CAPÍTULO 10 SISTEMAS PERIFÉRICOS PARA ROBÔS INDUSTRIAIS. Julio César de Almeida Freitas



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CAPÍTULO 10 SISTEMAS PERIFÉRICOS PARA ROBÔS INDUSTRIAIS Julio César de Almeida Freitas 10.1- INTRODUÇÃO Este capítulo aborda aspectos relacionados a equipamentos denominados periféricos, utilizados na composição do cenário de atuação de um sistema robótico. Estes equipamentos são fundamentais para a realização das tarefas operacionais, localizando-se de forma determinada no chão de fábrica para que ocorram as condições perfeitas de interação com o robô. O controle de movimentação dos equipamentos periféricos é vinculado diretamente à unidade de controle do robô geralmente através de sinais enviados por sensores que monitoram o cenário de atuação. Na intenção de se realizar um trabalho direcionado ao mercado nacional, buscou-se enfatizar a utilização do sistema robótico em áreas distintas e em especial na área automobilística, que agrega a maior parte dos investimentos em automação. 10.2- SISTEMAS PERIFÉRICOS USADOS EM ROBÓTICA A interação de um sistema robótico com o ambiente externo pode ser descrito de modo simplificado como o processamento de um dado fluxo de materiais (entrada), resultando em um produto acabado (figura 10.1). A caracterização dos elementos que irão compor uma certa produção automatizada (vide capítulo 1) depende essencialmente do tipo de aplicação desejada. Na tabela 10.1 são mencionados alguns destes elementos. Sistema Robótico (processamento) Matéria-prima, sub-produtos Produto acabado Figura 10.1 - Fluxo de materiais em sistema robótico.

APLICAÇÃO Transportando; Transferindo; Testando. Carga / teste de descarga Soldagem / Montagem Pintura / vedação Paletização Tabela 10.1 - Construção de Elementos do Sistema Robótico. FORMA QUANDO EM TRANSPORTE Material bruto, parcial ou Produto. Material bruto, parcial ou Produto. Peça 1 + Peça 2 + Peça 3 +... Peças ou Semi-Produtos Peças ou Produtos FORMA DO PRODUTO TRANSPORTADO Material bruto, parcial ou Produto Processo parcial ou Produto Peça soldada ou Produto Pintado ou Produto acabado Arranjo ELEMENTO DE CONSTRUÇÃO Robô (incluindo dispositivos de fixação) Dispositivo de transferência (incluindo JIG s) Robô; Dispositivo de transferência; Ferramentas. Robô; Dispositivo de transferência; Ferramentas de posicionamento (incluindo JIG s) Mesmo que os anteriores Robô; Dispositivo transferidor de posicionamento A seguir são apresentados os principais equipamentos periféricos utilizados em tarefas típicas de robótica industrial. 10.2.1 - Mesa JIG O equipamento periférico denominado mesa JIG é usado para controlar a localização e posicionamento das peças a serem manipuladas/trabalhadas, possibilitando que o robô possa executar as tarefas fielmente. A mesa JIG vincula a peça de trabalho numa posição e orientação específicas, relativamente a um sistema de referências local à peça. A informação dos parâmetros de posicionamento da peça é monitorado de modo a permitir a interação com o robô. As mesas tipo "JIG" possuem componentes posicionadores de peças, formados de diversos dispositivos como pinos, guias, fixadores e/ou grampos automáticos do tipo pneumático ou eletromagnético mandril. Há diversos modelos de mesa "JIG", sendo alguns destes relacionados a seguir. JIG de posicionamento linear; "JIG" vinculado a esteiras; "JIG" de posicionamento angular com um eixo de rotação; "JIG" de posicionamento angular com dois eixos de rotação; "JIG" de giro com deslize Mesa "JIG" X-Y.

Mesa JIG fixada (a) (b) Figura 10.2 - Desenho esquemático de Mesa "JIG" (a) uma estação, (b) duas estações. Figura 10.3 - Mesa "JIG" de uma estação (cortesia SENAI São Caetano do Sul - SP). 10.2.1.1 - JIG de posicionamento linear A posição linear de fixação da peça pode ser alterada através de dispositivo de retorno e avanço.

