INFORMAÇÃO EXTERNA SOBRE CAPITAL INTELECTUAL: UM ESTUDO EMPÍRICO NO SETOR BANCÁRIO ESPANHOL



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Transcrição:

INFORMAÇÃO EXTERNA SOBRE CAPITAL INTELECTUAL: UM ESTUDO EMPÍRICO NO SETOR BANCÁRIO ESPANHOL Rodrigo Vaz Gomes Bastos Bacharel em Ciências Contábeis Universidade Federal do Rio Grande do Norte / UFRN Especialista em Política e Estratégia ADESG Mestre em Administração Internacional de Empresas Universidad Politécnica de Madrid /UPM Doutorando em Contabilidad y Auditoría Universidad Complutense de Madrid / UCM Professor da FACIG / PE End. Calle San Martín de Porres, 41 Bajo 4 - Madrid España C.P. 28.035 Fone: +34 627 119 169 E-mails: rodrigovgb@yahoo.es; vazrgb@hotmail.com Miguel Lopes de Oliveira Filho Bacharel em Ciênicias Contábeis - Universidade Federal de Pernambuco / UFPE Especialista em Contabilidade e Controladoria - UFPE Mestre em Controladoria e Contabilidade - USP Doutorando em Contabilidad y Finanzas - Universidad de Zaragoza Professor Assistente da UFPE End. Calle Concepción Arenal, 10, 4º Derecha - Zaragoza España C.P. 50.005 Fone: +34 600 098 610 E-mails: 572579@celes.unizar.es; miguel@ufpe.br; miguelrecife@yahoo.com.br RESUMO A contabilidade financeira tradicional está perdendo relevância frente a nova economia. O valor contábil das empresas se distanciam cada vez mais do seu valor de mercado, principalmente nas organizações de alta tecnologia e serviços. Perante essa conjuntura, surge a polêmica, defendida por alguns pesquisadores, de que as demonstrações contábeis não estão mais retratando o verdadeiro valor da empresa, uma vez que o valor dos livros das empresas estão muito aquém do seu correspondente valor de mercado (Lev, 2003). Esta diferença vem sendo explicada, por uma infinidade de autores, como: Capital Intelectual ou Ativo Intangível 1. Diante do que foi exposto, inegavelmente os intangíveis, nos últimos anos, ganharam mais importância para as organizações. O desafío, portanto, consiste em identificar, medir, gerir e informar o capital intelectual, sendo este uma das questões mais relevantes e polêmicas da contabilidade. Este artigo recorre uma das grandes linhas de investigação da contabilidade que é a revelação voluntária aplicada ao caso dos intangíveis e tem a finalidade de verificar, através de um estudo empírico, qual a relação existente entre os modelos de capital intelectual propostos na literatura, e analisados neste trabalho, com os informativos divulgados pelos bancos espanhóis. Para isto, em primeiro lugar tratamos de selecionar os modelos de capital intelectual mais apropriados para a informação externa (reporting). A continuação analisamos a divulgação de informativos de Capital Intelectual realizadas por alguns bancos, em caráter voluntário, recorridas a partir das contas anuais destas instituições. Por fim evidenciamos as conclusões a que chegamos, onde 1 Ver aclaração na página 2.

