Qualidade da água utilizada em irrigação no rio São Francisco falso braço sul- estado do Paraná



Documentos relacionados
AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL DE AÇÃO ANTROPOGÊNICA SOBRE AS ÁGUAS DA CABECEIRA DO RIO SÃO FRANCISCO

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA FINS DE IRRIGAÇÃO NA MICROBACIA DO RIO ALEGRE, ES

QUALIDADE DA ÁGUA PARA USO EM IRRIGAÇÃO NA MICROBACIA DO CÓRREGO DO CINTURÃO VERDE, MUNICÍPIO DE ILHA SOLTEIRA

Parecer sobre a Salinidade do Rio Araranguá e suas Implicações para a Cultura do Arroz Irrigado

P, Victor Hugo Dalla CostaP 4. Eliana R. SouzaP

V AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA A MONTANTE E A JUSANTE DE RESERVATÓRIOS LOCALIZADOS NA BACIA DO RIO SANTA MARIA DA VITÓRIA

Qualidade da Água no Lago de Sobradinho, BA: Análise de Componentes Principais

IRRIGAÇÃO SUBSUPERFICIAL

% % % & )**+,-,*. &/$0.1*/0*2

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA RECUPERAÇÃO DE UMA ÁREA DEGRADADA POR EFLUENTE INDUSTRIAL

AVALIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUAS DE POÇOS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO RIO DO PEIXE

Avaliação da Qualidade da Água do Rio Sergipe no Município de Laranjeiras, Sergipe- Brasil

AUTORES: TELES, Maria do Socorro Lopes (1); SOUSA, Claire Anne Viana (2)

V ESTUDO TEMPORAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO GUAMÁ. BELÉM-PA.

Simone Cristina de Oliveira Núcleo Gestor de Araraquara DAAE CESCAR Coletivo Educador de São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e Região HISTÓRICO

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PONTOS DETERMINADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ

A água nossa de cada dia

SOLOS E DISPONIBILIDADE QUALIDADE DA ÁGUA

REMOÇÃO DE NITROGÊNIO DE UM EFLUENTE ANAERÓBIO DE ORIGEM DOMÉSTICA POR MÉTODO DE IRRIGAÇÃO EM SULCOS RASOS

ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EM TRECHOS DO ARROIO CANDÓI, LARANJEIRAS DO SUL, REGIÃO CENTRAL DO ESTADO DO PARANÁ

A QUALIDADE DA ÁGUA E DO SEDIMENTO NA BACIA DO CÓRREGO TRIPUÍ, OURO PRETO MG: ENSAIOS DE ECOTOXIDADE E USO DO SOLO.

VI AVALIAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL DO RIO CEARÁ-MIRIM

EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE FECULARIA POR MEIO DE LAGOAS

CIÊNCIAS - 6ª série / 7º ano U.E - 02

Problemas na Utilização da Água (poluição )

Disciplina: Introdução à Engenharia Ambiental. 5 - Poluição e Degradação do Solo. Professor: Sandro Donnini Mancini.

MÉTODOS ANALÍTICOS UTILIZADOS PARA DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS CONTAMINANTES DO MEIO AMBIENTE

COMPORTAMENTO DOS ÍNDICES DO ESTADO TRÓFICO DE CARLSON (IET) E MODIFICADO (IET M ) NO RESERVATÓRIO DA UHE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES, TOCANTINS BRASIL.

IV ASPECTOS HIDROLÓGICOS E QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO CUBATÃO NORTE SANTA CATARINA

Química de Águas Naturais. -todas as formas de vida existentes no planeta Terra dependem da água;

EFICIÊNCIA DO LEITO DE DRENAGEM PARA DESAGUAMENTO DE LODO DE ETA QUE UTILIZA SULFATO DE ALUMÍNIO COMO COAGULANTE

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Revisão sistemática sobre os parâmetros de qualidade de água subterrânea em regiões onde operam cemitérios

DESMATAMENTO DA MATA CILIAR DO RIO SANTO ESTEVÃO EM WANDERLÂNDIA-TO

Estudo da Viabilidade Técnica e Econômica do Calcário Britado na Substituição Parcial do Agregado Miúdo para Produção de Argamassas de Cimento

2 Remediação Ambiental 2.1. Passivo Ambiental

QUÍMICA POR QUE ESTUDAR QUÍMICA?

