ESTUDO DE VIABILIDADE DE CURSOS



Documentos relacionados
ESTUDO DE VIABILIDADE DE CURSOS

ESTUDO DE VIABILIDADE DE CURSOS

P A L N A O N O D E D E E X E P X A P N A S N Ã S O Ã O I II

ESTUDO DE VIABILIDADE DE CURSOS

CAMPUS DE ESPERANÇA IMPLANTAÇÃO

ESTUDO DE VIABILIDADE DE CURSOS

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

XLIII PLENÁRIA NACIONAL DO FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE

9. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

(MAPAS VIVOS DA UFCG) PPA-UFCG RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA UFCG CICLO ANEXO (PARTE 2) DIAGNÓSTICOS E RECOMENDAÇÕES

MELHORIA DA INFRAESTRUTURA FÍSICA ESCOLAR

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

3.1 Ampliar o número de escolas de Ensino Médio de forma a atender a demanda dos bairros.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 5, DE 2 DE FEVEREIRO DE

P A L N A O N O D E D E E X E P X A P N A S N Ã S O Ã O I II

ESTUDO DE VIABILIDADE DE CURSOS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 1, DE 6 DE JANEIRO DE 2015

RESULTADOS E EFEITOS DO PRODOCÊNCIA PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS RESUMO

PROJETO PEDAGÓGICO. 2.3 Justificativa pela escolha da formação inicial e continuada / qualificação profissional:

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

sociais (7,6%a.a.); já os segmentos que empregaram maiores contingentes foram o comércio de mercadorias, prestação de serviços e serviços sociais.

Aprovação do curso e Autorização da oferta. PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO FIC de INFORMÁTICA II - FERRAMENTAS PARA ESCRITÓRIO. Parte 1 (Solicitante)

RESOLUÇÃO Nº 063 CONSUPER/2013

ESTÁGIO SUPERVISIONADO Licenciatura em Artes Visuais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 1, DE 2 DE FEVEREIRO DE

Estrutura do PDI

ESTUDO DE VIABILIDADE DE CURSOS

PROJETO ESCOLA DE FÁBRICA

DIRETRIZES E PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE PROPOSTAS DE CURSOS NOVOS DE MESTRADO PROFISSIONAL

SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Guia Rápido O que há de novo no SIG?

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO CNE/CP 1, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2002 (*)

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 2, DE 27 DE SETEMBRO DE

O ESTADO DA ARTE DO MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA DA UFRN A PARTIR DAS DISSERTAÇÕES E PERFIL DOS EGRESSOS

Seminário Abmes 3/agosto/2010 Referenciais curriculares nacionais dos cursos de bacharelado e licenciatura

RESOLUÇÃO Nº 59/2014, DE 08 DE SETEMBRO DE 2014

TERMO DE REFERÊNCIA. Denominação: Consultor(a) na Área de pesquisa/ensino/extensão com redes sociotécnicas para difusão de informações

ANEXO 8 RESOLUÇÃO CNE/CP 1, DE 18 DE FEVEREIRO DE (*)

IMPLANTANDO O ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO

AGUARDANDO HOMOLOGAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE GRAVATAÍ

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

TÍTULO I DA NATUREZA, DAS FINALIDADES CAPÍTULO I DA NATUREZA. PARÁGRAFO ÚNICO Atividade curricular com ênfase exclusiva didático-pedagógica:

ANEXO II PROJETO PEDAGÓGICO

ESTADO DE ALAGOAS GABINETE DO GOVERNADOR

A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Universidade Federal de Roraima Centro de Educação CEDUC Curso de Pedagogia Laboratório de Informática

POLÍTICA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO

PPGHIS/ICHS/UFOP PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NA ÓTICA DE SEUS EGRESSOS DO TRIÊNIO

EDITAL DE SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Modalidade Online

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

MANUAL DO ALUNO (A) ATIVIDADES COMPLEMENTARES/ESTUDOS INDEPENDENTES

ENSINO SUPERIOR: PRIORIDADES, METAS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES

Bacharelado em Educação Física

ACESSIBILIDADE E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EXPERIÊNCIA COM UM ALUNO CEGO DO CURSO DE GEOGRAFIA, A DISTÂNCIA

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

PRESTAÇÃO DE CONTAS - projetos e ações da Seger em

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO NÚCLEO DE ESTUDOS AGRÁRIOS E DESENVOLVIMENTO RURAL PCT FAO UTF/BRA/083/BRA

CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

PROPOSTA PARA MINIMIZAÇÃO DA EVASÃO ESCOLAR COM O USO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini - Junho 2010

PROGRAMA DE APREDIZAGEM NO IFRN

CAPÍTULO I DAS DIRETRIZES DO CURSO

Breve Histórico da Instituição

PROJETO DE LEI Nº, DE 2013

ACoordenação da Pós-Graduação da Faculdade São Luís

ADMINISTRAÇÃO DA FUNETEC-PB. Presidente da FUNETEC-PB João Batista de Oliveira Silva. Superintendente Executivo Valdeci Ramos dos Santos

Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel

NOTA INFORMATIVA Nº 20/2014 de 07 de novembro de Assunto: processo de pactuação de vagas Prezados Coordenadores,

PROJETO DO CURSO INICIAÇÃO AO SERVIÇO PÚBLICO

Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 ISBN

SALA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO INFANTIL

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

PROGRAMA : Educação Superior no Século XXI ÓRGÃOS PARTICIPANTES

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011

CGEB Coordenadoria de Gestão da Educação Básica. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO Coordenadoria de Gestão da Educação Básica

Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Matemática versus Estágio Supervisionado

EIXO II EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: JUSTIÇA SOCIAL, INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS PROPOSIÇÕES E ESTRATÉGIAS

O processo encontra-se instruído pela Resolução CNE / CEB nº 04/99 e pela Resolução CEE/PE nº 02/2000.

AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: instrumento norteador efetivo de investimentos da IES

Organização Curricular e o ensino do currículo: um processo consensuado


A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

Fanor - Faculdade Nordeste

Pedagogia Estácio FAMAP

ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS: PERFIL E CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFESSORES EM FEIRA DE SANTANA Simone Souza 1 ; Antonia Silva 2

Informações básicas. Programa Ensino Integral

FACULDADE DO NORTE NOVO DE APUCARANA FACNOPAR PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

FACCAMP - FACULDADE CAMPO LIMPO PAULISTA COMUNICAÇÃO E REDES SOCIAIS

O ENSINO MÉDIO NAS ESCOLAS RURAIS DE JATAÍ, UMA GESTÃO COMPARTILHADA. Mara Sandra de Almeida 1 Luciene Lima de Assis Pires 2

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO SOBRE A CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA NO MUNÍCIPIO DE GURJÃO-PB

PLANO ANUAL DE CAPACITAÇÃO 2012

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO ENSINO SUPERIOR: um estudo sobre o perfil dos estudantes usuários dos programas de assistência estudantil da UAG/UFRPE

INTERESSADO: Centro de Treinamento e Desenvolvimento CETREDE

Aeducação profissional de adolescentes e jovens no Brasil é realizada

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ CÂMPUS CURITIBA

Atribuições dos Tecnólogos

Transcrição:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA ESTUDO DE VIABILIDADE DE CURSOS CAMPUS DE ESPERANÇA LOCAL João Pessoa DATA Fevereiro/2012

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA REITORIA PRÓ REITORIA DE ENSINO João Batista de Oliveira Silva Reitor Paulo de Tarso Costa Henriques Pró-Reitor de Ensino Walmeran José Trindade Júnior Diretor de Educação Profissional Maria José Aires Freire de Andrade Diretora de Articulação Pedagógica José Lins Cavalcanti de Albuquerque Netto Diretor de Educação Superior Francisco Raimundo de Moreira Alves Diretor de Educação a Distância e Programas Especiais RESPONSABILIDADE TÉCNICA Prof. Dr. Jimmy de Almeida Lellis Assessor Especial Prof. Dr. Ridelson Farias de Sousa Assessor Especial Prof. M.Sc. José Elber Marques Barbosa Colaborador SUPORTE ADMINISTRATIVO Emanoela MouraToscano Estagiária Emmanuel Aldano de França Monteiro Estagiário Raphaella de Araújo Lima Estagiária ii

SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO... 5 2. AMBIENTE GERAL DO ESTUDO...12 3. DIVISÃO GEOADMINISTRATIVA DA PARAÍBA 3ª REGIÃO GEOADMINISTRATIVA: CAMPINA GRANDE...13 3.1 CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL...13 3.2 RELAÇÃO DA POPULAÇÃO DA 3ª REGIÃO GEOADMINISTRATIVA VERSUS CONTINGENTE POPULACIONAL DO ESTADO DA PARAÍBA...14 3.3 EMPRESAS VERSUS OCUPAÇÃO...16 3.4 AGROPECUÁRIA...17 3.5 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO (FIRJAN)...18 3.6 HOSPITAIS E EQUIPES DE PSF...21 3.7 PRODUTO INTERNO BRUTO...22 3.8 ATIVIDADE PRODUTIVA...23 3.9 EDUCAÇÃO...26 3.9.1 GAP DA EDUCAÇÃO...27 3.9.2 CANDIDATOS EM POTENCIAL...28 3.10 MAPEAMENTO DE CURSOS NA REGIÃO...30 3.11 ARRANJO PRODUTIVO LOCAL...31 4. IMPLEMENTAÇÃO DOS CURSOS...33 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...35 6. REFERÊNCIAS...36 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Escola de Aprendizes Artífices na Paraíba funcionando no Quartel da Força Policial... 5 Figura 2. Escola Industrial da Paraíba... 6 Figura 3. Campus João Pessoa (Av. 1º de Maio, 720 Jaguaribe)... 7 Figura 4. Abrangência do IFPB no Estado... 9 Figura 5. Abrangência do IFPB no Estado após a Expansão III...11 Figura 6. 3ª Região Geoadministrativa da Paraíba...13 Figura 7. Abrangência do Campus Esperança na 3ª Região Geoadministrativa...14 iii

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1. Taxa Proporcional de População Região de Esperança...15 Gráfico 2. Percentuais de empresas e ocupação Região de Esperança...16 Gráfico 3. Atividade agropecuária Região de Esperança...18 Gráfico 4. Desenvolvimento (Brasil/Paraíba/Região de Esperança)...19 Gráfico 5. Emprego e Renda (Brasil/Paraíba/Região de Esperança)...19 Gráfico 6. Educação (Brasil/Paraíba/Região de Esperança)...20 Gráfico 7. Saúde (Brasil/Paraíba/Região de Esperança)...20 Gráfico 8. Equipes de PSF e Hospitais (Paraíba/Região de Esperança)...21 Gráfico 9. Produto Interno Bruto (Paraíba/Região de Esperança)...22 Gráfico 10. Produto Interno Bruto (Paraíba/Município de Esperança)...23 Gráfico 11. Admissões de Julho de 2010 a Julho de 2011 (Região de Esperança)...24 Gráfico 12. Admissões de Julho de 2010 a Julho de 2011 (Município de Esperança)...25 Gráfico 13. Alunos matriculados no ensino básico (Região de Esperança)...26 Gráfico 14. Alunos matriculados no ensino básico (Município de Esperança)...27 Gráfico 15. Potencial de candidatos (Região de Esperança)...29 Gráfico 16. Potencial de candidatos (Município de Esperança)...29 LISTA DE TABELAS Tabela 1. GAP de matrículas (Região de Esperança)...28 Tabela 2. GAP de matrículas (Município de Esperança)...28 LISTA DE QUADROS Quadro 1. Taxa Proporcional de População por Região Geoadministrativa...15 Quadro 2. Número de Pessoas Ocupadas por Região Geoadministrativa...17 Quadro 3. Ofertas de cursos na região de abrangência do campus Esperança...30 Quadro 4. Cursos sugeridos pelo estudo (Região de Esperança)...34 iv

