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Transcrição:

sescb r A S I L J O R N A L I N T E R N O M E N S A L D O S E R V I Ç O S O C I A L D O C O M É R C I O O U T U b r o 2 0 0 8 - A n o 5 - n º 6 2 - D I S T R I B U I Ç Ã O N A C I O N A L - I S S N 1 9 8 3-7 6 2 3 6 anos de Sintonia no ar 875 emissoras transmitem o programa Págs 4 e 5 acontece SEMINÁRIO DISCUTE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL leitor premiado PLANOS PARA O RÉVEILLON eu-repórter A ESTÉTICA DA INTERATIVIDADE POR EDMÍLSON VIEIRA SESC BRASIL OUTUbrO 2008 1

PONTO DE VISTA acontece Rede de solidariedade Precisamos de muito pouca coisa. Só uns dos outros A conceituação de solidariedade costuma ocupar muitas páginas. Mas, o publicitário Carlito Maia conseguiu resumi-la, na frase acima. Para muitos, a ação solidária é entendida como a ajuda eventual a alguém que dela necessita. Para nós do SESC, a verdadeira ação solidária é a que permite ao ser humano superar suas próprias limitações, pavimentando o caminho para seu desenvolvimento integral. Nossa ação social transformadora será sempre um trabalho eminentemente educativo,...voltado para o desenvolvimento integral dos indivíduos, mediante a melhoria da compreensão do meio em que vivem, maior percepção de si mesmos, elevação sócio-cultural das suas condições de vida e desenvolvimento de valores próprios de uma sociedade em mudança e que o façam partícipe ativo desse processo, conforme definido em nossas Diretrizes Gerais. Nossa matéria de capa (páginas 4 e 5) conta um pouco dos resultados de um trabalho com estas características que ultrapassa os limites físicos de nossas unidades e mesmo as nossas fronteiras: o Sintonia SESC SENAC. Em todas as atividades oferecidas pelo SESC aos seus diversos públicos, o aprendizado é permanente. As pessoas aprendem a cuidar da própria saúde, a descobrir preferências culturais, a crescer individualmente através do lazer, a percorrer novos caminhos do conhecimento. Aprendem a aprender. E o que se aprende, se repassa criando uma rede nacional. Na matéria sobre o Sintonia, Jessé Oliveira, após inusitados diálogos com os ouvintes, qualifica essa rede: Além de levar exemplos de cidadania às pessoas, através dos programas, formamos uma rede de solidariedade. Através dos programas e do nosso dia-a-dia, Jessé! n Ciência e Tecnologia (DF) Estudantes do módulo Educação e Cultura de Taguatinga Norte (EDUSESC) vão participar com trabalhos da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece de 20 a 26 de outubro, na Esplanada dos Ministérios. O evento, promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, é gratuito e tem como temas a Evolução e a Diversidade. Durante a semana serão ministradas oficinas de montagem de instrumentos musicais com materiais reciclados, produção de sabão artesanal com o reaproveitamento de óleo usado e construção de aquecedor solar desenvolvido com materiais recicláveis. n Atleta SESC em Pequim (RN) Maron Emile Abi-Abib Diretor Geral n ATENÇÃO: substitua a folha do sumário, encartada nessa edição, em sua enciclopédia. EXPEDIENTE Antonio Oliveira Santos Presidente do Conselho Nacional Maron Emile Abi-Abib Diretor-Geral Coordenação editorial SESC-DN/Assessoria de Divulgação e Promoção Jornal SESC Brasil é editado e produzido pela AG Rio Fotos - Banco de Imagem SESC Nacional Jornalista responsável - Arlete Gadelha (MTb 13.875/RJ) Impressão: Gráfica Minister Tiragem: 18 mil exemplares A halterofilista Maria Luzineide Santos de Oliveira (à direita na foto), Auxiliar Administrativo do SESC/ RN, chegou a sentir o cheirinho de medalha em Pequim. A atleta levantou 82,5 kg, na categoria até 44 kg e ficou em 5º nas Paraolimpíadas. 2 SESC BRASIL OUTUbrO 2008

