MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS



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Transcrição:

MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS MSc Alice Peruchetti Orrú MSc Benedito Aparecido dos Santos Drª Maria Cândida de Oliveira Costa MSc Rosa Helena Carvalho Serrano Drª Mônica Maria Gonçalves 2015

FUNDAMENTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO Ao longo do trabalho lembre-se que você poderá...... Cometer erros e aprender.... Escrever e reescrever seu projeto de pesquisa diversas vezes! Ninguém faz tudo certo da primeira vez!... Gastar muitas horas lendo livros e artigos relacionados ao seu assunto!... Gastar muitas horas discutindo seu projeto com seu orientador, outros pesquisadores e professores.... Ter seu trabalho criticado!... Sentir-se confuso e talvez desanimado algumas vezes. Porém, se seguir as regras abaixo descriminadas...... Ao terminá-lo verá que construiu um trabalho coerente e bom.... Ficará feliz por ter crescido intelectual e profissionalmente. Bom trabalho!!! II

SUMÁRIO 1 QUE É PESQUISA?... 1 2 PROJETO DE PESQUISA... 4 2.1 OBJETIVO GERAL... 5 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 5 2.3 REVISÃO DA LITERATURA (REFERENCIAL TEÓRICO)... 5 2.4 METODOLOGIA-... 6 2.5 ESTRUTURA DO TRABALHO... 6 2.6 REFERÊNCIAS... 7 2.7 CRONOGRAMA... 7 2.8 ORÇAMENTO... 7 3 ESTRUTURA DE UM TRABALHO ACADÊMICO... 8 3.1 TRABALHOS DE DISCIPLINA... 9 4 MONOGRAFIAS, RELATÓRIOS FINAIS, TCCs... 11 5.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS... 12 5.1.1 Capa... 12 5.1.2 Folha de Rosto... 14 5.1.3 Folha de Aprovação... 15 5.1.4 Dedicatória... 15 5.1.5 Agradecimento... 15 5.1.6 Epígrafe... 16 5.1.7 Resumo e Palavras-Chaves / Abstract and Keywords... 16 5.1.8 Sumário... 16 5.1.9 Lista de Figuras, Gráficos, Quadros e Tabelas... 16 5.1.10 Lista de Abreviaturas, Siglas e Símbolos... 18 III

5.2 ELEMENTOS TEXTUAIS... 19 5.2.1 Introdução... 19 5.2.2 Desenvolvimento ou Corpo do Trabalho... 20 5.2.3 Metodologia... 22 5.2.4 Resultados e Discussão... 23 5.2.5 Considerações Finais, Conclusão, Recomendações... 23 5.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS... 24 5.3.1 Referências... 24 5.3.2 Apêndices e Anexos... 24 5.3.3 GLOSSÁRIO... 25 6 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DE TRABALHOS ACADÊMICOS... 26 6.1 PONTUAÇÃO... 29 6.2 MAIÚSCULAS... 29 6.3 GRIFO... 30 6.4 ABREVIATURAS... 30 7 CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS E NOTAS DE RODAPÉ... 32 7.1 CITAÇÕES... 32 8 SISTEMAS DE CHAMADA... 37 8.1 NOTAS DE RODAPÉ... 38 9 ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS... 39 10 MODELOS DE REFERÊNCIAS... 40 10.1 PARA LIVROS, FOLHETOS, TRABALHOS ACADÊMICOS... 40 10.2 PARTES DE LIVROS, FOLHETOS, ETC.... 43 10.3 ARTIGOS DE PERIÓDICOS (REVISTAS OU JORNAIS)... 43 10.4 PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS (NO TODO)... 45 10.5 TESES, DISSERTAÇÕES, MONOGRAFIAS... 45 10.6 EVENTOS CIENTÍFICOS (CONGRESSOS, SEMINÁRIOS, ETC.)... 45 IV

10.6 FILMES, FITAS E GRAVAÇÕES DE VÍDEO... 46 10.7 DOCUMENTOS ELETRÔNICOS DISPONÍVEIS NA INTERNET... 47 10.8 TRABALHO INDIVIDUAL (SEM INDICAÇÃO DE AUTORIA)... 47 REFERÊNCIAS... 50 ANEXO 1 V

1 QUE É PESQUISA? É uma oportunidade ímpar de aperfeiçoamento para a articulação da teoria e prática, pois as mesmas não são dissociadas, permitindo aos alunos e professores testarem seus conhecimentos de forma clara e objetiva. Para realizá-la há a necessidade de elaboração de um projeto de pesquisa. Mas, qual a função dele? Os projetos de pesquisa têm muitas funções diferentes. Algumas são: a) Convencer as pessoas do valor de seu trabalho mostrando como os resultados de sua pesquisa proporcionarão um diferencial na sociedade ou identificando uma incógnita existente em uma teoria, que sua pesquisa ajudará a resolver. b) Demonstrar competência, ou seja, demonstrar que você tem habilidades necessárias no tema proposto. Pode se tornar um cartão de visita profissional. c) Servir como um contrato demonstrando claramente o que compete a cada uma das partes d) Servir como ferramenta de planejamento, quando um plano de ação é bem elaborado e definido desde o começo, a pesquisa pode ser desenvolvida mais facilmente Por isso, há a necessidade de se criar um estilo de escrita que seja claro, objetivo e profissional. Deve-se observar, entretanto, que a execução do mesmo exige o uso da metodologia científica, fazendo com que o seu desenvolvimento seja realizado de forma sistematizada com o objetivo de responder a uma pergunta fundamental: o problema da pesquisa. Assim como em toda pesquisa o seu desenvolvimento dar-se-á por meio do Planejamento, Execução e Relato de Resultados. Essas fases podem ser presenciadas nos momentos em que o pesquisador apresentar seu Pré-projeto, Projeto de Pesquisa e Relatório final. 1

1.1 PRÉ-PROJETO É o primeiro passo para a idealização do planejamento. Neste momento é fundamental definir a Área, o Tema, o Objetivo, o Problema, a Hipótese, a Justificativa, a Metodologia (tipo de pesquisa e ações a serem desenvolvidas) e os Resultados Esperados. Deve-se dedicar um tempo seleto para a idealização do mesmo tendo em vista que tais escolhas influenciarão as próximas fases a serem desenvolvidas. Algumas perguntas devem ser realizadas antes de iniciar sua pesquisa: O que me fez escolher justo esse tópico para minha pesquisa? Eu consigo pensar nesse problema de maneiras diferentes? Tenho acesso à informação necessária para responder à questão? Minha questão de pesquisa tem base teórica adequada? O quanto esse problema de pesquisa é interessante para mim? Quanto as respostas a essa questão me farão avançar no entendimento desse tópico? Tenho tempo, equipamento e suporte financeiro pra levar esse trabalho adiante? A pergunta apresenta desafios suficientes para ser uma questão de pesquisa? Outra ação muito importante, nesse momento, é conversar com seu orientador a fim de direcionar seu trabalho e encontrar referências adequadas ao tema. Discuta com ele sobre sua proposta de pesquisa (Anexo 1). 2