1 APRESENTAÇÃO O atual Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB tem mais de cem anos de existência e ao longo de todo esse período recebeu diferentes denominações (Escola de Aprendizes Artífices da Paraíba - de 1909 a 1937; Liceu Industrial de João Pessoa - de 1937 a 1961; Escola Industrial Coriolano de Medeiros ou Escola Industrial Federal da Paraíba - de 1961 a 1967; Escola Técnica Federal da Paraíba - de 1967 a 1999; Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba de 1999 a 2008 e, finalmente, IFPB, de 2008 aos dias atuais). Criado no ano de 1909, através de decreto presidencial de Nilo Peçanha, o seu perfil atendia a uma determinação contextual que vingava na época. Como Escola de Aprendizes Artífices, Figura 1, seu primeiro nome foi concebido para prover de mãode-obra o modesto parque industrial brasileiro que estava em fase de instalação. Figura 1. Escola de Aprendizes Artífices na Paraíba funcionando no Quartel da Força Policial Àquela época, a Escola absorvia os chamados desvalidos da sorte, pessoas desfavorecidas e até indigentes, que provocavam um aumento desordenado na população das cidades, notadamente com a expulsão de escravos das fazendas, que migravam para os centros urbanos. Tal fluxo migratório era mais um desdobramento social gerado pela abolição da escravatura, ocorrida em 1888, que desencadeava sérios problemas de urbanização. 5

O IFPB, no início de sua história, assemelhava-se a um centro correcional, pelo rigor de sua ordem e disciplina. O decreto do Presidente Nilo Peçanha criou uma Escola de Aprendizes Artífices em cada capital dos estados da federação, mais com uma solução reparadora da conjuntura socioeconômica que marcava o período, para conter conflitos sociais e qualificar mão-de-obra barata, suprindo o processo de industrialização incipiente que, experimentando uma fase de implantação, viria a se intensificar a partir dos anos 30. A Escola da Paraíba, que oferecia os cursos de Alfaiataria, Marcenaria, Serralheria, Encadernação e Sapataria, inicialmente funcionou no Quartel do Batalhão da Polícia Militar do Estado, depois se transferiu para o Edifício construído na Avenida João da Mata (Figura 2), onde funcionou até os primeiros anos da década de 1960. Figura 2. Escola Industrial da Paraíba Finalmente, instalou-se no atual prédio localizado na Avenida Primeiro de Maio, bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, Capital onde funciona o Campus João Pessoa até os dias de hoje. Observe a Figura 3. 6

Figura 3. Campus João Pessoa (Av. 1º de Maio, 720 Jaguaribe) Ainda como Escola Técnica Federal da Paraíba, no ano de 1995, a Instituição interiorizou suas atividades por meio da instalação da Unidade de Ensino Descentralizada de Cajazeiras - UNED. Enquanto Centro Federal de Educação tecnológica da Paraíba - CEFET-PB, a Instituição experimentou um fértil processo de crescimento e expansão em suas atividades, passando a contar, além de sua Unidade Sede, com o Núcleo de Educação Profissional - NEP, que funcionou na Rua das Trincheiras. Como Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba, ocorreu em 2007 a implantação da Unidade de Ensino Descentralizada de Campina Grande UNED-CG e a criação do Núcleo de Ensino de Pesca, no município de Cabedelo. Desde então, o IFPB oferece à sociedade, paraibana e brasileira, cursos técnicos de nível médio (integrado e subsequente), cursos superiores de tecnologia, bacharelado e licenciatura todos em consonância com a linha programática e princípios doutrinários firmados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB/EM e normas dela decorrentes. Com o advento da Lei 11.892/2008, o Instituto se consolida como uma instituição de referência da Educação Profissional na Paraíba. Além dos cursos usualmente chamados de regulares, a Instituição também desenvolve um amplo trabalho de oferta de cursos extraordinários, de curta e média duração, atendendo a 7

uma expressiva parcela da população, a quem é destinado também cursos técnicos básicos, programas de qualificação, profissionalização e re-profissionalização, para melhoria das habilidades de competência técnica no exercício da profissão. A Instituição, em obediência ainda às suas obrigações previstas em lei, tem desenvolvido estudos com vistas a oferecer programas para formação, habilitação e aperfeiçoamento de docentes da rede pública. Visando a ampliação de suas fronteiras de atuação, o Instituto desenvolve ações para atuar com competência na modalidade de Educação à Distância (EAD) e tem investido fortemente na capacitação dos seus professores e técnicos administrativos, no desenvolvimento de atividades de pós-graduação lato sensu, stricto sensu e de pesquisa aplicada, preparando as bases para a oferta de cursos de pós-graduação nestes níveis, horizonte aberto com a nova Lei. Até o ano de 2010, contemplado com o Plano de Expansão da Educacional Profissional - Fase II - do Governo Federal, o Instituto implantou mais cinco Campi no estado da Paraíba, contemplando cidades consideradas pólos de desenvolvimento regionais, como Picuí, Monteiro, Princesa Isabel, Patos e Cabedelo. Associados aos Campi de Cajazeiras, Campina Grande, João Pessoa e Sousa (Escola Agrotécnica, que foi incorpada ao antigo CEFET, proporcionando a criação do Instituto). Desta forma, o Instituto Federal da Paraíba abrange João Pessoa e Cabedelo, no Litoral; Campina Grande no brejo e Agreste; Picuí no Seridó Ocidental; Monteiro no Cariri; Patos, Cajazeiras, Souza e Princesa Isabel na região do Sertão, cujo raio de abrangência (50 quilômetros) é demonstrado na Figura 4. 8

Figura 4. Abrangência do IFPB no Estado As novas unidades educacionais levam Educação Profissional em todos os níveis (básico, técnico e tecnológico) oportunizando o desenvolvimento econômico e social, melhorando a qualidade de vida da população destas regiões. Vale ressaltar que a diversidade de cursos ora ofertado pela Instituição justificase em decorrência da experiência e tradição da mesma no tocante à educação profissional. O Instituto Federal da Paraíba, considerando as definições decorrentes da Lei 11.892/2009 e observando o contexto das mudanças estruturais que tem ocorrido na sociedade e na educação brasileira, adota um Projeto Acadêmico baseado na sua responsabilidade social advinda da referida Lei, a partir da construção de um projeto pedagógico flexível, em consonância com o proposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, buscando produzir e reproduzir os conhecimentos humanísticos, científicos e tecnológicos, de modo a proporcionar a formação plena da cidadania, que será traduzida na consolidação de uma sociedade mais justa e igual. O IFPB atua nas áreas profissionais das Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes. 9

