Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica



Documentos relacionados
O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU

Incretinomiméticos e inibidores de DPP-IV

Protocolo para controle glicêmico em paciente não crítico HCFMUSP

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Proteger nosso. Futuro

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA

Terapia personalizada para paciente com diabetes complexa na prática de clínica geral

Conheça mais sobre. Diabetes

O Diabetes Tipo 2 em Pacientes com Doença Renal Crônica: Estratégias e Opções de Tratamento

DIABETES E CIRURGIA ALVOS DO CONTROLE GLICÊMICO PERIOPERATÓRIO

Tratamento de diabetes: insulina e anti-diabéticos. Profa. Dra. Fernanda Datti

O que Clínicos Gerais Precisam Saber sobre o Uso Seguro e Eficiente de GLP-1 RAs?

DIABETES MELLITUS. Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

EXERCÍCIO E DIABETES

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

Estudo mostra que LANTUS ajudou pacientes com Diabetes Tipo 2 a atingirem a meta recomendada pela ADA para o controle de açúcar no sangue

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

Diário da Diabetes. Automonitorizar a sua glicemia. Como a HbA1c corresponde à média a da glicose sanguínea. Valores de glicemia

Na diabetes e dislipidemia

O que é diabetes mellitus tipo 2?

Diabetes Gestacional

Os mais recentes avanços em insulinoterapia

AS MODERNAS INSULINAS

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Aspectos Práticos do Início da Terapia do Diabetes com Agonistas do Receptor do GLP-1

Veículo: Jornal da Comunidade Data: 24 a 30/07/2010 Seção: Comunidade Vip Pág.: 4 Assunto: Diabetes

24 de Outubro 5ª feira insulinoterapia Curso Prático Televoter

APRESENTAÇÕES Comprimidos revestidos de 100 mg e 300 mg de canagliflozina em embalagens com 10 e 30 comprimidos.

FORXIGA (dapagliflozina)

Transplante de rim. Perguntas frequentes. Avitum

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

Elevação dos custos do setor saúde

INTRODUÇÃO. Diabetes & você

RESPOSTA RÁPIDA 219/2014 Insulina Glargina (Lantus ) e tiras reagentes

Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Comprimidos Revestidos 10 mg e 25 mg

Diário do diabetes no dia a dia

NIMEGON SCHERING-PLOUGH INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA. Comprimidos Revestidos. 50 mg e 100 mg

PALAVRAS CHAVE Diabetes mellitus tipo 2, IMC. Obesidade. Hemoglobina glicada.

ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE ABORDAGEM TERAPÊUTICA

RESPOSTARÁPIDA 36/2014 GALVUS MET, PIOTAZ, CANDESARTAN, LEVOID, ROSTATIN

predisposição a diabetes, pois Ablok Plus pode mascarar os sinais e sintomas da hipoglicemia ou causar um aumento na concentração da glicose

Pesquisa revela que um em cada 11 adultos no mundo tem diabetes

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes

Convivendo bem com a doença renal. Guia de Nutrição e Diabetes Você é capaz, alimente-se bem!

à diabetes? As complicações resultam da de açúcar no sangue. São frequentes e graves podendo (hiperglicemia).

3. Cópia dos resultados dos principais exames clínicos e os relacionados à obesidade Hemograma Glicemia Colesterol Triglicérides T3 T4 TSH

Programa Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) Campanha de Prevenção e Controle de Hipertensão e Diabetes

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade?

Os efeitos endocrinológicos na cirurgia da obesidade.

Modelo de Atenção às Condições Crônicas. Seminário II. Laboratório de Atenção às Condições Crônicas. O caso da depressão. Gustavo Pradi Adam

VOCÊ CUIDA DO SEU DIABETES, A GENTE CUIDA DE VOCÊ.

Diretrizes Assistenciais. Medicina Psicossomática e Psiquiatria

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS)

Linha de Cuidado da Obesidade. Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.

DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL

Hipert r en e são ã A rteri r a i l

Pedro e Lucas estão sendo tratados com. Profilaxia

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

Cefaleia crónica diária

DIABETES TIPO 2 PREVALÊNCIA DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM. Paula Bogalho. S. Endocrinologia Diabetes e Metabolismo

Élsio Paiva Nº 11 Rui Gomes Nº 20 Tiago Santos Nº21. Disciplina : Área de Projecto Professora : Sandra Vitória Escola Básica e Secundária de Fajões

RESPOSTA RÁPIDA /2014

Guia do Paciente DAPAGLIFLOZINA

Diário de Glicemia. Uma ferramenta para ajudar no controle da glicemia

Sessão Televoter Diabetes

Polimialgia reumática e arterite temporal Resumo de diretriz NHG M92 (fevereirio 2010)

Sessão Televoter Diabetes

A SAÚDE DO OBESO Equipe CETOM

Que tipos de Diabetes existem?

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL

ATIVIDADE FÍSICA E DIABETES. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

A pessoa dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e colegas de trabalho.

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo

Diário da diabetes CONTROLAR A DIABETES. Este diário pertence a:

Benestare policabofila cálcica. Medley Indústria Farmacêutica Ltda. Comprimido revestido 625 mg

Diretrizes. Terapia Anti-hiperglicêmica Metas Glicêmicas. Opções Terapêuticas Mudanças no Estilo de Vida

Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Comprimidos Revestidos 10 mg e 25 mg

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004)

Quais são os sintomas? O sucesso no controle do diabetes depende de quais fatores? O que é monitorização da glicemia? O que é diabetes?

MITOS NA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo

Anexo I. Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado

TIREÓIDE. O que é tireóide?

Módulo 4. Construindo uma solução OLAP

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

Transcrição:

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica Apoiado por e subvenção educacional independente da Novo Nordisk www.medscape.org/viewarticle/824363

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica www.medscape.org/viewarticle/824363 Público-alvo Esta atividade educacional é destinada a um público internacional de profissionais de saúde fora dos EUA, especificamente os médicos de cuidados primários, diabetologistas, endocrinologistas, cardiologistas, internistas, e outros profissionais de saúde envolvidos no tratamento de pacientes com diabetes melito tipo 2 (T2DM). Meta O objetivo desta atividade é analisar os desafios de tratamento envolvendo o uso de agonistas de receptor peptide-1 (GLP-1) semelhante a glucagon para pacientes com TDM2 na atenção primária. Objetivos do aprendizado Após a conclusão desta atividade, os participantes serão capazes de: Diferenciar o modo de ação de terapias à base de incretinas de outros agentes antihiperglicêmicos Aplicar a evidência atual sobre os efeitos glicêmicos e não glicêmicos dos agonistas de receptor de GLP-1 em relação a outros agentes e através da progressão de TDM2 Integrar o conhecimento da segurança e tolerabilidade dos agonistas de receptor de GLP-1 em planos de cuidados individualizados de TDM2 Informações sobre o Editor e Declarações Legais Anne M. Sendaydiego, PharmD, Diretor Científico, WebMD Global, LLC Anne M. Sendaydiego, PharmD, não declarou relações financeiras relevantes. Autor: John R. Petrie, MD, PhD, Professor de Medicina Diabética, Institute of Cardiovascular and Medical Sciences da Universidade de Glasgow, Glasgow, Reino Unido Divulgação: John R. Petrie, MD, PhD, revelou as seguintes relações financeiras relevantes. Atuou como conselheiro ou consultor para: Amere; Amgen Inc.; Astellas Pharma, Inc.; AstraZeneca Pharmaceuticals LP; Bristol - Myers Squibb Company; Daiichi Sankyo, Inc.; GlaxoSmithKline; Novo Nordisk; Roche; Sanofi; Takeda Pharmaceuticals North America, Inc. Serviu como um orador ou um membro de um departamento de oradores para: GlaxoSmithKline; Novo Nordisk Apoio em espécie para estudo de REMOÇÃO - Fornecimento de medicamentos (Merck Serono) O Dr. Petrie não tem intenção de discutir usos de medicamentos sem indicação, dispositivos mecânicos, biológicos ou diagnósticos aprovados pela Agência Europeia de Medicamentos. E O Dr. Petrie não tem intenção de discutir medicamentos de investigação, dispositivos mecânicos, biológicos ou diagnósticos que não foram aprovados pela Agência Europeia de Medicamentos. Pg.2

