Companhia Própria Formação & Consultoria, Lda, 2004, 1.ª edição. Manual subsidiado pelo Fundo Social Europeu e pelo Estado Português



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Ficha Técnica Título: Internet e E-Business Autor: Luís Martins Editor: Companhia Própria Formação e Consultoria Lda. Edifício World Trade Center, Avenida do Brasil, n.º 1-2.º, 1749 008 LISBOA Tel: 217 923 811; Fax: 217 923 812/ 3701 www.companhiapropria.pt info@companhiapropria.pt rdidacticos@companhiapropria.pt Entidades Promotoras e Apoios: Coordenador: Companhia Própria Formação e Consultoria Lda. e Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu. Ministério da Segurança Social e do Trabalho. Ana Pinheiro e Luís Pinheiro Equipa Técnica: SBI Consulting Consultoria de Gestão, SA Avenida 5 de Outubro, n.º 10 8.º andar, 1050 056, LISBOA Tel: 213 505 128; Fax: 213 143 492 www.sbi-consulting.com geral@ sbi-consulting.com Revisão, Projecto Gráfico, Design e Paginação: e-ventos CDACE Pólo Tecnológico de Lisboa Lote 1 Edifício CID Estrada do Paço do Lumiar 1600-546 Lisboa Tel. 217101141 Fax: 217101103 info@e-ventos.pt Companhia Própria Formação & Consultoria, Lda, 2004, 1.ª edição GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA Manual subsidiado pelo Fundo Social Europeu e pelo Estado Português Todas as marcas ou nomes de empresa referidos neste manual servem única e exclusivamente propósitos pedagógicos e nunca devem ser considerados infracção à propriedade intelectual de qualquer dos proprietários.

Índice ÍNDICE 2 ENQUADRAMENTO 4 1. CONCEITOS OPERACIONAIS 8 1.1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS 8 1.2. A REDE DAS REDES 10 1.3. ACESSO À INTERNET 12 1.4. O QUE É UM ISP? 14 1.5. O BROWSER 14 1.6. O PROTOCOLO HTTP 14 1.7. O DOMÍNIO 15 1.8. A ESTRUTURA DO DOMÍNIO 15 1.9. HOMEPAGE / SITE 16 1.10. LINKS? 17 1.11. MAIL (CORREIO ELECTRÓNICO) 17 1.12. LISTAS DE MAILING 20 1.13. NEWSGROUPS (FÓRUNS DE DISCUSSÃO) 20 1.14. CHAT (CONVERSAR NA INTERNET) 21 1.15. FTP (PROTOCOLO DE TRANSFERÊNCIA DE FICHEIROS) 22 1.16. A PESQUISA ONLINE 23 1.17. PANORÂMICA SUCINTA DOS INSTRUMENTOS DE PESQUISA 24 1.18. DIRECTORIAS / APONTADORES VS. INDEXADORES 25 1.19. A PERSPECTIVA MULTI-CANAL 28 2. OS PARTICIPANTES NO E-BUSINESS 34 2.1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS 34 2.2. TRANSMISSÃO DE DADOS 34 2.3. PAPEL DE CADA ENTIDADE NO PROCESSO DE EBUSINESS 35 2.4. NOVOS MERCADOS 47 3. E-BUSINESS PLANEAMENTO 50 3.1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS 50 3.2. MODELOS DE NEGÓCIO E MODELOS DE RECEITA 50 3.3. A CADEIA DE VALOR DE UMA EMPRESA, DE MICHAEL PORTER 60 3.4. A TECNOLOGIA NA CADEIA DE VALOR 63 3.5. ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) 66 3.6. A GESTÃO DE IMPLEMENTAÇÃO DE ERP 75 1. Descrição do Projecto 75 2. Organização da Gestão 76 3. Funções do Chefe de Projecto 77 4. Caderno de Encargos 78 4. E-BUSINESS PLAN 79 4.1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS 79 4.2. INFORMAÇÃO PESSOAL 80 2

4.3. DESCRIÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS 87 4.4. ABORDAGEM DO MERCADO 95 4.5. PLANEAMENTO DO WEBSITE 113 5. E-BUSINESS MÓVEL 122 5.1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS 122 5.2. NEGÓCIOS MÓVEIS 122 5.3. MCOMMERCE 125 5.4. TECNOLOGIAS DE LOCALIZAÇÃO 125 5.5. APLICAÇÕES B2C 126 5.6. APLICAÇÕES B2B 127 5.8. INTEGRAÇÃO NA CADEIA DE VALOR 129 RESOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS 137 BIBLIOGRAFIA 140 3

