Estudos Sectoriais para o Ribatejo (Sector agro-alimentar)



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Transcrição:

Estudos Sectoriais para o Ribatejo (Sector agro-alimentar)

Sumário Executivo Na actual conjuntura económica, financeira, política e social nacional discute-se frequen temente sobre quais serão as melhores soluções e quais as medidas e acções mais adequadas a adoptar por forma a assegurar um futuro de crescimento e prosperidade económica e social. Neste contexto, acções que envolvam inovação, internacionalização, exportação, diferenciação no produto e serviço, valor acrescentado, co ope - ração, imagem e qualificação de recursos humanos são apontadas como as melhores soluções para o crescimento. Tem-se verificado a nível nacional e regional um esforço neste sentido, através da identificação e implementação de medidas de curto, médio e longo prazo a que o Ribatejo não é alheio. Durante muitos anos, o Ribatejo conseguiu as - su mir a nível nacional um papel bastante relevante em diversos sectores onde, entre outros, se destacam o agro-alimentar, a construção ci - vil, a madeira e mobiliário, a metalomecânica e os minerais não metálicos. A NERSANT, consciente das realidades ligadas à inovação e à competitividade e reconhecendo a necessidade de definir uma estratégia sustentada para que o Ribatejo esteja em condições de desenvolver práticas inovadoras, decidiu elaborar 5 estudos sectoriais de carácter prospectivo, os quais foram financiados pelo FEDER, no âmbito do Sistema de Apoio a Acções Colectivas do Programa COMPETE. Assumindo que o reforço das actividades de inovação e de internacionalização é condição sine qua non para o aumento da competitividade das empresas da região, a NERSANT pretende, assim, aprofundar uma estratégia orientada para cinco sectores chave, nomeadamente: agro-alimentar, construção civil, madeira e mobiliário, metalomecânica e minerais não metálicos, procurando dar resposta à necessidade de criação de condições de médio e longo prazo que permitissem fomentar a inovação e a competitividade nas empresas e outras organizações da região. O presente documento sistematiza os resultados relativamente ao sector agro-alimentar. O objectivo geral deste documento consiste na realização de um diagnóstico para o sector agro-alimentar ao nível do Ribatejo e na apresentação de propostas de acção a serem implementadas com o objectivo prioritário de au - mentar as actividades de inovação e de internacionalização. Tendo em linha de conta o objectivo definido, a preparação do relatório decorreu em duas fases distintas, realizadas entre Agosto e De - zembro de 2010, nomeadamente: Fase 1 - Diagnóstico; Fase 2 - Definição da estratégia e das propostas de acção. A preparação do presente documento envolveu um trabalho alargado de recolha de informação a vários níveis. Num primeiro momento foi feita a identificação de agentes locais conhecedores da realidade empresarial do sector. As entrevistas realizadas a estes actores tiveram uma elevada importância, enquanto instrumento privilegiado de obtenção de informação I

de natureza qualitativa e como forma de envolver e sensibilizar estes mesmos agentes para possíveis soluções para as dificuldades que atravessam. Estas entrevistas foram desenvolvidas em moldes semi-directivos, com o apoio de um extenso guião desenvolvido para o efeito. A identificação de estudos de caso ligados à inovação e internacionalização resultou de casos de sucesso de empresas nacionais com as quais as empresas do Ribatejo se podem identificar e inspirar a vários níveis. Paralelamente foi realizado um levantamento de documentação e informação complementar em diversas fontes bibliográficas identificadas como sendo fontes de informação de referência. Tendo em conta o diagnóstico desenvolvido para o sector agro-alimentar, que envolveu a respectiva Caracterização, Análise SWOT e Casos de Estudo, foi delineado um Cenário de Evolução sobre o qual assenta uma Visão e uma Missão bem como Princípios Orientadores e respectivas Acções Prioritárias. Assim, para o sector agro-alimentar do Ribatejo propõe-se como cenário de evolução a Valorização dos produtos alimentares, que tem como principal objectivo oferecer aos consumidores uma vasta gama de produtos alimentares seguros, saudáveis, nutricionalmente ricos, economicamente acessíveis e produzidos de forma sustentável numa das regiões mais férteis do país. Por forma a alcançar o cenário de evolução Valorização dos produtos alimentares, sugere-se que o sector agro-alimentar do Ribatejo possa seguir uma estratégia organizada em torno de três princípios orientadores, nomeadamente: Reforço da competitividade industrial, suportada por um bom funcionamento dos mercados, indo ao encontro dos desafios da globalização e consolidando as condições para uma melhor e maior internacionalização; Reforço da confiança dos consumidores, baseada no diálogo, numa ciência idónea e numa aproximação séria e equilibrada aos assuntos relacionados com a alimentação, estilos de vida e saúde; e Desenvolvimento sustentável da cadeia de valor, através de uma gestão equilibrada, suportando a criação de valor e reforçando as práticas de responsabilidade social. Tendo como objectivo principal alavancar a implementação da estratégia para o sector agro-alimentar do Ribatejo, foi definido um conjunto de acções prioritárias que visam operacionalizar os princípios orientadores definidos, nomeadamente. Através da integração do cenários definido e da implementação das acções consideradas como prioritárias, pretende-se melhorar a performance actual das empresas e impulsionar as mesmas para um patamar de competitividade superior, por forma a que possam vir a tornar-se players de relevo a nível nacional e sobretudo a nível internacional, onde se encontra o futuro para muitas das empresas portuguesas. III