Quadro 1.Tipos de Pesquisa TIPOS DE PESQUISA Pesquisa de compilação = Pesquisa bibliográfica Pesquisa empírica pode ser: Pesquisa documental Pesquisa descritiva Levantamento Pesquisa experimental Pesquisa-ação Estudo de caso, etc. DIVISÃO SUGERIDA DO TEXTO Introdução (decorre das leituras e do pré-projeto) Desenvolvimento (revisão bibliográfica leituras com a estratégia de Fichamento, Resumos e Resenhas aplicadas ao tema, objetivo e problema propostos) Considerações Finais (síntese dos capítulos com sugestões ou não!) Referências: é um conjunto de elementos de uma obra escrita (como título, autor, editora, local de publicação e outras) que permite a sua identificação. Introdução (decorre das leituras e do pré-projeto) Revisão da literatura (compilação de leituras com a estratégia de Fichamento, Resumos e Resenhas aplicadas ao tema, objetivo e problema propostos Material e métodos (Material: descreve os equipamentos e a amostra, constituída pelos sujeitos ou organismos empregados na pesquisa. Métodos: descrição completa dos métodos utilizados, que permita a compreensão e interpretação dos resultados, bem como a reprodução do estudo e sua utilização por outros pesquisadores). Resultados (Apresentação dos resultados obtidos de forma objetiva, exata e lógica. Para maior clareza podem ser incluídos tabelas, quadros, desenhos, gráficos, mapas, fotografias, esquemas, etc.) Discussão (Na discussão estabelecem-se as relações entre os dados obtidos, o problema da pesquisa e o embasamento teórico dado na revisão da literatura e indicam-se as aplicações teóricas ou práticas dos resultados obtidos, bem como as suas limitações. O autor deve manifestar seu ponto de vista sobre os resultados obtidos e seu alcance). 3

2 PROJETO DE PESQUISA Após a definição do pré-projeto toma-se o caminho da pesquisa em busca do conhecimento necessário para a resposta dos questionamentos propostos. No caso do projeto de pesquisa, o corpo do texto começa a se delinear e são concluídas as fases iniciais de busca da área a ser trabalhada, bem como, o planejamento. Nesta fase já estão inclusas todas as informações pertinentes, bem mais definidas do que no pré-projeto. A divisão em capítulos começa a tomar corpo e já se tem definido o tipo de pesquisa que será realizada podendo ser de Compilação (revisão bibliográfica) ou Pesquisa Empírica (Pesquisa documental, Pesquisa descritiva, Levantamento, Pesquisa experimental, Pesquisa-ação, Estudo de caso, etc.). Abaixo, oferecemos uma sugestão de como estas duas possibilidades de pesquisa podem ser desenvolvidas enfatizando as particularidades de cada uma delas (Quadro 1). É sempre útil, quando se pensa em iniciar uma pesquisa, gerar diversos possíveis problemas de pesquisa e então, escolher o melhor. Por exemplo, quando você vai a uma loja, não compra o primeiro item que encontra. Ao invés disto, você procura por aquela que pareça melhor para o seu propósito, apesar de olhar diversas peças. O mesmo se aplica às questões de pesquisa. Cada questão de pesquisa tem seus pontos fortes e fracos e a escolha pela ideal é muitas vezes difícil. Apresentamos uma lista de critérios que podem ser usados na seleção da questão a ser escolhida. A lista não está completa, é claro, por isso, acrescente aquele que julgar importante a fim de assegurar que no final da escolha tudo estará de acordo com suas necessidades: a) Sua questão de pesquisa tem uma base teórica adequada? Você tem acesso à informação necessária para respondê-la? b) O quanto o problema da pesquisa é interessante para você? c) Você tem habilidades (ou pode desenvolvê-las) para achar a resposta para este problema? 4

d) Você tem tempo, equipamento e suporte financeiro para desenvolver o trabalho proposto? e) Essa questão está relacionada a algum critério proposto por alguma instituição em que você trabalha ou pretende trabalhar? f) O problema tem potencial para gerar futuras pesquisas para você mesmo ou para outros pesquisadores em seu campo? O PROBLEMA é a questão a ser respondida pelo trabalho. Não é, porém, uma questão simples. Ela já vem polida por certa reflexão teórica. É uma questão que já tomou forma em sua mente, derivando de questões teóricas e de sua observação sobre um fenômeno. Qual é a questão abordada no trabalho? Que respostas estou disposto à responder? Podemos dizer, portanto, que o problema da investigação é aquela pergunta que não consegue ser respondida com o conhecimento atualmente disponível. A melhor forma ainda é a mais clara e explícita, como: Meu problema de pesquisa é:... ou O problema de pesquisa que orienta esta monografia é.... Cerca de 20 linhas 2.1 OBJETIVO GERAL Relaciona-se diretamente ao problema. Demonstra o que o trabalho pretende mostrar. Esclarece e direciona o foco central da pesquisa de maneira abrangente. Normalmente é redigida em uma frase utilizando o verbo no infinitivo. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Definem os diferentes pontos a serem abordados, visando concretizar o objetivo geral. Os verbos, assim como no objetivo geral, devem ser utilizados no infinitivo. (Descrever o produto editorial que resultará da pesquisa e o suporte/modalidade). 2.3 REVISÃO DA LITERATURA (REFERENCIAL TEÓRICO) 5

