COLINA DO SAL, Lda. Estudo de Impacte Ambiental do Marinhas Parque Hotel. Projecto de Execução Resumo Não Técnico 08033PEAB00RL1



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Transcrição:

COLINA DO SAL, Lda. Estudo de Impacte Ambiental do Marinhas Parque Hotel Projecto de Execução Resumo Não Técnico 08033PEAB00RL1 2008/033 30 de Novembro 2009

COLINA DO SAL, Lda. MARINHAS PARQUE HOTEL ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 1 2. APRESENTAÇÃO DO PROJECTO... 3 2.1. LOCALIZAÇÃO... 3 2.2. OBJECTIVOS E NECESSIDADE DO PROJECTO... 3 2.3. DESCRIÇÃO DO PROJECTO... 3 2.3.1. Características Gerais do Empreendimento... 3 2.3.2. Acesso... 6 2.3.3. Infra-estruturas de abastecimento, esgotos e processamento de resíduos.. 6 2.3.4. Fornecimento de Energia Eléctrica... 6 2.3.5. Abastecimento de Gás... 7 2.3.6. Investimento... 7 3. ESTADO ACTUAL DO AMBIENTE... 9 4. EFEITOS DO PROJECTO... 13 4.1. FASE DE CONSTRUÇÃO... 13 4.2. FASE DE EXPLORAÇÃO... 18 5. MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO... 21 BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009 i

1. INTRODUÇÃO O presente Resumo não Técnico (RNT) é parte integrante do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) referente ao Projecto de Execução da unidade hoteleira denominada Marinhas Parque Hotel, a localizar na freguesia de Rio Maior. A empresa promotora do projecto denomina-se COLINA DO SAL Sociedade Hoteleira, Lda., a qual encomendou o presente Estudo de Impacte Ambiental à empresa BIODESIGN Arquitectura-Paisagista, Planeamento e Consultoria Ambiental, Lda. A entidade licenciadora do projecto é a Câmara Municipal de Rio Maior. A concepção do Marinhas Parque Hotel, desenvolvida a nível de Projecto de Execução, é da responsabilidade de diversas empresas: PLANURBE, Gabinete Estudos e Projectos, Lda. Arquitectura; JAIME JOSÉ VALENTE PAIXÃO FIGUEIRA - Acessibilidades; BIODESIGN - Arquitectura-Paisagista, Planeamento e Consultadoria Ambiental, Lda Arquitectura Paisagística; JOSÉ ROSENDO, Gabinete de Engenharia, Lda. Electricidade, Instalações de Climatização e Ventilação e Rede de Gás Natural; LIGHTER Segurança e Prevenção contra Incêndios e Telecomunicações; MOLA CONSULT, Consultores de Engenharia, Lda. Redes de Águas e de Combate a Incêndio. O Estudo de Impacte Ambiental tem como objectivo avaliar do ponto de vista ambiental o Projecto de Execução da referida unidade hoteleira e ainda propor e especificar as medidas correctivas para minimizar os impactes negativos decorrentes da concepção, construção e operação do projecto, de acordo com a legislação aplicável. O presente RNT pretende ser um documento de suporte à decisão, sintetizando a informação contida no Estudo de Impacte Ambiental e tornando-a acessível para o público em geral. O projecto em causa, tratando-se de um estabelecimento hoteleiro situado fora de zonas urbanas e urbanizáveis delimitadas em plano municipal ou plano especial de ordenamento do território e com mais de 19 camas, localizado numa área sensível, enquadra-se na legislação em vigor relativa ao Processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA). Designadamente, o Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio prevê que os projectos BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 1 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

abrangidos no n.º 2, do artigo 1 (projectos constantes do Anexo II) sejam sujeitos a avaliação de impacte ambiental. O Resumo Não Técnico, tal como o EIA, apresenta a descrição das características principais do projecto (Capítulo 2); a caracterização do estado actual do ambiente (Capítulo 3); a previsão e avaliação dos impactes positivos e negativos do projecto e as medidas de minimização dos impactes negativos recomendadas (Capítulo 4). BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 2 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

2. APRESENTAÇÃO DO PROJECTO 2.1. LOCALIZAÇÃO O Marinhas Parque Hotel situar-se-á numa zona denominada Marinhas do Sal Fonte da Bica. Esta localidade pertence à freguesia e concelho de Rio Maior. A propriedade onde será implantada a referida unidade hoteleira tem uma área total de 15 ha. A área de implantação do projecto tem aproximadamente 1 ha e localiza-se na sua quase totalidade no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. O Desenho 1 mostra a localização do projecto. 2.2. OBJECTIVOS E NECESSIDADE DO PROJECTO O projecto do Marinhas Parque Hotel tem como objectivo melhorar a quantidade e qualidade da oferta no domínio turístico da região onde se insere. Trata-se de um projecto que, além de outros objectivos, pretende dotar o concelho de Rio Maior de instalações condignas para ser efectuado um apoio eficaz ao Centro de Estágios de Rio Maior. De facto, este Projecto constitui a primeira unidade hoteleira com a categoria de 3 estrelas a ser construída na cidade de Rio Maior. Além disso e dado que esta unidade hoteleira integra equipamentos de apoio, este virá complementar as infra-estruturas de animação existentes na região. 2.3. DESCRIÇÃO DO PROJECTO 2.3.1. Características Gerais do Empreendimento A unidade hoteleira ocupará uma área total de cerca de 1 ha que inclui a área de implantação do hotel e dos respectivos equipamentos de apoio (piscina e bar de apoio e locais de estacionamento). De referir que a área ocupada pelo edifício propriamente dito é de 2 280 m 2 (área de implantação) e a área ocupada pelos estacionamentos é de 683 m 2. Em termos de área de construção, o valor apresentado pelo hotel é de 8 483 m 2. No Desenho 2 apresenta-se uma planta de implantação do Marinhas Parque Hotel. BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 3 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

