As mudanças da alíquota de ICMS na unificação para 4% sobre os produtos importados e seus reflexos para as operações com outros Estados



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Transcrição:

As mudanças da alíquota de ICMS na unificação para 4% sobre os produtos importados e seus reflexos para as operações com outros Estados Exatus Assessoria Empresarial JUL/2013 1

PROGRAMA 1. Introdução 2. Benefícios Fiscais concedidos sem autorização do CONFAZ 3. Alíquotas de ICMS para operações interestaduais 4. Histórico das mudanças 5. Aplicação da nova alíquota de ICMS para produtos importados 6. Casos em que não se aplicam a nova alíquota 7. Não Aplicação de benefícios fiscais já concedidos 8. Conteúdo de importação 9. Ficha de Conteúdo de Importação (FCI) 10. Prazo de manutenção dos documentos 11. Novos códigos de Situação Tributária (CST) 12. Preenchimento da Nota Fiscal Eletrônica 13. Incidência do Diferencial de alíquota 14. Cálculo da substituição tributária 15. Problemas encontrados na aplicação dos 4% 16. Legislações referentes aos assuntos abordados 2

1. Introdução Há muito tempo que se vem discutindo sobre a guerra fiscal entre os Estados, principalmente no que diz respeito aos incentivos fiscais ao ICMS. Estes incentivos fazem com que muitas empresas mudem sua sede ou migrem unidades de negócios de Estado para Estado, buscando benefícios que forneçam uma vantagem competitiva. Muitas vezes por não seguir o mercado em busca destas vantagens, uma empresa pode ficar em desvantagem perante os seus concorrentes, tornando inviável o seu negócio. O benefício concedido as empresas importadoras é um dos mais discutidos atualmente, tendo diversas ações tramitando no judiciário. Com este benefício, os Estados que antes não ganhavam nada na importação de bens, passam a receber uma parte desta arrecadação de ICMS. Importação por SC com transferência para o RS SC para RS 12% - Benefício 9% = 3% para SC Crédito de 12% - ICMS na Venda 17% = 5% para o RS Importação pelo RS e venda no RS RS recebe os 17% Para acabar com esta Guerra Fiscal dos Portos, o Senado Federal aprovou a Resolução nº 13 de 25/04/2012 (anexo I), estabelecendo a 3

alíquota de 4% nas operações interestaduais com produtos importados a partir de 1º de janeiro de 2013. Pela Constituição Federal de 1988 o Senado pode estabelecer as alíquotas de ICMS nas operações interestaduais. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; 2. Benefícios Fiscais concedidos sem autorização do CONFAZ Segundo a Constituição, cabe a Lei Complementar regular a forma como os Estados devem aplicar as isenções, incentivos e outros benefícios fiscais. A Lei Complementar nº 24/75, dispõe que os seguintes benefícios deverão ser concedidos ou revogados através de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e o Distrito Federal: a) isenções; b) reduções de base de cálculo; c) devolução parcial ou total, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; d) créditos presumidos; 4

e) quaisquer outros incentivos ou favores fiscais, que resultem em redução ou eliminação do tributo; f) prorrogações e extensões das isenções. Os benefícios de redução do ICMS para as empresas importadoras não atenderam ao disposto na Lei Complementar 24/75, pois não foram aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária CONFAZ. 3. Alíquotas de ICMS para operações interestaduais Para as operações interestaduais as alíquotas de ICMS aplicáveis são: a) 12% - quando o destinatário for contribuinte do imposto e estiver localizado nos Estados de MG, PR, RJ, SC e SP; b) 7% - quando o destinatário for contribuinte do imposto e estiver localizado nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e no Estado do ES. c) 4% - nas operações com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro:... (novo) Importante: a alíquota interestadual de ICMS somente será utilizada quando a mercadoria for destinada a contribuinte localizado em outro Estado. Caso o destinatário seja não contribuinte, aplica-se a alíquota interna do Estado. (Constituição Federal de 1988, art. 155, 2º, VII, a e b ) 5

4. Histórico das mudanças Conforme prevê a Resolução nº 13 do Senado Federal, a alíquota de ICMS de 4%, incidente sobre bens e mercadorias importados do exterior entrou em vigor em 1º de janeiro de 2013. Na resolução está previsto que o CONFAZ poderia editar normas para fins de definição de critérios e procedimentos, no processo de certificação do Conteúdo de importação. No mês de novembro foram publicados os Ajustes SINIEF nºs 19 e 20, com procedimentos para aplicação da nova alíquota. No mês de dezembro surgiram notícias de que poderia haver uma prorrogação da entrada em vigor, porém com a publicação do Ajuste SINIEF nº 27 de 24/12, regulamentando mais alguns pontos da nova alíquota, soube-se que não haveria nenhum tipo de prorrogação. O Governo do Estado do RS antes do final do ano, mas precisamente entre os dias 27 e 31/12 publicou o Decreto nº 49.982 e a Instrução Normativa nº 99, regulamentando a nova alíquota. Desta forma, a partir de 1º de janeiro de 2013 estava confirmada a entrada em vigor da nova alíquota ICMS. No mês de maio de 2013 foi revogado o Ajuste Sinief 19/2012 que regulamentava a aplicação da nova alíquota de ICMS para os produtos importados, sendo publicado em seu lugar o Convênio ICMS nº 38, cujas alterações modificaram as informações obrigatórias em nota fiscal e o preenchimento da FCI. 6

