aula Os dados estatísticos e a representação gráfica Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I Autores Edilson Alves de Carvalho



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Transcrição:

D I S C I P L I N A Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I Os dados estatísticos e a representação gráfica Autores Edilson Alves de Carvalho Paulo César de Araújo aula 13

Governo Federal Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Fernando Haddad Secretário de Educação a Distância SEED Carlos Eduardo Bielschowsky Universidade Federal do Rio Grande do Norte Reitor José Ivonildo do Rêgo Vice-Reitora Ângela Maria Paiva Cruz Secretária de Educação a Distância Vera Lúcia do Amaral Universidade Estadual da Paraíba Reitora Marlene Alves Sousa Luna Vice-Reitor Aldo Bezerra Maciel Coordenadora Institucional de Programas Especiais - CIPE Eliane de Moura Silva Coordenadora da Produção dos Materiais Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Projeto Gráfico Ivana Lima (UFRN) Revisores de Estrutura e Linguagem Eugenio Tavares Borges (UFRN) Janio Gustavo Barbosa (UFRN) Thalyta Mabel Nobre Barbosa (UFRN) Revisora das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva (UFRN) Revisoras de Língua Portuguesa Janaina Tomaz Capistrano (UFRN) Sandra Cristinne Xavier da Câmara (UFRN) Revisor Técnico Leonardo Chagas da Silva (UFRN) Revisora Tipográfica Nouraide Queiroz (UFRN) Ilustradora Carolina Costa (UFRN) Editoração de Imagens Adauto Harley (UFRN) Carolina Costa (UFRN) Diagramadores Bruno de Souza Melo (UFRN) Dimetrius de Carvalho Ferreira (UFRN) Ivana Lima (UFRN) Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN) Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central Zila Mamede Carvalho, Edilson Alves de. Leituras cartográficas e interpretações estatísticas I : geografia / Edilson Alves de Carvalho, Paulo César de Araújo. Natal, RN : EDUFRN, c2008. 248 p. 1. Cartografia História. 2. Cartografia Conceito. 3. Cartografia Utilização. 4. Dados estatísticos. 5. Simbolismo cartográfico. I Araújo, Paulo César de. II. Título. ISBN: CDD 912 RN/UF/BCZM 2008/38 CDU 912 Copyright 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.

Apresentação Na análise geográfica, os dados estatísticos assumem uma grande importância por expressarem numericamente o fato ou fenômeno estudado. A Cartografia Temática, ferramenta de trabalho do geógrafo, utiliza-se frequentemente de dados estatísticos como um dos mais importantes recursos da pesquisa científica. Em geral, uma das primeiras etapas de uma pesquisa é o levantamento de dados e informações concernentes à área e ao objeto de estudo, sendo os resultados dessa investigação muitas vezes os condicionantes de todo o processo da pesquisa em suas várias etapas. Por isso, entendemos que o estudo do comportamento dos dados estatísticos é fundamental para a compreensão da realidade socioespacial. Muitos dados estatísticos são utilizados diretamente na elaboração de mapas e cartogramas temáticos. No entanto, em algumas situações, é necessário que eles sejam representados através dos gráficos e diagramas. Estes constituem uma linguagem especial que pode vir a ser de extrema utilidade, tanto na pesquisa quanto no ensino da Geografia, em virtude das possibilidades de darem mais visibilidade aos resultados de estudos e pesquisas, permitindo uma leitura direta dos seus temas. O que são dados estatísticos, tabelas, gráficos e diagramas? Para que servem? Como construí-los de maneira correta? Como utilizá-los para deles extrair ensinamentos úteis? É o que pretendemos discutir nesta aula no intuito de contribuir para o entendimento da estatística e da sua representação gráfica como meios eficazes de comunicação. Objetivos 1 Classificar os dados estatísticos segundo os critérios apresentados e listar as diferenças entre as principais séries estatísticas. 2 Compreender a importância dos gráficos e diagramas no ensino da Geografia e elaborar diferentes gráficos a partir de séries estatísticas. 3 Escolher o gráfico mais adequado para representar os dados de uma série. Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I 1

