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Transcrição:

É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente. Março/2011

Nota sobre a autora Maria Paula Boyadjian Fernandes é Bacharel em Ciências Contábeis (UNIFMU), Pós Graduada em Planejamento Tributário (UNIFMU) e Administração Contábil e Financeira (UNIFMU), MBA em Contabilidade e Controladoria (Trevisan). Atua na área contábil há 22 anos. É sócia da Keepers Outsourcing Serviços Contábeis Ltda onde presta serviços de consultoria contábil, fiscal e trabalhista. Leciona os cursos de Contabilidade Geral, Lucro Real Teoria e Prática, Contabilidade para Não Contadores e Formas de Tributação na CONTMATIC. Atuou como professora voluntária da Fundação IDEPAC por 4 anos. Contato: mariapaulaboyadjian@globo.com 2

SUMÁRIO Introdução... 04 Formas de Tributação... 05 Simples Nacional... 06 Enquadramento... 06 Pessoas Jurídicas Impedidas à Opção... 06 Tributos Incluídos no Simples... 08 Alíquotas a Serem Aplicadas... 09 Contabilização... 09 Lucro Presumido... 09 Opção pelo Lucro Presumido... 12 Base de Cálculo... 12 Códigos para Recolhimento... 12 Alíquotas... 13 Demonstração da Apuração... 14 Contabilização... 14 Compensação de Prejuízos Fiscais... 15 Pis e Cofins... 15 Regime Cumulativo... 15 Códigos para Recolhimento... 15 Contabilização... 15 Demonstração da Apuração... 15 IRPJ e CSLL... 15 Base de Cálculo e Acréscimos... 16 Demonstração da Apuração do Lucro Presumido... 16 Compensação de Prejuízos Fiscais... 16 Distribuição de Lucro... 16 Lucro Arbitrado... 16 Receita Bruta Conhecida... 17 Receita Bruta Não Conhecida... 17 Acréscimos a Base de Cálculo... 17 Demonstração da Apuração... 17 Contabilização... 18 Compensação de Prejuízo Fiscal... 19 Lucros e Dividendos... 19 Lucro Real... 19 Pessoas Jurídicas Obrigadas ao Lucro Real... 19 Lucro Contábil x Lucro Real... 20 Apuração Trimestral... 20 Códigos do IRPJ e CSLL... 21 Contabilização do Lucro Real Trimestral... 21 Apuração Anual... 22 Estimativa... 22 Suspensão e Redução... 22 Exemplos Práticos... 23 Contabilização do Lucro Real Anual... 24 Compensação de Prejuízos Fiscais... 24 Ajuste Anual... 24 Pis e Cofins... 24 Base de Cálculo... 25 Contabilização do Regime Cumulativo... 25 Demonstração da Apuração... 25 Regime Não Cumulativo... 26 Entendendo os Créditos... 26 Contabilização do Regime Não Cumulativo... 27 Códigos do Pis e Cofins... 28 Demonstração da Apuração Não Cumulativa... 28 Exercícios... 29 Bibliografia... 37 3

Introdução No âmbito Federal existem quatro tipos de enquadramentos de empresa. Porém há restrições quanto ao volume de receita e, também, quanto à atividade exercida pelo contribuinte. As empresas enquadradas no Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado sempre pagarão impostos, pois não há a figura do prejuízo. Já no Lucro Real, o contribuinte somente fará o pagamento do IRPJ e CSLL se ao encerrar o balanço apurar Lucro Fiscal. Com relação ao PIS e COFINS não existe esta condição. Além disso, abordaremos o regime cumulativo e não cumulativo para apuração do PIS e da COFINS. Nosso sistema tributário muda a todo instante e são inúmeras as dúvidas e questionamentos sobre o tema. Por este motivo, o objetivo deste curso, é apresentar aos alunos, as formas de tributação existentes no país, demonstrar na prática a apuração dos federais (PIS, COFINS, IRPJ e CSLL) e a identificar qual a forma menos onerosa de apurar os impostos. Bom Estudos! Maria Paula Boyadjian Fernandes 4