5. Aplicação da nova alíquota de ICMS para produtos importados A nova alíquota deve ser aplicada as saídas interestaduais de bens e mercadorias importados do exterior, que após o seu desembaraço aduaneiro: a) não tenham sido submetidos a processo de industrialização; b) ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40%. 6. Casos em que não se aplicam a nova alíquota A alíquota interestadual de 4% não se aplica; a) aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, conforme lista editada pela Câmara de Comércio Exterior CAMEX; b) aos bens produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e as Leis nºs 8.248/91, 8.387/91, 10.176/2001 e 11.484/2007; c) ás operações que destinem gás natural importado do exterior a outros Estados. Para fins da não aplicação da alíquota de 4% sobre bens e mercadorias sem similar nacional, o CAMEX editou a Resolução nº 79/2012, especificando quais seriam os bens e mercadorias abrangidos, sendo 7

que na página do CAMEX já foi publicada a listagem consolidada dos bens e mercadorias sem similar nacional. (disponível em http://www.camex.gov.br/conteudo/exibe/area/0/menu/78) A listagem divulgada pelo CAMEX não contempla todas as hipóteses de dispensa da aplicação da nova alíquota, sendo que para os bens e mercadorias que foram objeto de concessão de ex-tarifário previsto no inciso III, art. 1º da Resolução nº 79 da CAMEX foi editada uma lista pelo Ministério do Desenvolvimento, indústria e Comércio Exterior. (disponível em http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1357569810.pdf) Importante: As mercadorias em estoque em 31/12/2012 devem ser tributadas pela nova alíquota. 7. Não Aplicação de benefícios fiscais já concedidos Na operação interestadual com bem ou mercadoria importados do exterior, ou com conteúdo de importação, sujeitos à alíquota do ICMS de 4%, não se aplica benefício fiscal, anteriormente concedido, exceto se: a) de sua aplicação em 31 de dezembro de 2012 resultar carga tributária menor que 4%; b) tratar-se de isenção. Importante: Na hipótese da letra a, deverá ser mantida a carga tributária prevista na data de 31 de dezembro de 2012. 8. Conteúdo de importação O Conteúdo de Importação a que se refere o inciso II do 1º da RESOLUÇÃO DO SENADO Nº 13/2012, é o percentual correspondente 8

ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização. EXEMPLO: Parcela importada R$ 15.000,00 Valor da saída interestadual R$ 27.000,00 Conteúdo de importação R$ 15.000,00 / R$ 27.000,00 = 55,56% O conteúdo de importação deverá ser recalculado sempre que, após a sua última aferição, a mercadoria ou o bem objeto de operação interestadual tenha sido submetido a novo processo de industrialização. Considera-se: a) Valor da parcela importada do exterior, quando os bens ou mercadorias forem: i. Importados diretamente pelo industrializador: o valor aduaneiro, assim entendido como a soma do valor FOB do bem ou mercadoria importada e os valores do frete e seguro internacional; ii. Adquiridos no mercado nacional: 1. Não submetidos a industrialização no território nacional, o valor do bem ou mercadoria informado no documentos fiscal emitido pelo remetente, excluídos os valores do ICMS e do IPI; 2. Submetidos à industrialização no território nacional, com Conteúdo de Importação superior a 40%, o valor do bem ou mercadoria informado no documento fiscal emitido pelo remetente, excluídos os valores do ICMS e IPI, observando-se o disposto no 3º da cláusula quarta; 9

b) Valor total da operação de saída interestadual, o valor total do bem ou da mercadoria, na operação própria do remetente, excluídos os valores de ICMS e IPI. Para fins do cálculo do conteúdo de importação, o adquirente no mercado nacional, de bem ou mercadoria com Conteúdo de Importação, deverá considerar: a) Como nacional, quando o conteúdo de importação for de até 40%; b) Como 50% nacional e 50% importada, quando o conteúdo de importação for superior a 40% e inferior ou igual a 70%; c) Como importada, quando o conteúdo de importação for superior a 70%. Importante: O valor dos bens e mercadorias importados, não sujeitos a alíquota de 4% de ICMS não são considerados no cálculo do valor da parcela importada. (sem similar nacional, produzidos conforme processo produtivo básico e gás natural) 9. Ficha de Conteúdo de Importação (FCI) No caso de operações com bens ou mercadorias importados que tenham sido submetidos a processo de industrialização, o contribuinte industrializador deverá preencher a Ficha de Conteúdo de Importação - FCI, conforme modelo do Anexo Único do Convênio ICMS n.º 38/2013, na qual deverá constar: a) A descrição da mercadoria ou bem resultante do processo de industrialização; b) o código de classificação na Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM/SH; c) o código do bem ou da mercadoria; 10

d) o código GTIN (Numeração Global de Item Comercial), quando o bem ou mercadoria possuir; e) a unidade de medida; f) o valor da parcela importada do exterior ; g) o valor total da saída interestadual; h) o conteúdo de importação calculado nos termos da cláusula quarta do convênio. Regras de apresentação da FCI A FCI deverá ser preenchida e entregue de forma individualizada por bem ou mercadoria produzidos, utilizando-se o valor unitário, que será calculado pela média aritmética ponderada, praticado no penúltimo período de apuração. Não havendo saída interestadual no penúltimo período de apuração, o valor total das saídas interestaduais deverá ser informado com base nas saídas internas, excluindo-se os valores de ICMS e IPI. Se não tiver ocorrido operação de importação ou saída interna no penúltimo período de apuração, para a informação dos valores de parcela importada e saída interestadual será considerado o último período anterior em que tenha ocorrido a operação. Deverá ser apresentada mensalmente, sendo dispensada nova apresentação nos períodos subseqüentes enquanto não houver alteração do percentual do conteúdo de importação que implique alteração da alíquota interestadual. Cada unidade da federação poderá, a seu critério, instituir a obrigatoriedade de apresentação da FCI e sua informação em nota fiscal nas operações internas. O Rio Grande do Sul estará exigindo também nas operações internas. 11