A natureza dos dados Um dado estatístico é a representação numérica ou quantitativa de um fato, fenômeno ou ocorrência. Na pesquisa ou no ensino da Geografia, o levantamento dos dados estatísticos é uma das primeiras e mais importantes etapas por tratar-se de um instrumento valioso para o conhecimento da realidade. De acordo com Martinelli (2003, p. 27), Dados são fatos; em si não trazem grande significado; só depois que eles forem de alguma forma agrupados ou processados é que poderemos ver o significado ser revelado. Na pesquisa social ou na investigação do meio físico, existem diferentes critérios e maneiras de classificarmos os dados estatísticos. Quanto à coleta, ou a forma como se obtém os dados, pode ser: direta aquela feita no local da ocorrência onde o pesquisador faz uma visita ou envia um instrumento de consulta para que seja obtida a informação. A coleta direta é também a que é feita pelos equipamentos de uma estação meteorológica. Os dados resultantes da coleta direta são chamados de dados primários; indireta quando os dados são obtidos por consulta a documentos existentes, como relatórios, anuários, teses. São dados que já passaram por um tratamento estatístico e por esse motivo são chamados de dados secundários. Quanto ao tempo a investigação poderá ser feita de maneira: contínua quando os dados são obtidos de forma ininterrupta, como no caso da coleta de dados climáticos ou da contagem de tráfego; periódica quando é obedecido um intervalo regular de tempo para a realização da coleta, como é o caso dos recenseamentos populacionais; excepcional quando da ocorrência de algum evento inesperado, como é nas grandes catástrofes, como terremotos, erupções vulcânicas, guerras, atentados, e no dia-a-dia, os acidentes de trânsito. Quanto ao tratamento, os dados podem ser: brutos ou primitivos quando não passaram por nenhum tipo de tratamento. Resultam da coleta direta e sua utilização necessita de análises e tratamentos matemático-estatísticos. Estão ainda no questionário ou formulário de pesquisa e são a matéria-prima para a compreensão da realidade; elaborados ou derivados resultam de operações feitas com os dados primitivos. Os cálculos realizados para a sua elaboração nem sempre são acessíveis ao público, já que são da competência de profissionais, como estatísticos, matemáticos ou mesmo daqueles que tenham sido treinados para essas tarefas. Em geral, encontram-se publicados em relatórios na forma de séries estatísticas. 2 Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

O que é uma série estatística? Uma série estatística pode ser definida como um conjunto ou coleção de dados estatísticos geralmente homogêneos, organizados de acordo com os critérios e procedimentos de pesquisa usados em sua coleta. As séries estatísticas em geral são de natureza quantitativa sendo expressas em tabelas ou matrizes operacionais, nas quais os dados são distribuídos de maneira organizada através de textos e números e de acordo com um caráter que é passível de variação. Presentes em textos científicos, relatórios, anuários e outros documentos, as séries sintetizam numericamente os aspectos mais relevantes da realidade pesquisada. Podemos classificar as séries estatísticas com base em três variações com as quais elas normalmente se apresentam, ou seja, com a época, o local e o fenômeno. Aliás, são esses três elementos que possibilitam a identificação de uma série estatística. A época refere-se ao tempo (data ou período) da coleta dos dados ou informações. O local é representado pelo espaço (global ou local), que serviu de base para a abordagem da pesquisa, e o fenômeno (fato ou ocorrência) representa a essência do assunto ou tema estudado. A partir dessas variações anteriormente apresentadas, podemos classificar as séries estatísticas em: cronológicas ou históricas - aquelas em que os termos correspondem a intervalos de tempo variáveis, ou seja, os dados variam com o tempo. São também chamadas de evolutivas ou temporais, sendo úteis no acompanhamento da evolução de uma situação ao longo de um determinado tempo. As séries cronológicas são muito utilizadas no cotidiano, quando procuramos saber a variação temporal de um dado, como a inflação anual, a evolução do salário mínimo, o comportamento histórico de uma doença, o aumento da violência urbana, o crescimento da população, as migrações e tantos outros, como no exemplo a seguir; Tabela 1 - Grande Natal - Entrada de Hóspedes Brasileiros - 2001 a 2005 Fonte: Pesquisa Turismo Receptivo - 2001 a 2005. SETUR/RN -2006 Ano Número de hóspedes 2001 291.095 2002 326.818 2003 307.605 2004 355.924 2005 402.828 geográficas ou territoriais séries elaboradas a partir do registro de observações de fatos ou ocorrências em um lugar ou em lugares distintos num determinado momento. Nessas séries, o tempo é fixo, ou seja, os fatos referem-se a ocorrências em uma data ou período determinado, como é o caso da temperatura média em cada município do Estado, ou da produção industrial regional, ou ainda a quantidade produzida em um setor da economia, como mostramos no exemplo a seguir; Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I 3