São ofertados cursos nos eixos tecnológicos de Recursos Naturais, Produção Cultural e Design, Gestão e Negócios, Infra-Estrutura, Produção Alimentícia, Controle e Processos Industriais, Produção Industrial, Hospitalidade e Lazer, Informação e Comunicação e Ambiente, Saúde e Segurança. Nessa perspectiva, a organização do ensino no Instituto Federal da Paraíba oferece oportunidades em todos os níveis da aprendizagem, permitindo o processo de verticalização do ensino. Ampliado o cumprimento da sua responsabilidade social, também atua fortemente em Programas de Formação Continuada (FIC), Programas de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), Programa Nacional de Inclusão de Jovens (PROJOVEM) e Programa Mulheres Mil; propiciando o prosseguimento de estudos através do Ensino Técnico de Nível Médio, Ensino Tecnológico de Nível Superior, as Licenciaturas, os Bacharelados e os estudos de Pós-Graduação Lato Sensu e Stricto Sensu. Além de desempenhar atividades de qualificação e requalificação de recursos humanos, o IFPB atua no suporte tecnológico às diversas instituições de ensino, pesquisa e extensão, bem como no apoio às necessidades tecnológicas empresariais. Essa atuação não se restringe ao estado da Paraíba, mas gradativamente vem se consolidando dentro do contexto macro-regional delimitado pelos Estados de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. O Instituto Federal da Paraíba em sintonia com o mercado de trabalho e com a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, traça estratégias para implantação de 06 (seis) novos Campi nas cidades de Guarabira, Itaporanga, Itabaiana, Catolé do Rocha, Santa Rita e Esperança, contemplados no Plano de Expansão Fase III - e ampliando as oportunidades educacionais. Assim, junto aos Campi já existentes, promove a interiorização da educação no território paraibano, conforme Figura 5. 10

Figura 5. Abrangência do IFPB no Estado após a Expansão III Neste contexto, as Fases de Expansão II e III, apresentam-se cada qual com suas necessidades locais. Diante do atual quadro de oferta da educação profissional pelo Instituto Federal da Paraíba, o objetivo deste estudo consiste em nortear, de acordo com os Arranjos Produtivos Locais (APLs), a viabilidade de implantação de cursos para todos os campi do IFPB, contribuindo para o alcance da missão institucional de fazer desenvolver a região a partir das potencialidades locais. 11

2 AMBIENTE GERAL DO ESTUDO O Estado da Paraíba faz parte da porção mais oriental da Região Nordeste do Brasil e, por consequência, das Américas. Distribui-se da direção Leste para Oeste comum a distância linear de 443 km e na direção Norte-Sul tem 253 km. Limita-se ao Norte como Estado do Rio Grande do Norte, ao Sul como Estado de Pernambuco, a Oeste como Estado do Ceará e a Leste com o Oceano Atlântico. A Paraíba está situada nas coordenadas 34º 45 54 e 38º 45 45 de longitude oeste de Greenwich com 56.440 km² de área, dos quais 55.119 km² incluem-se no Polígono das Secas do Nordeste, o que lhe confere clima quente e úmido nas regiões próximas ao litoral e oeste do Estado, e semi-árido quente no Planalto da Borborema. Os seus 223 municípios estão distribuídos em 12 Regiões Geoadministrativas. O Censo Demográfico de 2000 do IBGE indica que o Estado da Paraíba apresentava um total de 3.443.825 habitantes, sendo que 2.447.212 (71,06%) concentravam-se na zona urbana, enquanto 996.613 (28,94%), na zona rural. Em 2008, segundo o IBGE, o Estado contava com uma população de 3.721.176, o que representa uma taxa geométrica de crescimento anual de 0,97%. Praticamente todos os municípios paraibanos estão interligados por rodovias asfaltadas. As rodovias federais mais importantes são: a BR 101, que liga João Pessoa à Natal (RN) e Recife (PE); a BR-230 que corta todo o Estado de Leste a Oeste, desde o Porto de Cabedelo, na Grande João Pessoa, passando por Campina Grande, atravessando o Cariri e o Sertão, e a BR-104, que faz a ligação do agreste paraibano com os Estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte (IDEME, 2008). 12

3 DIVISÃO GEOADMINISTRATIVA DA PARAÍBA 3ª REGIÃO GEOADMINISTRATIVA: CAMPINA GRANDE 3.1 CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL A 3ª Região Geoadministrativa do Estado da Paraíba (Figura 3), polarizada pelo município de Campina Grande, é formada por 35 municípios os quais totalizam uma área de 10.394 km², correspondendo a 18,41% da área total do Estado. Segundo o IBGE, em 2008, a região Geoadministrativa contava com 836.682 habitantes, expressando uma densidade demográfica de 80,59 habitantes por quilômetro quadrado (IDEME, 2008). Figura 6. 3ª Região Geoadministrativa da Paraíba Apesar de um campus do IFPB ter sede em um município, os estudos de viabilidade para implantação de cursos para o campus levam em consideração dados de todos os municípios que compõem a Região Geoadministrativa onde está inserido, o que atende a missão institucional de fazer desenvolver toda a região. Neste contexto, a 3ª Região Geoadministrativa, com 35 municípios, apresenta uma perspectiva para instalação de mais de um Campus do IFPB. Cada um dos Campi situados na mesma Região Geoadministrativa irá se concentrar em uma área limítrofe de atuação, guardando-se as peculiaridades de cada Arranjo Produtivo Local APL. 13

Para este estudo específico CAMPUS ESPERANÇA, considera-se como área limítrofe de atuação 12 municípios: Esperança, Remígio, Algodão de Jandaíra, Pocinhos, Areial, Montadas, São Sebastião da Lagoa de Roca, Alagoa Nova, Areia, Alagoa Grande, Arara e Matinhas, conforme ilustra a Figura 7. Figura 7. Abrangência do Campus Esperança na 3ª Região Geoadministrativa Os municípios mencionados fazem parte da 3ª Região Geoadministrativa; possuindo área de 2.142 Km 2, população de 149.234 habitantes e densidade demográfica de 69,67 hab./km 2. Assim, para efeito deste estudo, a partir deste ponto, toda referência se restringirá aos municípios supracitados - Região de Esperança (Figura 7). 3.2 RELAÇÃO DA POPULAÇÃO DA 3ª REGIÃO GEOADMINISTRATIVA VERSUS CONTINGENTE POPULACIONAL DO ESTADO DA PARAÍBA De acordo com o IBGE (2011), a região de Esperança possui aproximadamente 149.234 habitantes, o que correspondente a 4% da população total do Estado da Paraíba, conforme apresentado no Gráfico 1. 14

