PROCEDIMENTO ESPECÍFICO PARA PRODUTOS DE LIMPEZA



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REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL PARA PRODUTOS DE LIMPEZA E AFINS (REVOGACÃO DA RES. GMC N 10/04)

Transcrição:

1. Introdução O Falcão Bauer Ecolabel é um programa de rotulagem ambiental voluntário que visa demonstrar o desempenho ambiental de produtos e serviços através da avaliação da conformidade do produto com os critérios pré-definidos neste procedimento específico considerando todo o ciclo de vida do produto, bem como suas características funcionais. O programa segue os requisitos do GEN (Global Ecolabelling Network), de modo a garantir que a certificação de produtos pelo Programa Falcão Bauer Ecolabel atenda os princípios da norma ISO 14024 - Rotulagem Ambiental do Tipo I. O processo de certificação do Falcão Bauer Ecolabel é definido através do Procedimento Geral para Rotulagem Ambiental Falcão Bauer Ecolabel Brasil (PEP-124) que atende os requisitos da norma ISO/IEC 17065 - Conformity Assessment - Requirements for bodies certifying products, processes and services. 2. Objetivo Esse procedimento específico define os critérios que o produto deve atender para ser certificado pelo Programa Falcão Bauer Ecolabel. A definição dos critérios é feita a partir de pesquisas sobre os principais impactos ambientais associados ao segmento e considera todo o ciclo de vida do produto além das suas características funcionais. Sendo assim, o procedimento específico define quais são os ensaios e as análises que deverão ser apresentados para evidenciar o atendimento aos critérios definidos, bem como as normas técnicas, padrões e parâmetros que o produto deve seguir para obter autorização para o uso do Falcão Bauer Ecolabel. 3. Justificativa As atividades das organizações invariavelmente geram impactos no meio ambiente, independentemente de onde elas estejam localizadas. Esses impactos podem estar associados ao uso de recursos naturais, à escolha das matérias-primas, ao tipo de processo produtivo, à geração de resíduos, à emissão de poluentes atmosféricos e efluentes líquidos, entre outros. Para reduzir seus impactos ambientais, convém que a organização adote uma abordagem integrada, que leve em consideração todas as etapas do ciclo de vida do produto, de modo a evitar que os impactos sejam transferidos de uma fase a outra. Os principais impactos ambientais causados pelos produtos de limpeza decorrem das substâncias químicas que eles contêm. Essas substâncias muitas vezes são tóxicas, não biodegradáveis e/ou bioacumulativas, além disso, podem emitir compostos orgânicos voláteis (COVs) utilizados nos solventes e/ou fragrâncias afetando a qualidade do ar interior. O uso de substâncias como os fosfatos são muito comum em produtos de limpeza, tais substâncias contribuem para o processo de eutrofização da água, uma vez que os fosfatos aceleram a concentração de nutrientes em meios aquáticos, favorece o aparecimento de microalgas e cianobactérias que reduz o oxigênio dissolvido prejudicando as espécies aquáticas e perda da qualidade da água. Atualmente, os níveis de fosfatos nos detergentes são controlados por lei. Entretanto, o acúmulo dessas substâncias nos rios, lagos e praias, que recebem esgotos, pode prejudicar a vida das plantas e animais que vivem nestes locais. Por esse motivo as limitações ao uso dessas substâncias em produtos de limpeza são necessárias. Elaborado por: Cintia Oller Cespedes Verificado por: Gustavo Sato Aprovado por: Maurilen Zimenez PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 1/11