podemos observar que há um distanciamento entre os modelos utilizados na prática pelos bancos e os modelos teóricos. Palavras chaves: Ativo Intangível / Capital Intelectual / Gestão do Conhecimento / Modelos de Capital Intelectual / Revelação Voluntária. 1 INTRODUÇÃO Este artigo se propõe a analisar, através de um estudo empírico, qual é a relação existente entre os modelos de capital intelectual propostos na literatura e os informativos de capital intelectual divulgados, em caráter voluntário, por algumas instituições financieras espanholas. Trata-se, portanto, de verificar se tais instituições publicam informações sobre intangíveis, bem como se as práticas informativas das entidades financieras se ajustam aos modelos teóricos. As razões que motivaram esta investigação reside em que os intangíves atualmente é uma das questões mais relevantes e polêmicas da contabilidade. Sabe-se que cada vez mais o capital intelectual (intangíveis) tem maior importância para a análise e gestão de uma empresa. As demonstrações contábeis estão experimentando uma perda de relevância, já que o valor dos livros está se distanciando cada vez mais do seu verdadeiro valor de mercado (Lev, 2003). A investigação que realizamos recorre uma das grandes linhas de investigação da contabilidade que é a revelação voluntária aplicada ao caso dos intangíveis. Para alcançar nosso objetivo vimos a necessidade de primeiramente selecionar os modelos de capital intelectual mais apropriados para a informação externa (reporting). Em seguida analisamos a divulgação de informativos de Capital Intelectual realizadas em caráter voluntário por alguns bancos da Espanha, recorridas à partir das contas anuais destas instituições. Por fim apresentamos as conclusões a que chegamos. Vale ressaltar que em nosso estudo encontramos, na vasta literatura, uma certa quantidade de termos que se referem ao capital intelectual, entre eles podemos citar os seguintes: intangíveis, ativos intangíveis, ativos não financeiros, ativos imateriais, ativos invisíveis, ativos ocultos, capital intangível, capital de conhecimentos, conhecimento, gestão do conhecimento, enfim, uma série de vocábulos. Mas neste trabalho os utilizaremos indiferentemente, a exemplo da aclaração que faz Lev (2003, pp.19-20), em sua obra 2, a respeito do uso das diferentes expressões, vejamos: (...) se empregam os termos intangíveis, conhecimento e capital intelectual de maneira indistinta. Os três são utilizados ampliamente: intangíveis na literatura contábil, conhecimento por parte dos economistas e capital intelectual na literatura legal e a publicada na área da gestão de empresas, mas em essência se referem a uma mesma coisa: uma fonte de benefícios futuros sem substância física. 2 ESTUDOS EMPÍRICOS EFETUADOS 2 Lev, B. (2003): Intangibles: medición, gestión e información, Deusto, Barcelona.

Da revisão da literatura podemos distinguir duas linhas de investigações a respeito dos ativos intangíveis. Em primeiro lugar, encontram-se os estudos tradicionais centrados em algum ativo intangível concreto (recursos humanos, informação e labor social, o fundo de comércio, a publicidade, I+D, etc). Em segundo lugar, temos a linha mais atual, investigações que abordam a divulgação da informação dos intangíveis em seu conjunto, assim como a gestão dos mesmos. Centraremos nosso estudo principalmente na segunda linha de investigação. Neste sentido, destacamos algumas investigações realizadas a cerca das práticas de divulgação da informação a respeito dos ativos intangíveis. Larrán e Giner (2001): apresentam um trabalho sobre as empresas cotizadas na Bolsa de Madrid, nos meses de outubro e novembro de 2000. Seu estudo chega a conclusão de que 27% das empresas apresentam informações sobre intangíveis. Sierra e Rojo (2002): Estes autores aplicaram índices de divulgação a 46 entidades que cotizavam na Bolsa de Madrid durante o período de 1997-1999. Concluíram que a divulgação sobre ativos intangíveis pode classificar-se de baixa e que permaneceu constante no período analisado. Gandía (2002): Investigou recentemente a divulgação de informação sobre intangíveis em internet a nível internacional. O estudo consistiu em utilizar as empresas que integravam o índice Standard & Poor,s GLOBAL 100. Chegou a conclusão de que há diferenças na qualidade e quantidade na informação divulgada por internet e que há uma superioridade de empresas européias sobre as norte-americanas. Rodríguez Domínguez (2003): Analisou a situação da valoração e gestão dos ativos intangíveis em 36 empresas espanholas. O estudo consistiu em recorrer a percepção dos diretores financeiros em três enfoques: os ativos considerados mais relevantes dentro da organização, os indicadores utilizados para gerir ditos ativos e a elaboração de documentos sobre intangíveis. Concluiu que a experiência dos empregados, a capacidade para trabalhar em equipe, os procedimentos e sistemas, a imagem da marca e a relação com os clientes constituem os intangíveis mais relevantes para a amostra, número muito reduzido para valorar os novos intangíveis e, por fim, propõem a utilização de relatórios adicionais para revelar informação sobre intangíveis. Saverio Bozzolan e Federica Ricceri (2003): Realizou um estudo empírico dos informativos anuais de capital intelectual que com caráter voluntário emite as empresas italianas. A investigação se centrou em duas questões chaves: primeiro verificar a que responde a quantidade e o conteúdo dos informes de capital intelectual de ditas empresas e segundo analisar quais eram os fatores que determinavam as diferenças entre uns e outros informes emitidos pelas companhias. O estudo concluiu por uma parte que a quantidade e o conteúdo dos informativos de capital intelectual das empresas italianas devem-se a estrutura do entorno externo com o qual estas empresas interagem, é dizer: clientes, canais de distribuição, sócios, etc. Por outra parte, se pôde comprovar que as diferenças

