Página: 1 de 5 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD ANEXO III DO PARECER ÚNICO 1. IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO Tipo de Requerimento de Intervenção Ambiental Núm. do Processo Data Formalização Unidade do SISEMA responsável pelo processo Intervenção Ambiental SEM AAF 13010009609/12 14/12/2012 13:09:59 NUCLEO ARCOS 2. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA INTERVENÇÃO AMBIENTAL 2.1 Nome: 00290613-9 / JOSÉ VIDAL DE CASTRO 2.2 CPF/CNPJ: 143.080.536-68 2.3 Endereço: AVENIDA GETULIO VARGAS, 1023 2.4 Bairro: CENTRO 2.5 Município: LAGOA DA PRATA 2.6 UF: MG 2.7 CEP: 35.590-000 2.8 Telefone(s): 2.9 E-mail: 3.1 Nome: 00290613-9 / JOSÉ VIDAL DE CASTRO 3.3 Endereço: AVENIDA GETULIO VARGAS, 1023 3. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL 3.5 Município: LAGOA DA PRATA 3.6 UF: MG 3.7 CEP: 35.590-000 3.8 Telefone(s): 3.9 E-mail: 3.2 CPF/CNPJ: 4. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL 3.4 Bairro: CENTRO 4.1 Denominação: Fazenda Capinal 4.2 Área Total (ha): 39,1181 4.3 Município/Distrito: LAGOA DA PRATA/Lagoa da Prata 4.4 INCRA (CCIR): 4241290034339 4.5 Matrícula no Cartório Registro de Imóveis: 4.6 Coordenada Plana (UTM) 5.1 Bacia hidrográfica: rio São Francisco 33890 Livro: 2-RG Folha: 1 Comarca: LAGOA DA PRATA X(6): 447.030 Datum: SAD-69 Y(7): 7.795.296 Fuso: 23K 5. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DO IMÓVEL 143.080.536-68 5.2 Conforme o ZEE-MG, o imóvel está ( ) não está (X) inserido em área prioritária para conservação. (especificado no campo 11) 5.3 Conforme Listas Oficiais, no imóvel foi observada a ocorrência de espécies da fauna: raras ( ), endêmicas ( ), ameaçadas de extinção ( ); da flora: raras ( ), endêmicas ( ), ameaçadas de extinção ( ) (especificado no campo 11). 5.4 O imóvel se localiza ( ) não se localiza (X) em zona de amortecimento ou área de entorno de Unidade de Conservação. (especificado no campo 11). 5.5 Conforme o Mapeamento e Inventário da Flora Nativa do Estado, 11,36% do município onde está inserido o imóvel apresenta-se recoberto por vegetação nativa. 5.6 Conforme o ZEE-MG, qual o grau de vulnerabilidade natural para o empreendimento proposto? (especificado no campo 11) 5.7 Bioma/ Transição entre biomas onde está inserido o imóvel Área (ha) Cerrado 39,1181 Total 39,1181 5.8 Uso do solo do imóvel Área (ha) Pecuária 0,6100 Nativa - sem exploração econômica 38,5081 Total 39,1181
Página: 2 de 5 5.9 Regularização da Reserva Legal RL 5.9.2 Reserva Legal no imóvel matriz Coordenada Plana (UTM) X(6) Y(7) Datum Fuso Fisionomia Área (ha) 448528 7793674 SIRGAS 2000 / W 23K Cerrado 7,8236 Total 7,8236 5.10 Área de Preservação Permanente (APP) Área (ha) 5.10.1 APP com cobertura vegetal nativa 5.10.3 Tipo de uso antrópico consolidado Agrosilvipastoril 6. INTERVENÇÃO AMBIENTAL REQUERIDA E PASSÍVEL DE APROVAÇÃO Tipo de Intevenção REQUERIDA Quantidade Unidade Outro: 17,5418 Supressão da cobertura vegetal nativa COM destoca 9,9000 ha Tipo de Intevenção PASSÍVEL DE APROVAÇÃO Quantidade Unidade Supressão da cobertura vegetal nativa COM destoca 9,9000 ha 7. COBERTURA VEGETAL NATIVA DA ÁREA PASSÍVEL DE APROVAÇÃO 7.1 Bioma/Transição entre biomas Área (ha) Cerrado 9,9000 7.2 Fisionomia/Transição entre fisionomias Área (ha) Cerrado 9,9000 8. COORDENADA PLANA DA ÁREA PASSÍVEL DE APROVAÇÃO Coordenada Plana (UTM) 8.1 Tipo de Intervenção Datum Fuso X(6) Y(7) Supressão da cobertura vegetal nativa COM destoc SIRGAS 2000 23K 448.005 7.794.216 9. PLANO DE UTILIZAÇÃO PRETENDIDA 9.1 Uso proposto Especificação Área (ha) Pecuária 9,9000 10. DO PRODUTO OU SUBPRODUTO FLORESTAL/VEGETAL PASSÍVEL DE APROVAÇÃO Total 9,9000 10.1 Produto/Subproduto Especificação Qtde Unidade LENHA FLORESTA NATIVA 494,00 M3 10.2 Especificações da Carvoaria, quando for o caso (dados fornecidos pelo responsável pela intervenção) 10.2.1 Número de fornos da Carvoaria: 10.2.2 Diâmetro(m): 10.2.3 Altura(m): 10.2.4 Ciclo de produção do forno ( tempo gasto para encher + carbonizar + esfriar + esvaziar): (dias) 10.2.5 Capacidade de produção por forno no ciclo de produção (mdc): 10.2.6 Capacidade de produção mensal da Carvoaria (mdc):