Índice Sumário Executivo...................................................... i 1. Introdução............................................................ 11 1.1 Âmbito do Estudo.................................................... 11 1.2 Ribatejo........................................................... 12 1.3 População.......................................................... 13 1.4 Infra-estruturas...................................................... 16 1.4.1. Infra-estruturas de Apoio à Envolvente Empresarial..................... 16 1.4.2. Infra-estruturas de Ensino e Formação............................... 20 1.5 Sectores de Actividade................................................ 21 1.6 Dinâmica Empresarial................................................. 25 2. O Sector Agro-Alimentar................................................ 29 2.1 Caracterização...................................................... 29 2.1.1. Enquadramento................................................ 29 2.1.2. Dinâmica Empresarial........................................... 30 2.1.3. Inovação e Internacionalização.................................... 37 2.2 Análise SWOT do Sector............................................... 41 2.3 Estudos de Caso..................................................... 43 2.3.1. Queijo Saloio - Indústria de Lacticínios, S.A............................ 43 2.4 Estratégia para o sector agro-alimentar do Ribatejo.......................... 45 2.4.1. Cenário de Evolução............................................. 45 2.4.2. Visão........................................................ 46 2.4.3. Missão....................................................... 46 2.4.4. Princípios Orientadores........................................... 46 2.5 Proposta de acções prioritárias para o sector agro-alimentar do Ribatejo......................................................... 48 3. Referências Bibliográficas................................................ 53 4. Anexo................................................................ 54 Questionário das entrevistas................................................ 54 Estudo elaborado por: Projecto co-financiado por: 7

Agradecimentos G ostaríamos de agradecer a todas as pessoas e entidades que generosamente se disponibilizaram para a discussão de temas relevantes para a elaboração dos Estudos Sectoriais para o Ribatejo, contribuindo com a sua visão para uma análise multifacetada da realidade e facilitando significativamente a reflexão apresentada no presente documento.

1. Introdução O desenvolvimento empresarial para novos patamares que permitam às empresas competir no palco global tem visto a sua importância a crescer a cada dia que passa. A concorrência de países emergentes, com uma elevada mão- -de-obra disponível e disposta a trabalhar em condições e preços muito diferentes daqueles a que os países mais industrializados estão habituados, despertou nas empresas a necessidade de evoluir para um nível de desenvolvimento acima do da concorrência. Perante a nova realidade, a evolução que é premente ser realizada envolve essencialmente mais Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) e mais valor acrescentado para os clientes particulares e empresariais, realidade a que as empresas portuguesas não são alheias. Neste sentido, e para o sector agro-alimentar do presente estudo, foi desenvolvido um diagnóstico sobre o panorama nacional em geral e de Santarém em particular, com o objectivo de identificar as oportunidades de melhoria e consequentemente delinear uma estratégia e respectivo plano de acções. Importa, portanto, definir primeiro para onde as empresas devem ir e só depois determinar os vários passos para atingir os objectivos e estratégia proposta. 1.1 Âmbito do Estudo Para efeitos do presente Estudo definem-se em seguida os âmbitos territoriais e sectoriais, nomeadamente: Âmbito Territorial: O Ribatejo é composta pela NUTS III Médio Tejo (NUTS II Centro) e Lezíria do Tejo (NUTS II Alentejo) e pelo Concelho de Mação; Âmbito Sectorial: Para efeitos do presente Estudo são consideradas as actividades a presentadas na Tabela seguinte. Tabela 1 Subsectores de actividade considerados para o presente Estudo Sector Subsector CAE (Rev.3) Agro-Alimentar Alimentar 10110, 10120, 10130, 10201, 10202, 10203, 10204, 10310, 10320, 10391, 10392, 10393, 10411, 10412, 10413, 10414, 10420, 10510, 10520, 10611, 10612, 10612, 10613, 10620, 10711, 10712, 10720, 10730, 10810, 10821, 10822, 10840, 10850, 10860, 10891, 10892, 10893, 10911, 10912, 10913 Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, CAE, Rev 3 http://www.gep.mtss.gov.pt/destaques/caerev3_notasexplicativas.pdf 11