Esta unidade hoteleira, com categoria de 3 estrelas, terá uma capacidade total de alojamento de 167 camas distribuídas por 79 quartos duplos e 3 suites. Em termos de estacionamentos estão previstos 50 lugares para viaturas ligeiras e 2 lugares para autocarros. Atendendo ao declive do terreno, a construção do Marinhas Parque Hotel desenvolve-se por 3 e 5 pisos, respectivamente nos alçados Noroeste e Sudeste, existindo um piso semienterrado. BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 4 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

Desenho 1 Apresentação da área do empreendimento BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 5 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

O Marinhas Parque Hotel estará aberto 365 dias/ano, prevendo-se uma baixa variação sazonal. Com o início da exploração da unidade hoteleira, a entidade promotora do projecto prevê a criação de 30 a 35 postos de trabalho, valor que poderá atingir os 50 trabalhadores quando o hotel se encontrar a funcionar em pleno. 2.3.2. Acesso O acesso à unidade hoteleira processar-se-á através de um caminho já existente, a beneficiar a partir da EM 566 que liga Rio Maior a Marinhas do Sal,. Este arruamento assegurará, não só o acesso à unidade hoteleira, como também a passagem aos proprietários vizinhos para escoamento dos produtos agrícolas e protecção de incêndios a todas as propriedades ali existentes. Este acesso foi alargado aquando da construção do Adutor de Abastecimento de Água para o município de Rio Maior. 2.3.3. Infra-estruturas de abastecimento, esgotos e processamento de resíduos O abastecimento de água à unidade hoteleira será assegurado através da ligação à rede de distribuição pública de água. Relativamente às águas residuais domésticas encontra-se prevista a sua ligação ao colector municipal existente na EM 566 e seu encaminhamento para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Rio Maior. No que respeita às águas pluviais, prevê-se a sua drenagem e encaminhamento para o solo/linhas de água da envolvente. No que respeita à gestão dos resíduos a produzir pela futura unidade hoteleira, e de acordo com a Memória Descritiva e Justificativa do Projecto, estes serão separados e tratados numa sala reservada para esse fim. A recolha destes resíduos será efectuada diariamente pela Câmara Municipal de Rio Maior. 2.3.4. Fornecimento de Energia Eléctrica Quanto ao fornecimento de energia eléctrica (em média tensão) prevê-se uma baixada aérea com cerca de 600 m, obtida através de uma linha aérea existente a sul do local onde se pretende a ligação. O ramal será ligado a um posto de transformação próprio. Encontrase ainda prevista a instalação de um grupo gerador de emergência que garantirá o abastecimento de energia eléctrica, em caso de falha de rede. BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 6 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

2.3.5. Abastecimento de Gás O empreendimento será abastecido de gás natural através da execução de ramal de ligação à conduta de gás natural que se encontra sensivelmente a 650 m do local de implantação do hotel. Com o objectivo de conseguir uma segurança contra os riscos de incêndio do edifício encontra-se projectada uma instalação que engloba detecção automática e alarme manual de incêndios. Nesta fase do projecto não existe ainda uma definição concreta dos arranjos exteriores do empreendimento. 2.3.6. Investimento O custo de construção da unidade hoteleira Marinhas Parque Hotel foi calculado em cerca de 5 325 450 Euros. BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 7 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

Desenho 2 Planta geral do empreendimento BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 8 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

3. ESTADO ACTUAL DO AMBIENTE O estado actual do ambiente consiste numa análise do estado do local, englobando a descrição dos elementos do ambiente que poderão ser consideravelmente afectados pelo projecto. Esta descrição servirá de base para a identificação e avaliação dos impactes ambientais previstos e para a identificação de medidas de minimização e/ou compensação a propor. A área em estudo é uma área essencialmente rural, localizada na proximidade da Salinas de Rio Maior. A localidade mais próxima é a Fonte da Bica, a cerca de 4 km e um pouco mais distante, a cerca de 12 km, fica Rio Maior. Marinhas do Sal, a povoação mais próxima do futuro hotel, é uma povoação de pequena dimensão, com cerca de 60 habitantes, que se desenvolve junto às vias de acesso e cuja origem se deve à existência das salinas. A unidade hoteleira localizar-se-á na vertente exposta a Sudeste de um relevo alongado (relevo das Marinhas) de direcção SW-NE, com um comprimento aproximado de 1 750 m e uma largura que ronda os 500 m. Este relevo, levemente oblíquo à Serra dos Candeeiros, une-se a esta, na sua extremidade Sul. As Salinas da Fonte da Bica (também conhecidas pelas Salinas de Rio Maior), localizam-se na base da vertente norte do referido relevo. O local a ocupar pelo Marinhas Parque Hotel inclui-se, na sua quase totalidade, no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), criado em 1979 pelo Decreto-Lei n. º 118, de 4 de Maio. Este Parque Natural abrange uma parte significativa do Maciço Calcário Estremenho, constituído pelas Serras de Aire e Candeeiros e pelos Planaltos de Santo António e São Mamede, numa área com cerca de 40000 ha. De acordo com o Plano de Ordenamento (Portaria n.º 21/1988, de 12 de Janeiro) desta área protegida, a área onde se pretende implantar o empreendimento está classificada como Zona sem condicionantes específicos. De acordo com o Plano Director Municipal (PDM) de Rio Maior, o empreendimento ocupará ainda área de Reserva Agrícola Nacional. A área de estudo está também incluída no Sítio de Interesse Comunitário das Serras de Aire e Candeeiros, que integrará a rede ecológica europeia Rede NATURA 2000. BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 9 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