entre os informativos anuais de capital intelectual devem-se ao rol que lhe corresponde a cada indústria em sua área de negócio, assim como, ao tamanho das mesmas. Isto se sustenta no fato de que existem notáveis discrepâncias nos informativos emitidos pelas companhias que pertencem a indústrias que geram grandes benefícios (lucros) e aqueles informativos que emitem as companhias que se encontram dentro de indústrias que não obtém grandes benefícios. 3 OBJETIVOS E METODOLOGIA DO ESTUDO EMPÍRICO Esta investigação tem como principal objetivo analisar a informação que, a respeito do Capital Intelectual (Ativos Intangíveis), se divulga voluntariamente nos informativos anuais de entidades financeiras espanholas. Consiste, portanto, em verificar se as entidades publicam informações sobre intangíveis, buscando responder as seguintes interrogações: a) Qual é a porcentagem de instituições financeiras que utilizam algum dos métodos propostos na literatura e analisados neste trabajo?; b) Quantidade porcentual da amostra que adota um modelo próprio?; c) Qual a proporção das instituições estudadas divulgam informações (indicadores) de capital intelectual dentro de outra demonstração contábil? d) Qual é o percentual de entidades que não brindam nenhum tipo de informação sobre capital intelectual? A posteriori analisaremos se as práticas informativas das entidades financeiras se ajustam aos modelos teóricos. Para a realização deste estudo vimos a necessidade de primeiramente ver os modelos de Capital Intelectual existentes na literatura e deste universo selecionar os mais representativos. Encontramos na vasta literatura várias agrupações de modelos para medir e gerir o capital intelectual. Dentre essas agrupações constatamos que os modelos mais conhecidos, segundo Navas López e Urbina Cirado (2002, p. 165), são os que aparecem no quadro abaixo: QUADRO 01 Principais modelos classificatórios de Capital Intelectual ANO MODELO AUTOR (ES) 1992 Balanced Scorecard Kaplan e Norton 1996 The Technology Broker Brooking 1997 Intangible Assets Monitor Sveiby 1997 Skandia Navigator Edvinsson e Malone 1998 Modelo Intelect Euroforum 1998 Dirección por Competencias Bueno Fonte: Adaptado de Navas López e Urbina Criado (2002, p. 165)

