1. Introdução... 2. 2.2. Tubo... 9



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Transcrição:

1. Introdução... 2 2. Características Técnicas 2.1. Matéria-prima 2.1.1. Polietileno... 5 2.1.2. Tipos de PE em função da densidade... 5 2.1.3. Resistência Química do PE... 5 2.1.4. Resistência à Abrasão do PE... 8 2.1.5. Flexibilidade do PE... 8 2.2. Tubo... 9 2.3. Acessórios... 10 2.3.1. Conexão Bolsa Bolsa... 10 2.3.2. Tampão Ponta Bolsa... 11 2.3.3. Curva 45 Ponta Ponta... 11 2.3.4. Curva 45 Bolsa Bolsa... 12 2.3.5. Curva 90 Ponta Ponta... 12 2.3.6. Curva 90 Bolsa Bolsa... 13 2.3.7. Joelho 45 Ponta Ponta... 13 2.3.8. Joelho 45 Bolsa Bolsa... 14 2.3.9. Joelho 90 Ponta Ponta... 14 2.3.10. Joelho 90 Bolsa Bolsa... 15 2.3.11. Junção Tee Ponta Ponta... 15 2.3.12. Junção Tee Bolsa Bolsa... 16 2.3.13. Junção Y Ponta Ponta... 16 2.3.14. Junção Y Bolsa Bolsa... 17 2.3.15. Redução Excêntrica Ponta Bolsa... 17 2.3.16. Redução Excêntrica Bolsa Bolsa... 18 2.3.17. Anel de Vedação... 19 2.3.18. Pasta Lubrificante Kanalub... 19 3. Dimensionamento... 20 3.1. Hidráulico 3.1.1. Condutos livres... 20 3.1.2. Dimensionamento hidráulico de condutos livres... 21 3.1.3. Eficiência hidráulica... 22 3.1.3.1. Tensão Trativa... 23 3.1.3.2. Velocidade Crítica... 23 3.1.4. Tabela de Vazões e Velocidades... 24 3.2. Mecânico 1

3.2.1. Tubos rígidos, semi-rígidos e flexíveis Conceito... 25 3.2.2. Interação do tubo com o solo... 25 3.2.3. Projeto estrutural do tubo... 26 3.2.4. Estrutura solo / tubo (Spangler)... 28 3.2.5. Cálculo da deflexão vertical do tubo... 30 3.2.5.1. Determinação da carga de solo (carga estática)... 30 3.2.5.2. Determinação do módulo de rigidez do mat.de enchimento... 32 3.2.5.3. Determinação da carga de tráfego (carga dinâmica)... 33 3.2.5.4. Determinação dos fatores de correção... 34 3.2.5.5. Determinação da rigidez anelar nominal... 34 4. Instalação... 35 4.1. União de tubos e acessórios... 35 4.2. Preparação da vala... 37 4.3. Recomposição do pavimento... 38 4.4. Método de reparo do KNTS Super... 38 5. Manuseio e Transporte... 39 6. Armazenamento e Estocagem... 42 7. Aspectos da Qualidade 7.1. Padrões normativos para o KNTS Super... 43 7.2. Identificação do produto... 43 7.3. Controle da Qualidade do KNTS Super... 43 7.3.1. Controle da matéria-prima... 43 7.3.2. Controle do produto no processo de fabricação... 44 7.3.3. Inspeção Final... 44 NOTAS... 45 2

1. Introdução O KNTS Super é um tubo corrugado de dupla parede, sendo a interna lisa e a externa corrugada anelar, fabricado em PEAD (Polietileno de Alta Densidade), destinado à condução de líquidos em obras de infraestrutura. Aplicável na condução de água, esgoto ou efluente químico, proporcionando elevada velocidade de escoamento e alta vazão ao sistema quando comparado a tubos fabricados com outra matéria-prima. Figura 1: Tubo KNTS Super Disponível nas classes de rigidez (ISO 9969) SN4 e SN8, apresentando alto desempenho mecânico, possibilitando a realização de uma instalação segura, mesmo em situações de baixo recobrimento, sempre respeitando os parâmetros de projeto. O KNTS Super é fabricado dentro de elevados padrões de exigências, atendendo na íntegra as normas ISO 21138-1 e ISO 21138-3. São características do KNTS Super: Leveza: que facilita na instalação, eliminando a necessidade de maquinário pesado para o manuseio e colocação na vala e também, propiciando maior facilidade de transporte; Barra de 6 metros: torna a instalação muito mais rápida se comparado a outros tubos de mesma aplicação; Resistência química: que possibilita a utilização em ambientes agressivos e também, para condução de fluidos agressivos tais como esgoto e chorume; 3

Baixa rugosidade: com um coeficiente de Manning de 0,010 possibilita a aplicação até mesmo em baixas declividades e também a redução do diâmetro de galerias previamente tratadas com produtos de rugosidade maior. Resistência a impacto: reduzindo a zero a perda de material por quebras decorrentes de quedas e impactos durante a movimentação / transporte / instalação na obra. Sistema tipo ponta-bolsa-anel: o perfil do tubo KNTS Super, regular ao longo de toda seção, permite um encaixe perfeito entre ponta e bolsa, que associado a sua junta elástica garante estanqueidade ao sistema. Parede interna colorida: que facilita a inspeção visual do sistema, uma vez que a cor preta diminui a reflexão da luz tornando a inspeção visual dificultosa, o KNTS Super pode ser fabricado com parede interna nas cores azul e ocre, permitindo identificar qualquer irregularidade na parede do tubo. A Kanaflex também disponibiliza para o mercado o KNTS Drain, que pode ser fornecido perfurado ou não perfurado. Ideal para instalação em aterros sanitários, mineração, pilhas de lixiviação, drenagem pluvial, entre outras aplicações. O tubo perfurado é para aplicação em sistemas drenantes subterrâneos, possuindo excelentes características mecânicas, eficiência hidráulica e resistência química. 4

2. Características Técnicas 2.1. Matéria prima 2.1.1. Polietileno (PE) O Polietileno é um plástico obtido pela união de inúmeras moléculas de etileno (monômeros), através da reação de polimerização, gerando uma grande macromolécula, a qual, por sua vez, confere a este material as características próprias de um polímero. Polímeros que são constituídos unicamente de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos) são classificados como poliolefinas. O polietileno é a poliolefina que possui a mais simples estrutura molecular e é o plástico mais utilizado no mundo. Dentre as vantagens do PE, podemos destacar: - leveza; - alta resistência química; - excelente elasticidade; - alta resistência à abrasão; - alta resistência ao impacto, mesmo à baixa temperatura. 2.1.2. Tipos de PE em função da densidade O PE é notável pela sua extensa faixa de densidade e, de acordo com esta propriedade, pode ser dividido em: Polietileno de Alta Densidade Polietileno de Média Densidade Polietileno de Baixa Densidade PEAD PEMD PEBD Os polietilenos utilizados para a fabricação dos tubos KNTS Super possuem o valor típico de densidade de aproximadamente 0,95 g/cm³. Devido a essa característica, aliada à estrutura corrugada dos tubos, o produto final apresenta leveza quando comparado com tubos equivalentes fabricados com outros materiais. 2.1.3. Resistência Química do PE O Polietileno possui uma estrutura apolar similar a dos hidrocarbonetos parafínicos e por esta razão, esse polímero possui excelente resistência a substâncias químicas. 5

