MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF)



Documentos relacionados
PAC 09. Higiene, Hábitos higiênicos e Saúde dos Colaboradores

Manual Básico para os Manipuladores de Alimentos

Importância da Higiene

Manual de BPF(GMP) GRÁFICA&BUREAU LARAMARA BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO. uma empresa com

BOAS PRÁTICAS NO PREPARO DE ALIMENTOS

ARMAZENAGEM DE PRODUTOS QUÍMICOS

REGULAMENTO GERAL DOS LABORATÓRIOS DA FACULDADE TECSOMA REGRAS DE BIOSSEGURANÇA

(HOJE É FEITO POR PETICIONAMENTO ELETRÔNICO NO SITE DA ANVISA)

PAC 01. Manutenção das Instalações e Equipamentos Industriais

Como proteger seus produtos com práticas de manuseio seguro de alimentos

Regulamento do Bloco Cirúrgico do Centro de Práticas Clínicas e Cirúrgicas (CPCC)

CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. Erica Cristina Possoli Técnica em Segurança do Trabalho

FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos)

FISPQ (FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS.) DETERGENTE EUCALIPTO GEL 1- IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA:

Código: CHCB.PI..EST.01 Edição: 1 Revisão: 0 Páginas:1 de Objectivo. 2. Aplicação

PAC 11. Controle da matéria-prima, ingredientes e material de embalagens

MANUAL MEIO AMBIENTE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

Regras Básicas de Segurança Em Laboratórios de Química

Escola da Saúde Manual de Segurança e Boas Práticas dos Laboratórios de Estrutura e Função e Laboratórios de Habilidades

PAC 07. Controle Integrado de Pragas CIP

Laboratório de Química Orgânica. Orgânica e Farmacêutica. Com colaboração da Dr.ª Sara Cravo QOI - 02/03 1

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01/2012 SUDE/DILOG/CANE PROGRAMA ESTADUAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR PEAE

FISPQ Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico CLORETO DE ZINCO

BIOSSEGURANÇA NOCÕES BÁSICASB. Ione Pinto m

LISTA DE VERIFICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO EM COZINHAS MILITARES E SERVIÇO DE APROVISIONAMENTO

REGULAMENTO DOS LABORATÓRIOS

Produção Integrada de Maçã PIM. Lista de Verificação para Auditoria de Acompanhamento Pós-Colheita

Modelo TS-243 ESCOVA GIRATÓRIA ARGAN OIL + ION MANUAL DE INSTRUÇÕES

Química Fundamental Informações Gerais Data: 29 de Fevereiro de 2012 NORMAS DE SEGURANÇA E BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO

Ficha de informação de segurança de produto químico (FISPQ) LIMPEZA PESADA

Regulamento do Laboratório de Histologia do Centro de Práticas Laboratoriais (CPL)

Gerenciamento da Qualidade

Boas Práticas para Estocagem de Medicamentos

REGULAMENTO DOS LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE ANATOMIA CAPÍTULO I DOS LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E ANATOMIA E SEUS OBJETIVOS

FISPQ FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUIMICOS

MANUAL INFORMATIVO PARA ORDENHA MECÂNICA BPA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

REGULAMENTO DO LABORATÓRIO DIDÁTICO DE BIOLOGIA MOLECULAR E IMUNOLOGIA APLICADO AOS CURSOS SUPERIORES DE GRADUAÇÃO E PÓS- GRADUAÇÃO

REGULAMENTO GERAL DE UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

MANUAL DE NORMAS GERAIS E DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO

NORMAS DE SEGURANÇA DOS LABORATÓRIOS DO CURSO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS UNIFEI CAMPUS ITABIRA

Mudança. manual de montagem. Estante Divisória. ferramenta chave philips. tempo 1 hora e 30 minutos. tempo 1 hora. montagem 2 pessoas

MANUAL DE INSTRUÇÕES. Modelo TS-242 ESCOVA GIRATÓRIA

ANEXO IV LAUDO DE CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE HIGIENE

NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO

3 Dados Técnicos Página 1 de 7 Protetores Auditivos Tipo Abafador Modelo H9A-02 e H9P3E-02

Cozinha Industrial. Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho

REGULAMENTO DOLABORATÓRIO DE ENFERMAGEM ANA NERY CAPÍTULO I DO LABORATÓRIO DE ENFERMAGEM

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MANUAL TÉCNICO PREALL

Manual do. Almoxarifado

HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE, PROCESSAMENTO E PREPARO DE SUPERFÍCIE DOS EQUIPAMENTOS E CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO


ESPECIFICAÇÕES PRODUTO E PROCESSO LANCETAS AUTOMÁTICAS DE SEGURANÇA INJEX

FISPQ. Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico. ELEVADOR DE ph MALTEX 2. COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES

REGULAMENTO DOS LABORATÓRIOS ESPECIALIZADOS DA ÁREA DE SAÚDE

Não conformidades mais comuns em inspeções de Boas Práticas de Fabricação de medicamentos realizadas pelas Visas

Megaplasma Comercial Ltda

NORMAS INTERNAS DA UTILIZAÇÃO DO HERBÁRIO DO CÂMPUS DE AQUIDAUANA - UFMS/CPAq

CÓPIA CONTROLADA POP - PRIMATO 002 / REV. 01

NR.33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados

SGT Nº 11 SALUD / Comisión de Productos para la Salud / Grupo Ad Hoc Domisanitarios/ Acta Nº 01/09. UNIDO IV Documentos de Trabajo

ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉ RJ AGÊNCIA MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DIRETORIA DE RESÍDUOS

CENTREIND CENTRO DE TREINAMENTO INDUSTRIAL

Q TIC. Produtor/ Fornecedor:... Quimil Indústria e Comércio LTDA

Ficha de informação de segurança de produto químico (FISPQ) DESINFETANTE NÁUTICO MALTEX

3. DESCRIÇÃO DE PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE SEGURANÇA:

1. Obedecer fielmente às determinações do síndico e da administradora.

PROCEDIMENTOS E ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA NAS TAREFAS EXECUTADAS NA COZINHA INDUSTRIAL.

FineNess Cachos PRO. Manual de Uso

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

PROCEDIMENTOS PARA ORGANIZAÇÃO E ENTREGA DE DOCUMENTOS NOVOS

FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) ECOBRIL LIMPA CARPETES E TAPETES

FOGÃO ELÉTRICO. Manual de Instruções SIEMSEN. (0xx) LINHA DIRETA

VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO) PÓ.

Anexo I INFORME PRÉVIO. Indústria de Medicamentos e/ou insumos farmacêuticos. Nome da Empresa /RS, 20

CÓPIA CONTROLADA POP - PRIMATO 001 / REV. 00

11/ / REV.1 SOMENTE PARA USO DOMÉSTICO. ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR MANUAL DE INSTRUÇÕES

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO ANEXO 09 DIRETRIZES AMBIENTAIS MÍNIMAS

Condições de Instalação e Uso

AQUECEDOR CADENCE DILLETA AQC 412 LIGADO

SEGURANÇA NA TERCEIRA IDADE OS FATORES QUE MAIS CAUSAM AS QUEDAS PODEM SER:

4. MEDIDAS DE PRIMEIROS-SOCORROS

Considerando que o trânsito de alimentos em condições seguras pressupõe a preservação da saúde e do meio ambiente;

DIA DA BERMUDA Arrumando a nossa casa

Higiene e Segurança nos Laboratórios do DAN

Diante da atual situação de desabastecimento de água na cidade. Orientações à população para uso da Água. prefeitura.sp.gov.

RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº. 249, DE 13 DE SETEMBRO DE 2005.

Enquadramento legal Item da RDC ANVISA Nº 216/04. N Recipientes para coleta de resíduos Item da RDC

Versão 1.0 Numero da FISPQ: Data da revisão: Sika Silicone W : PROQUÍMICA: SIKA (DDG):

Nome do Produto: Inseticida Granulado LANDREX PLUS FISPQ N-: 17 Página 1/5 Data da última revisão:

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico. Rua Manoel Joaquim Filho, 303, CEP Paulínia / SP.

Quimesp Comercial Ltda.