4 AMOSTRA Para a consecução do estudo empírico estabelecemos dois importantes critérios para a seleção e delimitação da amostra: a. Entidades participadas maioritariamente por capital espanhol; b. Entidade bancária mais representativa de cada grupo. Neste sentido, julgamos oportuno num primeiro momento, verificar as instituições financeiras que cotizam na Bolsa de Madrid, com o objetivo de obter uma relação inicial, onde encontramos um rol composto por 21 bancos que transacionam nesta casa (ver anexo I). Posteriormente quisemos ampliar nossa população. Para isso buscamos outras entidades nas mais diversas fontes, tais como internet, revistas especializadas, periódicos, estudos empíricos anteriores, teses doutorais sobre o tema em questão, etc. Ademais das fontes citadas procuramos também na base de dados do catálogo Cisne pertencente a Universidad Complutenese de Madrid, assim como no portal EconRed entre outros. Após estas averiguações conseguimos reunir 28 entidades (ver anexo II), as quais passaram por uma análise mais rigorosa, que trouxe como conseqüência que 16 (57,14%) delas não fossem levadas em consideração pelas razões que comentamos a seguir: 1. Descartamos da população inicial as seguintes instituições: Banco de Galicia, Banco de Andalucía, Banco de Castilla, Banco de Crédito Balear y el Banco de Vasconia, pelo fato de que pertencem ao Banco Popular. Da mesma forma suprimimos o Banesto (Banco Español de Crédito) e o Santander Bancorp porque pertencem ao Grupo Santander e os bancos BBVA Banco Francés e o Grupo Financiero BBVA Bancomer, entidades que pertencem ao Grupo BBVA. 2. Ademais, não se teve em conta o Bradesco por ser de capital brasileiro, assim como os bancos: Río de la Plata e o Banco de Chile, por ser de capital argentino e chileno respectivamente. 3. O Banco Zaragozano, que ao largo do exercício de 2003 foi adquirido (fusão por absorção) pelo Barclays Bank, S.A, o qual tem como acionista maioritário o Barclays Bank, PLC, com domicílio social no Reino Unido quem é titular de 104.495.764 ações que representa 99,3% do capital social. 4. Suprimimos a Corporación Ubc Internacional (Unión de Bancos Cuscatalan), por tratar-se de um grupo financeiro da América Central o qual conta com operações devidamente reguladas em El Salvador, Guatemala, Costa Rica, Panamá e nos Estados Unidos da América, através de transferências de Remessas Familiares. 5. O Banco de Valencia por pertencer ao Bancaja, que por sua vez não se pôde considerar por falta de informação disponível.

6. Da mesma forma que o Bancaja, eliminamos a Ibercaja por falta de informação disponível. A posteriori da análise da população, e aplicando os critérios predeterminados, a amostra inicial resultou da forma apresentada no quadro seguinte: QUADRO 02 Composição da amostra NOME DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA 01 Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) 02 Banco Guipuzcoano 03 Banco Pastor 04 Banco Popular 05 Banco Sabadell 06 Banco Santander Central Hispano (BSCH) 07 Bankinter 08 Caixa Galicia 09 Grupo Caixa Catalunya 10 Grupo Caja Madrid (C. Madrid) 11 La Caixa 12 Unicaja 5 Resultados obtidos Como questão introdutória, quisemos verificar que percentual da amostra divulga informação voluntária a respeito do Capital Intelectual. Para isso confeccionamos o quadro 03 onde de uma forma mais clara e objetiva se pode constatar qual é a porcentagem de empresas que medem, gerem e publicam informação sobre seus intangíveis, assim como a porcentagem que simplemente não publicam e aquelas que o fazem de uma forma aproximada 3. 3 Entende-se como aproximada a publicação de indicadores de capital intelectual dentro de outra demonstração, como por exemplo nas notas explicativas.

QUADRO 03 Análise da informação voluntária CI NOME DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA INFORME DE CI SIM NÃO APROX 01 Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) x 02 Banco Guipuzcoano x 03 Banco Pastor x 04 Banco Popular x 05 Banco Sabadell x 06 Banco Santander Central Hispano (BSCH) x 07 Bankinter x 08 Caixa Galicia x 09 Caixa Catalunya x 10 Caja Madrid x 11 La Caixa x 12 Unicaja x % Porcentagem 25% 16,7% 58,3% Por um lado 83,3% das entidades analisadas divulgam algum tipo de informação voluntária a respeito do capital intelectual, seja através de um modelo específico ou mediante indicadores apresentados em outra demonstração contábil. Por outro lado, 16,7% da amostra não divulgam informação externa a respeito do capital intelectual, o que não quer dizer que não gerem seus intangíveis, ainda que se medem e gerem, não a divulgam. A continuação apresentamos um gráfico, onde podemos observar mais nitidamente a porcentagem da amostra que utiliza um modelo de Capital Intelectual e o publica em âmbito externo. De acordo com o gráfico, 25% das instituições analisadas adotam um modelo para a valoração de seus intangíveis. Aproximadamente 58% da amostra publica informações (indicadores) de capital intelectual dentro de outra demonstração (notas explicativas, informe de gestão, informe de responsabilidade social corporativa, etc.) e, por fim, cerca de 17% delas não