Sector Subsector CAE (Rev.3) Bebidas 11011, 11012, 11013, 11021, 11021, 11030, 11040, 11050, 11060, 11071, 11072 Tabaco 12000 Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, CAE, Rev 3 http://www.gep.mtss.gov.pt/destaques/caerev3_notasexplicativas.pdf 1.2 Ribatejo Entendeu-se, para efeitos do presente Estudo, que o Ribatejo (6.981 Km2) inclui uma parte do seu território na NUTS II Centro (NUTS III Médio Tejo com 10 municípios - 2.306 Km2, acrescida do concelho de Mação com 400 Km2) e outra parte na NUTS II Alentejo (NUTS III Lezíria do Tejo com 11 municípios correspondentes a 4.275 Km2) (Figura 1). Em termos administrativos, o Ribatejo é constituída por 22 concelhos (Tabela 2) e 201 freguesias. Figura 1 Mapa do Ribatejo Abrantes Alcanena Almeirim Alpiarça Azambuja Benavente Cartaxo Chamusca Tabela 2 Concelhos do Ribatejo Constância Coruche Entroncamento Ferreira do Zêzere Golegã Mação Ourém Rio Maior Torres Novas Santarém Sardoal Tomar Salvaterra de Magos Vila Nova da Barquinha 12

Até 2003, ambas as NUTS III Médio Tejo e Lezíria do Tejo pertenciam à NUTS II do Vale do Tejo, enquanto o concelho de Mação já pertencia à NUTS II Centro, NUTS III Pinhal Interior Sul. Na sub-região da Lezíria do Tejo, onde se localiza Santarém, o rio Tejo é o principal elemento caracterizador. As suas margens são constituídas por solos muito férteis, onde se encontram importantes culturas hortícolas e frutícolas, bem como unidades de criação de gado taurino e cavalar. A sub-região do Médio Tejo é caracterizada pela diversidade dos seus solos, possuindo igualmente bons recursos hídricos. No Médio Tejo destaca-se uma importante actividade turística, potenciada tanto pelas características naturais e paisagísticas como pela presença do Santuário de Fátima. Em termos de localização, o centro geográfico do Ribatejo situa-se a 1 hora de distância da principal cidade do País (Lisboa) e a 2 horas da segunda maior cidade (Porto). Há também a destacar a sua localização entre a Área Metropolitana de Lisboa (AML) e a fronteira espanhola (a cerca de 1 hora de distância). A região constitui assim, a nível logístico, um elemento fundamental na articulação entre o Norte e o Sul e o Litoral e o Interior. 1.3 População A estimativa efectuada em 2008 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) aponta para uma população residente de 487.708 habitantes no Ribatejo, representando cerca de 4,6% da po - pulação residente em Portugal e uma densidade populacional de cerca de 69,9 hab/km2, bastante inferior à média nacional (115,4 hab/km2). 13

Tabela 3 População residente no Ribatejo entre 2001 e 2008 e respectiva variação Concelhos População Residente em População Residente em Variação 2001 2008 Mação 8.442 7.061-1.381 Médio Tejo 226.090 231.059 +4.969 Abrantes 42.235 39.987-2.248 Alcanena 14.600 14.657 +57 Constância 3.815 3.751-64 Entroncamento 18.174 21.751 +3.577 Ferreira do Zêzere 9.422 9.126-296 Ourém 46.216 50.890 +4.674 Sardoal 4.104 3.808-296 Tomar 43.006 41.951-1.055 Torres Novas 36.908 36.968 +60 Vila N. da Barquinha 7.610 8.170 +560 Lezíria do Tejo 240.832 249.588 +8.756 Almeirim 21.957 22.937 +980 Alpiarça 8.024 8.266 +242 Azambuja 20.837 21.841 +1.004 Benavente 23.257 28.312 +5.055 Cartaxo 23.389 25.156 +1.767 Chamusca 11.492 10.976-516 Coruche 21.332 19.624-1.708 Golegã 5.710 5.533-177 Rio Maior 21.110 21.822 +712 Salvaterra de Magos 20.161 21.491 +1.330 Santarém 63.563 63.630 +67 Ribatejo 475.364 487.708 +12.344 Fonte: : INE, Censos 2001, Anuário Estatístico da Região do Alentejo 2008, Anuário Estatístico da Região Centro 2008 14