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO (FISPQ)

PROCEDIMENTO DA QUALIDADE

Ficha de informação de segurança de produto químico (FISPQ) DETERGENTE NEUTRO MALTEX

Transcrição:

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF) PVP SOCIEDADE ANÔNIMA Fundada em 1962 Outubro de 2013 1

A aplicação das Boas Práticas de Fabricação (BPF) é a maneira de garantirmos a qualidade na produção de nossos produtos que se destinam ao mercado farmacêutico, veterinário, cosmético e alimentício. Você é parte importante neste processo, por isso consulte sempre este manual para que conheça e pratique todas as normas essenciais para o bom andamento do seu trabalho e a qualidade de nossos produtos. Este manual obedece a Portaria nº 1428 de Novembro de 1993, a Resolução - RDC n o 2 de 07 de Janeiro de 2002 e a Resolução - RDC n o 275, de 21 de Outubro de 2002 todas da ANVISA/MS. Boa leitura! 2

Índice Introdução 04 Higiene Pessoal e Ambiental 06 Edifícios e Instalações 11 Equipamentos 12 Documentação e Registros 14 Segurança do Trabalho 17 Produção 20 Garantia da Qualidade 24 Contaminação 26 Controle de Pragas 32 Armazenagem e Distribuição 34 Treinamento 35 3

Introdução BPF (Boas Práticas de Fabricação), é um conjunto de normas que padronizam e definem procedimentos, métodos de Controle de Qualidade, fabricação, condições de instalações, equipamentos e sua manutenção, embalagens, armazenamento e distribuição dos produtos. A legislação sanitária federal regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria, sendo a BPF a ferramenta mais importante do Sistema de Garantia da Qualidade. A PVP S/A. tem como filosofia utilizar as BPF s com o objetivo de obter processos claros, livres de defeitos, de desvios e de contaminação de qualquer tipo, que resultem em produtos com qualidade assegurada. Para fazer o nosso trabalho com QUALIDADE E SEGURANÇA, todos os colaboradores devem seguir os POP s (Procedimento Operacional Padrão) específicos de cada processo ou produto fabricado. Seguir estes procedimentos corretamente determinará o sucesso das Boas Práticas de Fabricação. 4

Vamos examinar as Boas Práticas de Fabricação em 11 pontos principais: 1. Higiene Pessoal e Ambiental 2. Edifícios e Instalações 3. Equipamentos 4. Documentação e Registro de Operações 5. Segurança do Trabalho 6. Produção 7. Garantia da Qualidade 8. Contaminação 9. Controle de Pragas 10. Armazenagem e Distribuição 11. Treinamento 5

1. Higiene Pessoal e Ambiental: ATENÇÃO: Mantenha sempre o seu local de trabalho limpo e organizado. Pisos, paredes, teto e equipamentos devem estar limpos o tempo todo. Isso também vale para os banheiros, vestiários, refeitório e demais áreas em comum. Pratique a coleta seletiva, pois cada lixo tem seu cesto correto. É preciso verificar se a limpeza foi feita adequadamente e de acordo com os seus respectivos procedimentos operacionais. Figura 1. Imagem retirada da Cartilha sobre Boas Práticas para serviços de alimentação, Resolução-RDC nº 216/2004 6

NAS ÁREAS, PRODUTIVAS É PROIBIDO: Falar, cantar, assobiar, tossir, espirrar ou assoar o nariz sobre os produtos; Mascar chicletes, chupar balas ou o uso palitos de dentes. Cuspir; Colocar o dedo no nariz ou ouvido e levar ao produto; Mexer no cabelo ou pentear-se próximo aos produtos; Comer ou beber na área de produção; Circular sem uniforme nas áreas industriais; Guardar roupas e pertences pessoais nas áreas de produção; Usar jóias, bijuterias e outros objetos que possam cair, ou contaminar de alguma forma, os produtos; É PROIBIDO FUMAR NAS DEPENDENCIAS DA PVP Higiene Pessoal Uma das formas mais comuns de contaminação é a falta de higiene pessoal, assim é imprescindível para garantirmos o bem estar dos funcionários e a qualidade dos produtos, que hábitos simples de higiene pessoal sejam adotados: 7

1 TOME BANHO DIARIAMENTE! 2 USE OS CABELOS CURTOS E SEMPRE LAVADOS! 3 ESCOVE SEMPRE OS DENTES E USE FIO DENTAL! 4 CORTE AS UNHAS REGULARMENTE 5 MANTENHA OS PÉS E AS MEIAS SEMPRE LIMPOS! 8