CURTAS n Mesa Brasil realiza seminário nacional (DN) Insegurança alimentar no contexto brasileiro, a expansão da oferta e a melhoria na distribuição de alimentos serão alguns dos temas apresentados no Seminário Nacional Mesa Brasil SESC - Segurança Alimentar e Nutricional: Desafios e Estratégias, no auditório da Confederação Nacional do Comércio (CNC), em Brasília, nos dias 8 e 9 de outubro. A primeira edição do evento, que será bienal, é uma realização do Programa Mesa Brasil SESC, com apoio do Instituto de Estudos do Trabalho e da Sociedade (IETS). Para nutricionistas, assistentes sociais e coordenadores do programa, que atende a 300 municípios no país, assim como para estudiosos do assunto, a participação no seminário representa uma oportunidade de atualização e intercâmbio de conhecimentos com os pesquisadores presentes, afirma Cláudia Roseno, Coordenadora Nacional do programa. O Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, o Presidente do Conselho Nacional do SESC, Antonio Oliveira Santos, e o Diretor-Geral do Departamento Nacional do SESC, Maron Emile Abi-Abib, abrem o evento. O seminário recebe especialistas como Pedro Olinto, economista sênior do Banco Mundial e assessor do governo brasileiro na avaliação do programa Bolsa Família, Ricardo Paes de Barros, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Renato Maluf, Presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e Frei Beto. n Dez anos de Mostra Cariri (CE) A Mostra Cariri, que acontece de 8 a 15 de novembro, completa dez anos este ano. A mostra foi incorporada ao calendário cultural regional e oferece programações itinerantes em várias cidades da Região do Cariri, principalmente Crato e Juazeiro do Norte. Haverá apresentações de Artes Cênicas, Música, Literatura, Artes Plásticas e Audiovisuais, além de momentos de reflexão sobre os caminhos da arte e da cultura no Cariri e em todo o país. Encontro do Sistema CNC/SESC/Senac (DN) O II Encontro das Assessorias junto ao Poder Legislativo do Sistema Confederação Nacional do Comércio CNC reuniu nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, em Brasília, representantes e técnicos das 34 Federações do Comércio, além de assessores e consultores do SESC e do Senac. Nivelar os conhecimentos sobre a cultura legislativa e promover um relacionamento duradouro e ético entre as instituições do Sistema Comércio e as Casas Legislativas nos âmbitos Federal, Estadual ou Distrital foram alguns dos objetivos do evento. n Competição Mirim (MG) A final do concurso Talento Mirim, promovido pelo SESC Tupinambás para revelar artistas infanto-juvenis, com idades de 9 a 15 anos, nas categorias vocalista e solo, acontece no dia 12 de outubro. A comissão julgadora observará, como critérios de escolha, a afinação, ritmo e interpretação de cada artista. Os vencedores vão receber troféus e prêmios de R$1.000,00, R$700,00 e R$500,00 para os três primeiros colocados. n 1ª Copa SESC (AM) Vôlei de praia, voleibol, futebol society, futsal e natação são algumas das modalidades da 1ª Copa SESC, da qual participam comerciários e a comunidade. O evento esportivo será realizado de 19 de setembro a 9 de outubro. As competições acontecem à noite e nos fins de semana para facilitar a presença. n SESC LER é referência (DN) A experiência do projeto SESC LER é descrita no livro Alfabetização de Jovens e Adultos no Brasil: lições da prática, lançado pela Unesco durante o 10º Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos (Eneja), realizado no final de agosto em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. A