O PE é resistente a soluções aquosas de sais, ácidos diluídos e álcalis. Apenas agentes fortemente oxidantes, tais como peróxidos altamente concentrados e ácidos ou halogênios atacam o PE após um período de exposição prolongado. Esta resistência não exclui, entretanto, a possibilidade de que, sob certas condições, as propriedades mecânicas do polietileno possam ser influenciadas pela ação de compostos químicos. Para informações mais específicas e detalhadas, recomendamos consultar a norma ISO/TR 10358 Platics pipes and fittings Combined chemical resistance classification table. Algumas informações genéricas sobre a resistência química do Polietileno estão indicadas na tabela 1. Produto Temperatura Temperatura Produto 20 C 60 C 20 C 60 C Acetato de chumbo E E Cloreto de sódio E E Acetona 100% E E,D Cloreto de zinco E E Ácido acético glacial E G,D,c,f Cloro (gás e líquido) F N Ácido bromídrico 100% E E Clorobenzeno G F,D,d,c Ácido carbônico E E Clorofórmio G F,D,d,c Ácido carboxílico E E Detergentes E E,c Ácido cianídrico E E Diclorobenzeno F F Ácido clorídrico E E,d Dioctilftalato E G,c Ácido clorosulfônico F N Dióxido de enxofre líquido F N Ácido crômico 80% E F,D Enxofre E E Ácido fluorídrico 1-75% E E Essência de terebentina G G Ácido fosfórico 30-90% E G,D Ésteres alifáticos E G Ácido glicólico 55-70% E E Éter G F Ácido nítrico 50% G,D F,D,f Éter de petróleo G,d,i F,d Ácido nítrico 95% N,F,f N,c Flúor gasoso 100% N N Ácido perclórico 70% E F,D Gasolina E G,c Ácido salícílico E E Hidróxido de amônia 30% E E Ácido sulfocrômico F F,f Hidróxido potássio conc. E E,c Ácido sulfúrico 50% E E Hidróxido de sódio conc. E E,c Ácido sulfúrico 98% G,D F,D,f Hipoclorito de cálcio sat. E E Ácido sulfuroso E E Hipoclorito de sódio 15% E E,D,d Ácido tartárico E E Iso-octano G G Ácido tricloroacético 50% E E Metiletilcetona E F Ácido tricloroacético100% E F Nafta E G Acrilonitrila E E Nitrato de amônia saturado E E Água do mar E E Nitrato de prata E E Álcool benzílico E E Nitrato de sódio E E Álcool butílico E E Nitrobenzeno F N,c Álcool etílico 96% E E Óleo comestível E E Álcool metílico E E Óleo diesel E G Amônia E,D,d E,D,d Pentóxido de fósforo E E Anídrico acético E G,D Permanganato de potássio D,E E Anilina E G Peróxido de hidrogênio 30% E E,d Benzeno G,d G,d,i Petróleo E G Benzoato de sódio E E Querosene G G,c Bicromato de potássio 40% E E,D Sais de níquel E E Borato de sódio E E Sulfatos metálicos E E 6

Branqueadores E G,c Sulfeto de sódio E G Bromo líquido F N Tetracloreto de carbono G,d,i F,d,c Carbonato de sódio E E Tricloroetileno F,D N,D Cloreto de amônia E E Xileno (xilol) G,d,i F,c,d Tabela 1: Resistência Química do PE LEGENDA D Descoloração. E Exposição durante 30 dias, sem perda de características, podendo tolerar o contato por muitos anos. F Alguns sinais de ataque após 07 dias em contato com o produto. G Ligeira absorção após 30 dias de exposição, sem comprometer as propriedades mecânicas. N Não recomendado. Detectado sinais de ataque entre minutos a horas, após o início de exposição. c Fendilhamento. d Deformação. f Fragilização. i Inchamento. 7

2.1.4. Resistência à Abrasão do PE O Polietileno possui excelente resistência à abrasão quando comparado com outros materiais utilizados na fabricação de tubulações para aplicações de infraestrutura. Para avaliar essa propriedade foi desenvolvido um método de ensaio, que ficou conhecido como Teste de Abrasão de Darmstadt, padronizado na norma DIN 19534. Amostras de tubos de diferentes materiais foram submetidas ao mesmo ensaio de abrasão e os resultados encontrados estão indicados no gráfico da figura 2. Gráfico - Resistência à Abrasão de Tubos 3,0 Tubo de asbesto cimento Abrasão (mm) 2,5 2,0 Tubo com reforço de fibra de vidro 1,5 1,0 0,5 Tubo de concreto Tubo de cerâmica Tubo de PVC Tubo de PEAD 0 200.000 400.00 600.000 Número de ciclos (N) Figura 2: Gráfico de Abrasão (DIN 19534) Universidade de Darmstad 2.1.5. Flexibilidade do PE O Polietileno é um material dúctil e com excelente resistência ao alongamento na ruptura, o que permite que os tubos fabricados com esse material se deformem com o movimento do solo sem apresentar quebras ou trincas. Os polietilenos utilizados para a fabricação dos tubos KNTS Super, apresentam valores típicos de resistência ao alongamento na ruptura acima de 350%, e módulo de elasticidade na ordem de 800 MPa. 8

2.2. Tubo O KNTS Super é um tubo para condução de fluido, corrugado externamente e liso internamente, fabricado em PEAD (Polietileno de Alta Densidade) na configuração PBA (Ponta Bolsa Anel) sendo a Bolsa integrada à barra. (Figura 3, Tabela 2) DE DI DI B DE B L B Figura 3: Tubo KNTS Super Nota: Os valores indicados nas tabelas de medidas dos tubos e acessórios a seguir servem para referência de especificação. Não tem o caráter de valores de controle. QUADRO DE MEDIDAS DE REFERÊNCIA Ø Nominal (mm) Medidas do Tubo Medidas da Bolsa DE (mm) DI (mm) DE B (mm) DI B (mm) L B (mm) Comprimento Útil da barra 6 metros (m) 250 295,0 247,8 306,0 296,8 135,0 5,865 300 369,0 315,0 381,0 371,3 155,0 5,845 400 465,0 395,6 480,0 467,7 162,0 5,838 500 586,0 495,0 605,0 589,5 295,0 5,705 600 705,0 606,6 725,0 709,0 230,0 5,770 800 902,0 792,8 965,0 916,0 371,0 5,629 1000 1142,0 990,7 1230,0 1160,0 525,0 5,475 1200 1390,0 1192,0 1495,0 1412,0 431,0 5,569 Tabela 2: Quadro de Medidas do Tubo KNTS Super 9