divulgam nas contas anuais nenhum método de identificação, medição e gestão do Capital Intelectual. FIGURA 01 Informação voluntária sobre Capital Intelectual 25% 58% 17% Utilizam um modelo para medir e divulgar o CI Não utilizam nenhum modelo para medição e divulgação do CI Publicam informações a respeito do CI dentro de outra demonstração Posteriormente cotejamos qual era a quantidade de instituições financeiras que utilizam um modelo específico (proposto na literatura), a porcentagem que possuem um modelo próprio e a quantidade que não publica nenhuma informação.

QUADRO 04 Análise da utilização dos modelos estudados Bancos BBVA Modelos M 1 M 2 M 3 M 4 M 5 M 6 M 7 M 8 M 9 x B. Guipuzcoano x B. Pastor x B. Popular x B. Sabadell x BSCH x Bankinter x C. Galicia x C. Catalunya x C. Madrid x La Caixa x Unicaja x Total (%) 0% 0% 0% 0% 8,3% 0% 16,7% 16,7% 58,3% SIGNO M 1 M 2 M 3 M 4 M 5 M 6 M 7 M 8 M 9 MODELOS Balanced Scorecard The Technology Broker Intangible Assets Monitor Skandia Navigator Modelo Intelect Dirección por Competencias Modelo próprio Nenhum Aproximado (Nenhum modelo, mas publica indicadores)

Da análise do quadro 04 pode-se observar, na última fila, que somente uma entidade, representando 8,3% da amostra, utiliza um modelo proposto na literatura. Tal modelo é o Intelect. No entanto 16,7 % da amostra adotam um modelo próprio, que de acordo com nosso exame são modelos desenvolvidos e baseados em algum dos modelos estudados e que foram adaptados ao setor financeiro. O percentual que não publica nenhuma informação a respeito do capital intelectual, assim como aquelas que publicam indicadores de capital intelectual mas sem seguir uma forma sistematizada (modelo) é de 16,7 % e 58,3 %, respectivamente. Podemos resumir toda a análise anterior num gráfico, como se mostra a continuação: FIGURA 02 Porcentagem de utilização de modelos de CI Modelo proposto na literatura 8% Modelo próprio 17% Aproximado 58% Nenhum modelo 17% 6 CONCLUSÕES Como foi exposto anteriormente, o objetivo do presente trabalho era verificar se as práticas informativas das entidades financeiras espanholas se ajustavam aos modelos teóricos de capital intelectual propostos na literatura. Como primeira questão nos propusemos a investigar se as entidades publicavam informações a cerca de seus intangíveis, onde concluímos que é representativo o porcentual de instituições financeiras que medem, gerem e divulgam tal informação.