publicação aborda a diversidade de programas de alfabetização de jovens e adultos que órgãos governamentais e organizações sociais empreenderam na última década, alguns dos quais com aspectos inovadores. n Diálogo Sonoro (BA) O Teatro SESC-Senac Pelourinho foi palco para concertos de música erudita, clássica e popular no mês de setembro. O evento, realizado pelo SESC Bahia em parceria com a Escola de Música da UFBA, apresentou orquestra de frevos, quartetos com repertório entre o erudito e o popular, artistas contemporâneos e coral de música sacra e barroca. A orquestra da Universidade Federal da Bahia, regida pelo maestro Horst Schwebel, encerrou o evento no dia 25 de setembro. SESC BRASIL OUTUbrO 2008 3

MATÉRIA DE CAPA Sintonia SESC SENAC: a freqüência da rádio cidadã A rede Sintonia SESC SENAC está no ar desde 11 de agosto de 2002, levando educação e cidadania através das ondas do rádio. Todo mês, 875 emissoras de rádios comerciais FM e AM, educativas, comunitárias e religiosas levam informação de qualidade a pessoas que escutam o programa em casa, no carro ou mesmo na rua. O Sintonia SESC SENAC chega a milhões de brasileiros em 25 estados. O rádio foi o meio de comunicação escolhido por ser um veículo popular e alcançar moradores nos interiores do Brasil, que têm pouco ou nenhum acesso a outros veículos, seja por motivos geográficos, econômicos e culturais. Ilustração: Vinicius Borges O Sintonia O programa é produzido por uma equipe multidisciplinar dos Departamentos Nacionais do SESC e Senac, em áreas específicas como saúde, meio ambiente, literatura, música, nutrição, terceira idade, turismo, educação infantil, de jovens, adultos e educação profissional. Na parte técnica, jornalistas, produtores, sonoplastas, roteiristas, locutores e radioatores trabalham afinados para produzir os programas que depois são gravados em CDs e distribuídos mensalmente pelo correio para às rádios cadastradas. Cada CD tem sete miniprogramas. O papel dos correspondentes Para Adriana Vieira, Assessora Técnica da Assessoria de Divulgação e Promoção do Departamento Nacional e responsável pelo projeto no SESC, os correspondentes e os radialistas, mais do que comunicadores, são agentes de transformação social. Eles rodam milhares de quilômetros para apresentar o programa aos radialistas e diretores das rádios em locais de difícil acesso e carentes de informação de qualidade, afirma Adriana. Segundo Ivson Vivas Magalhães, Correspondente na Bahia, estado que tem 288 emissoras cadastradas, as rádios comunitárias são importantes veículos para a capacitação, educação e formação de uma sociedade mais justa e igualitária. Ele conta que a Rádio Caramuru, localizada na reserva Aldeia Caramuru Catarina Paraguaçu, no município de Pau Brasil, transmite informação e entretenimento para mais de mil índios pataxós hã-hã-hãe. O radialista Robério Oliveira que veicula o Sintonia no horário do Programa Agitos da Tarde, disse que o programa Família Ramos é o mais comentado entre os aldeões, principalmente na Escola da Reserva, afirma Ivson. Jorge Nunes Gomes, Correspondente no Espírito Santo, fala da repercussão do Som da Terra: O programa com a entrevista do compositor local Paulo Canteiro,, veiculado na Rádio Sociedade Alfredense de Radiodifusão, do município de Alfredo Chaves, a 85 km de Vitória/ ES, recebeu várias ligações de ouvintes que se identificaram com o músico. Thiago Bazzi, Correspondente no Pantanal, encontrou resistência das emissoras para colocar o Programa Sintonia na freqüência das rádios. Total de emissoras UF AC 012 AL 009 AM 007 AP 012 BA 288 CE 043 DF 010 ES 013 