Ao desagregar os dados por sub-regiões e concelhos é visível a heterogeneidade da população residente e a sua variação. Em termos sub-regionais, a Lezíria do Tejo, apesar de integrar menos um concelho, teve um crescimento demográfico mais acentuado (mais 3,64% ou 8.756 novos habitantes), enquanto na parte seten trional da região, os 10 concelhos que integram o Médio Tejo experimentaram uma evolu ção populacional menos significativa (4.969 habitantes, no universo territorial da sub-região). Em 13 concelhos (sendo 8 na Lezíria Tejo) ocorreram variações positivas da população, enquanto 9 municípios, com especial destaque para Abrantes, Coruche e Tomar, sofreram um decréscimo demográfico. No enquadramento inter- -regional, comparando o Ribatejo, em termos de crescimento demográfico, com a variação populacional das principais sub-regiões que a delimitam (Tabela 4), verifica-se que o ní vel de crescimento demográfico da região ficou aquém das principais sub-regiões vizinhas, nomeadamente, a Grande Lisboa, o Pinhal Lito ral e o Oeste, e além do indicador médio do continente. Para além do crescimento populacional pouco significativo, o Ribatejo é também caracterizada por um relativo envelhecimento da sua po - pulação (Figura 2). A classe etária compreendida entre os 15 e os 25 anos sofreu um decréscimo nos últimos 7 anos, ao passo que o número de idosos cresceu significativamente (Figura 3). Figura 2 Estrutura etária do Ribatejo em 2008 Fonte: : INE, Anuário Estatístico da Região do Alentejo 2008, Anuário Estatístico da Região Centro 2008 Tabela 4 Análise comparativa do crescimento demográfico entre 2001 e 2008 Sub - Região Taxa de Crescimento Médio Tejo +2,2% Lezíria do Tejo +3,6% Grande Lisboa +3,7% Oeste +7,5% Península de Setúbal +10,6% Ribatejo +2,6% Continente -2,7% Figura 3 Comparação entre a estrutura etária do Ribatejo em 2001 e 2008 Fonte: : INE, Censos 2001, Anuário Estatístico da Região do Alentejo 2008, Anuário Estatístico da Região Centro 2008 Fonte: : INE, Censos 2001, Anuário Estatístico da Região do Alentejo 2008, Anuário Estatístico da Região Centro 2008 15

1.4. Infra-estruturas 1.4.1 Infra-estruturas de Apoio à Envolvente Empresarial o Ribatejo conta com um conjunto de importantes infra-estruturas, a nível de apoio à en - volvente empresarial, as quais podem desempe nhar um papel relevante nos sectores em estudo. Parques de Negócios do Vale do Tejo Os Parques de Negócios são espaços para instalação de empresas que oferecem condições qualificadas e de exigente qualidade no desenvolvimento de actividades empresariais de natureza industrial, logística, comercial e de serviços. Foram já constituídas empresas que são responsáveis pela gestão dos Parques de Negócios da Região (distribuídos pelos Concelhos de Rio Maior, Torres Novas, Santarém, Fátima/Ourém e Cartaxo). Nestes espaços localizar-se-ão: empresas; centro de incubação de empresas; escolas profissionais e/ou tecnológicas; serviços às empresas; escritórios; centro empresarial: salas de formação, salas de reuniões, auditório; área residencial e comercial; estruturas complementares de acolhimento dotadas de: posto de abastecimento; restauração; agências bancárias; cre - ches; e hotel/residencial. NERSANT Associação Empresarial do Ribatejo A NERSANT Associação Empresarial do Ribatejo possui uma forte capacidade empreendedora através dos seus corpos sociais e colaboradores, o que tem permitido a dinamização da Associação e a realização de iniciativas concretas no sentido de promover a capacidade empresarial do Distrito e de se afirmar como a principal associação empresarial do Distrito. A NERSANT possui ainda núcleos locais, fruto da sua política de descentra lização, possuindo infra-estruturas próprias (como auditórios, salas de formação, etc.), nos quais realiza diversas actividades com vista à promoção do desenvolvimento do tecido empresarial e, por conseguinte, ao crescimento sustentado da própria Região. 16