A flora e vegetação da área em estudo e, nomeadamente, do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros reflectem, actualmente, a influência de um longo processo de uso intenso do território pelas populações, em conjugação com as características da vegetação e clima. Relativamente às comunidades vegetais ocorrentes evidenciam-se as manchas de prados (secos seminaturais substrato calcário); manchas de plantação de eucaliptos; a sul uma área de matos mediterrânicos pré-deserticos, com uma diversidade florística considerável; uma área significativa de reflorestação com pinheiro-manso, que se estende de sudoeste para nordeste, numa zona de vale, acompanhada por uma linha de água de carácter torrencial; e uma zona de vinha no limite nordeste da área de estudo. Os Matos Mediterrânicos e a Galeria Ripícola que acompanha a linha de água são os biótopos de maior importância, quer em termos de valor qualitativo para a fauna, quer em termos de mecanismos ecológicos. Requerem, deste modo, maior nível de protecção e preservação. A ocorrência de biótopos com interesse ecológico mais elevado para a fauna noutras áreas do Parque Natural, a posição marginal que a área de estudo apresenta no contexto geográfico desta Área Protegida e a proximidade a um dos pólos urbanos mais desenvolvidos da região (Rio Maior), contribuem para que a área de intervenção apresente uma relevância baixa a mediana em termos de fauna, especialmente se comparamos com a biodiversidade presente noutras partes do Parque Natural. De referir que o hotel e a zona de estacionamentos localizam-se na mancha ocupada pela florestação de pinheiro manso (zona mais plana), afectando ainda uma pequena área de matos (já na zona mais declivosa). As linhas de água temporárias para as quais seguem as águas da chuva da área de intervenção são afluentes da ribeira da Fonte da Bica, pertencente à bacia hidrográfica do rio Maior. Esta ribeira como que contorna a Oeste, Norte e Este a área de intervenção, uma vez que apresenta no seu troço inicial uma direcção de escoamento Sudoeste-Nordeste e junto à povoação de Marinhas do Sal inverte essa direcção que passa a ser de Norte para Sul. BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 10 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

No que respeita às águas subterrâneas, existem importantes escoamentos sub-superficiais e subterrâneos nesta encosta. A vulnerabilidade à poluição das águas subterrâneas é média. Em termos de qualidade da água, os furos localizados na envolvente apresentam elevados valores de cloretos, devidos à proximidade das salinas. A nível local não existem muitas fontes de contaminação da linha de água. A jusante da área de intervenção, as Caves D. Teodósio, situadas junto à Estrada Municipal 566, entre Rio Maior e Marinhas do Sal, constituem a principal fonte de contaminação conhecida da Ribeira da Fonte da Bica (informação dos Serviços Técnicos da Câmara Municipal de Rio Maior). A análise da água da ribeira da Fonte da Bica revelou a existência de contaminação microbiológica. Este resultado poder-se-á dever ao facto de haver alguma fossa particular mal isolada próxima da ribeira. Apresenta ainda teores excessivos de cloretos, certamente devidos à presença da exploração salina próxima. A qualidade da água no rio Maior, após o ponto de descarga da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) é má, o que se deve, em grande parte, ao funcionamento deficiente da ETAR. Contudo, a empresa Águas do Oeste - Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento da Região do Oeste, que substituirá a Câmara Municipal de Rio Maior na responsabilidade pelo saneamento e abastecimento público de água em Rio Maior, tem prevista a remodelação da ETAR de Rio Maior, claramente subdimensionada. Quanto à qualidade da água na Ribeira da Fonte da Bica o processo em curso de ligação dos colectores domiciliários aos colectores municipais permitirá uma melhoria gradual na qualidade da água desta ribeira. No que respeita à qualidade do ar, as principais fontes de poluição atmosférica identificadas na área do empreendimento foram o tráfego rodoviário da EM 566 (localizada a Este da área a intervencionar). Não existem fontes de poluição industrial significativas nas proximidades área de estudo. Atendendo a estes factos assume-se que, de uma forma global, os valores de concentração de poluentes atmosféricos presentes na área de estudo se encontrarão expectavelmente em níveis inferiores aos limites admissíveis para a qualidade do ar ambiente estabelecidos na legislação aplicável. A área a intervencionar BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 11 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