Figura 10.4 - Mesa "JIG" de posicionamento linear 10.2.1.2 - "JIG" vinculado a esteiras (veja fig. 4 ) Esta fixa uma quantidade específica de peças em compartimentos dedicados, fornecendo-as para continuamente a um sistema de alimentação. Figura 10.5 - Mesa "JIG" vinculado a esteiras Figura 10.6 - Sistema de alimentação contínua (cortesia SENAI São Caetano do Sul).

10.2.1.3 - Mesa "JIG" com um eixo de rotação Esse dispositivo tem um grau de liberdade de rotação. Em geral apresenta o eixo de rotação nas orientações horizontal ou vertical. Mesa de giro Mesa de giro (A) Mesa de giro (A) Mesa de giro (B) Figura 10.7 - Mesa "JIG" com um eixo de rotação. 10.2.1.4 - "JIG" com dois eixos de rotação Este dispositivo tem dois graus de liberdade de rotação em torno de dois eixos, e as configurações básicas são do tipo excêntrico com eixos de rotação horizontal e vertical e do tipo com eixo de rotação inclinado. (a) (b) Figura 10.8 - Mesa "JIG" com dois eixos de rotação (a) excentrico, (b) eixo inclinado.

Figura 10.9 - Mesa "JIG" com dois eixos de rotação e eixo inclinado (cortesia VASP). 10.2.1.5 - "JIG" de giro com mesa deslizante Esta configuração apresenta um eixo de rotação e um eixo de translação, com mesa deslizante. Figura 10.10 - Mesa "JIG" de giro com mesa deslizante.. 10.2.1.6 - Mesa "JIG" X-Y É uma mesa de trabalho com a qual se pode mudar horizontalmente ambas as direções do movimento no plano definido pelos eixos X e Y.

10.2.2 - Dispositivo de elevação O dispositivo de elevação é empregado em situações onde o volume de trabalho do robô não é suficiente para alcançar os pontos de trabalho em uma determinada peça. Seja devido as grandes dimensões da peça ou ao reduzido volume de trabalho do robô. O resultado é um "acréscimo" de um grau de liberdade ao sistema robótico e conseqüentemente o aumento do volume de trabalho. Há duas variantes de dispositivos de elevação: para a peça ou para o robô. (a) (b) Figura 10.11 - Esquema do "JIG" de elevação (a) Peça, (b) Robô. 10.2.3 - Esteiras A esteira transfere a peça de trabalho na direção definida continuamente. Muitos destes tipos de esteiras são disponíveis. Alguns estão definidos abaixo: 10.2.3.1 - Esteira Cabide ou Carrinho Carrinhos somados com suportes para peças de trabalhos encabidadas são fixadas em um caminho. Esses carrinhos são conectados por uma corrente sem fim. A corrente é dirigida, puxada, por uma polia de corrente para carrinhos circulares. Desta maneira, o trabalho é transportado. 10.2.3.2 - Esteira tipo piso Este tipo de esteira é instalado diretamente no piso para carregamento e transporte da peça de trabalho. Esteira tipo piso são classificadas grosseiramente para dentro da direção de sistema de transporte e sistema pallet de transporte. O sistema formado inclui calha, esteira de rolo, esteira de correia, etc. e o ultimo sistema inclui mudança automática pallet (APC), esteira de fluxo livre, etc... 10.2.3.3 - Vagões locomotivos (Veículos guiados Automaticamente AGV s também entendido como robô móvel) Este tipo de dispositivo transporta peças de trabalho para a localização requerida pelo carregamento no vagão do carro.muitos deles possuem quatro rodas. Seus dispositivos de condução são:

Roda guia + sistema de condução Sistema diferencial de duas velocidades guiadas Sistema de condução de todas as direções Embora existam modernos sistemas de orientação, tal como laser, sensores de marca, etc. a maioria incorpora um sistema de orientação eletromagnético e orientação ótico. Botão de parada de fig.9 emergência Luz de estado Caixa de operação Esteira de transferência automática (opcional) Fita de reflexão Borracha de segurança Detector da guia ótica Fita de sinal Bateria Fig 9 INSERIR TEXTO