GO 007 MA 011 MG 008 MS 005 MT 029 PA 013 PB 015 PE 131 PI 052 PR 069 RJ 021 RN 016 RO 001 RR 004 RS 012 SC 037 SE 009 SP 038 TO 003 BO 01* TOTAL 875 * Rádio Oásis, na divisa com o município acreano Plácido de Castro. Walney de Souza, radialista da Rádio Beri Poconé, foi o Emissoras primeiro a ouvir os CDs. Atualmente as duas rádios mais importantes de Poconé veiculam o Sintonia, conclui Thiago. O radialista Walney de Souza conta que a população se identificou especialmente com o programa Família Ramos, a ponto de abordar os assuntos da Famíla Ramos, para o grupo de debates da comunidade, o Amigos da Escola. As discussãoes no grupo mobilizaram a comunidade e favoreceram o nascimento do projeto social Educomunicação, em que eu e outros voluntário ensinamos noções de redação, pronúncia e artes plásticas para escolas da região. Hoje, alunos e professores participantes do projeto produzem e apresentam um programa de rádio local, o Educomunicação, seguindo a idéia do Sintonia, afirma Walney. Luciane Zorzim, Correspondente em Brasília, conta que a parceria realizada com a Rádio Câmara dos Deputados rendeu frutos. A rádio colocou o programa no ar e autorizou a difusão gratuita do conteúdo do Sintonia para cerca de mil emissoras cadastradas no site www2.. camara.gov.br/radio., conta Luciane. Educação sem fronteiras O Sintonia atua também em conjunto com o SESC LER. Os CDs do programa são utilizados nos 64 Centros Educacionais, como uma ferramenta de discussão e desenvolvimento dos assuntos. O resultado é a ampliação do alcance do Sintonia para 14 mil alunos que estudam hoje nos Centros. Rosilene Almeida, Assessora Técni- 4 SESC BRASIL OUTUbrO 2008

Da esq. para a dir.: Rádio Beri Poconé, no Pantanal/MT, Rádio Caramuru, na reserva indígena Caramuru/BA e Rádio Oásis, em Porto Ivo Morales, Bolívia Da esq. para a dir.: Rádio Moriá FM/CE, Rádio Claranã, em Araripe/PE e Rádio do Porto/MT ca da gerência de Educação do DN e uma das responsáveis pelo SESC LER, explica como funciona a aplicação do Sintonia. O uso dos programas de rádio, de linguagem familiar aos alunos jovens e adultos, tornam as aulas mais interessantes. A diversidade dos temas abordados ajuda a aprofundar os estudos em sala de aula, enquanto a contextualização das temáticas estimula diversas reflexões, enfatiza ela. Rosilene conta que o Sintonia e o SESC LER já estão presentes fora das fronteiras do Brasil. O radialista Elívio Bernardo, aluno do SESC LER do município acreano de Plácido de Castro, coloca o Sintonia na programação da Rádio Oásis, em Porto Ivo Morales, na Bolívia, relata a técnica. Valéria Mendonça., Assessora Técnica do Departamento Nacional do Senac, lembra da parceria firmada entre o Sintonia e a Sociedade Brasileira de Urologia, com viés educativo, com a divulgação da Campanha Homem se cuida. No microfone, os ouvintes Jessé Oliveira, produtor do Programa Sintonia, atende ao 0800256272, um canal aberto para os ouvintes deixarem a sua opinião sobre os quadros apresentados. Conversar com os ouvintes nos faz perceber a diversidade de necessidade em todos os cantos do país. É impossível escu- Daniela Monteiro, Correspondente em Pernambuco, cadastra novas emissoras na Plenária Estadual de Rádios Comunitárias tar os relatos, sem tentar ajudar de alguma forma. Acabamos realizando um trabalho social completo. Além de levar exemplos de cidadania às pessoas, através dos programas, formamos uma rede de solidariedade, afirma o produtor. Ladejane Batista, portadora de deficiência visual de Recife/PE, gostava tanto do programa que reuniu amigos com a mesma deficiência para escutar o Sintonia. Resolvemos incentivar