Enquadramento ÁREA PROFISSIONAL Este manual enquadra-se em diversas áreas profissionais, dado o impacto que a utilização da Internet teve e continua a ter na operação de negócios a nível nacional. Para além de todos os profissionais do ramo, é igualmente adequado para empreendedores e para todo o tipo de funções operacionais relacionadas com negócio electrónico, gestão de pagamentos, gestão logística e Contact Center. NÍVEL DE FORMAÇÃO/QUALIFICAÇÃO Esta acção está direccionada para participantes com nível 5, ou seja, possuidores de grau de bacharel ou licenciado ou equivalente, dentro da União Europeia. CURSO / SAÍDA PROFISSIONAL Todos os participantes poderão reunir competências no âmbito desta área e obter saídas profissionais a desempenhar funções de Gestor de Loja Online, Assistente de Marketing, Consultor de e-logística, Consultor de Contact Centers e Comercial ou Consultor de Vendas no Mercado das Novas Tecnologias, Telecomunicações ou em departamento relacionados com estes mercados. As competências adicionadas com este manual complementam igualmente a formação profissional em gestão, logística e finanças. 4

A componente de empreendorismo é igualmente importante, dado que este curso poderá dotar o empreendedor ou o gestor de ferramentas e técnicas adequadas para alavancarem muito do potencial da Internet e Novas Tecnologias para o seu próprio negócio. PRÉ-REQUISITOS Para frequentar uma acção auxiliada por este manual, deve ser colocado como pré-requisito alguma familiaridade com browsers, preferencialmente com o Internet Explorer. A familiaridade com servidores web, como APACHE, e bases de dados MySQL são factores preferenciais. COMPONENTE DE FORMAÇÃO Através deste manual poderão ser leccionado cursos como: Internet e ebusiness Planeamento do Negócio Online Planeamento de Websites Reengenharia de Negócio e ebusiness A Formação a decorrer, tendo este manual como auxiliar, pretende criar competências ao nível de gestão, análise de gestão e de utilização da Internet para empreendedores e profissionais de empresas, com interacção diário ao nível da Internet. UNIDADES DE FORMAÇÃO E DURAÇÃO CONCEITOS OPERACIONAIS (8h) OS PARTICIPANTES NO E-BUSINESS (8h) E-BUSINESS PLANEAMENTO (8h) E-BUSINESS PLAN (8h) 5

NEGÓCIO MÓVEL (8h) OBJECTIVOS GLOBAIS No final da formação, o formando deve estar apto a: Definir Internet, WWW, HTTP, IP, FTP, POP, SMTP e restantes protocolos e serviços de base, disponíveis através do protocolo IP; Aplicar técnicas de pesquisa em motores de pesquisa indexadores; Identificar e aplicar na realidade do seu negócio técnicas para a automatização do seu negócio; Enunciar, no seu negócio, as alterações que a mudança no papel de cada stakeholder operaram; Identificar e aplicar diversos modelos de negócio e de receita no seu negócio online; Estruturar um plano de implementação de um ERP, na perspectiva do Gestor de Projecto vertente negócio; Elaborar um ebusiness Plan, um Plano de Negócios para um ebusiness; Identificar as alterações possíveis na cadeia de valor de um negócio, com o advento do negócio móvel e mcommerce. CONTEÚDOS TEMÁTICOS CONCEITOS OPERACIONAIS Introdução Acesso à Internet e ISP s Http, browsers e domínios. Serviços Online (FTP, IRC) Motores de Pesquisa e Técnicas de Pesquisa 6

OS PARTICIPANTES NO E-BUSINESS Papel de cada entidade no ebusiness Novos Mercados E-BUSINESS PLANEAMENTO Modelos de Negócio Modelos de Receita Directos Modelos de Receita Indirectos Cadeia de Valor de uma empresa ERP (Enterprise Resource Planning) Gestão com ERP Gestão de Projecto e implementação de um ERP E-BUSINESS PLAN Pressupostos Informação Pessoal Descrição do Plano de Negócios Abordagem do Negócio Planeamento de website NEGÓCIO MÓVEL mcommerce Tecnologias de Localização Aplicações B2B Modelos de Receita móveis Integração na Cadeia de Valor 7