www.medscape.org/viewarticle/824363 O Desafio de Prática Medscape é uma atividade baseada em casos que incorpora feedback baseado em consequência e orientação de especialistas ao mesmo tempo em que desafia você com questões de decisões clínicas baseadas na prática. Tomar uma decisão incorreta resulta em feedback do porquê a decisão foi incorreta e as consequências clínicas desta decisão; você terá a oportunidade de voltar ao ponto da decisão clínica para fazer uma escolha mais informada. Ao observar os resultados do paciente potencial em um ambiente de aprendizado com base em casos, você pode analisar objetivamente o sucesso e/ou consequências de suas decisões clínicas. Além das questões sobre decisão clínica, cada caso também inclui questões que testam seus conhecimentos. Após selecionar a resposta de sua escolha para estas questões, você verá a escolha da resposta correta, como seus colegas responderam à mesma questão, e uma explicação que suporta a resposta correta. O Desafio de Prática Medscape foi criado para suportar recuperação de conhecimentos futuros em circunstâncias do mundo real, que são a base do aprimoramento de sua competência e desempenho clínico. Caso 1 : Jack é um homem de 56 anos com diabetes melito tipo 2 (T2DM), hipertensão, e hiperlipidemia. Caso 2 : Rebecca é uma mulher de 78 anos com T2DM, hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e doença renal crônica (DRC) leve a moderada. Caso 1: Jack Jack é um homem de 56 anos com T2DM que foi diagnosticado há aproximadamente 4 anos. Ele veio para seu check-up anual. Além de T2DM, ele tem histórico de hipertensão e hiperlipidemia. Jack está tomando vários medicamentos (Tabela 1) que toma com bom cumprimento da dosagem e horário do dia. Ele visitou o enfermeiro de diabetes na semana passada para coletar sangue para seus exames de laboratório, e agora você o atende com os resultados e para discutir o tratamento. Seu exame físico estava normal, mas ele não se exercita muito e se beneficiaria se perdesse peso (Tabela 2). Você observa que a hemoglobina glicosada (HbA1c) de Jack está muito alta (63 mmol/mol [7,9%]) (Tabela 3). Tabela 1. Medicamentos de Jack Medicação Metformina Lisinopril Atorvastatina Dose 1000 mg bid 10 mg qd 20 mg qd Bid = duas vezes ao dia; qd = uma vez ao dia Pg.3

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica Tabela 2. Apresentação Clínica de Jack Sinais vitais Altura Peso Índice de massa corporal Pressão arterial Frequência cardíaca 172 cm 88 kg 29,75 kg/m² 134/86 mm Hg 76 batimentos/min Exame físico Pele Neurológico Cardiovascular Respiratório Abdominal Músculo-esquelético Olhos Ouvido, nariz e garganta Pés Normal Normal Normal Normal Normal Normal Miopia (óculos nos últimos 4 anos) Normal Normal Tabela 3. Resultados laboratoriais de Jack Parâmetro Valor HbA1c 63 mmol/mol (7,9%) FPG LDL-C HDL-C Triglicerídios Creatinina plasmática 5,5 mmol/l (101 mg/dl) 3,5 mmol/l (135 mg/dl) 0,7 mmol/l (27 mg/dl) 3,7 mmol/l (325 mg/dl) 90,5 µmol/l (1,02 mg/dl) egfr 80 ml/min/1,73 m² ACR < 10 mg/g creatinina ACR = taxa urinária albumina:creatinina; egfr = taxa de filtração glomerular estimada; FPG = glicose plasmática em jejum; HbA1c = hemoglobina glicada; HDL-C = lipoproteína-colesterol de alta densidade; LDL-C = lipoproteína-colesterol de baixa densidade Você recomenda que Jack acrescente um segundo agente antihiperglicêmico a seu regime de diabetes, uma das mais novas terapias com aumento de incretina. Pg.4

www.medscape.org/viewarticle/824363 CASO 1 : Teste Seus Conhecimentos Pergunta 1 Pergunta: Qual das seguintes afirmações sobre o mecanismo de terapias à base de incretina para tratamento hiperglicêmico em pacientes com T2DM é verdadeira? Respostas: <<A>> Elas estimulam a liberação de insulina de maneira independente de glicose <<B>> Elas estimulam a liberação de insulina e glucagon <<C>> Elas estimulam a liberação de insulina e inibem a liberação de glucagon <<D>> Elas removem um mecanismo de feedback negativo para aumentar a liberação de insulina Explicação da Resposta: Peptídeo-1 semelhante a glucagon (GLP-1), um hormônio de incretina com múltiplos efeitos fisiológicos [1,2] é importante para a regulação da homeostase da glicose. O GLP-1 estimula a liberação de insulina e diminui a secreção de glucagon de maneira dependente da glicose, resultando em diminuição nos níveis de glicose sanguínea. [1] Duas classes de agentes antihiperglicêmicos estão disponíveis atualmente que aumentam a concentração de GLP-1 em pacientes com T2DM. Inibidores da dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) fornecem níveis fisiológicos de GLP-1, enquanto agonistas do receptor de GLP-1 fornecem níveis suprafisiológicos ou farmacológicos de GLP-1, resultando em maior estimulação de receptores GLP-1 e diferentes efeitos fisiológicos. [3] Você pede a Jack que marque uma consulta com o enfermeiro de diabetes para discutir um plano de dieta e exercícios. Jack está disposto a tomar outro agente antihiperglicêmico para ajudar a controlar seu nível de açúcar no sangue; porém, ele preferiria permanecer em terapia oral. CASO I: Pergunta de Decisão Clínica 1 Pergunta: Qual recomendação relacionada ao tratamento de diabetes de Jack você faria neste momento? Respostas: <<A>> Adicionar um inibidor de DPP-4 <<B>> Adicionar uma meglitinida (glinida) <<C>> Adicionar uma sulfonilureia (SU) <<D>> Adicionar uma tiazolidinediona (TZD) Explicação de Consequência e Resposta para a escolha correta <<A>>: Consequência: Você adiciona um inibidor de DPP-4. Nos próximos 3 meses, o HbA1c de Jack diminuiu para 57 mmol/mol (7,4%), e seu peso corporal não mudou. Explicação da Resposta: De acordo com o posicionamento da Associação Americana de Diabetes/Associação Europeia para Estudo de Diabetes (ADA/EASD) sobre o gerenciamento de hiperglicemia em T2DM, se a monoterapia com metformina não alcançar a meta de HbA1c, a adição de 1 de 5 opções de tratamento, incluindo uma SU/glinida, TZD, inibidor de DPP-4, agonista de receptor de GLP-1, ou insulina basal, deve ser combinada com metformina [4]. A importância da eficácia glicêmica, risco de hipoglicemia, efeito sobre o peso corporal, maiores efeitos colaterais, e custos da droga são destacados no posicionamento, e cada classe de droga está associada a diferentes vantagens e desvantagens (Tabela 4). [4,5]. A escolha deve ser baseada nas características do paciente e da droga, com a meta de melhorar o controle glicêmico enquanto minimiza a hiperglicemia e outros eventos adversos. [4] Por Jack ser obeso, ele pode se beneficiar de um agente antihiperglicêmico que não afeta adversamente seu peso corporal. Inibidores de DPP-4 têm efeitos neutros sobre o peso corporal, enquanto glinidas, SUs e TZDs estão associados com aumentos no peso corporal. [4] Pg.5