a atitude dela enviando CDs para ela ouvir com o grupo, relata Jessé. Rosinete Conceição, de Pedra do Fogo/ PB, contou a Jessé que descobriu o problema auditivo do filho ao realizar um teste sugerido no Programa. Cartilha do radialista Maria Clara Lanari Bó, Coordenadora do Sintonia pelo Senac, ressalta que, além do programa, a produção de uma cartilha auxilia na orientação dos radialistas. Além das técnicas radiofônicas, a cartilha fornece dicas de como aproveitar melhor o conteúdo do programa dentro do contexto regional. O desenvolvimento da cartilha teve como um de seus objetivos aproximar radialistas e ouvintes e tornar a programação mais atraente, diz Maria Clara. Uma grande rede Adriana Vieira enfatiza que o programa aproveita as características da linguagem do rádio para educar de forma atrativa e contribuir para o desenvolvimento da cidadania. A informação é um direito de todos. Através do Sintonia conseguimos ser agentes do desenvolvimento social e promover a cultura regional e nacional. Cada membro da equipe multidisciplinar, os correspondentes, os radialistas, os ouvintes, todos fazemos parte de uma grande rede, conclui Adriana. Conheça os programas do Sintonia De Bem com a Vida apresentação de entrevistas com especialistas, relacionadas à qualidade de vida. Família Ramos uma rádionovela que apresenta histórias de uma família que vive na periferia. Os quatro personagens principais Augusto (o pai), Célia (a mãe), Letícia (a filha) e Rafael (o filho) discutem os direitos do cidadão, saúde e comportamento. Fique por Dentro radiojornalismo de serviço, fornece dicas de utilidade imediata para o dia-a-dia do ouvinte e apresenta o Minuto Poético. Paixão do Ofício debate sobre mercado de trabalho a partir de depoimentos de profissionais. Papo de Livro entrevistas com escritores, editores e especialistas sobre a literatura brasileira. Sabores do Brasil a culinária brasileira e sua influência na cultura nacional são abordadas nesse quadro. Som da Terra uma viagem sonora com talentos nacionais e a divulgação de ritmos e instrumentos. Sintonia Geral as matérias tratam de assuntos de interesse geral. SESC BRASIL OUTUbrO 2008 5

LEITOR PREMIADO A dois passos do Réveillon de Copacabana A três meses do Réveillon, é hora de começar a fazer planos e promessas. Queremos viajar mais, voltar a estudar, emagrecer, parar de fumar, ser uma pessoa melhor, passar mais tempo com a família et cetera. A coluna Leitor Premiado vai realizar um desses sonhos: levará o sorteado da enquete e acompanhante para passar o final de ano no Rio de Janeiro, em Copacabana, bairro que recebeu mais de um milhão e meio de pessoas na passagem de 2007, segundo a Riotur. O leitor sorteado ficará hospedado no Hotel SESC Copacabana, localizado no posto 4, coração da princesinha do mar, como é conhecido o bairro. Dá para ir a pé até a praia, onde acontece a queima de fogos de artifício mais colorida e famosa do mundo. Os shows em palcos espalhados pela orla de Copacabana ao Leblon, a alegria do povo que confraterniza pacificamente, o sincretismo religioso e as ceias servidas em restaurantes na orla são outras atrações da noite. Responda à enquete e cruze os dedos. Se a sorte conspirar a seu favor, depois é só separar as roupas brancas, as flores para oferecer a Iemanjá e o champagne para estourar à meia noite! RELATO DE VIAGEM Gabriel Agapito Katcipis, Técnico de Esportes do SESC Florianópolis, contou ao JSB como foi a viagem ao SESC Guaxuma. A recepção de um povo alegre, simples e prestativo aliado à beleza do litoral do Nordeste, nos transporta, vez por outra, ao tempo inesquecível passado em Maceió. Agradeço