Gráfico 1. Taxa Proporcional de População Região de Esperança Para efeito de análise, a Taxa Proporcional de População (dos 12 municípios que compõem a região de abrangência do campus de Esperança) tomou como base a população de todo o Estado da Paraíba (3.730.838 habitantes) e a população dos 39 municípios toda a 3ª Região Geoadministrativa da Paraíba que totaliza 836.682 habitantes. Observa-se, percentualmente, o índice populacional por Região Geoadministrativa no Quadro 1. Quadro 1. Taxa Proporcional de População por Região Geoadministrativa REGIÃO SEDE População GEOADMINISTRATIVA 1ª João Pessoa 34,47% 2ª Guarabira 8,17% 3ª Campina Grande 22,42% 4ª Cuité 2,83% 5ª Monteiro 2,98% 6ª Patos 6,02% 7ª Itaporanga 4,05% 8ª Catolé do Rocha 2,94% 9ª Cajazeiras 4,50% 10ª Sousa 4,59% 11ª Princesa Isabel 2,19% 12ª Itabaiana 4,82% Total Geral 100% Seccionando os referidos municípios da 3ª Região Geoadministrativa, configurase uma área geográfica concentrada em um eixo específico decorrente da atividade comercial, tendo como município sede do Campus o município de Esperança. 15

3.3 EMPRESAS VERSUS OCUPAÇÃO Para este contexto tomou-se como base o número de pessoas empregadas em relação ao quantitativo de empresas presentes nesta região. O Gráfico 2 ilustra esta realidade. A região de Esperança apresenta, respectivamente, 2,07% e 3,26% do número de pessoas ocupadas e do número total de empresas instaladas em todo o Estado da Paraíba. Gráfico 2. Percentuais de empresas e ocupação Região de Esperança Para efeito de análise, percentuais de empresas e ocupação Região de Esperança, tomou-se como base a população do estado da Paraíba (3.730.838 habitantes) e o número de pessoas ocupadas da 3ª Região Geoadministrativa da Paraíba Campina Grande (836.682 habitantes), dos quais se abstraíram os municípios que compõem a região de Esperança. Observa-se, percentualmente, o número de pessoas ocupadas por Região Geoadministrativa no Quadro 2. 16

Quadro 2. Número de Pessoas Ocupadas por Região Geoadministrativa REGIÃO GEOADMINISTRATIVA SEDE População Número de Pessoas Ocupação 1ª João Pessoa 34,47% 59,17% 2ª Guarabira 8,17% 4,01% 3ª Campina Grande 22,42% 18,93% 4ª Cuité 2,83% 1,32% 5ª Monteiro 2,98% 1,34% 6ª Patos 6,02% 3,38% 7ª Itaporanga 4,05% 1,76% 8ª Catolé do Rocha 2,94% 1,45% 9ª Cajazeiras 4,50% 2,78% 10ª Sousa 4,59% 2,74% 11ª Princesa Isabel 2,19% 0,78% 12ª Itabaiana 4,82% 2,35% Total Geral 100% 100% A 3ª Região Geoadministrativa é a segunda mais populosa e também concentra o segundo maior número de empresas instaladas e de pessoas ocupadas por atividades no Estado da Paraíba. 3.4 AGROPECUÁRIA No tocante à agropecuária, utilizou-se como referência as principais variáveis relacionadas à sua produção, quais sejam: número de cabeças dos principais rebanhos (bovino, caprino, ovino e suíno), produção de leite (em mil litros), total de aves (galinhas, pintos e afins), produção de ovos de galinha (em mil dúzias) e produção das principais lavouras exploradas no estado da Paraíba. Justifica-se o exposto no Gráfico 3, que mostra, por meio dados do IBGE (2011), a relação da produção agropecuária em relação à mesma perspectiva estadual. O parâmetro de referência continua sendo o mesmo, a região de Esperança. 17

Gráfico 3. Atividade agropecuária Região de Esperança Pode-se inferir pelo observado que a região de Esperança apresenta destaque no que concerne a atividades econômicas do setor primário, principalmente no que diz respeito à produção de aves e de lavouras que revelam índices de produção expressivos (dez pontos percentuais) em relação ao estado. 3.5 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO (FIRJAN) O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) é um estudo anual do Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) que acompanha o desenvolvimento de todos os 5.564 municípios brasileiros em três áreas: Emprego & Renda, Educação e Saúde. Ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Mesmo com um recorte municipal, possibilita gerar um resultado nacional discriminado por unidades da Federação, graças à divulgação oficial das variáveis componentes do índice por estados e para o país. O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade. Além disso, sua metodologia possibilita determinar, com precisão, se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas 18

específicas ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios (FIRJAN, 2011). O Gráfico 4 aponta o desenvolvimento da Federação, do Estado e da região de Esperança nos três parâmetros (emprego & renda, educação e saúde). Gráfico 4. Desenvolvimento (Brasil/Paraíba/Região de Esperança) Analisando o índice por área é possível identificar quais parâmetros estão contribuindo de forma mais potencial para o desenvolvimento da região em estudo. Desmembrando o índice IFDM, tomou-se como base para o primeiro eixo de análise a variável emprego e renda no ano de 2007. Neste quesito, a região em estudo, apresentou-se, em relação ao estado da Paraíba, menos desenvolvida em 0,14 pontos percentuais, conforme se identifica no Gráfico 5. Gráfico 5. Emprego e Renda (Brasil/Paraíba/Região de Esperança) 19

