Trajetória do curso de pedagogia: origem e princípios orientadores. Trajectory course pedagogy: origin and guiding principles



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Transcrição:

Trajetória do curso de pedagogia: origem e princípios orientadores Trajectory course pedagogy: origin and guiding principles Joana Paulin Romanowski (a) (a) Doutora em Educação, Professora da FACINTER E PUCPR, Bolsa Produtividade CNPq, jpaulin@grupouninter.com. RESUMO Este texto tem por finalidade realizar uma reflexão sobre a proposta do Curso de Pedagogia da Faculdade Internacional de Curitiba FACINTER. Elege como foco da reflexão os princípios que norteiam a primeira proposta deste curso quando da sua autorização para oferta ocorrida em 2001. A abordagem metodológica é qualitativa e para as análises considera os documentos que originaram a proposta, a própria proposta, o parecer avaliativo da Comissão que realizou a avaliação na sede da instituição, as experiências vivenciadas durante o processo de elaboração da proposta e instalação do curso com a realização do primeiro processo de seleção de ingressantes. Inclui alguns fatos que circunstanciaram tal processo. Finaliza tecendo algumas considerações em torno de resultados de pesquisas que focalizam este curso. Palavras chave: Curso de Pedagogia; formação de professores; princípios de formação docente. ABSTRACT This text aims to make a reflection on the proposal of the School of Education, Graduate Program, of the International Faculty of Curitiba - FACINTER. Chooses as the focus of reflection principles that guide the first purpose of this course when your permission to supply is to 2001. The methodological approach is qualitative and the analysis considers the documents that led to the proposal, the proposal itself, the opinion of the Commission's evaluative assessment conducted at the headquarters of the institution, the experiences during the process of drafting the proposal and installation of the course with the initial selection process for entrants. Includes some facts, which describes such a process. Ends weaving some considerations about research findings that focus on this course. Keywords: School of Education, teacher training, teacher training principles. Revista Intersaberes, Curitiba, ano 6, n. 12, p. 237-248, jul/dez 2011

ROMANOWSKI, J. P. Introdução A Faculdade Internacional de Curitiba - FACINTER iniciou suas atividades em 1996, com a realização de cursos de pós-graduação promovidas pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão. Como consta na proposta do curso desta forma, alicerçada nas experiências e atividades bem sucedidas do IBPEX, nasce a FACINTER, no contexto de um novo século, de uma nova ordem mundial, quando se vislumbra a consolidação de uma comunidade globalizada. No calor do desenvolvimento dos cursos de Especialização um pequeno grupo de professores 1 convidados pela administração de Instituição passou a compor um colegiado de debates em torno da proposta de criação da Faculdade Internacional de Curitiba. Era um grupo pequeno, mas entusiasta e que com o Diretor Geral, se reunia todos os dias para elaborar a proposta do curso de Pedagogia e contribuir com a proposição de outros documentos para a submissão ao Ministério de Educação do Projeto Institucional. Além da organização da proposta este grupo participou de outras discussões que envolviam a constituição da Biblioteca institucional, a busca de uma sede para a instalação da instituição, recebimento de avaliadores de diversos órgãos reguladores do ensino superior, logo marca e as inúmeras atividades que envolvem uma tarefa deste porte. A vibração nas reuniões foi sempre constante. Neste contexto o curso de Pedagogia assumiu forma e tornou-se proposta. O contexto educacional brasileiro do final do século XX se manifestava rico e propício para novas iniciativas na oferta de cursos de nível superior. Os debates durante viragem do século XX para o século XXI mobilizam diferentes organizações sociais em torno da valorização da educação como propulsora de justiça social, desenvolvimento e consolidação da sociedade democrática. As políticas prospectivas neste período visam romper subdesenvolvimento consolidando a transformação do 1 O grupo era composto pela autora deste texto e Leila de Almeida Locco, com participação eventual de outros professores, para os assuntos da criação da instituição Prof João Correia Defreitas e Prof Wilson Picler, entre outros. 238