localiza-se numa zona florestal, relativamente afastada de aglomerados populacionais, registando-se apenas na sua proximidade algumas habitações. No que respeita ao ambiente sonoro, na área de implantação da futura unidade hoteleira os níveis de ruído são bastante baixos. Embora a freguesia de Rio Maior seja uma freguesia arqueologicamente rica não há quaisquer indícios de ocupação humana que possam ser afectados pela construção do hotel. Os resultados das prospecções arqueológicas apontam para uma forte possibilidade de existirem vestígios de ocupação humana no cimo do monte das Marinhas, mas não na zona de implantação do hotel. Do ponto de vista da paisagem, destacam-se como elementos positivos da zona, a panorâmica sobre as Serras de Aire e Candeeiros e a proximidade às salinas de Marinhas. A vista potencia utilização desta área para usos hoteleiros qualificados e de baixa densidade tirando partido da qualidade cénica do local. De facto, a partir da Colina do Sal, é possível ter uma perspectiva cénica bastante alargada sobre toda a região envolvente, que se estende até à Serra de Aire e Rio Maior. No que se refere aos aspectos socio-económicos, em termos de dinâmica populacional observa-se que a década de 90 foi marcada por um crescimento populacional de cerca de 5% no concelho de Rio Maior, que conta actualmente com 21.110 habitantes. Na Freguesia de Rio Maior residem mais de 50% dos habitantes do concelho. Do ponto de vista económico, na freguesia de Rio Maior, verifica-se uma forte preponderância da mão-de-obra no sector terciário, cerca de 61,5% da população. O sector primário ocupa uma percentagem mínima da população (5%). O sector secundário ocupa cerca de 33% da população. Embora existam características favorecedoras do turismo a nível local, como a excelente acessibilidade e a existência da Reserva Natural das Serras de Aire e Candeeiros, não existe actualmente muita oferta qualificada no concelho. Segundo informação da Região de Turismo do Oeste existem 12 unidades de alojamento em todo o concelho, além do Centro de Estágios de Rio Maior (alojamento específico destinado aos atletas e respectivas comitivas que participam em actividades no Centro de Estágios). Estas unidades dispõem de um total de 214 camas mais 66 do Centro de Estágios. BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 12 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

4. EFEITOS DO PROJECTO Tendo em consideração a apresentação dos dados principais do projecto e a caracterização do local referem-se, de seguida, os efeitos potenciais e as medidas preventivas/minimizadoras aconselhadas para os efeitos negativos do projecto. Os efeitos do projecto são diferentes consoante se esteja a falar da fase de construção do Marinhas Parque Hotel ou da fase de exploração e manutenção do referido empreendimento. 4.1. FASE DE CONSTRUÇÃO Em termos gerais os principais impactes negativos far-se-ão sentir na fase de construção do empreendimento, como consequência da instalação e operação de estaleiro(s) de obra, da movimentação de máquinas e veículos, da desmatação/desarborização, da escavação e terraplenagem, da abertura de acessos internos, da construção dos edifícios, da ocupação e impermeabilização dos solos nos locais dos edifícios, acessos e da operação de máquinas em geral. No que respeita à geologia e hidrogeologia, durante a fase de obra, a movimentação de terras poderá induzir, localmente, alterações na forma do terreno. Estas alterações traduzem-se num impacte negativo, significativo, certo, imediato, permanente e irreversível. Os trabalhos de desmatação e destruição do coberto vegetal, no início da obra, provocarão localmente um aumento temporário da erosão do solo, diminuição da infiltração (quer por aumento da área impermeabilizada, quer por compactação dos terrenos), gerando, ocasionalmente, ravinamento. Os potenciais impactes referidos, consideram-se negativos, significativos a muito significativos de nível local ou regional (dependendo da extensão das afectações), imediato, temporário, irreversível, embora minimizável. Considerando a caracterização climática e microclimática efectuada, assume-se que o projecto em estudo não deverá apresentar significativas afectações no clima. Relativamente aos solos, os principais efeitos negativos associados à construção do empreendimento prende-se com a destruição do coberto vegetal (o que pode conduzir à ocorrência de fenómenos de erosão que serão minimizados através da adopção das medidas de minimização previstas), com a movimentação de terras, com a ocorrência de BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 13 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

derrames acidentais de óleos e outras substância similares (o que pode levar à contaminação dos solos e conduzir indirectamente à contaminação das águas superficiais e subterrâneas). No caso da beneficiação do acesso existente está prevista a ocupação de 384 m2 de solos afectos à RAN, e 395 m 2 de solos da REN, impacte que se considera negativo, certo, directo, permanente, reversível, de efeito local, de baixa magnitude face à área que será intervencionada, pouco significativo e não minimizável. Tendo em conta que a área foi já intervencionada para a construção do novo adutor e as medidas de minimização propostas que englobam, entre outras, a criação de locais adequados e específicos onde deverão ser realizadas as operações de abastecimento e manutenção da maquinaria e veículos afectos à obra e a elaboração e implementação de um Plano de Gestão Ambiental da Obra, dando especial atenção à componente de Gestão de Resíduos e Águas Residuais, perspectiva-se que os potenciais impactes residuais nos solos não serão significativos. Quanto à ocupação actual do solo a construção do projecto implicará a substituição de uma área ocupada pela florestação de pinheiro manso, em cerca de 17% da área total da propriedade; embora este impacte não seja minimizável na totalidade, foi considerado pouco significativo atendendo, por um lado, a que o uso florestal continuará a ser predominante na área da propriedade onde o empreendimento será construído e por outro ao tipo de integração paisagística prevista pelo projecto; de salientar ainda que a implantação deste tipo de empreendimentos vai ao encontro ao tipo de exploração preconizada pelos instrumentos de ordenamento do território em vigor para as áreas florestais em causa. O corte de pinheiros mansos para implantação da unidade hoteleira foi considerado um impacte pouco significativo. Relativamente aos 3 sobreiros presentes na área a intervencionar, o projecto de arranjos exteriores prevê a sua manutenção, pelo que não se prevêem impactes negativos sobre os sobreiros decorrentes da construção do Marinhas Parque Hotel. Relativamente a águas superficiais, no que se refere às alterações da drenagem natural, prevê-se que durante a fase de construção se verifique um aumento dos caudais escoados superficialmente e uma diminuição dos caudais de infiltração. No que respeita à drenagem superficial considera-se que a magnitude deste impacte será, reduzida, uma vez que as linhas de água situadas imediatamente a jusante não colocarão em risco bens materiais (e muito menos vidas humanas) dada a topografia local e a ocupação fundamentalmente florestal da envolvente mais próxima. No que respeita à modificação das condições naturais de infiltração das águas, a sua diminuição, quer seja pela redução da porosidade dos BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 14 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

