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Transcrição:

ÍNDICE - O Estado de S.Paulo...2 Vida&...2 Brasil tem até outubro para ratificar tratado...2 Folha de S.Paulo...3 Mundo/ EUA...3 Governo perde ação contra indústria do tabaco...3 Folha de S.Paulo...4 Ciência/ MEDICINA...4 Antidepressivo da mãe causa abstinência em bebê...4 Folha de S.Paulo...6 Dinheiro/ FUMO...6 Indústria do tabaco tem vitória em ação...6 Tribuna da Imprensa (RJ)...7 Ciência...7 Imitação quase perfeita deixa Inmetro de olho nas camisinhas...7 Folha de Londrina (PR)...9 Cidades...9 Justiça garante acesso a medicamentos...9

O Estado de S.Paulo Vida& Brasil tem até outubro para ratificar tratado Jamil Chade e Rosa Costa O Brasil terá até o final de outubro para ratificar o acordo de controle do tabaco se ainda pretende fazer parte da conferência internacional que irá determinar as futuras políticas para o setor, entre elas a limitação da publicidade, a taxação sobre os cigarros ou as regras sobre locais de vendas. Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que a conferência deverá ocorrer a partir do dia 6 de fevereiro de 2006, em Genebra. Para que o País possa fazer parte da reunião, terá de depositar a ratificação do documento em Nova York três meses antes, ou seja, em outubro deste ano. O acordo foi assinado em 2003 e foi presidido pelo Brasil. Embora tenha sido ratificada por 55 países, a convenção até agora não conta com a presença do País, já que o texto está parado no Senado. Alguns congressistas alegam que o controle do tabaco poderia ser prejudicial para os produtores de fumo do Rio Grande do Sul, mas a própria OMS aponta que os senadores estão caindo na armadilha da indústria. "Seria lamentável se o Brasil ficar de fora da primeira conferência e é lamentável que o Senado não entenda a importância do acordo para a saúde do País", afirma Vera Costa e Silva, diretora do programa de combate ao cigarro na OMS. O líder do PFL, José Agripino (RN), previu que dificilmente o Senado ratificará até outubro. Ele disse que a previsão se baseia na forma como o governo tem encaminhado o caso.

Folha de S.Paulo Mundo/ EUA Governo perde ação contra indústria do tabaco Um tribunal de apelações da Justiça americana rejeitou ontem o pedido de indenização de US$ 280 bilhões feito pelo governo à indústria do tabaco, para cobrir as despesas com o tratamento das vítimas do cigarro. O governo argumentava que as indústrias ocultavam fraudulentamente os perigos do consumo do tabaco.

Folha de S.Paulo Ciência/ MEDICINA Antidepressivo da mãe causa abstinência em bebê Estudo mostra que recém-nascidos são afetados por droga ingerida durante a gravidez; sintoma some após 24 horas BENEDICT CAREY DO "NEW YORK TIMES" Após um longo debate no ano passado sobre os riscos do uso de antidepressivos por crianças, uma análise dos registros médicos da Organização Mundial da Saúde demonstrou que as crianças cujas mães tomaram as drogas durante a gravidez podem sofrer sintomas de abstinência. O estudo desafia a convicção de muitos médicos de que mulheres grávidas com depressão que tomam os medicamentos não irão afetar seus bebês de modo algum. Mas especialistas dizem que o estudo, publicado ontem na revista médica "The Lancet", não é definitivo e precisa ser contrabalançado pelos benefícios do tratamento com a droga. A depressão materna sem tratamento também pode prejudicar um feto em desenvolvimento, dizem os especialistas, e pode levar a problemas duradouros na infância. Todas as crianças no estudo se recuperaram completamente dos sintomas de abstinência em 24 horas. "Esse estudo é importante porque alerta para o fato de que bebês expostos a antidepressivos durante a gravidez deveriam ser observados atentamente e podem ter comportamentos incomuns inicialmente", disse Timothy Oberlander, pediatra da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. Oberlander não estava envolvido na pesquisa e não faz estudos ou atua como consultor de companhias farmacêuticas. Cerca de 10% a 15% das mulheres sofrem ataques de desespero durante o caos hormonal da gravidez, e cerca de um quarto delas toma tratamento antidepressivo, segundo estimativas dos médicos, usualmente com drogas como Prozac, da Eli Lilly; Paxil, da GlaxoSmithKline; e Zoloft, da Pfizer. Caso não sejam tratadas, essas mulheres também podem ter risco aumentado de sofrer depressão pósparto, uma condição devastadora que não só perturba a relação entre mãe e filho mas também pode interferir com o desenvolvimento social da criança, segundo Janet DiPietro, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins. No novo estudo, pesquisadores na Espanha e na Suécia vasculharam uma enorme base de dados eletrônica de reações adversas a drogas da OMS em Uppsala, Suécia. Eles procuraram relatos de recém-nascidos que foram expostos no útero a antidepressivos e tiveram sintomas que incluíam agitação aumentada, febre e respiração acelerada. Os psiquiatras há muito observam essas reações em adultos que interrompem abruptamente a ingestão de certos antidepressivos, e alguns estudos menores também notaram sintomas similares em crianças nascidas de mulheres que estavam tomando as drogas. Os pesquisadores encontraram nos registros mais de cem casos do tipo. Limitaram-se a 93 deles, que podiam ser fortemente ligados a medicação antidepressiva, baseados numa leitura dos relatórios originais dos médicos envolvidos em cada caso. Após conduzir uma análise estatística baseada em parte nas estimativas da OMS sobre consumo de medicamentos, os autores concluíram que os relatórios de

