1 Demonstrações Obrigatórias - Lei das S/A x Pronunciamentos Técnicos CPC



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Transcrição:

Sumário 1 Demonstrações Obrigatórias - Lei das S/A x Pronunciamentos Técnicos CPC... 1 1.1 Base Normativa... 1 1.2 Balanço Patrimonial... 2 1.3 Demonstração do Resultado, e do Resultado Abrangente... 4 1.4 Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido... 6 1.5 Demonstrações dos Fluxos de Caixa... 7 1.6 Demonstração do Valor Adicionado... 8 1.7 Resumo didático A Finalidade de Cada Demonstração... 9 1 Demonstrações Obrigatórias - Lei das S/A x Pronunciamentos Técnicos CPC 1.1 Base Normativa De acordo com a Lei das S/A, especificamente nos termos de seu artigo 176, o rol de demonstrações financeiras obrigatórias é o seguinte: (a) Balanço Patrimonial; (b) Demonstração do Resultado do Exercício; (c) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados suprida pela apresentação da Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido; (d) Demonstração dos Fluxos de Caixa - dispensada para companhias fechadas e com Patrimônio Líquido inferior a R$ 2.000.000,00 e (e) Demonstração do Valor Adicionado obrigatória apenas para companhias abertas. A seguir, a título de ilustração, encontra-se reproduzido o referido artigo: Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e IV demonstração dos fluxos de caixa; e V se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.... 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. Luiz Eduardo Santos Página 1 de 12

Quanto à possibilidade de a Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido substituir a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, cabe esclarecer que o 2º do art. 186 da Lei das S/A, permite que esta seja incluída no conteúdo daquela, nos termos abaixo: Art. 186.... 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados... poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia. De forma semelhante, o Pronunciamento Técnico CPC n 26, dispõe que o conjunto completo de demonstrações inclui: (a) O Balanço Patrimonial; (b) A Demonstração do resultado do período; (c) A Demonstração do resultado abrangente do período (em quadro demonstrativo próprio); (d) A Demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; (e) A Demonstração dos fluxos de caixa do período; e (f) A Demonstração do valor adicionado. Ainda são incluídas nesse rol as Notas explicativas, com a apresentação do resumo das políticas contábeis e outras informações complementares às demonstrações. Nesse sentido, cabe referir o parágrafo n 10 do pronunciamento, a seguir reproduzido em parte: 10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: (a) balanço patrimonial ao final do período; (b1) demonstração do resultado do período; (b2) demonstração do resultado abrangente do período; (c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; (d) demonstração dos fluxos de caixa do período; (e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas; (f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis; e (g) demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente. 1.2 Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial apresenta a posição financeira e patrimonial da entidade em uma determinada data, representando uma posição estática, metaforicamente como se fosse uma fotografia do patrimônio, em um dado momento. A Estrutura do Balanço Patrimonial está determinada no art. 178 da Lei das S/A, nos termos a seguir reproduzidos: Luiz Eduardo Santos Página 2 de 12

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I ativo circulante; e II ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I passivo circulante; II passivo não circulante; e III patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. A figura abaixo ilustra a estrutura proposta para o Balanço Patrimonial, na Lei das S/A: ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Resumidamente: PASSIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucro Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados (a) o Ativo compreende os recursos controlados pela entidade, dos quais se esperam benefícios econômicos futuros; (b) o Passivo representa as exigibilidades e obrigações da entidade; e (c) o Patrimônio Líquido representa a diferença entre o Ativo e o Passivo. Quanto ao Ativo, nele são apresentadas em primeiro lugar as contas mais rapidamente conversíveis em caixa e ele é formado pelos seguintes Subgrupos: - o Ativo Circulante, que representa os recursos de curto prazo; e - o Ativo não Circulante, que representa os demais recursos. Aprofundando, o Ativo não Circulante, é composto pelos seguintes subgrupos: Luiz Eduardo Santos Página 3 de 12