Formas de Tributação Logo no inicio de cada ano, as empresas devem optar por um regime de tributação (Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional). Esta opção é feita, desde que a empresa não possua impedimentos (receita superior ao permitido pela legislação, atividade empresarial impeditiva, etc.). A decisão por um ou outro regime de tributação deve estar associada a um bom planejamento tributário que consiste em: a) Diagnosticar = histórico da empresa, situação atual (lucro/prejuízo/créditos fiscais), lucratividade, riscos pré-existentes, perspectivas futuras, plano de negócios, oportunidades momentâneas, identificação de problemas e prioridades, busca de alternativas, impactos nos negócios, clientes e fornecedores. b) Checar = viabilidade jurídica, econômica e administrativa. c) Simular = os efeitos numéricos e financeiros através de planilhas comparativas. d) Implementar = os procedimentos aprovados interagindo às áreas: fiscal, contábil e jurídica. e) Monitorar = acompanhar os resultados obtidos através de reuniões periódicas. As PJ são tributadas no Brasil da seguinte forma: 1. Simples Nacional: com base no faturamento mensal; 2. Lucro Presumido: com base no faturamento trimestral; 3. Lucro Arbitrado: com base no faturamento trimestral (LP+20%); 4. Lucro Real: com base no lucro, podendo ser anual ou trimestral. 5

Simples Nacional O Simples Nacional é um Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007 em substituição ao Simples Nacional Considera-se ME, para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00. Considera-se EPP, para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00. Enquadramento A opção pelo Simples Nacional dar-se-á somente na internet, por meio do Portal do Simples Nacional, sendo irretratável para todo o ano-calendário e deverá ser realizado no mês janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção. 1. Na hipótese de início de atividade no ano-calendário da opção, a partir de 01.01.2009, a ME e a EPP, após efetuar a inscrição no CNPJ, bem como obter a sua inscrição municipal e estadual, caso exigíveis, poderão efetuar a opção pelo Simples Nacional no prazo de até 30 dias contados do último deferimento de inscrição. 2. A ME ou a EPP não poderá efetuar a opção pelo Simples Nacional na condição de empresa em início de atividade depois de decorridos 180 (cento e oitenta) dias da data de abertura constante do CNPJ. A exclusão do Simples Nacional por opção terá feito para o ano-calendário subseqüente. As Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) que não incorram em nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 e Lei Complementar n º 128 podem optar pelo Simples Nacional. Pessoas Jurídicas Impedidas à Opção As Microempresas (ME) ou as Empresas de Pequeno Porte (EPP) (lista atualizada em função da Lei Complementar nº 128, de 19.12. 2008): 1- que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 2.400.000,00; 2- de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 3- que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; 6

4- de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00; 5- cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada pela Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00; 6- cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00; 7- constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 8- que participe do capital de outra pessoa jurídica; 9- que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; 10- resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-calendário anteriores; 11- constituída sob a forma de sociedade por ações; 12- que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 13- que tenha sócio domiciliado no exterior; 14- de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; 15- para os fatos geradores até 31 de dezembro de 2008, que preste serviço de comunicação; 16- que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; 17- que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros; 18- que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; 19- que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; 20- que exerça atividade de importação de combustíveis; 21- que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: 22- cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes; 23- bebidas a seguir descritas: a) alcoólicas 7

b) refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas; c) preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 partes da bebida para cada parte do concentrado; d) cervejas sem álcool; 24- que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; 25- que realize cessão ou locação de mão-de-obra; 26- que realize atividade de consultoria; 27- que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis; e 28- que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS. Tributos Incluídos no Simples O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes tributos: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Receita Bruta Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços, não incluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos e abatimentos. A aplicação das alíquotas se dá tão somente sobre o faturamento, não compondo a base de cálculo as receitas não compreendidas no conceito de receita bruta, tais como: rendimentos com aplicação financeira, variação cambial ativa, juros, etc. 8

Ganho de Capital Para as empresas que estão no Simples Nacional, os ganhos de capital sujeitam-se à incidência do IRPJ, à alíquota de 15% e o vencimento do tributo é até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador em guia distinta do darf-simples. Alíquotas a serem aplicadas O valor devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo Simples Nacional é determinado mediante aplicação das tabelas dos anexos da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração. Já o valor devido mensalmente, a ser recolhido pela ME ou EPP, será o resultante da aplicação da alíquota correspondente sobre a receita bruta mensal auferida. A Lei Complementar define inclusive, qual anexo deverá ser utilizado de acordo com a atividade operacional da empresa optante pelo Simples Nacional conforme abaixo: Anexo I Partilha do Simples Nacional Comércio Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS Até 120.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% De 120.000,01 a 240.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% De 240.000,01 a 360.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% De 360.000,01 a 480.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% De 480.000,01 a 600.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% De 600.000,01 a 720.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% De 720.000,01 a 840.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% De 840.000,01 a 960.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% Anexo II Partilha do Simples Nacional Indústria Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS IPI Até 120.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50% De 120.000,01 a 240.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50% De 240.000,01 a 360.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50% De 360.000,01 a 480.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50% De 480.000,01 a 600.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50% De 600.000,01 a 720.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50% De 720.000,01 a 840.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50% De 840.000,01 a 960.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50% De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50% 9