Outra preocupação é com a biodegradação do produto. Embora no país a lei determine que os detergentes devem ser biodegradáveis, alguns fabricantes não respeitam essa norma. Mesmo para aqueles que seguem a legislação de seu país, existem controvérsias a respeito do impacto que esses produtos causam nos ecossistemas aquáticos. Os tensoativos ou surfactantes, presentes nos produtos de limpeza, são lançados continuamente nos efluentes líquidos. Tais substâncias são resistentes à biodegradação, outras não podem ser metabolizadas e, portanto acumulam-se no ambiente. Tensoativos podem ser considerados substâncias bioacumuláveis e tóxicas, ou seja, nocivas para o meio ambiente, principalmente para os ecossistemas aquáticos. Em alguns países, um produto pode receber a denominação de biodegradável se as substâncias tensoativas residuais forem de apenas 10% após 28 dias do descarte do produto na água. Porém, há outros ingredientes desses produtos sintéticos, que podem chegar a 80% dos componentes totais de um produto. Nos produtos de limpeza comuns, muitos desses ingredientes não são biodegradáveis, e muitos podem ser tóxicos para a vida aquática, principalmente os derivados de petróleo. Outro exemplo de aditivos sintéticos usados nesses produtos são os conservantes. Estes são substâncias acrescentadas em pequenas quantidades em produtos de limpeza para garantir a durabilidade dos mesmos. Geralmente são antioxidantes, que impedem a oxidação; antissépticos que protegem das contaminações microbianas no processo de fabricação e utilização; e fungicidas, que impedem a proliferação de mofos e fungos. Eles podem ser naturais ou sintéticos, embora a maioria das empresas opte pelos sintéticos pela facilidade de manuseio e preço, mas estes podem trazer danos à saúde em longo prazo. Outro problema é que muitos produtos de limpeza possuem substâncias a base de cloro. Algumas substâncias derivadas do cloro como as cloroaminas, ou os organoclorados, além de cancerígenas, têm a capacidade de se acumular na cadeia alimentar prejudicando a fauna e podendo intoxicar os seres humanos. Finalmente, é importante ressaltar que a poluição das águas dos rios, lagos, mares e oceanos ocorre não apenas pelo despejo individual de uma substância ou outra, mas também pela reação química resultante da soma dos inúmeros produtos de limpeza que usamos em nossas residências. Essa combinação potencializa os impactos sobre a qualidade das águas, sobre a fauna e flora dos ecossistemas, assim como aumenta o perigo para as populações que consumirem estas águas ou se alimentarem desses animais aquáticos posteriormente. Nesse contexto, faz-se necessário o estabelecimento de critérios específicos para os produtos de limpeza visando o estabelecimento de diretrizes para que as empresas do segmento possam demonstrar à sociedade, de forma voluntária e através da avaliação de uma terceira parte, o desempenho ambiental dos seus produtos. 4. Definição da Categoria Este procedimento se aplica aos produtos listados a seguir: Água sanitária Álcool gel para limpeza Alvejantes a base de hipoclorito de sódio ou de cálcio Amaciante de tecidos Branqueadores Ceras PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 2/11

Desincrustantes ácidos e alcalinos Desinfetante Desodorizantes Detergentes de uso geral Detergentes desengordurantes Engomadores de roupas Facilitadores de passagem de roupas Limpa carpetes e tapetes Limpa vidros Limpadores de uso geral Lustradores Multiuso Neutralizadores de odores Odorizante de ambiente Polidores Polidores de sapatos Produtos para pré-lavagem e pós-lavagem Removedores Repelentes Sabões Saponáceos Secantes abrilhantadores Selantes e impermeabilizantes Os tipos de produtos de limpeza para os quais os requisitos são aplicáveis podem ser destinados ao uso doméstico e profissional. 5. Critérios Ambientais 5.1. Pré-produção 5.1.1. Aquisição de matéria-prima Para demonstrar o atendimento aos requisitos de aquisição de matéria-prima a organização deve: - incluir nas contratações critérios de qualidade, desempenho ambiental e social dos produtos ou serviços, levando em consideração os aspectos significativos do ciclo de vida dos produtos. - priorizar produtos, processos ou serviços avaliados por sistemas de rotulagem ou certificação reconhecidos nacional ou internacionalmente com foco na sustentabilidade. - estabelecer um programa de qualificação e avaliação dos principais fornecedores de matérias primas, embalagens, materiais auxiliares e prestadores de serviços com foco no atendimento de PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 3/11