terrenos, em consequência da compactação, quer seja pela diminuição da área de infiltração, provocará nesses locais uma ligeira redução da recarga das reservas de água subterrânea, que será compensada noutro local. Quanto às alterações da qualidade da água, durante a fase de construção é expectável um incremento do teor de sólidos em suspensão, arrastados pelas águas de escorrência superficial. Poderão ainda ocorrer alterações ao nível da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, decorrentes da contaminação com hidrocarbonetos, nomeadamente óleos e combustíveis. O funcionamento do estaleiro determinará a produção de águas residuais. A eventual rejeição destas águas para os solos sem tratamento prévio, poderá alterar a qualidade destes e por infiltração contaminar as águas subterrâneas. A adopção das medidas de minimização pode reduzir totalmente este risco. Relativamente à flora e vegetação, a fase de obra, corresponde à fase com maior potencial de produzir impactes directos em termos de perdas físicas e/ou perturbações, devido à: destruição de habitat de pinhal, área com fraco valor ecológico; destruição de habitat de pinhal com matos que, devido às características de diversidade dos matos presentes e à sua altura considerável, fazem com que esta área tenha um valor ecológico significativo a nível local, uma vez que albergam diversas comunidades florísticas típicas, salientando-se a existência de diversas espécies protegidas observadas e potenciais; destruição de fracções marginais dos habitats de prado existente nas bermas do acesso a melhorar. Estes prados representam áreas de importante valor ecológico a nível local, mas serão afectados numa extensão muito reduzida; pisoteio e remoção do coberto vegetal, devido às obras de construção, criação de infra-estruturas e melhoramento de acessos; compactação de solos e danificação do sistema radicular do coberto vegetal, nas zonas necessárias à movimentação de maquinaria; possíveis alterações ao nível da produtividade e crescimento da vegetação devido à deposição de poeiras sobre a folhagem derivadas do movimento de maquinaria; criação de novos habitats (ex. galeria ripícola) e aumento da biodiversidade a nível local. A nível da fauna, as maiores alterações provocadas durante a fase de construção da unidade hoteleira prendem-se com os seguintes factores: alteração/destruição rápida do habitat, que provocará alterações nas populações/comunidades presentes; aumento do ruído provocado pelos trabalhos de construção; aumento da acessibilidade/perturbação que irá condicionar o equilíbrio das comunidades presentes. A construção da infra-estrutura e todo o aumento da acessibilidade que esta confere têm como consequência a BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 15 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

destruição dos habitats inicialmente existentes. Esta alteração tem consequências negativas para as comunidades faunísticas presentes, levando à diminuição do efectivo populacional de determinadas espécies (essencialmente as com áreas vitais pequenas ou as mais sensíveis). A perturbação sobre os locais de reprodução, repouso e alimentação de diversas espécies contribuirá também para a diminuição do efectivo populacional ou afugentamento de algumas espécies, conduzindo a uma inevitável alteração do elenco faunístico na área de estudo. Durante a fase de construção do empreendimento, os impactes sobre a qualidade do ar da área de estudo resultarão essencialmente da emissão de poeiras (partículas em suspensão). Por sua vez, estas emissões resultarão sobretudo dos trabalhos de movimentação de terras e da circulação de veículos pesados e máquinas sobre as vias e terrenos não pavimentados, bem como da operação dos estaleiros da obra. Por sua vez, estas emissões resultarão sobretudo dos trabalhos de movimentação de terras e da circulação de veículos pesados e máquinas sobre as vias e terrenos não pavimentados, bem como da operação dos estaleiros da obra. No entanto, em função do relativamente reduzido número de veículos e máquinas que se prevê venham a estar presentes na obra, cuja utilização aliás se deverá concentrar durante as obras de movimentação de terras e de infra estruturação, não se perspectiva que daí resultem impactes negativos significativos sobre a qualidade do ar. Dadas as características do projecto, os impactes no ambiente sonoro assumem maior expressão durante a fase de construção. O ruído gerado durante algumas das fases de construção emitido por máquinas e equipamento poderá atingir níveis bastante elevados. Estes fenómenos serão, contudo, circunscritos no tempo. Nas fases mais avançadas de construção dos edifícios os níveis de ruído produzidos serão comparativamente inferiores. Deste modo, o ruído emitido nesta fase afectará significativamente zonas na imediata vizinhança do local onde decorrerem os trabalhos. As distâncias a que se encontram os receptores sensíveis mais próximos da ordem dos 400 metros de distância ao limite da área de intervenção, fazem com que não sejam de esperar efeitos negativos importantes no ambiente sonoro. Apesar disso, considera-se que as operações de construção deverão apenas ter lugar nos dias úteis no período diurno entre as 8h00 e as 20h00. Tendo em conta o volume de terras a movimentar durante a fase de construção (o volume de aterro estimado é de 444 m 3 e o de escavação 524 m 3 ) o tráfego de camiões a circular na EM 566 será muito reduzido não sendo susceptível de originar acréscimos sensíveis nos níveis de ruído da sua envolvente BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 16 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

