B a n c o E u r o p e u d e I n v e s t i m e n t o. Financiamentos do BEI para as Redes Transeuropeias



Documentos relacionados
NOVOS INVESTIMENTOS NA FERROVIA 09 DE NOVEMBRO DE 2015/ CARLOS MATIAS RAMOS

Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

As regiões Portuguesas: Lisboa: Competitividade e Emprego; Madeira: Phasing-in; Algarve: Phasing-out; Norte, Centro, Alentejo, Açores: Convergência

ABERTIS LOGÍSTICA INICIA A CONSTRUÇÃO DO ABERTIS LOGISTICSPARK LISBOA

REDE TRANSEUROPEIA DE TRANSPORTES CORREDOR DO ATLÂNTICO

INVESTIR EM I&D - PLANO DE ACÇÃO PARA PORTUGAL ATÉ 2010 CIÊNCIA E INOVAÇÃO -PLANO PLANO DE ACÇÃO PARA PORTUGAL ATÉ NOVA TIPOLOGIA DE PROJECTOS

Eng.ª Ana Paula Vitorino. por ocasião da

Portugal 2020 Lançados Programas Operacionais

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento

Prioridades da presidência portuguesa na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Implementação de JESSICA: os Fundos de Desenvolvimento Urbano e o papel do BEI

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Gabinete do Ministro INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS

Banco Europeu de Investimento Actividade na União Europeia e em Portugal

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

O que é o Banco Europeu de Investimento?

Perguntas e Respostas: O Pacote ODM (Objectivos de Desenvolvimento do Milénio) da Comissão

A inovação e essencial à competitividade

Impostos sobre os veículos automóveis ligeiros de passageiros *

Seminário sobre Energia Elétrica Luanda, 8 e 9 de Setembro de 2011

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470

MELHORAR O CONCEITO DE «AUTOESTRADAS DO MAR»

MUNICÍPIO DE PALMELA A PLATAFORMA LOGÍSTICA DO POCEIRÃO

Análise comparativa dos sistemas de avaliação do desempenho docente a nível europeu

INVESTIMENTO PRIVADO AGOSTO 2011

Ministro da Ecologia, do Desenvolvimento Sustentável e da Energia da República Francesa. Ministro da Indústria, da Energia e do Turismo da Espanha

PP nº 16 da RTE-T: Ligação ferroviária entre o porto de Sines e Elvas (fronteira)

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

Comissão apresenta estratégia europeia para a energia

Disciplina: Geografia 9º ano Turma: Professora: Renata Sampaio Ficha: 02 Bimestre: 3º

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 3 Abril de /03 ADD 1 LIMITE FISC 59

Giorgio D Amore, ICstat International Cooperation Center for Statistics Luigi Bodio

Mercados. informação regulamentar. Hungria Condições Legais de Acesso ao Mercado

1.º MÉRITO DO PROJECTO

NOVIDADES LEGISLATIVAS E REGULAMENTARES MAIS SIGNIFICATIVAS

3 de Julho 2007 Centro Cultural de Belém, Lisboa

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

URBAN II Em apoio do comércio e do turismo

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO. Redes transeuropeias: para uma abordagem integrada {SEC(2007) 374}

UNESCO Brasilia Office Representação da UNESCO no Brasil Uma nova política para a sociedade da informação

Instrumentos Financeiros de Apoio à Internacionalização. Financiamentos, Garantias, Capital de Risco, etc. / SOFID, S.A.