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<B>>: Consequência: Você adiciona uma meglitinida (glinida), que leva a uma redução em HbA1c e um aumento no peso corporal. O HbA1c de Jack é 57 mmol/mol (7,4%), mas ele ganhou 1 kg. Primeira Explicação: Ao mesmo tempo em que uma glinida é um agente antihiperglicêmico eficiente e recomendado pela ADA/ EASD como parte de uma combinação de 2 drogas com metformina, está associada com ganho de peso, o que não é desejável para Jack. [4] Segunda Explicação: <<Usar a Explicação da Resposta Correta acima>> Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<C>>: Consequência: Você adiciona uma SU, que leva a uma redução em HbA1c e um aumento no peso corporal. O HbA1c de Jack é 55 mmol/mol (7,2%), mas ele ganhou 1,5 kg. Primeira Explicação: Ao mesmo tempo em que uma SU é um agente antihiperglicêmico eficiente e recomendado pelo posicionamento da ADA/EASD como parte de uma combinação de 2 drogas com metformina, está associada com ganho de peso, o que não é desejável para Jack. [4] Segunda Explicação: De acordo com o posicionamento da Associação Americana de Diabetes/Associação Europeia para Estudo de Diabetes (ADA/EASD) sobre o gerenciamento de hiperglicemia em T2DM, se a monoterapia com metformina não alcançar a meta de HbA1c, a adição de 1 de 5 opções de tratamento, incluindo uma SU/glinida, TZD, inibidor de DPP-4, agonista de receptor de GLP-1, ou insulina basal, deve ser combinada com metformina [4]. A importância da eficácia glicêmica, risco de hipoglicemia, efeito sobre o peso corporal, maiores efeitos colaterais, e custos da droga são destacados no posicionamento, e cada classe de droga está associada a diferentes vantagens e desvantagens (Tabela 4). [4,5]. A escolha deve ser baseada nas características do paciente e da droga, com a meta de melhorar o controle glicêmico enquanto minimiza a hiperglicemia e outros eventos adversos. [4] Por Jack ser obeso, ele pode se beneficiar de um agente antihiperglicêmico que não afeta adversamente seu peso corporal. Inibidores de DPP-4 têm efeitos neutros sobre o peso corporal, enquanto glinidas, SUs e TZDs estão associados com aumentos no peso corporal. [4] Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<D>>: Consequência: Você adiciona uma TZD, que leva a uma redução em HbA1c e um aumento no peso corporal. O HbA1c de Jack é 59 mmol/mol (7,5%), mas ele ganhou 1 kg. Primeira Explicação: Ao mesmo tempo em que uma TZD é um agente antihiperglicêmico eficiente e recomendado pelo posicionamento da ADA/EASD como parte de uma combinação de 2 drogas com metformina, está associada com ganho de peso, o que não é desejável para Jack. [4] Pg.6

www.medscape.org/viewarticle/824363 Segunda Explicação: De acordo com o posicionamento da Associação Americana de Diabetes/Associação Europeia para Estudo de Diabetes (ADA/EASD) sobre o gerenciamento de hiperglicemia em T2DM, se a monoterapia com metformina não alcançar a meta de HbA1c, a adição de 1 de 5 opções de tratamento, incluindo uma SU/glinida, TZD, inibidor de DPP-4, agonista de receptor de GLP-1, ou insulina basal, deve ser combinada com metformina [4]. A importância da eficácia glicêmica, risco de hipoglicemia, efeito sobre o peso corporal, maiores efeitos colaterais, e custos da droga são destacados no posicionamento, e cada classe de droga está associada a diferentes vantagens e desvantagens (Tabela 4). [4,5]. A escolha deve ser baseada nas características do paciente e da droga, com a meta de melhorar o controle glicêmico enquanto minimiza a hiperglicemia e outros eventos adversos. [4] Por Jack ser obeso, ele pode se beneficiar de um agente antihiperglicêmico que não afeta adversamente seu peso corporal. Inibidores de DPP-4 têm efeitos neutros sobre o peso corporal, enquanto glinidas, SUs e TZDs estão associados com aumentos no peso corporal. [4] Tabela 4. Medicações para Diminuição de Glicose Usadas em T2DM Classe Terapêutica Exemplos de Medicações Eficácia Risco de Hipoglicemia Peso Biguanidas Metformina Alto Baixo Neutro Sulfonilureias Glipizida, glimepirida Alto Moderado Aumento Meglitinidas (glinidas) Repaglinida Alto Moderado Aumento Tiazolidinedionas Pioglitazona Alto Baixo Aumento Inibidores da α-glucosidase Acarbose Moderado Baixo Neutro Inibidores de DPP-4 Linagliptina, sitagliptina, saxagliptina Moderado Baixo Neutro Agonistas de receptor de GLP-1 Exenatida, liraglutida, lixisenatida Alto Baixo Diminuição Inibidores de SGLT2 Dapagliflozina Moderado Baixo Diminuição Insulinas Glargina Alto Alto Aumento DPP-4 = dipeptidil peptidase-4; GLP-1 = peptídeo-1 semelhante a glucagon; SGLT2 = cotransportador-2 de glicose sódica; T2DM = diabetes mellitus tipo 2 Dados de Inzucchi SE, et al [4] e Raskin P. [5] Pg.7

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica Pelos próximos 12 meses, você observa um declínio no HbA1c de Jack; porém, ele está frustrado porque não conseguiu perder peso (Tabela 5). Jack é vendedor e acha difícil se exercitar e comer uma dieta balanceada com seu esquema extenso de viagens. Você sugere que Jack tente outro tipo de terapia à base de incretina, um agonista de receptor de GLP-1, que ainda o ajudará a controlar seu açúcar no sangue mas também pode ajudá-lo a perder peso (Tabela 6). [3,6,9] Você diz a Jack para parar de tomar seu inibidor de DPP-4, dá a ele uma prescrição para liraglutida uma vez ao dia, e pede que ele marque uma consulta com o enfermeiro de diabetes para discutir a administração da droga e potenciais eventos adversos. Tabela 5. HbA1c, Peso Corporal e Pressão Arterial de Jack nos Últimos 12 Meses Intervalo de Tempo HbA1c Peso Pressão arterial Atual 56 mmol/mol (7,3%) 90 kg 136/86 mm Hg 3 meses antes 55 mmol/mol (7,2%) 89 kg 134/86 mm Hg 6 meses antes 55 mmol/mol (7,2%) 88 kg 134/84 mm Hg 9 meses antes 56 mmol/mol (7,3%) 87 kg 130/84 mm Hg 12 meses antes (primeira consulta) 63 mmol/mol (7,9%) 88 kg 134/86 mm Hg HbA1c = hemoglobina glicada Pg.8

