SINCRETISMO RELIGIOSO, NATAL FESTEJA IEMANJÁ 1



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Transcrição:

SINCRETISMO RELIGIOSO, NATAL FESTEJA IEMANJÁ 1 Antônio da Silva PINTO Netto 2 Joabson Bruno de Araújo COSTA 3 Giovana Alves ARQUELINO 4 Sebastião Faustino PEREIRA Filho 5 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN RESUMO A identidade cultural do Brasil foi construída através da mistura de raças e suas culturas diversas. Com isso, hoje temos um país multicultural cheio de cores e costumes. Pensando em resgatar os valores culturais da Umbanda, o trabalho fotográfico foi desenvolvido na praia do Meio, localizada na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, onde há uma forte presença cultural afro-brasileira. Nesta cidade, ocorre anualmente a festa ao orixá das águas (Iemanjá), sendo uma no dia 2 de fevereiro e a outra no dia de Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro. O sincretismo religioso se dá através de uma aculturação de uma religião a outra, desta forma, surgiu a Umbanda, unindo elementos do cristianismo (santos), aos elementos culturais africanos (orixás). Hoje em dia esta religião brasileira tem ganhado muitos adeptos de diversas classes sociais. PALAVRAS-CHAVE: sincretismo; umbanda; santos; iemanjá; fotografia. INTRODUÇÃO Atualmente, a problemática vivida pelos umbandistas é que eles ainda são encarados pela sociedade como praticantes de ocultismo ou bruxaria, mesmo que hoje, o Brasil seja considerado um país laico e que possui muitas crenças e muitas cores. A falta de conhecimento por parte das pessoas que julgam como bruxos os praticantes da religião umbanda acaba causando um desconforto, vindo após isto, o preconceito da sociedade leiga. Trazer a história da umbanda é como mostrar a necessidade que outrora tinham os afro-brasileiros de cultuar seus deuses e divindades, necessidade essa, privada pela população branca, católica e dominante desde a chegada dos africanos ao Brasil. A Umbanda é uma religião conhecida como pagã e própria das camadas mais pobres da 1 Trabalho submetido ao XIX Prêmio Expocom 2012, na Categoria Jornalismo, modalidade Fotografia Jornalística. 2 Aluno líder do grupo e estudante do 3º. Semestre do Curso de comunicação social com habilitação em Jornalismo, email: antoniopsnetto@hotmail.com. 3 Estudante do 3º. Semestre do Curso de comunicação social com habilitação em Jornalismo, email: brunocosta@live.com 4 Estudante do 3º. Semestre do Curso de comunicação Social com habilitação em Jornalismo, email:giovanaarquelino@gmail.com. 5 Orientador do trabalho. Professor do Curso de comunicação social email: faustino1507@gmail.com 1

sociedade, pelo fato dos primeiros praticantes serem negros. Houve-se a necessidade de uma identificação da religião dominante (cristã) com as religiões africanas, para que os cultos permanecessem. Esta influência está clara na utilização de imagens e estátuas nos cultos umbandistas, ainda que, hoje, o culto aos orixás já faça parte do cotidiano de outras camadas sociais. A festa de Iemanjá acontece duas vezes ao ano, no dia 2 de fevereiro e no dia 8 de dezembro, uma grande comemoração feita nas praias de todo o Brasil. Os devotos agradecem jogando oferendas ao mar e fazem seus pedidos e preces. OBJETIVO Registrar a manifestação cultural umbandista ao orixá das águas, também conhecido como Nossa Sra. da Conceição para a religião católica; Valorizar a diversidade cultural e religiosa brasileira através da fotografia; Promover o conhecimento das práticas umbandistas além de evidenciar a beleza dos cultos; Mostrar a importância de conhecer as culturas que contribuíram para a formação da nossa identidade cultural. JUSTIFICATIVAS A Umbanda é uma religião brasileira que ainda é tratada com muito preconceito por falta de conhecimento da sociedade. Mostrar um pouco dos seus cultos através do registro fotográfico é uma forma de reviver os antigos cultos praticados pelos nossos antepassados e ainda familiarizar a sociedade contemporânea com essa prática secular. Essa é uma religião ainda muito marginalizada, talvez pelo fato de seus primeiros adeptos terem sido os negros. Boa parte da sociedade tem essa prática como algo ruim, e divulgá-la e mostrar suas particularidades são formas de quebrar essa intolerância perante outras religiões. Nosso país é marcado pela presença de várias religiões, recebemos influências de diversos povos e culturas, com isso, devemos explorar, aprender e conhecer cada vez mais as particularidades de cada uma delas. MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS O alvo do registro foram os cultos umbandistas e seus adeptos. Fotografamos as pessoas fazendo oferendas a Iemanjá na praia, dançando, cantando e cultuando o orixá. 2

