CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES EM ATIVIDADES DIRETAS E INDIRETAS DE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL



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Transcrição:

REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DA FAIT ISSN 1807-9989 Publicação semestral da Faculdade de Ciências Agrárias de Itapeva/SP Ano II, Número 03, janeiro de 2006 Periodicidade: semestral CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES EM ATIVIDADES DIRETAS E INDIRETAS DE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL OLIVEIRA JR. Ezer Dias de Prof.Dr. Docente na ACITA/FAIT - ezer@faef.br MORAIS FILHO. Abílio Donizetti de Engenheiro Florestal. M.s Recursos Florestais, ESALQ/USP - admorais@esalq.usp.br RESUMO Diante das preocupações das empresas e produtores florestais em reduzir os custos de produção e melhorar o desempenho dos equipamentos, determinou-se o consumo de combustíveis e lubrificantes em condições adversas de trabalho, (alta declividade, alto índice de pluviosidade, florestas de baixa produtividade e equipamentos de baixo nível tecnológico). Foram analisados os equipamentos utilizados na produção, tais como: tratores, caminhões, carregadores, descascadores e moto serras, bem como os veículos utilizados para apoio. Determinou-se que o consumo de combustíveis por metro cúbico de madeira produzido em toda atividade é de 0,20 litros de gasolina e 5,0 litros de diesel, já o consumo de lubrificante encontrado foi da ordem de 0,23 litros. Determinou-se também o consumo de combustível nas atividades indiretas, tais como transporte coletivo dos funcionários, serviços de apoio mecânico e veículos utilizados pelos encarregados e pela administração, sendo que estes valores são estimados de forma mensal, variando de acordo com o aumento da eficiência na produção, que pode variar de 0,73 e 0,92 para 0,44 e 0,55 litros de gasolina e diesel, respectivamente, com um aumento de produção de 3000 m 3 para 5000 m 3, utilizando a mesma estrutura. PALAVRAS-CHAVE: Colheita florestal, mecanização, consumo de combustível e consumo de lubrificantes. ABSTRACT Ahead of the concerns of the companies and forest producers in reducing the production costs and improving the performance of the equipment, determined the fuel consumption and lubricant in adverse conditions of work, (high declivity, high index of rainfall, forests of low productivity and technological low-level equipment). The equipment used in the production had been analyzed, such as: tractors, trucks, porters, peelers and motosseras, as well as the vehicles used for support. The joined lubricant consumption was determined that the fuel

consumption for produced wooden cubical meter in all activity is of 0.20 l of gasoline and 5.0 l of diesel, already lubricant was the order of 0.23 l. The fuel consumption was also determined in the indirect activities, such as collective transport of the employees, services of mechanical support and vehicles used for the people in charge and the administration, being that these values are esteem of monthly form, varying in accordance with the increase of the efficiency in the production, that can vary of 0.73 and 0.92 for 0.44 and 0.55 liters of gasoline and diesel, respectively, with an increase of 3,000 production of m 3 for 5,000 m 3, using the same structure. Keywords: harvesting, eucalyptus, oil lubricant and diesel consumption, forest mechanization 1. INTRODUÇÃO As atividades de colheita e transporte florestal demandam grande consumo de combustíveis, visto que são atividades pesadas e ocupam um intervalo de tempo significativo. Um dos principais motivos para a colheita e o transporte demandar um grande consumo de combustíveis é a utilização máquinas em quase todas as atividades. As atividades florestais mecanizadas são oneradas devido ao grande capital investido, mas conseguem atender a demanda do mercado com maior rapidez e eficiência. O objetivo deste trabalho foi de avaliar o consumo de combustíveis e lubrificantes utilizados na colheita e transporte de madeira para celulose e papel por pequenos produtores florestais e prestadores de serviços. Foram avaliados os consumos de todas as atividades que utilizam combustíveis e lubrificantes, desde o corte com motosserra até o transporte secundário da propriedade até o consumidor final. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL O presente trabalho foi realizado no município de Cubatão, Estado de São Paulo, 23 o 40 de latitude e 45 o 55 de longitude, em uma área com 647,5072 ha., reflorestadas com espécies de Eucalyptus spp. em terceira rotação.