10.3 - MÁQUINAS PERIFÉRICAS Uma variedade de máquinas periféricas é usada conforme o tipo de trabalho a ser feito pelo robô. A tabela a seguir, lista as máquinas periféricas usadas em um típico sistema de operação robotizado. PROPÓSITO DO TRABALHO A SER FEITO PELO ROBÔ FORJARIA FUNDIÇÃO USINAGEM, REBARBAGEM, FURAÇÃO, ETC... OPERAÇÃO DE MOLDES PLÁSTICOS PRENSAGEM SOLDAGEM PINTURA MONTAGEM MUDANÇA DE ESTÁGIO ENTRE PROCESSO INSPEÇÃO MEDIÇÃO CAMADA VEDAÇÃO E DE Tabela 10.2 - Principais máquinas periféricas. MÁQUINAS PERIFÉRICAS USADAS TIPICAMENTE Máquina de forjaria (prensa, máquina de estampagem, etc...), Forno de tratamento, esteira, etc... Máquina de fundição, forno de fusão, máquina automática de energia de metal fundido, esteira, calha, etc... Máquina ferramenta, esteira, padrão temporário e PALLET, dispositivo de usinagem, magazine de ferramenta, etc... Máquinas de injeção de plástico, esteira, alimentador das partes inseridas, magazines, etc... Máquina de prensagem, alimentador de BLANCK, esteira, padrão temporário, elevador, máquina de rolagem, magazines, etc... Fonte de energia para soldagem, esteira, posicionador, mesa de giro, JIG padrão e dispositivo de mudança de trabalho, AGV s para transporte, etc... Equipamento de pintura, esteira, mesa de giro, cabine de pintura, etc... Esteira, mesa de giro, alimentador de peças, peças estocadas, dispositivo de força e arranjos das peças magazines, PALLETS, montagem padrão, JIG" padrão, dispositivo de posicionamento, etc.... Esteira, magazine, PALLET, etc. Esteira, mesa X-Y, etc... Dispositivo pressurizador de material de vedação, esteira, mesa de giro, etc... 10.4 - TÍPICOS EXEMPLOS DE SISTEMAS DE COMBINAÇÃO E INTERLIGAÇÃO DAS OPERAÇÕES USANDO ROBÔS. A flexibilidade e execução de custo dos robôs têm feito deles uma parte integral da estratégia de automação na indústria automotiva.

