por considerarem que o modelo empresarial de gestão falhou. O Bloco de Esquerda (BE) sustenta



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Transcrição:

O Governo Regional já disse que pretende reestruturar o Serviço Regional de Saúde, mas não como. Os partidos da oposição têm algumas propostas PAULA GOUVEIA pgouveia@acorianooriental.pt Partidos Todos os partidos com assento parlamentar estão de acordo num ponto: é necessário reestruturar e reorganizar o Serviço Regional de Saúde (SRS). O Governo Regional já disse que o vai fazer, mas ainda não revelou como. Os partidos da oposição têm, no entanto, algumas ideias sobre o que deve ser feito. Financiamento adequado A sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde é a grande preocupação, tendo em conta a dívida do Serviço Regional de Saúde que os partidos como o PSD, CDS-PP e o PPM acreditam que deverá rondar os mil milhões de euros (aos 700 ME, acrescem custos de cerca de 300 ME com a parceria público-privada do Hospital de Angra) e que o Governo insiste ser sensivelmente metade. Deste modo, as forças partidárias ouvidas (PSD, CDS-PP, PCP, BE e PPM) consideram que é preciso garantir o financiamento anual adequado do setor, para prescrevem remédios para a Saúde na Região acabar com o subfinanciamento crónico do SRS e evitar assim o avolumar da dívida. Extinção da Saudaçor e dos hospitais E.P.E. Três partidos (o CDS-PP, o BE e o PPM) defendem a extinção da Saudaçor e dos hospitais E.P.E., por considerarem que o modelo empresarial de gestão falhou. O Bloco de Esquerda (BE) sustenta que "os sucessivos governos do Partido Socialista, na Região (...) trocaram umaorçamentação adequada por engenharias financeiras", provocando "uma dívida enorme" que se reflete num mau serviço aos açorianos. Defende, por isso, não só o fecho da Saudaçor e o fim do modo empresarial de gestão dos hospitais, como uma administração única para os três hospitais. O CDS-PP, por sua vez, propõe a extinção da Saudaçor e dos hospitais E.P.E., avançando duas alternativas possíveis: integrar as unidades de saúde hospitalares na gestão das Unidades de Saúde de Ilha, havendo um único conselho de administração; ou colocar os centros de saúde s a gestão do conselho de administração do hospital de referência. O PCP defende também o fim do estatuto de empresa dos hospitais, mas quanto à Saudaçpr considera que as suas funções e competências devem ser reavaliadas. Uma posição em relação à empresa que gere os recursos do SRS semelhante à do PSD/A que, no entanto, em relação aos hospitais consideraque se deve manter o estatuto empresarial, por permitir algumaflexibilidade na gestão corrente. O BE apresenta uma outra proposta: o fim das parcerias público-privadas (PPP) no setor da Saúde. O PPM defende que é preciso reavaliar a PPP do Hospital da Horta. Saneamento da dívida ou plano de amortização Parao PSD, o volume da dívida é de tal modo insustentável que o partido não vê outra solução que não o saneamento financeiro do Serviço Regional de Saúde, fazendo um acordo financeiro com o Governo da República, sem perda de autonomiaoutransferênciadecompetências para a República. Os sociais-democratas consideram que só assim será possível aliviar o pagamento de juros que compromete "qualquer esforço de racionalização", bem como resolver a dívida a fornecedores de medicamentos e dispositivos médicos que enfrentam graves dificuldades por causa de pagamentos em atraso. O PPM, por sua vez, apresenta uma proposta semelhante: que o Governo Regional negoceie com Lisboa o pagamento parcial, um empréstimo ou a emissão de obrigações alongo prazo para aliviar pelo menos uma parte da dívida. Põe ainda à consideração outras medidas, como a renegocia-