Em sequência, para o segundo eixo de análise, utilizou-se como norte a variável educação - 2007. Neste quesito, a região em estudo, apresentou-se, em relação ao estado da Paraíba, mais desenvolvida em 0,02 pontos percentuais (Gráfico 6). Gráfico 6. Educação (Brasil/Paraíba/Região de Esperança) Para o terceiro eixo de análise, utilizou-se como norte a variável saúde - 2007. Neste quesito, a região em estudo, apresentou-se, em relação ao estado da Paraíba, no mesmo patamar de desenvolvimento (Gráfico 7). Gráfico 7. Saúde (Brasil/Paraíba/Região de Esperança) Pode-se inferir, com base nos dados, que o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) - nas três áreas: Emprego & Renda, Educação e Saúde demonstrou um comportamento de ascensão paralelo da região de Esperança em relação ao Estado da Paraíba. 20

3.6 HOSPITAIS E EQUIPES DE PSF A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta comunidade (portal.saude.gov.br, 2012). No tocante à saúde, utilizou-se como referência o número de hospitais e o número de programas de saúde da família PSF instalados. Justifica-se o exposto no Gráfico 8, que mostra, por meio dados do IBGE (2011), a relação do quantitativo de hospitais e PSFs na região de Esperança com a perspectiva estadual. Gráfico 8. Equipes de PSF e Hospitais (Paraíba/Região de Esperança) Pode-se inferir pelo observado que a região de Esperança não apresenta uma expressividade significativa, uma vez que os estabelecimentos hospitalares assim como as equipes de PSFs demonstraram índices inexpressivos (em torno de cinco pontos percentuais aproximadamente) em relação ao estado. 21

3.7 PRODUTO INTERNO BRUTO PIB ou Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território econômico de um município, região, estado ou país, independentemente da nacionalidade dos proprietários das unidades produtoras. Por bens e serviços finais compreende-se que não são consideradas as transações intermediárias. Toda a produção é medida a preços de mercado e o PIB pode ser calculado sob três aspectos, Agropecuária (Primário), Indústria (Secundário) e Serviço (Terciário) (academiaeconomica.com, 2012). Utilizaram-se, como critério de análise do PIB, seus três parâmetros: Agropecuária (Primário), Indústria (Secundário) e Serviço (Terciário); de forma comparativa e isolada em relação ao estado/região (Gráfico 9). Gráfico 9. Produto Interno Bruto (Paraíba/Região de Esperança) Conforme se observa no Gráfico 9, o PIB no estado da Paraíba se comporta de forma desproporcional (agropecuária 7,19%; indústria 22,00% e serviços 70,81%), estando sua maior expressividade no setor terciário. Nesta perspectiva, a região de Esperança acompanha esta tendência, uma vez que sua maior expressão também é no mesmo segmento. Vale salientar que comparando as riquezas geradas neste segmento pelo Estado, a região de Esperança apresenta uma concentração bem mais significativa. 22

Para efeito de comparação, estratificou-se da região para o município de Esperança. Nesta vertente, verificou-se que o PIB também se concentrou no segmento de serviços, como identificado no Gráfico 10, isto é, comparando com a região de Esperança, o município de Esperança apresentou-se com um score percentual maior (13,34%). Gráfico 10. Produto Interno Bruto (Paraíba/Município de Esperança) 3.8 ATIVIDADE PRODUTIVA O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi criado pelo Governo Federal, que instituiu o registro permanente de admissões e desligamentos de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Este registro é atualizado mensalmente nas bases de dados do Ministério do Trabalho e Emprego. As informações do CAGED são utilizadas pelo Programa de Seguro- Desemprego para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas e liberar os benefícios. É com base nestas informações que o Governo Federal e a sociedade como um todo, contam com estatísticas à elaboração de Políticas de Emprego e Salário, bem como estudos sobre mercado de trabalho (Manual de Orientação CAGED, 2010). 23

Como critério de análise das principais atividades produtivas que mais admitiram no período de Julho de 2010 à Julho de 2011 foram consideradas as cinco atividades mais representativas da região, quais sejam: embalador, vendedor de comércio varejista, serventes de obras, armazenista e auxiliar de escritório (Ver Gráfico 11). Gráfico 11. Admissões de Julho de 2010 a Julho de 2011 (Região de Esperança) Pelo exposto no Gráfico 11 pode se constatar que a quantidade de profissionais mais admitidos na região de Esperança foi a categoria de embalador (38%), seguido de vendedor de comércio varejista (23%), serventes de obras (15%), armazenista (14%) e auxiliar de escritório (10%). Para efeito de comparação, o Gráfico 12 representa o número de admissões apenas para município de Esperança. Nesta vertente, verificou-se que a categoria mais expressiva foi a de armazenista (33%), seguido de vendedor de comércio varejista (23%), auxiliar de escritório (15%), carregador (15%) e motorista (14%). 24

Gráfico 12. Admissões de Julho de 2010 a Julho de 2011 (Município de Esperança) De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) pode-se constatar que as atividades se concentram no segmento comercial e de serviços. 25

3.9 EDUCAÇÃO De acordo com a Secretaria de Educação Básica (2012), vinculada ao Ministério da Educação, educação básica é o caminho para assegurar à todos os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. De acordo com o Artigo 21 da LDB, a educação básica é formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. O ensino fundamental obrigatório tem duração de 9 (nove) anos. Já o ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, com finalidade de consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental. Utilizou-se, como critério de análise da educação, o número de matrículas por dependência administrativa (Estadual, Federal, Municipal e Privada) em relação ao tempo de permanência em cada etapa de escolarização (ensino fundamental 9 anos e ensino médio 3 anos), como exposto no Gráfico 13. Gráfico 13. Alunos matriculados no ensino básico (Região de Esperança) Pode se constatar que o quantitativo de matrículas no ensino fundamental é mais expressivo no âmbito municipal, uma vez que é responsabilidade do município ofertar a 1ª fase do ensino básico. Também se verifica que o maior número de matrículas do ensino médio é ofertado pela dependência administrativa estadual. 26

A título de ilustração, o Gráfico 14 apresenta o número de matriculados por dependência administrativa (Estadual, Federal, Municipal e Privada) para o município de Esperança. À guisa de entendimento, a análise do município isoladamente, permitenos observar, com acurácia e de forma comparativa, o comportamento do município de Esperança em relação à região. Gráfico 14. Alunos matriculados no ensino básico (Município de Esperança) 3.9.1 GAP DA EDUCAÇÃO GAP é um termo em inglês que significa um distanciamento, afastamento, separação, uma lacuna ou um vácuo. Utilizou-se, como critério de análise do GAP da Educação a média de todas as matrículas do ensino fundamental (número de matriculados dos nove anos dividido por nove) e a média de todas as matrículas do ensino médio (número de matriculados dos três anos dividido por três). Em seguida efetuou-se a diferença das médias do ensino médio e do ensino fundamental, o resultado final é o GAP apresentado na Tabela 1 (região de Esperança) e Tabela 2 (município de Esperança). 27