Relativamente ao património arqueológico, considera-se que, em princípio, não haverão quaisquer vestígios arqueológicos na área de construção do Marinhas Parque Hotel. No entanto deverá ser realizado um acompanhamento arqueológico de todos os trabalhos de desmatação do terreno de modo a certificar-se que a vegetação não está a ocultar vestígios arqueológicos. Ao nível da paisagem o desenvolvimento dos trabalhos de construção nomeadamente ao nível das escavações e aterros, acumulação de entulhos e desperdícios, circulação e parqueamento de maquinaria pesada, pó, lama e ruído, acarretará efeitos negativos ainda que temporários e minimizáveis. O corte e a remoção do material vegetal é uma das primeiras acções da fase de construção do empreendimento e aquela que terá mais impacte na estrutura, organização e qualidade visual da paisagem, que poderá ser minimizado através da implementação do plano de integração paisagística que promoverá o adequado enquadramento do Marinhas Parque Hotel. Os movimentos de terras a realizar durante a fase de construção, implicarão alterações na morfologia existente, embora de forma pouco significativa, dado que a implantação do hotel será feita na zona da encosta com declive menos acentuado (aproximadamente 10%), minimizando desta forma os volumes de aterro e escavação. Os principais impactes negativos ocorrentes durante a fase de construção no que respeita à sócio-economia prendem-se com eventuais conflitos e condicionamentos introduzidos essencialmente nas condições de circulação dos utilizadores da EM 566. Os impactes positivos estão associados à criação temporária (nalguns casos, permanente) de emprego na região, nomeadamente na área da construção civil. Ao nível do ordenamento do território, os impactes resultantes da construção do empreendimento, prendem-se com: a afectação de áreas classificadas como REN e RAN, associadas à beneficiação do caminho existente; e abate de um sobreiro jovem associado à beneficiação do caminho existente. Será necessário implementar as medidas compensatórias que vierem a ser determinadas na sequência do referido abate, de acordo com a legislação em vigor. BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 17 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

4.2. FASE DE EXPLORAÇÃO No que respeita à geologia e hidrogeologia na fase de exploração manter-se-ão os impactes resultantes da artificialização das formas, devido à presença das construções do empreendimento e à própria modelação do terreno. Relativamente ao clima, considera-se que não existirão efeitos negativos importantes resultantes do projecto, não se prevendo qualquer alteração notória da situação actual. No que respeita aos solos os efeitos mais relevantes na fase de exploração estão relacionados com a rega, com a aplicação de fertilizantes e a gestão inadequada das águas residuais e resíduos produzidos pelo normal funcionamento do empreendimento. O projecto prevê a descarga da águas residuais no colector municipal e posterior tratamento na ETAR de Rio Maior e a recolha desses resíduos e o envio a destino final adequado perspectiva-se que os potenciais impactes negativos nos solos por contaminação, decorrentes da sua presença e eventual gestão inadequada sejam directos, pouco prováveis, temporários, de âmbito local, de baixa magnitude e de reduzida significância Relativamente ao uso do solo, permanecem os impactes negativos identificados na fase de construção. Com o surgimento do Marinhas Parque Hotel no seio de um espaço florestal, esta passará a integrar áreas com usos ligados ao turismo, planeadas e infra-estruturadas no espaço natural. Neste âmbito, o ordenamento florestal, será visto num interesse misto. A floresta de produção e a floresta como espaço de recreio e lazer. Como impacte positivo, podem referir-se alguns aspectos relacionados com gestão florestal, como: uma vigilância mais completa e assídua da floresta; à limpeza e ao controlo dos danos ocorridos na vegetação. Considera-se que este impacte é indirecto, certo, permanente, reversível, de âmbito local, de média magnitude e significativo. Relativamente aos Recursos Hídricos, no que respeita à drenagem superficial, não se prevê que a irrigação dos espaços verdes conduza a aumentos significativos dos caudais drenados para as linhas de água, dada a área reduzida em questão. Há ainda que ter em conta que a construção deste empreendimento conduzirá à redução da permeabilidade de uma parte dos terrenos o que implicará igualmente alterações da dinâmica de circulação natural da água. BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 18 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

No que se refere às alterações da qualidade da água superficial durante a fase de exploração, serão produzidas águas residuais, nomeadamente provenientes dos sanitários, balneários, cozinhas, lavandaria, lavagens de máquinas, etc., efluentes estes que serão drenados através de uma rede de colectores de águas residuais e encaminhados para o colector municipal que passa na Estrada Municipal 566. A drenagem das infra-estruturas rodoviárias a construir e implementar dará origem à produção de águas pluviais. Estas serão produzidas de forma descontínua em função das precipitações que vierem a ocorrer e das lavagens do pavimento que forem realizadas, podendo determinar o arraste de substâncias depositadas nas vias de circulação e parques de estacionamento, tais como partículas sólidas, hidrocarbonetos e metais pesados sobretudo quando ocorrer precipitação após um período seco relativamente longo. As escorrências superficiais e sub-superficiais geradas nos espaços verdes, que contêm níveis mais ou menos significativos de nutrientes, podem originar a contaminação directa das águas superficiais, assim como dos solos subjacentes, além da contaminação indirecta dos sistemas aquíferos contíguos. No entanto este efeito é de baixa magnitude e importância dado o reduzido número de veículos que vai aceder a este local, anualmente. Ao nível da flora e vegetação, os principais impactes associados a esta fase serão, essencialmente: alterações pontuais do coberto vegetal na envolvente, devido ao pisoteio fora dos percursos estabelecidos ou outras acções esporádicas que influenciem, directa ou indirectamente os ecossistemas e a drenagem natural (ocupação indevida de áreas naturais. Este impacte é considerado negativo, directo, pouco significativo, temporário, possível, reversível, imediato e localizado. Quanto à fauna, a unidade hoteleira potenciará o aumento do efeito barreira, o afugentamento de espécies mais sensíveis à presença humana, o aumento dos níveis de mortalidade em algumas espécies por atropelamento ou por esmagamento, a mortalidade intencional de alguns animais pertencentes a espécies mais atractivas ou repulsivas; o aumento do risco de incêndio. Estes impactes negativos consideram-se no geral não significativos. Quanto à qualidade do ar, verificar-se-á a emissão de diversos tipos de poluentes atmosféricos, resultantes quer de fontes fixas, quer de fontes móveis. Ao nível das fontes fixas assistir-se-á à emissão de poluentes atmosféricos em resultado de processos de queima de gás natural nas caldeiras a utilizar para produção de calor para aquecimento do hotel. Em termos de fontes móveis, refere-se a queima de combustível inerente à circulação dos veículos automóveis. As emissões de poluentes atmosféricos resultantes da circulação do volume de tráfego que se estima venha a ser gerado pelo empreendimento, na sua maioria BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 19 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