CONCLUSÕES DO CONSELHO. de 27 de Novembro de sobre o contributo da política industrial para a competitividade Europeia (2003/C 317/02)

PROJECTO DE RELATÓRIO

de 9 de Março de 2005

EVOLUÇÃO DA POLÍTICA EUROPEIA DE AMBIENTE

Circular Informativa

Projecto de Lei n.º 54/X

Alterações Climáticas Uma oportunidade para a Europa. Trabalho desenvolvido pelo Grupo P3 Eduardo Dantas Isabel Almeida Marlyn Castro

aplicação dos instrumentos financeiros dos FEEI O Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas Instrumentos financeiros

O Banco Europeu de Investimento de relance

Cimeira Empresarial UE-CELAC eucelac-bizsummit2015.eu. Quarta-feira, 10 de junho de 2015, 14h30-16h30 Documento de síntese para o Workshop 3

Reunião Transfonteiriça Espanha Portugal SUMÁRIO. Boletim Informativo n.º 25. Balanço do 25.º Aniversário da Adesão à UE e Desafios para 2012

ACTUALIZAÇÃO ANUAL DO PROGRAMA DE ESTABILIDADE E CRESCIMENTO: PRINCIPAIS LINHAS DE ORIENTAÇÃO. 11 de Março de 2011

CO SELHO DA U IÃO EUROPEIA. Bruxelas, 3 de Outubro de 2011 (06.10) (OR.en) 14552/11 SOC 804 JEU 53 CULT 66. OTA Secretariado-Geral do Conselho

Guia Prático do Certificado Energético da Habitação

A DIMENSÃO CULTURAL DA UNIÃO EUROPEIA NO MUNDO FUNDOS E PROGRAMAS. Lisboa, 16 de Maio de 2006

SEMINÁRIO OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES PARA AS EMPRESAS INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES

INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTE E MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL OPORTUNIDADES DO QUADRO ESTRATÉGICO COMUM DE DEZEMBRO DE 2015 PONTE DE LIMA

Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de Lisboa Sector da Rede Social

EDITAL. Iniciativa OTIC Oficinas de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento

O Hypercluster da Economia do Mar em Portugal. (Resumo)

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA Página 1 de 11

I FÓRUM IBÉRICO DE LOGÍSTICA

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS PARECER DA COMISSÃO

VERSÃO 2. Prova Escrita de Geografia A. 11.º Ano de Escolaridade. Prova 719/1.ª Fase EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

Divisão de Assuntos Sociais

Actualmente circulam cerca de camiões,. por ano, entre França e Portugal, com um relativo equilíbrio entre os fluxos Norte/Sul e Sul/Norte.

Iniciativa JESSICA em Portugal

Programa Nacional de Desenvolvimento do Empreendedorismo,, Inovação e Emprego no Sector Cultural e Criativo Cri[activo]

Aplicação do Direito da Concorrência Europeu na UE

Aluno nº: Ano: Turma: Data: 28 de maio de 2012

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e das Obras Públicas Transportes e Comunicações, o seguinte: Artigo 1.º.

Disciplina: TRANSPORTES. Sessão 10: A Intermodalidade em Sistemas de. Transportes: potencialidades, dificuldades, soluções

PROGRAMAS OPERACIONAIS REGIONAIS DO CONTINENTE. Deliberações CMC POR: 18/06/2010, 25/11/2010, 4/04/2011, 30/01/2012, 20/03/2012 e 8/08/2012

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

Reitoria. No plano orçamental para 2009 foi definida uma provisão no valor de euros para o Programa - Qualidade.

MEDIDAS DE REFORÇO DA SOLIDEZ FINANCEIRA DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Projecto de incentivo ao desenvolvimento e organização da micro-produção. Autoria: Junta de Freguesia de Brandara

Ministérios das Finanças e da Economia. Portaria n.º 37/2002 de 10 de Janeiro

Uma forma sustentável de alcançar os objetivos económicos e sociais da UE

PROJECTO DE LEI N.º 182/IX

Anexos Arquitectura: Recurso Estratégico de Portugal

O SUCH Serviço de Utilização Comum dos Hospitais é uma associação privada sem fins lucrativos ( pessoa colectiva de utilidade pública).