Tabela 2 - Brasil Produção de Sal Marinho, segundo os estados produtores 2004. Estados Produção (t) % Rio Grande do Norte 4.813.000 92,40 Rio de Janeiro 310.000 6,00 Ceará 68.000 1,30 Piauí 15.000 0,30 Brasil 6.651.000 100,00 Fonte: Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) - 2005 específicas ou categóricas séries que representam os fatos mencionando-os por grupos específicos ou categorias em um determinado tempo e local. Exemplos típicos de séries categóricas são: produção industrial por gênero de indústria; produção agrícola por tipo de lavoura; público dos estádios por séries do campeonato brasileiro. Nas séries específicas, os registros das ocorrências não levam em conta variações de espaço e tempo. Tabela 3 - Natal/RN Categorias Profissionais dos Turistas - 2005. Categorias % Funcionário público 15,50 Profissional liberal 9,70 Comerciante 9,41 Estudante 7,94 Aposentados / pensionistas 4,76 Outras 52,69 Total 100,00 Fonte: Pesquisa Turismo Receptivo - 2001 a 2005. SETUR - RN. Além das séries mais comuns anteriormente comentadas, ainda se consideram outros dois tipos de séries descritas a seguir. Séries mistas ou séries de múltipla entrada reúnem características próprias de duas ou mais séries. Elas podem ser históricas e geográficas quando representam, por exemplo, a variação de um dado espacial ao longo de um tempo, como: a evolução da venda de combustíveis, segundo os Estados da Federação. Também podem ser históricas e categóricas quando representam evolução da produção agrícola municipal, segundo o setor da agricultura, ou geográficas e categóricas, quando apresentam dados de pesca no litoral potiguar, por tipo de embarcação. A tabela a seguir é, ao mesmo tempo, histórica e categórica. Tabela 4 - BRASIL - Composição da População por Raça, 1991/2000 1991 2000 Branca 75 704 927 Branca 91 298 042 Parda 62 316 064 Parda 65 318 092 Preta 7 335 136 Preta 10 554 336 Amarela 630 656 Amarela 761 583 Indígena 294 135 Indígena 734 127 Sem declaração 534 878 Sem declaração 1 206 675 Total 146 815 796 Total 169 872 856 Fonte: Censo Demográfico 2000: Resultados do Universo Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