Tabela 1. GAP de matrículas (Região de Esperança) Tabela 2. GAP de matrículas (Município de Esperança) Para a análise da região de Esperança (Tabela 1), observa-se que as escolas da região ofertam o ensino fundamental e médio, porém foi detectada uma defasagem de vagas/ano do último ano do ensino fundamental em relação ao primeiro ano do médio da ordem de 1497 matrículas, ou seja, seu GAP apresenta um índice negativo de matrículas com apenas 1783 alunos matriculados no ensino médio. Para efeito de comparação, a Tabela 2 apresenta o GAP apenas para município de Esperança. Nesta vertente, verificou-se que o vazio diminuiu para 306 matrículas, ou seja, seu GAP apresenta também um índice negativo de matrículas com apenas 328 alunos matriculados no ensino médio. Comparando-se os GAPs da região com o município, percebe-se uma diferença de 1455 matrículas (1783 328 = 1455), ou seja, do montante de alunos sem matrículas no ensino médio (1783 alunos - GAP da região), 18,40% correspondem a Esperança e o restante (81,60%) aos outros municípios que compõem a região. 3.9.2 CANDIDATOS EM POTENCIAL Entende-se por candidatos em potencial, alunos que estão aptos a ingressarem no ensino médio (modalidades integradas e subsequentes) e/ou no ensino superior. Para definir o percentual de candidatos para cursos técnicos (integrados e subsequentes ao ensino médio) e Superiores (Tecnologia, Bacharelado e 28

Licenciatura), o estudo tomou como base o número de matriculas/ano ofertadas pelas várias dependências administrativas. A partir do número de matriculados no 9º ano do ensino fundamental (candidatos que podem fazer cursos técnicos integrados ao ensino médio) e do 3º ano do ensino médio (candidatos que podem fazer cursos técnicos subsequentes ou cursos superiores), apresentados nas Tabelas 1 e 2, pode-se construir o percentual de candidatos em potencial para os cursos técnicos integrados e para cursos técnicos subsequentes/superior, conforme exposto nos Gráficos 15 e 16. Gráfico 15. Potencial de candidatos (Região de Esperança) Gráfico 16. Potencial de candidatos (Município de Esperança) Os Gráficos 15 e 16 mostram uma maior demanda de vagas para cursos técnicos integrados ao ensino médio para a região de Esperança. 29

Analisando o contexto, percebe-se que o percentual de candidatos potenciais da região e do município de Esperança é proporcional, com uma diferença percentual na ordem de 1% maior para o município de Esperança. O volume maior de candidatos aos cursos integrados se dá em decorrência do quantitativo de alunos oriundos do ensino fundamental ser bem superior ao número de alunos do ensino médio. Estes últimos têm mais opções, pois podem direcionar seus interesses para o ensino médio subsequente ou para o ensino superior através dos Cursos Superiores de Tecnologias, dos Bacharelados ou das Licenciaturas. 3.10 MAPEAMENTO DE CURSOS NA REGIÃO Com o propósito de não duplicar cursos já ofertados pelas outras instituições presentes na região de abrangência do Campus Esperança, foi realizado um levantamento da oferta de cursos (técnicos, tecnologia, licenciaturas e bacharelados), o que possibilitou identificar a diversidade de formações ofertadas pelas várias instituições presentes na região Geoadministrativa: UEPB, UFCG, UFPB, como observadas no Quadro 3. Quadro 3. Ofertas de cursos na região de abrangência do campus Esperança Especificação de cursos Instituição Superior de Técnico Licenciatura Tecnologia UEPB Campus I Campina Grande UFCG CAMPUS I Campina Grande UFPB/Campus II AREIA UFPB/Campus III Bananeiras UEPB Campus III Guarabira - - - - Vários Cursos nas áreas de humanas, exatas e saúde Vários Cursos nas áreas de humanas, exatas e saúde - - Ciências Agrárias Agropecuária Agroindústria Aquicultura - - - Pedagogia Ciências Agrárias Geografia História Letras Letras - inglês Letras - português Pedagogia Bacharelado Vários Cursos nas áreas de humanas, exatas e saúde Vários Cursos nas áreas de humanas, exatas e saúde Agronomia Zootecnia Ciências Agrárias Medicina Veterinária Administração Agroindústria Direito 30

3.11 ARRANJO PRODUTIVO LOCAL Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2011), consideram-se Arranjos Produtivos Locais aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. Através de resultados de Pesquisas Diretas e consultas a órgãos oficiais (prefeituras, SEBRAE etc.), os principais APL s encontrados na região de Esperança ligados aos setores da Indústria, do Comércio e de Serviços foram: Indústria Agricultura Familiar Espumas/Colchão Alimentos Cola/Piso Calçados Mármore Metalurgia Comércio - Móveis - Farmácias - Cama, Mesa e Banho - Informática e Telefonia - Vestuário - Bebidas - Calçados - Supermercados e Mercearias - Eletrodomésticos - Bazar e Papelaria - Jóias/bijuterias - Pólo Distribuidor 31

- Perfumarias e Cosmética Serviços - Telefonia e Telecomunicações - Serviços Bancários - Informática - Serviços Gráficos - Bares e Restaurantes - Clínicas Médicas e Odontológicas - Hospital e Maternidade - Escritórios de Advocacia - Serviços Contábeis Como forma de análise pode-se inferir que a região tem, nos três segmentos da economia, um significativo leque de áreas de atuação. 32