Case study. Galpshare UM PROGRAMA DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL EMPRESA

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters. Resposta à nova ambição económica

Cooperação Territorial Transnacional: Irlanda - Espanha - França - Portugal - Reino Unido

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. QREN: uma oportunidade para a Igualdade entre homens e mulheres

Fiapal Informa. Candidaturas QREN

Empresa Geral do Fomento e Dourogás, ACE

PROJETO DE RELATÓRIO

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952

Programa Nacional para as Alterações Climáticas

Avaliação do Instrumento de Apoio a Políticas Económicas (PSI)

Workshop Mercado de Angola

PROJECTO DE LEI N.º 757/X ESTABELECE MEDIDAS DE INCENTIVO À PARTILHA DE VIATURAS

Transcrição:

B a n c o E u r o p e u d e I n v e s t i m e n t o Financiamentos do BEI para as Redes Transeuropeias

F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r

a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s Acção do BEI em favor das RTE livre circulação de pessoas, de bens, de energia e de informações constitui A um dos pilares da consecução dos grandes objectivos de desenvolvimento e de integração da União Europeia (UE). Assim sendo, o desenvolvimento das redes transeuropeias de transportes e de energia (RTE), vertente fulcral das políticas comunitárias, continua a ser um dos objectivos-chave do Banco Europeu de Investimento, paralelamente a outros objectivos prioritários, tais como o reforço da coesão económica e social na UE, o estabelecimento de laços com países parceiros da União e a protecção do ambiente. Redes europeias de transportes A política europeia neste domínio visa edificar uma rede integrada de infra- -estruturas de base, convertendo as redes construídas segundo critérios nacionais num sistema europeu de infra-estruturas eficiente e sustentável. Esta rede de auto- -estradas, caminhos-de-ferro, rios, portos e aeroportos, ligará os 25 Estados-Membros entre si e aos países da vizinhança europeia. Os problemas de capacidade e a consequente congestão das vias de longa distância na UE constituem factores restritivos, tanto da mobilidade, como das trocas. Uma melhor utilização das infra- -estruturas existentes é crucial para conter a subida dos custos e reduzir o impacto ambiental dos transportes. Mas para que o mercado único se possa desenvolver, é também necessário construir novas infra- -estruturas de transportes ou melhorar as existentes. necessidades de transportes de uma UE em expansão. Efectivamente, um dos grandes desafios para o futuro das redes transeuropeias de transportes (RTE-T) é a necessidade de integrar os mal equipados sistemas de transportes da maioria dos novos Estados-Membros e dos países em vias de adesão. Conquanto o grosso do investimento venha a ser feito pelo sector público, há que encorajar a participação do sector privado para garantir a eficácia e a inovação e para reduzir a carga financeira nos orçamentos públicos. Paralelamente aos corredores prioritários na zona de vizinhança europeia, que serão apoiados no enquadramento da política externa da UE, a União identificou 30 projectos prioritários no contexto das RTE-T, nos quais se concentrará o apoio financeiro do orçamento comunitário. No entanto, as contribuições da UE ficarão muito abaixo das necessidades de investimento destes projectos, e da rede global. O BEI deverá contribuir com os seus empréstimos de longo prazo para suprir a lacuna financeira e acelerar a conclusão desta rede, prevista para 2020. Redes europeias de energia A estratégia da UE em relação ao mercado da energia assenta: na resolução dos problemas relativos à eficiência energética; no reforço das ligações com as redes energéticas dos países parceiros europeus; Os Estados-Membros têm de fazer grandes investimentos para adaptar as suas redes infra-estruturais às crescentes Financiamentos do BEI para as redes transeuropeias 1