Distribuição de freqüência composta pelo agrupamento de dados em classes formadas pela repetição das freqüências, ou seja, os intervalos das classes mudam cada vez que muda a freqüência. Pode ser apresentada sob forma gráfica ou em tabelas, sendo muito usada para visualizar a distribuição etária da população de uma cidade ou dos alunos de uma sala de aula. Também podemos fazer distribuição de freqüência com as densidades demográficas de um estado, o que possibilita agrupar as freqüências a partir das suas mudanças. O exemplo seguinte lista as densidades demográficas de 20 municípios de uma região. Essas densidades são mostradas de duas maneiras: 1ª) Dados não agrupados 45, 41, 42, 41, 42 43, 44, 41, 50, 46, 50, 46, 60, 54, 52, 58, 57, 58, 60, 51 2ª) Dados agrupados por freqüência 41, 41, 41, 42, 42 43, 44, 45,46, 46, 50, 50, 51, 52, 54, 57, 58, 58, 60, 60 Dados Freqüência Classes 41 3 1 42 2 2 43 1 44 1 3 45 1 46 2 50 2 4 51 1 52 1 54 1 5 57 1 58 2 60 2 6 Total 20 Dessa maneira, os dados ficariam agrupados em seis classes definidas pelas mudanças de freqüências (vezes em que o número aparece). Todas as séries estatísticas apresentam-se organizadas em forma de tabelas ou matrizes operacionais, que são compostas de alguns elementos essenciais, descritos a seguir. Cabeçalho ou Título - localizado na parte superior da tabela é o instrumento que define o seu conteúdo com clareza e precisão. Ele deve conter três informações básicas: o fato, o local e a época da sua ocorrência. Ex: Brasil População Total, segundo os Estados da Federação 2000. Corpo é formado pelas linhas e colunas, que ao se cruzarem formam as células. É nele onde se localizam os dados. Coluna indicadora é localizada, em geral, no lado esquerdo da tabela e indica o conteúdo de cada uma das linhas. Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

Rodapé situa-se na parte inferior da tabela e serve para indicar a fonte dos dados, as notas e as chamadas. A fonte é um elemento fundamental, pois identifica a origem dos dados, dando credibilidade aos mesmos. Notas e chamadas são recursos utilizados para destacar aspectos da tabela que mereçam melhor explicação. Em geral, as notas são identificadas com números e as chamadas identificadas com o uso de asteriscos. Atividade 1 Com base nas definições das séries estatísticas geográficas, históricas e categóricas anteriormente comentadas faça o seguinte: a) Elabore tabelas das três séries com dados estatísticos do seu município. b) Construa uma distribuição e freqüência a partir das densidades demográficas dos municípios da sua região. c) Cite um exemplo de coleta de dados, contínua, periódica, ou excepcional que você saiba ou tenha visto acontecer em seu município. sua resposta Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

Gráficos e diagramas A apresentação dos dados estatísticos através de tabelas nem sempre pode cumprir com os objetivos da comunicação. Por isso, com a finalidade de melhorar esse processo, muitos pesquisadores recorrem ao uso dos gráficos. Para isso, é necessário saber o que se pretende mostrar, como elaborar o gráfico e qual o tipo de gráfico mais apropriado para cada tema abordado. Dependendo da mídia em que o gráfico será levado a público, é importante considerar aspectos técnicos da sua elaboração como: o uso de cores e texturas, a espessura das linhas e as fontes dos textos na composição das legendas. De uma maneira geral, podemos agrupar os principais tipos de gráficos em três categorias: aqueles feitos a partir de planos cartesianos, os construídos sobre círculos e os triangulares. Gráficos construídos sobre o plano cartesiano Gráficos de barras ou colunas gráficos excelentes para a comparação de quantidades e de suas variações no tempo. Elaborados a partir do plano cartesiano, são gráficos simples, mas deve-se obedecer a algumas regras na sua feitura. As barras ou as colunas devem ter início no valor zero. Conforme Loch (2006), sugere-se que a altura do gráfico fique entre 60% a 70% menor que a largura, porém, é aceitável gráfico em colunas com essas proporções no sentido vertical, especialmente se houver uma grande discrepância entre dados que esconda ou dificulte a visualização dos dados menores. O espaço entre as colunas deve estar entre 2/3 e 1/2 da largura da base. Em séries geográficas, os dados devem ser dispostos em ordem crescente ou decrescente. Nas séries históricas, os dados devem ser representados na ordem cronológica. Uma legenda pode ser usada para identificar as colunas, mas pode-se usar também letras ou números em sua parte inferior ou base. Se as colunas forem coloridas, o fundo do gráfico deve ser branco ou claro. Se as colunas ficarem em branco é necessário atribuir uma cor ou tons de cinza ao fundo. Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