4 IMPLEMENTAÇÃO DOS CURSOS A educação profissional e tecnológica de nível médio está apresentada no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT). Este Catálogo configura-se como importante mecanismo de organização e orientação da oferta nacional dos cursos técnicos de nível médio. Cumpre também, subsidiariamente, uma função indutora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos, propiciando uma formação técnica contextualizada com os arranjos sócio-produtivos locais gerando novo significado para formação, em nível médio, do jovem brasileiro. O Catálogo agrupa os cursos conforme suas características científicas e tecnológicas em 12 eixos tecnológicos que somam, ao todo, 185 possibilidades de oferta de cursos técnicos (MEC/SETEC, 2008). Com o propósito de aprimorar e fortalecer os cursos superiores de tecnologia e em cumprimento ao Decreto nº 5.773/06, o Ministério da Educação apresenta o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia como guia para referenciar estudantes, educadores, instituições ofertantes, sistemas e redes de ensino, entidades representativas de classes, empregadores e o público em geral. O catálogo organiza e orienta a oferta de cursos superiores de tecnologia, inspirado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Tecnológico e em sintonia com a dinâmica do setor produtivo e os requerimentos da sociedade atual. Configurado, deste modo, na perspectiva de formar profissionais aptos a desenvolver, de forma plena e inovadora, as atividades em determinado eixo tecnológico e com capacidade para utilizar, desenvolver ou adaptar tecnologias com a compreensão crítica das implicações daí decorrentes e das suas relações com o processo produtivo, o ser humano, o ambiente e a sociedade. Este catálogo apresenta denominações, sumário de perfil do egresso, carga horária mínima e infraestrutura recomendada de 112 graduações tecnológicas organizadas em 13 eixos tecnológicos (MEC/SETEC, 2010). Já os cursos de Bacharelados e Licenciaturas estão dispostos nos Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura da Secretaria de Educação Superior (MEC/SESU, 2010). De acordo com este documento, de um total de 97 cursos de nível superior, 79 são de bacharelados e 18 de licenciaturas. 33

Em conformidade com os Catálogos de Cursos Técnicos, de Cursos de Tecnologia; com os Referenciais Curriculares (Cursos de Bacharelado e Licenciatura); com os Arranjos Produtivos Locais e todas as variáveis analisadas, o estudo apontou, para o momento presente, a implementação dos seguintes cursos para o Campus de Esperança: Técnico Integrado em Agronegócio, Técnico Subsequente em Informática e Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial. O Quadro 4 mostra os referidos cursos com as respectivas cargas horárias, eixos temáticos onde estão inseridos, o que fazem profissionalmente e as principais possibilidades de atuação. Quadro 4. Cursos sugeridos pelo estudo (Região de Esperança) CURSO CH EIXO TEMÁTICO O QUE FAZ TÉCNICO INTEGRADO EM AGRONEGÓCIO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM INFORMÁTICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL 1200 H 1000 H 1600 H RECURSOS NATURAIS INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO GESTÃO E NEGÓCIOS Aplica técnicas de gestão e de comercialização que visem o aumento da eficiência do mercado agrícola e agroindustrial. Identifica os segmentos das cadeias produtivas do setor agropecuário. Avalia custos de produção e aspectos econômicos para a comercialização de novos produtos e serviços. Idealiza ações de marketing aplicadas ao agronegócio. Auxilia a organização e execução de atividades de gestão do negócio rural. Desenvolve programas de computador, seguindo as especificações e paradigmas da lógica de programação e das linguagens de programação. Utiliza ambientes de desenvolvimentos de sistemas, sistemas operacionais e banco de dados. Realiza testes de software, mantendo registro que possibilitem análises e refinamento dos resultados. Executa manutenção de programas de computadores implantados. Focado nas transações comerciais presta-se à organização, atendendo às diversas formas de intervenção (varejo, atacado, representação, etc.) de qualquer setor. Atua no planejamento, operação, implementação e atualização de sistemas de informações comerciais que proporcionem maior rentabilidade e flexibilidade ao processo de comercialização. Atua no fluxo de informações com os clientes, proporcionando maior visibilidade institucional da empresa, definindo estratégias de venda de serviços e produtos, gerenciando a relação entre custo e preço final. POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO Propriedades rurais. Empresas comerciais. Estabelecimentos agroindustriais. Empresas de assistência técnica, extensão rural e pesquisa Instituições públicas, privadas e do terceiro setor que demandem sistemas computacionais, especialmente envolvendo programação de computadores. Instituições privadas no segmento industrial e comercial Consultoria comercial ao setor produtivo. 34

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS De maneira geral os cursos a serem ofertados no Campus Esperança deverão se concentrar nos setores (Eixos Temáticos) de gestão e negócios, informação e comunicação e recursos naturais. Justifica-se o exposto pelo perfil e identidade da região e pelos APLs dispostos para tanto. O volume de matrículas no 9º ano do ensino fundamental propicia um maior número de oferta de cursos técnicos integrados ao ensino médio, porém a quantidade de matrículas no 3º ano do ensino médio também aponta, em menor proporção, ofertas de cursos técnicos subsequentes e/ou superiores. Os CST (Cursos Superiores de Tecnologia) passam a ser um suporte prático ao desenvolvimento dos municípios da região geoadministrativa, em especial da região de Esperança. 35

6 REFERÊNCIAS BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia E Estatística. Cidades. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 14 nov. 2011.. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Levantamento de Microdados. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/basica-levantamentosmicrodados>. Acesso em: 23 nov. 2011.. Ministério da Educação. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 nov. 2011. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. 2008. Brasília/DF. Disponível em: <www.mec.gov.br/setec> Acesso: 4 de mai. 2011. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. 2010. Brasília/DF. 141p. Disponível em: <www.mec.gov.br/setec> Acesso: 4 de mar. 2011.. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Arranjos Produtivos Locais - APLs. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/index.php?area=2>. Acesso em: 14 nov. 2011.. Ministério do Trabalho e Emprego. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados 2011. Disponível em: <http://www.caged.gov.br>. Acesso em: 22 nov. 2011.. Ministério da Saúde. Disponível em: <http://www.portal.saude.gov.br>. Acesso em: 23 nov. 2011.. Planalto. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 15 de mar. 2012 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal IFDM. Disponível em: <http://www.firjan.org.br/ifdm/>. Acesso em: 15 de mar. 2012. Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba [CD-ROM]. Perfil Cidades, 2008. Pesquisa Direta, 2011 Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura/Secretaria de Educação Superior. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Superior, 2010. 99 p. 36