F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r na promoção do desenvolvimento de um mercado energético interno na UE; na acção catalisadora da exploração de fontes de energia renovável. As Redes Transeuropeias de energia (RTE- -E) constituem uma das grandes prioridades da política energética da UE, na medida em que desempenham um papel fundamental na criação de um mercado interno da energia, assim como na diversificação e na segurança do abastecimento de energia no seio da União. O desenvolvimento das RTE visa garantir: infra-estruturas de grande qualidade que favoreçam as ligações entre os 25 Estados-Membros da UE e entre esta e os países da zona de vizinhança europeia; a interligação e a interoperabilidade das redes nacionais existentes; o acesso às redes fundamentais, alargando as vantagens das redes transeuropeias a todo o território da UE. Apoio às iniciativas da UE Quando da celebração do Tratado de Maastricht em 1992, os Estados-Membros da UE concordaram que era necessário desenvolver as redes transeuropeias para atingir os objectivos de integração da União. Em 1994, o Conselho Europeu de Essen estabeleceu uma lista de 14 projectos prioritários cruciais para o desenvolvimento das redes de transportes, e em 1996 o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia aprovaram as linhas de orientação para o respectivo desenvolvimento. Esta lista foi actualizada em 2004, à luz da iniciativa Acção Europeia para o Crescimento, passando a incluir 30 projectos prioritários baseados na lista original de 14 projectos. Acção Europeia para o Crescimento A Acção Europeia para o Crescimento foi aprovada em Dezembro de 2003, tendo em conta o alargamento da UE em Maio de 2004, com a integração de dez novos Estados-Membros, incluindo oito da Europa Central e Oriental. A iniciativa tem essencialmente dois objectivos: em primeiro lugar, ter uma acção catalisadora das reformas estruturais, do crescimento, da criação de empregos e da emergência de uma economia europeia inovadora baseada no conhecimento, tal como sublinhado na Estratégia de Lisboa adoptada em Março de 2000, e em segundo lugar, impulsionar a política da UE em matéria de RTE. Além de coordenar os instrumentos de financiamento comunitário das RTE actuais e futuras, e de introduzir medidas regulamentares e administrativas para incentivar o investimento, a Acção para o Crescimento estabeleceu a necessidade de acelerar o investimento em certos projectos, identificados em função do respectivo: grau de avanço; dimensão transfronteiriça; impacto no crescimento e na inovação; e efeitos benéficos no ambiente. Papel do BEI O BEI é a uma das principais fontes de financiamento bancário das redes transeuropeias na União e nos países em vias de adesão. Desde a instauração desta política comunitária, em 1993, até Dezembro de 2005, foram assinados empréstimos no valor de EUR 67 900 milhões para RTE de transportes e de EUR 9 100 milhões para RTE de energia. As operações do Banco que promovem em geral o desenvolvimento das RTE 2 Financiamentos do BEI para as redes transeuropeias