2.3. Acessórios A Kanaflex disponibiliza para a linha KNTS Super uma ampla variedade de acessórios que objetivam proporcionar flexibilidade e versatilidade para necessidades especificas de projetos um sistema completo e versátil. Os acessórios apresentados a seguir são fabricados a partir do próprio tubo, por processo de soldagem garantindo a estanqueidade e elevada resistência nas ligações em casos de cargas extremas. Mediante consulta, a Kanaflex pode fabricar/fornecer outros tipos de acessórios, fabricados a partir de Tubos KNTS Super através de processo de segmentação, garantindo a mesma estanqueidade nas uniões e uma elevada resistência às cargas externas. 2.3.1. Conexão Bolsa Bolsa Peça em PEAD, de seção interna circular, destinada a unir tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal. A estanqueidade é assegurada pela junta elástica que vai alojada na 1 a corrugação do tubo (Figura 4, Tabela 3). L L 1 DI B Figura 4: Conexão Bolsa Bolsa KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DI B L L 1 250 4 / 8 300 383 113 300 4 / 8 375 456 146 400 4 / 8 470 490 170 500 4 / 8 595 583 203 600 4 715 714 254 Tabela 3: Dimensões da Conexão Bolsa Bolsa KNTS Super 10

2.3.2. Tampão Ponta Bolsa Peça em PEAD, de seção interna circular, destinada ao tamponamento dos tubos KNTS Super evitando assim a entrada de elementos estranhos para o seu interior no início ou final da linha. (Figura 5, Tabela 4). L L 1 DI B DE 2.3.3. Curva 45 Ponta Ponta Figura 5: Tampão Ponta Bolsa KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DI B DE L L 1 250 4 / 8 300 295 253 113 300 4 / 8 375 369 306 146 400 4 / 8 470 465 335 170 500 4 / 8 595 586 401 203 600 4 715 705 492 254 Tabela 4: Dimensões do Tampão Ponta Bolsa KNTS Super Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal (Figura 6, Tabela 5). L 1 L 2 DE L 1 Figura 6: Curva 45 Ponta Ponta KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DE L 1 L 2 250 4 / 8 295 233 204 300 4 / 8 369 303 266 400 4 / 8 465 349 303 500 4 / 8 586 414 356 600 4 705 521 451 Tabela 5: Dimensões da Curva 45 Ponta Ponta KNTS Super 11

2.3.4. Curva 45 Bolsa Bolsa Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal (Figura 7, Tabela 6). L 1 L 2 L1 DI B Figura 7: Curva 45 Bolsa Bolsa KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DI B L 1 L 2 250 4 / 8 300 195 204 300 4 / 8 375 254 266 400 4 / 8 470 292 303 500 4 / 8 595 346 356 600 4 715 436 451 Tabela 6: Dimensões da Curva 45 Bolsa Bolsa KNTS Super 2.3.5. Curva 90 Ponta Ponta Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal (Figura 8, Tabela 7). L 1 L2 L 2 DE L 1 Figura 8: Curva 90 Ponta Ponta KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DE L 1 L 2 250 4 / 8 295 271 204 300 4 / 8 369 310 281 400 4 / 8 465 366 337 500 4 / 8 586 443 346 600 4 705 562 448 Tabela 7: Dimensões da Curva 90 Ponta Ponta KNTS Super 12

L 1 L 2 L 2 Tubo Corrugado de Grande Diâmetro 2.3.6. Curva 90 Bolsa Bolsa Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal (Figura 9, Tabela 8). DI B L 1 2.3.7. Joelho 45 Ponta Ponta Figura 9: Curva 90 Bolsa Bolsa KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DI B L 1 L 2 250 4 / 8 300 158 204 300 4 / 8 375 205 281 400 4 / 8 470 236 337 500 4 / 8 595 278 346 600 4 715 351 448 Tabela 8: Dimensões da Curva 90 Bolsa Bolsa KNTS Super Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal (Figura 10, Tabela 9). L 1 DE Figura 10: Joelho 45 Ponta Ponta KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DE L 1 250 4 / 8 295 276 300 4 / 8 369 374 400 4 / 8 465 426 500 4 / 8 586 504 600 4 705 636 Tabela 9: Dimensões do Joelho 45 Ponta Ponta KNTS Super 13

2.3.8. Joelho 45 Bolsa Bolsa Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal (Figura 11, Tabela 10). L 1 DI B Figura 11: Joelho 45 Bolsa Bolsa KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DI B L 1 250 4 / 8 300 200 300 4 / 8 375 262 400 4 / 8 470 298 500 4 / 8 595 349 600 4 715 443 Tabela 10: Dimensões do Joelho 45 Bolsa Bolsa KNTS Super 2.3.9. Joelho 90 Ponta Ponta Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal (Figura 12, Tabela 11). DE L 1 Figura 12: Joelho 90 Ponta Ponta KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DE L 1 250 4 / 8 295 340 300 4 / 8 369 446 400 4 / 8 465 502 500 4 / 8 586 585 600 4 705 746 Tabela 11: Dimensões do Joelho 90 Ponta Ponta KNTS Super 14

2.3.10. Joelho 90 Bolsa Bolsa Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal (Figura 13, Tabela 12). L 1 L 1 DI B 2.3.11. Junção Tee Ponta Ponta Figura 13: Joelho 90 Bolsa Bolsa KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DI B L 1 250 4 / 8 300 263 300 4 / 8 375 346 400 4 / 8 470 387 500 4 / 8 595 445 600 4 715 572 Tabela 12: Dimensões do Joelho 90 Bolsa Bolsa KNTS Super Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal, formando ângulo de 90 entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 14, Tabela 13). L 1 DE L 1 Figura 14: Junção Tee Ponta Ponta KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DE L 1 250 4 / 8 295 338 300 4 / 8 369 437 400 4 / 8 465 452 500 4 / 8 586 540 600 4 705 676 Tabela 13: Dimensões da Junção Tee Ponta Ponta KNTS Super 15

2.3.12. Junção Tee Bolsa Bolsa Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal, formando ângulo de 90 entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 15, Tabela 14). L 1 DI B L 1 Figura 15: Junção Tee Bolsa Bolsa KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DI B L 1 250 4 / 8 300 263 300 4 / 8 375 340 400 4 / 8 470 396 500 4 / 8 595 473 600 4 715 592 Tabela 14: Dimensões da Junção Tee Bolsa Bolsa KNTS Super 2.3.13. Junção Y Ponta Ponta Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal, formando ângulos de 45 entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 16, Tabela 15). L 2 DE L 1 L 2 Figura 16: Junção Y Ponta Ponta KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DE L 1 L 2 250 4 / 8 295 263 525 300 4 / 8 369 291 679 400 4 / 8 465 339 791 500 4 / 8 586 405 945 600 4 705 507 1183 Tabela 15: Dimensões da Junção Y Ponta Ponta KNTS Super 16

