de colagem são fornecidos em saco de papel com 25Kg em mistura seca pronta a usar, bastando a adição de água limpa. A temperatura da água deverá estar situadas entre +10ºC e +20ºC. Preparação da argamassa adesiva/colagem: Despeje num recipiente 5,5 litros de argamassa. Aos poucos, despeje o conteúdo do saco de 25Kg e mexa lentamente com misturadora até obter uma consistência homogénea. Deixe repousar durante 5 minutos. Misture novamente. A mistura estará pronta a usar e deverá ser utilizada até 2 horas. Se a argamassa ficar muito espessa misturar novamente sem adicionar água. Métodos para aplicação da argamassa de colagem nas placas de isolamento As placas de lã mineral devem ser preparadas revestindo na totalidade a placa de isolamento com uma camada fina com a utilização de espátula. As placas de EPS não necessitam desta preparação. 8

Para bases com irregularidades até 2cm/m deverá ser aplicado um cordão com uma altura de cerca 5-7cm no perímetro da placa de isolamento e com 2-3cm de largura. Em seguida aplicar 3 pontos no meio da placa de isolamento. A espessura da argamassa de colagem depende da rugosidade da base, mas não deverá ter mais do que 3cm. Pelo menos 40% da placa e isolamento deverá estar em contato com a argamassa de colagem. Para bases uniformes e igualizadas, aplicar a argamassa de colagem com espátula dentada com 8-12mm. Ao utilizar painéis de isolamento de lã de rocha com fibras transversais a argamassa de colagem é sempre aplicada em toda a área da placa de isolamento. Nota: não aplicar argamassa de colagem nas extremidades das placas de isolamento nem preencher faltas/falhas de isolamento com a argamassa de colagem. Utilize para preencher faltas/falhas no isolamento, pedações de isolamento térmico ou espuma de PU. A primeira linha de placas de isolamento deve ser coladas apoiada no perfil de arranque. As placas de isolamento devem estar firmemente assentes na calha de arranque, não devendo exceder a sua largura. Existindo um espaço entre o perfil de arranque e a base, este deve ser preenchido com espuma de PU ou com outro material isolante. Cada linha consecutiva de placas de isolamento deve ser aplicada com juntas desencontradas de forma a ficarem travadas. Nas extremidades deixar as placas ligeiramente salientes e após cura da colagem (não antes de 2 dias) cortar os excessos e retificar a esquadria se necessário. 9

As placas de isolamento devem ser planeadas de forma que as juntas não fiquem alinhadas com as linhas de seguimento de portas e janelas. Todas as juntas horizontais e verticais devem estar localizadas a uma distância de mais de 100 mm a partir dos vértices dos ângulos de aberturas de construção. Ao instalar placas de isolamento abaixo da zona de arranque deve utilizar um material que possua baixa absorção de água (i.e. XPS sem pele). As uniões entre placas de isolamento devem estar justas. Quando existam espaços/falhas até 2mm utilize o material de isolamento para as preencher. Quando os espaços/falhas forem superiores a 4mm utilize espuma de PU. Nunca preencha os espaços/falhas com argamassa. As juntas das placas de isolamento devem estar afastadas pelo menos 100mm de: Zonas de fissuras inativas; De linhas de paredes com espessura diferentes ou salientes; De linhas de transição de materiais de isolamento diferentes ou de bases diferentes. Nota: as juntas de dilatação existentes devem ser mantidas. 10

Opções de remate isolamento junto a janelas/portas Na zona de encosto das placas de isolamento com os caixilhos/molduras de janelas e portas devem ser usados acessórios/procedimentos adequados: Usar uma fita de poliuretano autoexpansível ou um perfil em PVC com rede. Com a colagem da placa de isolamento a fita de poliuretano deve ser compactada pelo menos em 1/3 da sua espessura. No caso do perfil em PVC com rede deve ficar justo e perfeitamente alinhado com a face exterior da placa de isolamento Opção 1 Opção 1 Opção 2 Antes de colar as placas de isolamento nos detalhes da fachada (tubos, consolas, suportes, etc.) deve aplicar fita autoexpansível de poliuretano para selagem. Existindo tubagens (elétricas, telecomunicações, etc) encastradas no sistema de isolamento térmico pelo exterior, deverá marcar a superfície externa para que na necessidade de realizar furos não danifique as tubagens. Preparação da superfície das placas de isolamento para o procedimento seguinte (Camada base / Barramento armado) A superfície das placas de isolamento após cura da colagem (nunca antes de 2 dias) deve ser limpa cuidadosamente e lixada. Isto permite eliminar irregularidades e melhora a aderência da camada base (barramento armado). Estando as placas de isolamento em EPS há mais de 2 semanas expostas ao tempo, e estando o EPS amarelado e/ou empoeirado, certifique-se que faz uma lixagem completa seguida de limpeza de todas as superfícies. 11