21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

O que são e como funcionam os Aquíferos e as Águas Subterrâneas

Projeto de Revitalização da Microbacia do Rio Abóboras Bacia Hidrográfica São Lamberto

DISCIPLINA: BIOLOGIA PROFª. CRISTINA DE SOUZA 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

AVALIAÇÃO DO USO DA TERRA NO PROJETO DE ASSENTAMENTO CHE GUEVARA, MIMOSO DO SUL, ESPÍRITO SANTO

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO. Quadro 11 - Exatidão dos mapeamentos de uso do solo

Palavras-Chave: Adubação nitrogenada, massa fresca, área foliar. Nitrogen in Cotton

Reconhecer as diferenças

Professora Sonia. ENEM Prova resolvida Química

QUALIDADE AMBIENTAL EM BACIAS HIDROGRÁFICAS: o uso de indicadores ambientais para gestão de qualidade da água em Catalão (GO) Klayre Garcia PORTO

UTILIZANDO O HISTOGRAMA COMO UMA FERRAMENTA ESTATÍSTICA DE ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE ÁGUA TRATADA DE GOIÂNIA

Nome:

DESENVOLVIMENTO DE UM APLICATIVO COMPUTACIONAL PARA O CONTROLE DO MANEJO DA IRRIGAÇÃO 1

VIABILIDADE DE REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA PARA VASOS SANITÁRIOS.

III-123 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL EM ATERROS DE RESÍDUOS SÓLIDOS A PARTIR DE ESTUDOS DE REFERÊNCIA

EXERCÍCIOS DE REVISÃO - CAP. 04-7ºS ANOS

Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes

ATE XXII. Índice Conclusões LT 500 kv Marimbondo II - Campinas e Subestações Associadas Conclusões do Empreendimento 1/1

RECIRCULAÇÃO DE EFLUENTE AERÓBIO NITRIFICADO EM REATOR UASB VISANDO A REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA

Tratamento de Efluentes na Aqüicultura

MONITORAMENTO DA TEMPERATURA DE SUPERFÍCIE EM ÁREAS URBANAS UTILIZANDO GEOTECNOLOGIAS

PROCEDIMENTO GERAL. Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais

A POLUIÇÃO DO AR NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO: IMPACTOS À SAÚDE HUMANA

PERFIL EMPREENDEDOR DOS APICULTORES DO MUNICIPIO DE PRUDENTÓPOLIS

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil

LEVANTAMENTO DOS ANIMAIS SINANTRÓPICOS DA SUB- BACIA HIDROGRÁFICA URBANA PILÃO DE PEDRA, EM PONTA GROSSA PR

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE PROPRIEDADES RURAIS COM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE LEITE

BENEFÍCIOS DOS INSUMOS NA QUALIDADE DAS MUDAS

GERAÇÃO DE LIXIVIADOS NA CÉLULA EXPERIMENTAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DA MURIBECA-PE

AVALIAÇÃO DA REMOÇÃO DE COMPOSTOS ORGÂNICOS NATURAIS NA ÁGUA DO RESERVATÓRIO DA BARRAGEM DO RIBEIRÃO JOÃO LEITE

tecnologia Engenharia Agrícola y

Tratamento de Água Meio Ambiente

Produção de tomate sem desperdício de água. Palestrante Eng. Enison Roberto Pozzani

SOBRE OS SISTEMAS LACUSTRES LITORÂNEOS DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA

Aplicação de Nitrogênio em Cobertura no Feijoeiro Irrigado*

Em 2050 a população mundial provavelmente

Anais do Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto - GEONORDESTE 2014 Aracaju, Brasil, novembro 2014

Análise de Risco de Taludes na Estrada de Ferro Vitória-Minas

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA PARA CAMPINA GRANDE-PB: A OPINIÃO DA SOCIEDADE

QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE ANALISADA EM RELAÇÃO À POTABILIDADE

SOLO NA FAIXA DE INFLUÊNCIA DO RIO MADEIRA, PORTO VELHO-RO A HUMAITÁ-AM

Guarulhos (SP) - Ponto de Cultura faz passeio pelo antigo caminho do trem da Cantareira

ANALISE DE PERDA DE SOLO EM DIFERENTES RELEVOS NO SEMIÁRIDO CEARENSE

DETERMINAÇÃO DE TOG EM AMOSTRAS DE ÁGUA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APODI/MOSSORÓ

IT AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1)