Como equipamento utilizamos uma câmara digital modelo Canon com resolução de seis (6) megapixels e as fotos foram também divulgadas em um site criado pelo grupo (http://wix.com/sincretismoreligioso/umbanda). DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO O registro fotográfico foi realizado na praia do Meio, localizada no município de Natal, Rio Grande do Norte, no dia 8 de dezembro de 2011 por volta das 20h. Ao chegarmos ao local onde ocorreu o evento, nos deparamos com centenas de pessoas. Curiosos, turistas, adeptos, barracões, centros de candomblé e umbanda, todos prestando homenagens e deixando oferendas, agradecendo ao orixá das águas por um ano cheio de bênçãos. De longe já se podia ouvir o som dos atabaques, tipo de instrumento de percussão que é utilizado para dar o ritmo às danças e cânticos que invocam esse espírito. Víamos o brilho das vestimentas usadas pelos filhos e pais de santo. Eram crianças, jovens, adultos e idosos acompanhando suas casas e barracões, cada um com suas oferendas como flores, perfumes, bolos, espumantes e espelhos que eram oferecidos em homenagem à sereia do mar. Não houve dificuldades em fazer o trabalho jornalístico fotográfico, uma vez que a praia estava repleta de turistas e curiosos com suas câmeras digitais em mãos, prontos para fotografar a manifestação centenária aqui no Brasil. Os negros vindos da África com suas crenças e religiões, não tinham a liberdade de cultuar seus orixás, sendo assim, sentiram a necessidade de unir elementos da religião católica e os elementos dos cultos africanos, surgindo assim a Umbanda como uma nova manifestação religiosa, de caráter sincretista, uma vez que foi adaptada às novas tradições conhecidas. Segundo (ORTIZ, 1999, p. 10): [...] levou-se em consideração o fato de não ser necessário um contato direto e contínuo para se realizar o processo aculturativo, ele ocorre também por meio de contatos intermitentes e mesmo sem a presença física de um grupo diante do outro, por exemplo, a ação dos meios de comunicação de massa. (ORTIZ, 1999, p. 10). Dessa forma, alguns santos do catolicismo como N. Sra. da Conceição (Iemanjá), São Jorge (Ogum), Jesus (Oxalá), Santa Bárbara (Iansã), São Jerônimo e São João (Xangô) 3

foram atribuídos a deuses africanos, com o intuito de não abandonarem suas práticas e rituais. Segundo Ortiz (1978), não podemos determinar ao certo a origem da Umbanda: A Umbanda não é uma religião do tipo messiânico, que tem uma origem bem determinada na pessoa do messias, pelo contrário, ela é fruto das mudanças sociais que se efetuam numa direção determinada. Ela exprime assim, através de seu universo religioso, esse movimento de consolidação de uma sociedade urbano-industrial. (ORTIZ, 1978, p.29). CONSIDERAÇÕES O estudo da religião umbanda nos permite concluir que ao mesmo tempo em que ela preserva valores antigos, também modifica e faz outra interpretação de ideologias afrobrasileiras. Para Bertazzo (1989) houve-se a necessidade da união dos elementos culturais cristãos e africanos: Longe das bases estruturais e das comunidades de origem, não podendo recriar em sua pureza a religião de origem com suas peculiaridades, houve um sincretismo entre vários elementos das religiões que foram trazidas ao Brasil e as que aqui foram encontradas. (BERTAZZO,1989, p. 57) A umbanda foi tida por muitos anos com uma religião específica de uma camada social, com o passar do tempo o preconceito foi sendo deixado de lado e outras classes sociais passaram a aderir a religião. Gradativamente, passa-se da recusa inicial oposta pela sociedade à aceitação social da religião. A legitimação é sensível no que diz respeito ao mercado religioso, onde a Umbanda, considerada num passado recente como heresia, torna-se, pouco a pouco, um sistema religioso aceito pelas outras profissões de fé. A partir de um ramo da macumba, prática negra e ilegítima, assiste-se à emergência e ao reconhecimento social de uma nova religião que se desenvolve hoje através de toda a nação brasileira. (ORTIZ, 1978, p.13) Portanto, somos resultado da diversidade cultural com a religião. Não poderíamos ser diferentes, traços marcantes das mais diversas culturas existentes no Brasil e todas as outras que aqui chegaram durante a formação da nossa nação. 4

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTAZZO, J. O escravo e a religião. In_ AMADO, W. (org.) A Religião no Brasil. São Paulo: Edições Loyola, 1989, p.51-62. ORTIZ, R. A morte branca do feiticeiro negro. umbanda: integração de uma religião numa sociedade de classes. Petrópolis: Vozes, 1978. 5