Página: 3 de 5 11. ESPECIFICAÇÕES E ANÁLISE DOS PLANOS, ESTUDOS E INVENTÁRIO FLORESTAL APRESENTADOS 5.6 Especificação grau de vulnerabilidade:média: 90%, alta: 5%; baixa: 5%.. 1.Histórico: 12. PARECER TÉCNICO, MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS FLORESTAIS "Data da formalização: 14/12/2012 "Data do pedido de informação complementar: 01/08/2013 "Data de entrega da documentação solicitada: 04/09/2013 "Data da emissão do parecer técnico: 30/09/2013 2.Objetivo: É objeto desse parecer analisar a solicitação para supressão da cobertura vegetal nativa com destoca em uma área de 9,90 ha. É pretendido com a intervenção requerida à realização da atividade pecuária. 3.Caracterização do empreendimento: O imóvel denominado Fazenda do Capinal, registrado sob a matrícula 33.890 do Cartório de Registro de Imóveis de Lagoa da Prata, localizada no município de Lagoa da Prata possui uma área total de 39,1181 ha (escritura e levantamento topográfico) e 1,1176 módulos fiscais. A Fazenda do Capinal, propriedade do Sr. José Vidal de Castro e Sra. Rosângela Tormim de Castro, possui, aproximadamente, 20,9681 ha em vegetação nativa, 0,61 ha em pastagem, 7,8236 ha em Reserva Legal e 17,5418 em Área de Preservação Permanente; O relevo da propriedade é plano, apresentando solo tipo Cambissolo. Está localizada na Bacia do Rio São Francisco e pertencente ao Bioma Cerrado e fitofisionomia de Cerrado Sensu Stricto (Cerrado Típico) e Cerrado Ralo. A única atividade desenvolvida na propriedade é a pecuária. A Reserva Legal foi demarcada em uma área de 7,8236 ha, não inferior a 20% da área total da propriedade. A gleba "Reserva Legal I" de 06,00 ha é constituída em sua maior parte por Cerrado Sensu Stricto, enquanto que a gleba "Reserva Legal II" de 01,8236 ha é constituída por Cerrado Sensu Stricto. Conforme o ZEE, a propriedade apresenta 90% de vulnerabilidade natural média, 5% baixa e 5% alta. O Atlas Biodiversitas considera a área da propriedade de extrema importância para a conservação, contudo, o ZEE já considera a área muito baixa para a conservação da flora. De acordo com o Inventário Florestal de Minas Gerais, o município de Bambuí possui 11,36% de cobertura vegetal nativa. Durante a vistoria observou-se a presença de APP, caracterizada como vereda, devido à presença de Buritis, confrontando consigo mesmo, José Francisco Lacerda e Maria Resende Silva e outros. 4. Da Autorização para Intervenção Ambiental: O requerente solicita supressão da cobertura vegetal nativa com destoca em uma área de 9,90 ha. Foi apresentado o Plano Simplificado de Utilização Pretendida, no qual o proprietário tem como objetivo transformar a área a ser suprimida em pastagem. A área requerida para Intervenção Ambiental pertence ao Bioma Cerrado e localiza-se na Bacia do Rio São Francisco. A região apresenta solo do tipo Cambissolo. O relevo é plano e não é propício a erosão, portanto, não havendo impedimentos para atividades agropastoris. A vegetação da área requerida (9,90 ha) para ser suprimida com destoca é caracterizada como Cerrado Sensu Stricto, onde foram encontradas as seguintes espécies: Gonçalo Alves, Sucupira-Branca, Vinhático, Olho de Pombo, Embaúba, Unha de Cabrito, Capitão-do-Mato, Canela, Murici, Pindaíba, Negramina, Jatobá, Araticum, Bugre, Mama-Cadela entre outras. No ato da vistoria, observei que a área requerida para supressão apresenta poucos indivíduos arbóreos com altura superior a 5 metros de altura, em contrapartida, em seu sub-bosque há muitos indivíduos arbustivos e muita regeneração natural. Ainda, observei que o gradiente de vegetação se altera, apresentando áreas com Cerrado Típico, outras com Cerrado Ralo até Campo, onde