2.3.14. Junção Y Bolsa Bolsa Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal, formando ângulos de 45 entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 17, Tabela 16). L 2 DI B L 1 L 2 Figura 17: Junção Y Bolsa Bolsa KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DI B L 1 L 2 250 4 / 8 300 150 488 300 4 / 8 375 194 631 400 4 / 8 470 226 735 500 4 / 8 595 270 878 600 4 715 338 1099 Tabela 16: Dimensões da Junção Y Bolsa Bolsa KNTS Super 2.3.15. Redução Excêntrica Ponta Bolsa Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta Bolsa, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Super de diferentes diâmetros nominais (Figura 18, Tabela 17). L 2 L 1 L 3 DE DI B Figura 18: Redução Excêntrica Ponta Bolsa KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DI B DE L 1 L 2 L 3 300x250 4 / 8 375 295 150 306 146 400x250 4 / 8 470 295 150 335 170 400x300 4 / 8 470 369 194 335 170 17

500x250 4 / 8 595 295 150 401 203 500x300 4 / 8 595 369 194 401 203 500x400 4 / 8 595 465 226 401 203 600x250 4 715 295 150 492 254 600x300 4 715 369 194 492 254 600x400 4 715 465 226 492 254 600x500 4 715 586 270 492 254 Tabela 17: Dimensões da Redução Excêntrica Ponta Bolsa KNTS Super 2.3.16. Redução Excêntrica Bolsa Bolsa Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Super de diferentes diâmetros nominais (Figura 19, Tabela 18). L 3 L 1 L 4 L 2 di B DI B Figura 19: Redução Excêntrica Bolsa Bolsa KNTS Super Dimensões de Referência (mm) DN SN DI B di B L 1 L 2 L 3 L 4 300x250 4 / 8 375 300 253 75 306 146 400x250 4 / 8 470 300 253 75 335 170 400x300 4 / 8 470 375 306 97 335 170 500x250 4 / 8 595 300 253 75 401 203 500x300 4 / 8 595 375 306 97 401 203 500x400 4 / 8 595 470 335 113 401 203 600x250 4 715 300 253 75 492 254 600x300 4 715 375 306 97 492 254 600x400 4 715 470 335 113 492 254 600x500 4 715 595 401 135 492 254 Tabela 18: Dimensões da Redução Excêntrica Bolsa Bolsa KNTS Super 2.3.17. Anel de Vedação 18

Peça circular, não toroidal, fabricada em borracha, de seção circular, destinada a vedar e dar estanqueidade aos tubos KNTS Super nas conexões, junções e reduções (Figura 20). Figura 20 : Anel de Vedação KNTS Super 2.3.18. Pasta Lubrificante Kanalub Pasta neutra à base de ácidos graxos saponificados de grande poder lubrificante, para facilitar o deslizamento do anel na montagem da junta elástica (Figura 21). Figura 21: Pasta Lubrificante Kanalub 3. Dimensionamento 19

As informações de dimensionamento e instalação contidas neste manual são sugestões baseadas em normas e literaturas técnicas. A Kanaflex não é empresa projetista e limita-se ao fornecimento de produto, devendo o usuário consultar um especialista responsável técnico pela obra/projeto. 3.1. Dimensionamento Hidráulico 3.1.1. Condutos livres Tubos e canais funcionam como condutos livres quando na superfície do líquido escoado reina a pressão atmosférica. Canais são considerados condutos livres abertos e tubos para aplicação em drenagem ou esgotamento, nesta condição de pressão, são considerados condutos livres fechados. Em um sistema de tubulações para drenagem ou esgotamento por gravidade, o escoamento do líquido é geralmente não-uniforme (variado). No entanto, a hipótese de um fluxo uniforme é postulada de modo a simplificar a análise hidráulica do sistema. Para efeitos de cálculos hidráulicos, as variáveis da figura 22 devem ser consideradas. ƞ DI y θ A m DI = diâmetro interno do tubo, [m] y = altura da lâmina d água, [m] A m = área molhada, [m²] P m = perímetro molhado, [m] θ = ângulo da lâmina d água, [ ] ƞ = coeficiente de Manning, [-] P m Figura 22: Variáveis para dimensionamento hidráulico 3.1.2. Dimensionamento hidráulico de condutos livres 20

A equação mais frequentemente utilizada para o dimensionamento hidráulico de condutos livres é a fórmula de Manning. V = velocidade de fluxo, [m/s] R h = raio hidráulico, [m] i = declividade, [m/m] ƞ = coeficiente de Manning, [-] Equação 1: Fórmula de Manning velocidade de fluxo no interior do tubo Um dos parâmetros de destaque nesta fórmula é o coeficiente de Manning (ƞ). Quanto mais baixo seu valor, maior é a capacidade de condução hidráulica do tubo para determinada declividade. O coeficiente de Manning pode variar de acordo com o tipo de tubo e o material empregado para sua fabricação. Há várias literaturas com tabelas que indicam valores de Manning para os diversos tipos de materiais empregados na fabricação de tubos. Para fins práticos e efeitos de cálculos, tubos de polietileno com parede lisa apresentam o valor do coeficiente de Manning na ordem de 0,010. A vazão em um tubo funcionando como conduto livre, para líquidos não viscosos, pode ser calculada a partir da fórmula de Manning que considera o raio hidráulico e a área molhada no interior do tubo, conforme equação 2 abaixo. Q = vazão, [m³/s] A m = área molhada, [m²] R h = raio hidráulico, [m] i = declividade, [m/m] ƞ = coeficiente de Manning, [-] Equação 2: Vazão do tubo para declividade Cálculo das variáveis para determinação da vazão e velocidade: Ângulo da lâmina d água - θ Área molhada - A m 21

Raio hidráulico - R h 3.1.3. Eficiência hidráulica A velocidade de fluxo máxima, no interior de um conduto livre, ocorre quando a altura da lamina d água é da ordem de 78,0% do diâmetro interno (y/di=0,78). A vazão máxima ocorre quando a altura da lamina d água é da ordem de 93,8% do diâmetro interno (y/di=0,938). A seleção do diâmetro do tubo geralmente é feita com base na vazão desejada, resguardando as limitações de projeto com relação à declividade. Quando um tubo for selecionado de acordo com esse critério, é importante assegurar que a linha de tubulação tenha uma velocidade de fluxo mínima, a fim de evitar a deposição de matéria sólida na parte inferior do tubo, o que poderia causar um retardamento ou comprometimento do transporte normal do fluxo. No caso de aplicações em esgoto sanitário, também é importante considerar, além da vazão mínima para qualquer trecho da rede, a velocidade de fluxo mínima e a velocidade crítica admitida para a rede. Inexistindo dados práticos ou de normas para auxiliar os cálculos do projeto, pode-se considerar como referência o valor de vazão mínima de 1,5 l/s. Na prática, o conceito de considerar as velocidades mínimas (geralmente 0,6 m/s para esgoto sanitário e 0,75 m/s para sistemas de águas pluviais) tem sido substituído pelo critério do cálculo da tensão trativa. 3.1.3.1. Tensão Trativa - σ t 22