F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r Os 30 projectos de transportes prioritários 1 2 3 4 5 6 7 Combóio de alta velocidade/transporte combinado norte-sul (Berlim-Erfurt- -Halle/ Leipzig-Nuremberga ; eixo Munique-Verona pelo túnel do Brenner e ponte no estreito de Messina) Linha ferroviária de alta velocidade PBKAL (Paris-Bruxelas-Colónia-Amsterdão- -Londres) Linha ferroviária de alta velocidade sudoeste europeu (Madrid-Barcelona-Perpignan-Montpellier ; Madrid-Vitoria-Dax- Bordéus-Tours e Lisboa/Porto-Madrid) Linha ferroviária de alta velocidade leste (Paris-leste de França-sul da Alemanha, incluindo ramal Metz-Luxemburgo) Combóio convencional/transporte combinado: : linha Betuwe (Roterdão-fronteira holandesa/alemã- Reno/Ruhr) Combóio de alta velocidade /transporte combinado, França-Itália- Eslovénia-Hungria (Lião-Turim e Turim-Milão-Veneza-Trieste-Koper-Dikava e Ljubljana-Budapeste) Auto-estradas gregas (Pathe e Via Egnatia) ; auto-estrada Sofia-Kulata fronteira grega/búlgara e auto-estrada Nadlac-Sibiu 8 Ligação multimodal Portugal/Espanha O custo dos 30 projectos prioritários de RTE-T foi estimado em EUR 600 000 millhões. 21 destes projectos são do sector ferroviário, e os restantes são dos sectores rodoviário, portuário e aeroportuário. 9 Ligação ferroviária convencional Cork-Dublin-Belfast-Larne-Stranraer 10 Aeroporto de Milão-Malpensa 11 Ligação fixa rodo/ferroviária do Øresund entre a Dinamarca e a Suécia 12 Triângulo nórdico (rodo/ferroviário) 13 Ligação rodoviária Irlanda/Reino Unido/Benelux Veuillez trouver une accroche 14 Linha ferroviária principal da costa ocidental (West Coast Main Line - Reino Unido) 15 Galileo 16 Eixo ferroviário de mercadorias Sines-Madrid-Paris 17 Linha ferroviária Paris-Estrasburgo-Estugarda-Viena-Bratislava 18 Eixo fluvial Reno/Mosa-Main-Danúbio 19 Interoperabilidade das linhas ferroviárias de alta velocidade na Península Ibérica 20 Linha ferroviária do Fehmarn Belt 21 Auto-estradas do mar 22 Eixo ferroviário Atenas-Sofia-Budapest-Viena-Praga-Nuremberga/Dresden 23 Eixo ferroviário Gdansk-Varsóvia-Brno/Bratislava/Viena 24 Linha ferroviária Lião/Génova-Basileia-Duisburg-Roterdão/Antuérpia 25 Eixo de auto-estradas Gdansk-Brno/Bratislava/Viena 26 Eixo rodo/ferroviário Reino Unido/Europa continental 27 Eixo Rail Baltica Varsóvia-Kaunas-Riga-Tallinn 28 Eurocaprail no eixo ferroviário Bruxelas-Luxemburgo-Estrasburgo 29 Eixo ferroviário do corredor intermodal Mar Iónico/Adriático 30 Via fluvial Sena-Scheldt 4 Financiamentos do BEI para as redes transeuropeias

a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s A lista de projectos de RTE-E prioritários inclui uma série de projectos de transporte de electricidade e de gás natural, desde pequenas ligações eléctricas transfronteiriças, até gasodutos transcontinentais. Projectos de transporte de electricidade e de gás natural prioritários Electricidade 1 2 3 4 França-Bélgica-Países Baixos-Alemanha : renovação da rede eléctrica, com vista a resolver os congestionamentos na rede em todo o Benelux Reforço da capacidade nas ligações fronteiriças da Itália com a França, a Áustria, a Eslovénia e a Suiça França, Espanha e Portugal : reforço da capacidade de interligação das redes eléctricas destes países e da Península Ibérica e desenvolvimento das redes das regiões insulares Grécia e países balcânicos rede UCTE: desenvolvimento de infra-estruturas eléctricas para ligar a Grécia à rede UCTE 5 6 Reino Unido-Europa continental e Europa do Norte: estabelecimento/reforço da capacidade de interligação eléctrica, com eventual integração de energia eólica offshore Dinamarca-Alemanha-Anel do Báltico (incluindo a Noruega-Suécia-Finlândia- Dinamarca-Alemanha): estabelecimento/reforço da capacidade de interligação eléctrica, com eventual integração de energia eólica offshore Gás natural 1 2 3 Reino-Unido - norte do continente europeu, incluindo os Países Baixos, a Dinamarca e a Alemanha (com ligação aos países bálticos) e Rússia: gasodutos de ligação de algumas das principais jazidas de gás na Europa, melhoria da interoperabilidade das redes e reforço da segurança do abastecimento Argélia-Espanha-Itália-França-norte do continente europeu: construção de novos gasodutos entre a Argélia e a Espanha, a França e a Itália, e reforço da capacidade da rede entre a Espanha, a Itália e a França Países do Mar Cáspio- Médio Oriente- União Europeia: novas redes de gasodutos de abastecimento da UE a partir de novas fontes, incluindo os gasodutos Turquia- -Grécia, Grécia-Italia e Turquia-Áustria Financiamento das RTE com fundos orçamentais O desenvolvimento das RTE é apoiado por subvenções comunitárias e por empréstimos do BEI. Os instrumentos financeiros comunitários disponibilizados são: Linha orçamental para as RTE (com afectações plurianuais para grandes projectos e afectações anuais para projectos de menores dimensões) uma linha do orçamento da UE exclusivamente dedicada ao desenvolvimento de projectos de RTE; Fundos estruturais e de coesão os Fundos estruturais e de coesão são os principais instrumentos da UE de financiamento do desenvolvimento económico e social e da reestruturação nos Estados-Membros. Representam mais de um terço do orçamento da UE e são utilizados para apoiar o desenvolvimento regional, incluindo as infra-estruturas energéticas. Financiamentos do BEI para as redes transeuropeias 5