É tudo o que o tema envolve. Questões sociológicas, antropológicas, de comunicação. Nessa etapa, são analisadas as mais recentes obras científicas disponíveis que permitam um embasamento teórico e metodológico sobre o assunto, permitindo o desenvolvimento do projeto de pesquisa. Lembrando sempre que o referencial teórico não é uma colcha de retalhos de citações. Uma boa abordagem tem em torno de 10 páginas. Lembrem-se que é neste tópico onde entram as citações e suas referências, tanto para os autores da comunicação (sobre o produto que vão desenvolver), bem como da temática específica. 2.4 METODOLOGIA É o conjunto de métodos e técnicas utilizados para a realização de uma pesquisa (Método: Como, com o que ou com quem, onde e quando?; Técnicas de Pesquisa: Instrumentos, amostra, plano de coleta, tabulação e análise de dados). Âmbito (alcance no espaço e no tempo). Existem duas formas de abordagem de pesquisa, a qualitativa (tem caráter exploratório estimulando os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Mostra aspectos subjetivos. É utilizada quando se busca entendimentos e percepções, abrindo espaço para a interpretação sobre a natureza geral de uma questão) e a quantitativa (utiliza instrumentos estruturados questionários; adequada para levantar opiniões e atitudes explicitas e conscientes dos entrevistados. Seu objetivo é permitir o teste de hipóteses, já que os resultados são concretos, reduzindo os erros de interpretação. Apropriada para trabalhos que busquem medidas quantificáveis de variáveis e inferências a partir de amostras numéricas, ou busca padrões numéricos relacionados a conceitos cotidianos) 15/20 linhas. 2.5 ESTRUTURA DO TRABALHO Opcional. Como o trabalho deverá ser organizado. Quais os capítulos do livro? Como os temas serão distribuídos no programa de rádio ou documentário? Quais serão as seções da revista? Duas páginas. 6

2.6 REFERÊNCIAS Livros e artigos utilizados no projeto. Uma página. (Levantamento inicial) 2.7 CRONOGRAMA Definir quais serão os seus prazos. Modelo Elaboração do Projeto Revisão bibliográfica Análise documental Observação de campo Elaboração questionário Realização do pré-teste Entrevistas Análise das entrevistas Elaboração do Trabalho Defesa do trabalho Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 2.8 ORÇAMENTO Opcional. 7

3 ESTRUTURA DE UM TRABALHO ACADÊMICO Este capítulo tem como objetivo apresentar as exigências metodológicas para a elaboração de qualquer trabalho acadêmico. A monografia é considerada o tipo de trabalho escrito mais solicitado na academia. Nela apresenta-se a discussão de algum tema, o resultado de uma pesquisa ou a análise de um ou mais textos. O Trabalho de Conclusão de Curso pode ser de compilação, quando consiste na exposição do pensamento de vários autores que pesquisaram e escreveram sobre o tema escolhido, ou de pesquisa (ou empírica), quando é realizada pela observação ou investigação direta de fatos, fenômenos, organismos. Há dois tipos específicos de trabalhos próprios da pós-graduação a dissertação e a tese. Para a ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 14724), ambas constituem documentos que representam o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico, de tema único e bem delimitado, sob a coordenação de um orientador. Porém, enquanto a dissertação é um estudo retrospectivo e tem como objetivo reunir, analisar e interpretar informações, devendo evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização dessas informações por parte do aluno, a tese deve ser o resultado de uma investigação original e constituir contribuição real para o assunto em questão. Além disso, enquanto a dissertação visa à obtenção do título de mestre, a tese, o de doutor. Porém, apesar de a ABNT estabelecer essa distinção entre tese e dissertação, a primeira sendo o resultado de uma investigação original e a segunda apenas um estudo retrospectivo, na prática as dissertações têm se constituído frequentemente em trabalhos empíricos originais. Os cursos de pós-graduação lato sensu geralmente requerem a confecção de uma monografia, cujo tipo e abrangência variam conforme o curso. 8

Embora, normalmente, os trabalhos das diferentes disciplinas constituam monografias, a fim de organizar a apresentação dos mesmos, os cursos de formação de docentes os distinguem em dois tipos: a) os trabalhos de disciplina, - que têm uma exigência menor de apresentação gráfica, aprofundamento e estruturação. São solicitados pelos professores das diferentes disciplinas no decorrer do ano letivo; b) as monografias - trabalhos mais complexos exigem maior aprofundamento e extensão. Normalmente, são elaborados pelos alunos no decorrer do curso e apresentados ao final do curso, como resultado de um projeto de pesquisa. (nada impede, porém, que um professor solicite uma monografia no decorrer do ano letivo. Tudo depende de esclarecimento à classe). 3.1 TRABALHOS DE DISCIPLINA São os trabalhos solicitados pelos professores durante o ano letivo. Dependendo do tipo de trabalho e do nível de aprofundamento do tema, podem ser formatados de diferentes formas. Em vista disso, caberá ao professor orientar qual formatação deseja. O que se espera para os cursos de licenciatura é que os trabalhos de disciplina apresentem uma capa (verificar anexo B) e que o corpo do texto sempre traga uma introdução, que oriente sua leitura, e um desenvolvimento bem estruturado. Nem todo trabalho de disciplina exige conclusão. Uma orientação importante é que não se deixem espaços vazios entre as diversas partes componentes do trabalho, ou seja, não se deve mudar de página enquanto uma página não foi completada até o final (a não ser que alguma figura ou esquema o exigirem). Este fato só acontece quando você escreve um Trabalho de Conclusão de Curso e este se encontra em formato de capítulos. Outra orientação é que, conforme a extensão do texto e a diferenciação dos temas nele inseridos façam subtítulos. 9

No anexo B, encontram-se modelos de capa para trabalhos de disciplina. Os espaços sugeridos podem ser alterados, dependendo do tamanho do título do trabalho, ou, no caso de grupos, do número de participantes. O importante é que se mantenha um visual esteticamente agradável. As demais instruções serão dadas no decorrer deste documento. Convém salientar que a utilização de normas técnicas de documentação é fundamental na padronização e orientação da produção científica que é a atividade inerente a comunidade acadêmica. Os conceitos oferecidos neste manual na forma de um roteiro para elaboração do Trabalho Acadêmico são oriundos das normas de informação e documentação da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas e do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 10