predomina o capim "Rabo-de-Burro". Para estimativa do rendimento lenhoso, foi utilizado o Inventário Florestal de Minas Gerais, em locais cuja fitofisionomia é Cerrado Sensu Stricto, o rendimento são 49,97m3/ha. Sendo assim, o rendimento lenhoso estimado para área de 9,90ha será de 494m3 de lenha nativa, para comercialização in natura. Ainda, segundo a Resolução Conjunta IEF/SEMAD 1933/13, deve acrescentar ao valor estimado 10m3/ha para tocos e raízes no Bioma Cerrado, portanto, o rendimento de material lenhoso seria 59,97 m3/ha, totalizando em 594m3 para área requerida. Porém, analisando a área, este volume é muito alto para a vegetação existente e para o número de indivíduos arbóreos no local, sendo em sua maioria arbustos. Por este motivo, inclui o valor de tocos e raízes no total estimado, utilizando como base o Inventário Florestal de Minas Gerais. Diante do exposto, a estimativa para rendimento lenhoso, incluindo tocos e raízes, será de 49,97m3/ha ou 494m3 de lenha nativa, levando em conta que a vegetação na área requerida para supressão varia de Campo a Cerrado Sensu Stricto, sendo que este último predomina. Portanto, a área apresenta potencial para serem utilizadas e implantadas atividades como agricultura e pecuária, cabendo a liberação da supressão da cobertura vegetal nativa com destoca em uma área de 9,90 para pecuária. 5. Conclusão: Por fim, o técnico sugere o DEFERIMENTO da solicitação de supressão da cobertura vegetal nativa com destoca em uma área de 9,90 ha, com aproveitamento econômico de 494m3 de lanha nativa, na Fazenda do Capinal do proprietário o Sr. José Vidal de Castro.
Página: 4 de 5 As considerações técnicas descritas neste parecer (Anexo III) devem ser apreciadas pela Comissão Paritária - COPA. 6. Validade: Validade do Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental: 2 anos Os impactos ambientais gerados ou possíveis de ocorrer durante a intervenção abrangem a área do empreendimento e seu entorno, afetando direta ou indiretamente o meio ambiente, sendo: - Impacto: Corte de árvores isoladas e Supressão de Cobertura Vegetal Nativa com Destoca. Afugentamento da fauna local. - Medida(s) Mitigadora(s): - Respeitar as espécies arbóreas protegidas por Lei: Pequi, Ipê Amarelo, Gonçalo Alves e Aroeira do Sertão. - Respeitar os limites da Reserva Legal e da Área de Preservação Permanente. - Respeitar as espécies arbóreas protegidas por Lei: Pequi, Ipê Amarelo, Gonçalo Alves e Aroeira do Sertão. - Respeitar os limites da Reserva Legal e da Área de Preservação Permanente 13. RESPONSÁVEL (IS) PELO PARECER TÉCNICO (NOME, MATRÍCULA, ASSINATURA E CARIMBO) FABRÍCIO AMORIM RIBEIRO - MASP: quinta-feira, 18 de julho de 2013 14. DATA DA VISTORIA 15. PARECER JURÍDICO, MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS Trata-se de um requerimento para supressão de vegetação com destoca em uma área de 9,90,00 ha objetivando a implantação da atividade de pecuária. O processo foi instruído com a documentação necessária, conforme o art. 9º e o anexo I, item 7.1 da Resolução Conjunta 1.905/2013 SEMAD/IEF. Encontra-se acostado aos autos Certidão Negativa de Débitos Ambientais, em observância do requisito do art. 11, II, da Resolução 412/2005 da SEMAD. A supressão requerida ocorrerá na Fazenda Estiva, que possui área total de 39,11,81 ha, consoante se detrai da Escritura de Registro de Imóvel, matriculada sob o n 33.890, junto ao CRI de Lagoa da Prata/MG. Consoante se detrai da Certidão a propriedade possui Reserva Legal devidamente averbada no importe de 7,82,36 ha. Ressalta-se que foi apresentado o recibo federal da inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), nos termos da Lei Federal 12.651/2012 e da Lei Estadual 20.922/2013, com Reserva Legal devidamente informada. O empreendimento enquadra-se como não passível de licenciamento, consoante FOBI juntado à fl. 08. Sendo assim, compete a esta COPA o julgamento da