NOVIDADES NA IRRIGAÇÃO E FERTIRRIGAÇÃO

OPSH.DT DIVISÃO DE ESTUDOS HIDROLÓGICOS E ENERGÉTICOS SÍNTESE DOS ESTUDOS SOBRE MUDANÇAS DE VAZÕES EM ITAIPU

I CARACTERIZAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA DE POÇOS TUBULARES EM COMUNIDADES RURAIS NA AMAZÔNIA SUJEITAS À INUNDAÇÃO PERIÓDICA

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUIMICA E MICROBIOLOGICA DA QUALIDADE DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM DIFERENTES LOCALIDADES NO ESTADO DA PARAÍBA

Unidade 8. Ciclos Biogeoquímicos e Interferências Humanas

IMPACTO DE UM LIXÃO DESATIVADO NA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS LOCAIS

MÓDULO DA AULA TEMÁTICA / BIOLOGIA E FÍSICA / ENERGIA

A Importância de Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Governos Locais

I AVALIAÇÃO DA REMOÇÃO DOS MACRONUTRIENTES SÓDIO, POTÁSSIO, CÁLCIO E MAGNÉSIO EM DISPOSIÇÃO CONTROLADA EM SOLO

ANÁLISE TERMOPLUVIOMÉTRICA E BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO DOS DADOS DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DO PEIXE TO

A necessidade do profissional em projetos de recuperação de áreas degradadas

RELATÓRIO ANUAL DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO HERCÍLIO EM IBIRAMA/SC

CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO MUNICÍPIO DE MARECHAL DEODORO AL, NO PERÍODO DE 1978 A 2005.

ANÁLISE DA PRESENÇA DE COLIFORMES TOTAIS E FECAIS ÁGUA DO LAGO IGAPÓ DO MUNICÍPIO DE LONDRINA- PR

REAPROVEITAMENTO DA ÁGUA POTÁVEL: REUSO DE ÁGUA PARA MINIMIZAR O DESPERDICIO EM VASOS SANITÁRIOS

Abertura de poços fora de normas técnicas não resolve problema do desabastecimento.

EFEITO DA ADUBAÇÃO FOSFATADA SOBRE O RENDIMENTO DE FORRAGEM E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE PASPALUM ATRATUM BRA

Transcrição:

Cultivando o Saber 214 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 Qualidade da água utilizada em irrigação no rio São Francisco falso braço sul- estado do Paraná Everton Hirochi Nakai 1, Helton Aparecido Rosa 2, Carlos Roberto Moreira 2, Reginaldo Ferreira Dos Santos 3 Resumo: Os índices de qualidade da água são ferramentas importantes para decidir sobre a sua utilização, inclusive na irrigação. O presente trabalho teve como objetivo verificar a qualidade da água do Rio São Francisco Falso-Braço Sul, no Município de Diamante do Oeste e Santa Helena Pr, para uso em irrigação nas diferentes estações do ano. As coletas foram realizadas nos meses de setembro de 2012, março e julho de 2013, correspondentes aos períodos do ano, seco, intermediário e chuvoso. As análises realizadas foram á condutividade elétrica, teores de sódio, e teores de ferro. Conclui-se que a água utilizada para irrigação tem alterações na condutividade elétrica e teores de sódio de acordo com o período do ano, mas apesar do acréscimo, a quantidade ainda não apresenta riscos à irrigação, também apresenta alterações na concentração de ferro, fato que pode ser percebido pelo excesso deste elemento encontrado no rio durante o período chuvoso. Palavras chave: poluição hídrica, agricultura irrigada, qualidade da água. Water quality used in the São Francisco river irrigation false arm south state Paraná Abstract: The indices of water quality are important tools to decide on its use, including irrigation. This study aimed to determine the water quality of the Rio São Francisco False Arm South, Diamond City West and Helena - Pr, for use in irrigation in different seasons. Samples were collected in September 2012, March and July 2013, corresponding to the periods of the year, dry, intermediate and wet. The analyzes were performed will electrical conductivity, sodium levels, and iron content. It is concluded that the water used for irrigation has changes in electrical conductivity and sodium levels according to the time of year, but despite the increase, the amount does not present risks to irrigation, also introduces changes in the concentration of iron, a fact that can be perceived by the excess of this element found in the river during the rainy season. Keywords: water pollution, agricultural irrigation, water quality 1 1 Acadêmico do curso de Agronomia na Faculdade Assis Gurgacz FAG; evertonnakai@msn.com 2 Docente do curso de Agronomia na Faculdade Assis Gurgacz FAG; helton.rosa@hotmail.com, carlosmoreirahbl@gmail.com Faculdade Assis Gurgacz FAG, Curso de Agronomia. Avenida das Torres n o 500, CEP:85.806-095, Bairro Santa Cruz, Cascavel - Pr. 3 Docente do curso de Engenharia Agricola na Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE, Dep. de Energia na Agricultura. Rua Universitária, 2069, CEP: 85.819-110 Jd. Universitário, Cascavel, Pr.;