abstinência eram mais comuns do que seria esperado se fossem gerados de modo aleatório. Em 13 dos 93 casos, afirma o estudo, os recém-nascidos sofreram convulsões, uma reação que não foi notada com freqüência em adultos que interrompem o uso de antidepressivos. "Tudo que estamos dizendo é que os dados que temos apontam a possibilidade de problemas de abstinência, mas teríamos de investigar cada caso de perto para determinar o risco geral", disse o autor principal do estudo, Emilio Sanz, da Escola Médica La Laguna, nas Ilhas Canárias, Espanha.

Folha de S.Paulo Dinheiro/ FUMO Indústria do tabaco tem vitória em ação Um tribunal de apelações dos Estados Unidos decidiu em favor da indústria de cigarros em um processo movido pelo governo. A intenção do governo era que as empresas do setor pagassem cerca de US$ 280 bilhões em lucros passados por não ter informado consumidores dos riscos de fumar e de ser fumante passivo durante 50 anos. Uma corte inferior havia decidido em favor do governo, autorizando o confisco dos supostos "lucros obtidos ilegalmente". O governo ainda pode apelar para a Suprema Corte dos EUA. O processo contra a indústria teve como base uma lei de 1970 de combate ao crime organizado. As companhias envolvidas são a Philip Morris, a Reynolds American, a British American Tobacco e a Lorillard. (DA REDAÇÃO)

Tribuna da Imprensa (RJ) Ciência Imitação quase perfeita deixa Inmetro de olho nas camisinhas Todo cuidado é pouco na hora de comprar preservativo. Embora o produto comercializado no País, seja nacional ou importado, passe por um rigoroso processo de controle de qualidade, os falsificadores têm aperfeiçoado as adulterações, tornando cada vez mais difícil a identificação da mercadoria fraudada, alerta o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), que reforça a fiscalização na semana anterior ao carnaval, quando o consumo é maior. No ano passado, das 605.070 unidades de preservativos recolhidas em 1.122 estabelecimentos comerciais durante a operação especial do Inmetro, 5.379 apresentavam irregularidades. Embora a proporção de camisinhas pirateadas fique em torno de 1%, o número não deixa de preocupar, já que ela é utilizada como um dos principais métodos contraceptivos e de prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. "Os falsificadores estão acompanhando as mudanças feitas pelos fabricantes. É uma situação perigosa porque a camisinha adulterada pode ter furos, pois não passou pelo controle de qualidade. É preciso, portanto, ficar alerta", observa o técnico Marcos Trajano, da Divisão de Verificação e Fiscalização da Conformidade (Divec) do Inmetro. Segundo ele, é mais freqüente encontrar material irregular em cidades do interior. De acordo com dados enviados pelos órgãos de vigilância sanitária e autoridades policiais à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foram apreendidos, no ano passado, 1.835 preservativos falsificados, todos produzidos pela Johnson & Johnson, a maioria no Paraná (911), seguido de Minas Gerais (287) e de São Paulo (93). Dois lotes falsificados de camisinhas do tipo lubrificado da marca Jontex foram descobertos após um alerta dado à Vigilância Sanitária de São José dos Campos, por um consumidor que apresentou irritação na pele ao usar o produto. Atentado à saúde Técnico da Gerência de Investigação da Anvisa, Carlos Galindo avalia que a adulteração de preservativos é um "atentado à saúde pública". "Os riscos de usar um produto falsificado são muito graves. E está cada vez mais complicado detectar uma adulteração de camisinha. Até o selo do Inmetro eles já colocam no material pirateado. Donos de estabelecimentos, principalmente do interior, compram a mercadoria mais barata, sem nota", diz ele, ressaltando que o combate à fraude de preservativos exige a conscientização do consumidor e do comerciante. Existem no País quatro instituições credenciadas pelo Inmetro para testar os preservativos comercializados em território nacional: três delas em São Paulo e uma no Rio, o Laboratório de Polímeros, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Técnica do Divec, Fátima Leoni explica que a análise do produto importado é feita em cada lote, por amostragem. "Se aprovado, vai para o mercado; caso contrário, é destruído ou enviado de volta ao país onde foi produzido". No caso das empresas nacionais, a fiscalização é realizada três vezes ao ano. "Mas todo preservativo que sai da linha de produção é testado para furos. Se apresentar algum, a máquina rejeita e ele é automaticamente descartado", salienta, destacando que a mercadoria é avaliada em cinco itens: furo, comprimento, largura, resistência, estouro. Segundo Fátima, o consumidor deve verificar detalhes que constatam a originalidade do produto ao comprá-lo. "Na hora do aperto ninguém nem vê direto a