F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r também contribuem para outros objectivos prioritários europeus. A política relativa às RTE favorece a integração económica e social, assim como o desenvolvimento das regiões menos favorecidas da UE. Em 2005, cerca de 61% dos financiamentos em prol de grandes redes europeias de transportes e de energia destinaram-se a regiões de desenvolvimento regional; para além do impacto directo que a construção de infra-estruturas de transportes e de energia terá nestas regiões, as sinergias criadas também terão efeitos indirectos a longo prazo. A promoção de infra-estruturas de transportes e de energia limpas também contribui para o objectivo de longo prazo do BEI, que consiste na protecção e melhoria do ambiente. A prioridade conferida aos projectos ferroviários em relação aos rodoviários, assim como aos projectos de gás natural, reitera o empenho do Banco na consecução da política europeia de protecção do ambiente natural e urbano. O BEI também investe substancialmente em projectos de transportes e de energia não integrados em RTE, contribuindo para o crescimento e para a criação de empregos em regiões menos desenvolvidas dos Estados-Membros da UE e dos países em vias de adesão e/ou para a melhoria do ambiente, particularmente financiando infra-estruturas de transportes colectivos urbanos. Entre os projectos de transportes assinados em 2005, destacam-se a ampliação e a melhoria de redes de metropolitano e de carros eléctricos, a compra de material circulante e a reabilitação de redes rodoviárias locais, sobretudo nos novos Estados-Membros. No sector energético, entre os projectos que o Banco financiou em 2005, destaca-se a renovação das redes eléctricas e a modernização de centrais, com vista a reduzir a poluição. Valor acrescentado do BEI O BEI contribui com um verdadeiro valor acrescentado para os projectos de infra-estruturas de transportes, pelo facto de: mobilizar em condições competitivas as verbas vultosas necessárias para co-financiar a construção de infra- -estruturas; oferecer empréstimos com prazos adaptados aos longos períodos de construção e de exploração dos projectos em causa; propor financiamentos estruturados como complemento dos recursos obtidos junto de bancos comerciais e no mercado de capitais. Desde 1993, o BEI reforçou os financiamentos em favor de RTE por meio de uma gama de instrumentos financeiros. Na sequência da instauração da Acção Europeia para o Crescimento, reforçou as verbas destinadas à Facilidade de Investimento para RTE, introduzindo um instrumento de financiamento prioritário com uma dotação de EUR 75 000 milhões para RTE-T até 2013, e um pacote anual suplementar de EUR 500-1000 milhões para RTE-E. Cerca de metade do volume total de financiamentos para RTE deverá ser canalizada para projectos prioritários. De assinalar - contudo, que uma quota- -parte significativa dos financiamentos do BEI para RTE destina-se a projectos necessários para concluir a rede global de RTE, mas que não constam da lista de RTE prioritárias. Em 2005, estes projectos representaram 41% do total de projectos de RTE-T financiados. Entre os outros instrumentos disponíveis, de destacar o Instrumento de Financiamento Estruturado (IFE) para RTE, que permite financiar projectos com uma qualidade creditícia inferior à qualidade de investimento. A Comissão e o Parlamento Europeu sublinharam a necessidade de manter o nível adequado de investimento em infra- -estruturas de transportes. A participação do sector privado é uma das chaves para o bom andamento do programa de investimento em RTE. O BEI desempenha um papel catalisador importante, incentivando a participação do sector privado no financiamento de RTE, tal como ilustrado pelo número de parcerias público-privadas (PPP) que apoia. Durante o período de 2000-2005, o BEI concluiu anualmente operações de tipo PPP de um valor anual médio de EUR 2 000 milhões (não exclusivamente no sector dos transportes). O grande apoio da UE à promoção de investimentos do sector privado é largamente ilustrado pela próxima criação de um centro europeu de peritagem no domínio das PPP. O BEI participará activamente neste centro, que promoverá a partilha da experiência adquirida pelos organismos do sector publico encarregados das PPP na Europa e disponibilizará assistência prática para a criação de PPP. O Instrumento de garantia comunitária para as RTE, em fase de estudo, constitui um avanço crucial para o desenvolvimento do financiamento das RTE, na medida em que o tornará mais fácil, melhorando a qualidade creditícia da dívida sénior e garantindo linhas de crédito de reserva, a que se poderá recorrer no caso de escassez de receitas nos primeiros anos de um projecto ( ramp-up traffic risk ). 6 Financiamentos do BEI para as redes transeuropeias