A FCI será enviada digitalmente a unidade da federação de origem, com assinatura digital do contribuinte, sendo que a informação será disponibilizada aos Estados envolvidos. Depois de enviado o arquivo com a FCI, será expedido recibo de entrega e número de controle, o qual deverá ser indicado nas notas fiscais de saída. A apresentação da FCI é obrigatória a partir de 1º de agosto de 2013. Modelo FCI ANEXO ÚNICO Ficha de Conteúdo de Importação - FCI Razão Social Endereço Município UF Insc. Estadual CNPJ DADOS DO BEM OU MERCADORIA RESULTANTE DA INDUSTRIALIZAÇÃO Descrição da mercadoria Código NCM Código da mercadoria F.C.I. Nº Código GTIN Conteúdo Unidade de medida de Importação (C.I.) % Valor da parcela importada do exterior Valor Total da saída interestadual 10. Prazo de manutenção dos documentos O contribuinte que realize operações interestaduais com bens e mercadorias importados ou com Conteúdo de Importação deverá manter sob sua guarda pelo período decadencial os documentos comprobatórios do valor da importação ou, quando for o caso, do cálculo do Conteúdo de Importação, contendo no mínimo: a) A descrição das matérias-primas, materiais secundários, insumos, partes e peças, importados ou que tenham Conteúdo de 12

Importação, utilizados ou consumidos no processo de industrialização, informando, ainda: I. o código de classificação na Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM/SH; II. o código GTIN (Numeração Global de Item Comercial), quando o bem ou mercadoria possuir; III. As quantidades e os valores; b) O Conteúdo de Importação calculado nos termos da cláusula quarta do Convênio ICMS nº 38/2013, quando existente; c) o arquivo digital da FCI, quando for o caso. 11. Novos códigos de Situação Tributária (CST) Para poder colocar em prática a nova alíquota de ICMS, os Estados precisaram alterar a tabela A do Código de Situação Tributária CST. O código CST é formatado por duas tabelas, a tabela A que corresponde a origem da mercadoria e a tabela B, que define a tributação do ICMS: TABELA A - ORIGEM DA MERCADORIA Vigente até 31/12/2012 0 - Nacional 1 - Estrangeira Importação direta 2 - Estrangeira Adquirida no mercado interno TABELA B - TRIBUTAÇÃO PELO ICMS 00 - Tributada integralmente 10 - Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária 20 - Com redução de base de cálculo 30 - Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária 13

40 - Isenta 41 - Não tributada 50 - Suspensão 51 - Diferimento 60 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária 70 - Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária 90 - Outras TABELA A - ORIGEM DA MERCADORIA Vigente a partir de 01/01/2013 0 Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3 a 5; 1 Estrangeira Importação direta, exceto a indicada no código 6; 2 Estrangeira Adquirida no mercado interno, exceto a indicada no código 7; 3 Nacional mercadoria ou bem com conteúdo de importação superior a 40%; 4 Nacional cuja produção tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decr. Lei nº 288/97, e as Leis nºs 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e 11.484/07; 5 Nacional Mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou igual a 40%; 6 Estrangeira Importação direta, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX e gás natural; 7 Estrangeira Adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX e gás natural. OBS.: A tabela B Tributação pelo ICMS não sofreu alteração para 2013. 14

12. Preenchimento da Nota Fiscal Eletrônica Nas operações internas e interestaduais com mercadorias ou bens importados, que tenham sido submetidos a processo de industrialização, deverá ser informado na NF-e o nº da FCI e o Conteúdo de Importação expresso em percentual. Enquanto não forem criados campos próprios na NF-e, deverão ser informados no campo Informações Adicionais, por mercadoria ou bem, o número da FCI e o percentual correspondente ao valor da parcela importada, com a expressão: Resolução do Senado Federal nº 13/12, Número da FCI. Parcela importada. Caso tenha saída de bem ou mercadoria importados não submetidos a industrialização, deverá ser informado o número do FCI e o percentual de conteúdo de importação contido no documento fiscal relativo a operação anterior. O percentual do conteúdo de importação na nota fiscal deverá ser informado utilizando-se os seguintes valores: a) 0% - quando o conteúdo de importação for de até 40%; b) 50% - quando o conteúdo de importação for superior a 40% e inferior ou igual a 70%; c) 100% - quando o conteúdo de importação for superior a 70%. Tabela A CST x Alíquota de ICMS Interestadual 15

TABELA A - CST 0 - Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3 a 5 1 - Estrangeira - Importação direta, exceto a indicada no código 6; 2 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno, exceto a indicada no código 7; 3 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento); 4 - Nacional, cuja produção tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e as Leis nºs 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e 11.484/07; 5 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou igual a 40% (quarenta por cento); 6 - Estrangeira - Importação direta, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX; 7 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX. Alíquota de ICMS Interestadual 12% ou 7% 4% 4% 4% 12% ou 7% 12% ou 7% 12% ou 7% 12% ou 7% 16

13. Incidência do Diferencial de alíquota O Decreto 46.137 de 14/01/2009 instituiu alterações nas operações com mercadorias oriundas de fora do estado. Desde 01/02/2009 todas as empresas com atividade COMERCIAL que recebem mercadorias de fora do estado devem pagar o diferencial de alíquota, independente da sua tributação, recaindo para as empresas categorias GERAL e do SIMPLES NACIONAL. O valor do imposto é calculado mediante a aplicação da alíquota interna do RS, deduzindo o valor do ICMS já destacado no documento fiscal do fornecedor. Então nos cabe ressaltar que com a mudança da alíquota sobre produtos importados adquiridos de fora do estado o diferencial de alíquota será maior, ou seja, aumentando os custos das empresas. Exemplo: Até 31/12/2012: 12% alíquota interestadual 17% alíquota interna = 5% diferencial de alíquota 12% alíquota interestadual 25% alíquota interna = 13% diferencial de alíquota Produtos Importados: 4% alíquota interestadual 17% alíquota interna = 13% diferencial de alíquota 4% alíquota interestadual 25% alíquota interna = 21% diferencial de alíquota 17