exigências ambientais regulamentares e melhoria do desempenho ambiental, incluso condicionantes de licenças, ocorrências de infrações ambientais, atendimento de termos de ajustamento de conduta e melhoria contínua da sustentabilidade dos processos. 5.1.2. Requisitos para a formulação dos produtos 5.1.2.1. Substâncias proibidas As substâncias listadas a seguir não devem estar presentes no produto e/ou nas suas matérias-primas: Ácido bórico, boratos e perboratos Ácido nitrilo tri-acético ou qualquer dos seus sais Alquilfenol etoxilado e seus derivados Compostos perfluorados Fosfatos Solventes orgânicos halogenados ou butoxietanol Sulfonatos de Alquilbenzeno Lineares Além das substâncias já citadas, não devem conter na formulação também substâncias comprovadamente, provavelmente ou possivelmente carcinogênicas presentes na lista da IARC (International Agency for Research on Cancer) nos grupos 1 e 2. Lista IARC disponível em: (http://www.absoluteastronomy.com/topics/international_agency_for_research_on_cancer). E ainda, substâncias classificadas conforme abaixo de acordo com a Diretiva 67/548/CEE: R23: Tóxico por inalação R24: Tóxico em contacto com a pele R25: Tóxico por ingestão R26: Muito tóxico por inalação R27: Muito tóxico em contato com a pele R28: Muito tóxico por ingestão R29: Em contato com a água libera gases tóxicos R45: Pode causar câncer R46: Pode causar alterações genéticas hereditárias R47: Pode causar defeitos ao feto R48: Risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada R49: Pode causar câncer por inalação R60: Pode comprometer a fertilidade R61: Risco durante a gravidez com efeitos adversos na descendência R62: Possíveis riscos de comprometer a fertilidade R63: Possíveis riscos durante a gravidez com efeitos adversos na descendência R64: Pode causar danos às crianças alimentadas com leite materno PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 4/11

R65: Nocivo: pode causar danos nos pulmões se ingerido R66: Pode provocar secura da pele ou fissuras, por exposição repetida R67: Pode provocar sonolência e vertigens, por inalação dos vapores R68: Possibilidade de efeitos irreversíveis 5.1.2.2. Substâncias com restrições EDTA - Ácido Etilenodiamino Tetra-Acético Os produtos poderão conter uma quantidade máxima de 0,06% de EDTA em sua formulação. Compostos de amônia São permitidos para uso apenas como conservantes, não podem ser usados como ativos ou qualquer outra função na formulação que não seja a de conservar ou preservar o produto, só serão aceitas as substâncias listadas e os limites estabelecidos na Resolução ANVISA RDC nº 35 de 3 de junho de 2008. Compostos de cloro A utilização de compostos de cloro tais como, hipoclorito de sódio, deve estar em conformidade com o previsto na Resolução ANVISA RDC nº 55 de 10 de novembro de 2009. Conservantes A utilização de conservantes deve estar em conformidade com o previsto nas Resoluções ANVISA RDC nº 35 de 3 de junho de 2008 e RDC nº 30 de 4 de julho de 2011. Fragrâncias A utilização de fragrâncias deve estar de acordo com o Código de Boas Práticas da IFRA (International Fragrance Association) disponível em: (http://www.abifra.org.br/manual/c%f3digo_de_boas_pr%e1ticas.pdf) Surfactantes Os surfactantes ou agentes tensoativos utilizados na formulação dos produtos devem ser facilmente biodegradáveis. Para comprovar a biodegradabilidade dos surfactantes tais substâncias devem constar na Lista DID - parte A (Detergents Ingredients Database). Lista DID disponível em: (http://ec.europa.eu/environment/ecolabel/documents/did_list/didlist_part_a_en.pdf). Caso a substância não conste na lista DID a organização deve apresentar análises laboratoriais, que comprovem que produto é biodegradável. As análises devem ser realizadas de acordo com as normas citadas a seguir: - Biodegradabilidade Aeróbia - Método 301-B (OECD) - Guidelines for the Testing of Chemicals / Section 3: Degradation and Accumulation Test No. 301: Ready Biodegradability, ou outro método de ensaio equivalente. - Biodegradabilidade Anaerobia - ISO 11734 - Water quality - Evaluation of the "ultimate" anaerobic biodegradability of organic compounds in digested sludge - Method by PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 5/11