1. Conceitos Operacionais Introdução 1.1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS Neste capítulo, devem ficar esclarecidos os principais conceitos no ebusiness, como sendo os principais serviços disponíveis através da Internet, os protocolos, linguagens de programação e a forma como a pesquisa na web, um dos serviços mais procurados, pode ser realizada. No final do capítulo, os formandos devem estar aptos a: Identificar os protocolos possíveis para a execução de serviços na Internet; Relacionar cada serviço a um protocolo; Pesquisar na web, utilizando indexadores e directórios. Sucintamente, a Internet, ou simplesmente "A Net", é um sistema mundial de redes de computadores 1 uma rede de redes, na qual, utilizadores em qualquer computador podem aceder a dados e informação noutro computador qualquer, dentro da Internet, se para isso tiverem permissão. Esta partilha constante apenas é possível devido ao protocolo-base, o IP (Protocolo de Internet), que possibilita a troca de ficheiros via e-mail (através dos protocolos POP, SMTP e IMAP), transferência directa de ficheiros (protocolo FTP) e acesso móvel (protocolos WAP, GPRS e UMTS). Não deve confundir a Internet com WWW, World Wide Web, que, nas palavras do seu criador: " É o universo de toda a Informação acessível em Rede através da Internet, uma concretização do potencial do conhecimento humano." 2 1 Whatis.com 2 Tim Berners-Lee, criador do conceito genérico da WWW e Director da www.w3c.com 8

Ou seja, a WWW corresponde ao conjunto de todos os utilizadores e recursos disponíveis na Internet que comunicam entre si através do protocolo HTTP (Protocolo de Transferência de Hipertexto). O Hipertexto é um dos mais importantes conceitos na WWW. Na sua forma mais visível, o hipertexto compõe todas as ligações (links) entre as várias páginas, o que permite saídas e entradas directas de site para site. Sendo uma rede livre, onde todos os utilizadores podem disponibilizar dados e informação, e dada a facilidade que o hipertexto empresta à transição de página para página, temos acesso hoje a milhares de páginas de informação. A navegação através do protocolo HTTP e a pesquisa nestas páginas é feita através de um browser. MOSAIC foi o nome do primeiro programa de navegação na Internet, que permitia apenas a visualização de textos e cores 3. Hoje, os mais usuais são o Internet Explorer 4, o Netscape Navigator 5 e o Opera 6. Definimos o ebusiness como o desenvolvimento de uma parte ou da totalidade de um negócio na plataforma Internet. Vamos, de seguida, analisar os serviços que podem ser servidos através da plataforma Internet para, posteriormente, analisarmos o negócio electrónico e a sua caracterização. BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA Para desenvolver mais o seu conhecimento sobre o funcionamento básico dos browsers e do papel do IP e restantes protocolos, pode consultar: Vaz, Isabel, Depressa e Bem Utilizar a Internet, FCA, Lisboa, 2000, ISBN: 972-722-290-0 Para um conhecimento mais aprofundado do protocolo IP, está disponível na www.amazon.co.uk o seguinte manual, em inglês: Stevens, W. Richard, TCP/IP Illustrated: The Protocols (APC), Addison Wesley, 1994, ISBN: 0201633469 LINKS DE INTERESSE 3 E pode encontrá-lo ainda hoje no National Center of Supercomputer Applications em www.ncsa.uiuc.edu 4 www.msn.com 5 www.netscape.com 6 www.opera.com 9

Manual Online de Introdução à Internet, de Libório Silva e Pedro Remoaldo (Ed. Presença) http://www.fe.up.pt/~mgi97018/chap1/chap1.html 1.2. A REDE DAS REDES A Internet assemelha-se a um gigantesco sistema telefónico, que liga utilizadores de todo o mundo, por meio de uma rede de linhas de transmissão de dados. Na rede, computadores especiais, a que se dá o nome de servidores (servers) estão conectados entre si, através de linhas telefónicas e cabos de fibra óptica. O verdadeiro trabalho na rede é feito por esses computadores especiais, que têm como função, "despejar" os dados procurados pelo utilizador nos seus computadores pessoais. A ligação às páginas pretendidas é feita através dos endereços electrónicos (os tais comandos http://). Para aceder ao conteúdo da World Wide Web (a rede mundial) é preciso dispor de um programa "navegador" (browser) que permita viajar pela WWW, que é como uma espécie de controlo remoto, capaz de juntar no ecrã do nosso computador, fotos, texto e som das páginas alojadas na rede. Para além de todos os serviços proporcionados pela Internet, é de referir duas vantagens: 1ª - Todos os computadores ligados entre si, com o seu precioso conteúdo de informação, formam uma enorme base de dados a nível mundial, que pode ser consultada como se estivéssemos a pesquisar algo no nosso próprio computador. 2ª - Mesmo numa ligação dial-up (telefónica ou analógica), é possível ler ou enviar um documento de um local do Globo para outro... como se fosse em Portugal ou até na nossa própria cidade. Comunica-se com o Mundo inteiro ao preço de uma chamada local. A World Wide Web (WWW) é a aplicação mais recente na Internet. O protocolo HTTP que está na sua origem, foi concebido e desenvolvido em 1990, pelo European Laboratory for Particle Physics, na Suíça, e conseguiu tornar a Internet mais convidativa, com o seu simpático aspecto gráfico. Pela primeira vez, o comum dos utilizadores estava dispensado de saber de cor uma imensidão de comandos estranhos que era preciso digitar caracter a caracter no teclado; e navegar por entre texto, imagens e sons tornou-se uma brincadeira de crianças. A WWW funciona como uma revista onde, para mudar de página, basta um clique do rato. Existem páginas de Web com informação sobre os mais variados temas e proveniências, sendo tão fácil aceder a uma página Web 10