ligeiros, não deverão determinar degradação sensível da qualidade do ar, mesmo considerando o efeito cumulativo inerente às emissões dos veículos que já neste momento circulam nas estradas da região Ao nível do ambiente sonoro, o ruído induzido pelo empreendimento deve-se essencialmente à circulação de veículos automóveis dos clientes e funcionários no acesso ao hotel, que será efectuado a partir da EM 566; e ao funcionamento do equipamento electromecânico para condicionamento do ar do hotel. No entanto, não se prevêem alterações significativas no campo sonoro que ponham em causa o carácter sossegado da área de implantação do hotel, constituindo o sossego, um dos atractivos da unidade hoteleira. Não se perspectiva nesta fase a ocorrência de qualquer impacte positivo ou negativo na vertente património arqueológico, salvaguardando a protecção dos achados eventualmente encontrados durante a fase de construção e que permaneçam no local. Relativamente à paisagem, o projecto apresentado salvaguarda a integração do espaço edificado através de um maciço arbóreo de enquadramento na periferia do mesmo. Desta forma é preservada em parte, a anterior ambiência. Ao nível socio-económico, a fase de exploração do terá como impacte positivo, permanente, muito significativo e directo o próprio objectivo do projecto, ou seja, o aumento quantitativo e qualitativo da oferta no domínio turístico da região onde se insere. Trata-se da criação da própria infra-estrutura, que vai reforçar quantitativa e qualitativamente a oferta turística no concelho de Rio Maior. O Marinhas Parque Hotel terá também como impactes positivos relevantes a criação de entre 30 a 50 postos de trabalho, contribuindo para a dinamização do sector terciário do concelho, que apresenta ainda características rurais. A criação de infra-estruturas de lazer, como a piscina, oferecerá à população de Rio Maior locais de recreio não muito abundantes actualmente, inseridos num espaço de grande beleza paisagística. BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 20 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

5. MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO A área de implantação da infra-estrutura insere-se numa área protegida pela legislação Portuguesa (ainda que na periferia), onde estão, desde há alguns anos, criadas as condições para conservação das espécies de flora e fauna, e onde se tem mantido um reduzido grau de perturbação. Esta questão é, sem dúvida, muito relevante dada a grande importância para a Conservação da Natureza que a área classificada como Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC) representa. Deste modo, salienta-se o cariz muito significativo que a implementação das Medidas Minimizadoras detém neste projecto. De entre as medidas minimizadoras recomendadas pela equipa de EIA destacam-se algumas medidas de carácter geral e directamente relacionadas quer com a actividade turística proposta quer com a integração harmoniosa do Marinhas Parque Hotel numa área pertencente ao Parque Natural: promoção do empreendimento numa perspectiva de educação e valorização ambiental quer local quer regional; elaboração de um sistema de gestão ambiental próprio, segundo normas internacionais, incluindo nesse sistema a gestão ambiental dos espaços exteriores do empreendimento pertencentes ao proponente; preservação das áreas de maior sensibilidade ecológica e seu enquadramento nas políticas de educação ambiental (nomeadamente através da integração do Percurso Pedestre das Marinhas do Sal promovido pelo PNSAC nas actividades do empreendimento), preferencialmente associadas a actividades económicas tradicionais (como a apicultura), desenvolvidas pela Área Protegida. Tendo em conta as principais acções susceptíveis de gerar impactes na fase de construção, sistematizam-se no quadro seguinte algumas das 120 medidas específicas enunciadas no EIA: Divulgar o programa de execução das obras às populações interessadas, designadamente à população residente na área envolvente. A informação disponibilizada deve incluir o objectivo, a natureza, a localização da obra, as principais acções a realizar, respectiva calendarização e eventuais afectações à população, designadamente a afectação das acessibilidades. BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 21 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