o investimento do SESC que, ao proporcionar viagens aos seus servidores, se coloca entre as modernas e bem-sucedidas empresas em gestão de Recursos Humanos. Ganhei qualidade de vida e tenho a certeza de que sou valorizado profissionalmente, finaliza Gabriel. VENCEDOR DA ENQUETE Urdelina Clarice Vechi, Coordenadora de Educação do SESC Santa Catarina, foi premiada na enquete Você separa o lixo doméstico para reciclar?. Como prêmio ela vai viajar para Triunfo, em Pernambuco. Os resultados: 329 reciclam o lixo contra 59 que não reciclam. CONCORRA AO SORTEIO DE UMA VIAGEM PARA O RIO DE JANEIRO A viagem para passar o Réveillon no RJ, com direito a acompanhante, inclui viagem aérea e traslado. Para participar, basta responder a enquete e enviar o cupom para Promoção Leitor Premiado Av. Ayrton Senna, 5.555, bl. L, sl. 301, Jacarepaguá, RJ, CEP.: 22.775-004. Se preferir, pode enviar para o fax (21) 2136-5470 ou e-mail jornal@sesc.com.br. O sorteiro será no dia 10 de novembro. Só serão considerados os cupons que chegarem até às 16h. Não é permitido participar mais de uma vez na mesma enquete! A participação é exclusiva para servidores do SESC. Qual a sua principal fonte de informação? ( ) Rádio ( ) Televisão ( ) Internet ( ) Jornal Nome:...... Estado:... Setor:... Cargo/função:... Endereço residencial:...... Telefone:... E-mail:... 6 SESC BRASIL OUTUbrO 2008

NOSSA GenTE Fui criança no SESC A história de três servidores que passaram a infância na entidade Cata-vento João Paulo Sampaio passou cinco anos seguidos no Brincando nas Férias do Centro de Atividade Araxá, do DR/AP. Participei da colônia dos 9 aos 14 anos. Parei de ir porque existe limite de idade. Nessa época, o ônibus do SESC passava na minha rua de manhã e recolhia a turma do bairro. A gente ia cantando, brincando, fazendo a maior bagunça. Eu adorava fazer pipas e cata-ventos, recorda-se João Paulo, que aos 18 anos, fez estágio no Setor de Tesouraria, prestou serviços como agente administrativo até participar de processo seletivo e ser contratado como agente administrativo do Setor de Odontologia, no SESC Amapá. Viagem com a primeira namorada O menino Marcelo Aragão, hoje designer da Assessoria de Marketing e Comunicação do DR/CE, morava em Sobral, a uma quadra do SESC Centro. Fui atrás dos vizinhos para ver o que eles iam fazer no SESC. Descobri as mesas de pingue-pongue, sinuca e xadrez, onde eu e meus amigos passávamos boa parte do dia brincando, comenta Marcelo. Meu contato com o SESC ficaria mais forte nos anos seguintes. Aos 16 anos, viajei com a minha primeira namorada hoje minha mulher e sua família para o SESC Iparana, próxima à praia de Icaraí. Mais tarde troquei a faculdade de Administração por Publicidade e Propaganda e mudei de Sobral para Fortaleza, onde comecei a trabalhar como designer da Assessoria de Marketing e Comunicação do SESC, conta ele que hoje ajuda a instituiição a construir os projetos que vão tocar as vidas de outras pessoas no futuro. Colônia de Férias em família Desde os cinco anos acompanho meu pai nas atividades, festas e inaugurações no DR/BA, afirma Márcia Motta Salles, filha de Deraldo Motta, Presidente do Conselho Regional do SESC Bahia de 1956 a 1987. Aos sete anos, assisti à inauguração da quadra poliesportiva do Departamento Regional. Passei várias férias em família na Colônia de Férias Piatã. Lá participávamos de gincanas, sessões de cinema e jogos. Era uma programação extensa. Na verdade, eu cresci no SESC, recorda-se Márcia. Há 12 anos Márcia faz parte efetivamente da Família SESC. Antes de ser Gerente do SESC Conquista, atuei dois anos como Técnica Social. Como aprendi desde cedo a valorizar a entidade, fiz questão de transmitir a experiência vivida para meus filhos e netos. Nas férias, a família inteira viaja para curtir a Colônia de Férias Deraldo Motta, afirma ela. SESC BRASIL OUTUbrO 2008 7