Anexo III Partilha do Simples Nacional Serviços e Locação de Bens Móveis Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00% De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79% De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50% De 360.000,01 a 480.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84% De 480.000,01 a 600.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87% De 600.000,01 a 720.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23% De 720.000,01 a 840.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26% De 840.000,01 a 960.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31% De 960.000,01 a 1.080.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00% Anexo IV Partilha do Simples Nacional Serviços Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS Até 120.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00% De 120.000,01 a 240.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79% De 240.000,01 a 360.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50% De 360.000,01 a 480.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84% De 480.000,01 a 600.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87% De 600.000,01 a 720.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23% De 720.000,01 a 840.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26% De 840.000,01 a 960.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31% De 960.000,01 a 1.080.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00% Anexo V Partilha do Simples Nacional Serviços Seção II Receitas decorrentes da prestação de serviços, com 0,35 r < 0,40 IRPJ, Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota ISS PIS/PASEP, Até 120.000,00 16,00% 14,00% 2,00% De 120.000,01 a 240.000,00 16,79% 14,00% 2,79% De 240.000,01 a 360.000,00 17,50% 14,00% 3,50% De 360.000,01 a 480.000,00 17,84% 14,00% 3,84% De 480.000,01 a 600.000,00 17,87% 14,00% 3,87% De 600.000,01 a 720.000,00 18,23% 14,00% 4,23% De 720.000,01 a 840.000,00 18,26% 14,00% 4,26% De 840.000,01 a 960.000,00 18,31% 14,00% 4,31% De 960.000,01 a 1.080.000,00 18,61% 14,00% 4,61% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 18,65% 14,00% 4,65% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 19,00% 14,00% 5,00% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 19,00% 14,00% 5,00% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 19,00% 14,00% 5,00% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 19,00% 14,00% 5,00% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 19,00% 14,00% 5,00% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 19,00% 14,00% 5,00% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 19,00% 14,00% 5,00% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 19,00% 14,00% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 19,00% 14,00% 5,00% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 19,00% 14,00% 5,00% 10

Exemplo: Empresa cuja atividade é exclusivamente comercial, com receita bruta acumulada no período de fevereiro/2010 a janeiro/2011 no valor de R$ 195.000,00 e com receita bruta auferida no mês de fevereiro/2011 de R$ 20.000,00. R: Receita Bruta Acumulada = R$ 195.000,00 Tabela do Anexo I = 5,47% Valor devido no mês de fevereiro/2011 R$ 20.000,00 * 5,47% = R$ 1.094,00 Vencimento Até o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente àquele em que houver sido auferida a receita bruta, para os fatos geradores ocorridos até 28 de fevereiro de 2009. Até o dia 20 do mês subseqüente àquele em que houver sido auferida a receita bruta, para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2009. Contabilização D = Simples (Dedução da Receita Bruta) C = Simples Nacional a pagar (PC) Pelo pagamento D = Simples Nacional a pagar C = Caixa ou Banco Lucro Presumido É uma modalidade optativa de apurar o lucro e, consequentemente, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social sobre o Lucro das empresas que não estiverem obrigadas à apuração do Lucro Real. O lucro presumido é uma forma de tributação que leva em consideração o percentual de presunção estabelecido pelo Governo Federal sobre o faturamento. 11