No caso de placas de isolamento em lã mineral em que o polimento é desaconselhado pois pode danificar as fibras, deverá prestar especial atenção para garantir o nivelamento da camada de isolamento térmico. Fixação mecanicamente das placas de isolamento As buchas de fixação são instaladas após cura da camada adesiva, nunca antes de 48 horas após a colagem das placas de isolamento. Ao aplicar buchas de fixação, deve usar buchas certificadas constantes na Declaração de Desempenho instaladas por pessoal qualificado. São utilizadas buchas de fixação com prego em aço anti corrosão ou plástico, de alto impacto. Os pregos devem ser isolados termicamente. O corpo da bucha deve ser em material de baixa condutibilidade térmica (poliamida, polietileno, polipropileno). A seleção das buchas apropriadas deve considerar: a espessura das placas de isolamento, o apoio e capacidade de carga, a altura do edifício e a capacidade de carga das buchas de fixação. Para determinar a carga admissível é recomendada a realização de ensaios. O tipo de buchas, o seu número, comprimento e distribuição deve ser definido na documentação do projeto ou pelo fabricante. Ter em atenção que quando as placas de isolamento forem em lã mineral as buchas devem ter prego metálico. Se a lã de rocha tiver as fibras com orientação transversal ou em placas de dupla densidade é necessário usar uma rodela adicional para melhor a fixação/tração. A rodela deve ter entre 90mm a 140mm. Sequência dos trabalhos: Para verificar a conformidade do comprimento da bucha, verifique o tamanho real das várias camadas até à superfície exterior da placa de isolamento. No caso de uma base de fixação insuficiente considere uma bucha com um comprimento maior. Realizar a perfuração usando berbequim em modo de perfuração e não martelo. O furo deve coincidir com o diâmetro das buchas usadas. Consulte a documentação das buchas para determinar a base de fixação em mm. Insira o prego em até que bata no corpo da bucha e coincida com a superfície exterior da placa de isolamento. Utilize um martelo com cabeça em borracha até que a cabeça do prego fique nivelada com a superfície exterior da placa de isolamento. Ao instalar buchas, observe o seguinte O eixo de perfuração deve ser perpendicular ao nível do pavimento. 12

O diâmetro de perfuração deve coincidir com o diâmetro do prego/parafuso das buchas usadas. É necessário controlar periodicamente o desgaste da broca de forma a manter o diâmetro de perfuração. No caso da lã de rocha antes da perfuração deve furar a lã de rocha. No caso de base em tijolo, materiais vazados e/ou porosos deverá usar a perfuração em modo de perfuração. Recomenda-se a utilização de martelo com cabeça em borracha para bater buchas com prego e um berbequim em baixa velocidade com adaptador para o caso de buchas com parafuso. Depois de instalar o prego/parafuso na posição axial ao desenho das buchas estas não devem ficar saliente relativamente ao plano externo das placas de isolamento. A distância a partir da aresta da base de apoio da instalação das buchas, dependendo do tipo de buchas mas tipicamente é: - Bases fracas e porosas 100 mm; - Bases densas e rígidas 50 mm. No caso de instalação inadequada da bucha (dobrada, solta, partida, etc.) esta deve ser removida e substituída por nova com fixação na vizinhança da original. O buraco deve ser tapado com espuma de enchimento isolante. As buchas permanecendo mais do que 6 semanas expostas às condições climatéricas, podem ser danificadas pela radiação ultravioleta. De forma a evitar a degradação das buchas deverá cobri-las com argamassa da camada base. 13