EU- REPÓRTER A matéria, escrita pelo Orientador de atividades artísticas do SESC PE, Edmilson Vieira, marca o início da coluna Eu-repórter - e a interatividade do JSB com os servidores de todos os DRs. Enviem suas sugestões de reportagens e fotos para jornal@sesc.com.br. Aguardamos a sua história! A estética da interatividade Ainda lembro dos aplausos assim que o trem passou na obra Passeio-o, de Gisela Motta e Leandro Lima. O problema é que o veículo estava demorando e as pessoas resolveram sentar no chão e esperar por longos vinte minutos. Esse transporte foi desativado em Guaranhuns há tempos, e vamos respeitar que muitos ali nunca tiveram oportunidade de andar de trem. A sonoridade dos apitos é ouvida de longe, o volume vai aumentando e aí, quando o trem passa, cresce a interatividade. Se alguém reclama porque a locomotiva não pára, você não consegue escutar. O som é verdadeiramente de uma maria Fumaça. O barulho é perfeito. As caixas são potentes. Todos aplaudiram como se fosse uma celebração à vida. Valeu a espera! Na abertura da exposição no SESC Guaranhuns, no dia 30 de maio, projetamos fotos tiradas por estudantes na fachada da galeria de arte. As luzes do poste foram apagadas às 20h para aumentar o efeito das projeções. Na calçada da mesma galeria foi montada uma parede falsa de madeira, com a altura de um poste de cerca de 6 metros, que cobre toda a fachada. Na base, alguns orifícios em formato de óculos, na altura de crianças e adultos, permitem espiar - da calçada - os quatro trabalhos em estereoscopia, de André Parente. A movimentação gera curiosidade nos pedestres e atrai mais gente pra dentro da galeria. As outras videoinstalações também anunciam situações que mexem com o público. Agora só importa observar a receptividade de Garanhuns à exposição. Esta cidade funciona parecendo a Boca Maldita de Curitiba. Se convencer por aqui, então, pode saber que vai dar certo nos outros lugares. Resta esperar a garotada que vem de todo o estado de Pernambuco, do Brasil e do exterior para visitar o Festival de Inverno de Garanhuns. Confira: a mostra Espectador em Trânsito será exibida ainda este ano no SESC Arsenal, em Cuiabá, e o SESC Petrolina. Bastidores: A montagem da exposição exige estudo, concentração e cálculo do domínio da luz e do ambiente. Tentar atingir o foco perfeito, não no projetor, mas na intenção da proposta dos artistas, e a harmonia entre esses elementos não foi simples. Minha pesquisa para o trabalho começou em março, quando passei uma semana no DN, Rio de janeiro, para estudar a montagem e conhecer os artistas. Mas para que esse projeto acontecesse, fizemos mais. Um mês antes da exposição selecionamos alunos com máquina digital em várias escolas públicas. A cada visita realizada às escolas dos participantes escolhidos fazíamos um debate para que eles identificassem um tema, até conseguir ampliar a visão. Claro que gostam das primeiras fotografias e aí complica porque acreditam que elas estão de acordo com a proposta. Depois dessa fase de cair a ficha, ninguém mais conseguiu segurá-los. O fato é que surgiram artistas contemporâneos! Ora tinha uma dose humor, ora de documentário nas imagens captadas. Parece que agora esses estudantes pertencem ao clube dos amantes da fotografia, influenciando outros colegas que eram meros espectadores em trânsito na calçada do SESC. Acredito que a semente foi lançada. 8 SESC BRASIL OUTUbrO 2008