Até 31/12/2012: COMPRA R$ 5.000.00 X 12% = 600,00 ALIQUOTA INTERESTADUAL COMPRA R$ 5.000,00 X17% = 850,00 ALIQUOTA INTERNA RS DIFERENCIAL DE ALIQUOTA ERÁ R$ 850,00 600,00 = R$ 250,00 A RECOLHER A PARTIR DE 01/01/2013 COMPRA R$ 5.000.00 X 4%= 200,00 ALIQUOTA INTERESTADUAL COMPRA R$ 5.000,00 X17% = 850,00 ALIQUOTA INTERNA RS DIFERENCIAL DE ALIQUOTA ERÁ R$ 850,00 600,00 = R$ 650,00 A RECOLHER O DIFAL será recolhido pelas empresas categoria GERAL até o dia 12 do mês seguinte as entradas de mercadorias no estabelecimento. Já para as empresas do SIMPLES NACIONAL o DIFAL será recolhido até o dia 20 do segundo mês subseqüente as entradas de mercadorias no estabelecimento. 14. Cálculo da substituição tributária Nas operações com vendas para fora do Estado e compras de outros Estados sujeitas a substituição tributária, também ocorrerá uma mudança significativa no calculo. 18

Até 31/12/2012 para o estado de SP de um determinado produto. Exemplo de cálculo: R$100,00 x 12% = R$12,00 (ICMS próprio). R$100,00 + R$10,00 (IPI)= R$110,00 R$ 110,00 x 1,4595%( MVA ) = R$160,55 x 18% (alíquota interna de SP) = R$ 28,90 R$ 28,90 - R$12,00 = R$ 16,90 (ICMS "ST"). TOTAL DA NOTA R$ 100,00 + 10,00 + 16,90 = 126,90 A partir de 01/01/2013 Exemplo de calculo R$ 100,00 x 4% = 4,00 (ICMS próprio) R$100,00 + R$10,00 (IPI) = R$110,00 R$ 110,00 x 1,4595% ( MVA ) = R$160,55 x 18% (alíquota interna de SP) = R$ 28,90 R$ 28,90 - R$ 4,00 = R$24,90 (ICMS "ST"). TOTAL DA NOTA R$ 100,00 + 10,00 + 24,90 = 134,90 Diferença de R$ 8,00 que será retido do cliente na venda. Nas operações de compras o cálculo será o inverso, nas aquisições de mercadorias que não estejam sujeitas a ST nos Estados fornecedores e que estejam enquadradas no RS. Até 31/12/2012 para o estado de SP de um determinado produto. Exemplo de cálculo: R$100,00 x 12% = R$12,00 (ICMS próprio) R$100,00 + R$10,00 (IPI) = R$110,00 19

R$ 110,00 x 1,4595% (MVA) = R$ 160,55 x 17% (alíquota interna de RS) = R$ 27,29 R$ 27,29 - R$12,00 = R$15,29 (ICMS "ST"). A RECOLHER POR GUIA GNRE A partir de 01/01/2013 Exemplo de calculo R$ 100,00 x 4% = 4,00 (ICMS próprio) R$100,00 + R$10,00 (IPI) = R$110,00 R$ 110,00 x 1,4595% (MVA) = R$160,55 x 17% (alíquota interna de RS) = R$ 27,29 R$ 27,29 - R$ 4,00 = R$ 23,29 (ICMS "ST"). A RECOLHER POR GUIA GNRE 15. Problemas encontrados na aplicação dos 4% Recebimento de notas com crédito incorreto O recebimento de notas fiscais com o destaque incorreto do ICMS nas notas fiscais poderá gerar vários transtornos ao contribuinte, como: a) Autuação por apropriação de crédito indevido: caso o contribuinte faça o crédito de 12% para mercadorias que deveriam ter crédito somente de 4% b) Cobrança do diferencial de alíquota e/ou substituição tributária complementar: se a mercadoria vier com ICMS de 12% destacado, mas o correto seria 4%, a empresa estará 20

obrigada a recolher um valor complementar referente ao diferencial de alíquota ou substituição tributária. c) Creditamento de valor inferir ao correto: ao receber uma nota com 4% de ICMS, quando o correto seria 12% o contribuinte pode estar perdendo 8% de crédito, ou seja, aumenta o custo da compra. Acumulo de créditos quando vendas para fora do estado As empresas importadoras ou que trabalhem com mercadorias importadas, sujeitas ao ICMS de 4%, se tiverem a maior parte de seus clientes em outros estados podem ter problemas de caixa, pois poderão acumular créditos de ICMS em conta corrente. Para estas situações, deve ser avaliada a abertura de uma filial no Estado de maior volume de operações, com importação diretamente por esta filial. Desconto a ser aplicado no preço de venda / compra Esta mudança vai necessitar muita atenção dos compradores e responsáveis pela área de custos e preço de venda, pois as compras que vierem com ICMS de 4% e que antes vinham a 12%, devem no mínimo ter um desconto de 8%. Sugerimos que todas as compras sejam revisadas e os custos de compras revistos, caso necessário. O mesmo cuidado vale para os responsáveis por montar o preço de venda, pois a aplicação do ICMS de 4% indica uma redução no preço. 21