measurement of the biogas production, ou outro método de ensaio equivalente deve ser utilizado. A exigência é um mínimo de 60% de degradabilidade sob condições anaeróbias. A organização deve demonstrar que está em conformidade com os requisitos para formulação do produto através da apresentação de resultados de análises laboratoriais. As análises para comprovação das substâncias presentes na fórmula podem ser feitas por cromatografia e espectrometria de massa seguindo métodos da USEPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), ou método equivalente. Todas as análises devem ser realizadas em laboratório de terceira parte acreditado pelo Cgcre (Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro), ou organismo de acreditação de laboratórios de outro país que tenha acordo de reconhecimento mútuo com o Cgcre, conforme a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025. Quando não houver laboratório de terceira parte acreditado as análises poderão ser realizadas conforme sequência abaixo: - laboratório de primeira parte acreditado; - laboratório de terceira parte não acreditado; - laboratório de primeira parte não acreditado. Quando as análises forem realizadas em laboratório de primeira parte o IFBQ deverá acompanhar os ensaios. Na impossibilidade de realização de análises laboratoriais o atendimento a este requisito poderá ser demonstrado através documentos que evidencie o uso das substâncias declaradas acompanhados de uma declaração assinada pelo executivo sênior da organização mediante justificativa para a não realização das análises laboratoriais. 5.2. Produção 5.2.1. Gestão de Energia A organização deve demonstrar que o processo produtivo do produto em análise está em conformidade com os requisitos de redução do consumo de energia através da apresentação de um programa de gestão de energia. O Programa de Gestão de Energia deve: - identificar as fontes de energia utilizadas. - medir, registrar e relatar os usos significativos de energia. - implementar medidas de eficiência no uso de recursos para reduzir consumo de energia, considerando indicadores de melhores práticas e outros padrões de referência. - complementar ou substituir fontes de energia não renováveis, sempre que possível, por fontes alternativas sustentáveis, renováveis e de baixo impacto. - racionalizar uso de energia. - reduzir consumo de energia pelos sistemas de iluminação, ventilação, refrigeração e aquecimento, assegurando o conforto ambiental. - melhorar eficiência energética e conservar energia. - reduzir perdas e desperdícios de energia. PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 6/11

5.2.2. Controle de Emissões Atmosféricas Para demonstrar o atendimento aos requisitos de controle de emissões atmosféricas a organização deve: - identificar as fontes diretas e indiretas de emissões acumuladas de GEE (Gases de Efeito Estufa) e definir os limites (escopo) de sua responsabilidade. - medir, registrar e relatar suas emissões significativas de GEE. - implementar medidas para reduzir e minimizar as emissões diretas e indiretas de GEE sob seu controle. - apresentar o resultado da média dos últimos 12 meses das emissões atmosféricas, os mesmos devem estar 10% abaixo dos limites especificados na Resolução CONAMA nº 382/06. 5.2.3. Gestão da Água A organização deve demonstrar que o processo produtivo do produto em análise está em conformidade com os requisitos de redução do consumo de água através da apresentação de um programa de gestão da água. O Programa de Gestão da Água deve: - identificar as fontes água utilizadas. - medir, registrar e relatar os usos significativos de água. - implementar medidas de eficiência no uso de recursos para reduzir o consumo de água, considerando indicadores de melhores práticas e outros padrões de referência. 5.2.4. Controle de Emissões de Efluentes líquidos Para demonstrar o atendimento aos requisitos de controle de emissões de efluentes líquidos a organização deve: - priorizar aquisição de matérias-primas e insumos que evitem e reduzam a geração de efluentes. - minimizar consumo de água. - reutilizar recursos hídricos. - controlar e tratar efluentes líquidos. - apresentar o resultado da média dos últimos 12 meses das emissões de efluentes líquidos, os mesmos devem estar 10% abaixo dos limites especificados nas Resoluções CONAMA nº 357/05 e 430/11. 5.2.5. Gestão de Resíduos A organização deve demonstrar que o processo produtivo do produto em análise está em conformidade com os requisitos de redução da geração de resíduos através da apresentação de um programa de gestão de resíduos. O Programa de Gestão de Resíduos deve: PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 7/11