Exemplos 6 buchas/m2 8 buchas/m2 8 buchas/m2 periferia 6 buchas/m2 meio 10 buchas/m2 periferia 8 buchas/m2 meio Instalação de elementos de reforço adicionais e perfis A instalação de componentes e perfis adicionais de reforço, pode ser realizada logo após a colagem e eventualmente após aplicação das buchas de fixação. Reforço de diagonais junto a janelas/portas/aberturas De forma a evitar fendas/fissuras diagonais no sistema ETICS, nos cantos de janelas e portas, deverá realizar um reforço duplo com pedaços de malha em fibra de vidro com pelo menos 200x300mm. Aplicar previamente uma camada de argamassa de barramento com 2mm com a espátula do tamanho do pedaço da fibra de vidro. Incorpore o pedaço de fibra de vidro na diagonal com um ângulo de 45º em que o meio da tira coincida com o vértice do ângulo. 14

Reforço de cantos/ângulos Para aumentar o reforço nos cantos externos do edifício, janelas e esquadrias de portas são usados perfis de canto em PVC com malha de fibra de vidro. Nos ângulos/cantos aplicar uma camada de argamassa de barramento com cerca de 22m de espessura. Incorporar o acessório de canto na argamassa fresca pressionando ligeiramente. O excesso de material deve ser retirado e o nivelamento da argamassa corrigido. Nas faces superiores das aberturas (janelas, portas, varandas, etc.) usar perfis de canto com rede e gotejamento. 15

Juntas de dilatação Existindo juntas de dilatação estas devem ser mantidas e devem ser usados acessórios próprios com fibra de vidro conforme figuras abaixo. O procedimento de incorporação é semelhantes aos dos acessórios de canto com rede. Notas importantes: Todos os perfis com rede devem ser perfurados. Todos os perfis com rede devem ser incorporados em argamassa fresca. Não é permitida a aplicação dos perfis apoiados diretamente sobre as placas de isolamento sem previamente realizar a aplicação de uma camada com 2mm de argamassa. Camada base (barramento armado) A realização da camada base deve utilizar malha em fibra de vidro certificada para os sistemas de isolamento térmico pelo exterior TYTAN EOS e ter uma gramagem de 160gr/m2 e ter caraterísticas de resistência aos álcalis. Sequência dos trabalhos: Zonas de janelas, portas, varandas, etc., devem ser protegidas com películas protetoras durante a fase de realização da camada base. Planeie antecipadamente as várias tiras de malha em fibra de vidro. Prepare a superfície das placas de isolamento: As placas de poliestireno devem estar niveladas, lixadas e livres de poeira. Nas placas de lã de rocha aplique uma primeira camada mais liquida antes de aplicar camada onde irá incorporar a malha em fibra de vidro. Na superfície preparada das placas de isolamento, aplique uma camada de argamassa com espátula com dente entre 8-10mm. Imediatamente após aplicação da argamassa incorporar a malha em fibra de vidro de cima para baixo. Com o lado liso da espátula pressionar a malha em fibra de vidro na argamassa fresca. O excesso de argamassa que irá passar através da quadrícula da malha em fibra de vidro, deve ser nivelado. 16