Produção automotiva abrange uma faixa diversa da produção e processo de montagem. Algumas operações de montagens veiculares têm auto nível de automação (como por exemplo: Carroçaria e Pintura), enquanto outras, tal como linha final, continua pelo uso de operação manual em sua totalidade, mas com algumas poucas aplicações. Primeiro dos grandes obstáculos para aplicação robótica em operação automotiva está na necessidade de muitos processos robustos, devido a longas linhas de produção serial típica nessa montagem, superior a 97 %, que de forma clara, não é aceitável para células de trabalho individual.produção de componentes para automotiva abrange sempre, um número maior de montagem de interior e exterior, brasagem e soldagem de componentes com controle de clima, montagem e soldagem de componentes eletrônicos e assim por diante. Na montagem de veículos as plantas de carroçaria tipicamente recebem normalmente partes estampadas de operações internas de estampagem ou alimentadas de outro lado e há dezenas de robôs de soldagem para executar a seqüência final da mesma para construir um carro ou carroçaria leve de bagageiro. A carroçaria então é coberta com uma demão e pintada dentro de uma linha de automação pesada, usando de costume um cabeçote de "spray" automatizado e braços de longo alcance do robô. Enquanto a carroçaria está na área de pintura, outra submontagem está sendo completada dentro da alimentação da linha saindo através da planta. Tudo, do painel de instrução até as montagens das portas ou sistemas de chassis pode ser completa ou parcialmente montado, dependendo da planta. Finalmente, da pintura da carroçaria é transferida até a linha de montagem final, onde na grande parte a operação é manual. Na carroçaria, muitas áreas são totalmente automatizadas com uma extensa faixa de robôs de soldagem, para manusear seqüência de soldagem, de solda resistência e automação de fixação por fixação e posicionamento das peças de metal em chapa. Robôs de manuseio de material são freqüentemente usados para transportar o metal em chapa, pesado com arestas cortantes, de uma localizada célula de trabalho para a próxima, em somatória para soldagem. Robôs são também usados para aplicar cola/ adesivo e selagem durante a montagem da carroçaria. Correntemente esforços estão sendo realizados para aumentar a flexibilidade do equipamento de fixação. Muito destes são em prol do uso dos robôs para repor o tradicional mecanismo de fixação por grampo para localizar a parte da carroçaria. Aumentar a flexibilidade é necessário até apoiar a tendência em direção de alta mistura, baixo volume do nicho de mercado veicular. Em somatória, o plano dos mercados automatizados para reduzir tempo de desenvolvimento de linhas e aumentar a capacidade dos equipamentos com automação flexível. Operação de pintura na planta automotiva é também altamente automatizada devida até a questões de meio ambiente, há preocupações nesta questão sobre a qualidade global do trabalho ambiental para esta área. Trabalhos têm dirigido o desenvolvimento extensivo à linha de pintura robotizadas. Outro fator que contribuem para o fácil uso do robô em pintura automotiva é que o modelo é bem definido e não é necessário contato entre o robô e a carroçaria do veículo. A instalação da linha de pintura robotizada na área de pintura do veículo moderno foi resultado de aumento consistêncial e qualidade geral da pintura. Estima-se que há redução de 50% do uso de material em razão do controle de automação do sistema. Como na área de carroçaria, robôs também são usados para aplicação de selo a prova d água na área de pintura. 10.5 - ASPECTOS GERAIS E DETALHES TÉCNICOS DE PINTURA 10.5.1- Princípios Gerais Nas cabines de pinturas primer, cor-base e verniz, são de fundamental importância a qualidade do ar insuflado, mantendo constante temperatura, grau de umidade, nível de filtragem e velocidade de lâmina do ar. O balanceamento dos mesmos e o sistema de exaustão devidamente

ajustado permitirão o máximo aproveitamento e eficiência do sistema de aplicação, tornando o ambiente permissível á presença humana. Em todo Paint Shop, é de suma importância a qualidade do transportador de Skids, seja ele de arraste ou translação, o qual deverá manter uma velocidade uniforme e com intertravamento de posicionamento em sincronismo com o sistema automático de aplicação. Também existem linhas e aplicações específicas que exigem previamente a parada e localização (indexação) do produto, Estações Stop-in-go. Os Skids deverão garantir alta repetibilidade de posicionamento dos produtos suportados por eles (em geral, para pintura, variação máxima tolerável +/- 1,5 Cm nos três eixos). Estes também deverão garantir a máxima acessibilidade ao produto, de qualquer ângulo.já estações de aplicação de massas (PVC, TRBT, etc...) deverão garantir níveis de posicionamento ainda mais precisos, reduzindo as variações para até +/- 2,0 Mm, nos três eixos. As linhas de tintas, solventes, catalisadores (quando for o caso de utilização de bicomponentes)e ar comprimido deverão manter pressão estável, acima do mínimo especificado no ponto de aplicação, temperatura constante, filtragem, garantindo até 5 µm de pureza, por exemplo, para ar comprimido, e livre de umidade. É de suma importância a manutenção da viscosidade dos polímeros, pois qualquer processo de aplicação automático terá de restringir as tolerâncias de controle de muitas variáveis, para que possa manter as condições ótimas de aplicação, com respostas rápidas às variações pequenas. Para uma perfeita combinação de todos os processos, se fazem necessários sistemas de identificação. Automático de estilos de produtos em paralelo com painéis manuais de entrada de dados, como back up destes. 10.5.2 - Processos de Aplicações Dentre os vários processos de aplicação encontrados, destacam-se produtos em forma de massa (calafetação- pulverização/filetagem/extrusão), líquidos (pulverizados com efeito eletrostático ou não) e a pó (pulverizados somente com efeito 100% eletrostático). Os solventes básicos são os derivados de xilol (hidrocarbonetos aromáticos, acetatos de butila) e mais recentemente, água em proporção variada entre 30-75%. As tintas a pó não utilizam nenhum tipo de solvente e em muitos casos podem ser reutilizados nos mesmos processos. A forma de armazenamento, manipulação e abastecimento destas tintas requerem tecnologias específicas e controle rigoroso, mas já amplamente dominados e utilizados pela industria automobilística e de artefatos domésticos. Todas as aplicações passíveis de utilização de efeito eletrostático têm sido associadas à implementação de automação, devido a alguns riscos de formação de arcos ou mesmo a explosão, principalmente quando a tinta é diluída em solvente à base de água (extremamente condutor). O efeito eletrostático é obtido através de uma fonte de alta tensão (100Kv ou mais) que carrega as partículas de tinta expelidas pelo aplicador, via eletrodo, criando assim uma diferença de potencial entre estas e os produtos a serem pintados, os quais estão aterrados junto ao conjunto Skids + transportador. As aplicações manuais com pistolas eletrostáticas são possíveis, porém requerem treinamento específico e maior atenção do usuário, pois pela associação dos efeitos gerados, as variações de camada e efeito podem ser ainda maiores do que aqueles obtidos com o uso de sistemas convencionais. As aplicações automáticas de tintas líquidas podem ser efetuadas tanto por robôs como por máquinas de múltiplos eixos livres de interpolação. Para um máximo aproveitamento, é comumente utilizada aplicação eletrostática, mas dependendo da cor ou do efeito desejado deve haver a aplicação de uma última camada convencional (empoeiramento) na cor-base, no caso de