4 MONOGRAFIAS, RELATÓRIOS FINAIS, TCCs Como já foi anteriormente explicitado, as monografias são trabalhos mais complexos, que exigem maior aprofundamento e extensão. São elaborados pelos alunos no decorrer do curso e apresentados ao final do terceiro ano, como resultado de um projeto de pesquisa e tem uma estrutura a seguir (Quadro 2). Quadro 2. Estrutura de um trabalho acadêmico PRELIMINARES OU PRÉ-TEXTO Capa Folha de rosto Folha de aprovação * Dedicatória * Agradecimentos * Epígrafe * Resumo (abstract) Sumário Lista de figuras * Lista de tabelas * Lista de abreviaturas, siglas e símbolos * TEXTO* INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO Revisão Bibliográfica, Metodologia, Resultados e Discussão CONCLUSÃO PÓS-LIMINARES OU PÓS-TEXTO Referências Apêndice(s) * Anexo(s) * Glossário * Capa * * Elementos opcionais ou complementares que são adicionados de acordo com as necessidades e o tipo de trabalho acadêmico. (Fonte: ABNT, 2011) A estrutura do Trabalho de Conclusão de Curso compreende elementos prétextuais, textuais e pós-textuais (nem todos são obrigatórios. Solicitar orientação do professor-orientador). A estrutura dos trabalhos acadêmicos compreende elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais 11

Figura 1. Estrutura de um trabalho acadêmico (Fonte: ABNT, 2011) 5.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 5.1.1 Capa É a proteção externa do trabalho, sobre a qual são impressas informações indispensáveis à sua identificação (modelo abaixo) 12

. A capa é obrigatória para os TCCs, mas poderá ser dispensável para os trabalhos acadêmicos exigidos pelos professores. 13

5.1.2 Folha de Rosto Elemento obrigatório. Deve conter todos os elementos para identificação do trabalho, como: as mesmas informações contidas na Capa; as informações essenciais da origem do trabalho (especialmente para os TCCs) (modelo abaixo) 14

5.1.3 Folha de Aprovação Utilizada somente para trabalhos de conclusão de cursos TCCs, dissertações e teses. Deve conter os nomes completos dos membros da banca examinadora, as instituições a que são filiados e o local para assinatura, bem como local para a data de aprovação (modelo abaixo). 5.1.4 Dedicatória Tem a finalidade de dedicar o trabalho a alguém, como uma homenagem de gratidão especial. Não se aconselha dedicar o trabalho a seres que não sejam da raça humana. Este item é dispensável. 5.1.5 Agradecimento É a revelação de gratidão àqueles que contribuíram na elaboração do trabalho. Também é um item dispensável. Não se deve agradecer a Deus. 15

5.1.6 Epígrafe Elemento opcional onde o autor inclui um pensamento ou citação, pertinente ao assunto pesquisado e seguido de autoria, que norteia o trabalho. 5.1.7 Resumo e Palavras-Chaves / Abstract and Keywords Resumo (versão do resumo para o inglês, idioma de divulgação internacional é chamado de Abstract) Síntese do conteúdo do trabalho ressaltando a natureza do estudo, método(s), os resultados e as conclusões mais importantes. Lembrando que o abstract é obrigatório em dissertações, teses e estudos empíricos e não obrigatório em TCCs. Segundo a norma da ABNT, NBR6028, os resumos deverão ter de 150 a 500 palavras. As palavras-chave (Keywords) são elencadas no final do resumo, separadas por ponto e vírgula. 5.1.8 Sumário Elemento obrigatório que enumera as principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede e seguida da página inicial de cada divisão ou seção, com linha pontilhada ligando título e número da página. 5.1.9 Lista de Figuras, Gráficos, Quadros e Tabelas As ilustrações aparecem no trabalho para explicar ou complementar o texto. Consideram-se ilustrações os desenhos, gráficos, mapas, esquemas, fórmulas, modelos, fotografias, diagramas, fluxogramas, organogramas, etc. Têm a finalidade de resumir ou sintetizar dados, fornecendo o máximo de informação num mínimo de espaço (ex. Figura 1) 16

. Figura 1. Fachada UNIFAE (Fonte: UNIFAE, 2015) As figuras, tabelas, quadros e gráficos devem ser localizadas o mais próximo possível da parte onde são citados. Devem ser designados e mencionados no texto, ou sua referência localizar-se entre parênteses no final da frase. Devem ter numeração independente e consecutiva em algarismos arábicos. Os títulos da tabela e do quadro devem ser colocados acima dos mesmos, enquanto que os da figura e dos gráficos abaixo dos mesmos (ex. Tabela 1, Gráfico 1, Quadro 3). Tabela 1. Fonte de renda dos agricultores Especificação % Agrícola 35,71 Pecuária 21,44 Industrial 7,14 Agropec 35,71 (Fonte: CATI, 2015, p. 23) Gráfico 1. Origem das exportações no PIB (Fonte: BUSINESS, 2015) 17

Quadro 3. Calendário do Curso de Capacitação Mês abril maio junho Ações Levantamento e diagnóstico Distribuição de material didático 1º Módulo do Curso de Capacitação 2º Módulo do Curso de Capacitação 3º Módulo do Curso de Capacitação 4º Módulo do Curso de Capacitação A fonte, ou seja, a indicação da autoria da tabela ou figura quando esta não for a mesma do trabalho deve aparecer na parte inferior. As Tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente. Os quadros são informações textuais agrupadas em colunas. - devem ser encabeçadas pela palavra TABELA ou QUADRO, seguida por hífen ou ponto, pelo número e pelo título, sem ponto final, fonte 10, negrito; - devem ser autoexplicativas; - pode-se fazer uso de notas e chamadas colocadas no rodapé da tabela, quando a matéria neles contida exigir esclarecimentos; - se a tabela não couber em uma página, deve ser continuada na página seguinte sem delimitação por traço horizontal na parte inferior, devendo o título ser repetido nas páginas seguintes, acrescentando-se as palavras continua, continuação, entre parênteses, logo abaixo do título, no canto superior direito. Lateralmente as tabelas não são fechadas. 5.1.10 Lista de Abreviaturas, Siglas e Símbolos Elemento opcional a ser utilizado no caso de haver uso dos elementos acima no texto. Consiste na relação em ordem alfabética de abreviaturas, siglas e símbolos, seguidos do significado correspondente. No caso de siglas, mesmo que o trabalho contenha lista, recomenda-se transcrever por extenso cada sigla na primeira vez em que é mencionada no texto. 18