- identificar as fontes de resíduos relativos às suas atividades. - medir, registrar e relatar suas fontes significativas de geração de resíduos. - classificar os resíduos de acordo com a norma ABNT NBR 10004. - oferecer instalações que possibilitem a separação na fonte dos resíduos sólidos gerados. - realizar coleta seletiva de resíduos sólidos. - aproveitar resíduos gerados. - controlar, tratar e destinar adequadamente resíduos e rejeitos sólidos. 5.3. Distribuição Para demonstrar o atendimento aos requisitos de distribuição a organização deve: - apresentar programa de controle de poluição veicular considerando os limites especificados na Resolução CONAMA nº 418/09. - apresentar e executar o planejamento de logística de produtos otimizado (fluxo, armazenamento e distribuição). - priorizar, sempre que possível, o uso de meios de transporte menos poluentes (motorização elétrica, veículos híbridos, veículos multicombustíveis, movidos a etanol, GNV, biodiesel, etc.), inclusive no estabelecimento das metas. - assegurar que os veículos sejam mantidos com seus motores regulados de forma a reduzir o consumo de combustíveis, bem como as emissões. Quando a distribuição do produto for realizada por empresas terceirizadas a organização deve qualificar os fornecedores deste serviço com base em critérios que incluam aspectos ambientais que considerem, no mínimo, o seguinte: controle de emissões, programa de manutenção periódica, documentação legal para transporte de produtos químicos (se necessário), licença ambiental (se necessário), certificado de regularidade, treinamentos periódicos aos funcionários e conformidade com CONTRAN (ANTT). 5.4. Uso 5.4.1. Informações ao consumidor Para demonstrar o atendimento a este requisito a organização deve apresentar etiquetas, rótulos e/ou outras formas de divulgação de informação gratuita ao consumidor que contenham minimamente: - orientações sobre o uso correto do produto de forma a maximizar o desempenho e minimizar o desperdício. - instruções sobre o armazenamento correto. - instruções para o descarte correto do produto e da embalagem informando sobre a reutilização e/ou reciclagem dos mesmos quando existir a possibilidade. - listar os ingredientes presentes no produto. - informações sobre os riscos associados ao produto quando existir. PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 8/11

5.5. Pós-uso 5.5.1. Requisitos de Embalagem Para demonstrar o atendimento aos requisitos de embalagem a organização deve utilizar embalagens primárias (incluindo rótulos e etiquetas) e secundárias (incluindo aquelas utilizadas na distribuição do produto) que: - sejam produzidas com materiais possíveis de serem reciclados e/ou facilmente biodegradáveis. - contenham, no mínimo, 25% de material reciclado na sua composição. - não contenham na sua composição substâncias nocivas à saúde humana e ao meio ambiente. O atendimento a este requisito pode ser demonstrado através de análises laboratoriais, documentos emitidos pelo fornecedor das embalagens ou uma declaração assinada pelo executivo sênior da empresa. 5.5.2. Capacidade de biodegradação do produto Além de verificar a capacidade de biodegradação dos surfactantes é importante verificar a capacidade de biodegradação imediata do produto final, pois há outras substâncias presentes nos produtos que podem chegar a 80% dos componentes totais. Nos produtos de limpeza comuns, muitas dessas substâncias não são facilmente biodegradáveis, e muitas podem ser tóxicas para a vida aquática, principalmente as derivadas de petróleo. A organização deve demonstrar que o produto não causará impactos negativos aos corpos d água e solos ao final de sua vida útil através da apresentação de análises laboratoriais, que comprovem a capacidade de biodegradação imediata do produto, realizadas em laboratório de terceira parte acreditado pelo Cgcre, ou organismo de acreditação de laboratórios de outro país que tenha acordo de reconhecimento mútuo com o Cgcre, conforme a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025. Quando não houver laboratório de terceira parte acreditado as análises poderão ser realizadas conforme sequência abaixo: - laboratório de primeira parte acreditado; - laboratório de terceira parte não acreditado; - laboratório de primeira parte não acreditado. Quando as análises forem realizadas em laboratório de primeira parte o IFBQ deverá acompanhar os ensaios. As análises devem ser realizadas em conformidade com o método 301-B da OECD, ou método equivalente. Para serem aceitas no processo de certificação as análises deverão ter sido realizadas em um período não superior a 12 meses. 5.5.3. Nível de ecotoxicidade aquática do produto A organização deve demonstrar que o produto não causará impactos negativos aos organismos presentes nos corpos d água ao final de sua vida útil através da apresentação de análises laboratoriais, que comprovem que produto não é tóxico, realizadas em laboratório de PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 9/11