Trajetória do curso de pedagogia: origem e princípios orientadores avanço do conhecimento como conquista da civilização colocada a serviço da vida humana sustentável, para a compreensão mútua entre os povos e para a renovação de uma vivência concreta da democracia (DELORS, 1998). Com efeito, a Primeira Conferência Mundial, realizada em Paris, 1998, afirmava o ensino superior e a pesquisa como possibilidade de contribuir para a erradicação da pobreza, desenvolvimento sustentável e progresso dos acordos internacionais para os objetivos de desenvolvimento do milênio, estimulando a ampliação da oferta e abertura de novas instituições de ensino superior. Nesta conjectura as políticas de educação no Brasil direcionam-se para a valorização da educação superior. A Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, aprovada pelo Congresso Nacional, determina a necessidade de formação de professores em nível superior para atuar na educação básica, em cursos de Licenciatura e institui o Normal Superior. Após, a aprovação da LDBEN o Ministério da Educação designa as Comissões para a elaboração de diretrizes para os cursos de ensino superior. A trajetória da discussão das diretrizes do Curso de Pedagogia passou por um longo debate iniciado com a normatização dos Institutos Superiores de Educação, que como apontam Sheibe e Aguiar (1999) demonstravam a complexidade das diferentes Posições, ao incluir diretrizes para a criação dos institutos superiores de educação, rompendo com a organização universitária que ofertavam o curso de Pedagogia nas Faculdades de Educação. Dizem as autoras que o problema ficou explicitado, quando essa lei (LDBEN) criou o curso normal superior destinado à formação de docentes para a educação infantil e para as primeiras séries do ensino fundamental(art. 63). (AGUIAR e SHEIBE, 1999). Deste modo, o curso de Pedagogia não estava posto na nova lei e nem na regulamentação da criação dos institutos de educação, os cursos de Pedagogia pareciam destinados à extinção. No entanto, a mobilização de educadores e pesquisadores, desde o final da década de 1970, colocava este curso n berlinda com os debates em torno da base comum nacional. A este respeito, registram Scheibe e Aguiar (1999) Essa expressão foi cunhada pelo Movimento Nacional de Formação do Educador, e explicitada pela primeira vez no Encontro Nacional para a Reformulação Revista Intersaberes, Curitiba, ano 6, n. 12, p. 237-248, jul/dez 2011 239

ROMANOWSKI, J. P. dos Cursos de Preparação de Recursos Humanos para a Educação, realizado em Belo Horizonte, em novembro de 1983. A Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia, toma por base na análise de propostas de formação do profissional de educação, encaminhadas pelas instituições de ensino superior do país e diversas entidades do campo educacional (Anped, Anfope, Anpae, Fórum dos Diretores de Faculdades de Educação), apresentou uma proposta de diretrizes curriculares a ser encaminhada ao Conselho Nacional de Educação, em maio de 1999. No entanto, neste mesmo ano, o Decreto 3.276/99, estabelecia que a formação dos professores para o ensino fundamental seria realizada exclusivamente no Curso Normal Superior, suspendendo a criação e abertura de novos cursos de Pedagogia. Nesta ocasião, a FACINTER, já havia protocolado, junto ao MEC, o projeto do Curso de Pedagogia. A aprovação das diretrizes do curso de Pedagogia também foi interrompida, pois o Ministério de Educação não enviou ao Conselho Nacional de Educação a proposta das diretrizes. Abre-se um longo debate encetado mobilização de associações de educadores, pesquisadores e estudantes em torno da defesa da proposta da Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia. Em Carta do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, firmada por 12 associações e fóruns de educadores, reafirma a necessidade de manter, nos cursos de graduação plena, pedagogia, a formação de professores para as séries iniciais e educação infantil. Ainda, ocorreram diversas manifestações nas reuniões anuías da ANPEd, ANFOPE, no Congresso Estadual Paulista de Formação do Educador, e mesmo no CNE, até a aprovação da Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, consubstanciadas nos Pareceres CNE/CP n. 05/2005, 01/2006 e na Resolução CNE/CP n. 01/2006. Foram oito anos de debates e mobilização. Uma vez restabelecida no MEC a possibilidade de solicitação de autorização para a abertura e criação de curso de Pedagogia, a FACINTER, reativou seu pedido. Em dezembro de 2000, foi recebida a Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia para realizar a análise inicial e verificação de autorização. A verificação foi realizada com base na análise do Projeto de Curso, documentos, reuniões com a direção, coordenação de curso, corpo docente e visita às instalações. A Comissão atribuiu 240