5.2 ELEMENTOS TEXTUAIS Também chamado de corpo do trabalho. É a parte onde todo o trabalho de pesquisa é apresentado e desenvolvido. O texto deve expor um raciocínio lógico, ser bem estruturado, com o uso de uma linguagem simples, clara e objetiva. 5.2.1 Introdução No caso de uma pesquisa/revisão bibliográfica, na introdução a área e o tema são apresentados e delimitados, bem como, a importância do tema, o objetivo e justificativa são apresentados e a metodologia definida. No caso de um relatório de pesquisa apresentam-se a área, a subárea, o tema, a caracterização da organização, a situação problemática, o objetivo, geral, os específicos e a justificativa do trabalho. Mostra-se como será desenvolvido o assunto. A introdução deve ainda especificar os objetivos do trabalho e referir-se às principais partes do texto, indicando a ordem da exposição. Do ponto de vista operacional, sugere-se redigir a introdução somente quando todo o trabalho estiver concluído, pois facilita a visão do todo e a coerência do trabalho. Lembre-se: Torna-se fundamental que o pesquisador delimite sua pesquisa definindo sua questão problematizadora de forma adequada, de modo a não haver ambiguidades. Isso exige duas tarefas relacionadas: a) O pesquisador deve definir explicitamente todos os conceitos a serem utilizados na questão da pesquisa. Isto é fundamental para que se entenda a questão, tendo em vista que, frequentemente, a linguagem não é tão precisa quanto pensamos e é importante que tanto o pesquisador, quanto o orientador e os demais membros do projeto, entendam a questão exatamente do mesmo modo. b) Um erro muito comum é deixar a questão ampla demais e, então, perceber que os recursos necessários não estão disponíveis. É muito importante deixar claro os limites do estudo, ou seja, o que será e o que não será estudado ao longo da pesquisa. 19

5.2.2 Desenvolvimento ou Corpo do Trabalho O título deste capítulo corresponderá à temática desenvolvida e é de extrema importância, pois permite a fundamentação (sustentação) teórica devendo concentrar-se sobre o tema do trabalho de pesquisa, oferecendo, portanto um maior aprofundamento do problema. Para tanto, faz-se necessário à realização de uma compilação crítica e retrospectiva de várias publicações, mostrando o estágio de desenvolvimento do tema da pesquisa e estabelecendo um referencial teórico. A revisão da literatura não deve ser uma sequência impessoal de resumos de outros trabalhos: deve incluir a contribuição do autor demonstrando que os trabalhos foram examinados, estudados e criticados objetivamente. Deve ser tomado o máximo cuidado quanto à identificação das fontes utilizadas no texto. Lembre-se: Um dos fatores para o sucesso ao elaborar seu texto será a qualidade da Análise e Interpretação e isto está intimamente ligado à fundamentação teórica apresentada. Torne-se um explorador. Explorar significa descobrir tudo que é possível sobre a questão de pesquisa. Para se tornar um grande explorador você precisa desenvolver as seguintes habilidades: Busca e leitura da literatura; Pensamento Crítico; Debate; Ser competente no uso de Computadores e Internet; Manutenção de registros. É importante enfatizar, também, que o autor deverá sempre redigir com palavras próprias, evitando as chamadas citações diretas, deixando para as mesmas, o que for estritamente necessário. Viaje sobre os textos, leia-os com distanciamento, emita julgamentos, críticas (entenda: criticar significa ir à raiz de uma questão e não, obrigatoriamente, discordância) e avaliações pessoais sobre eles. Faça concordâncias ou discordâncias, seja ousado, busque novos enfoques. Portanto, algumas perguntas devem ser feitas na pesquisa bibliográfica e na revisão de literatura (Figura 2): 20

Figura 2. Perguntas a serem realizadas na pesquisa bibliográfica E não se esqueça de que a leitura é sua maior prioridade nesse estágio para garantir a seriedade e a profundidade da pesquisa. Você precisará ler muito, ampla e profundamente. Você irá encontrar referências adequadas ao seu tema conversando com seu orientador; conversando com outros pesquisadores que trabalham no mesmo campo ou em campos relacionados ao seu projeto de pesquisa; conversando com colegas, trocando ideias e bibliografia; olhando cuidadosamente as seções de referências dos livros e artigos importantes que você já localizou; procurando nas revistas científicas trabalhos referentes ao seu tema; usando a base de dados bibliográficos, ou seja, gastando tempo na biblioteca seja real ou virtual. Uma maneira prática de desenvolver o corpo do trabalho é partir do todo para as partes (lembre-se da taça de champanhe), faça uma sequência lógica, foque num primeiro momento nos textos que tratem mais, especificamente, do problema (Figura 3) 21

Figura 3. Esquema de pesquisa 5.2.3 Metodologia A metodologia descreve como será realizado o trabalho de levantamento de dados, coleta de material e, também, como será realizada a análise destes dados coletados e o cronograma de execução. a) Material e Métodos Material: descreve os equipamentos e os sujeitos ou organismos empregados (amostra) na pesquisa. Fazer o TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 01) Métodos: descrição completa dos métodos utilizados, que permita a compreensão e interpretação dos resultados, bem como a reprodução do estudo e sua utilização por outros pesquisadores. b) Diário de Pesquisa 22

Tenha em mãos um caderno, fichário ou que mais lhe aprouver, para a realização das anotações sobre os acontecimentos de seu trabalho. Ele facilitará, a título de rascunho, os passos dados ao longo do desenvolvimento de seu trabalho, funcionará como uma agenda. 5.2.4 Resultados e Discussão a) Resultados Apresentação dos resultados obtidos de forma objetiva, exata e lógica. Para maior clareza podem ser incluídos tabelas, quadros, desenhos, gráficos, mapas, fotografias, esquemas, etc. b) Discussão Na discussão estabelecem-se as relações entre os dados obtidos, o problema da pesquisa e o embasamento teórico dado na revisão da literatura e indicam-se as aplicações teóricas ou práticas dos resultados obtidos, bem como as suas limitações. O autor deve manifestar seu ponto de vista sobre os resultados obtidos e seu alcance. Alguns autores preferem separar os resultados da discussão elencando, assim, dois capítulos diferentes. 5.2.5 Considerações Finais, Conclusão, Recomendações Neste capítulo o autor deverá, por uma questão de clareza e objetividade, retornar ao objetivo geral do trabalho e ao problema da pesquisa. Isto deverá se dar no primeiro parágrafo. Logo após esta breve explanação, deverá promover a sintetização dos resultados à luz da refutação ou comprovação das hipóteses1, envolvendo os resultados significativos. Concomitantemente, deverá apontar as contribuições que o trabalho alcançou e as limitações encontradas. Finalizando deverá reafirmar a ideia principal e os objetivos alcançados respondendo à problemática levantada. 23