16. Legislações referentes aos assuntos abordados ANEXO I RESOLUÇÃO Nº 13, DE 2012 Faço saber que o Senado Federal aprovou, e eu, Marta Suplicy, Primeira Vice- Presidente, no exercício da Presidência, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo a seguinte O Senado Federal resolve: Estabelece alíquotas do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior. Art. 1º A alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior, será de 4% (quatro por cento). 1º O disposto neste artigo aplica-se aos bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro: I - não tenham sido submetidos a processo de industrialização; II - ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento). 2º O Conteúdo de Importação a que se refere o inciso II do 1º é o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem. 3º O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) poderá baixar normas para fins de definição dos critérios e procedimentos a serem observados no processo de Certificação de Conteúdo de Importação (CCI). 4º O disposto nos 1º e 2º não se aplica: I - aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, a serem definidos em lista a ser editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) para os fins desta Resolução; II - aos bens produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, e as Leis nºs 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, 10.176, de 11 de janeiro de 2001, e 11.484, de 31 de maio de 2007. Art. 2º O disposto nesta Resolução não se aplica às operações que destinem gás natural importado do exterior a outros Estados. Art. 3º Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2013. 22

Senado Federal, em 25 de abril de 2012. Senadora MARTA SUPLICY Primeira Vice-Presidente do Senado Federal, no exercício da Presidência 23

ANEXO II CONVÊNIO ICMS 123, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2012 Publicado no DOU de 09.11.12 Dispõe sobre a não aplicação de benefícios fiscais de ICMS na operação interestadual com bem ou mercadoria importados submetidos à tributação prevista na Resolução do Senado Federal nº 13/12. O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, na sua 183ª reunião extraordinária, realizada em Brasília, DF, no dia 7 de novembro de 2012, tendo em vista o disposto na Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, e o disposto na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, resolve celebrar o seguinte C O N V Ê N I O Cláusula primeira Na operação interestadual com bem ou mercadoria importados do exterior, ou com conteúdo de importação, sujeitos à alíquota do ICMS de 4% (quatro por cento) prevista na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, não se aplica benefício fiscal, anteriormente concedido, exceto se: I - de sua aplicação em 31 de dezembro de 2012 resultar carga tributária menor que 4% (quatro por cento); II - tratar-se de isenção. Parágrafo único. Na hipótese do inciso I do caput, deverá ser mantida a carga tributária prevista na data de 31 de dezembro de 2012. Cláusula segunda Este convênio entra em vigor na data da publicação de sua ratificação nacional, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013. 24

ANEXO III AJUSTE SINIEF 19, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2012 Publicado no DOU de 09.11.12 Dispõe sobre procedimentos a serem observados na aplicação da tributação pelo ICMS prevista na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012. O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, na sua 183ª reunião extraordinária, realizada em Brasília, DF, no dia 7 de novembro de 2012, conforme os arts. 102 e 199 do Código Tributário Nacional (Lei n 5.1 72, de 25 de outubro de 1966), e tendo em vista o disposto na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, resolve celebrar o seguinte A J U S T E Cláusula primeira A tributação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS - de que trata a Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, dar-se-á com a observância ao disposto neste ajuste. Cláusula segunda A alíquota do ICMS de 4% (quatro por cento) aplica-se nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior que, após o desembaraço aduaneiro: I - não tenham sido submetidos a processo de industrialização; II - ainda que submetidos a processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento). Cláusula terceira Não se aplica a alíquota do ICMS de 4% (quatro por cento) nas operações interestaduais com: I - bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, definidos em lista editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior - CAMEX - para os fins da Resolução do Senado Federal nº 13/2012; II - bens e mercadorias produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, e as Leis nºs 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, 10.176, de 11 de janeiro de 2001, e 11.484, de 31 de maio de 2007; III - gás natural importado do exterior. Cláusula quarta Conteúdo de Importação é o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização. 1º O Conteúdo de Importação deverá ser recalculado sempre que, após sua última aferição, a mercadoria ou bem objeto de operação interestadual tenha sido submetido a novo processo de industrialização. 2º Considera-se: 25

I - valor da parcela importada do exterior, o valor da importação que corresponde ao valor da base de cálculo do ICMS incidente na operação de importação conforme descrito no art. 13, inciso V, da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996; II - valor total da operação de saída interestadual, o valor total do bem ou da mercadoria incluídos os tributos incidentes na operação própria do remetente. Cláusula quinta No caso de operações com bens ou mercadorias importados que tenham sido submetidos a processo de industrialização, o contribuinte industrializador deverá preencher a Ficha de Conteúdo de Importação - FCI, conforme modelo do Anexo Único, na qual deverá constar: NCM/SH; I - descrição da mercadoria ou bem resultante do processo de industrialização; II - o código de classificação na Nomenclatura Comum do MERCOSUL - III código do bem ou da mercadoria; IV - o código GTIN (Numeração Global de Item Comercial), quando o bem ou mercadoria possuir; V unidade de medida; VI valor da parcela importada do exterior ; VII valor total da saída interestadual; VIII conteúdo de importação calculado nos termos da cláusula quarta. 1º Com base nas informações descritas nos incisos I a VIII do caput, a FCI deverá ser preenchida e entregue, nos termos da cláusula sexta: I - de forma individualizada por bem ou mercadoria produzidos; II - utilizando-se o valor unitário, que será calculado pela média aritmética ponderada, praticado no último período de apuração. 2º Deverá ser apresentada nova FCI toda vez que houver alteração em percentual superior a 5 % (cinco por cento) no Conteúdo de Importação ou que implique alteração da alíquota interestadual aplicavel à operação. 3º No preenchimento da FCI deverá ser observado ainda o disposto em Ato COTEPE/ICMS. Cláusula sexta O contribuinte sujeito ao preenchimento da FCI deverá prestar a informação à unidade federada de origem por meio de declaração em arquivo digital com assinatura digital do contribuinte ou seu representante legal, certificada por entidade credenciada pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 1º O arquivo digital de que trata o caput deverá ser enviado via internet para o ambiente virtual indicado pela unidade federada do contribuinte por meio de protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária. 2º Uma vez recepcionado o arquivo digital pela administração tributária, será automaticamente expedido recibo de entrega e número de controle da FCI, o qual deverá ser indicado pelo contribuinte nos documentos fiscais de saída que realizar com o bem ou mercadoria descrito na respectiva declaração. 3º A informação prestada pelo contribuinte será disponibilizada para as unidades federadas envolvidas na operação. 26