americana, como a uma portuguesa ou japonesa. Qualquer que seja o assunto em que se esteja interessado, o mais certo é encontrar várias páginas Web sobre esse mesmo tema. As páginas Web são criadas através de uma linguagem de programação, chamada HTML (HyperText Mark-up Language), que permite criar facilmente (qualquer um pode desenvolver a sua própria página de WWW com um mínimo de esforço) ligações (links) a outras páginas, introduzir imagens e vídeo, som, formulários, etc. Para aceder à Web é necessário um programa específico, conhecido como browser (navegador). Para se visitar uma determinada página, é preciso conhecer o seu endereço (URL), que é então digitado no Web browser, que irá em seguida procurar estabelecer ligação com o computador (Web server) referente a essa morada. Seguidamente, o computador contactado envia o código HTML da página solicitada; o Web browser descodifica tudo isso, sem o mínimo de esforço por parte do utilizador, e dá-lhe a ver a página tal como foi concebida na origem. Os browser mais conhecidos são o Internet Explorer e Netscape. Os milhares de milhões de páginas Web existentes na rede, poderiam constituir um problema, quando pretendêssemos encontrar uma página específica, relativa a determinada informação, sem que possuíssemos o seu endereço. Não haveria sequer "Páginas Amarelas" que comportassem tal quantidade de dados. No entanto, e porque existem os chamados "motores de busca ou de pesquisa", há a possibilidade de procurar o que queremos através de palavras-chave simples ou compostas. Os mais populares entre os estrangeiros são: Yahoo, AltaVista, Lycos e entre os portugueses Sapo, aeiou. Mais à frente neste capítulo, analisaremos algumas das ferramentas de pesquisa mais utilizadas na Internet. Para utilizar a Internet são necessários quatro componentes: 1º Uma linha telefónica normal, ADSL ou Via Cabo Coaxial 2º Um computador pessoal munido de um programa com interface gráfico, como o Windows, que ao executar o programa navegador (Browser), é capaz de extrair os dados de outro computador ligado à rede (servidor). 3º Um modem aparelho capaz de converter o sinal analógico da linha telefónica em sinal digital, de modo a que os dados possam ser visualizados no computador. Faz também a conversão inversa, quando se enviam dados através da linha telefónica. Tendo em conta os novos tipos de ligação à Internet, podemos ainda falar em modem por cabo e modem ADSL. 4º Um fornecedor de acesso à Internet (ISP - Internet Service Provider). Ao subscrever o serviço, o ISP fornece-lhe uma identificação 11