5.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 5.3.1 Referências Conjunto de elementos que identificam uma publicação no todo ou em parte. Citadas pelo autor do trabalho permitem ao leitor comprovar fatos ou ampliar conhecimentos, mediante consulta às fontes referenciadas. Quando no final do capítulo ou da obra, devem ser listadas em ordem alfabética, com a expressão REFERÊNCIAS no cabeçalho. Existe uma diferença entre as expressões Referência e Bibliografia: a) As Referências correspondem às obras listadas no final do capítulo ou da monografia e que foram utilizadas pelo autor. b) Bibliografia é o material sugerido para complementação de textos, mas não é necessariamente usado para sua elaboração; é a leitura que se recomenda. As referências servem para indicar as fontes utilizadas no corpo do texto. 5.3.2 Apêndices e Anexos Não há consenso entre os autores sobre as características e usos de Apêndices e Anexos. Há autores que não fazem diferença entre ambos, preferindo o uso apenas de Anexos. a) Apêndices: Materiais de caráter informativo, que podem ser eliminadas da publicação, sem prejuízo para seu entendimento. Trata-se de material, em geral, elaborado pelo autor da publicação. b) Anexos: Materiais de caráter complementar que documentam o texto, não sendo elaborados pelo autor do trabalho (por exemplo: jurisprudências). Os apêndices e anexos (nessa ordem) são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e respectivos títulos: 24

ANEXO 01 -... APÊNDICE A -... No corpo do texto devem ser feitas remissões aos Apêndices e Anexos do trabalho. 5.3.3 GLOSSÁRIO Elemento opcional, que consiste em uma lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas de uso restrito, seguidas das respectivas definições. 25

6 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DE TRABALHOS ACADÊMICOS A NBR 14724 (ABNT, 2011) fixa as regras gerais para apresentação gráfica de trabalhos acadêmicos e a NBR 6024 (ABNT, 2012) especifica os sistemas gerais de numeração progressiva das seções de um documento. A estas normas serão acrescidas algumas instruções e informações com o intuito de auxiliá-lo em seu trabalho. Capa dura (na cor especificada pelo curso) letra dourada ou prateada (na cor especificada pelo curso); Papel sulfite branco tamanho A4 (21cm x 29,7cm) Texto fonte: ARIAL, 12, letra preta (as ilustrações podem ser coloridas); Os elementos pré-textuais devem vir sempre no anverso (parte da frente) da folha ( com exceção dos dados internacionais de catalogação na publicação (ficha catalográfica) que devem vir no verso (parte de trás) da folha de rosto) Visando a sustentabilidade do planeta, digitar no verso e anverso (dois lados) da folha, vindo a numeração centralizada e no rodapé; Espaçamento mais 6 e 1,5 entre as linhas, no texto, e um espaço (enter) entre as seções e subseções; Margem superior e esquerda: manter 3,0cm (mínimo) em todo trabalho; 26

Margem inferior e direita: manter 2,0cm (mínimo) em todo trabalho; Títulos sem indicativo numérico (elementos pré-textuais e pós-textuais) são centrados na página, em letras maiúsculas, com negrito e fonte 16; Títulos com indicativo numérico (elementos textuais) são alinhados à esquerda e separados do indicativo numérico por dois espaços; A seção primária (capítulo) deve iniciar em página nova; Os parágrafos devem vir recuados a 1Tab da margem esquerda; As partes anteriores ao texto do trabalho (folha de rosto dedicatória, agradecimentos, epígrafe e sumário) são contadas, mas não são numeradas; a numeração deverá aparecer a partir da Introdução. O texto deve ser numerado de forma contínua e sempre em algarismos arábicos. A numeração das páginas do texto deve ser preferencialmente na parte central e inferior da folha (para facilitar a leitura após a encadernação, visto que as folhas serão impressas no verso e anverso). A numeração não pode mudar de lugar num mesmo trabalho; Deve ser usado o sistema de numeração progressiva para indicar seções/títulos; Devem ser evitadas subdivisões excessivas das seções, não ultrapassando a seção quinaria; O título de seção não deve aparecer no final de uma página e o seu texto na página seguinte; São utilizados recursos gráficos diferenciados para a seção primária (capítulo), secundária, etc.. Em notas de rodapé, citações com mais de três linhas, legendas, ilustrações e tabelas, paginação, dados internacionais de catalogação na publicação: tamanho 10, normal, justificado; No título principal (seção primária indicada por um dígito (ex.:1 )): tamanho 16, Alinhado à esquerda, negrito, caixa alta; Na seção secundária (indicada por 2 dígitos. Ex.:1.1)): tamanho 14, justificado, sem negrito, caixa alta; Na seção terciária (indicada por 3 dígitos. Ex: 1.1.1): tamanho 12, justificado, sem negrito, caixa alta; 27

Na seção quaternária (indicada por 4 dígitos. Exemplo: 1.1.1.1): tamanho 12, normal, justificado, sem negrito; somente a primeira letra maiúscula; Na seção quinaria (indicada por 5 dígitos. Ex: 1.1.1.1.1): tamanho 12, normal, justificado, sem negrito; somente a primeira letra maiúscula. Exemplo de apresentação gráfica: 1 TÍTULO PRINCIPAL (espaço, 2 toques (enter) de 1,5cm, fonte 16) 1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA (espaço antes e depois, 1 toque (enter) de 1,5cm, fonte 14) 1.1.1 SEÇÃO TERCIÁRIA (12) (espaço antes e depois, 1 toque (enter) de 1,5cm, fonte 12) 1.1.1.1 Seção quaternária (12) (espaço antes e depois, 1 toque (enter) de 1,5cm, fonte 12) 1.1.1.1.1 Seção quinária (12) (espaço antes e depois, 1 toque (enter) de 1,5cm, fonte 12) Atenção: devem ser digitados ou datilografados em espaço simples: as citações com mais de três linhas; as notas de rodapé; as legendas das ilustrações e das tabelas; as referências, ao final do trabalho (entre uma referência e outra, espaço de 1,5); na folha de rosto e na folha de aprovação, o tipo do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetido e a área de concentração. Espaços especiais: depois da seção primária: 2 toques (tecla enter) de 1,5cm, fonte tamanho 12; antes e depois da seção secundária: 2 toques de 1,5cm, fonte tamanho 12 ; antes e depois das seções terciária, quaternária e quinária: 1 toque de 1,5cm, fonte tamanho 12. 28