OTIC.IPT A Oficina de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento do Instituto Politécnico de Tomar assume-se como entidade mediadora nas relações entre o meio académico, instituições parceiras, o mundo empresarial e a sociedade em geral, com a finalidade de identificar e promover a transferência e desenvolvimento de ideias e conceitos novos e inovadores (produtos, processos, etc.), contribuindo para um crescente desenvolvimento económico, social e empresarial da Região e do País e promovendo a cultura da Inovação Tecnológica e da Sociedade de Informação e Conhecimento. A oferta tecnológica da Oficina inclui, entre outras temáticas, a computação, a engenharia mecânica, o design de produtos, o mobiliário urbano, a ergonomia e a tecnologia e ciência de materiais. Instituto Nacional de Recursos Biológicos Centro de Actividades Pólo de Investigação da Quinta da Fonte Boa O Centro de Actividades Pólo de Investigação da Quinta da Fonte Boa, antiga Estação Zootécnica Nacional, tem como missão prestar apoio especializado à investigação, experimentação e desenvolvimento nas áreas da produção, reprodução e melhoramento animais, nomeadamente no que concerne à gestão de infra-estruturas e meios de uso comum nestas áreas. É neste centro que se encontra o recentemente inaugurado Banco Português de Germoplasma Animal (BPGA), no qual se pretende preservar o património genético animal português de 46 raças autóctones nacionais, nomeadamente de bovinos, caprinos, ovinos, equídeos, suínos e aves, com o objectivo de se promover investigação na área da genética animal e estudos de aspectos relacionados com a reprodução. LINE.PT Laboratório de Inovação Industrial e Empresarial do Instituto Politécnico de Tomar O LINE.IPT surge para responder às necessidades das empresas relativamente ao desenvolvimento de novos produtos, equipamentos, tecnologias e processos, detendo um forte conhecimento do tecido empresarial da região onde se encontra e contribuindo assim para a competitividade das empresas. 17

Inov.Linea Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar Criado em 2008, o Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar (Inov.Linea), localizado em Abrantes, surge da iniciativa conjunta do Município de Abrantes, da NERSANT, da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, da A. Logos - Associação para o Desenvolvimento de Assessoria e Ensaios Técnicos, da empresa Sistemas e Técnicas Empresariais (STI) e de outras empresas do sector. Assumindo-se como uma oficina tecnológica, tem por objectivo tornar-se o principal pólo de suporte de desenvolvimento na indústria Agro-Alimentar de Portugal, focalizando as indústrias que utilizem métodos produtivos e matérias-primas específicas portuguesas. Neste sentido, pretende responder às necessidades tecnológicas do País e da Região. No que respeita às actividades desenvolvidas pelo Inov.Linea, o Centro divide-se em três grandes áreas de actuação: nos processos industriais correntes e na inovação do produto e processo. Ao nível da intervenção nos processos industriais correntes, o centro pretende reunir um conhecimento profundo dos processos de produção adoptados pela indústria, dando particular atenção aos produtos específicos do mercado e tradição nacionais e regio - nais e contribuindo para a formação dos quadros e operadores. Relativamente às actividades no domínio da inovação do produto, o centro pretende acompanhar as tendências de mercado e apoiar a criação de produtos totalmente inovadores e o desenvolvimento de novas embalagens, facilitando a adequação dos produtos às exigências do mercado de exportação. Por fim, ao nível da inovação de processo, a sua intervenção poderá incidir na alteração, melhoramento ou mesmo modificação de processos de produção para uma maior qualidade ou redução de custos de transformação, na divulgação, junto das empresas, das novas tecnologias de produção e processo e no apoio à implementação de sistemas como o Good Manufacturing Practice (GMP) e o Hazard Analysis and Critical Control Point (HAC- CP). 18