ALÉM DAS ORIENTAÇÕES ACIMA, É IMPORTANTE ATENTAR PARA O SEGUINTE: Usar desodorante sem cheiro e não utilizar perfumes; Na área produtiva, não use: maquiagem, colares, brincos, anéis, pulseiras, relógios e qualquer outro tipo de objeto que possa vir a contaminar o produto. Dessa forma, além de garantir sua higiene também serão evitados acidentes de trabalho. LAVE SEMPRE MUITO BEM AS MÃOS! Orientações para higiene das mãos Todos os colaboradores, principalmente aqueles envolvidos diretamente na fabricação de nossos produtos, devem manter as mãos limpas, fazendo uso regular das estações exclusivas para a lavagem de mãos: 9

No momento da chegada ao local de trabalho, antes de iniciar suas atividades; Antes de usar luvas e após tirá-las. Após utilizar os sanitários. Após tossir, espirrar, assuar o nariz ou se coçar; Após comer; Após recolher lixo e outros resíduos; Após passar muito tempo em uma mesma atividade; Todas as vezes que interromper um serviço. Saúde Pessoal Se você tiver algum problema de saúde, comunique imediatamente seu supervisor. Uniforme Mantenha-o limpo e bem apresentável; Use-o somente no local de trabalho; 10

Não sente com o uniforme em lugares impróprios (escadas, muretas, chão); Cuidado ao lavar o uniforme em casa; Lembre-se de que seu uniforme é uma grande arma na luta contra a contaminação. Toucas descartáveis As toucas devem ser utilizadas dentro da área produtiva, não podem estar rasgadas, furadas ou sujas. Vale lembrar que sua toca deve ser substituída e/ou higienizada sempre que necessário. 2. Edifícios e Instalações A empresa deve manter: Tetos sem bolor; Áreas sem lixo ou entulho; Instalações hidráulicas sem vazamentos; Pisos e paredes sem buracos, frestas ou rachaduras e ralos sifonados com tampas escamoteáveis; Instalações elétricas em bom estado; Iluminação, temperatura, umidade e ventilação apropriadas, a fim de preservar a qualidade dos produtos; Boa sinalização interna das áreas; 11

Sistema adequado de tratamento de resíduos; Sanitários e vestiários adequados e limpos. 3. Equipamentos Os equipamentos utilizados na fabricação, embalagem, armazenamento e análise dos produtos, devem ser apropriados e colocados de tal forma que a limpeza e a manutenção sejam facilitadas. Assim, os equipamentos devem: Possuir superfícies lisas, laváveis e resistentes; Ser instalados de forma adequada para que peças e componentes não se desprendam; Ter espaços suficientes para manutenções e limpezas; Passar por manutenção preventiva, e quando necessário corretiva; Ser retirados das áreas produtivas, se em fora de uso; Ser colocados em construções sem cantos vivos e reentrâncias. A verificação dos equipamentos deve ser feita por pessoal treinado do próprio estabelecimento, empregando 12

procedimentos escritos e padrões de referência, com orientação específica, mantidos os registros; Em caso de equipamentos que devam ser calibrados, as calibrações devem ser executadas utilizando-se padrões certificados ou padrões rastreáveis. A condição atual da calibração deve ser conhecida e passível de verificação e os registros das calibrações devem ser mantidos. 4. Documentação e Registro A documentação e o registro constituem parte essencial do Sistema da Garantia da Qualidade e deve estar relacionada com todos os aspectos da BPF. A documentação é composta por vários documentos relacionados a todo processo para obtenção do produto. Toda atividade executada na fabricação de um produto recebe visto e data. Desta forma, indicamos nossa responsabilidade sobre os processos realizados e garantimos a rastreabilidade da fabricação do produto. Tem como objetivo definir as especificações dos materiais, os métodos de fabricação e controle, assegurando 13

que os envolvidos na fabricação saibam decidir o que fazer e quando fazê-lo. Além disso, tem a finalidade de garantir que o colaborador autorizado tenha todas as informações necessárias para decidir a liberação ou não de determinado lote, além de possibilitar a rastreabilidade e a investigação de qualquer lote em suspeita de desvio de qualidade. Todos os documentos devem estar reunidos, acessíveis e constituir o registro do lote de fabricação. Preenchimento O preenchimento da documentação deverá esta sempre em caligrafia legível; Ser efetuada No momento em que se desenvolve o processo. 14