aplicação de primer. Vários fabricantes vêm utilizando, assim como nas aplicações de verniz, tanto líquido quanto a pó. 10.5.3 - EXEMPLO DE PINTURA USANDO MESA DE GIRO. (veja fig.11) Saída do sistema e operação Pelo uso da mesa de giro, a pintura da peça de trabalho, o ajuste da peça de trabalho poderá ser feito para ser pintada, saindo da cabina de pintura onde a operação de pintura é iniciada, transportada pelo robô. Desta maneira, segurança, salubridade da área de trabalho e melhora da eficiência são asseguradas. Cabina de pintura Sistema de ventilação Mesa de giro robô Unidade de pintura Fig. 11 10.5.4 - EXEMPLO DE LAY OUT DE OPERAÇÃO DE PINTURA USANDO MESA DE GIRO. a. Interligação processo de operação (veja fig. 12) Ventilação Mesa de giro ROBÔ Unidade de pintura Fig. 12

a. I. A operação do robô é comandada pela operação através do sinal da unidade de pintura e ventilação da cabina de pintura e pelo sinal completo de operação do posicionamento da mesa de giro para o presente ponto de pintura. b. II. A operação da mesa de giro é comandada pelo sinal completo de operação e pelo sinal de partida ON enviado pelo operador após a renovação da peça de trabalho. 10.5.5 - EXEMPLO DE PINTURA USANDO ESTEIRA CONTÍNUA 10.5.5.1 - Esboço do sistema e operação (veja fig. 13) No sistema, quatro processos de pintura são formados nos diversos tipos de objetos que são elevados no carrinho suspenso, continuamente rodando em um ajuste de velocidade pelo uso de quatro robôs. Que acompanham o tipo de objeto que foi suspenso na esteira assim detectado por cada objeto e pelo detector de classificação e cada robô executa apresentando objeto de pintura conforme a sucessão, desta maneira enviando o sinal. Cabina de pintura Unidade de pintura n 1 Robô n 1 Unidade de pintura n 2 Robô n 2 Carrinho Suspenso Trabalho n 3 e detector de Trabalho n 4 e classificação detector de classificação Sistema de ventilação Trabalho n 1 e detector de classificação Trabalho n 2 e detector de classificação Robô n 3 Unidade de pintura n 3 Robô n 4 porta Unidade de pintura n 4