O relevo da região é gravemente acidentado, localizado na Serra do Mar, áreas cujas cotas variam de 600 até 1168 metros de altitude, em geral a altitude média da fazenda está entre 850 e 900 metros, uma pluviosidade variando entre 3000 e 4000 mm anuais, sendo o local de maior pluviosidade do Brasil. 2.2. SISTEMA E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS O método utilizado na colheita florestal pela empresa consiste em um sistema semi mecanizado de toras curtas, utilizando moto serras, tratores agrícolas adaptados para a exploração florestal, tratores de berço, tratores com guincho de arraste, carregadores florestais, caminhões com três eixos e cavalo mecânico acoplados de semi reboque de três eixos. As etapas diretas de trabalho que envolve o consumo de combustíveis consistem em corte, arraste, transporte primário, descarga dos tratores, descascamento, carga dos caminhões e transporte. As indiretas envolvem o transporte coletivo de funcionários, apoio mecânico, manutenção das estradas e carreadores, veículo do encarregado de campo e veículo da administração. Foram analisados doze (12) motosserras, marca Husqvarna, modelo 257, seis (6) tratores de berço, sendo quatro (4) Valmet / Valtra, modelo 985, 4x4, dois (2) Valmet modelo 118-4, três (3) descascadores, marca Equipus, com trator, Valmet 118-4 e carregador florestal Motocana, três (3) carregadores florestais Munckjones, modelo 6166 com trator Valmet 880, dois (2) caminhões de três eixos, marca Mercedez-Benz, modelo 1620 e dois (2) cavalo mecânico, marca Volvo, modelo NL 12, 360, com carreta de três eixos, marca Randon. 2.3 COLETA DE DADOS Para a coleta de dados foram abastecidos todos os equipamentos e em seguida realizado um ciclo de trabalho e no final do dia abastecido novamente em mesmo local e posição. Foram mensurados o consumo e a produção, durante cinco dias de serviços consecutivos. Para os lubrificantes foram utilizadas as especificações dos fabricantes em relação aos intervalos de trocas.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi determinado o consumo médio de combustível em todas as atividades mencionadas. Os resultados estão demonstrados na Tabela 1, expressos em litros de combustível por m 3 de madeira produzido. Tabela 1. Consumo de combustíveis nas atividades diretas. ATIVIDADE Gasolina (l.m -3 ) Diesel (l.m -3 ) Corte 0,2035 Arraste 0,1994 Carga e Descarga 0,8222 Transporte primário 0,5967 Descascamento 0,6089 Transporte rodoviário 1,9890 TOTAL 0,2035 5,0271 O consumo de combustível mensurado nas atividades direta foi 0,2035 e 5,0271 l de gasolina e diesel, respectivamente, para cada metro cúbico. Para o cálculo do consumo de combustível na atividade de transporte foi considerado um trajeto de 50 quilômetros entre o local de produção e o centro consumidor. O consumo de combustível nas atividades indireta foi determinado com base na produção mensal demonstrados na tabela 2 e 3. Tabela 2. Consumo de combustíveis em atividades indiretas. ATIVIDADE Gasolina (l) Diesel (l) Transporte de funcionários 991,00 Manutenção de estradas 840,00 Serviço de apoio 1458,33 TOTAL 1458,33 1831,00 O consumo mensal de combustíveis nas atividades de apoio foi de 1458,33 l de gasolina e de 1831,00 l de diesel. Tabela 3. Estimativa de consumo de combustíveis (l.m -3 ). PRODUÇÃO (m 3 ) Gasolina (l.m -3 ) Diesel (l.m -3 ) 2500 0,87495 1,0986 3000 0,72915 0,91545

3500 0,62505 0,78465 4000 0,5469 0,6867 4500 0,48615 0,61035 5000 0,43755 0,5493 Tabela 4. Consumo de lubrificantes em atividades diretas (litros) ESPECICICAÇÃO CORTE ARRASTE CARGA T. PRIM. DESC. RODOV. TOTAL API TC 0,0105 0 0 0 0 0 0,0105 SAE 30 HD 0,0795 0 0 0 0 0 0,0795 SAE 20W40 0 0,00285 0,0051 0,0072 0,0042 0,01245 0,0318 SAE 140 API GL5 0 0,0003 0 0,0006 0,0009 0 0,0018 SAE 90 API GL5 0 0,003 0 0,00225 0,00255 0,00255 0,01035 SAE 80 TDH 0 0 0,0070 0,0069 0,00135 0 0,0153 ISO VG 68 0 0 0,0127 0,00075 0,0075 0 0,021 ATS 0 0 0 0 0 0,00045 0,00045 SAE 90W 140 API GL5 0 0 0 0 0 0 0 NL GI N.2 0 0,00375 0,0213 0,00705 0,01935 0,0075 0,05895 TOTAL 0,09 0,0099 0,0462 0,02475 0,03585 0,02295 0,22965 O lubrificante mais utilizado é o NL GI N.2, graxa utilizado em todos os equipamentos seguido do SAE 30 HD empregado em corrente das motosserras. Estes valores foram calculados em condições extremas de dificuldades de colheita com equipamentos simples, comum para pequenos produtores e empresas prestadoras de serviços e uma distância de 50 quilômetros do centro consumidor. 4. CONCLUSÃO Considerando-se as condições semelhantes de trabalho, cada metro cúbico de madeira produzida consome em média 0,2035 l de gasolina, 5,0276 l de diesel e 0,2616 l de lubrificantes na atividade direta. O consumo de combustíveis e lubrificantes em florestas plantadas varia de acordo com as condições de relevo, clima, vias de acesso, produtividade das florestas e fatores que interagem diretamente nos trabalhos.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HAHN, R.H. ASAE Standarts 1999. Michigan. ASAE. 1017 p. 1999 MACHADO, C. C. Colheita Florestal. Viçosa. Editora da UFV. 468 p. 2002. SEIXAS, F. Mecanização e exploração florestal. Piracicaba. ESALQ. 186p.1988.