- Realizável a Longo Prazo, formado por direitos sobre recursos realizáveis no longo prazo; - Investimentos, formado por participações societárias e direitos sobre recursos de longo prazo não utilizados na atividade fim da entidade; - Imobilizado, formado por direitos sobre recursos de longo prazo, corpóreos e que são utilizados na atividade fim da entidade; e - Intangível, formado por direitos sobre recursos de longo prazo, incorpóreos e que são utilizados na atividade fim da entidade. Quanto ao Passivo, nele são apresentadas, em primeiro lugar, as contas cuja exigibilidade é prevista para os prazos mais curtos, sendo formado pelos seguintes Subgrupos: - o Passivo Circulante, que representa obrigações exigíveis no curto prazo; e - o Passivo não Circulante, que representa as demais obrigações. Por fim, temos o Patrimônio Líquido, que representa o valor residual dos recursos do Ativo, depois de deduzidas todas as obrigações do Passivo, ou seja, representa o que sobra e que, consequentemente, deve ser entregue aos proprietários da entidade. Por sua vez, o Patrimônio líquido é formado pelos seguintes subgrupos: - o Capital Social, representando a contribuição dos proprietários para formação do patrimônio da entidade, - as Reservas de Capital, representando as contribuições de terceiros interessados no resultado da entidade; - os Ajustes de Avaliação Patrimonial, representando os aumentos ou reduções temporários do Patrimônio, decorrentes de alteração de critério de avaliação de elementos do ativo ou do passivo; - as Reservas de Lucro, representando parcelas retidas dos lucros da entidade, por motivos específicos; - as Ações em Tesouraria, representando o valor do capital readquirido pela entidade, reduzindo seu patrimônio e seu quadro acionário; e - os Prejuízos Acumulados, representando a redução do patrimônio líquido decorrente das perdas sofridas pela entidade, no desempenho de suas atividades. 1.3 Demonstração do Resultado, e do Resultado Abrangente A Demonstração do Resultado do Exercício é definida pelo artigo 187 da Lei das S/A, em seu conteúdo e estrutura, segundo a qual, os elementos componentes do resultado (lucro ou prejuízo da entidade), devem ser apresentados, de forma dedutiva, organizados por sua função no âmbito das atividades da entidade. A seguir, encontra-se apresentado o referido artigo. Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; Luiz Eduardo Santos Página 4 de 12

IV o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. O Pronunciamento Técnico CPC n 26, porém, dispõe que os itens que resultam em aumentos ou reduções do patrimônio, reconhecidos no período devem ser apresentados em duas demonstrações: - A Demonstração do Resultado do período e - A Demonstração do Resultado Abrangente do período. A Demonstração do Resultado do período deve, no mínimo, incluir as receitas e despesas, decorrentes da atividade da entidade, de forma semelhante àquela determinada pela Lei das S/A. A Demonstração do Resultado Abrangente deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas: (a) resultado líquido do período (evidenciado pela Demonstração do Resultado); (b) cada item dos Outros Resultados Abrangentes, inclusive aqueles apurados pelas empresas investidas, reconhecidos por reflexo; e (c) o Resultado Abrangente do período. Os referidos Outros Resultados Abrangentes são itens com natureza de receita ou despesa (ou seja, que aumentam ou reduzem o Patrimônio Líquido), mas que não são reconhecidos na Demonstração do Resultado. Como exemplos, temos: (a) variações em reservas de reavaliação, (b) ganhos e perdas atuariais em planos de benefícios a empregados, (c) ganhos e perdas derivados de conversão de moeda e (d) ajuste de avaliação patrimonial. Repare que, pelos exemplos apresentados, os Outros Resultados Abrangentes têm, como característica, a alteração de valor em recurso ou obrigação do patrimônio, em virtude de sua mensuração (e não pela atividade da entidade). Portanto, nas duas demonstrações, do Resultado e do Resultado Abrangente, são apresentadas as mutações que ocorrem no Patrimônio Líquido durante o período, que não sejam derivadas de transações com os sócios (tais como aumento de capital ou distribuição de dividendos). Uma importante diferença entre a Lei das S/A e o Pronunciamento Técnico CPC é que esse permite teoricamente a apresentação da Demonstração do Resultado tanto pelo critério da função da despesa quanto pelo de sua natureza. Exemplificativamente, havendo depreciação, tanto de máquinas utilizadas nas atividades administrativas da entidade, quanto em máquinas utilizadas em seu processo fabril: Luiz Eduardo Santos Página 5 de 12