Trajetória do curso de pedagogia: origem e princípios orientadores conceito A à maioria dos itens do documento de avaliação do projeto, conceito A integral à administração acadêmica do curso, ao corpo docente, à biblioteca, finalizando a avaliação com conceito A. Em 22 agosto de 2001, após o tramite final do processo de autorização no Ministério da Educação, foi publicada a Portaria nº 1903, que autorizava o funcionamento do Curso de Pedagogia. De pronto, o curso realizou seu primeiro exame de seleção e ingresso, com duas turmas, mantendo o mesmo entusiasmo com que a proposta foi elaborada. Princípios da proposta do Curso de Pedagogia A proposta do curso foi prospectada no contexto dos embates da definição das diretrizes do curso de Pedagogia, nas pesquisas e estudos sobre a Pedagogia e a formação dos profissionais de educação e a compreensão da necessária articulação com a escola básica no contexto das relações sócio históricas. Destarte o curso de Pedagogia, a trajetória do curso de Pedagogia indica que a formação realizada articula-se com o conjunto das relações sociais, desde a criação deste curso, isto é a organização do curso toma como indicadores a atuação profissional na escola e em outros espaços educativos. Assim, o curso já foi destinado a formar técnicos para atuação nos órgãos do sistema de ensino, quando da sua criação em 1939; no período de expansão do Curso Normal, foi responsável pela formação dos professores para este curso; posteriormente, formou os especialistas para atuar na escola como orientadores, supervisores, coordenadores pedagógicos. Cabe destacar, que nas décadas de 1950 e 1960, ao curso de Pedagogia é atribuída a condição de docência para formar os professores primários e mais tarde, considerado o princípio de que se o curso pode formar o professor para formar professor, pode então, formar o professor para o ensino primário, isto é quem pode o mais pode o menos. (BRZEZINSKI, 1996) Este eixo da formação docente foi indicado nas Resoluções que determinaram a formação de professores para o ensino normal, e para o ensino de 1º grau, o que implica em um currículo que valoriza a formação para a docência. No final dos tempos de ditadura quando da instauração de uma nova ordem social democrática, Revista Intersaberes, Curitiba, ano 6, n. 12, p. 237-248, jul/dez 2011 241

ROMANOWSKI, J. P. nos debates levados a efeito durante o I Seminário de Educação Brasileira, realizado na Universidade de Campinas, em 1978, foram gestadas as discussões em torno da viragem do tecnicismo que orientava a organização da escola. Neste contexto, uma nova organização do curso de Pedagogia começa a ser delineada, formulada pelo movimento nacional que sob a coordenação da CONACFE (Comissão Nacional de Reformulação dos Cursos de Formação de Educador) até 1990, posteriormente pela Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE). Este movimento focalizou base comum nacional para os cursos de licenciatura como a docência. (SHEIBE; AGUIAR, 1999). Conforme indicado na introdução deste texto, o projeto do curso de Pedagogia, que ora comemora 10 anos, orienta-se pela base comum nacional que consiste em: sólida formação teórica e interdisciplinar sobre educação, fundamentos históricos, políticos e sociais, os conteúdos a serem ensinados pela escola que permita a apropriação do processo de trabalho pedagógico, exercício da análise crítica da sociedade brasileira e da realidade educacional; unidade entre teoria/prática assumir uma postura na produção de conhecimento da organização curricular dos cursos que não se reduz à justaposição da teoria e prática na grade curricular; teoria e prática perpassam todo o curso de formação e não apenas a prática de ensino, o que implica em novas formas de organização curricular dos cursos de formação; o trabalho docente como base de formação e fonte dessa forma nova de articulação teoria/ prática; desenvolvimento de metodologias para o ensino dos conteúdos das áreas específicas; trabalho como princípio educativo na formação profissional, a organização do trabalho docente na escola; a pesquisa como meio de produção de conhecimento e intervenção na prática social; gestão democrática conhecer e vivenciar formas de gestão democrática, na direção de apreender o significado social das relações de poder que se reproduzem no cotidiano da escola, entre os profissionais, entre estes e os alunos, na concepção e elaboração dos conteúdos curriculares. 242

Trajetória do curso de pedagogia: origem e princípios orientadores compromisso social e ético do profissional da educação, ênfase na concepção sócio-histórica de educador, análise política da educação e das lutas históricas dos professores e dos movimentos sociais; trabalho coletivo e interdisciplinar entre aluno e entre professores como eixo norteador do trabalho docente na universidade e da redefinição da organização curricular; a apreensão dos elementos do trabalho pedagógico na escola e das formas de construção do projeto pedagógicocurricular de responsabilidade do coletivo escolar; articular formação inicial e continuada diálogo permanente de formação inicial e o mundo do trabalho, via programas e projetos de educação continuada, correspondendo à concepção de uma formação em redes de conhecimento e saberes e, inclusive programas de pós-graduação. A composição do curso considerou como núcleos norteadores das unidades de ensino: Fundamentos da Educação; Formação para a docência; Formação para a Orientação e Supervisão Educacional; Estudos complementares e Práticas Integradoras. A manutenção do núcleo formação para a Orientação e Supervisão Escolar foi necessária para atender as determinações legais em vigor na época. Ressalta-se que entre os princípios de organização curricular estava estabelecido que a relação teoria e prática foi garantida pelo eixo integrativo Pesquisa e Prática Pedagógica, incluído como disciplina, na composição curricular em todos os semestres, desde o início do curso até o último período. Cumpre realçar que a composição deste eixo a formação para a pesquisa estava expressa culminando com a realização do trabalho de Conclusão de Curso. Outros pontos que expressam a busca de articulação da proposta com a base comum nacional foram possibilitados pela concepção que norteia as disciplinas de formação para a docência em compor-se como teoria e prática do ensino focalizando as diferentes áreas do conhecimento da educação básica, a saber, Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Arte, Educação Física e Literatura Infanto-juvenil. Revista Intersaberes, Curitiba, ano 6, n. 12, p. 237-248, jul/dez 2011 243