camisinha", observa, chamando atenção ainda para que as pessoas não comprem preservativos com a marca do Ministério da Saúde. "Eles são gratuitos. Soubemos, em anos anteriores, de casos em que as camisinhas doadas pelo governo federal estavam sendo vendidas". Gerente de certificação do Laboratório de Polímetros do Instituto Nacional de Tecnologia, Edir Alves diz que a melhor maneira de não levar gato por lebre é ficar muito atento na hora de comprar o produto. "Se não tiver selo do Inmetro já não é confiável. Também é preciso trazer a data de fabricação e de vencimento ou o prazo de validade", orienta. Ela, assim com os outros dois técnicos ouvidos pela reportagem salientam que o consumidor precisa ter muito cuidado também no manuseio do produto. "Nada de deixá-lo no calor, na umidade ou na luz, pois o látex é muito sensível".

Folha de Londrina (PR) Cidades Justiça garante acesso a medicamentos Central de Medicamentos cumpre em média dois mandatos judiciais por dia para itens que estão fora da distribuição gratuita Nos últimos anos, a Secretaria de Estado de Saúde tem visto aumentar em ritmo acelerado as decisões judiciais favoráveis a pacientes sem condições financeiras de adquirir determinados medicamentos ou cujos planos de saúde privados não cobrem a medicação. A direção da Central de Medicamentos do Paraná (Cemepar) cumpre uma média de dois mandados judiciais por dia que exigem a compra de ítens que não fazem parte de sua lista de distribuição gratuita. Entre 2002 e 2004, os gastos para cumprir as decisões da Justiça aumentaram quase cinco vezes. Os pedidos variam de leites diferenciados às drogas de última geração, indicadas para tratamento de Aids ou de doenças raras. O diretor da Cemepar, Luis Fernando de Oliveira Ribas, apontou que em 2002 foram consumidos cerca de R$ 700 mil no cumprimento de mandados de segurança que exigiam a compra de determinados medicamentos. No ano passado, esses gastos subiram para mais de R$ 3,4 milhões, o que significa um aumento de quase cinco vezes em apenas dois anos. Esse custo extra preocupa porque o orçamento mensal da Cemepar, que fica entre R$ 6,5 milhões e R$ 7,5 milhões, não aumenta na mesma velocidade. ''É preocupante porque não temos tido um limite para as coisas e assim fica difícil planejarmos nossas ações'', comentou o diretor. Ribas observou que esse crescimento de compras de medicamentos via judicial é resultado da combinação de alguns fatores. Um deles é que os avanços da indústria farmacêutica são constantes e acabam gerando expectativas entre médicos e pacientes. Um indicativo disso é que muitos dos medicamentos adquiridos ainda não foram avaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outro fator é a carência das pessoas. Quando são vítimas de doenças graves ou raras precisam recorrer à Justiça para conseguirem o tratamento mais eficaz. Ribas lembrou que em novembro do ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde realizou um seminário ''O SUS e o Poder Judiciário no Paraná justamente para debater o uso racional dos medicamentos. O diretor revelou que um dos projetos do governo é tentar diminuir o número de ''exceções'' incluindo na rotina da Cemepar alguns dos medicamentos que hoje estão sendo conseguidos pela via judicial. Para tanto, estão sendo fomentadas discussões em câmaras técnicas. ''Temos medicamentos que, para cada paciente, o Estado gasta entre R$ 5 mil e R$ 6 mil mensais. Temos alguns tipos de leite que custam mais de R$ 350,00 uma única lata'', argumenta. A Cemepar centraliza a compra, o recebimento e a distribuição de medicamentos que abastecem as 22 regionais de Saúde no Estado. A lista da central engloba nove famílias de produtos, dentre os quais figuram os medicamentos básicos (analgésicos, antitérmicos, etc), os estratégicos (distribuídos em áreas atingidas por inundações, enchentes e invasões, por exemplo), os de alto custo (aglutinados em programas especiais do governo), os indicados para pacientes com Aids e os comprados por decisão judicial. Ao todo, são cerca de 1,2 mil apresentações de medicamentos (comprimidos, injeções, xaropes, etc). Luciano Augusto Reportagem Local