- pelo critério da função, a primeira depreciação iria compor as despesas operacionais e a segunda, o custo do produto vendido; mas - pelo critério da natureza as duas depreciações seriam apresentadas em conjunto, como despesas de depreciação. Ora, a Lei das S/A não permite esse segundo critério e, portanto, daremos foco ao critério da função. A figura abaixo ilustra a estrutura proposta para a Demonstração do Resultado, por essas duas fontes normativas: ( ) Receitas (-) Custos (=) Lucro Bruto (+/-) Despesas e Receitas Operacionais (=) Lucro antes das Receitas e Despesas Financeiras (+/-) Despesas e Receitas Financeiras (=) Resultado antes dos tributos (-) Tributos (=) Resultado das Operações Continuadas (+/-) Operações Descontinuadas (=) Resultado Líquido Observações: 1. A Lei das S/A não diferencia as Despesas e Receitas Financeiras das demais Despesas e Receitas Operacionais. 2. A Lei das S/A determina a apresentação dos Tributos junto com a destinação de lucros a terceiros, na forma de participações. 3. A Lei das S/A não diferencia as operações continuadas e descontinuadas. Por fim, cumpre esclarecer que as receitas e despesas são apropriadas ao período, pelo regime de competência, independentemente de seu recebimento ou pagamento. 1.4 Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido A Demonstração dos Lucros e Prejuízos acumulados DLPA está prevista no art. 186 da Lei das S/A, em seu conteúdo e estrutura, nos seguintes termos: Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes. 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia. Luiz Eduardo Santos Página 6 de 12

A DLPA evidencia a destinação dada ao lucro (apurado na Demonstração do Resultado), que pode ser utilizado para: - compensar prejuízos acumulados; - constituir reservas de lucro; - aumentar o capital ou - ser distribuído aos acionistas, na forma de dividendos. Porém, a própria Lei permite que ela seja incluída em outra demonstração: a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DMPL, que é mais completa, sendo a DLPA apenas uma de suas colunas. A DMPL evidencia a mutação do Patrimônio Líquido em termos globais, apresentando, entre outras, as seguintes informações: - integralizações de capital ocorridas no período; - resultado do exercício (lucro ou prejuízo); - ajustes de exercícios anteriores (por correção de erros ou alteração de critérios); e - mutações internas ao Patrimônio Líquido, tais como incorporação de reservas ao capital ou transferência de lucros para reservas e vice-versa. Por outro lado, no Pronunciamento Técnico CPC n 26, não é prevista a apresentação da DLPA, sendo exigida diretamente a DMPL. A figura a seguir ilustra resumidamente - a estrutura proposta para a DMPL: CAPITAL RESERVAS AJUSTES LPA * TOTAL Saldo inicial Ajustes de Exercícios Anteriores Saldo ajustado Reversões de Reservas Resultado do Exercício Total Disponível Aumento de Capital Constituição de Reservas Distribuição de Dividendos Saldo final * Obs.: Essa coluna da DMPL representa a DLPA. 1.5 Demonstrações dos Fluxos de Caixa Diferentemente das demonstrações até aqui apresentadas, que pretendem apresentar o funcionamento da entidade como um todo, com apresentação do comportamento de seu patrimônio ao longo de um período de tempo, a Demonstração dos Fluxos de Caixa DFC tem um objetivo mais específico: apresentar as transações que geraram caixa (dinheiro) ou que consumiram caixa, no período. Esta Demonstração está prevista no art. 188, I da Lei das S/A, nos seguintes termos: Art. 188.... I demonstração dos fluxos de caixa as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: a) das operações; Luiz Eduardo Santos Página 7 de 12

b) dos financiamentos; e c) dos investimentos;... De forma consistente, a Demonstração também está prevista no Pronunciamento Técnico CPC n 26, em seu parágrafo 111, sendo que o Pronunciamento Técnico CPC n 3 é totalmente dedicado a ela. A seguir, apresentamos a Estrutura simplificada dessa Demonstração. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ( ) Fluxo das Transações Operacionais (+/-) Fluxo das Transações de Financiamento (+/-) Fluxo das Transações de Investimento (=) Caixa gerado/consumido no período ( ) Saldo Final de Caixa (-) Saldo Inicial de Caixa (=) Caixa gerado/consumido no período A título de esclarecimento, cabe colocar que: - as transações operacionais são aquelas ligadas à atividade fim da entidade (ex. compra e venda, pagamento de salários e tributos etc.); - as transações de financiamento são aquelas ligadas à captação dos recursos necessários ao financiamento da atividade da entidade (ex. empréstimos e aumento de capital); e - as transações de investimento são aquelas ligadas à aquisição de recursos de longo prazo, a serem usados na atividade da entidade (ex. equipamentos, imóveis e participações societárias). Por fim, é interessante reparar que a soma algébrica dos valores correspondentes a esses fluxos, que caracteriza o valor de caixa líquido gerado ou consumido no período, tem que ser equivalente à diferença dos saldos inicial e final de caixa da entidade. 1.6 Demonstração do Valor Adicionado Enquanto a DFC trata de um aspecto específico do patrimônio, a Demonstração do Valor Adicionado tem por objetivo apresentar a entidade contextualizada em seu ambiente, social e econômico, gerando riqueza a partir de suas atividades e a distribuindo entre os agentes que colaboram para essa geração. Essa Demonstração está prevista pelo art. 188, II, da Lei das S/A, conforme a seguir reproduzido: Art. 188....... Saliente-se que: II demonstração do valor adicionado o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. - a riqueza gerada é, basicamente, a diferença entre o valor de suas vendas e o respectivo custo; e Luiz Eduardo Santos Página 8 de 12