Tagusvalley Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Tecnopolo do Vale do Tejo A Tagusvalley é uma Associação que, entre outros objectivos, visa prestar serviços de inovação e desenvolvimento tecnológico, dinamizar as relações entre entidades e empresas na área do conhecimento e promover actividades de investigação e formação com interesse empresarial. A Tagusvalley inclui um Parque Tecnológico que oferece às empresas e aos intervenientes económicos e sociais da região, um conjunto de infra-estruturas de acolhimento e serviços de alta qualidade e inovação e promove a inovação, a investigação e o desenvolvimento tecnológico orientado para as actividades económicas regionais em coope ração e estreita ligação com instituições académicas e científicas locais, nacionais e internacionais. Esta infra-estrutura, localizada em Abrantes, apresenta-se como um instrumento privilegiado para promover a inovação e internacionalização das PME da Região e reforçar a atractividade do território para novas empresas. DET Desenvolvimento Empresarial e Tecnológico, S.A. A DET Desenvolvimento Empresarial e Tecnológico, S.A. é uma incubadora de empresas, cujas actividades incluem a prestação de serviços às empresas e o apoio à criação, expansão, modernização e desenvolvimento de pequenas e médias empresas, visando a promoção do desenvolvimento económico dos Distritos de Santarém e Leiria e do concelho de Azambuja, através da criação de novos postos de trabalho. Os serviços prestados por esta entidade incluem: Tutoria e Acompanhamento; Consultoria; Formação e Apoio às empresas em criação na obtenção de financiamentos externos. CIN.IPT O Centro de Incubação de Ideias e Negócios do Instituto Politécnico de Tomar (CIN.IPT) é uma estrutura informal integrada no IPT que visa contribuir para o fomento de iniciativas empresariais inovadoras e para o desenvolvimento de produtos inovadores, de interesse quer para o IPT quer para a região em que se encontra inserido. O CIN.IPT tem por missão contribuir para transformar o tecido empresarial e as organizações em geral, da região em que o IPT se insere, promovendo uma cultura de inovação, qualidade, rigor e empreendedorismo, assente num sólido relacionamento ensino superior/empresa e actuando em três frentes que se reforçam e complementam: 1) investigação, desenvolvimento tecnológico, consultoria e serviços especializados, 2) incubação de ideias e empresas e 3) formação especializada e divulgação de ciência e tecnologia. 19

Centro de Empresas de Constância No âmbito das suas actividades, a NERSANT criou, em 2003, o Centro de Empresas de Constância, em parceria com o Município de Constância, que tem como objectivo incrementar e facilitar a instalação de empresas na Região. 1.4.2 Infra-estruturas de Ensino e Formação O Ribatejo possui 381 escolas pré-escolares, 511 escolas de Ensino Básico, 45 de Ensino Se - cun dário e 10 de Ensino Superior (Figura 4). No que respeita ao Ensino Básico, existe pelo menos uma escola deste nível em cada freguesia, sendo que, para o Ensino Secundário, existe pelo menos uma escola em cada um dos 22 concelhos da região. Figura 4 Estabelecimentos de ensino no Ribatejo em 2008 Tabela 5 Estabelecimentos de ensino superior no Ribatejo ENSINO SUPERIOR PÚBLICO POLITÉCNICO Instituto Politécnico de Santarém: Escola Superior Agrária de Santarém; Escola Superior de Desporto de Rio Maior; Escola Superior de Educação de Santarém; Escola Superior de Gestão de Santarém. INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR: * Escola Superior de Gestão de Tomar; * Escola Superior de Tecnologia de Abrantes; * Escola Superior de Tecnologia de Tomar. ENSINO SUPERIOR PARTICULAR E COOPERATIVO UNIVERSITÁRIO Instituto Superior de Línguas e Administração de Santarém Fonte: : INE, Anuário Estatístico da Região do Alentejo 2008, Anuário Estatístico da Região Centro 2008 A nível de Ensino Superior, a região possui quatro institutos que integram várias escolas superiores, distribuídas pelas cidades de Santarém, Rio Maior, Abrantes e Tomar (Tabela 5). ENSINO SUPERIOR PARTICULAR E COOPERATIVO POLITÉCNICO Instituto Superior de Educação de Torres Novas 20