Cultivando o Saber 215 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 Introdução A água é um recurso indispensável para a sobrevivência humana e assume um papel fundamental na agricultura, pois a sua falta pode ocasionar vários prejuízos econômicos para a produção agrícola. Segundo Cardoso et al. (1998), quase metade da água consumida no Brasil é destinada a agricultura irrigada. Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2013), estima-se que são necessários aproximadamente 2000m³ de água para produzir uma tonelada de alimentos de origem vegetal e, que o consumo de água necessário para produzir um hectare de grãos, está em torno de 10.000m³. A qualidade da água está associada a alguns fatores de risco em meio à irrigação (RIBEIRO et al. 2005). Os índices de qualidade da água têm sido amplamente utilizados como ferramenta na tomada de decisão em planejamentos para a destinação da água, qualificando esta para o abastecimento público. De acordo com Dotto et al., (1996) reconhece-se, no entanto, a necessidade de avaliar a qualidade de água voltada à irrigação de cultivos agrícolas. Dentre os parâmetros que inferem na qualidade da água de irrigação, a condutividade elétrica da água é que determina o seu potencial de salinizar um solo (ALMEIDA, 2010). Em estudos realizados com alface americana, Gervásio et al. (2000), verificaram que o aumento da salinidade proporcionou decréscimos em todas as variáveis vegetativas avaliadas. A máxima produção comercial foi obtida quando a condutividade elétrica do extrato saturado atingiu o valor limite de 0,2 dm -1. Para cada aumento unitário desta condutividade além do limite citado, houve uma redução de 17% na sua produção comercial. As altas concentrações de salinidade/sodicidade da água podem causar consequências nas as áreas cultivadas, inibindo as características de crescimento e desenvolvimento das plantas, sendo avaliadas de três maneiras: através do estresse salínico, pela alta toxicidade, através do acúmulo de íons específicos e também, por desordem nutricional. (AYERS e WESTCOT 1991; SHANNON, 1997; CHUSMAN, 2001). Na avaliação química da água para a irrigação, a quantificação do nível de ferro é fundamental, pois esse metal é um dos elementos mais abundantes na crosta terrestre e através do intemperismo das rochas que compõem a bacia de drenagem e outros fatores como o clima, o processo erosivo, a ausência de conservação do solo e a pastagem extensiva com grande potencial erosivo aceleram a chegada deste elemento nos corpos d água (FRANCO, 2008).

Cultivando o Saber 216 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 Conforme Hernandez et al. (2001), após a oxidação de Fe +2 para Fe +3, o mesmo fica retido nas paredes do tubo, gerando o aumento nas perdas de carga e comprometendo o sistema de irrigação, bem como a alta concentração de sedimentos em suspensão que pode causar o entupimento de gotejadores. Os valores da condutividade elétrica (CE) da água representam a carga mineral presente na água, e indica a geologia local e regional. A CE em uma água é representada em sua maioria por sólidos dissolvidos em água, dos quais se destacam dois tipos: compostos iônicos e compostos catiônicos. Os compostos iônicos possuem elétrons livres na camada de valência, ou seja, tem carga negativa, como por exemplo, sulfatos, nitratos e fosfatos. Já os compostos catiônicos tem carga positiva, pois perderam elétrons na camada de valência, estes também interferem na CE, e cátions de sódio, magnésio, cálcio, ferro, alumínio e amônio são exemplos destes compostos. Assim, quando mensura-se a CE de uma amostra, na verdade, quantifica-se uma grande quantidade de compostos nela contidos uns positivos e outros negativos e que em solução permitem a passagem da eletricidade. Materiais orgânicos como óleos, graxas, alcoóis e fenóis não possuem capacidade de conduzir eletricidade. A sodicidade determinada pela razão de adsorção de sódio (RAS) da água de irrigação que tende a elevar a porcentagem de sódio trocável no solo (PST), afetando a capacidade de infiltração (PIZARRO, 1997). A Toxicidade refere-se ao efeito de alguns íons sobre as plantas, sendo eles o cloreto, o sódio e o boro, que quando encontrados em concentrações elevadas podem causar danos às culturas, reduzindo a produção. (HOLANDA e AMORIM, 1997). Os sais contribuem para a elevação do potencial osmótico na solução do solo, o que influi diretamente no movimento da água e no desenvolvimento das plantas (RICHARDS, 1954). Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi analisar a qualidade da água para uso na irrigação no Rio São Francisco Falso-Braço Sul pertencente à bacia hidrográfica do Rio Paraná III, verificando-se a condutividade elétrica (CE), a concentração de ferro e o teor de sódio da água, no período seco do ano de 2012, e chuvoso e intermediário de 2013. Material e Métodos Foram coletadas amostras de água em cinco pontos do Rio São Francisco Falso-Braço