- a distribuição da riqueza ocorre nos termos a seguir, simplificadamente, apresentados:. salários, para os empregados da entidade;. juros, aluguéis, royalties ou dividendos, para os financiadores da atividade da entidade, conforme eles se caracterizem como credores, locadores, detentores da tecnologia utilizada pela entidade ou acionistas da entidade; e. tributos, para o governo. A seguir, apresentamos a estrutura simplificada da demonstração: Demonstração do Valor Adicionado ( ) Riqueza Gerada ( ) Venda (-) Custo (=) Riqueza ( ) Riqueza Distribuída Salários Juros Aluguéis Royalties Dividendos Tributos Parcela mantida 1.7 Resumo didático A Finalidade de Cada Demonstração Repare que, até aqui, as Demonstrações foram apresentadas a partir de sua previsão normativa e da estrutura determinada pela correspondente norma. Essa abordagem está correta, porém não é didática, ensejando mais dúvidas no estudante do que o conhecimento do assunto. Isso ocorre porque, para o conhecimento satisfatório de um determinado conceito, de uma coisa, ou de um ente qualquer, é necessário procurar quatro elementos fundamentais nele presentes que o diferenciam dos demais conceitos, coisas, ou entes. Tais elementos são: (a) a matéria, da qual a coisa é feita, (b) a forma dessa coisa, (c) o motivo que ensejou sua existência e (d) a finalidade para a qual ela existe. Esse é um método bastante eficiente para o entendimento da realidade que nos envolve. Uma peculiaridade desse método reside no fato de revelar que a forma serve ao fim, ou seja, as coisas assumem uma determinada forma para melhor alcançar o fim a que se destinam. Portanto, conhecendo a finalidade da coisa observada, o entendimento de sua forma fica muito facilitado. Para exemplificar a aplicação do método proposto, propomos a análise uma cadeira. Uma cadeira é (1) feita de madeira e pregos; (2) tem por formato: (a) quatro pernas, (b) um assento e (c) um encosto; (3) é feita pelo homem e (4) tem por finalidade permitir que as pessoas sentem-se nelas (para ler, comer, assistir televisão, etc.). Se uma cadeira fosse apresentada a um selvagem (que descansa de cócoras e, portanto, nunca teria visto uma cadeira antes), pela sua forma, ele poderia imaginar que a cadeira fosse: (1) um totem (para adoração de um deus qualquer); (2) um instrumento de defesa (com quatro lanças, de pontas pouco afiadas); (3) parte de uma armadilha, para capturar animais; etc. Ocorre que, se fosse (de pronto) dito a ele que a cadeira serve para que uma pessoa possa se Luiz Eduardo Santos Página 9 de 12