No que respeita a instituições de formação, existem actualmente 12 Escolas Profissionais, distribuídas por diversos concelhos da região (Tabela 6). Tabela 6 Escolas Profissionais no Ribatejo O Ribatejo conta ainda com importantes infraestruturas de apoio tanto ao nível da envolvente empresarial como ao nível do turismo e lazer, entre outras, que contribuem para refor çar o seu potencial em termos de competitividade no mercado nacional e/ou global. Escola Profissional de Coruche Escola Profissional de Ourém Escola Profissional de Rio Maior Escola Profissional de Salvaterra de Magos Escola Profissional de Tomar Escola Profissional de Torres Novas Escola Profissional de Tremês Escola Profissional do Vale do Tejo Escola Profissional de Tomar Escola Profissional de Fátima Escola Profissional do Entroncamento Escola Profissional de Abrantes 1.5. Sectores de Actividade o Ribatejo caracteriza-se pela forte dinâmica de alguns sectores de actividade, entre os quais se destacam os seguintes: Agricultura A Lezíria do Tejo detém a nível nacional os melhores solos para a prática agrícola. Nesta sub-região é principalmente explorado o potencial da policultura de regadio (culturas arven - ses e horto-industriais), da vinha, da pecuária semi-intensiva, da silvo-pastorícia, da fruticultura e da horticultura. É também de destacar a longa tradição vinícola da região e a sua apetência para produzir vinhos de qualidade, sendo que os vinhos Ribatejanos assumem uma parcela cada vez mais significativa na produção vinícola nacional. Maior concentração: Lezíria do Tejo 21

Agro-indústria Em virtude das excelentes condições existentes na região para a prática agrícola, nomeadamente a existência de extensões de terrenos de grande fertilidade, bem como dos bons recursos hídricos (percorrida pelos rios Tejo, Nabão, Almonda e Zêzere) verifica-se uma forte implementação das agro-indústrias. Este é um dos principais sectores exportadores da região. Maior concentração: Almeirim Cartaxo Coruche Rio Maior Automóvel A indústria automóvel encontra suporte na tradição do Ribatejo em actividades de fundição e de travamento de metais. A indústria automóvel é o principal sector de exportação da região. Maior concentração: Abrantes Azambuja Benavente Curtumes e Têxteis A indústria dos curtumes tem especial tradição no Ribatejo, sendo que 80% das empresas de curtumes nacionais se situam em Alcanena. Embora tradicionalmente este sector esteja muito ligado à indústria do calçado, tem sido feito um esforço positivo de diversificação para outros sectores de actividade, nomeadamente para o automóvel, mobiliário e moda. Outras aplicações importantes residem na produção de biodiesel a partir dos resíduos sólidos da indústria dos curtumes e o desenvolvimento e produção de nanorevestimentos (artigos em pele com programas funcionais estão a ser desenvolvidas em coope-ração com o CTIC). Maior concentração: Alcanena Exploração Florestal Ao nível da floresta verifica-se que 10% da floresta nacional se localiza no Ribatejo, assegurando 27% da produção de cortiça e 10% da produção de madeiras e resinas. Maior concentração: Abrantes Benavente Chamusca Coruche Ferreira do Zêzere - Sardoal 22

Madeira, Mobiliário e Papel Em especial no Médio Tejo, o coberto florestal suporta actividades de serração e carpintaria e fabrico de aglomerados de madeira, de mobiliário e de pasta de papel. A madeira, mobiliário e papel têm um peso bastante significativo nas exportações da região. Maior concentração: Chamusca Constância Tomar Torres Novas Almeirim Alpiarça Coruche Ferreira do Zêzere Mação Ourém Salvaterra de Magos Sardoal Metalomecânica O sector da metalomecânica tem um peso considerável na indústria do Ribatejo. Este sector compreende um vasto conjunto de segmentos que fornecem o sector industrial, quer o extractivo, quer o transformador e também outros importantes sectores como o agrícola, a construção civil e o comércio. Maior concentração: Abrantes Benavente Cartaxo Ourém Santarém Tomar Torres Novas Construção Civil O Ribatejo possui um número considerável de empresas relacionadas com a construção ci - vil, que se subdividem em três áreas: promoção imobiliária, actividades especializadas de construção e engenharia civil. Esta última área tem particular expressão no que respeita à intensidade de mão-de-obra. Maior concentração: Santarém Ourém Almeirim - Benavente Minerais Não Metálicos Os elementos decorativos em pedra, revestimentos, lareiras, telhas etc., estão a alimentar uma indústria em crescimento e que, juntamente com o fornecimento de pedra de calçada, tem um potencial significativo, apesar do baixo valor acrescentado que representa. Maior concentração: Rio Maior Santarém 23