Cultivando o Saber 217 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 Sul, em diferentes estações do ano, para que fosse feita a comparação dos resultados no período seco, chuvoso e intermediário. Foram coletadas amostras de água em diferentes períodos do ano, com o objetivo de comparar os resultados obtidos em cada período. As amostras foram coletas em um recipiente de polietileno de volume equivalente a um litro, devidamente esterilizadas e condicionadas em uma caixa de isopor para manutenção da temperatura. O Rio São Francisco Falso-Braço Sul pertence à bacia hidrográfica do Paraná III e é um dos afluentes do Reservatório de Itaipu. O presente rio é formado por dois braços, chamados de Rio São Francisco Falso-Braço Norte e Rio São Francisco Falso-Braço Sul (GILMAR, 2010). A sua nascente está localizada na cidade de Céu Azul-PR, percorrendo três municípios até chegar ao lago de Itaipu. As amostras foram coletadas nas cidades de Diamante do Oeste e Santa Helena. Os pontos de coleta possuem as seguintes coordenadas geográficas: Ponto 1: Lat. 25 0'22.64"S, Long. 54 6'3.77"O. Ponto 2: Lat. 25 0'17.89"S, Long. 54 7'0.23"O. Ponto 3: Lat. 24 59'37.48"S, Long. 54 7'35.62"O. Ponto 4: Lat. 24 55'18.77"S, Long. 54 12'17.28"O e Ponto 5: Lat. 24 54'9.26"S, Long. 54 12'43.43"O. Os pontos de coleta possuem diferenças, pois cada ponto possui uma particularidade. O 1 o ponto refere-se ao local mais próximo a montante; o ponto 2 situa-se na comunidade Ponte Nova, cuja a característica da área é a falta de APP (área de preservação permanente), tendo portanto, grande probabilidade de erosão e assoreamento do rio; o ponto 3 está localizado na comunidade Vila Bonita, e em seu entorno existem várias construções com várias pocilgas; os pontos 4 e 5 situam-se no município de Santa Helena, sendo que no ponto 4 existe uma área de APPs, mais preservada, e o ponto 5, por fim, localiza-se na jusante do Rio São Francisco falso braço sul. As análises foram realizadas no mês de setembro de 2012, correspondente ao período seco, março de 2013, correspondente ao período chuvoso e julho de 2013, correspondente ao período intermediário. Os índices pluviométricos em milímetros nos meses de estudo foram 39,7; 219,1 e 45,6 em setembro, março e julho respectivamente (Instituto das águas do Paraná). A análise para determinar a salinidade foi a de condutividade elétrica (CE), pois quando em excesso pode salinizar o solo e para a sodicidade, foi realizada a análise de teor de sódio, cálcio e magnésio para determinar a razão de adsorção de sódio (RAS), uma vez que este fator quando elevado pode prejudicar o desenvolvimento da planta. A análise de ferro, de caráter físico- químico, também foi realizada visto que o excesso desse elemento na água pode danificar o sistema de irrigação. As análises foram realizadas no Laboratório de