ção com abanca os prazos e juros da dívida e com os próprios fornecedores, reavaliando margens de lucro, por exemplo; ou a canalização de verbas de outras áreas da governação para a amortização da despesa da saúde. O BE defende que, antes de mais, o Governo Regional deve apresentar "a real situação da dívida deste setor, suas maturidades, juros e entidades" e ainda um plano para a sua amortização. Medidas de racionalização O PSD propõe que o Governo Regional adote medidas de racionalização no Serviço Regional de Saúde. Deste modo, de acordo com as conclusões das jornadas parlamentares que ontem terminaram, considera que é necessário elaborar uma carta hospitalar que defina as capacidades instaladas e que estabeleça percursos dos doentes entre unidades de saúde (medida que evitaria por exemplo a prestação de cuidados de saúde fora da Região quando ainda não foi esgotada a capacidade de resposta da Região). Defende também a definição dos critérios de transporte do doente programado, urgente e emergente, uma coordenação eficaz entre os hospitais e os centros de saúde, e que seja feita a análise do custo real por ato praticado, de modo a que cada unidade de saúde estabeleça medidas de outsourcing com agentes convencionados. Para o PSD é ainda necessário que a aquisição de medicamentos e dispositivos médicos, bem como de material de consumo clínico, sefaçaatravés da Central de Compras do Estado. O CDS-PP considera que a central de compras criada na Região "é um logro" e que é crucial para a redução de custos. O PPM lança outras ideias : o investimento em infraestruturas deve ser ponderado e a alocação de recursos humanos deve ter em conta o custo-benefício; os privados devem prestar os serviços que não forem rentáveis parao sistema público; deve-se apurar que recursos há, onde estão e para que servem, para minimizar a dependência em relação ao continente; e deve ser feito um levantamento dos problemas de saúde da população de modo aprojetar medidas e custos. PSD e PPM reservam ainda uma nota para os gestores nomeados. O PSD diz que os gestores nomeados para as unidades de saúde da Região devem ser escolhidos pela sua competência. O PPM diz que "os princípios de custo benefício e custo-efetividade, controlo orçamental e análise de desvios, combate ao desperdício e motivação dos profissionais obrigam a nomeações de pessoas competentes", independentemente da sua crença política. É também sustentado de uma forma geral por todos os partidos que é necessário apostar nos serviços primários de saúde, para in- Renovação das administrações e da rede de cuidados O Conselho Diretivo Regional da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros defende que a reestruturação do Serviço Regional de Saúde (SRS) deve ser planeada a longo prazo, pois medidas avulsas "só irão provocar maior fragilidade no serviço, tal como se tem constatado num passado recente". Deste modo, como explica Tiago Lopes, presidente do Conselho Diretivo Regional da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros, para alcançar a sustentabilidade do SRS e combater o aumento da despesa, a reforma deve passar por novas regras para os conselhos de administração das unidades de saúde, pela reorganização da rede de cuidados de saúde, e pela informatização da Saúde No que se refere aos conselhos de administração, a Ordem dos Enfermeiros considera que qualquer plano precisa de quem o operacionalize no terreno de forma eficaz e eficiente. Deste modo, pede-se coragem política para remodelar os atuais conselhos de administração. E defende-se que sejam criados mecanismos legais de contratação de equipas de gestão, baseados em critérios de competência e qualificação; bem como que seja monitorizado o desempenho dos conselhos de administração das unidades de saúde, propondo também a definição de contratos de gestão entre os conselhos de administração e atutela. Do ponto de vista da Ordem dos Enfermeiros, os conselhos de administração devem ser remunerados em função de um modelo de classificação das unidades de saúde

A Ordem dos Enfermeiros considera crucial a articulação entre Emergência Pré-Hospitalar, Cuidados de Saúde Primários, Cuidados de Saúde Diferenciados e Cuidados Continuados de forma efetiva. No que se refere à Emergência Pré-Hospitalar, "existe uma evidente assimetria regional no acesso a meios de resposta", por isso, os enfermeiros propõem o alargamento das viaturas de Suporte Imediato de Vida às restantes ilhas (estão em São Miguel, Terceira e Faial), mantendo os enfermeiros, um papel crucial nesta área no que se refere à tripulação e à orientação/ triagem dos doentes urgentes. Ao nível dos cuidados primários, é preciso, defende a Ordem dos Enfermeiros, intervir ao nível dos recursos materiais e dos recursos humanos. Ao nível dos recursos materiais, sustenta que é necessária a construção dos centros de saúde de Ponta Delgada e de Madalena do Pico; e a eliminação da duplicação e sobreposição de serviços, centralizando-os (dá-se o exemplo da existência no Pico de três unidades de internamento e três unidades básicas de urgência). Já ao nível dos recursos humanos, o trabalho de enfermagem pode ser rentabilizado, nomeadamente com a extensão do enfermeiro de família a toda a região, o alargamento das consultas de enfermagem e das visitas domiciliárias. A criação de centros de excelência e a centralização de algumas especialidades numa única unidade hospitalar para a prestação de cuidados de saúde diferenciados; e concertação entre a tutela e as organizações não governamentais (IPSS e Misericórdias) para os cuidados continuados são outras propostas da Ordem que considera ainda crucial a planificação da incorporação das novas tecnologias de informação e comunicação, para contribuir para a criação do registo de saúde eletrónico de cada cidadão. Só desse modo, sustenta, será possível a partilha de informação, para uma racionalização na prescrição de medicamentos e exames complementares de diagnóstico e, por esse meio, para a melhoria da qualidade, garantia da continuidade de cuidados e para a diminuição dos custos dos cuidados de saúde.* pc RACIONALIZAÇÃO São várias as propostas no sentido de racionalizar os recursos: compras centralizadas, privilegiar tratamentos na Região, maior coordenação ORDEM DOS ENFERMEIROS TEM PROPOSTA PARA PLANO DESUSTENTABILIDADE Propostas visam a sustentabilidade do SRS e o combate do aumento da despesa EXTINÇÃO DA SAUDAÇOR Medida é defendida pelo CDS-PP, BE e PPM: passar a gestão da Saúde para a administração regional

EXTINÇÃO DOS HOSPITAIS E.P.E. 0 fim do estatuto de empresa para os três hospitais da Região é defendido pelo CDS-PP, BE, PCP eppm SANEAMENTO PSD defende acordo DA DÍVIDA com o Governo da República para que seja saneada a dívida. PPM defende saneamento parcial FINANCIAMENTO ADEQUADO Todas as forças partidárias da oposição consideram que há subfinanciamento do Serviço Regional de Saúde CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO COMPETENTES PSD e PPM fazem o reparo: nomeações dos gestores devem ser feitas pela sua competência PS E ORDEM DOS MÉDICOS O PS e a Ordem dos Médicos remeteram para mais tarde a divulgação das suas propostas