regularização da supressão, nos termos da Resolução nº 1.905/2013: Art. 16 - Compete à Comissão Paritária - Copa do Copam, autorizar as seguintes intervenções ambientais, quando não integradas a processo de licenciamento ambiental: I - Supressão de cobertura vegetal nativa com destoca ou sem destoca para uso alternativo do solo. Denota-se do parecer técnico apresentado que há possibilidade de deferimento do pedido, uma vez que a propriedade se localiza no Bioma Cerrado e que a vegetação da propriedade também é composta por cerrado e campo. Informa ainda que o requerimento atende ao fim que se propõe, qual seja implantação de pecuária. O técnico finalizou o seu parecer ressaltando que ficava indeferida a supressão de espécies protegidas por lei e estabelecendo medidas mitigadoras e compensatórias. Vieram-me os autos para parecer jurídico. Como já mencionado, o empreendedor juntou os documentos necessários para a formalização do processo em questão, inclusive, instruindo os autos com Plano Simplificado de Utilização Pretendida, por tratar-se de requerimento de supressão de área inferior a 10 ha. Ante o exposto, diante da análise técnica e em obediência às normas legais, considerando os elementos de fato e de direito constantes no processo, somos favoráveis à intervenção no que tange à supressão vegetal com destoca, concedida no importe de 9,90,00 ha. Em razão da intervenção requerida ocorrerá rendimento lenhoso estimado em 494,00 m³ de lenha florestal nativo. Outrossim, deverão ser realizadas as medidas compensatórias solicitadas pelo técnico e respeitadas as espécies protegidas por lei. No que se refere ao prazo de validade do DAIA, do ponto de vista jurídico, deverá ser de 02 anos, uma vez que o empreendimento é não passível de AAF ou licenciamento. Vejamos o disposto na Resolução Conjunta SEMAD/IEF 1.905/2013. Art. 4º - Os requerimentos para intervenção ambiental não integrados a procedimento de licenciamento ambiental serão autorizados por meio de Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental - DAIA. 1º As intervenções ambientais não integradas a procedimento de licenciamento ambiental são aquelas necessárias à construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos não passíveis de AAF ou licenciamento ambiental e para aqueles pertencentes às classes 1 e 2, conforme porte e potencial poluidor definidos na Deliberação Normativa Copam nº 74, de 9 de setembro de 2004. 2º O prazo de validade do DAIA de intervenções ambientais vinculadas à AAF será de até 04 (quatro) anos, sendo que o dia do seu vencimento não precisa coincidir com o da respectiva AAF.
Página: 5 de 5 3º Nos casos em que a AAF já houver sido emitida previamente ao DAIA, o prazo de validade deste Documento será de no mínimo 02 (dois) anos, respeitado o prazo máximo previsto no parágrafo anterior. 4º O prazo de validade do DAIA para intervenções ambientais não passíveis de licenciamento ou de AAF será de 02 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez por 06 (seis) meses, caso a intervenção ambiental autorizada ou o escoamento do produto ou subproduto autorizado não tenham sido concluídos. 5º A prorrogação de que trata o parágrafo anterior dependerá de requerimento motivado dirigido à mesma autoridade que concedeu o DAIA, no prazo de até 60 (sessenta) dias antes do seu vencimento, podendo ser realizadas vistorias, às expensas do requerente, previamente à concessão da prorrogação, sob pena de aplicação das sanções cabíveis. Por fim, fica determinado o pagamento dos emolumentos referente ao presente processo, bem como da taxa florestal, requisitos para expedição da DAIA. É o parecer. Divinópolis, 29 de janeiro de 2015. Fernanda Assis Quadros Analista Ambiental SUPRAM/ASF MASP 1.314.518-0 OAB/MG 133.081 16. RESPONSÁVEL PELO PARECER JURÍDICO (NOME, MATRÍCULA, ASSINATURA E CARIMBO) FERNANDA ASSIS QUADROS - 133081 quarta-feira, 22 de abril de 2015 17. DATA DO PARECER