Cultivando o Saber 218 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 Recursos Hídricos da empresa GC Ambiental seguindo metodologias recomendadas pelo Inmetro NBR ISO 17025. As metodologias de referência da amostragem foram realizadas através do ALPHA Standard methodos for the examination of water and wastewater (SMEWW), 22 a Ed, 2005, method 1060 e 9060, as amostragens foram realizadas de acordo com o procedimento operacional padrão POP 001 EX e F134. Resultados e Discussão A CE das amostras de água variou de 0,06 a 0,07 ds m -1, com média de 0,061 ds m -1 durante o período seco e de 0,06 a 0,1 ds m -1, com média de 0,079 ds m -1 durante o período chuvoso, e 0,07 a 0,09, com média de 0,078 ds m -1 no período intermediário, como pode ser observado na Figura 1. 160 161 162 163 164 165 Figura 1 - Média da condutividade elétrica da água do Rio São Francisco Falso-braço Sul em cada período analisado. Os valores médios da condutividade elétrica em cada ponto de coleta foram semelhantes no período chuvoso e intermediário, tendo uma diminuição no período seco (Tabela 1). 166 167 Tabela 1 - Condutividade elétrica em cada ponto de acordo com o período de coleta Condutividade elétrica (ds m -1 ) 168 169 170 171 Locais da coleta Período Seco Período Chuvoso Período Intermediário Ponto 1 0,07 0,10 0,07 Ponto 2 0,06 0,06 0,08 Ponto 3 0,06 0,07 0,08 Ponto 4 0,06 0,08 0,07 Ponto 5 0,06 0,08 0,09 Período seco 25/09/2012, Período chuvoso 20/03/2013, Período intermediário 20/07/2013. Houve pouca variação no valor da CE no período seco, chuvoso e intermediário. O valor mínimo foi encontrado no período seco nos pontos 2, 3, 4 e 5, com um valor de 0,06 e o

Cultivando o Saber 219 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 valor máximo foi encontrado durante o período chuvoso, no ponto 1, com valor de 0,1. Vasconcelos et al. (2009) entretanto, encontrou um resultado diferente, em que houve um acréscimo na CE no período intermediário e um valor mínimo no período das chuvas. Houve um acréscimo da CE no período chuvoso e intermediário, este aumento não se torna um problema para irrigação pois ainda está abaixo do valor que pode causar danos ao solo e pode ter sido provocado por lixiviação de resíduos de fertirrigação ou despejos de esterqueiras, pois são compostos por urina e fezes contendo grande quantidade de matéria orgânica, que contribuem para a entrada, no corpo d'água, de espécies iônicas como cálcio, magnésio, potássio, sódio, fosfatos, carbonatos, sulfatos, cloretos, nitratos, nitritos e amônia, dentre outras (GUIMARÃES e NOUR, 2001). De acordo com a Tabela 2, a água nos três períodos estudados pode ser classificada como água C1, em que a CE é menor que 0,7, ou seja, com nenhum problema de Salinidade. Tabela 2 - Classificação da água quanto ao risco de salinidade Classe de Salinidade CEa (ds.m-1) Problema de Salinidade C1 <0,7 Nenhum C2 0,7-3,0 Moderado C3 >3,0 Severo Ayers e Westcot (1991) Os resultados das análises químicas apresentaram os seguintes teores médios de ferro para os cinco pontos amostrados do rio, obtidos por monitoramento nas três épocas do ano, período seco, chuvoso e intermediário, respectivamente nos meses de setembro, março e junho (Figura 2). 192 193 194 195 196 197 Figura 2 - Teores médios de ferro do Rio São Francisco Falso-braço Sul. A Figura 2 mostra teores de 0,1 mg L -1 para os períodos seco e intermediário e 0,8 mg L -1 para período chuvoso. Segundo Hernandez e Portinari (1998) valores acima de 0,5 mg L -1 quando utilizados em sistema de irrigação localizada merecem atenção de irrigantes e

Cultivando o Saber 220 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 projetistas. Esses mesmos autores relataram uma situação de grave problema, representado pela obstrução de 58,4% da área interna de uma tubulação após apenas 25 meses de uso. Os altos teores médios de ferro presentes, em períodos chuvosos, no Rio São Francisco Falso-braço Sul, indicam a composição dos solos desta microbacia hidrográfica, por se tratar do tipo argissolo, este é a caracterizado por apresentar altos teores de ferro. Assim, em período chuvoso, devido ao escoamento superficial, os óxidos são lixiviados pela ação da água e podem chegar até o leito dos córregos, principalmente, por falta de práticas conservacionistas adequadas. Os valores de ferro encontrados também variaram em cada ponto de coleta (Tabela 3) de acordo com a característica do solo próximo local. Tabela 3 - Teor de ferro na água do Rio São Francisco Falso-Braço Sul em cada ponto de acordo com o período de coleta Concentração de Ferro (mg L -1 ) Locais da coleta Período Seco Período Chuvoso Período Intermediário Ponto 1 0,16 0,90 0,20 Ponto 2 0,13 0,80 0,05 Ponto 3 0,15 0,70 0,05 Ponto 4 0,13 1,10 0,10 Ponto 5 0,13 0,80 0,20 Período seco 25/09/2012, Período chuvoso 20/03/2013, Período intermediário 20/07/2013. Na tabela 3, observa-se um aumento na quantidade de ferro no período chuvoso, ultrapassando o limite estimado pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, n o. 357 (CONAMA 2005). De acordo com Vanzela (2004), os altos valores de ferro total encontrados nas águas de rios usadas em irrigação, provavelmente estão relacionados à precária conservação dos solos no meio rural. Provavelmente na área desta pesquisa houve processo de lixiviação, durante o período de chuvas. Os resultados das análises químicas apresentaram os seguintes teores de sodicidade para os cinco pontos amostrados do rio, obtidos por monitoramento nas três épocas do ano, período seco, chuvoso e intermediário, respectivamente nos meses de setembro, março e junho (Figura 3).