ROMANOWSKI, J. P. Soma-se a compreensão da gestão democrática por meio disciplinas específicas, Gestão Democrática da Escola e Organização do Trabalho Pedagógico. A composição curricular assumiu como avanço a proposta de disciplina Fundamentos da Educação para a Inclusão e também a compreensão da própria profissão com a disciplina de Profissionalização do Magistério articulando formação inicial e continuada, compreensão dos princípios éticos profissionais. A proposta assume como novos conhecimentos na formação do profissional da educação a compreensão da comunicação e educação, com a inclusão de disciplinas específicas para tal, favorecendo a instrumentação em informática e em comunicação. Na perspectiva da sólida fundamentação teórica e interdisciplinar o currículo abarcou nos dois primeiros anos um conjunto de disciplinas de Fundamentos da Educação em Filosofia, Sociologia, Psicologia, História e Antropologia da Educação, bem como Teoria do Conhecimento Pedagógico e Didática. Posteriormente, com a aprovação de novas Diretrizes para a Formação do Professor, em 2002, e as diretrizes para o curso de Pedagogia, em 2006, ajustes e reformulações da proposta do curso foram realizadas focalizando uma formação para: docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas do curso de Ensino Médio na modalidade Normal, assim como em Educação Profissional, na área de serviços e apoio escolar, além de em outras áreas nas quais conhecimentos pedagógicos sejam previstos; gestão educacional, entendida numa perspectiva democrática, (planejamento, administração, coordenação, acompanhamento, avaliação de planos e de projetos pedagógicos), bem como análise, formulação, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas e institucionais na área de educação; produção e difusão do conhecimento científico e tecnológico do campo educacional. 244

Trajetória do curso de pedagogia: origem e princípios orientadores Estes ajustes e reformulações romperam com a formação do especialista, orientador e supervisor escolar, o que exigiu uma nova composição das disciplinas do currículo. Em artigos deste número, estão focalizadas estas reformulações. É necessário destacar que a metodologia adotada pelo curso fundamenta-se igualmente construção da concepção sócio-histórica de educador, em sentido amplo, na perspectiva de uma educação crítica com pleno domínio da realidade contemporânea que permita ao profissional da educação intervir e contribuir para transformar as condições da escola, da educação e da sociedade. Além disto, o curso desenvolve uma política de respeito e acolhimento da diversidade sócio cultural bem como de inclusão, entre os estudantes constata-se essa rica heterogeneidade ao mesmo tempo a inclusão de estudantes de outros países, também atende estudantes cegos, surdos, cadeirantes. Esta entre os primeiros cursos a ofertar formação em LIBRAS para seus alunos. Assim faz a inclusão e forma professores para atuar com a inclusão. Considerações Finais Finalizando este texto são indicadas as pesquisas que já foram realizadas sobre o Curso de Pedagogia ofertado para FACINTER e apresentadas algumas reflexões sobre a contribuição do curso na formação dos profissionais de educação, mas não assumem a perspectiva conclusiva e sim provisórias. Uma primeira investigação foi realizada por Santos (2005) focalizou os estilos de aprendizagem dos estudantes do curso de Pedagogia no processo de formação. Durante o estudo os estudantes avaliaram como aprendem e neste exame, mais do que conhecer sobre sua aprendizagem, novas estratégias metacognitivas enriquecendo o processo de elaboração do conhecimento e da aprendizagem. A pesquisa desenvolvida por Lima (2009) abordou a formação do pedagogo para a educação inclusiva Especial, e entre as instituições pesquisadas incluiu o Curso de Pedagogia da FACINTER. Na investigação realizada foi evidenciado nas falas dos professores do curso que as disciplinas direcionadas para a formação do professor para a inclusão verifica-se um maior número de horas dedicadas a esta modalidade de Revista Intersaberes, Curitiba, ano 6, n. 12, p. 237-248, jul/dez 2011 245