A tensão trativa ou de arraste pode ser definida como a componente tangencial do peso do líquido sobre a parcela de área correspondente ao raio hidráulico, que atua sobre o material aí sedimentado promovendo o seu arraste. Pode ser calculada de acordo com a fórmula abaixo: s t = tensão trativa, [Pa] γ l = peso específico do líquido, [N/m³] R h = raio hidráulico, [m] i = declividade, [m/m] Para tubos plásticos de parede interna lisa, aplicados em redes de esgoto, geralmente é utilizado o valor de tensão trativa mínima de 0,6 Pa. A declividade mínima admissível para cada trecho da rede pode ser determinada pela expressão aproximada da equação abaixo. A equação foi estabelecida e é válida somente para o critério da tensão trativa média de 0,6 Pa e coeficiente de Manning ƞ = 0,010. i mín = declividade mínima, [m/m] Q i = vazão inicial, [l/s] 3.1.3.2. Velocidade Crítica - V c Outro aspecto importante a ser considerado nas aplicações de redes de esgoto é a velocidade crítica. A velocidade crítica pode ser definida por: V c = velocidade crítica, [m/s] g = aceleração da gravidade, [m/s²] R h = raio hidráulico, [m] A altura de lâmina d água (y) deve ser sempre calculada admitindo o escoamento em regime uniforme e permanente, sendo o seu valor máximo, para vazão final, igual ou inferior a 78% do diâmetro interno do tubo. Quando a velocidade final for superior à velocidade crítica, a maior lâmina admissível deve ser de 50% do diâmetro interno do tubo, assegurando ventilação adequada para o trecho de rede. 23

3.1.4. Tabela de Vazões e Velocidades DN Área Molhada Declividade 0,1% 0,2% 0,3% 0,4% 0,5% Raio Hidráulico V Q V Q V Q V Q V Q mm m² m m/s l/s m/s l/s m/s l/s m/s l/s m/s l/s 250 0,0474 0,0710 0,5424 25,71 0,7671 36,36 0,9395 44,53 1,0848 51,42 1,2129 57,49 300 0,0765 0,0902 0,6362 48,65 0,8997 68,80 1,1019 84,27 1,2723 97,30 1,4225 108,79 400 0,1206 0,1133 0,7404 89,26 1,0471 126,23 1,2824 154,60 1,4808 178,52 1,6556 199,59 500 0,1888 0,1418 0,8599 162,38 1,2161 229,65 1,4894 281,26 1,7198 324,77 1,9227 363,10 600 0,2835 0,1737 0,9846 279,13 1,3924 394,75 1,7054 483,47 1,9692 558,27 2,2016 624,16 800 0,4844 0,2271 1,1771 570,21 1,6647 806,39 2,0388 987,63 2,3542 1140,41 2,6321 1275,02 1000 0,7564 0,2838 1,3656 1033,02 1,9313 1460,91 2,3653 1789,24 2,7312 2066,04 3,0536 2309,90 1200 1,0951 0,3415 1,5448 1691,73 2,1847 2392,47 2,6758 2930,17 3,0897 3383,47 3,4544 3782,83 Tabela 19: Vazões e Velocidades DN Área Molhada Declividade 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% Raio Hidráulico V Q V Q V Q V Q V Q mm m² m m/s l/s m/s l/s m/s l/s m/s l/s m/s l/s 250 0,0474 0,0710 1,7153 81,31 2,4258 114,99 2,9710 140,83 3,4306 162,62 3,8355 181,81 300 0,0765 0,0902 2,0118 153,85 2,8450 217,57 3,4845 266,47 4,0235 307,69 4,4984 344,01 400 0,1206 0,1133 2,3413 282,26 3,3112 399,18 4,0553 488,89 4,6827 564,52 5,2354 631,16 500 0,1888 0,1418 2,7192 513,50 3,8455 726,20 4,7098 889,41 5,4384 1027,01 6,0803 1148,23 600 0,2835 0,1737 3,1135 882,70 4,4032 1248,32 5,3928 1528,87 6,2271 1765,39 6,9621 1973,77 800 0,4844 0,2271 3,7223 1803,15 5,2641 2550,04 6,4472 3123,15 7,4446 3606,30 8,3233 4031,97 1000 0,7564 0,2838 4,3185 3266,69 6,1072 4619,80 7,4798 5658,07 8,6369 6533,38 9,6564 7304,54 1200 1,0951 0,3415 4,8852 5349,73 6,9088 7565,67 8,4615 9266,01 9,7705 10699,47 10,9237 11962,37 Tabela 19(continuação): Vazões e Velocidades Dados aplicados nas tabelas acima: Altura da lâmina d água = 93,8% Ângulo Ɵ = 5,4 radianos Coeficiente de Manning = 0,010 24

3.2. Dimensionamento Mecânico 3.2.1. Tubos rígidos, semi-rígidos e flexíveis Conceito Para efeito de dimensionamento mecânico, em geral os tubos podem ser classificados de acordo com seu desempenho durante a interação com o solo (deflexão ou distorção). Quando submetidos à compressão diametral, a níveis de deflexões pré-estabelecidas, sem sofrerem danos permanentes, conforme tabela 1, os tubos (secções transversais) podem ser classificados como rígidos, semi-rígidos ou flexíveis. Isso não significa que a barra seja flexível ou faça curva. Classificação do Tubo % deflexão sem apresentar danos estruturais Rígido 0,1 % Semi-Rígido 3,0 % Flexível > 3,0 % Tabela 20: Classificação dos tubos quanto à sua deflexão 3.2.2. Interação do tubo com o solo Os tubos flexíveis KNTS Super se beneficiam de sua capacidade de se deformar ou modificar sob a ação de cargas, sem apresentarem danos estruturais, conforme ilustração da figura 22. Esta deformação é conhecida como deflexão ou distorção que permite ao tubo se adaptar à forma do invólucro exterior, transferindo a maior parte da carga vertical recebida para a envoltória. Deflexão Fissuras TUBO RÍGIDO TUBO FLEXÍVEL Figura 22: Comportamento dos tubos sob a ação de carga vertical. 25

Tanto os tubos rígidos quanto os flexíveis requerem um solo apropriado, embora a interação do tubo com o solo seja diferente em cada um dos casos. No caso de tubo rígido, este transfere a carga recebida em sua parede para o fundo da vala (fundação). Já no tubo flexível, a carga é transferida e transportada pelo solo, daí a se dizer que o tubo flexível interage com o solo. A figura 23 ilustra a interação solo/tubo e a transferência de carga nos dois tipos de tubos: TUBO RÍGIDO TUBO FLEXÍVEL Figura 23: Interação Solo / Tubo Um tubo rígido é muitas vezes mais rígido do que o solo de reaterro, conduzindo a necessidade de suportar cargas de solo muito maior do que a carga de prisma ao longo do tubo. Por outro lado, o tubo flexível não é tão rígido quanto o solo de reaterro, forçando assim uma mobilização do solo de envolvimento lateral (envoltória), a fim de suportar o peso das cargas de tráfego e das cargas de solo. 3.2.3. Projeto Estrutural do Tubo Primeiramente, os projetistas precisam estabelecer as deflexões permitidas para as tubulações, baseados em suas experiências e/ou em referências normativas. Salvo acordo contrário entre o projetista e o proprietário do sistema, recomenda-se que, por razões de operacionalidade, os valores médios calculados de deflexão não ultrapassem os valores indicados na Tabela 21, extraídos da norma ISO 21.138-1. 26