Opção pelo Lucro Presumido A opção pela sistemática do lucro presumido só pode ser exercida pelas empresas cuja receita bruta, no ano-calendário anterior tenha sido de até R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais). Ate o ano-calendário de 2002 o limite era de R$ 24.000.000,00 (vinte e quatro milhões de reais). Quando a pessoa jurídica tenha iniciado atividades no ano anterior, o limite é de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses de atividade naquele ano. Há ainda que se considerar as pessoas jurídicas obrigadas ao Lucro Real. Essas empresas, por conseguinte, estão impedidas de optar pelo Lucro Presumido. A opção é formalizada no decorrer do ano-calendário, e manifestada com o recolhimento do primeiro IRPJ do ano conforme o art. 26 da Lei 9.430/96. Para o IRPJ no Lucro Presumido tal código corresponde a 2089. Esta decisão é definitiva para todo o ano-calendário. Base de Cálculo e Acréscimos Ao Lucro Presumido, deverão ser adicionados os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos não compreendidos na atividade operacional da empresa, inclusive: Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras; Os juros recebidos a título de remuneração do capital próprio; Os juros ativos e os descontos obtidos em pagamentos de obrigações, etc. A empresa poderá deduzir do RPJ devido no período: IRRF (notas fiscais, aplicação financeira) IR pago a maior ou indevidamente Código para Recolhimento do IRPJ e da CSLL LUCRO PRESUMIDO ENQUADRAMENTO CÓDIGO EMPRESAS OBRIGADAS IRPJ CSLL Balanço trimestral 2089 2372 12

Alíquotas IRPJ presunção Alíquota de 1,6% Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural Alíquota de 8% Atividades imobiliárias (compra, venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis Industrialização com materiais fornecidos pelo encomendaste Venda de produtos de fabricação própria Venda de mercadorias adquiridas para revenda Atividade rural Serviços hospitalares Transporte de cargas Construção por empreitada, quando houver emprego de materiais em qualquer quantidade Outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços Alíquota de 16% Serviços de transporte (exceto o de cargas) Alíquota de 32% Serviços profissionais (sociedades de profissionais liberais) Intermediação de negócios Administração, locação ou cessão de bens móveis/imóveis ou direitos Serviços de construção civil, quando a prestadora não emprega materiais e não se responsabiliza pela execução da obra Atividades de corretagem e de representação Serviços de gráfica, com ou sem fornecimento de material, em relação a receita bruta que não decorra de atividade comercial ou industrial Serviços de suprimento de água tratada e coleta de esgoto Exploração de rodovia mediante cobrança de pedágio Diferença entre o valor de venda e o valor de compra de veículos usados Serviços em geral, para os quais não haja previsão de percentual específico CSLL presunção Alíquota de 12% Comércio ou indústria Serviços hospitalares Transportes Alíquota de 32% Prestação de serviços em geral Intermediação de negócios Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza Ao diferencial entre o preço de venda e o custo de aquisição de veículos usados O imposto de renda das pessoas jurídicas é calculado pela aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo/presunção (lucro presumido mais demais receitas e ganhos de capital). Incide também um adicional do imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento) sobre a parcela da base de cálculo (lucro presumido mais demais receitas e ganhos de capital) que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração, ou seja, R$ 60.000,00. 13

Demonstração da Apuração do Lucro Presumido Empresa Comercial Receita Bruta Auferida no Trimestre 1.750.000,00 (x) Percentual da Presunção 8% (=) Lucro Presumido 140.000,00 (x) Alíquota do IRPJ 15% IRPJ devido s/ adicional 21.000,00 (x) Aliquota do Adicional 10% Adicional devido 8.000,00 Demonstração do Cálculo do Adicional R$ 140.000,00 - R$ 60.000,00 = R$ 80.000,00 Total do IRPJ devido 29.000,00 R$ 80.000,00 x 10% = R$ 8.000,00 (-) IRRF 3.200,00 Total do IRPJ a pagar 25.800,00 Empresa Prestadora de Serviço Receita Bruta Auferida no Trimestre 1.750.000,00 (x) Percentual da Presunção 32% (=) Lucro Presumido 560.000,00 (x) Alíquota do IRPJ 15% IRPJ devido s/ adicional 84.000,00 (x) Aliquota do Adicional 10% Adicional devido 50.000,00 Demonstração do Cálculo do Adicional R$ 560.000,00 - R$ 60.000,00 = R$ 500.000,00 Total do IRPJ devido 134.000,00 R$ 500.000,00 x 10% = R$ 50.000,00 (-) IRRF 3.200,00 Total do IRPJ a pagar 130.800,00 Contabilização D = Provisão IRPJ (Resultado) C= IPRJ a recolher (PC) D= Provisão CSLL (Resultado) C = CSLL a recolher (PC) Pelo pagamento D= IRPJ a recolher D = CSLL a recolher C = Caixa ou Banco 14