terceira parte acreditado pelo Cgcre, ou organismo de acreditação de laboratórios de outro país que tenha acordo de reconhecimento mútuo com o Cgcre, conforme a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025. Quando não houver laboratório de terceira parte acreditado as análises poderão ser realizadas conforme sequência abaixo: - laboratório de primeira parte acreditado; - laboratório de terceira parte não acreditado; - laboratório de primeira parte não acreditado. Quando as análises forem realizadas em laboratório de primeira parte o IFBQ deverá acompanhar os ensaios. As análises devem ser realizadas de acordo com uma das normas citadas a seguir: - ABNT NBR 12713:2009 - Ecotoxicologia aquática - Toxicidade aguda - Método de ensaio com Daphnia spp (Crustacea, Cladocera); - ABNT NBR 15088:2011 - Ecotoxicologia aquática - Toxicidade aguda - Método de ensaio com peixes; - ABNT NBR 15308:2011 - Ecotoxicologia aquática Toxicidade aguda- Método de ensaio com misídeos (Crustacea). Para serem aceitas no processo de certificação as análises deverão ter sido realizadas em um período não superior a 12 meses. 6. Requisitos Legais A organização deve demonstrar o atendimento à legislação e aos regulamentos ambientais através do atendimento ao requisito b do ANEXO A.1 previsto no Procedimento Geral para Rotulagem Ambiental Falcão Bauer Ecolabel Brasil (PEP-124). A organização deve demonstrar o atendimento às legislações federal, estadual e/ou municipal relativa à segurança e saúde ocupacional do trabalhador. A organização deve demonstrar que todos os empregados estão cobertos por uma situação trabalhista em conformidade com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) ou algum outro tipo de contrato de trabalho aceito legalmente. O atendimento à legislação trabalhista e de segurança e saúde ocupacional do trabalhador pode ser demonstrado através de uma declaração assinada pelo executivo sênior da empresa. 7. Adequação ao Uso A organização deve demonstrar que o produto atende aos padrões de qualidade, bem como satisfaz as necessidades do cliente relativas à saúde, segurança e desempenho técnico através de: - atendimento aos requisitos do ANEXO A.2 previstos no Procedimento Geral para Rotulagem Ambiental Falcão Bauer Ecolabel Brasil (PEP-124). - atendimento aos requisitos da sistemática para Tratamento de Reclamações previstos no ANEXO A.4 do Procedimento Geral para Rotulagem Ambiental Falcão Bauer Ecolabel Brasil (PEP-124). PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 10/11

- apresentação de relatórios de ensaio realizado em laboratório de terceira parte acreditado pelo Cgcre, ou organismo de acreditação de laboratórios de outro país que tenha acordo de reconhecimento mútuo com o Cgcre, conforme a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025. Quando não houver laboratório de terceira parte acreditado os ensaios poderão ser realizados conforme sequência abaixo: - laboratório de primeira parte acreditado; - laboratório de terceira parte não acreditado; - laboratório de primeira parte não acreditado. Quando os ensaios forem realizados em laboratório de primeira parte o IFBQ deverá acompanhar os ensaios. Como não existem normas técnicas para verificar a eficiência de produtos de limpeza, deverão ser utilizados procedimentos os quais o produto seja aplicado conforme orientação no rótulo e os resultados da aplicação devem demonstrar que o produto atende a finalidade a qual se propõe. Os métodos utilizados, bem como os resultados observados devem ser descritos em relatórios de ensaio para validação do IFBQ. Para serem aceitos no processo de certificação os ensaios deverão ter sido realizados em um período não superior a 12 meses. Definição dos ensaios: 8. Controle de Alterações Revisão 00 Emissão inicial Motivo PEP-125 08/08/2013 00 19/03/2014 11/11