Classe de Rigidez Deflexão média inicial Deflexão média de longo prazo SN 4 e SN 8 8% 10% Tabela 21: Limites recomendados de deflexão de projeto Um estudo intensivo da história de deflexão de tubos instalados em diferentes condições, de até 25 anos atrás, resultou na experiência como apresentada no gráfico da Figura 24. Para a deflexão indicada no gráfico de projeto, a tensão será muito abaixo do limite de projeto e não necessita ser levada em conta. Deflexão do Tubo (%) 10 9 8 7 Gráfico de Projeto - Deflexão máxima de longo prazo do tubo III 6 5 4 3 II 2 1 I SN2 SN4 SN8 SN16 Rigidez Anelar do Tubo (kpa) Legenda: I Boa Compactação / II Moderada Compactação / III Sem Compactação (não recomendado) Figura 24: Gráfico de Projeto (extraído do anexo C da norma ISO21138-1) O gráfico de projeto serve apenas como referência informativa para o projetista e não tem a intenção de substituir o cálculo estrutural, nem limitar as condições que os tubos poderão ser submetidos. As condições de validação do gráfico de projeto estão indicadas na tabela 22. 27

Parâmetros Condições de validação Profundidade da instalação Cargas de tráfego Qualidade da instalação Categoria da instalação boa, moderada, sem- deve refletir o trabalho da mão-de-obra em que o projetista possa confiar. 0,8 a 6,0 m Considerada Boa Compactação (I) O solo de aterro de tipo granular é colocado cuidadosamente na zona de envoltória e compactado, depois de ter sido colocado em camadas de no máximo 30 cm e depois de cada camada ter sido compactada com cuidado. O tubo deve ser coberto por uma camada de pelo menos 15 cm. A vala é preenchida com qualquer tipo de solo e depois compactada. Os valores típicos para a densidade Proctor estão acima de 94%. Moderada Compactação (II) O solo de aterro de tipo granular é colocado em camadas de no máximo 50 cm, depois de cada camada ter sido compactada com cuidado. O tubo deve ser coberto por uma camada de pelo menos 15 cm. A vala é preenchida com qualquer tipo de solo e depois compactada. Os valores típicos para a densidade Proctor estão na faixa de 87% a 94%. As estacas/pranchas do escoramento lateral devem ser removidas antes da compactação, de acordo com as recomendações da EN 1610:1997. Se, no entanto, as estacas/pranchas forem removidas depois da compactação, deve-se considerar que o nível de compactação "Boa ou "Moderada" será reduzido para o grau "sem-" compactação (III). Tabela 22: Condições de validação do gráfico de projeto ISO 21.138 3.2.4. Estrutura Solo / Tubo (Spangler) Os Drs. Spangler e Marston, da Universidade de Iowa, analisaram o desempenho de uma estrutura solo/tubo flexível para predizer matematicamente a deformação do tubo, em resposta à carga (de trafego e de solo), ao aterro (compactação e solo) e ao tubo (material e geometria). A equação resultante desse estudo ficou conhecida como equação de Spangler ou fórmula de Iowa: Equação 3: Equação de Spangler ou fórmula de Iowa 28

A equação de Spangler foi modificada com base em estudos conduzidos por diversos pesquisadores, como por exemplo, os Drs. Barnard e Watkins, que simplificaram a equação original e estabeleceram a fórmula modificada de Iowa: Equação 4: Fórmula Modificada de Iowa D v = deflexão vertical, [%] b 1 = fator de distribuição de carga C = fator de autocompactação P s = carga de solo, [kn] P t = carga de tráfego, [kn] SN = rigidez anelar do tubo, [kn/m²] E R = Módulo de rigidez do solo, [kn/m²] Após a instalação, a compactação do solo circundante (envoltória) se desenvolve com o tempo, devido ao carregamento externo e ao assentamento do solo. A experiência mostra que a deflexão máxima será alcançada dentro de 1 a 3 anos após a instalação, dependendo do material de enchimento, da qualidade do trabalho de compactação do solo e das cargas externas. Devido a isso, o cálculo da deformação vertical desse manual considera somente as propriedades de curto prazo (inicial) do produto. A figura 25 abaixo ilustra o comportamento da deflexão do tubo na instalação e após sua instalação, considerando a influência da carga de tráfego. Gráfico de Deflexão do tubo em função do tempo Deflexão do Tubo (%) Sem Tráfego Com Tráfego II Estabilização da Deflexão I Deflexão na Instalação Instalação Após Instalação Tempo Figura 25: Gráfico de deflexão do tubo no momento da instalação e após sua instalação Pesquisas indicam que a deflexão adicional, até o sistema atingir sua estabilização, pode variar de 1,5 a 2 vezes a deflexão resultante da instalação. 29

3.2.5. Cálculo da Deflexão Vertical do tubo - D V A experiência demonstra que a carga vertical que atua sobre um tubo colocado numa vala, é inferior ao peso do material de enchimento. Os cálculos que se apresentam a seguir baseiamse nas normas Alemãs ATV 127 e na fórmula modificada de Iowa (equação 4). 3.2.5.1. Determinação da carga de solo (carga estática) - P S A carga atuante na tubulação pode ser calculada segundo a teoria de Silo, onde é considerado um fator de correção da carga de solo originado pela auto-sustentação do terreno. L H Equação 5: Carga de solo - P s P s Ps = carga vertical do solo, [kn/m²] γ = peso específico do material de enchimento, [kn/m 3 ] H = profundidade da vala até a geratriz superior do tubo [m] SC = coeficiente de correção da carga de solo Figura 26: Cargas atuantes Cálculo do coeficiente SC O coeficiente de correção da carga de solo, para valas de parede vertical ou aproximadamente vertical, é calculado de acordo com a fórmula abaixo: Equação 6: Coeficiente SC SC = coeficiente de correção da carga de solo δ = ângulo de fricção efetivo entre o solo de enchimento e a parede da vala, [graus] 30