Compensação de Prejuízos Fiscais Não existe a opção de compensar os prejuízos fiscais existentes para as empresas tributadas pelo Lucro Presumido Pis e Cofins A contribuição para o PIS e a COFINS, com incidência cumulativa e não cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. Regime Cumulativo O contribuinte não pode tomar créditos de operações anteriores, e, em regra geral, as alíquotas são: Pis 0,65% Cofins - 3%. Código para Recolhimento do PIS e da COFINS PIS COFINS 8109 2172 0,65% 3% Vetado a tomada de Créditos nas entradas Contabilização D = Pis s/ faturamento (Dedução da Receita Bruta) C = Pis a Recolher D = Cofins s/ faturamento (Dedução da Receita Bruta) C = Cofins a Recolher Pelo pagamento D = Pis a Recolher D = Cofins a Recolher C = Caixa ou Banco Distribuição de Lucro 15

A legislação do IR estabelece que os valores pagos a sócios ou acionistas ou a titular de empresa tributada pelo lucro presumido, a título de lucros ou dividendos, ficam isentos do imposto de renda independentemente de apuração contábil. Observa-se que essa isenção, porém, alcança somente o valor da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, deduzindo do valor devido relativo aos seguintes tributos (art. 39, do RIR/99; art. 48 da IN SRF nº 93/1997). IRPJ (inclusive o adicional, quando devido); CSLL; PIS/PASEP; e. COFINS. Agora, se o lucro líquido apurado contabilmente for inferior ao valor determinado de acordo com as regras do lucro presumido, prevalecerá à isenção sobre a distribuição do lucro presumido líquido do imposto, desde que existam lucros acumulados ou reservas de lucros em montante suficiente, caso negativo a parcela excedente será submetida à tributação com base na tabela progressiva (IN SRF nº 93/1997). Lucro Arbitrado O Lucro Arbitrado é um regime tributário das pessoas jurídicas (auto-arbitramento), porém é mais utilizado pelo Fisco nas hipóteses previstas na legislação vigente, com o objetivo de arbitrar o lucro da empresa para aplicar a tributação, ou seja, o Fisco determina o lucro da empresa através de índices de arbitramento juntamente com os de presunção do lucro, aplicados no Lucro Presumido, quando a receita bruta é conhecida. Receita Bruta Conhecida Quando a Receita Bruta for conhecida pelo contribuinte, o lucro arbitrado será determinado mediante, a aplicação sobre a receita bruta no trimestre, dos percentuais fixados no lucro presumido, acrescidos de 20% (para o IRPJ). No caso da CSLL, os percentuais serão os mesmos do lucro presumido, ou seja, 12% e 32% No caso de Instituições Financeiras ou equiparadas, o percentual do IRPJ está fixado em 45% 16

Receita Bruta Não Conhecida Quando a Receita Bruta não for conhecida, o lucro arbitrado poderá ser determinado, através de procedimento de ofício, mediante a aplicação de índices previstos no art. 535 do RIR: a) Um inteiro e cinco décimos do lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais - (1,5); b) Quatro centésimos da soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido - (0,04); c) Sete centésimos do valor do capital, inclusive a sua correção monetária contabilizada como reserva de capital, constante do último balanço patrimonial (0,07); d) Cinco centésimos do valor do Patrimônio Líquido constante do último balanço patrimonial (0,05); e) Quatro décimos do valor das compras de mercadorias efetuadas no mês (0,4) ; f) Quatro décimos da soma, em cada mês dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias primas, produtos intermediários e materiais de embalagem (0,4) ; g) Oito décimos da soma dos valores devidos no mês a empregados (0,8); h) Nove décimos do valor mensal do aluguel devido (0,9). Acréscimos a Base de Cálculo Serão acrescidos á base de cálculo os ganhos de capit6al, os rendimentos e ganhos líquidos em aplicações financeiras e demais receitas. Dedução da Base de Cálculo A empresa poderá deduzir do valor do IRPJ devido no período, o imposto pago ou retido na fonte. Demonstração da Apuração quando a Receita Bruta é conhecida 17

Empresa Prestadora de Serviço Receita Bruta Auferida no Trimestre 76.000,00 (x) Percentual da Presunção 38% 32% + 20% = 32,00 % + 6,40% = 38,40% (=) Lucro Presumido 29.184,00 (x) Alíquota do IRPJ 15% IRPJ devido s/ adicional 4.377,60 (x) Aliquota do Adicional 10% Adicional devido - Total do IRPJ devido 4.377,60 (-) IRRF 3.200,00 Total do IRPJ a pagar 1.177,60 Empresa Comercial Receita Bruta Auferida no Trimestre 43.600,00 (x) Percentual da Presunção 9,60% 8% + 20% = 8% + 1,6% = 9,6% (=) Lucro Presumido 4.185,60 (x) Alíquota do IRPJ 15% IRPJ devido s/ adicional 627,84 (x) Aliquota do Adicional 10% Adicional devido - Total do IRPJ devido 627,84 (-) IRRF 150,00 Total do IRPJ a pagar 477,84 Contabilização D = Provisão IRPJ (Resultado) C= IPRJ a recolher (PC) D= Provisão CSLL (Resultado) C = CSLL a recolher (PC) Pelo pagamento D= IRPJ a recolher D = CSLL a recolher C = Caixa ou Banco 18