(user), uma palavra-chave (password) e uma lista dos números de telefone dos pontos de acesso. 1.3. ACESSO À INTERNET O acesso à Internet pode ser feito através de uma ligação temporária (dialup) ou de uma ligação permanente. O "Internet Service Provider" (ISP) é a empresa que fornece o acesso à Internet. A localização do nó de acesso designa-se por "Point Of Presence" (POP). Nas secções seguintes descrevese os modos de acesso mais comuns. A velocidade e o custo serão os parâmetros de comparação para os diferentes tipos de acesso. O débito ou velocidade da ligação são medidos pelo número de bits por segundo (bps) que a ligação suporta. Enquanto os custos das ligações temporárias são variáveis e em função do tempo, os custos das ligações permanentes são fixo qualquer que seja o tempo de ligação. 1 - Acesso Temporário (Dial-Up) 1.1 Modem Analógico Os custos de uma ligação via modem são relativamente baixos. Utiliza a tradicional linha analógica da rede telefónica comutada (RTC) e oferece uma velocidade até 28.8 Kbps. É uma solução para ligações temporárias e o custo é igual ao custo duma chamada telefónica. A opção por esta solução implica a aquisição de um modem e duma linha telefónica. 1.2 - RDIS (Rede Digital com Integração de Serviços) Uma linha RDIS oferece um suporte de comunicação digital e velocidades até 128 Kbps. Permite tempos de ligação quase instantâneos e melhor qualidade nas comunicações, imune ao ruído e às interferências. Constitui uma boa solução para profissionais liberais e empresas de pequena e média dimensão que usam a Internet como ferramenta de trabalho nas suas actividades e precisam de pequenos a médios volumes de tráfego. O custo é em função do tempo de ligação tal como a clássica chamada telefónica. A Portugal Telecom disponibiliza dois tipos de acesso RDIS: básico e primário. O acesso básico fornece dois canais de comunicação de 64 Kbps. O acesso primário está vocacionado para as empresas com elevados volumes de tráfego e disponibiliza até 30 canais de comunicação. Todavia, já existem no mercado soluções integradas que incluem o acesso RDIS, hardware, sofware e suporte técnico. 12

Pode dar-se acesso à Internet aos utilizadores de uma LAN duma empresa através duma configuração multiponto. Esta solução é mais barata que a "tradicional" solução com um router e um firewall. 2 - Acesso Permanente 2.1 - Frame Relay O Frame Relay estabelece uma ligação permanente e dedicada entre dois locais. A LAN da organização é ligada à rede frame relay que actua como backbone ou rede de transporte, na qual o ISP está ligado. Estabelece-se assim a ligação à Internet. Como o backbone é partilhado por todos os clientes, a velocidade de trânsito da informação pode ser menor que a conseguida com um circuito alugado. As velocidades de ligação variam de 56 Kbps a T1 (1,5 Mbps). Os custos são fixos e proporcionais ao débito contratado. Especificamente, frame relay é a solução que se recomenda para sites Internet de médio e grandes volumes de tráfego (www e e-mail). 2.2 Linha dedicada A linha dedicada ou circuito alugado estabelece uma ligação ponto a ponto, duma forma muito semelhante ao frame relay. A única diferença é que não existe uma rede backbone pelo meio como existia com o frame relay, ou seja, a linha é completamente dedicada ao tráfego da empresa. Isto traduzse em ligações com débitos mais elevados, mais fiáveis e com maior segurança. Os débitos dos circuitos alugados variam de 56 Kbps a T3 (45 Mbps) e dado que são dedicados apenas ao tráfego da empresa as velocidades de trânsito da informação são usualmente maiores que as conseguidas com o frame relay. É a melhor solução para uma ligação permanente à Internet. Os custos são fixos e proporcionais ao débito contratado. 2.3. ADSL Uma opção que vem ganhando popularidade não só ao nível de empresas, como ao nível de utilizador doméstico é a conexão via ADSL. Através deste tipo de conexão, o equipamento fica ligado à Internet 24 horas por dia, ou seja, basta ligar o computador e estará imediatamente ligado à Internet. Ao contrário da conexão analógica, a linha telefónica fica livre para a realização e recepção de chamadas. Um circuito ADSL consiste em três canais lógicos de alta velocidade para download, um canal duplex de média velocidade e uma POTS (Plain Old Telephony Services), a linha de voz utilizada pelas companhias telefónicas. 13

1.4. O QUE É UM ISP? Internet Service Provider, ou seja, Fornecedor de Serviço Internet. São instituições que fornecem acesso à Internet através dos seus servidores a utlizadores remotos. 1.5. O BROWSER Browsers são programas especiais para visualizar páginas WWW. Os Browsers lêem e interpretam os documentos escritos em HTML (Linguagem de Criação de Sites na Internet), apresentando as páginas de forma a que todas as pessoas as possam ler. Hoje, os Browsers muitas vezes realizam tarefas relacionadas com à Internet, como a leitura de correio electrónico e de grupos Usenet News. No entanto, estas actividades extras NÃO são relacionadas directamente com a WWW. 1.6. O PROTOCOLO HTTP Quando seres humanos se comunicam, utilizam o mesmo idioma para que se consigam entender. E o mesmo acontece na Internet. A língua em que os computadores conversam é o TCP/IP, um conjunto de regras ou se preferir, de protocolos. Para que dois computadores se comuniquem, é necessário que "falem" e "entendam" um mesmo protocolo. O protocolo mais comum utilizado na WWW é o Hyper Text Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência em Hipertexto, que na forma reduzida diz-se HTTP. O HTTP faz parte do conjunto TCP/IP. Para encontrarmos uma página na web, usamos http://. No entanto, muitas vezes queremos aceder a outros serviços a partir do browser. Usamos então o protocolo correspondente, por exemplo: ftp://para File Transfer Protocol, (que iremos tratar mais adiante) 14