10.5.5.1 - Procedimento da operação contínua (veja fig. 14) Seleção dos movimentos de cada robô conforme o tipo de trabalho e movimentos são comandados por sobre o sinal de operação da ventilação em cada unidade e cabina de pintura. Sinal fechado das portas, e sinal de classificação de trabalho de cada trabalho e detector de classificação. Trabalho n 1 e detector de classificação Robô n 1 Portas n 1 e n 2 Unidade de pintura n 1 Trabalho n 2 e detector de classificação Unidade de pintura n 2 Robô n 2 Ventiladores elétricos n 1 e n 2 Trabalho n 3 e detector de classificação Robô n 3 Portas n 1 e n 2 Unidade de pintura n 3 Trabalho n 4 e detector de classificação Robô n 4 Ventiladores elétricos n 1 e n 2 Unidade de pintura n 4 Fig 14 10.5.5.2 10.5.5.1 - Operação - interligada de trabalho de pintura usando esteira contínua.

Figura 10.6 - EXEMPLO DE TRABALHO DE MONTAGEM 10.6.1 - Esboço do sistema e operação (veja fig. 15) Esse é um sistema para montagem de uma variedade de produtos com nove tipos de peças, fornecidos pelo alimentador de peças e peças estocadas para a base de acúmulo conforme o padrão de montagem, usando um robô acumulador e um robô apertador parafusador. Produtos montados são automaticamente transferidos entre processos pelo fluxo livre de esteiras. Após o levantamento da base acumulada em que são ajustados juntos da base acumuladora no magazine de levantamento, um a um eles são fornecidos para o ponto acumulado do fluxo livre de esteira pelo robô acumulador. Nesta hora, a base acumulada é segura pela parada n 1. O numero requerido da peça necessária de nove tipos daqueles fornecidos do alimentador n 1 e n 2 e das peças estocadas é acumulada pelo robô acumulador conforme o presente padrão acumulado.

Alimentador de peça n 1 Alimentador de peça n 2 Robô acumulador Peças estocadas Base acumuladora magazine de levantamento Fluxo livre de esteira Parada n 1 Parada n 2 Exemplo de lay-out de trabalho de montagem. Fig.15 No complemento da operação de acumulo, parada n 1 desce, o produto acumulado é transferido para o ponto do apertador parafusador pelo fluxo livre da esteira, e ele é seguro pela parada n 2. Parafusos são automaticamente fornecidos até o magazine de auto direcionamento pelo alimentador de parafusos. O auto direcionamento é guardado no magazine próprio na atual posição. O robô apertador parafusador segura o presente autodirecionamento neste magazine faz o rosqueamento de cada peça acumulada interligada com o autodirecionamento. Para rosquear os parafusos de diferentes tamanhos, o robô muda o autodirecionamento e executa a mesma operação acima de apertar parafuso, assim, a parada n 2 desce e a produção acumulada é automaticamente transferida para o próximo processo pelo fluxo livre da esteira. 10.6.2 - Procedimento de operação de interligação (a) Movimento do robô acumulador é comandado pela operação através do sinal do fluxo livre da esteira, subindo o sinal completo da parada n 1, ausência do sinal da base acumuladora da chave de acesso ligado ao ponto acumulando. Presença de sinal da base acumulada, da chave de acesso ligada para o estágio de tope do magazine de levantamento da base acumulada a peça apresenta sinal da chave de acesso ligada para o ponto alimentador do n 1 e n 2, peças alimentadas apresentam sinal das chaves de acesso ligado para o ponto de alimentação de cada peça do estoque.