www.medscape.org/viewarticle/824363 Tabela 6. Comparação entre Agonistas de Receptor de GLP-1 e Inibidores de DPP-4 Intervalo de Tempo Insulina Glucagon HbA1c Agonistas de receptor de GLP-1 Aumento da secreção (dependente de glicose) Diminuição da secreção (dependente de glicose) Diminuição para 11-21 mmol/mol (1,0%-1,9%) Inibidores de DPP-4 Aumento da secreção (dependente de glicose) Diminuição da secreção (dependente de glicose) Diminuição para 7-10 mmol/mol (0,6%-0,9%) Peso Apetite Esvaziamento gástrico Hipoglicemia Lipídios SBP Frequência cardíaca Redução Redução Lento Taxas baixas Diminuição Diminuição Aumento Neutro Sem efeito Sem efeito Taxas baixas Sem efeito Sem efeito Sem efeito DPP-4 = dipeptidil peptidase-4; GLP-1= peptídeo-1 semelhante a glucagon; HbA1c = hemoglobina glicada; SBP = pressão arterial sistólica Dados de Gallwitz B [3] ; Davidson JA [6,7] ; Montanya E[8]; e Petrie JR. [9] CASO 1 : Teste Seus Conhecimentos Pergunta 2 Pergunta: Qual das seguintes afirmações relacionadas à incidência de eventos gastrointestinais adversos (GI) em pacientes tratados com agonistas do receptor de GLP-1 é verdadeira? Respostas: <<A>> Em estudos clínicos com agonistas de receptor de GLP-1, a incidência de náusea foi aproximadamente 20-30% <<B>> A incidência de náusea é maior na iniciação da droga e cai com o tempo <<C>> Comparados a agentes de duração mais curta, agonistas de receptor de GLP-1 de duração mais longa estão associadas a mais eventos adversos GI <<D>> Ao mesmo tempo em que eventos GI são comuns, os eventos adversos mais comuns associados a agonistas de receptor de GLP-1 são reações no local da injeção Explicação da Resposta: Eventos adversos GI, incluindo náuseas, vômitos e diarreia, são os eventos adversos mais comuns associados a agonistas de receptor de GLP-1. [6] Sua incidência é geralmente mais comum com agonistas de receptor de GLP-1 de curta duração comparados a agentes de duração mais longa. Em estudos clínicos de agonistas de receptor de GLP-1, a incidência de náuseas foi aproximadamente 40-50% em pacientes tratados com exenatida, [10] aproximadamente 21% em pacientes tratados com liraglutida, [11] e aproximadamente 20% em pacientes tratados com exenatida LAR. [12] A maioria dos episódios de náusea associados a agonistas de receptor de GLP-1 são de intensidade leve a moderada, ocorrendo mais frequentemente no início do tratamento e caindo com o tempo. [13] Infelizmente, na próxima semana, Jack estará fora da cidade em uma viagem de negócios urgente, e ele perderá sua consulta com o enfermeiro de diabetes. Jack lê a literatura fornecida pela farmácia e decide iniciar a liraglutida em sua viagem de negócios. Três semanas depois, Jack liga para você reclamando de náusea persistente e dispepsia durante a maior parte do dia, especialmente após uma refeição. Jack está tomando liraglutida a uma dose de 1,8 mg uma vez ao dia há aproximadamente 3 semanas. Pg.9

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica CASO I: Pergunta de Decisão Clínica 2 Pergunta: Qual ajuste você faz aos medicamentos de diabetes? Respostas: <<A>> Não faço nenhum ajuste neste momento <<B>> Continuo a liraglutida e adiciono gengibre ou uma medicação herbal para minimizar a náusea <<C>> Descontinuo a liraglutida <<D>> Reduzo a dose da liraglutida e titulo em 2-4 semanas para a dose máxima Explicação de Consequência e Resposta para a escolha correta <<D>>: Consequência: Você direciona Jack a reduzir a dose de liraglutida para 0,6 mg uma vez ao dia e titula pelas próximas 2-4 semanas para a dose máxima de 1,8 mg uma vez ao dia. Além disso, você aconselha Jack a comer até o ponto de saciedade e reduzir o tamanho da porção e teor de gordura de suas refeições. Explicação da Resposta: Os eventos adversos mais comuns associados a agonistas de receptor de GLP-1 são relacionados a GI. [6] Ao mesmo tempo em que esses eventos geralmente são leves, transitórios, e se dissipam com o tempo e o uso contínuo, [6] há estratégias que podem ser empregadas para reduzir a incidência de náuseas em pacientes iniciando um agonista de receptor de GLP-1, incluindo titulação da dose apropriada. A dose inicial recomendada de liraglutida é 0,6 mg uma vez ao dia em relação ao alimento, aumentando para 1,2 mg uma vez ao dia e, baseado na resposta clínica, aumentando para 1,8 mg uma vez ao dia, se necessário, para alcançar bom controle glicêmico (Tabela 7). [10-12] Um mínimo de 1 semana deve ser permitido entre os aumentos da dose. Estratégias para aliviar náusea associada à iniciação de agonistas de receptor de GLP-1 incluem sobretitulação lenta da dose, educação sobre os efeitos colaterais GI para que os pacientes estejam sobreavisados, refeições menores para abordar a sensação de saciedade, aumentar o consumo de fluidos sem açúcares, e diminuir o conteúdo de gordura das refeições. [13-15] Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<A>>: Consequência: Você não faz nenhum ajuste neste momento. Jack continua a ter náusea a dispepsia frequentes e descontinua a liraglutida após mais 1 semana. Primeira Explicação: Múltiplas estratégias estão disponíveis para limitar os eventos adversos GI de agonistas de receptor de GLP- 1. [14,15] Parar a medicação de diabetes de Jack o coloca em risco de hiperglicemia e complicações resultantes. Segunda Explicação: Os eventos adversos mais comuns associados a agonistas de receptor de GLP-1 são relacionados a GI. [6] Ao mesmo tempo em que esses eventos geralmente são leves, transitórios, e se dissipam com o tempo e o uso contínuo, [6] há estratégias que podem ser empregadas para reduzir a incidência de náuseas em pacientes iniciando um agonista de receptor de GLP-1, incluindo titulação da dose apropriada. A dose inicial recomendada de liraglutida é 0,6 mg uma vez ao dia em relação ao alimento, aumentando para 1,2 mg uma vez ao dia e, baseado na resposta clínica, aumentando para 1,8 mg uma vez ao dia, se necessário, para alcançar bom controle glicêmico (Tabela 7). [10-12] Um mínimo de 1 semana deve ser permitido entre os aumentos da dose. Estratégias para aliviar náusea associada à iniciação de agonistas de receptor de GLP-1 incluem sobretitulação lenta da dose, educação sobre os efeitos colaterais GI para que os pacientes estejam sobreavisados, refeições menores para abordar a sensação de saciedade, aumentar o consumo de fluidos sem açúcares, e diminuir o conteúdo de gordura das refeições. [13-15] Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<B>>: Consequência: Jack continua a tomar liraglutida 1,8 mg uma vez ao dia, mas você recomenda adicionar gengibre ou um suplemento herbal para minimizar a náusea. Após 2 semanas, Jack continua a ter náusea e para de tomar a liraglutida. Primeira Explicação: Gengibre não possui efeito sobre náusea induzida, [15] então é improvável que melhores eventos GI associados ao uso de agonistas de receptor de GLP-1. Seconde explication : Les effets indésirables les plus habituels associés aux agonistes de récepteur du GLP-1 sont de nature gastro-intestinale [6]. Bien que ces effets soient généralement faibles, transitoires et qu ils se dissipent au cours du temps et avec l usage [6], certaines stratégies peuvent être utilisées pour réduire l incidence des nausées chez les patients qui commencent la prise d un agoniste de récepteur du GLP-1, y compris une titration appropriée. La dose de départ recommandée pour le liraglutide est de 0,6 mg une fois par jour sans tenir compte de la nourriture, augmentée à 1,2 mg par jour et ensuite à 1,8 mg par jour selon la réponse clinique, si nécessaire, pour obtenir un contrôle de la glycémie approprié (Tableau 7) [10-12]. L augmentation des doses doit être espacée d au moins une semaine. Les stratégies pour soulager les nausées avec le début de l utilisation d agonistes de récepteur du GLP-1 comprennent des augmentations progressives de la dose, une éducation sur les effets secondaires gastro-intestinaux de sorte que les patients soient avertis, des repas plus petits pour répondre aux sensations d avoir le ventre plein, l augmentation de la consommation de liquides sans sucre, et la réduction du contenu lipidique des repas [13,15]. Pg.10

