A SUA EMPRESA PRETENDE EXPORTAR? - CONHEÇA O ESSENCIAL E GARANTA O SUCESSO DA ABORDAGEM AO MERCADO EXTERNO
PARTE 01 - FORMALIDADES A CUMPRIR
Introdução É consensual, hoje em dia, que as empresas atuam num mercado global. A globalização tomou conta do mundo dos negócios, através do desenvolvimento tecnológico sobretudo ao nível da comunicação, abrindo oportunidades interessantes para as PME em destinos distantes da sua origem. Apesar das grandes oportunidades, traduzidas na existência de clientes de outros países disponíveis para adquirir os seus produtos, é imprescindível ter em conta que exportar não é o mesmo que vender no mercado interno. Existe um conjunto de informações importantes que deverá dominar antes de se lançar nesta aventura. Vamos estruturar a nossa análise em três partes: 1. Formalidades a cumprir 2. Cuidados a ter 3. Mercados prioritários Esta semana iremos abordar as Formalidades a cumprir, ficando os outros dois temas para as semanas seguintes.
Formalidades a Cumprir Obter o certificado de empresa exportadora O certificado atesta que a sua empresa registou exportações no ano anterior. Este certificado poderá ser obtido através da AICEP Portugal Global (Lojas de Exportação, Gestores de Cliente, Primeiro Atendimento e Contact Center). Saber quais os documentos necessários no transporte internacional Para começar a exportar é necessário que obtenha os principais documentos utilizados no transporte internacional. No caso do transporte se fazer por via marítima, será necessário o Bill of Lading ou Conhecimento de Embarque. Trata-se de um documento emitido pela empresa de navegação, que é utilizado como comprovativo do contrato de transporte, e serve como título de crédito e de propriedade da mercadoria. Quando a sua empresa utilizar o transporte rodoviário, será essencial a Declaração de Expedição ou Carta de Porte Rodoviário CMR/TIR ou CMR. Este documento comprova a existência do contrato de transporte rodoviário, que regula o transporte internacional entre dois países, assumindo que pelo menos um deles tenha ratificado a Convenção CMR (Convention Relative au Contrat de Transport International de Marchandise par Route). Se for utilizada a alternativa ferroviária, é exigível a Declaração de Expedição CIM ou Carta de Porte Ferroviário CIM/COTIF. Trata-se do comprovativo do contrato de transporte ferroviário, que regula o transporte internacional entre
pelo menos dois países com ligação através de uma das linhas ferroviárias inscritas no Convénio Internacional relativo ao Transporte de Mercadorias por Caminho-de- Ferro. Se o transporte se fizer por via aérea, é necessário a Air Way Bill ou Carta de Porte Aéreo. Este documento comprova o contrato de transporte aéreo celebrado entre a companhia aérea e a empresa. No transporte marítimo e aéreo, as empresas utilizam um outro documento, o Manifesto de Carga obrigatório para o despacho aduaneiro de entrada e saída de barcos e aeronaves. Existem situações em que a sua empresa terá necessidade de utilizar vários meios de transporte em simultâneo. Nestes casos é utilizado o documento Conhecimento de Embarque Multimodal, que regula o transporte internacional em regime multimodal organizado sob a responsabilidade de transitários que pertençam à Federação Internacional de Transitários. Para além do que foi referido, são igualmente necessários os seguintes documentos: Apólice de Frete Contrato de transporte marítimo no âmbito de um regime de contratação livre cuja finalidade é o transporte de grandes volumes de mercadoria em navios completos. Apólice de Seguro Contrato de Seguro mediante o qual a empresa seguradora se obriga, contra cobrança de um prémio, a indemnizar um dano sofrido pelo segurado ou a satisfazer um capital, renda ou outras prestações convencionadas. Muitos transitários dispõem também de apólices de seguros.
Conhecer como se processam as trocas intracomunitárias de bens Dentro do espaço comunitário europeu, as trocas de bens estão sujeitas a emissão de fatura, à obtenção de diversos certificados (dependendo do tipo de bens), e à Declaração Intrastat (para efeitos de recolha de informação estatística sobre as transações de bens entre Estados-membros da UE, aplicando-se às mercadorias em livre circulação no mercado interno).
Saber quais as formalidades e imposições aduaneiras dos mercados externos Dependendo por um lado do país de destino das mercadorias, e por outro do tipo de produtos que se pretende exportar, as formalidades podem diferir substancialmente. É aconselhável que contacto a AICEP Portugal Global, as embaixadas e câmaras de comércio dos países em questão, e também o website Market Access Database, da responsabilidade da Comissão Europeia, para recolher informações nomeadamente sobre: Formalidades legais no país de destino relativas à importação; Eventuais restrições à importação (quotas/contingentes); Direitos aduaneiros e outras taxas; Regulamentação técnica de produtos.
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