Recuos: primeira linha de cada parágrafo deve ter um recuo de 1 Tab (padrão Word); Não deixar espaços em branco entre os parágrafos; Citação com mais de 3 linhas, recuo de 4 cm. 6.1 PONTUAÇÃO a) usa-se ponto após o nome do autor/autores, após o título, edição e no final da referência; b) os dois pontos são usados antes do subtítulo, antes da editora e depois do termo "In:"; c) a vírgula é usada após o sobrenome dos autores, após a editora, entre o volume e o número, páginas da revista e após o título da revista / livro; d) o ponto e vírgula seguidos de espaço são usados para separar os autores; e) o hífen é utilizado entre páginas (ex: 10-15) e, entre datas de fascículos sequenciais (ex.: 1998-1999); f) a barra transversal é usada entre números e datas de fascículos não sequenciais (ex: 7/9, 1979/1981); g) o colchete é usado para indicar os elementos de referência, que não aparecem na obra referenciada, porém são conhecidos (ex: [1991]); h) o parêntese é usado para indicar série, grau (nas monografias de conclusão de curso e especialização, teses e dissertações) e para o título que caracteriza a função e/ou responsabilidade, de forma abreviada. (Coord., Org., Comp.). Ex: BOSI, Alfredo (Org.); i) as reticências são usadas para indicar supressão de títulos. Ex: Anais... 6.2 MAIÚSCULAS Usa-se maiúsculas ou caixa alta para: a) sobrenome do(s) autor(es); 29

b) primeira palavra do título quando esta inicia a referência (ex.: O MARUJO); precedida dos referidos artigos (A, O, Um, Uma...) c) entidades coletivas, quando a entrada é direta; d) nomes geográficos (quando anteceder um órgão governamental da administração: Ex: BRASIL. Ministério da Educação); e) títulos de eventos (congressos, seminários, etc.).] 6.3 GRIFO O recurso tipográfico (negrito) utilizado para destacar o elemento título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento. Usa-se grifo, itálico ou negrito para: a) título das obras que não iniciam a referência; b) título dos periódicos; c) nomes científicos (conforme normas próprias). 6.4 ABREVIATURAS Seguem alguns exemplos de abreviaturas: n. - número p. página ou páginas; v. - volume, volumes (sempre minúsculo) ed. - edição. Use 2. ed. e não 2ªed.; s/d -. obra sem data ou [s.d.] não se sabe a data; il. - ilustração ou ilustrações s.l. - sine loco (expressão em latim: sem local de publicação) s.n. - sine nomine (expressão em latim: sem editora) Org. - Organizador Coord.- Coordenador Ed. - Editor Comp. - Compilador 30

Abreviatura dos meses PORTUGUES INGLÊS ESPANHOL meses abreviatura months abbreviation meses abreviatura Janeiro jan January Jan Enero enero Fevereiro fev Bebruary Feb Febrero Feb Março mar march mar marzo marzo Abril abr april apr abril Abr Maio maio may may mayo Mayo Junho jun june june junio Jun Julho jul july july julio Jul Agosto ago august aug agosto agosto Setembro set september sept septiembre sept Outubro out october oct octubre oct Novembro nov november nov noviembre nov Dezembro dez december dec diciembre dic 31

7 CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS E NOTAS DE RODAPÉ 7.1 CITAÇÕES De acordo com a NBR 10520, a citação consiste em mencionar uma informação extraída de outra fonte. Nas citações, as entradas pelo sobrenome do autor ou pela instituição responsável devem ter a primeira letra em maiúscula e as demais em minúsculas. Exemplo 1: Laist (1988, 1992) apresenta várias críticas aos defensores da aquisição de empresas falidas, sugerindo que esse tipo de concepção de aquisição [...]. Vejamos alguns pontos levantados pela autora. Exemplo 2: Outro recurso interessante materializado no filme é o uso de links, ou seja, o que é mostrado ou dito em uma cena é retomado em cena(s) posterior(es). Tal estruturação faz com que o efeito de ironia, ao mesmo tempo em que produz efeitos de humor, vá construindo um sentimento deprimente da atualidade como negação de nós mesmos como seres humanos, submetidos à ferocidade da ética do mercado (FREIRE, 2002). Exemplo 3: Outro ponto relevante, segundo a autora, diz respeito ao fato de que pesquisadores na aquisição de valores (URWIN, 1984; BRUNER, 1997; LOCK e FISHER, 1984 apud BOURNE, 2008) afirmam que o jovem aprende através da inserção em práticas sociais nas quais ela, gradualmente, começa a assumir o seu 32

próprio caminho. Isso para dizer que mesmo na aquisição de uma primeira vocação o jovem tem que se adaptar a uma situação específica que é cultural e não natural. A citação pode ser direta, indireta ou citação de citação. Citação direta ou transcrição: É a transcrição literal (ipsis litteris) de um texto ou parte dele. Sua extensão determina sua configuração: a) citação até três linhas é incorporada ao parágrafo, entre aspas duplas (quando a citação textual já apresentar palavras entre aspas, estas devem ser transformadas em aspas simples). b) uma citação mais longa é inserida: - separada do que a antecede e a precede através de um espaço simples; em bloco, com recuo de 4 cm da margem esquerda; com fonte tamanho 10; - espaço simples; sem as aspas. Exemplo: Para Anastácio et al (2001:75), Ou Segundo Loiuse O contexto é turbulento, muitos percebem a crise e a necessidade do surgimento de um novo paradigma para a civilização que possibilite minimizar o risco de destruição das condições de vida para a terra e a humanidade, como aponta Leonardo Boff. O contexto é turbulento, muitos percebem a crise e a necessidade do surgimento de um novo paradigma para a civilização que possibilite minimizar o risco de destruição das condições de vida para a terra e a humanidade, como aponta Leonardo Boff. (ANASTÁCIO et al., 2001, p.75) É, então, sob esse enfoque epistemológico que atribuímos, tanto a Coutinho como a Furtado, a função de autor, lembrando sempre que, como tais, estão mais expostos às injunções sociais e históricas, à normatividade institucional. 33