ROMANOWSKI, J. P. formação, em que o professor que ministra as aulas possui formação teórica e prática na área. A formação é compreendida na perspectiva da diversidade e inclusão, sustentada por aportes teóricos de fundamentação, mas inclui também instrumentalização. Foi destacado que esta formação não se restringe apenas as disciplinas específicas, pois é abordada nos estágios, nos projetos de investigação e em trabalhos de conclusão de curso. Uma segunda pesquisa foi desenvolvida por Pinheiro (2010) e focaliza a formação para a docência neste curso. Nesta pesquisa, foram entrevistados coordenação do curso, professores e respostas de questionários por alunos, além do exame dos temas abordados nos trabalhos de conclusão de curso. Destaca a autora em suas conclusões que a docência é a base da formação do Pedagogo no curso investigado, pois os conteúdos de todas as disciplinas, de fundamentos teóricos e de conhecimentos específicos da prática de ensino, incluem a prática docente, além do estágio. No entanto, verifica-se maior intensidade da formação para o ensino fundamental em relação à educação infantil, ainda que o curso inclua disciplinas específicas para esta modalidade de ensino. Ainda, a pesquisa realizada por Silva (2011) que analisa a formação em tecnologias de informação e comunicação, para além da instrumentalização do professor. Neste estudo, com base em Vera, a autora examina as disciplinas que abordam este conhecimento em tecnologias de informação e comunicação, demonstrando na trajetória do curso, uma evolução, isto é, as primeiras disciplinas propostas focalizavam com maior intensidade uma formação instrumental que vai se alargando para uma formação metodológica e fundamentada, mas que carece ser aprofundada na perspectiva da compreensão das relações entre educação e tecnologia. Finaliza seu estudo com alguns indicadores nesta direção. Voltar a examinar os documentos que originaram o curso, a avaliação realizada pela Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia, as pesquisas realizadas sobre o curso, nas quais tive oportunidade de participar, e mesmo quando na coordenação do curso no momento de sua implementação, bem como de inúmeros eventos e reuniões ao longo destes 10 anos, trouxe possibilidade de refletir, ainda que imersa e contaminada pela participação. 246

Trajetória do curso de pedagogia: origem e princípios orientadores São destaques o permanente esforço do trabalho coletivo e colegiado na organização e desenvolvimento do curso; a permanente interlocução com os debates na área, quer por inserção dos estudantes nos movimentos estudantis, quer por seus professores articulados com debates na área; a abertura à avaliação constante, tanto no processo de avaliação institucional, avaliações realizadas pelos órgãos reguladores, bem como para a realização de pesquisas; a conquista de reconhecimento acadêmico manifesta nos conceitos das avaliações recebidas, tais como Comissões e ENADE, nos resultados de concursos públicos de ingresso de egressos na carreira do magistério, bem como as demandas de alunos ingressantes; o esforço em promover a articulação com a educação básica e de compromisso social expressa na participação em projetos de secretarias de ensino e organizações não governamentais, além do estágio; a inserção da formação para pesquisa por meio da participação dos alunos em programas de iniciação científica, realização de investigações ao longo das disciplinas, no trabalho de conclusão de curso culminado com Seminário de Avaliação e na promoção de eventos científicos abertos á participação de professores, alunos e demais pesquisadores da comunidade acadêmica. É possível afirmar que nestes 10 anos o curso ocupa destaque e conquistou espaço de reconhecimento institucional e social. No entanto, cumpre a continuidade de persistir na análise crítica e avaliação persistente, mantendo vigilância no desenvolvimento de um curso que cumpra seu papel social na formação de profissionais educadores. Como afirmam Aguiar e outros (2006) somente de forma coletiva, solidária e crítica será possível enfrentar os desafios que se anunciam. Este tempo de debates de um novo Plano Nacional de Educação, e do início de uma nova década deste curso de Pedagogia da FACINTER, exige considerar as divergências, contradições e paradoxos de nosso tempo, não como desmobilização e sim na compreensão de educação como prática social, capaz de contribuir na produção de uma nova sociedade. (ROMANOWSKI, 2010) Referências ANFOPE. Documentos Finais do VI, VII, VIII, IX e X Encontros Nacionais da Associação Revista Intersaberes, Curitiba, ano 6, n. 12, p. 237-248, jul/dez 2011 247

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