4º A recepção do arquivo digital da FCI não implicará reconhecimento da veracidade e legitimidade das informações prestadas, ficando sujeitas à homologação posterior pela administração tributária. Cláusula sétima Deverá ser informado em campo próprio da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e: I - o valor da parcela importada do exterior, o número da FCI e o Conteúdo de Importação expresso percentualmente, calculado nos termos da cláusula quarta, no caso de bens ou mercadorias importados que tenham sido submetidos a processo de industrialização no estabelecimento do emitente; II - o valor da importação, no caso de bens ou mercadorias importados que não tenham sido submetidos a processo de industrialização no estabelecimento do emitente. Cláusula oitava O contribuinte que realize operações interestaduais com bens e mercadorias importados ou com Conteúdo de Importação deverá manter sob sua guarda pelo período decadencial os documentos comprobatórios do valor da importação ou, quando for o caso, do cálculo do Conteúdo de Importação, contendo no mínimo: I - descrição das matérias-primas, materiais secundários, insumos, partes e peças, importados ou que tenham Conteúdo de Importação, utilizados ou consumidos no processo de industrialização, informando, ainda; NCM/SH; a) o código de classificação na Nomenclatura Comum do MERCOSUL - b) o código GTIN (Numeração Global de Item Comercial), quando o bem ou mercadoria possuir; c) as quantidades e os valores; existente; II - Conteúdo de Importação calculado nos termos da cláusula quarta, quando III o arquivo digital de que trata a cláusula quinta, quando for o caso. Cláusula nona As Secretarias de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação das unidades federadas prestarão assistência mútua para a fiscalização das operações abrangidas por este ajuste, podendo, também, mediante acordo prévio, designar funcionários para exercerem atividades de interesse da unidade federada junto às repartições da outra. Cláusula décima Enquanto não forem criados campos próprios na NF-e, de que trata a cláusula sétima, deverão ser informados no campo Informações Adicionais, por mercadoria ou bem o valor da parcela importada, o número da FCI e o Conteúdo de Importação ou o valor da importação do correspondente item da NF-e com a expressão: Resolução do Senado Federal nº 13/12, Valor da Parcela Importada R$, Número da FCI, Conteúdo de Importação %, Valor da Importação R$. Cláusula décima primeira As disposições contidas neste ajuste aplicam-se aos bens e mercadorias importados, ou que possuam Conteúdo de Importação, que se encontrarem em estoque em 31 de dezembro de 2012. Parágrafo único. Na impossibilidade de se determinar o valor da importação ou do Conteúdo de Importação, o contribuinte poderá considerar o valor da última importação. Cláusula décima segunda Este ajuste entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013. 27

ANEXO IV AJUSTE SINIEF 20, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2012 Publicado no DOU de 09.11.12 Altera o Convênio s/nº, que instituiu o Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais - SINIEF -, relativamente ao Anexo Código de Situação Tributária. O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, na sua 183ª reunião extraordinária, realizada em Brasília, DF, no dia 7 de novembro de 2012, tendo em vista o disposto no art. 199 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), e na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, resolve celebrar o seguinte A J U S T E Cláusula primeira A Tabela A - Origem da Mercadoria ou Serviço, do Anexo Código de Situação Tributária do Convênio s/nº, de 15 de dezembro de 1970, que instituiu o Sistema Integrado de Informações Econômico-Fiscais - SINIEF passa a viger com a seguinte redação: "Tabela A - Origem da Mercadoria ou Serviço 0 - Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3 a 5; 1 - Estrangeira - Importação direta, exceto a indicada no código 6; 2 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno, exceto a indicada no código 7; 3 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento); 4 - Nacional, cuja produção tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e as Leis nºs 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e 11.484/07; 5 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou igual a 40% (quarenta por cento); 6 - Estrangeira - Importação direta, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX; 7 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX.". Cláusula segunda A Nota Explicativa do Anexo Código de Situação Tributária do Convênio s/nº, de 15 de dezembro de 1970, fica acrescida dos itens 2 e 3 com as seguintes redações, numerando-se o item já existente para item 1: 2. O conteúdo de importação a que se referem os códigos 3 e 5 da Tabela A é aferido de acordo com normas expedidas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ. 3. A lista a que se refere a Resolução do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior - CAMEX -, de que tratam os códigos 6 e 7 da Tabela A, contempla, nos termos da Resolução do Senado Federal nº 13/12, os bens ou mercadorias importados sem similar nacional.. Cláusula terceira Este ajuste entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013. 28