Obs: Não deixe campos em branco (sem preenchimento) - inutilize o campo em branco com um traço e coloque um visto. Técnica de Correção: Passar um traço vertical sobre o erro; Escrever ao lado a forma correta; Coloque um visto e date. É proibido: Usar borracha para apagar; Rasurar (escrever por cima do erro); Colar qualquer folha em cima; Refazer o documento; Passar corretivo. 15

5. Segurança do Trabalho A Segurança do Trabalho é outro fator importante e que está diretamente ligado às Boas Práticas de Fabricação, e portanto, as diretrizes específicas de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho fazem parte do nosso diaa-dia. A PVP S/A. visa propiciar aos seus colaboradores, prestadores de serviço, visitantes e à sociedade a garantia de uma busca contínua pelo controle total de riscos em seus ambientes de trabalho, para assegurar a integridade de seus colaboradores e a qualidade de vida de todos. 16

Algumas regras básicas para a prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais: Na dúvida não execute nenhuma atividade! Assim, esclareça todas as dúvidas com seu líder antes de realizar uma nova atividade e conheça o POP específico para a realização da atividade; Não opere máquinas ou equipamentos se não estiver devidamente capacitado e autorizado para tal; Siga fielmente as normas de segurança, as orientações da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e da Brigada de Incêndio; Comunique qualquer irregularidade ou situação de risco à seu Supervisor, ou ao Chefe de Segurança do Trabalho da empresa; Participe dos treinamentos, respeite as sinalizações de segurança e utilize corretamente os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). necessários à execução de suas atividades. Os equipamentos de proteção individual fornecidos a você servem para a sua proteção e são de uso obrigatório. 17

Tipos de EPI S: Os equipamentos de proteção individual fornecidos a você servem para a sua proteção e são de uso obrigatório. Óculos: Os óculos nos protegem contra partículas e reagentes químicos, devem ser usados sempre que você manusear qualquer produto, máquina ou ferramenta que ofereça risco durante os processos produtivos Calçados: Os sapatos de segurança são de uso obrigatório dentro das áreas produtivas ou das áreas específicas onde se processe a movimentação de materiais. Protetor Auricular: O uso de protetores auriculares é obrigatório quando próximo de equipamentos ou no exercício de atividades que gerem ruídos em sua execução. Protetor Respiratório: Máscaras de proteção respiratória são obrigatórias em toda e qualquer atividade que envolva o manuseio ou a existência de produtos químicos no ambiente (pós, solventes, etc.). 18

6. Produção Para uma boa produção devemos seguir as normas de BPF: Instruções de processo escritas e claras; Procedimentos operacionais totalmente conhecidos pelos colaboradores, sem improvisações; Limpeza constante das áreas produtivas; Codificação clara e legível, permitindo a rastreabilidade em todas as fases; Produtos auxiliares e materiais de embalagem identificados e aprovados pelo controle de qualidade; Inspeção dos produtos que eventualmente retornem ao processo antes do reprocesso para evitar contaminação cruzada ou mistura de produtos; Acompanhamento de variáveis como temperatura, tempo, Ph, peso, etc. Fluxo de Processo: Recebimento É preciso conferir e identificar todas as matérias-primas e materiais de embalagem recebidos, bem como checar seu aspecto (perfeito, danificado, sujo, etc.). Também devemos checar com o pedido as quantidades recebidas e a numeração dos lotes. 19

Quarentena e Separação de Materiais Todos os materiais devem ser mantidos em quarentena, imediatamente após o recebimento, e liberados para consumo até que sejam aprovados pelo Controle da Qualidade. A separação de materiais é feita de acordo com as quantidades estabelecidas na Ordem de Produção. As matérias-primas e os materiais de embalagem são separados pelo Almoxarifado e enviados para a Área de Produção mediante a solicitação e necessidade. Amostragem A amostra deverá ser representativa do lote. Devem ser amostrados todos os materiais recebidos. As matérias-primas e os materiais de embalagem são analisados pelo Controle de Qualidade, para assegurar que estão dentro dos padrões préestabelecidos pela empresa. Fabricação As matérias-primas devem estar sempre acompanhadas da Ordem de Produção (OP) e são manufaturadas conforme as instruções descritas na ordem de produção e/ou nos procedimentos operacionais. Os lotes são empacotados em caixas de papelão com sacos plásticos internos e identificados 20