Nas citações diretas, além da indicação da autoria e data de publicação da obra referida, é preciso citar a(s) página(s) de onde foi retirada a citação (usar dois pontos (:) sem espaço depois). Exemplo 1: Para Petrucchi (2002:50), o que já é sabido não precisa ser ensinado. Exemplo 2: Percebemos que, nesse cenário, há uma priorização da transmissão do "conteúdo", ou seja, os professores parecem agir como se fosse possível, no exato momento de uma aula, desconsiderar o caráter conflitivo da linguagem, não reconhecendo que: Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro (BAKHTIN, 1988:113) Exemplo 3: Em sua obra Helenna discute a adoção de uma visão instrumentalista do ensino da língua e afirma que: O risco que se corre numa visão instrumentalista do ensino da língua é o de abandono do significado das expressões (e as cartilhas estão cheias de textos sem significado), ou da aprendizagem da forma das expressões com conteúdos totalmente alheios ao grupo social que, aprendendo a forma, estará preparando-se para, ultrapassado o segundo momento, definir participativamente um projeto amplo de transformação social. (HELENNA, 2006:87) Atenção: Supressões: [...] Indicam interrupção ou omissão da citação sem alterar o sentido do texto. São indicadas pelo uso de reticências entre colchetes, no início, meio ou final da citação. [...]. 34

Exemplo: é do autor que se exige: coerência, respeito às normas estabelecidas, explicitação, clareza, conhecimento das regras textuais, originalidade, relevância e, entre outras coisas, unidade, não contradição, progressão e duração de seu discurso, ou melhor, de seu texto. [...]. Como autor, o sujeito, ao mesmo tempo que, reconhece uma exterioridade à qual deve se referir, ele também se remete a sua interioridade, construindo desse modo sua identidade como autor. Interpolações, acréscimos ou comentários [ ] Acréscimos ou comentários inseridos em citações são indicados entre colchetes [...], no inicio, meio ou final da citação. Ênfase ou destaque (deve ser usado com parcimônia e de maneira uniforme ao longo de todo trabalho): grifo, ou negrito, ou itálico. Citação Indireta ou Paráfrase É a transcrição não literal das palavras de um autor, mas de seu conteúdo. É a reprodução das ideias do autor com palavras próprias. Neste caso não se empregam aspas. Exemplo 1: A formação psíquica do sujeito se inicia com os primeiros cuidados da mãe que não precisa necessariamente ser a mãe biológica, mas o sujeito que assume o papel materno com a criancinha para satisfazer suas necessidades físicas (alimentação e higiene), intimamente ligadas às afetivas. Cuidados que compreendem os atos e os dizeres, estes não exclusivamente da mãe, em torno do pequeno ser que, antes mesmo de nascer, já é falado pelos que o esperam, formando, assim, um espaço discursivo que é preparado para ele ocupar após seu nascimento (REVUZ,2012). 35

Citação de citação É a menção de um texto ao qual não se teve acesso, devendo ser indicada na seguinte ordem: sobrenome do autor original, seguido da expressão apud ou citado por e sobrenome do autor da obra consultada. Exemplos:... Marson (2005) apud Lopes (2013) afirma que...... Marson (2005) citado por Lopes (2013) afirma que... Importante: A primeira citação de uma obra deve ter sua referência completa. As subsequentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintes expressões latinas: idem (id.) = o mesmo autor. Essa expressão é usada para identificar um autor anteriormente citado no texto. idem ibidem (id. ibid.) = o mesmo autor, na mesma obra. loco citato (loc. cit.) = no lugar citado. Essa expressão é usada para identificar a mesma página anteriormente citada de uma obra, havendo intercalação de diferentes referências. opus citatum (op. cit.) = obra citada. passim = em vários trechos ou passagens. et sequentia (et seq.) = e seguintes. Usa-se essa expressão para indicar as páginas que se seguem em uma obra. 36

8 SISTEMAS DE CHAMADA Deve ser escolhido um dos sistemas de chamada para a identificação das citações: ou o sistema numérico ou o sistema autor-data. O sistema escolhido para a identificação das citações deve ser observado ao longo de todo o trabalho e deve permitir sua correlação na lista de referências no pós-texto ou em notas de rodapé. Sistema autor-data: As citações no texto devem ser indicadas pelo sobrenome do autor, ou pela instituição responsável, seguido da data de publicação do trabalho. Exemplos: Num estudo recente (MORAES, 2009) é exposto... Através de normas mais atuais (MEC, 2015) fica estabelecido que... Malheiro (2009) afirma que... Esse entendimento da singularidade leva-nos a rejeitar a ideia, não rara, de que ela pertenceria apenas aos artistas, cujas obras de arte manifestariam certos estilos que, em sua época, destoariam das produções de seus pares (ESTEVES, 2013). Sistema numérico: A identificação da obra no texto pode ser feita em notas de rodapé. A indicação da numeração situada pouco acima da linha do texto em sobrescrito 1. Exemplo: Em seu texto A maneira de ser leitor, Foucambert 2, um linguista francês que trabalha com o que ele denomina de leiturização, define, apoiado na Psicologia da Cognição, aprendizagem como um processo individual e único, fruto contínuo e 1 Nos textos redigidos como trabalho para o curso de Engenharia aconselha-se usar esse sistema apenas quando inevitável. 2 Apud CORACINI (1999, p.105) Interpretação, Autoria e Legitimação do Livro Didático. Campinas: Pontes. 37

dinâmico das situações reais vivenciadas. O ensino, por sua vez, consiste em uma série de intervenções voluntárias, externas ao indivíduo, que se propõem a agir sobre a aprendizagem, favorecendo o seu desenvolvimento. 8.1 NOTAS DE RODAPÉ São anotações colocadas ao pé da página, contendo informações adicionais, sendo indicadas por números sequenciais. Recomenda-se não colocar excessivas notas de rodapé no texto para não atrapalhar o desenvolvimento da leitura. - As notas de rodapé são usadas para fazer comentários ou explanações que interromperiam desnecessariamente a linha de pensamento se fossem incluídos no texto. As notas de conteúdo podem ser utilizadas para: a) Indicação de textos paralelos: fazer referência a outros textos ou passagens e remeter o leitor a outras partes do trabalho, a outros trabalhos ou às fontes. Às vezes precedida de Cf = confira ou conforme. b) Trabalhos não publicados ou em fase de elaboração: para trabalhos já aceitos para publicação e em fase de impressão 3 ; c) Notas explicativas: para comentários, esclarecimentos ou explicações que não sejam imperiosas ou não possam ser incluídas no texto. d) Nota de tradução: a tradução de citações em língua estrangeira aparece em nota de rodapé. e) Citação de informações obtidas através de canais informais: comunicações pessoais, anotações em aula e palestras, eventos não impressos. Exemplo: Leitura pode ser pensada como a construção individual de significado, num contexto de interação entre o leitor e a letra, perpassado por uma memória discursiva, histórica e ideológica. Daí, será diferente para cada um e a cada momento. 3 Esta observação também pode ser colocada no próprio texto: (em fase de elaboração). 38