É importante ainda lembrar que a representação de três ou mais colunas conjugadas, em séries mistas, prejudica a clareza da exposição. No exemplo seguinte, a variável tempo foi utilizada duas vezes evitando uma leitura confusa. (%) 100 81,5 81,9 83,8 79,9 78,8 80,3 72,4 58,7 63,2 61,6 53,3 52,4 0 B rasil Norte Nordeste S udeste S ul Centro-Oeste 1992 2002 Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1992/2002. Figura 1 - Taxa de escolarização de 15 a 17 anos de idade Brasil e grandes regiões 1992/2002 Histograma é um gráfico de colunas que serve para representar a freqüência de ocorrências de uma série expressa em números absolutos ou em porcentagens, em um eixo cartesiano. A sua construção é semelhante ao gráfico de colunas, mas sem espaços entre as mesmas. Aproveitamos o exemplo de histograma a seguir para demonstrar a localização dos principais componentes de um gráfico. Título (fato, local e data) n i 12 Legenda 8 Variável 1 4 Fonte 30 40 50 60 70 80 90 100 Variável 2 Figura 2 - Histograma com os exemplos dos elementos componentes de um gráfico Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

Gráfico linear utiliza-se de linhas para unir pontos situados em um plano cartesiano, sendo excelente para apresentação de séries históricas ou temporais, pois permite avaliar com clareza a evolução de um fenômeno ao longo do tempo. Presta-se ainda para a representação da freqüência acumulada de dados. Os procedimentos de elaboração são semelhantes aos do gráfico em colunas. No caso das séries temporais, costuma-se dispor a variação quantitativa dos dados, no eixo y (vertical); no eixo x (horizontal), dispõe-se a variação temporal da série. 500.000.000 400.000.000 Fonte: SETUR/RN 2006 300.000.000 200.000.000 100.000.000 Grande Natal Demais municípios Rio Grande do Norte 0 2002 2003 2004 Figura 3 - RN Receita Turística 2002/2004 (US$ 1,00) Utilizando-se de legenda composta por linhas de cores, formas ou de texturas diferentes, pode-se representar algumas variações de um mesmo tema, permitindo inclusive boas comparações entre estas, no entanto, é preciso cautela para não se exagerar no uso desse recurso. É importante lembrar que o título e a fonte são elementos que devem estar presentes em todos os gráficos. Diagrama retangular é um dos gráficos de mais simples elaboração. Baseia-se na figura de um retângulo cujo comprimento corresponde ao total (ou 100%) dos dados a serem representados. Tabela 5 - Natal/RN. Estabelecimentos de Ensino, por Dependência Administrativa -2005. Dependência Nº de Estabelecimentos Percentual Estadual 121 27,5 Federal 5 1,1 Municipal 122 27,7 Particular 192 43,6 Total 440 100,0 Exemplificando 440 100% 121 X 121 100 = 12100 / 440 = 27,5 (o mesmo com as demais parcelas) Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