1.7. O DOMÍNIO O domínio identifica uma organização, entidade ou projecto na internet. Por exemplo, o domínio www.companhiapropria.pt, que permite o acesso ao site de apoio deste livro, encontra-se no ponto de Internet (Internet Point IP 172.156.18.200) Este ponto da Internet, ou nó da rede, é único. A principal função dum domínio está em converter IP s em nomes perceptíveis e memoráveis para o comum dos mortais, como se se tratasse duma matrícula virtual. Dominou? Para verificar o IP dum domínio, clique na sua barra de iniciar e escolha Executar. Aí tecle command e abre-se uma pequena janela negra de DOS. Aí pode utilizar o Packet Inter-Network Groper (PING) para descobrir essa informação. Basta teclar ping www.nomesite.pt. 1.8. A ESTRUTURA DO DOMÍNIO Começando pelo fim, a extensão.com indica-nos que este domínio tem uma função comercial. Todos os domínios na Web possuem estas extensões, que chamamos de domínios de topo (TLD s Top-level Domains). Segundo um estudo do TheCounter.com, sites pequenos e até mesmo sites pessoais usam e promovem-se através de TLD s.com e, graças a essa inflação, 22% dos sites a nível Mundial são.com. Sim, embora essa extensão tenha fins comerciais, não existe qualquer controlo da aplicação desta pelas entidades que permitem o registo de TLD s daí este excesso. Para além do.com, podemos ter ainda os seguintes domínios internacionais, que identificam o objectivo genérico do site:.net (para sites que tratam de matérias directamente relacionadas com a net);.org (para sites de organizações não-lucrativas);.biz (um TLD recente, criado para identificar negócios na Internet, mas que ainda não conseguiu destronar o.com);.info (para sites de conteúdo informativo, não-comercial);.name (para sites pessoais);.coop (para colectividades ou organizações cooperativas);.aero (para companhias aéreas e sites do ramo); 15

.museum (para museus ou exposições). Estas extensões podem reflectir, para além do propósito do site, a região / nacionalidade onde o domínio foi registrado ( por ex. o nosso conhecido,pt ) ou mesmo um cruzamento entre ambos (ex. o recente com.pt. Dê uma espreitadela no anexo 1 para uma lista completa de TLD s utilizados a nível Mundial. Em Portugal, o.com e o.pt estão par a par sempre que um utilizador comum não acha o domínio pretendido em.com, tenta em.pt e vice-versa. Registar as duas versões é por isso muito importante, pois assim consegue cobrir todas as possibilidades de acesso ao seu negócio e, mesmo que apenas promova um deles, está a certificar-se que não perde nenhum visitante interessado nos seus serviços. Mas de volta à estrutura do domínio: ao nome da entidade, em conjunto com o TLD, chamamos Domínio de 2º nível (ex. companhiapropria.pt). Este é o domínio que traduz o endereço de IP dum site e que encaminha o utilizador ao conteúdo desejado. Um domínio de 2º nível deve ser único e registado junto de uma entidade acreditada para o efeito no ICANN.org (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers) ou na sua entidade representante em Portugal, a FCCN.pt (Fundação para a Computação Científica Nacional). Um terceiro nível pode ainda ser definido para identificar especificamente o servidor ou directoria que pretende. Por exemplo, http://netbi.sapo.pt ou http://ecampus.emarketeer.net. Este terceiro nível serve sobretudo para identificar serviços específicos e para facilitar o aceso a utilizadores habituais. 1.9. HOMEPAGE / SITE Antigamente o termo HomePage nem sempre era usado de forma clara e correcta. Antes, uma HomePage era um conjunto de arquivos em HTML apelidados de páginas, disponíveis na WWW. Estes estavam interligados entre si através de Links, e eram criadas com um objectivo determinado. E, algumas vezes, o termo HomePage também era utilizado para designar a primeira e principal página de um conjunto de documentos. Foi essa ambiguidade de conceitos, que estimulou a nova definição Web page, página web, para o conjunto, também chamado de site. Sendo assim, home page agora serve para designar a página inicial, principal do site (web page). 16