conforme OP. Em seguida as mercadorias são enviadas para o Estoque Intermediário, juntamente com a OP, onde aguardará a expedição. Expedição Após o lote finalizado, a Área de Produção leva a OP para o Controle de Qualidade inspecionar o lote e desenvolver o laudo. Após esta aprovação a Qualidade leva a OP para a Área de Expedição, que dá andamento no processo de faturamento. Para expedir o lote é necessário que contenha a Nota Fiscal e o Laudo assinado. Todas as etapas do processo em que envolve a produção são importantes, por isso, deve existir uma boa comunicação entre os funcionários. Figura 2. Imagem retirada da Cartilha sobre Boas Práticas para serviços de alimentação, Resolução-RDC nº 216/2004 21

7. Garantia da Qualidade Monitora processos, coordena e desenvolve atividades, visando assegurar a qualidade dos produtos com todos os atributos essenciais, de acordo com padrões previamente estabelecidos pela BPF e especificados pelo cliente. A Garantia da Qualidade atua no sentido de: Assegurar que as condições mínimas para se obter produtos dentro do esperado sejam cumpridas; Buscar envolvimento contínuo de todos os colaboradores direta e indiretamente envolvidos com o processo de fabricação e controle; Treinar todos os colaboradores, acompanhar as especificações dos materiais; Assegurar que todos os processos e procedimentos foram validados e que sejam cumpridos; Assegurar que todos os fornecedores e prestadores de serviços foram aprovados e qualificados. 22

Controle de Qualidade É responsável pelo conjunto de técnicas, análises, inspeções e laudos que tem como objetivo garantir que matériasprimas, materiais de embalagem e produtos estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos pelos nossos clientes e pela BPF, para que possam ser utilizados com a finalidade proposta. 8. Contaminação Contaminação significa a presença de algo estranho nos materiais, equipamentos ou em tudo aquilo que tem contato direto com o produto. Devemos estar atentos aos 3 tipos de contaminação: Contaminação microbiana; Contaminação por partículas; Contaminação cruzada ou mistura. Contaminação microbiana Ocorre quando se verifica a presença de microrganismos nos produtos, materiais ou equipamentos (Ex: o mofo). 23

O que são microorganismos? São seres vivos que não podem ser vistos a olho nu, mas podem ser encontrados em qualquer lugar que não esteja limpo e sanitizado - Ex: Fungos ou bactérias. Podemos evitar a contaminação microbiana tomando os seguintes cuidados: Ter bons hábitos de higiene; Vestir uniformes limpos; Lavar as mãos sempre que usar o banheiro; Utilizar corretamente os EPIs; Lavar e sanitizar os equipamentos e utensílios empregados na produção; Manter os recipientes bem fechados e limpos. Contaminação por partículas Este tipo de contaminação ocorre quando as partículas se misturam aos produtos ou matérias-primas. O que são partículas? 24

São materiais sólidos e pequenos. Podem estar presentes nos uniformes, no chão, no ar e até mesmo sobre ou dentro dos equipamentos e utensílios utilizados nos processos produtivos Ex: Fiapos, cabelo, caspa, poeira, etc. Para evitar a contaminação por partículas: Use uniformes que não soltem fiapos; Não encoste em lugares sujos e empoeirados com o uniforme de trabalho; Deixe sempre os equipamentos limpos e sanitizados bem vedados e cobertos com plástico limpo; Mantenha as portas que dão acesso às áreas produtivas sempre fechadas. Contaminação cruzada: É a contaminação de determinada matéria-prima, produto intermediário, produto a granel ou produto acabado com outra matéria-prima, produto intermediário, produto a granel ou produto acabado durante o processo de produção. A contaminação cruzada pode ocorrer quando: 25

Deixamos barricas com produtos diferentes abertas e próximas umas das outras, pois o ar pode transportar o material de um recipiente para o outro. Há mistura de materiais no momento de separação (matérias-primas/materiais de embalagem); Lavamos inadequadamente um recipiente e deixamos nele resíduos do produto anteriormente fabricado. Para evitar a contaminação cruzada é preciso: Verificar a limpeza de utensílios e equipamentos antes de iniciar o processo; Nunca manusear mais de uma matéria-prima ou tipo de bula ao mesmo tempo; Manter sempre separados e vedados os recipientes que contenham matériasprimas ou produtos. Seja qual for sua função na indústria, fiquem atentos às normas préestabelecidas. Identificar e separar corretamente a matéria-prima; Seguir o POP de Limpeza e liberação de Área. 26