ANEXO V AJUSTE SINIEF 27, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2012 Publicado no DOU de 24.12.12 Adia o início da obrigatoriedade de preenchimento e entrega da Ficha de Conteúdo de Importação, prevista no Ajuste SINIEF 19/12, e dá outras providências. O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, na sua 186ª reunião extraordinária, realizada em Brasília, DF, no dia 21 de dezembro de 2012, conforme os arts 102. 199 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), resolve celebrar o seguinte: A J U S T E Cláusula primeira Fica adiado para o dia 1º de maio de 2013 o início da obrigatoriedade de preenchimento e entrega da Ficha de Conteúdo de Importação (FCI), prevista nas cláusulas quinta e sexta do Ajuste SINIEF 19, de 7 de novembro de 2012. Parágrafo único. Fica dispensada também, até a data referida no caput, a indicação do número da FCI na nota fiscal eletrônica (NF-e) emitida para acobertar as operações a que se refere o mencionado Ajuste. Cláusula segunda Acordam os Estados e o Distrito Federal que a verificação do cumprimento das obrigações acessórias instituídas no âmbito do Ajuste SINIEF 19/12 terá, até o dia 1º de abril de 2013, caráter exclusivamente orientador, salvo nos casos de dolo, fraude ou simulação devidamente comprovados pelo Fisco. Cláusula terceira Este ajuste entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial da União. 29

ANEXO VI DECRETO Nº 49.982, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2012. (DOE 27/12/12) Modifica o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS). O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado, D E C R E T A: Art. 1º -Com fundamento na Resolução nº 13, do Senado Federal, publicada no Diário Oficial da União de 26/04/12, e no Ajuste SINIEF 19/12, publicado no Diário Oficial da União de 09/11/12, ficam introduzidas as seguintes alterações no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 37.699, de 26/08/97: ALTERAÇÃO Nº 3820 - Fica acrescentado o inciso III ao art. 26 do Livro I com a seguinte redação: "III - 4% (quatro por cento), nas operações com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro: NOTA 01 - A alíquota prevista neste inciso não se aplica: a) aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, a serem definidos em lista a ser editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex); b) aos bens produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei Federal nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, e as Leis Federais nos 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, 10.176, de 11 de janeiro de 2001, e 11.484, de 31 de maio de 2007; c) às operações que destinem gás natural importado do exterior a outras unidades da Federação. NOTA 02 - O contribuinte deverá observar o disposto em instruções baixadas pela Receita Estadual. a) não tenham sido submetidos a processo de industrialização; b) ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento). NOTA 01 - O Conteúdo de Importação a que se refere esta alínea é o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização. NOTA 02 - O Conteúdo de Importação deverá ser recalculado sempre que, após sua última aferição, a mercadoria ou bem objeto de operação interestadual tenha sido submetido a novo processo de industrialização. NOTA 03 - Para fins da nota 01, considera-se: 30

a) valor da parcela importada do exterior, o valor da importação que corresponde ao valor da base de cálculo do ICMS incidente na operação de importação conforme descrito no art. 16, III; b) valor total da operação de saída interestadual, o valor total do bem ou da mercadoria incluídos os tributos incidentes na operação própria do remetente." Art. 2º - Com fundamento no disposto no Convênio ICMS 123/12, ratificado nos termos da Lei Complementar Federal nº 24, de 07/01/75, conforme Ato Declaratório CONFAZ nº 18, publicado no Diário Oficial da União de 04/12/12, ficam introduzidas as seguintes alterações no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 37.699, de 26/08/97: ALTERAÇÃO Nº 3821 - Fica acrescentado o 7º ao art. 23 do Livro I, conforme segue: " 7º - A partir de 1º de janeiro de 2013, não se aplicam as reduções de base de cálculo previstas neste artigo às operações interestaduais com bem ou mercadoria importados do exterior sujeitas à alíquota de 4% (quatro por cento), conforme previsto no inciso III do art. 26, exceto se de sua aplicação em 31 de dezembro de 2012 resultar carga tributária menor que 4% (quatro por cento), hipótese em que deverá ser mantida a carga tributária prevista nessa data." ALTERAÇÃO Nº 3822 - Fica acrescentada a nota 06 ao "caput" do art. 32 do Livro I, conforme segue: "NOTA 06 - A partir de 1º de janeiro de 2013, não se aplicam os créditos fiscais presumidos previstos neste artigo às operações interestaduais com bem ou mercadoria importados do exterior sujeitas à alíquota de 4% (quatro por cento), conforme previsto no inciso III do art. 26, exceto se de sua aplicação em 31 de dezembro de 2012 resultar carga tributária menor que 4% (quatro por cento), hipótese em que deverá ser mantida a carga tributária prevista nessa data." Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013. PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 31