A mão-de-obra a utilizar deverá ser preferencialmente e, tanto quanto possível, contratada na região. Esta medida tem como objectivo beneficiar directamente a envolvente do projecto, contribuindo para a criação de postos de trabalho locais. Realizar acções de formação e de sensibilização ambiental para os trabalhadores e encarregados envolvidos na execução das obras relativamente às acções susceptíveis de causar impactes ambientais e às medidas de minimização a implementar, designadamente normas e cuidados a ter no decurso dos trabalhos. As acções de sensibilização e educação ambiental deverão ser realizadas por um profissional conhecedor da área de estudo e dos valores ecológicos presentes. Assegurar que a calendarização da execução das obras atenda à redução dos níveis de perturbação das espécies de fauna na área de influência dos locais dos trabalhos, nos períodos mais críticos, designadamente a época de reprodução, que decorre genericamente entre o início de Abril e o fim de Junho. As operações de construção deverão apenas ter lugar nos dias úteis no período diurno entre as 8h00 e as 20h00. Os estaleiros e parques de materiais devem localizar-se no interior da área de intervenção e ser vedados com tapumes de protecção; devem ser privilegiados locais de declive reduzido e com acesso próximo, para evitar ou minimizar movimentações de terras e abertura de acessos. O corte das árvores deverá ser acompanhado por um técnico especializado e deverá ser restrito às áreas definidas para a implantação do empreendimento. Deve ser previsto o humedecimento dos locais onde poderá ocorrer produção de poeiras, de forma a evitar o arraste pelo vento. Privilegiar o uso de caminhos já existentes para aceder aos locais da obra. No âmbito da beneficiação do caminho existente, as obras devem ser realizadas de modo a reduzir ao mínimo as alterações na ocupação do solo fora das zonas que posteriormente ficarão ocupadas pelo acesso. Assegurar a colocação, quando oportuno, nas estradas e acessos, sinais, luzes, resguardados, vedações e avisos de segurança do tráfego rodoviário. BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 22 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

Recomenda-se a recuperação parcial da galeria ripícola da linha de água que margina a área Nordeste da propriedade onde se pretende implantar o Marinhas Parque Hotel. Esta encontra-se completamente degradada o que compromete a segurança e a envolvente paisagística do início do percurso de acesso ao Hotel. Uma recuperação com galeria ripícola origina uma valorização do projecto e da sua envolvente imediata, como também assegura a estabilidade do acesso ao empreendimento. A zona de armazenamento de produtos e o parque de estacionamento de viaturas devem ser drenados para uma bacia de retenção, impermeabilizada e isolada da rede de drenagem natural, de forma a evitar que os derrames acidentais de óleos, combustíveis ou outros produtos perigosos contaminem os solos e as águas. Esta bacia de retenção deve estar equipada com um separador de hidrocarbonetos. A saída de veículos das zonas de estaleiros e das frentes de obra para a via pública deverá obrigatoriamente ser feita de forma a evitar a sua afectação por arrastamento de terras e lamas pelos rodados dos veículos. Sempre que possível, deverão ser instalados dispositivos de lavagem dos rodados e procedimentos para a utilização e manutenção desses dispositivos adequados. Deverá ser mantido um registo actualizado de todos os produtos perigosos existentes em obra. A aplicação de herbicidas deverá ser restringida ao mínimo indispensável. O manuseamento de outros químicos, de produtos betuminosos e dos seus resíduos e embalagens, bem como de entulhos, deve processar-se com o maior cuidado e em locais adequados, de forma a evitarem-se eventuais contaminações do solo e subsolo. Deverá ser definido e implementado um Plano de Gestão de Resíduos indicando os procedimentos de manuseamento de materiais/resíduos perigosos, reactivos ou susceptíveis de espalhamento, e respectivas condições de depósito e transporte. BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 23 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009

Os resíduos produzidos nas áreas sociais e equiparáveis a resíduos urbanos devem ser depositados em contentores especificamente destinados para o efeito, devendo ser promovida a separação na origem das fracções recicláveis e posterior envio para reciclagem. São proibidas queimas de resíduos a céu aberto. Deverá ser assegurado o destino final adequado para os efluentes domésticos provenientes do estaleiro, de acordo com a legislação em vigor ligação ao sistema municipal ou, alternativamente, recolha em fossas estanques e posteriormente encaminhados para tratamento até à ligação à infra-estrutura existente. Proceder à recuperação de caminhos e vias utilizados como acesso aos locais em obra, assim como os pavimentos e passeios públicos que tenham eventualmente sido afectados ou destruídos. Proceder ao restabelecimento e recuperação paisagística da área envolvente degradada através da reflorestação com espécies autóctones e do restabelecimento das condições naturais de infiltração, com a descompactação e arejamento dos solos. Proceder à recuperação paisagística dos locais de empréstimo de terras, caso se constate a necessidade de recurso a materiais provenientes do exterior da área de intervenção. Adoptar as medidas de poupança de água do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água - Bases e Linhas Orientadoras. Zelar pela correcta informação ambiental dos utentes, sensibilizando-os para a importância de se efectuar um aproveitamento turístico enquadrado nos objectivos de desenvolvimento sustentável. Acompanhamento da evolução das galerias ripícolas instaladas e do Pinhal com Matos. BIODESIGN, Lda. 08033PEAB00RL1 24 EIA do Marinhas Parque Hotel Resumo Não Técnico Novembro 2009

Limitar a velocidade de circulação automóvel no interior do empreendimento colocando sinalização no sentido de limitar a velocidade de circulação a pelo menos 50 km/h. Os acessos directos para o Marinhas Parque Hotel, a partir da estrada que liga Rio Maior a Marinhas do Sal, deverão ser devidamente sinalizado como forma de prevenção de acidentes rodoviários. Finalmente, o programa de monitorização proposto permitirá acompanhar a implementação das medidas de minimização propostas e avaliar a sua adequação ao projecto em causa, tanto na fase de construção, como na fase de exploração. Todos os descritores sobre os quais se esperam impactes negativos significativos serão alvo de monitorização, que consistirá, tanto quanto possível, em campanhas de análises ou de medição, nomeadamente águas superficiais e subterrâneas, resíduos, ruído, fauna e flora. BIODESIGN, Lda. 080033PEAB00RL1 25 EIA do Marinhas Parque Hotel - Resumo Não Técnico Novembro 2009