As várias peças de malha em fibra de vidro devem sobrepor-se pelo menos 10cm na sua verticalidade. Requisitos obrigatórios na camada base (barramento armado) A espessura da camada de base deverá ser de 3-4 mm. A espessura de argamassa sobre a malha de fibra de vidro deve ser pelo menos 1mm. Em zonas de sobreposição de várias peças de fibra de vidro não deverá ser inferior a 0,5mm. A malha em fibra de vidro deve estar localizada afastada da superfície exterior cerca de 1/3 da espessura da camada base. As quadrículas da malha em fibra de vidro não podem estar visíveis. Estando visíveis realizar a aplicação de uma segunda camada de argamassa com cerca de 1mm 24 horas depois. No remate da malha em fibra de vidro com o perfil de arranque deixar na verticalidade uma pequena folga além da zona de gotejamento. Após secagem cuidadosamente cortar a fibra de vidro rente à zona de gotejamento. Em caso de comprimento insuficiente na verticalidade da tira de malha em fibra de vidro sobrepor pelo menos 10cm a próxima tira. A superfície da camada base (barramento armado) deve estar completamente nivelada/alinhada para assegurar uma aplicação correta do revestimento final. Criar zonas antivandalismo Pode criar zonas antivandalismo por exemplo até 2,5-3 metros acima da zona de arranque. A camada antivandalismo deve ser realizada até 24 horas antes da camada base principal. A espessura total da camada antivandalismo e da camada base não deve ser inferior a 6mm. A malha em fibra de vidro da camada antivandalismo deve ser aplicada topo a topo (sem sobreposição) seguida da realização da camada base. Aplicação do primário na camada base (barramento armado) Após a camada base realizada e estando seca aplicar na superfície o primário. Nunca antes de 48 horas após ter terminado a camada base, isto a uma temperatura de 20ºC e 65% de humidade relativa. O primário tem como finalidade regular a absorção da base e prevenir desvios de cor no acabamento final. Aplicação do revestimento final O revestimento final pode ser aplicado após secagem do primário. Não antes de 24 horas, se o primário tiver sido aplicado 48 horas após realização da camada base. Não antes de 6 horas, se o primário tiver sido aplicado 72 horas ou mais após realização da camada base. Antes da aplicação do revestimento final, certifique-se que: 17

As zonas metálicas da superfície exterior estão protegidas contra a corrosão; Todas as zonas (janelas, portas, varandas, etc.) onde não vai aplicar o revestimento final estão devidamente protegidas. Tem o número suficiente de trabalhadores para realizar um trabalho contínuo nas zonas completas. Não interromper os trabalhos em áreas contínuas já que poderá notar emendas. Revestimento final Os revestimentos finais E148, EO348, EOS748 são aplicados com espátula em aço inoxidável em camada ligeiramente superior ao tamanho do grão do revestimento. Mantenha em seguida a espátula num ângulo constante para remover o excesso de material (colocar no balde e misturar). A espessura da camada de revestimento final deve corresponder ao tamanho do grão. Com uma espátula plástica em movimento circulares realizar o acabamento final do revestimento final. O tempo de trabalhabilidade depende da temperatura ambiente, da base e dos materiais. Na realização do acabamento final é necessário manter a espátula plástica limpa. Enxague com água. Requisitos obrigatórios na aplicação do revestimento final Imediatamente antes da aplicação o conteúdo do balde deve ser cuidadosamente misturado, com um misturador de baixa velocidade até obter uma consistência homogénea. Não misturar com outros materiais. Se necessário pode ser diluído com um pouco de água dependendo das condições climatéricas. Posteriormente ao início da aplicação não deverá adicionar mais água. Normalmente o revestimento final, acrílico, silicatos ou silicónico é entregue na cor desejada. Antes de iniciar a aplicação certifique-se que está a usar materiais do mesmo lote em áreas contínuas de aplicação. A aplicação do revestimento final deve ser realizada sem interrupções, seguindo o princípio de canto a canto ou seja, deverá ter o número suficiente de trabalhadores treinados para a execução da aplicação. A finalidade desta abordagem é a de evitar que se notem emendas em zonas contínuas de aplicação. Na presença de áreas com diferentes estruturas ou cores deverá planear a transição com o uso de fitas. A fita deve ser removida antes da secagem do revestimento final. Ter em atenção que baixas temperaturas e alta humidade pode aumentar o tempo de secagem do revestimento final em alguns dias. As superfícies onde foi aplicado o revestimento final devem ser protegidas da luz direta do sol, do vento, da chuva e de temperaturas muito altas ou muito baixas. Após a conclusão dos trabalhos deve lavar imediatamente as ferramentas e os equipamentos. Ao escolher o tipo de revestimento final deverá ter em conta não só os requisitos da estrutura (tipo de grão, tamanho do grão) e da cor mas também analisar os parâmetros associados ao 18

local da aplicação tipo de base, tipo de isolamento, meio ambiente, condições climatéricas, grau de poluição, etc. Perante qual dúvida ou questão não esclarecida ou abordada nas instruções anteriores, deve ser colocada ao distribuidor autorizado TYTAN ou diretamente para tytan@sapo.pt. 19

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