Porto Alegre, 28 de dezembro de 2012. ANEXO VII INSTRUÇÃO NORMATIVA RE Nº 099/12 (DOE 31/12/12) Introduz alteração na Instrução Normativa DRP nº 45/98, de 26/10/98. O SUBSECRETÁRIO DA RECEITA ESTADUAL, no uso de atribuição que lhe confere o artigo 6º, VI, da Lei Complementar nº 13.452, de 26/04/10, introduz as seguintes alterações na Instrução Normativa DRP nº 45/98, de 26/10/98 (DOE 30/10/98): 1. No Capítulo IV do Título I, com fundamento nos Ajustes SINIEF 19/12 (DOU 09/11/12) e 27/12 (DOU 24/12/12), fica acrescentada a Seção 4.0 com a seguinte redação: "4.0 - OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM MERCADORIAS IMPORTADAS (RICMS, Livro I, art. 26, III) 4.1 - O contribuinte que realizar operações interestaduais com bens ou mercadorias importados, cuja alíquota aplicável na operação seja de 4% (quatro por cento), nos termos do RICMS, Livro I, art. 26, III, deverá observar o disposto nesta Seção. 4.2 - O contribuinte deverá informar no campo "INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES" da NFe, por mercadoria ou bem, o valor da parcela importada e o Conteúdo de Importação ou o valor da importação do correspondente item da NFe com a expressão: "Resolução do Senado Federal nº 13/12, Valor da Parcela Importada R$, Conteúdo de Importação %, Valor da Importação R$ ". 4.3 - O contribuinte deverá manter sob sua guarda pelo prazo decadencial os documentos comprobatórios do valor da importação ou, quando for o caso, do cálculo do Conteúdo de Importação, contendo no mínimo: a) a descrição das matérias-primas, materiais secundários, insumos, partes e peças, importados ou que tenham Conteúdo de Importação, utilizados ou consumidos no processo de industrialização, informando, ainda; 1 - o código de classificação na NBM/SHNCM; 2 - o código GTIN (Numeração Global de Item Comercial), quando o bem ou mercadoria possuir esse código; 3 - as quantidades e os valores; b) o Conteúdo de Importação, calculado nos termos RICMS, Livro I, art. 26, III, "b", notas 01 a 03. 4.4 - As disposições contidas nesta Seção aplicamse aos bens e mercadorias importados, ou que possuam Conteúdo de Importação, que se encontrarem em estoque em 31 de dezembro de 2012. 4.4.1 - Na impossibilidade de se determinar o valor da importação ou do Conteúdo de Importação, o contribuinte poderá considerar o valor da última importação." 2. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013. RICARDO NEVES PEREIRA, Subsecretário da Receita Estadual. 32

ANEXO VIII RESOLUÇÃO Nº 79, DE 1 DE NOVEMBRO DE 2012 (Publicada no D.O.U. de 07/11/2012) Dispõe sobre a lista de bens sem similar nacional a que se refere o inciso I do 4º do art. 1º da Resolução do Senado nº 13, de 25 de abril de 2012. O PRESIDENTE DO CONSELHO DE MINISTROS DA CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR - CAMEX, no uso da atribuição que lhe confere o inciso VI do art. 7º do Anexo da Resolução CAMEX nº 11, de 25 de abril de 2005, com redação da Resolução CAMEX nº 31, de 25 de abril de 2012, ouvidos os respectivos membros, e considerando o disposto no inciso I do 4º do art. 1º da Resolução do Senado nº 13, de 25 de abril de 2012, resolve: Art. 1º Para fins exclusivamente do disposto no inciso I do 4º do art. 1º da Resolução do Senado nº 13, de 2012, a lista de bens e mercadorias importados do exterior sem similar nacional compõe-se de: I - bens e mercadorias sujeitos a alíquota de zero ou dois por cento do Imposto de Importação, conforme previsto nos anexos I, II e III da Resolução Camex nº 94, de 8 de dezembro de 2011, e que estejam classificados nos capítulos 25, 28 a 35, 37 a 40, 48, 54 a 56, 68 a 70, 72 e 73, 84 a 88 e 90 da NCM ou nos códigos2603.00.10, 2613.10.10, 2613.10.90, 8101.10.00, 8101.94.00, 8102.10.00, 8102.94.00, 8106.00.10, 8108.20.00, 8109.20.00, 8110.10.10, 8112.21.10, 8112.21.20, 8112.51.00. II - bens e mercadorias relacionados em destaques Ex constantes do anexo da Resolução Camex nº 71, de 14 de setembro de 2010; e III - bens e mercadorias objeto de concessão de ex-tarifário em vigor estabelecido na forma das Resoluções Camex nº 35, de 22 de novembro de 2006, e nº 17, de 3 de abril de 2012. Parágrafo único. A relação de bens referente ao inciso III será elaborada pela Secretaria de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Art. 2º A Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior disponibilizará em seu sítio eletrônico (http://www.camex.gov.br) a lista consolidada referente ao art. 1º desta Resolução. Parágrafo único. A disponibilização em sítio eletrônico não substitui os textos publicados no Diário Oficial da União. Art. 3º Também serão considerados sem similar nacional os bens e mercadorias cuja inexistência de produção nacional tenha sido atestada pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em procedimento específico de licenciamento de importação de bens usados ou beneficiados pela isenção ou redução do imposto de importação a que se refere o art. 118 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013. FERNANDO DAMATA PIMENTEL 33

CONVÊNIO ICMS 38, DE 22 DE MAIO DE 2013 Publicado no DOU de 23.05.13 Dispõe sobre procedimentos a serem observados na aplicação da tributação pelo ICMS prevista na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, e autoriza a remissão de crédito tributário na hipótese em que especifica. O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, na sua 195ª reunião extraordinária, realizada em Brasília, DF, no dia 22 de maio de 2013, tendo em vista o disposto nos arts. 102 e 199 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional - CTN), na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, e na Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, resolve celebrar o seguinte C O N V Ê N I O Cláusula primeira A tributação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS - de que trata a Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, dar-se-á com a observância ao disposto neste convênio. Cláusula segunda A alíquota do ICMS de 4% (quatro por cento) aplica-se nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior que, após o desembaraço aduaneiro: I - não tenham sido submetidos a processo de industrialização; II - ainda que submetidos a processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento). Cláusula terceira Não se aplica a alíquota do ICMS de 4% (quatro por cento) nas operações interestaduais com: I - bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, definidos em lista editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior - CAMEX - para os fins da Resolução do Senado Federal nº 13/2012; II - bens e mercadorias produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, e as Leis nºs 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, 10.176, de 11 de janeiro de 2001, e 11.484, de 31 de maio de 2007; III - gás natural importado do exterior. Cláusula quarta Conteúdo de Importação é o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização. 1º O Conteúdo de Importação deverá ser recalculado sempre que, após sua última aferição, a mercadoria ou bem objeto de operação interestadual tenha sido submetido a novo processo de industrialização. 2º Considera-se: 34