Cultivando o Saber 221 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 Figura 3 - Valores médios da RAS - Razão de adsorção do sódio do Rio São Francisco Falso- braço Sul. Na Tabela 4, apresenta-se a razão de adsorção de sódio do Rio São Francisco Falso- braço Sul nos períodos de realização da pesquisa. Tabela 4 - RAS ( razão de adsorção de sódio) do Rio São Francisco Falso-braço Sul RAS (mmol L -1 ) 0,5 Locais da coleta Período Seco Período Chuvoso Período Intermediário Ponto 1 1,76 1,03 3,32 Ponto 2 2,17 0,77 1,65 Ponto 3 1,85 0,78 1,96 Ponto 4 1,32 0,81 1,88 Ponto 5 2,64 1,96 2,32 Período seco 25/09/2012, Período chuvoso 20/03/2013, Período intermediário 20/07/2013. Na Tabela 5 verifica-se os riscos de problemas de infiltração no solo pela sodicidade da água analisada. Tabela 5 - Riscos de problemas de infiltração no solo pela sodicidade da água (Ayers e Westcot, 1991) Classes de Sodicidade RAS S1 S2 S3 (mmol L -1 ) Sem Problemas Problemas crescentes Problemas severos CE (ds m -1 ) 0-3 >0,70 0,70-0,20 <0,20 3-6 >1,20 1,20-0,30 <0,3 6-12 >1,90 1,90-0,50 <0,50 12-20 >2,90 2,90-1,30 <1,30 20-40 >5,00 5,00-2,90 <2,90 Ayers e Westcot (1991). O valor mínimo de RAS foi encontrado no ponto 2 (comunidade Ponte Nova), com o valor de 0,77 (mmol L -1 ) durante o período de chuva e o valor máximo foi encontrado no ponto 1 (Rio São Francisco Falso próximo a montante) com o valor de 3,32 (mmol L -1 ) 0,5

Cultivando o Saber 222 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 durante o período intermediário. Tanto o valor mínimo quanto o valor máximo de RAS estão classificados como água de classe tipo S1 água com baixa concentração de sódio (AYERS e WESTCOT, 1991), sendo assim, ela pode ser usada para irrigação, em quase todos os solos, com pequena possibilidade de alcançar níveis problemáticos de sódio trocável, (quando pode se tornar nocivo). Este resultado concorda com os encontrados por Costa et al. (2005), onde os valores da RAS estão dentro dos valores normais para água de irrigação que é de 0 a 15 mmol L -1 (FAO, 1973), sendo a variação das amostras analisadas das áreas estudadas entre 0,0009 e 0,0091 mmol L -1, não havendo restrição quanto ao seu uso na irrigação para cultura da videira. Conclusão Não houve acréscimo na condutividade elétrica da água do rio São Francisco Falso Braço Sul no periodo chuvoso e intermediário. Os valores ficaram abaixo de 0,7(dS m -1 ) em relação a salinidade o que indica a possibilidade do uso da água para irrigação, enquanto o teor de sódio a água irrigação tem alterações de acordo com o período do ano, mas apesar do acréscimo a quantidade ainda não apresenta riscos para seu uso em irrigação. Considerando-se os valores de ferro total encontrados nas amostras no período chuvoso, pode-se concluir que para utilizar água, do rio Rio São Francisco Falso-Braço Sul, em irrigação, é necessário utilizar sistemas de filtragem, principalmente nos sistemas de irrigação localizada, com o intuito de se evitar o entupimento das tubulações e gotejadores, e nos períodos seco e intemediário, o valor médio do ferro manteve-se em um nível normal, e assim a água pode ser utilizada sem apresentar danos no sistema de irrigação. Referências ALMEIDA, O. A de. Qualidade da Água de Irrigação. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2010. AYERS, R. S.; WESTCOT, D. A. A qualidade da água na agricultura, 1991. 218p. (Estudos FAO: Irrigação e Drenagem, 29 Revisado). CARDOSO, H.E.A.; MANTOVANI, E.C.; COSTA, L.C. As águas da agricultura. Agroanalysis. Instituto Brasileiro de Economia/Centro de Estudos Agrícolas. Rio de Janeiro. 1998. p.27-28.