www.medscape.org/viewarticle/824363 Segunda Explicação: Os eventos adversos mais comuns associados a agonistas de receptor de GLP-1 são relacionados a GI. [6] Ao mesmo tempo em que esses eventos geralmente são leves, transitórios, e se dissipam com o tempo e o uso contínuo, [6] há estratégias que podem ser empregadas para reduzir a incidência de náuseas em pacientes iniciando um agonista de receptor de GLP-1, incluindo titulação da dose apropriada. A dose inicial recomendada de liraglutida é 0,6 mg uma vez ao dia em relação ao alimento, aumentando para 1,2 mg uma vez ao dia e, baseado na resposta clínica, aumentando para 1,8 mg uma vez ao dia, se necessário, para alcançar bom controle glicêmico (Tabela 7). [10-12] Um mínimo de 1 semana deve ser permitido entre os aumentos da dose. Estratégias para aliviar náusea associada à iniciação de agonistas de receptor de GLP-1 incluem sobretitulação lenta da dose, educação sobre os efeitos colaterais GI para que os pacientes estejam sobreavisados, refeições menores para abordar a sensação de saciedade, aumentar o consumo de fluidos sem açúcares, e diminuir o conteúdo de gordura das refeições. [13-15] Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<C>>: Consequência: Você recomenda que Jack descontinue a liraglutida. Três meses depois, o HbA1c de Jack subiu para 63 mmol/mol (7,9%). Primeira Explicação: Considerando-se o histórico de Jack e a natureza progressiva de T2DM, ele exige pelo menos uma combinação de 2 drogas para alcançar um controle glicêmico adequado. Parar a liraglutida o coloca em risco de hiperglicemia e complicações resultantes. Segunda Explicação: Os eventos adversos mais comuns associados a agonistas de receptor de GLP-1 são relacionados a GI. [6] Ao mesmo tempo em que esses eventos geralmente são leves, transitórios, e se dissipam com o tempo e o uso contínuo, [6] há estratégias que podem ser empregadas para reduzir a incidência de náuseas em pacientes iniciando um agonista de receptor de GLP-1, incluindo titulação da dose apropriada. A dose inicial recomendada de liraglutida é 0,6 mg uma vez ao dia em relação ao alimento, aumentando para 1,2 mg uma vez ao dia e, baseado na resposta clínica, aumentando para 1,8 mg uma vez ao dia, se necessário, para alcançar bom controle glicêmico (Tabela 7). [10-12] Um mínimo de 1 semana deve ser permitido entre os aumentos da dose. Estratégias para aliviar náusea associada à iniciação de agonistas de receptor de GLP-1 incluem sobretitulação lenta da dose, educação sobre os efeitos colaterais GI para que os pacientes estejam sobreavisados, refeições menores para abordar a sensação de saciedade, aumentar o consumo de fluidos sem açúcares, e diminuir o conteúdo de gordura das refeições. [13-15] Tabela 7. Esquemas de Titulação de Dose Recomendada ao Iniciar um Agonista de Receptor de GLP-1 Agonista de receptor de GLP-1 Exenatida Liraglutida Exenatida LAR Programação de dosagens Iniciar terapia em 5 mcg bid Pode aumentar para 10 mcg bid após 1 mês para melhorar ainda mais o controle glicêmico; doses maiores que 10 mcg bid não são recomendadas Administrar a qualquer momento dentro do período de 60 minutos antes das 2 principais refeições do dia (ex., refeições matinal e noturna) Iniciar terapia em 0,5 mg qd Aumentar após 1 semana para 1,2 mg qd Pode aumentar para 1,8 mg qd para melhorar ainda mais o controle glicêmico; doses maiores que 1,8 mg qd não são recomendadas Pode ser fornecida a qualquer hora do dia, com ou sem refeições Iniciar terapia a 2 mg qw; sobretitulação da dose não é necessária Administrar no mesmo dia todas as semanas Pode ser fornecida a qualquer hora do dia, com ou sem refeições bid = duas vezes ao dia; LAR = liberação de longa duração; qd = uma vez ao dia; qw = uma vez por semana Dados da Agência Europeia de Medicamentos. [10-12] Pg.11

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica Jack segue suas instruções e reinicia sua liraglutida a uma dose de 0,6 mg uma vez ao dia. Os efeitos colaterais GI que ele experimentou em uma dose mais alta desaparecem nos próximos dias. No decorrer das próximas 4 semanas, Jack aumenta sua dose de liraglutida para que agora tome 1,8 mg por dia. Durante este período, Jack também marca uma consulta com o nutricionista para discutir uma dieta e plano de exercícios praticáveis. Nos próximos 4 anos, Jack mantém bom cumprimento de suas medicações para T2DM e outras medicações. Ele não apresenta nenhum evento adverso GI neste período. O HbA1c de Jack está na meta, e ele perdeu 7 kg em seu regime atual de diabetes e seguindo uma dieta saudável e plano de exercícios (Tabela 8). Tabela 8. HbA1c, Peso Corporal e Pressão Arterial de Jack nos Próximos 4 Anos Intervalo de Tempo HbA1c Peso Pressão arterial 12 meses depois 51 mmol/mol (6,8%) 85 kg 132/80 mm Hg 24 meses depois 51 mmol/mol (6,8%) 83 kg 130/80 mm Hg 36 meses depois 50 mmol/mol (6,7%) 82 kg 128/78 mm Hg 48 meses depois 50 mmol/mol (6,7%) 81 kg 128/78 mm Hg HbA1c = hemoglobina glicada Hoje, Jack marca uma consulta com você em sua clínica. Ele está reclamando de náusea, vômito, diarreia, e dor epigástrica severa, que iniciou há 2 dias. O exame físico de Jack revela sensibilidade abdominal e distensão e sons intestinais diminuídos, e sua temperatura é 38,4 C. Você pergunta a ele sobre seu estilo de vida e descobre uma história de consumo excessivo de álcool nos últimos 12 meses (isto é, 1 garrafa de vinho ou vários copos de cerveja na maioria das noites). Jack está deprimido por problemas em casa, e seu trabalho está sendo severamente afetado. CASO I: Pergunta de Decisão Clínica 3 Pergunta: Qual sua recomendação relacionada à terapia de Jack com agonista de receptor de GLP-1? Respostas: <<A>> Não fazer nenhuma mudança neste momento <<B>> Reduzir a dose do agonista de receptor de GLP-1 <<C>> Descontinuar o agonista de receptor de GLP-1 <<D>> Mudar para outro agonista de receptor de GLP-1 Explicação de Consequência e Resposta para a escolha correta <<C>>: Consequência: Você descontinua o agonista de receptor de GLP-1 e faz com que Jack seja imediatamente internado no hospital para avaliação de seus sintomas. Ele é diagnosticado com um episódio de pancreatite aguda secundária ao consumo excessivo de álcool. Sua pancreatite é confirmada com estudos radiológicos. Explicação da Resposta: O risco de pancreatite aguda é maior em pacientes com T2DM do que nos sem T2DM. [16] Para medicações à base de incretina (isto é, agonistas de receptor de GLP-1 e inibidores de DPP-4), houve um pequeno número de relatos de pancreatite aguda observada em estudos clínicos e vigilância pós comercialização; como resultado, todas as terapias baseadas em incretina carregam avisos em sua informação de prescrição relacionados ao risco de pancreatite. Múltiplas revisões e relatos foram escritos. [17-19] Recentemente, o FDA EUA e EMA publicaram um resumo de sua investigação relacionando uma associação entre terapias à base de incretina e o risco potencial de pancreatite. [20] O FDA e EMA apontam que múltiplos dados, incluindo estudos toxicológicos não clínicos, dados de estudos clínicos, e dados epidemiológicos, foram examinados. Ambas as agências concordam que uma associação causal entre drogas à base de incretina e pancreatite ou câncer pancreático não é suportada por dados disponíveis, [20] embora este sinal de segurança continue a ser investigado. Recomenda-se que se houver suspeita de pancreatite ou confirmação em pacientes com T2DM, todas as terapias à base de incretina devem ser descontinuadas. Pg.12