1.10. LINKS? Links são elementos especiais (palavras, frases, ícones, gráficos ou ainda um Mapa Sensitivo, que caracterizam um ambiente em hipertexto. Um link quando clicado - accionado - com o mouse, remetem o leitor a outra parte do documento ou outro documento. 1.11. MAIL (CORREIO ELECTRÓNICO) Este é o serviço mais utilizado na Internet. Possibilita a troca de mensagens entre os utilizadores da Inyternet, em todo o mundo. O Correio Electrónico é, de uma forma simples, uma das várias maneiras de transferir informações de um local para outro, recorrendo aos computadores e às linhas telefónicas. E basicamente é isso: trocar mensagens, seja com quem for, onde quer que essa pessoa se encontre. Entenda, no entanto, "mensagens" num sentido mais lato que o convencional: não há nenhuma razão que limite as suas capacidades de expressão ao texto puro e simples; aos computadores é tão fácil partilhar o texto completo da Bíblia como excertos de áudio e vídeo, gráficos e folhas de cálculo, ou tudo isso ao mesmo tempo. Há, de facto, uma série de vantagens em fazer do e-mail uma forma de comunicação preferencial: O e-mail é muito rápido. Depois de carregar na tecla <return> do computador, a mensagem chega ao outro lado do mundo em poucos segundos, inclusivamente a dois ou três lugares diferentes ao mesmo tempo, se o desejar. Por outro lado, enviar um e-mail para Coimbra ou para Tóquio, o preço é exactamente o mesmo. Podemos pensar, p.ex. na possibilidade de enviar um fax de 23 páginas para o outro lado do Atlântico nuns meros 7 segundos, ao preço de uma chamada local. O que chega ao lado de lá é, para todos os efeitos, um documento original, sem a degradação a que os esforçados faxes invariavelmente o sujeitariam. Finalmente, o e-mail é o mais eficiente meio de comunicação existente. Não tem de sair de casa para enviar e receber mensagens. Podem enviar-se várias cópias da mesma carta para diversos destinos, juntar-lhe imagens, codificar a mensagem para maior segurança...e verificar se o destinatário recebeu efectivamente a mensagem, com toda a segurança de uma carta registada. O endereço de e-mail divide-se em duas partes: o nome do utilizador e a localização do utilizador, separados pelo símbolo @ (arroba) 17

espaa@mail.pt À esquerda do símbolo @ está o nome do utilizador espaa que é o nome da pessoa ou entidade a quem dirigimos a mensagem. Falta-nos o resto, como a rua, cidade, código postal... neste caso a espaa "mora em" @clix.pt. Analisando o endereço da direita para a esquerda: pt é o código do domínio top-level que indica que o endereço se localiza em Portugal. Todas as "matrículas electrónicas" portuguesas terminam em "pt", tal como as brasileiras terminam em "br" e as do Reino Unido em "uk". Sabemos portanto que a espaa mora no país Portugal. E sabemos que a encontramos na "cidade" do clix, porque lá está "clix" antes do "pt". O termo "mail" é menos interessante para nós, mas fundamental para os computadores, e refere pouco mais ou menos a "rua" a que a carta que enviámos deve ser dirigida. Neste caso, é o nome da máquina que serve de carteiro à Telepac, e onde são acumuladas todas as mensagens de correio dirigidas a utilizadores da Telepac. A analogia não podia ser mais simples: trata-se apenas de indicar ao carteiro electrónico o número da casa (espaa), a rua (mail), a cidade (telepac) e o país (pt) para onde o e-mail deve ser enviado. Em relação aos cabeçalhos é, somente, uma questão de hábito. Com alguma paciência, os cabeçalhos são muito fáceis de decifrar e muito úteis para detectar qualquer programa. No fundo, não são mais do que um envelope virtual. Eis alguns exemplos: Date: Sun, 27 Sep 1998 03:58:27 GMT To: marel@mail.netc.pt From: Editorial Caminho ML <caminho-l@editorial-caminho.pt> Sender: Editorial Caminho ML <caminho-l@editorial-caminho.pt> Reply-To: Editorial Caminho ML <caminho-l@editorial-caminho.pt> Subject: Edicao #4 --- 27-09-1998 Priority: urgent Date: - indicação da data e hora em que o e-mail foi enviado. To: - o destinatário da mensagem. É possível designar mais do que um destinatário para a mesma mensagem, mas o modo de fazer varia com os programas de e-mail utilizados. From: indica-lhe de onde e de quem está a chegar o e-mail recebido. Subject: o assunto do e-mail CC (Carbon Copy): "com cópia para"; é uma forma de dar conhecimento do teor da mensagem a outra pessoa que não o destinatário principal 18