CUIDADO! UMA PEQUENA FALHA, UM PEQUENO DESCUIDO DA NOSSA PARTE PODE CAUSAR SÉRIOS DANOS À QUALIDADE DO PRODUTO À SAÚDE DO CONSUMIDOR. À IMAGEM DA EMPRESA E A TODOS NÓS. 27

À imagem da empresa é de reponsabilidade de todos nós e a contaminação é um problema extremamente sério e grave; deve ser eliminado desde o recebimento da matéria-prima até o produto final. Figura 3. Imagem retirada da Cartilha sobre Boas Práticas para serviços de alimentação, Resolução-RDC nº 216/2004 28

9. Controle de Pragas O controle de pragas é o conjunto de ações preventivas e corretivas que minimizam o risco de infestação e contaminação. Alimentos, plantas e sujeira atraem insetos e para evitar a proliferação destes animais indesejáveis, adotamos o Controle de Pragas feito por empresa especializada em controle de pragas, contratada pela PVP S/A. Todavia é importante que todos colaborem. Responsabilidade da Empresa: Contratar um fornecedor especializado em Controle de Pragas ; Fornecer e proporcionar as condições ideais para desenvolver os trabalhos; Treinar e orientar os colaboradores. Responsabilidade do Colaborador: Comparecer aos treinamentos oferecidos pela empresa; Não guardar alimentos nos armários do vestiário; Colocar em prática todas as orientações recebidas; Cuidar da higiene pessoal, coletiva e das dependências da fábrica; 29

Estar atento a todo e qualquer indício de aparecimento de insetos e comunicar seus responsáveis; 10. Armazenagem e Distribuição São cuidados indispensáveis: Não colocar o produto diretamente sobre o piso, somente sobre pallets ou prateleiras; Não estocá-lo junto com produtos tóxicos ou de odor forte; Adotar mapeamento e/ou codificação dos produtos, procurando escoar primeiramente os mais antigos, seguindo o Sistema FIFO/PEPSAI (Primeiro que entra/primeiro que sai); Manter programa de Controle de Qualidade integrado ao programa de Controle de Pragas, ambos monitorados e associados com trabalhos de higiene e análise de riscos; Guardar distância mínima entre a pilha de produto e a parede; Manter portas e janelas fechadas, evitando a circulação de ar e entrada de pragas. 30

11. Treinamento Normas básicas de treinamento: Treinamento periódico dos colaboradores, desde a sua integração à empresa, Segurança, BPF, POP da área específica e Fluxo de Pessoas na Área Produtiva; Reciclagem em higiene e qualidade; Orientação e supervisão constante dos líderes da área; Motivação e integração das áreas de Recursos Humanos, Qualidade, Segurança e Saúde; 31

Todo cuidado é pouco, pois estamos falando de saúde e da vida de seres humanos! OS BENEFÍCIOS COMPENSAM! TERMO DE COMPROMISSO Declaro ter recebido e estar ciente das informações, comprometendo-me a cumprir e zelar pela observância do Manual do Empregado da empresa. Local e data Nome completo e matrícula Assinatura PVP SOCIEDADE ANÔNIMA Rua Dr. João Emilio Falcão Costa, 148 64.218-290 Parnaíba Piauí Brasil Tel.: 55 86 3315 8000/ 3315 0012 Fax: 55 86 3315 8006 Email: pvp@pvp.com.br www.pvp.com.br 32

TERMO DE COMPROMISSO Declaro ter recebido e estar ciente das informações, comprometendo-me a cumprir e zelar pela observância do Manual do Empregado da empresa. Local e data Nome completo e matrícula Assinatura PVP SOCIEDADE ANÔNIMA Rua Dr. João Emilio Falcão Costa, 148 64.218-290 Parnaíba Piauí Brasil Tel.: 55 86 3315 8000/ 3315 0012 Fax: 55 86 3315 8006 Email: pvp@pvp.com.br www.pvp.com.br 33