www.medscape.org/viewarticle/824363 Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<A>>: Consequência: Você não faz nenhuma mudança nas medicações de diabetes de Jack e o diz para ir para casa. Seus sintomas intensificam-se. Ele chega à emergência 2 dias depois. Primeira Explicação: Os sintomas de Jack são consistentes com pancreatite aguda, o que deveria ter sido avaliado no hospital. Não se sabe se o uso contínuo de seu agonista de receptor de GLP-1 complicaria seu curso clínico. Segunda Explicação: O risco de pancreatite aguda é maior em pacientes com T2DM do que nos sem T2DM. [16] Para medicações à base de incretina (isto é, agonistas de receptor de GLP-1 e inibidores de DPP-4), houve um pequeno número de relatos de pancreatite aguda observada em estudos clínicos e vigilância pós comercialização; como resultado, todas as terapias baseadas em incretina carregam avisos em sua informação de prescrição relacionados ao risco de pancreatite. Múltiplas revisões e relatos foram escritos. [17-19] Recentemente, o FDA EUA e EMA publicaram um resumo de sua investigação relacionando uma associação entre terapias à base de incretina e o risco potencial de pancreatite. [20] O FDA e EMA apontam que múltiplos dados, incluindo estudos toxicológicos não clínicos, dados de estudos clínicos, e dados epidemiológicos, foram examinados. Ambas as agências concordam que uma associação causal entre drogas à base de incretina e pancreatite ou câncer pancreático não é suportada por dados disponíveis, [20] embora este sinal de segurança continue a ser investigado. Recomenda-se que se houver suspeita de pancreatite ou confirmação em pacientes com T2DM, todas as terapias à base de incretina devem ser descontinuadas. Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<B>>: Consequência: Você reduz a dose de liraglutida e diz para Jack ir para casa. Seus sintomas continuam, e ele chega à emergências 3 dias depois. Primeira Explicação: Os sintomas de Jack são consistentes com pancreatite aguda, o que deveria ter sido avaliado no hospital. Não se sabe se o uso contínuo de seu agonista de receptor de GLP-1, em qualquer dose, complicaria seu curso clínico. Segunda Explicação: O risco de pancreatite aguda é maior em pacientes com T2DM do que nos sem T2DM. [16] Para medicações à base de incretina (isto é, agonistas de receptor de GLP-1 e inibidores de DPP-4), houve um pequeno número de relatos de pancreatite aguda observada em estudos clínicos e vigilância pós comercialização; como resultado, todas as terapias baseadas em incretina carregam avisos em sua informação de prescrição relacionados ao risco de pancreatite. Múltiplas revisões e relatos foram escritos. [17-19] Recentemente, o FDA EUA e EMA publicaram um resumo de sua investigação relacionando uma associação entre terapias à base de incretina e o risco potencial de pancreatite. [20] O FDA e EMA apontam que múltiplos dados, incluindo estudos toxicológicos não clínicos, dados de estudos clínicos, e dados epidemiológicos, foram examinados. Ambas as agências concordam que uma associação causal entre drogas à base de incretina e pancreatite ou câncer pancreático não é suportada por dados disponíveis, [20] embora este sinal de segurança continue a ser investigado. Recomenda-se que se houver suspeita de pancreatite ou confirmação em pacientes com T2DM, todas as terapias à base de incretina devem ser descontinuadas. Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<D>>: Consequência: Você muda Jack para outro agonista de receptor de GLP-1 e diz para ele ir para casa. Seus sintomas continuam, e ele chega à emergências 3 dias depois. Primeira Explicação: Os sintomas de Jack são consistentes com pancreatite aguda, o que deveria ter sido avaliado no hospital. Não se sabe se o uso contínuo de qualquer agonista de receptor de GLP-1 complicaria seu curso clínico. Pg.13

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica Segunda Explicação: O risco de pancreatite aguda é maior em pacientes com T2DM do que nos sem T2DM. [16] Para medicações à base de incretina (isto é, agonistas de receptor de GLP-1 e inibidores de DPP-4), houve um pequeno número de relatos de pancreatite aguda observada em estudos clínicos e vigilância pós comercialização; como resultado, todas as terapias baseadas em incretina carregam avisos em sua informação de prescrição relacionados ao risco de pancreatite. Múltiplas revisões e relatos foram escritos. [17-19] Recentemente, o FDA EUA e EMA publicaram um resumo de sua investigação relacionando uma associação entre terapias à base de incretina e o risco potencial de pancreatite. [20] O FDA e EMA apontam que múltiplos dados, incluindo estudos toxicológicos não clínicos, dados de estudos clínicos, e dados epidemiológicos, foram examinados. Ambas as agências concordam que uma associação causal entre drogas à base de incretina e pancreatite ou câncer pancreático não é suportada por dados disponíveis, [20] embora este sinal de segurança continue a ser investigado. Recomenda-se que se houver suspeita de pancreatite ou confirmação em pacientes com T2DM, todas as terapias à base de incretina devem ser descontinuadas. Conclusão do Caso: A pancreatite aguda de Jack se resolve em 7 dias, e ele recebe alta. Você diz a Jack que ele deve parar de beber álcool por pelo menos 6 meses e fornece aconselhamento dietético em dieta com baixo teor de gordura. Como o agonista de receptor de GLP-1 foi descontinuado, você inicia Jack em insulina basal. Atualmente não se considera seguro reiniciar a terapia com GLP-1 em um paciente com histórico de pancreatite por qualquer causa. Você faz com que Jack seja atendido pelo enfermeiro de diabetes, que mostra a ele como monitorar sua glicose sanguínea regularmente e como gerenciar o risco de eventos hipoglicêmicos. Jack também recebe informações que o ajudarão com sua depressão e seus problemas em casa. Após 6 meses, Jack resolveu seus problemas em casa, e a estada no hospital o motivou a mudar seu estilo de vida. Ele parou de beber álcool, tem bom controle glicêmico (HbA1c 52 mmol/mol [6,9%]), e, ao controlar sua dieta, Jack não ganhou peso. CASO 1 : REVISÃO Pergunta 1 Pergunta: Qual das seguintes afirmações sobre o mecanismo de terapias à base de incretina para tratamento hiperglicêmico em pacientes com T2DM é verdadeira? Respostas: <<A>> Elas estimulam a liberação de insulina de maneira independente de glicose <<B>> Elas estimulam a liberação de insulina e glucagon <<C>> Elas estimulam a liberação de insulina e inibem a liberação de glucagon <<D>> Elas removem um mecanismo de feedback negativo para aumentar a liberação de insulina Explicação da Resposta: Peptídeo-1 semelhante a glucagon (GLP-1), um hormônio de incretina com múltiplos efeitos fisiológicos [1,2] é importante para a regulação da homeostase da glicose. O GLP-1 estimula a liberação de insulina e diminui a secreção de glucagon de maneira dependente da glicose, resultando em diminuição nos níveis de glicose sanguínea. [1] Duas classes de agentes antihiperglicêmicos estão disponíveis atualmente que aumentam a concentração de GLP-1 em pacientes com T2DM. Inibidores da dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) fornecem níveis fisiológicos de GLP-1, enquanto agonistas do receptor de GLP-1 fornecem níveis suprafisiológicos ou farmacológicos de GLP-1, resultando em maior estimulação de receptores GLP-1 e diferentes efeitos fisiológicos. [3] Pg.14