K 1 = relação entre os esforços horizontais e verticais existentes no material de enchimento da vala L = largura da vala, [m] Nota: Quando δ = 0, considerar SC = 1. As condições de execução do enchimento, especificamente o grau de compactação e as propriedades do solo, são de fundamental importância para um bom desempenho da tubulação frente às cargas que estará sujeita. Os parâmetros δ e K 1, em função da qualidade de execução do enchimento, estão indicados na tabela 23. Condições de recobrimento K 1 δ C1 Enchimento compactado por camadas contra o solo natural, com verificação da densidade Proctor (Dp) 0,5 δ = Ψ C2 Enchimento compactado por camadas contra o solo natural, sem verificação da densidade Proctor (Dp) 0,5 δ = 2/3Ψ C3 C4 Enchimento em valas escoradas verticalmente e sem compactação Valas construídas verticalmente, suportadas por placas de madeiras ou outro tipo de equipamento de contenção 0,5 δ = 1/3Ψ 0,5 δ = 0 Nota: Ψ - ângulo de fricção interna do material de enchimento Tabela 23 Parâmetros δ e K 1 para condições de recobrimento Os diversos tipos de solos e seus respectivos valores de peso específico e ângulo de fricção interna, estão indicados na tabela 24. Tipos de Solo SOLOS NÃO COESIVOS γ peso específico [kn/m³] Ψ Ângulo de fricção interna [ ] Areia densa 21 35 Cascalho-areia 21 35 Cascalho 20 35 Areia semi-densa 20 32,5 Areia solta 19 30 Escombros 17 35 SOLOS COESIVOS Argila arenosa rígida 22 22,5 31

Argila arenosa mole 21 22,5 Argila semi-sólida 21 15 Argila rígida 20 15 Lodo rígido ou sólido 20 22,5 Lodo mole 19 22,5 Argila mole 18 15 Argila e calcário orgânicos 17 10 Turfa 11 15 Tabela 24: Tipos de Solos Peso específico e ângulo de fricção 3.2.5.2. Determinação do módulo de rigidez do material de enchimento - E R A medida da qualidade de compactação do solo é dada pela Densidade Proctor (Dp), que representa a relação entre a densidade do material de enchimento e a do solo natural. Recomenda-se a utilização do grau de compactação Proctor de no mínimo 95%, tanto para solos coesivos quanto para solos não coesivos. Os módulos de rigidez do material de enchimento (E R ), em função de seu grau de compactação (Densidade Proctor - Dp), para os diversos grupos de solos, estão indicados na tabela 25. E R - Módulo de rigidez do material de enchimento kn/m² (kpa) Grupo de Solo Dp = 85% Dp = 90% Dp = 92% Dp = 95% Dp = 97% Dp = 100% 1 2.000 6.000 9.000 16.000 23.000 40.000 2 1.200 3.000 4.000 8.000 11.000 20.000 3 800 2.000 3.000 5.000 8.000 13.000 4 600 1.500 2.000 4.000 6.000 10.000 Tabela 25: Módulo de rigidez do material de enchimento, em função da densidade Proctor A composição de cada grupo de solo, classificados de acordo com a norma DIN 18.196, está indicada na tabela 26. 32

Grupo Tipo de Solo Codificação (DIN18196) 1 Solos não coesivos GE, GW, GI, SE, SW, SI 2 Solos ligeiramente coesivos GU, GT, SU, ST 3 Solos coesivos com misturas (areia coesiva e cascalho) GU, GT, SU, ST, UL, UM 4 Solos coesivos TL, TM, TA, OU, OT, OH, OK Tabela 26: Composição dos Grupos de Solo 3.2.5.3. Determinação da carga de tráfego (carga dinâmica) - P t As cargas de tráfego são produzidas na superfície do terreno e transmitidas para o subsolo. Os esforços atuantes no plano tangencial à geratriz superior do tubo podem ser determinados através da equação 7. Quanto mais rasa for a vala, maior será o esforço da carga de tráfego. A equação abaixo não é aplicável para valores de H < 0,5 metros. x T H P t Equação 7: Carga de tráfego - P t Figura 27: Carga de tráfego P t = carga de tráfego, [kn/m²] T = carga de tráfego esperada, [kn] H = profundidade da vala até a geratriz superior do tubo [m] x = distância relativa ao eixo do tubo, onde a carga de tráfego vai incidir, [m] Valores da carga de tráfego esperada (T) podem ser considerados de acordo com a tabela 27. 33

Tipo de Tráfego Carga Total (kn) Carga por Roda (kn) Pesado 600 100 Médio 300 50 Ligeiro 120 Tabela 27 : Carga de tráfego esperada (T) 40 nas rodas traseiras 20 nas rodas dianteiras 3.2.5.4. Determinação dos fatores de correção b 1 e C O fator de autocompactação (C) é utilizado para correção da carga de solo. O valor de 1,5 deve ser adotado para compactações moderadas e o valor de 2,0 deve ser adotado para compactações moderadas com baixa altura de recobrimento. O fator de distribuição da carga (b 1 ) é um coeficiente de suporte do tubo e está relacionado ao ângulo formado pela acomodação do tubo no berço (a). Os valores estão indicados na tabela 28 e geralmente é adotado o valor de 0,11. a Figura 28: Ângulo do berço Berço ângulo do berço Ângulo do berço (a) Fator b 1 0 0,110 30 0,108 45 0,105 60 0,102 90 0,096 120 0,090 180 0,083 Tabela 28 : Fator de distribuição da carga (b 1) 3.2.5.5. Determinação da Rigidez Anelar Nominal Nominal Ring Stiffness (SN) Os tubos corrugados são classificados pela sua rigidez anelar, que é determinada de acordo com a norma internacional ISO 9969. 34

O termo SN (Nominal Ring Stiffness) indica a rigidez anelar nominal do tubo, ou seja, a rigidez mínima suportada pelo tubo. Os valores do SN são apresentados em kn/m². Portanto, um tubo classificado como SN4, por exemplo, apresenta uma rigidez anelar mínima de 4 kn/m². 4. Instalação 4.1. União de Tubos e Acessórios O método de união de tubos e acessórios com corrugação anelar, baseia-se na colocação de um anel na 1 a corrugação da Ponta e encaixe em uma Bolsa com parede interna lisa. Abaixo estão os passos a serem seguidos para correta união dos tubos, garantindo a estanqueidade do sistema. 1 o Passo: Preparação das superfícies a serem encaixadas. Limpar com pano úmido a Bolsa que receberá a Ponta com o Anel de vedação; Na extremidade do tubo, remover a proteção que envolve o anel de vedação e verificar sua integridade. Limpar a Ponta e Anel; Nota: A cor vermelha do anel é ilustrativa. O anel é fornecido na cor preta. Figura 29: Detalhe do anel de vedação instalado 35

2 o Passo: Lubrificação. Lubrificar o Anel e a Bolsa do Tubo com pasta lubrificante Kanalub em abundância; 3 o Passo: Alinhamento dos tubos. Figura 30: Aplicação da pasta lubrificante Alinhar os tubos vertical e horizontalmente; Aproximar a Ponta da Bolsa; Figura 31: Alinhamentos dos tubos 4 o Passo: Introdução da Ponta na Bolsa. A inserção da Ponta na Bolsa é feita através de encaixe rápido, empurrando manualmente uma barra em direção à outra; Pode ser utilizada uma alavanca e anteparo de madeira para facilitar esse deslocamento conforme demonstrado na figura 32. 36