Pode ser feito com os dados ordenados de maneira crescente ou decrescente ou não ordenados. Particular (43,6%) Municipal (27,7%) Estadual (27,5%) Federal (1,1%) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100% Fonte: SECD/ATP/GAEE 2006 Figura 4 - Gráfico Retangular Gráficos construídos sobre figuras circulares Gráfico circular ou setorial é um excelente recurso para comparar os valores de cada parcela de um conjunto de dados com o total. É feito tomando por base a figura de um círculo dividido em setores de tamanhos proporcionais aos valores que representam. O tratamento dos dados para a sua elaboração é semelhante do gráfico retangular, no entanto, após definir os percentuais de todas as parcelas, cada uma delas será o elemento variável de uma regra de três que definirá a amplitude em graus, de cada parte do círculo. O somatório dos setores deverá ser sempre de 360º ou 100% dos dados. 100% 360 x % n graus Algumas recomendações devem ser feitas para a elaboração dos gráficos setoriais. Os valores devem ser apresentados em ordem decrescente a partir da parte superior do gráfico e no sentido horário. Ao lado de cada setor, podem-se colocar os percentuais e os nomes de cada parcela. Este gráfico não deve ser usado quando são muitas parcelas nem quando existem muitas parcelas com valores muito semelhantes, sob pena de se perder uma das suas principais funções: a da comparação. No desenho manual, usa-se o transferidor para marcar cumulativamente os graus correspondentes a cada setor, mas, se queremos implantar os percentuais, podemos dividir o círculo em 100 partes. Esse transferidor de percentuais deve ser feito em transparência, o que facilita a elaboração do gráfico. Com o uso do computador, tanto em programas CAD (Computer Aided Design Projeto Auxiliado por Computador) ou SIG (Sistema de Informação Geográfica), os procedimentos são mais simples e eficazes do ponto de vista visual. O uso de cores pode melhorar a qualidade visual do gráfico, porém, na sua impossibilidade, o uso de tonalidades de cinza pode facilitar a representação. Assim como os gráficos de barras e colunas, os gráficos setoriais podem ser elaborados em terceira dimensão, mas esse recurso deve ser utilizado com cautela. 10 Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

7,7% 9,4% Fonte: IBGE Brasil em Números (2002). 10,4% 14,0% 58,5% N o rte N o rd e ste C e n tro -Oe ste Sul Sudeste Figura 5 - Gráfico setorial: Brasil Terras indígenas demarcadas, 2000. Gráfico polar é a representação de uma série histórica ou temporal por meio de círculos concêntricos divididos em setores de iguais dimensões e em quantidades, de acordo com a variabilidade do fato estudado. A representação dos dados resultará na composição ou de um polígono ou do traçado de linhas radiais proporcionais aos valores que representam, as quais servirão de recursos visuais para a interpretação das informações. Muito utilizados para a representação de dados meteorológicos, podem servir também para representar dados geográficos físicos e/ou socioeconômicos. DE Z JA N FE V NO V MA R Fonte: Setur/RN (2006). O UT 3000 6000 9000 12000 15000 A B R S E T MA I A G O JUL JUN Figura 6 - Grande Natal fluxo mensal de turistas estrangeiros 2005 Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I 11

Gráficos triangular e pirâmide Gráfico triangular é utilizado para representar fenômenos cuja apresentação é feita em três variáveis. A sua análise exige mais atenção em virtude da maior complexidade da sua apresentação. Tem sido muito utilizado para representar fenômenos como estrutura fundiária, composição etária da população, população economicamente ativa, composição do solo e outros. A figura de um triângulo eqüilátero é utilizada para representar em cada um dos lados a variação de um aspecto do fenômeno estudado. Cada lado do triângulo é dividido em dez partes onde podem ser representados os percentuais correspondentes a cada um desses aspectos. O exemplo a seguir, retirado de Duarte (1991), indica uma maior concentração da População Economicamente Ativa (PEA) no Setor Primário da economia dos países (fictícios) em questão. 50 Setor Primário 100 0 90 10 80 c d 70 b a e 60 f 40 g 30 20 30 40 50 20 80 h L i 10 90 j 0 100 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Setor Terciário Setor Secundário 60 70 Fonte: Duarte (1991). Figura 7 - PEA por setores da economia em um grupo de países 12 Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