www.medscape.org/viewarticle/824363 CASO 1 : REVISÃO Pergunta 2 Pergunta: Qual das seguintes afirmações relacionadas à incidência de eventos gastrointestinais adversos (GI) em pacientes tratados com agonistas do receptor de GLP-1 é verdadeira? Respostas: <<A>> Em estudos clínicos com agonistas de receptor de GLP-1, a incidência de náusea foi aproximadamente 20-30% <<B>> A incidência de náusea é maior na iniciação da droga e cai com o tempo <<C>> Comparados a agentes de duração mais curta, agonistas de receptor de GLP-1 de duração mais longa estão associadas a mais eventos adversos GI <<D>> Ao mesmo tempo em que eventos GI são comuns, os eventos adversos mais comuns associados a agonistas de receptor de GLP-1 são reações no local da injeção Explicação da Resposta: Eventos adversos GI, incluindo náuseas, vômitos e diarreia, são os eventos adversos mais comuns associados a agonistas de receptor de GLP-1. [6] Sua incidência é geralmente mais comum com agonistas de receptor de GLP-1 de curta duração comparados a agentes de duração mais longa. Em estudos clínicos de agonistas de receptor de GLP-1, a incidência de náuseas foi aproximadamente 40-50% em pacientes tratados com exenatida, [10] aproximadamente 21% em pacientes tratados com liraglutida, [11] e aproximadamente 20% em pacientes tratados com exenatida LAR. [12] A maioria dos episódios de náusea associados a agonistas de receptor de GLP-1 são de intensidade leve a moderada, ocorrendo mais frequentemente no início do tratamento e caindo com o tempo. [13] Caso 2: Rebecca Rebecca é uma mulher de 78 anos que recentemente se mudou para a sua cidade. Ela tem histórico de T2DM há 9 anos, hipertensão há 14 anos, CHF e CKD leve. Ela atualmente toma vários medicamentos para seu diabetes e hipertensão (Tabela 9). Antes da consulta de hoje, Rebecca registrou-se em sua clínica, e realizou testes laboratoriais (Tabela 10). Hoje, você tem uma consulta com Rebecca para revisar e discutir seu plano de cuidados. Você observa que a pressão arterial de Rebecca é controlada por seu regime antihipertensivo atual, mas ela ocasionalmente tem falta de ar quando sobe escadas, e seus tornozelos estão inchados. (Tabela 11) Além disso, Rebecca está apresentando alguns sinais de neuropatia diabética com falta de sensibilidade e formigamento nos dois pés. Seus exames laboratoriais estão normais, exceto um HbA1c elevado e taxa de filtração glomerular (egfr) estimada indicativa de leve insuficiência renal com microalbuminúria. Tabela 9. Medicamentos Atuais de Rebecca Medicação Metformina Glimepirida Irbesartan Hidroclorotiazida Capsaicina tópica 0,075% Dose 1000 mg bid 4 mg qd 150 mg qd 25 mg qd Porção do tamanho de uma ervilha na área afetada tid Bid = duas vezes ao dia; qd = uma vez ao dia; tid = 3 vezes ao dia Pg.15

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica Tabela 10. Resultados laboratoriais de Rebecca Parâmetro Valor HbA1c 66 mmol/mol (8,2%) FPG LDL-C HDL-C Triglicerídios Creatinina plasmática 4,5 mmol/l (81 mg/dl) 3,8 mmol/l (150 mg/dl) 1,1 mmol/l (43 mg/dl) 2,5 mmol/l (221 mg/dl) 78,0 µmol/l (1,0 mg/dl) egfr 63 ml/min/1,73 m² ACR 40 mg/g creatinina ACR = taxa urinária albumina:creatinina; egfr = taxa de filtração glomerular estimada; FPG = glicose plasmática em jejum; HbA1c = hemoglobina glicada; HDL-C = lipoproteínaolesterol de alta densidade; LDL-C = lipoproteína-colesterol de baixa densidade Tabela 11. Apresentação Clínica de Rebecca Sinais vitais Idade Altura Peso Índice de massa corporal Pressão arterial Frequência cardíaca 78 anos 155 cm 68,7 kg 28,6 kg/m² 138/84 mm Hg 78 batimentos/min Exame físico Pele Neurológico Cardiovascular Respiratório Abdominal Músculo-esquelético Olhos Ouvido, nariz e garganta Pés Normal Falta de sensibilidade e formigamento nos dois pés Insuficiência cardíaca* Falta de ar ocasional Normal Dor e rigidez nas articulações (osteoartrite) Usa óculos Normal Tornozelos inchados; edema depressível 2+ *Rebecca relata que seu último eletrocardiograma foi há aproximadamente 1 ano. Sua fração de ejeção ventricular esquerda no momento era 40%. Pg.16

www.medscape.org/viewarticle/824363 CASO 2 : Pergunta de Decisão Clínica 1 Pergunta: Qual meta glicêmica (HbA1c) você define para Rebecca neste momento? Respostas: <<A>> 48 mmol/mol (6,5%) <<B>> 53-58 mmol/mol (7,0%-7,5%) <<C>> 58-64 mmol/mol (7,5%-8,0%) <<D>> 64-69 mmol/mol (8,0%-8,5%) Explicação de Consequência e Resposta para a escolha correta <<C>>: Consequência: Você define uma meta de HbA1c para Rebecca de 58-64 mmol/mol (7,5%-8,0%), levando em conta seu perfil clínico individual. Após a modificação de seu regime de diabetes, Rebecca obtém esta meta. Ela não apresentou nenhum evento hipoglicêmico, e seu risco de progressão de sua neuropatia diabética ou outras complicações micro ou macrovasculares está diminuído. Explicação da Resposta: O posicionamento ADA/EASD recomenda que as metas glicêmicas sejam individualizadas de acordo com as necessidades e características do paciente (Figura 1). [4] Enquanto a meta para HbA1c para a maioria dos pacientes de T2DM é menos de 53 mmol/mol (7,0%), metas menos restritas (ex., 58-64 mmol/mol [7,5%-8,0%]) são apropriadas para pacientes com uma expectativa de vida limitada, um histórico de hipoglicemia severa, condições de comorbidade extensas, ou outras complicações avançadas (Tabela 12). [4] Rebecca possui várias características que sugerem a necessidade de uma meta menos restrita, incluindo idade avançada (78 anos), CVD em comorbidade, CKD em comorbidade, uma doença de duração moderada, e alto risco de hipoglicemia devido à sua idade e disfunção renal. Enquanto é importante manter o controle glicêmico adequado para reduzir o risco de complicações micro e macrovasculares em pacientes com T2DM, especialmente nos com CVD e CKD concomitantes, é igualmente importante minimizar o risco de eventos hipoglicêmicos nesta população, o que também está associado a morbidade e mortalidade adversas. Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<A>>: Consequência: Você define uma meta de HbA1c para Rebecca de menos de 48 mmol/mol (6,5%). Após a modificação de seu regime de diabetes, Rebecca é hospitalizada devido a um evento hipoglicêmico severo. Primeira Explicação: Seguir metas restritas de HbA1c pode colocar certos pacientes com T2DM, incluindo os idosos e aqueles com CVD e CKD, em um risco desnecessário de hipoglicemia. [4,21] Segunda Explicação: O posicionamento ADA/EASD recomenda que as metas glicêmicas sejam individualizadas de acordo com as necessidades e características do paciente (Figura 1). [4] Enquanto a meta para HbA1c para a maioria dos pacientes de T2DM é menos de 53 mmol/mol (7,0%), metas menos restritas (ex., 58-64 mmol/mol [7,5%-8,0%]) são apropriadas para pacientes com uma expectativa de vida limitada, um histórico de hipoglicemia severa, condições de comorbidade extensas, ou outras complicações avançadas (Tabela 12). [4] Rebecca possui várias características que sugerem a necessidade de uma meta menos restrita, incluindo idade avançada (78 anos), CVD em comorbidade, CKD em comorbidade, uma doença de duração moderada, e alto risco de hipoglicemia devido à sua idade e disfunção renal. Enquanto é importante manter o controle glicêmico adequado para reduzir o risco de complicações micro e macrovasculares em pacientes com T2DM, especialmente nos com CVD e CKD concomitantes, é igualmente importante minimizar o risco de eventos hipoglicêmicos nesta população, o que também está associado a morbidade e mortalidade adversas. Pg.17