sentar nela, ele rapidamente entenderia a razão das quatro pernas (sustentação), do assento (acomodação das coxas e nádegas) e do encosto (acomodação das costas). Esse exemplo ilustra a afirmação de que, conhecendo-se a finalidade de algo, a razão de sua forma é rapidamente entendida. Em outras palavras, conforme já dito, a forma serve ao fim. Agora, transportando esse conceito para o estudo das demonstrações contábeis, revela-se claramente o equívoco da apresentação das demonstrações exclusivamente (1) pela sua enumeração, conforme disposto na lei ou em pronunciamentos técnicos, e (2) pela forma e conteúdo previstos nessas leis ou pronunciamentos. Isso porque, sem saber a finalidade (informacional) de cada demonstração, fica difícil para o estudante entender (e decorar) sua forma e seu conteúdo. Com efeito, esse seria um caminho fácil para apresentação do assunto (basta repetir a lei), mas consiste num dos caminhos mais difíceis para que o estudante (especialmente o neófito) efetivamente o compreenda. Portanto, nesse ponto da matéria, vamos revisitar o tema até aqui apresentado e identificar a finalidade de cada demonstração financeira, no sistema de informações contábil. Pois bem, o Balanço Patrimonial tem por finalidade a apresentação do valor de cada um dos itens do patrimônio, registrados (não por acaso) em contas patrimoniais (representando recursos bens/direitos, obrigações e a respectiva diferença entre eles), num DETERMINADO MOMENTO NO TEMPO no caso, no início e no final do exercício. Em outras palavras, o Balanço Patrimonial pode ser encarado metaforicamente como uma fotografia do patrimônio referente a um dado momento. Por seu turno, a Demonstração do Resultado a Demonstração do Resultado do Exercício tem como finalidade a apresentação dos motivos pelos quais o valor do patrimônio aumentou (receitas) ou diminuiu (despesas), em decorrência da atividade da entidade, durante o período de tempo compreendido entre a apresentação dos dois balanços patrimoniais, acima descritos, no caso, durante o exercício (tais motivos estão representados por contas de resultado). Em outras palavras, a Demonstração do Resultado do Exercício é a lista de motivos (e respectivos valores) pelos quais o patrimônio aumentou ou diminuiu no período compreendido entre suas duas fotografias. Adicionalmente, podemos dizer que a Demonstração do Resultado Abrangente tem finalidade complementar àquela da Demonstração do Resultado, porque apresenta os motivos pelos quais o patrimônio aumentou ou diminuiu no período, em função de alteração na mensuração de elementos patrimoniais. Temos, ainda, a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, que servem para dar fechamento às informações das demonstrações anteriores, reunindo as informações do resultado com as do patrimônio e apresentando a destinação do resultado como parte da relação entre a entidade e seus proprietários. Essas cinco demonstrações são complementares e devem ser entendidas conjuntamente, conforme ilustrado na figura a seguir: Luiz Eduardo Santos Página 10 de 12

BALANÇO PATRIMONIAL inicial BALANÇO PATRIMONIAL final ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO Obrigações Obrigações PL - Obrigações - Obrigações PL i f DMPL DRE DRA ( ) Saldo Inicial ( ) Receitas ( ) Ajustes (+) Aporte Cap. (-) Despesas (-) Ajustes (-) Rest. Cap. (=) Resultado (=) Outros Res. Abr. (=) Saldo Final Variações decorrentes da atividade Variações decorrentes da mensuração Reunião entre o Resultado e o Patrimônio. Representando as transações com Proprietários Repare que a análise conjunta dessas demonstrações permite compreender a evolução do patrimônio no tempo, como sua situação inicial se transformou na situação final, considerando as modificações decorrentes da atividade da entidade, da mensuração de seus elementos e as transações com seus proprietários. Agora, vejamos a Demonstração dos Fluxos de Caixa. Sua função é mais específica e independente do que a função das demonstrações anteriores. Com efeito, ela se destina a explicar as transações que geram caixa ou que causam seu consumo, no período. Portanto, ela não permite uma visão do comportamento do patrimônio, mas apenas de uma parte importante dele. A figura a seguir, ilustra a finalidade da Demonstração dos Fluxos de Caixa: DFC ( ) Tr. Operacionais (+/-) Tr. de Financiamento (+/-) TR. de Investimento (=) Geração / Consumo ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO Cx. Obrigações Cx. Obrigações PL - Obrigações - Obrigações i f E, por fim, temos a Demonstração do Valor Adicionado que, ao contrário da DFC, abre o foco da análise da Entidade, contextualizando seu no âmbito do meio social e econômico em que ela se insere, gerando riqueza e a distribuindo aos agentes que colaboraram nessa geração. Luiz Eduardo Santos Página 11 de 12

A seguir, apresentamos a ilustração da finalidade da Demonstração do Valor Adicionado: ATIVO PASSIVO Obrigações - Obrigações PL RIQUEZA Geração DVA Clientes Fornecedores Empregados Distribuição Governo Credores Acionistas A figura a seguir resume a finalidade de cada uma das demonstrações acima referidas. DFC ( ) Tr. Operacionais (+/-) Tr. de Financiamento (+/-) TR. de Investimento (=) Geração / Consumo DVA Clientes Geração ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO Fornecedores Cx. Obrigações Cx. Obrigações PL PL RIQUEZA - Obrigações - Obrigações Empregados Governo i f Distribuição Credores DMPL DRE DRA ( ) Saldo Inicial Acionistas ( ) Receitas ( ) Ajustes (+) Aporte Cap. (-) Despesas (-) Ajustes (-) Rest. Cap. (=) Resultado (=) Outros Res. Abr. (=) Saldo Final Luiz Eduardo Santos Página 12 de 12