Pirâmide Etária é uma forma de representar a estrutura da população por idade e sexo. O eixo horizontal representa o número absoluto ou relativo da população e o eixo vertical representa os grupos etários. O lado direito do eixo horizontal é destinado à representação do contingente ou proporção de mulheres e o esquerdo, dos homens. Fonte: IBGE (2002). 8 0 a n o s e m a is 7 5 a 7 9 a n o s 7 0 a 7 4 a n o s 6 5 a 6 9 a n o s 6 0 a 6 4 a n o s 5 5 a 5 9 a n o s 5 0 a 5 4 a n o s 4 5 a 4 9 a n o s 4 0 a 4 4 a n o s 3 5 a 3 9 a n o s 3 0 a 3 4 a n o s 2 5 a 2 9 a n o s 2 0 a 2 4 a n o s 1 5 a 1 9 a n o s 1 0 a 1 4 a n o s 5 a 9 a n o s 0 a 4 a n o s 10 000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 H o m e n s M u lh e re s 1.000 hab. Figura 8 - Pirâmide Etária - Brasil Composição etária da população 2000 Atividade 2 1 2 Elabore um gráfico de colunas, a partir da tabela apresentada como exemplo das séries mistas. Escreva um pequeno texto no qual seja feita uma análise dos gráficos, setorial, polar e pirâmide etária apresentados como exemplos. Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I 13

sua resposta 14 Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

Resumo Nesta aula, tivemos a oportunidade de estudar os dados estatísticos e a sua organização em tabelas ou matrizes operacionais, elaboradas seguindo critérios definidos a partir dos diferentes tipos de séries estatísticas. Pudemos estudar os fins a que se aplicam essas séries e ver a importância dos gráficos quando a simples apresentação dos dados em uma tabela é insuficiente para comunicar com eficácia os resultados de uma pesquisa. Assim, estudamos diferentes tipos de gráficos que podem ser utilizados na pesquisa científica e no ensino da Geografia e áreas afins. Auto-avaliação 1 Alguns autores utilizam a expressão diagramas referindo-se aos gráficos. Faça uma consulta em dicionários ou na Internet e veja quais diferenças existem entre os dois termos e em que eles se assemelham. 2 Tomando como base o que você aprendeu sobre as séries históricas e sobre os gráficos, você poderia utilizar que gráficos para fazer uma análise histórica da população do seu município? Referências DUARTE, Paulo Araújo. Cartografia temática. Florianópolis: Ed. UFSC, 1991. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/censo/censodemográfico2000>. Acesso em: 23 jan. 2008. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Diretoria de Pesquisas. CPIS. Pesquisa nacional por Amostra de Domicílios: 1992/2002. Disponível em: < http:// www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 23 jan. 2008. LOCH, Ruth E. Nogueira. Cartografia: representação, comunicação e visualização de dados espaciais. Florianópolis: Ed. UFSC, 2006. MARTINELLI, Marcelo. Mapas da geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2003. SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO/RN. Pesquisa turismo receptivo: 2001 a 2005. Natal, [2006?]. Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I 15

Anotações 16 Aula 13 Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I

Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I GEOGRAFIA Ementa História, conceituação e utilização da cartografia nos estudos geográficos. O espaço e os problemas da escala e da forma. Orientação, localização, projeções e fusos horários. Os dados estatísticos; tratamento e representação. O simbolismo cartográfico e a linguagem dos mapas. Autores Edilson Alves de Carvalho Paulo César de Araújo Aulas 01 História da Cartografia 02 A Cartografia: bases conceituais 03 As formas de expressão da Cartografia 04 Cartografia aplicada ao ensino da Geografia 05 Escalas 06 Forma e dimensões da Terra 07 Orientação: rumo, azimute, declinação magnética 08 Localização: coordenadas geográficas 09 Localização: coordenadas planas UTM 10 Os fusos horários e sua importância no mundo atual 11 Projeções Cartográficas 12 A linguagem cartográfica 13 Os dados estatísticos e a representação gráfica 14 A comunicação e a expressão cartográfica 15 As formas de representação do terreno 1º Semestre de 2008 Impresso por: Gráfica xxxxxx