Constatamos que 83,3% das entidades analisadas divulgam algum tipo de informação de recursos intangíveis relacionados ao capital intelectual, seja através de um modelo específico (25%) ou mediante indicadores apresentados dentro de outra demonstração contábil 4 (58%). Considerando que mais de 83% das instituições analisadas estão preocupadas em identificar, mensurar, gerir e divulgar seus ativos intangíveis, concluímos que há uma necessidade de estabelecer, para o setor em questão, um informe de capital intelectual homogêneo e comparável. Tal informe padrão atenderia tanto aos investidores interessados em obter informações relacionadas a estas fontes geradoras de beneficios futuros, como aos demais coletivos de seu stakeholders 5. Com relação a segunda interrogação, nosso estudo chega a conclusão de que há um distanciamento entre os modelos utilizados na prática pelo setor bancário espanhol e os modelos teóricos estudados. Esta afirmação tem sustentação no estudo empírico desenvolvido, o qual concluiu que apenas 8,3% da amostra adota um modelo proposto na literatura, tal modelo é o Intelect. Por outra parte, os resultados do estudo indicam que 16,7% das entidades utilizam um modelo próprio de capital intelectual, os quais, por regra geral, são modelos desenvolvidos a partir de algum dos modelos existentes e que foram adaptados ao setor financeiro. Em definitivo, podemos afirmar que existem distintos enfoques e pontos de vista ao abordar o estudo do capital intelectual. Neste sentido, a margem das visões diferentes que sobre o mesmo possam existir, parece claro, não obstante, que ainda resta muito que aprofundar e investigar. Diante desta afirmação consideramos por exemplo como linhas de investigações futuras as seguintes: Análise dos efeitos que provoca a divulgação do Informe de Capital Intelectual nas instituições analisadas, tanto em âmbito externo quanto interno. Análise da relação existente entre a quantidade e a qualidade dos indicadores utilizados para medir os intangíveis. Investigações (pesquisas) que busquem indicadores mais homogênios e comparáveis com o objetivo de elaborar um modelo padrão de apresentação dos intangíveis aplicados a cada setor da economia. REFERÊNCIAS ALCINA FRANCH, J. Aprender a Investigar. Métodos de trabajo para la redacción de tesis doctorales. Madrid, Compañía Literaria, 1994. ARRÁIZ, J. J. y ORTIZ, J. M. Cómo conseguir que se hagan realidad las inquietudes más valiosas. Capital Intelectual y creación de valor, Dirección y Progreso, nº 160, 1998 p. 34-41. 4 Por exemplo as notas explicativas, o relatório de gestão, o relatório de responsabilidade social corporativa, etc. 5 Engloba a todos aqueles coletivos, sejam pessoas físicas ou jurídicas, que se vêem afetadas de forma direta ou indireta pelas atividades de uma empresa, seus produtos ou serviços (clientes, acionistas, empregados, fornecedores, sociedade, entre outros).

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ANEXO I Classificação Setorial da Bolsa de Madrid Sub-setor Banco Sub-setor 5.1 Banco Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, S.A. Banco Bradesco S.A. Banco de Andalucia, S.A. Banco de Castilla, S.A. Banco de Chile Banco de Credito Balear S.A. Banco de Galicia, S.A. Banco de Sabadell, S.A. Banco de Valencia, S.A. Banco de Vasconia, S.A. Banco Español de Credito,S.A. Banco Guipuzcoano, S.A. Banco Pastor, S.A. Banco Popular Español, S.A. Banco Rio de la Plata, S.A. Banco Santander Central Hispano, S.A. Bankinter,S.A. Bbva Banco Frances,S.A. Corporacion Ubc Internacional,S.A. Grupo Financiero Bbva Bancomer,S.A.,C.V. Santander Bancorp

ANEXO II Análise das Instituições Financeiras População Nº INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Selecionada Descartada 01 Bancaja x 02 Banco Bradesco x 03 Banco de Andalucía x 04 Banco de Castilla x 05 Banco de Chile x 06 Banco de Crédito Balear x 07 Banco de Galicia x 08 Banco de Valencia x 09 Banco de Vasconia x 10 Banco Guipuzcoano x 11 Banco Pastor x 12 Banco Popular x 13 Banco Río de la Plata x 14 Banco Sabadell x 15 Banesto (Banco Español de Crédito) x 16 Bankinter x 17 BBVA ( Banco Bilbao Vizcaya Argentaria) x 18 BBVA Banco Francés x 19 BSCH ( Banco Santander Central Hispano) x 20 Caixa Catalunya x 21 Caixa Galicia x 22 Caja Madrid x 23 Corporación Ubc Internacional x 24 Grupo Financiero BBVA Bancomer x 25 Ibercaja x 26 La Caixa x 27 Santander Bancorp x 28 Unicaja x TOTAL 12 16 Porcentagem (%) 42,86 57,14