BCC (Blind Carbon Copy): o mesmo que CC, mas o destinatário principal da mensagem não chega a ser informado da existência de outros receptores da mesma mensagem. Received: pormenores dos sistemas por onde o e-mail passou para chegar ao seu destino final. Muito útil quando se pretende detectar qualquer problema no envio. Reply To: especifica o endereço para onde se deve responder à mensagem enviada (que pode não ser o que foi usado no contacto de origem) Para enviar ou receber e-mail é necessário ter instalado no computador software especializado (Eudora, MS Exchange, p. ex.). Se comunicar cara a cara já é difícil. Imagine no que pode resultar a limitação a um simples texto e a impossibilidade de transmitir variações no tom de voz ou da expressão facial: a probabilidade de as mensagens serem mal interpretadas é muito maior. Para "aliviar" o problema, os utilizadores acérrimos do e-mail criaram um conjunto de códigos em que o "smiley" é o mais emblemático. Estes smileys não são mais do que umas "caras sorridentes" (ou não), que tentam reproduzir expressões faciais humanas e que ganham vida quando vistas de perfil (tente reconhecer dois olhinhos, um nariz e uma boca de expressão variável). Existem centenas destes smileys: : -) Estou feliz/estou a brincar : - (Estou triste, descontente/não achei graça ; -) Piscadela de olho/cumplicidade >: -) Sorriso diabólico, maquiavélico : - Cepticismo Como em tudo na vida, não se deverá abusar deste tipo de linguagem "gestual". Há outras regras importantes para quem comunica on-line, que corresponde a uma certa etiqueta: Evitar o uso de maiúsculas, porque isto pode ser entendido como se estivesse a GRITAR, além de tornar a leitura mais difícil; Assegure-se que está a enviar o e-mail certo para o endereço certo (as caixas de correio electrónicas são entendidas como algo de muito mais privado que as caixas de correio convencionais, e tanto o junk-mail como o correio indesejado são geralmente muito mal recebidos); 19

A clareza e a concisão são também condições essenciais a quem utiliza o correio electrónico (não esquecer que um infonauta "rodado" recebe regularmente mais mensagens do que aquelas a que pode dar resposta: vá tão directamente ao assunto quanto possa, poupando-lhe o tempo de decifrar cartas excessivamente elaboradas. Pela sua natureza, o e-mail dispensa praticamente todo o formalismo da correspondência convencional). 1.12. LISTAS DE MAILING O e-mail não está limitado à troca de mensagens electrónicas entre um par ou um grupo restrito de utilizadores. O e-mail permite igualmente o acesso a listas de mailing (debates ou divulgação noticiosa que têm como suporte o correio electrónico). Uma lista de mailing é basicamente um grupo de discussão dedicado a um assunto muito específico, distribuído e participado através de e-mail. Serviço gratuito, depois de inscrito passará a figurar numa lista de distribuição automática, recebendo ou fornecendo através da sua caixa de correio toda a informação disponível sobre um determinado assunto que seja do seu interesse. Os temas abordados pelas mailing list são os mais variados. Só por curiosidade, pode dar-se uma vista de olhos pela interminável lista dos assuntos disponíveis e respectivas listas de mailing, em www.topica.com. 1.13. NEWSGROUPS (FÓRUNS DE DISCUSSÃO) Os Newsgroups, são grupos abertos de discussão sobre os temas mais variados. As pessoas que participam nos newsgroups apenas pretendem conversar. São mais de 13000 áreas temáticas nas quais se pode participar, conversando, discutindo, opinando. Áreas que vão do futebol à música, à ciência, à arte, etc. E para além de disponibilizarem pura diversão, podem ser também muito úteis, podendo ser uma das melhores formas de obter apoio técnico ou de investigar um determinado assunto. Para se poder ler o que se passa nos newsgroups tem de se ter acesso a um servidor de News (um computador dedicado à pesquisa e redistribuição das mensagens enviadas para os ditos newsgroups). A maior parte dos ISP s (fornecedores de acesso à Internet) em Portugal, oferece acesso aos newsgroups como parte integrante do seu pacote de serviços Internet; pode 20