a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s F i n a n c i a m e n t o s d o B E I p a r a a s r e d e s t r a n s e u r o p e i a s Características dos financiamentos do BEI O BEI não financia o custo total de investimento dos projectos, na medida em que se pretende tirar partido das suas condições de financiamento de primeira ordem para atrair outras fontes de financiamento viáveis. O contributo do BEI não ultrapassa em geral 50% do custo total de investimento, embora em casos excepcionais de projectos transeuropeus de transportes possa atingir 75% do custo total. Esta limitação do crédito do BEI a 50% do custo do projecto permite que o mutuário estabeleça um plano de financiamento dinâmico e diversificado, em parceria com outros bancos e instituições financeiras. Os empréstimos do BEI podem complementar ajudas públicas locais ou nacionais, bem como subvenções da UE, tais como dos fundos estruturais, consoante o âmbito e a natureza de cada projecto. De um modo geral, o BEI dispõe de dois instrumentos principais para o financiamento de RTE: empréstimos individuais para programas ou projectos de investimento cujo custo seja superior a EUR 25 milhões, e que sejam relevantes no contexto de projectos infra-estruturais de grande dimensão, tais como RTE; uma série de fundos de investimento especializados em infra-estruturas em que o BEI participa, que visam injectar capitais próprios em projectos de RTE realizados por PPP. Desde 2005, o BEI assinou três operações deste tipo (projectos Emerging Europe Convergence Fund; Dexia Southern EU Infrastructure Fund; e Dutch/Northern EU Infrastructure Fund), estando vários outros em fase de preparação. Contrapartes do BEI As contrapartes do BEI em projectos de RTE podem ser autoridades públicas ou entidades privadas, incluindo sociedades com fins específicos, bancos e instituições financeiras As autoridades locais (autarquias, câmaras municipais, cidades, etc.) participam cada vez mais em projectos infra-estruturais de transportes e de energia de pequena dimensão. Financiamentos do BEI para as redes transeuropeias 9

Banco Europeu de Investimento Contactos Para informações gerais: Úna Clifford Departamento de Comunicação e Informação 3 (+352) 43 79 31 00 5 (+352) 43 79 31 99 U info@eib.org Para informações à imprensa: Secretariado do Gabinete de Imprensa Departamento de Comunicação e Informação 3 (+352) 43 79 21 00 5 (+352) 43 79 21 99 U press@eib.org Banco Europeu de Investimento 100, boulevard Konrad Adenauer L-2950 Luxembourg www.eib.org U info@eib.org BEI 09/2006 QH-X1-06-058-PT-C Atelier Gráfico do BEI. Fotografias: AVE, Elsam, Finnish Road Administration (Antti Aalto & jouni Saaristo), Port de Barcelona.