Base acumuladora do magazine de levantamento Peças estocadas Alimentador de peça n 1 Robô acumulador Parada n 1 Alimentador de peça n 2 Alimentador de rosca Fluxo livre da esteira Magazine auto direcionador Robô apertador parafusador Parada n 2 Auto direcionador Fig. 16 Diagrama (b) mostrando Movimento a operação de descer interligação da parada n 1 é comandado pelo sinal completo de operação do robô acumulador (c) Movimento de subir da parada n 1 é comandado pela base acumuladora pela ausência de sinal da chave de acesso ligado para o ponto de acumulo. (d) Movimento do robô apertador parafusador é comandado pela operação sobre o sinal do fluxo livre da esteira, subindo o sinal completo da parada n 2, presença de sinal da base acumuladora da chave de acesso ligada para o ponto de aperto do parafuso, sobre o sinal de operação do alimentador de parafuso. Presença de sinal do parafuso da chave de acesso ligado para cada autodirecionamento, e a presença de sinal do autodirecionamento da chave de acesso ligado para cada magazine de autodirecionamento. (e) Movimento de descer da parada n 2 é comandado pelo sinal completo do robô apertador parafusador. (f) Movimento de subir a parada n 2 é comandado pela base acumuladora pela ausência de sinal da chave de acesso, ligado pelo ponto de aperto do parafuso. 10.7 - EXEMPLO DE REVESTIMENTO POR PULVERIZAÇÃO TÉRMICA 10.7.1 - Definição do Sistema O processo utiliza uma câmara com meio atmosférico altamente controlado, alimentador de pó, que é pesado continuamente no processo, e uma razão constante de transporte de gás e ar vibrando, robô e posicionador. Na simplicidade que o termo possibilita, cobertura por pulverização térmica envolve o aquecimento de um material em pó ou em forma de fio para um estado derretido ou semiderretido.

O material é propulsionado usando um jato de gás ou ar comprimido, para depositá-lo, criando uma estrutura de superfície dando um substrato. (camada). O material de cobertura pode ser constituído de um único elemento, mas é freqüentemente uma liga ou composto com uma única propriedade física, que é somente capaz de alcançar através do processo de pulverização térmica. A variação deste tema técnico é praticamente sem limite. Cobertura pode ser metálica, plástica, ou qualquer combinação desejável para encontrar uma larga faixa de critério físico. Muita indústria usa cobertura para estender a vida do produto, melhorando a execução e reduzindo custo de produção e manutenção. Cobertura térmica pode ter o melhor custo-benefício, resultando provavelmente um substrato de superfície de proteção contra desgaste e corrosão. Outros usos básicos de cobertura incluem restauração dimensional, modificação de propriedades térmicas, elétricas.modificação das características de dureza e acabamento, minimizando o efeito do desgaste mecânico, estender a vida do produto e reduzir o custo da manutenção no mundo das aplicações. Organizando melhor os ganhos do processo, serão descritas as funções de cobertura: Resistência ao desgaste Resistência ao calor e oxidação Resistência à corrosão atmosférica e imersão Restauração das dimensões Controle de limpeza 10.7.2 - Operação do sistema (veja fig. 17) Observe, na figura abaixo a exemplificação da utilização do processo com aplicação do revestimento executada pelo robô. Unidade alimentadora de pó Sistema Exaustão de Unidade de gás Robô aplicador Unidade de fornecimento de energia Mesa posicionadora Fig. 17

A execução do robô é comandada pela operação através do sinal da unidade alimentadora de pó, unidade de gás, fornecimento de energia e pelo sinal completo de operação de localização, da mesa posicionadora. Fig. 17-A Fig. 17-B Sistema com robô de aplicação de revestimento térmico (veja fig. 17-A/B) Cortesia: VASP Viação aérea de São Paulo Oficina Mecânica São Paulo S. P. A aplicação exemplificada é para melhorar o retardamento da oxidação em alta temperatura em uma peça, câmara de combustão de avião a jato. A cobertura da câmara de combustão de avião a jato é crucial para ajudar a retardar o efeito da oxidação e falha prematura, cuja execução é justificada pelo custo-benefício, visto que o valor de reposição de uma única peça possui um custo de grau elevado. É de bom tom ressaltar

que o processo pode ser executado algumas vezes na mesma peça, melhorando a relação final do custo-benefício. 10.8 - REFERÊNCIAS NOF, S. Y., Handbook of industrial Robotics, 2 ed., John Wiley&Sons Inc., New York, 1999. SUGIMOTO, N., "Como usar de maneira correta os robôs industriais", Material Didático, Escola SENAI Armando de Arruda Pereira, São Caetano do Sul, 2000. Catálogo da Sulzer Metco, The Coatings Company, USA, 1995 MEKHALIN E., "Sistema de automação de pintura e áreas correlatas", In: Tratamento de superfície, v. XXI, n. 99, pp.16-21, São Paulo, Jan/Fev. 2000.