Cultivando o Saber 223 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300 301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA n.357, de 17 de março de 2005. Brasília. http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459. Acessado em 16 de setembro de 2013. COSTA, C.P. de M.; ELOI,W.M.; CARVALHO, C.M. de; SILVA, M.A.N.da,. Caracterização qualitativa da água de irrigação na cultura da videira no município de Brejo Santo, Ceará. Revista de Biologia e Ciências da Terra, 2005. CHUSMAN, J. C.; Osmoregulation in plants: implications for agriculture. American Zoologist, v.41, n.4, p.758-769, 2001. DOTTO, S. E.; SANTOS, R. F.; SINGER, E. M.; Determinação de um índice de qualidade de água para algumas culturas irrigadas em São Paulo. Bragantia, v. 55, n.1, p. 193-200, 1996 FRANCO, R. A. M. Qualidade da água para irrigação na microbacia do Córrego do Coqueiro no noroeste paulista. Ilha Solteira, 2008. 84p. Dissertação. (Mestrado em Agronomia)- Faculdade de Engenharia, UNESP. Gilmar, S. S.; Sandra M.; Gilberto S. S.; Eliane R. S. Avaliação da qualidade das águas do Rio São Francisco Falso, tributário do reservatório de Itaipu, Paraná, Eclet. Quím. vol.35 no.3 São Paulo Sept. 2010. HERNANDEZ, F. B. T.; PERTINARI, R. A. Qualidade da água para a irrigação localizada. In: XXVI Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola, volume II, Poço de Caldas-MG. Anais. Jaboticabal: SBEA, 1998. HERNANDEZ, F. B. T.; SILVA, C. R.; SASSAKI, N.; BRAGA, R. S. Qualidade de água em um sistema irrigado no noroeste paulista. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, XXX, Foz de Iguaçu, Anais. 2001 (CD-ROM). GERVÁSIO, E. S.; CARVALHO, J. A.; SANTANA, M. J. Efeito da salinidade de irrigação na produção da alface americana. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.4, n.1, p.125-128, 2000. GUIMARÃES, J.R. e NOUR, E.A.A. Tratando nossos esgotos: Processos que imitam a natureza. Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola Química Ambiental. p. 19-30, 2001. HOLANDA, J.S. de; AMORIM, J.R.A. de. Qualidade da água de irrigação. In: Gheyi, H.R.; Queiroz, J.E.; Medeiros, J.F. de (ed). Manejo e controle da salinidade na agricultura irrigada. Campina Grande: UFPB, 1997, p.137-169. Instituto das Águas do Paraná. Disponivel em: http://www.aguasparana.pr.gov.br/. Acesso: 31/10/2013 MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponível em: <www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2013/03/mapa-incentiva-pratica-de agricultura-irrigada> Acesso: 03/05/2013. PIZARRO, F. Drenaje agrícola y recuperación de suelos salinos. Madrid: Editorial Agrícola, Española, 1985. 521p.

Cultivando o Saber 224 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 354 355 RICHARDS, L. A. Diagnosis and improvement of saline and alkali soils. Washington DC, US Department of Agricultural, 1954. 160p. (USDA Agricultural Handbook, 60). RIBEIRO, T. A. P.; AIROLDI, R. P. S.; PATERNIANI, J. E. S. e SILVA, M. J. M. Variação dos parâmetros físicos, químicos e biológicos da água em um sistema de irrigação localizada. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. 2005, v. 9, n.3, p. 295-301, 2005. SHANNON, M. C.; Adaptation of plants of salinity. Advances in Agonomy, v.60, n.1, p.75-120, 1997. VANZELA, L.S. Qualidade de Água para a Irrigação na Microbacia do Córrego Três Barras no Município de Marinópolis. Dissertação (Mestrado em Sistema de Produção), Universidade Estadual Paulista, UNESP, Ilha Solteira, 2004. VASCONCELOS, R.S. LEITE K. N.; CARVALHO M.C.; ELOI, M.W.; SILVA,F.L.M.; FEITOSA, O. H.; Qualidade da Água utilizada para Irrigação na Extensão da Microbacia do Baixo Acaraú. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada. v.3, n.1, p.30 38, 2009.