Figura 32: Introdução da ponta na bolsa 4.2. Preparação da vala Na instalação de tubulações enterradas, as paredes da vala devem ser verticais e sua largura pode ser determinada pelo diâmetro do tubo KNTS SUPER a ser instalado, pela qualidade do solo local, materiais de preenchimento, níveis de cargas e de compactação. A altura de reaterro deverá ter no mínimo 0,60 metro, medido a partir da geratriz superior do tubo até a superfície da camada asfáltica ou linha rasante do terreno. Em situações onde existam tráfego de veículos com níveis muito elevados, esta poderá variar a partir de 1,20 metro. A vala deve ser suficientemente larga, para permitir a adequada colocação e compactação do material de preenchimento ao redor do tubo e/ou de acordo com as especificações do projeto. Em função destes parâmetros a largura da vala poderá ser determinada através da fórmula B = DN (mm) + 500 mm. O uso de retro escavadeiras ou valetadeiras são muito vantajosos, exceto quando rochas ou outras interferências impedirem o uso das mesmas. No início da escavação da vala é necessário afastar o entulho resultante da quebra do pavimento para longe da borda da mesma, para evitar o uso indevido no posterior envolvimento da tubulação. Durante a escavação, as terras escavadas isentas de pedras ou entulhos, devem ser colocadas fora dos limites da vala, a fim de se evitar eventuais desabamentos para o interior da mesma. O fundo da vala deve ser uniforme, isento de pedras ou outros objetos que possam vir a danificar os tubos a serem instalados e sempre obedecendo a declividade prevista no projeto. 37

Em locais onde o fundo da vala apresente pedras ou formações rochosas, cobrir o mesmo com uma camada de terra ou areia na espessura de 10 cm, formando um berço devidamente compactado e com inclinação uniforme. Para início dos trabalhos de acomodação dos tubos KNTS Super, certifique-se que estão abrigados do sol, evitando o possível amolecimento e consequente amassamento durante o manuseio e processo de reaterro. 4.3. Recomposição do pavimento Para execução do reaterro deve-se prever um material de bom suporte lateral (por exemplo: areia grossa), principalmente em se tratando de casos em que o terreno acima do tubo estiver sujeito ao tráfego de veículos. O recobrimento da tubulação deve ser feito em camadas e compactadas com 20 cm acima da geratriz superior do tubo, com material isento de pedras ou corpos cortantes e pontiagudos. O restante do recobrimento pode ser feito com terra do próprio local escavado, compactado em camadas de 20 cm de espessura. Caso este material não atingir o grau de compactação necessário, substituir o reaterro com outro de melhor qualidade. 4.4. Método de reparo dos tubos KNTS SUPER Tipos de danos: A) Danos leves - Amassamento de espiras e/ou desgaste na parede externa Reparo: não há necessidade de reparo, uma vez que não compromete a sua utilização. B) Danos médios ou pesados - Perfuração ou rompimento do tubo Reparo: quando de uma avaria maior com perfuração ou rompimento do tubo, cortar o trecho danificado e substituí-lo por outro de mesmo comprimento. Colocar duas conexões de emenda Bolsa Bolsa, encaixando as pontas dos tubos nas bolsas da conexão. 38

5. Manuseio e Transporte Durante o transporte e manuseio dos tubos, deve-se evitar que ocorram choques ou contatos com elementos que possam comprometer a integridade dos mesmos, tais como: objetos cortantes ou pontiagudos com arestas vivas, pedras, etc. O descarregamento deverá ser efetuado cuidadosamente, não devendo permitir que os tubos sejam lançados diretamente ao solo a fim de evitar amassamentos, rompimentos, perfurações dos mesmos ou concentração de cargas num único ponto (figuras 33, 34 e 35). Figura 33: Cuidados no transporte e descarregamento Para diâmetros de até 400mm o descarregamento poderá ser efetuado manualmente e para tubos de 500mm até 1200mm, com o auxílio de equipamentos usando-se cintas de nylon. 39

Figura 34: Manuseio Figura 35: Uso de cintas de Nylon O uso de qualquer outro material como correntes ou cabos de aço não são recomendáveis, pois estes podem danificar os tubos. 40

CAPACIDADE OCUPACIONAL POR CAMINHÃO Ø NOMINAL (mm) CARRETA TRUCK BAÚ TOCO Metragem Barras Metragem Barras Metragem Barras Metragem Barras 250 864 m 144 432 m 72 432 m 72 432 m 72 300 504 m 84 252 m 42 252 m 42 252 m 42 400 360 m 60 180 m 30 180 m 30 180 m 30 500 192 m 32 96 m 16 96 m 16 96 m 16 600 144 m 24 72 m 12 72 m 12 72 m 12 800 72 m 12 36 m 6 36 m 6 36 m 6 1000 48 m 8 24 m 4 24 m 4 24 m 4 1200 24 m 4 12 m 2 12 m 2 12 m 2 Tabela 29: Capacidade ocupacional por caminhão DIMENSÕES DOS CAMINHÕES Tipo Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) TOCO 6,0 2,4 2,8 TRUCK 8,0 2,4 2,8 BAÚ 10,0 2,4 2,8 CARRETA 12,0 2,4 2,8 Tabela 30: Dimensões dos caminhões 41

6. Armazenamento e Estocagem A estocagem/armazenamento dos tubos KNTS Super deve ser efetuada em locais de chão firme e plano, isentos de quaisquer elementos que possam danificar o material, tais como: superfícies rígidas com arestas vivas, objetos cortantes ou pontiagudos, pedras, entulhos, etc. Evitar golpes nas Pontas dos tubos para que não haja qualquer tipo de dano. Não arrastar os tubos. As Bolsas devem estar livres para fora da pilha de armazenagem. Figura 36: Acomodação em tábuas de madeira Não recomendamos estocar os tubos diretamente ao solo, para evitar deformações e os mesmos devem ser dispostos na forma horizontal, onde a primeira camada deverá ser colocada sobre tábuas de madeira contínua de 0,10 metro de largura, espaçadas a cada 0,20 metro no máximo, colocadas no sentido transversal (Figura 36). Devem ser colocadas estroncas verticais, espaçadas de metro em metro para apoio lateral das camadas de tubos ou usar calços largos de vigas de madeira. Não armazenar os tubos próximos de fontes de calor e evitar contatos com agentes químicos agressivos como solventes de uma forma geral. Estocar a uma altura máxima de 3,00 metros a fim de facilitar a colocação e a retirada dos tubos da última camada, não devendo ficar expostos a céu aberto por um período superior a 12 (doze) meses. Caso haja necessidade de se permanecer além do período acima estipulado, recomenda-se estocar os tubos e conexões em locais cobertos e ventilados ou cobrir com lonas para uma proteção mais eficaz evitando a incidência direta dos raios solares. 42