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<B>>: Consequência: Você define uma meta de HbA1c de 53-59 mmol/mol (7,0%-7,5%). O regime de T2DM de Rebecca é mudado, e seu HbA1c é 7,2% após 6 meses. Infelizmente, porém, ela agora frequentemente se confunde e acorda no meio da noite transpirando. Primeira Explicação: Esta meta, ao mesmo tempo em que é razoável para alguns, é muito agressiva para mulheres idosas com histórico de CVD e CKD. [4,21] Segunda Explicação: O posicionamento ADA/EASD recomenda que as metas glicêmicas sejam individualizadas de acordo com as necessidades e características do paciente (Figura 1). [4] Enquanto a meta para HbA1c para a maioria dos pacientes de T2DM é menos de 53 mmol/mol (7,0%), metas menos restritas (ex., 58-64 mmol/mol [7,5%-8,0%]) são apropriadas para pacientes com uma expectativa de vida limitada, um histórico de hipoglicemia severa, condições de comorbidade extensas, ou outras complicações avançadas (Tabela 12). [4] Rebecca possui várias características que sugerem a necessidade de uma meta menos restrita, incluindo idade avançada (78 anos), CVD em comorbidade, CKD em comorbidade, uma doença de duração moderada, e alto risco de hipoglicemia devido à sua idade e disfunção renal. Enquanto é importante manter o controle glicêmico adequado para reduzir o risco de complicações micro e macrovasculares em pacientes com T2DM, especialmente nos com CVD e CKD concomitantes, é igualmente importante minimizar o risco de eventos hipoglicêmicos nesta população, o que também está associado a morbidade e mortalidade adversas. Consequência e Explicação da (Primeira e Segunda) Resposta para a escolha incorreta <<D>>: Consequência: Você define uma meta de HbA1c de 64-69 mmol/mol (8,0%-8,5%) e não muda o regime de T2DM. Após 6 meses, o HbA1c de Rebecca é 8,4%. Ela reclama que a insensibilidade e formigamento nos pés piorou, e seu egfr agora é 52 ml/min/1,73 m². Primeira Explicação: Esta meta glicêmica não é recomendada e coloca Rebecca em risco de piorar as complicações micro e macrovasculares. [4] Segunda Explicação: O posicionamento ADA/EASD recomenda que as metas glicêmicas sejam individualizadas de acordo com as necessidades e características do paciente (Figura 1). [4] Enquanto a meta para HbA1c para a maioria dos pacientes de T2DM é menos de 53 mmol/mol (7,0%), metas menos restritas (ex., 58-64 mmol/mol [7,5%-8,0%]) são apropriadas para pacientes com uma expectativa de vida limitada, um histórico de hipoglicemia severa, condições de comorbidade extensas, ou outras complicações avançadas (Tabela 12). [4] Rebecca possui várias características que sugerem a necessidade de uma meta menos restrita, incluindo idade avançada (78 anos), CVD em comorbidade, CKD em comorbidade, uma doença de duração moderada, e alto risco de hipoglicemia devido à sua idade e disfunção renal. Enquanto é importante manter o controle glicêmico adequado para reduzir o risco de complicações micro e macrovasculares em pacientes com T2DM, especialmente nos com CVD e CKD concomitantes, é igualmente importante minimizar o risco de eventos hipoglicêmicos nesta população, o que também está associado a morbidade e mortalidade adversas. Pg.18

www.medscape.org/viewarticle/824363 Figura 1. Fatores a serem considerados ao definir uma meta de HbA1c. HbA1c = hemoglobina glicada Adaptado de Inzucchi SE, et al. [4] Tabela 12. Posicionamento da ADA/EASD: Metas Glicêmicas Meta de HbA1c 42-48 mmol/mol (6,0%-6,5%) <53 mmol/mol (< 7,0%) 58-64 mmol/mol (7,5%-8,0%) População de Pacientes Recém diagnosticados, longa expectativa de vida, pacientes com T2DM mas sem CVD significante Maioria dos pacientes com T2DM Histórico de hipoglicemia severa, expectativa de vida limitada, condições de comorbidade, incapaz de obter a meta <53 mmol/mol (7,0%) apesar de ter tentado múltiplas medicações, incluindo insulina. ADA = Associação Americana de Diabetes; CVD = doença cardiovascular; EASD = Associação Europeia para o Estudo de Diabetes; HbA1c = hemoglobina glicada; T2DM = diabetes mellitus tipo 2 Adaptado de Inzucchi SE, et al. [4] Você decide aumentar a dosagem da glimepirida de Rebecca para 8 mg uma vez ao dia e pede a ela que retorne para uma consulta de acompanhamento em 3 meses. Três meses depois, o HbA1c de Rebecca diminuiu para 62 mmol/mol (7,8%). Ela citou um episódio de hipoglicemia que teve durante este período, mas pensou ter sido por não ter tomado o café da manhã naquele dia. Você não faz nenhuma mudança em suas medicações de diabetes. Pg.19

Iniciando Terapia de Diabetes Com Agonistas de Receptor de GLP-1 na Atenção Básica CASO 2 : Teste Seus Conhecimentos Pergunta 1 Pergunta: Qual dos seguintes agentes antihiperglicêmicos está associado ao maior risco de hipoglicemia? Respostas: <<A>> Glimepirida <<B>> Metformina <<C>> Sitagliptina <<D>> Liraglutida Explicação da Resposta: Das classes terapêuticas mais comumente usadas, SUs e insulinas têm a maior propensão de causar hipoglicemia. [4,5] Inibidores de DPP-4 (ex., sitagliptina) e agonistas de receptor de GLP-1 (ex., liraglutida) têm um mecanismo de ação dependente da glicose; isto é, eles estimulam a secreção de insulina apenas durante a hiperglicemia, o que resulta em baixo risco de hipoglicemia. Dados de estudos clínicos randomizados com agonistas de receptor de GLP-1 suportam este mecanismo e demonstram baixo risco de hipoglicemia em pacientes com T2DM.[22-26] Evitar a hipoglicemia é crucial em pacientes com T2DM, especialmente em idosos, já que a hipoglicemia está associada a consequências adversas significantes. [4,21] Rebecca retorna em 9 meses para sua consulta anual. Você descobre que ela caiu e machucou o joelho há 6 meses, o que a preveniu de fazer exercícios. Após mais questionamento, você pensa que a queda de Rebecca pode ter sido devido a um episódio hipoglicêmico. Além disso, ela afirma que ocasionalmente acorda no meio da noite com sintomas de hipoglicemia. Quanto isto ocorre, ela não toma as medicações de diabetes na manhã seguinte. Rebecca monitora regularmente sua glicose sanguínea em casa duas vezes por semana. Ela trouxe seu diário hoje, e você observa leituras ocasionais indicativas de hipoglicemia (Tabela 13). Pg.20