Compensação de Prejuízos Fiscais Assim como no Lucro Presumido, não existe a opção de compensar os prejuízos fiscais existentes para as empresas tributadas pelo Lucro Arbitrado. Tanto do IRPJ como da CSLL, devidos com base no lucro Arbitrado, é vedada qualquer dedução a título de incentivo fiscal. Lucros e Dividendos A Pessoa Jurídica tributada com base no Lucro Arbitrado poderá distribuir, isento de qualquer tributação, o valor do lucro arbitrado, depois de deduzido os seguintes tributos: CSLL; IRPJ; PIS e COFINS. Lucro Real O artigo 247 do RIR/99 conceitua o lucro real como sendo: O lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pelo Regulamento do Imposto de Renda. Pessoas Jurídicas Obrigadas ao Lucro Real Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: I - cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 10.637, de 2002) II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 19

IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996; VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. (Incluído pela Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010) (Vide Lei nº 12.249/2010, art. 139, inc I, d) Vale lembrar que para as pessoas jurídicas não enquadradas no ato legal acima, o regime de tributação do Lucro Real pode ser adotado por opção. Atualmente, a apuração do Lucro Real pode ser por período trimestral ou anual, de acordo com a decisão tomada pelos gestores da empresa. Alíquotas do IRPJ e CSLL Tanto na opção anual ou trimestral as alíquotas são as mesmas, 15% para o IRPJ, 10% para o adicional sobre o lucro que exceder R$ 20.000,00 ao mês e 9% para a CSLL. Lucro Contábil x Lucro Real O Lucro Contábil encontramos na última linha da DRE (Demonstração do Resultado do Exercício). Já o Lucro Real evidenciamos no LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real) após os ajustes determinados na legislação tributária. Apuração Trimestral Cada trimestre é um período distinto de apuração e deverá ser elaborada a escrituração contábil com base na lei comercial e fiscal, inclusive com a elaboração do LALUR/LACOS. Este dispositivo legal trouxe uma ilusão ao contribuinte com finalidade de melhorar o fluxo financeiro pelo fato do pagamento do tributo ser no mês subsequente ao trimestre. Cada trimestre corresponde a um período, limitando a compensação do prejuízo fiscal em 30% sobre o lucro fiscal dos próximos trimestres. Para as pessoas jurídicas que tem prejuízos fiscais a compensar, esta limitação pode fazer com que elas levem muitas vezes anos para compensar este prejuízo. 20

Portanto, esta forma de tributação pode onerar as empresas visto que comparativamente com o lucro real anual em que os resultados mensais nesta modalidade, compensam-se automaticamente, sem limite. Exemplo prático: Resultado Fiscal Janeiro - 50.000,00 Fevereiro - 50.000,00 Março 10.000,00 Resultado do trimestre - 90.000,00 Prejuízo fiscal = não paga imposto Abril 10.000,00 Maio 10.000,00 Junho 10.000,00 Resultado do trimestre 30.000,00 Lucro fiscal = paga imposto Compensação Prejuízo 30% 9.000,00 BC 21.000,00 IRPJ - 15% 3.150,00 CSLL - 9% 1.890,00 CONTROLE LALUR - PARTE B Histórico D C Saldo Resultado do 1º trimeste 90.000,00 90.000,00 Compensação no 2º trimestre 9.000,00 Saldo atual 81.000,00 Códigos para recolhimento do IRPJ e CSLL LUCRO REAL ENQUADRAMENTO CÓDIGO EMPRESAS OBRIGADAS IRPJ CSLL Balanço trimestral 0220 6012 Estimativa mensal 2362 2484 Saldo IR (ajuste anual) 2430 6773 ENQUADRAMENTO CÓDIGO EMPRESAS NÃO OBRIGADAS IRPJ CSLL Balanço trimestral 3373 6012 Estimativa mensal 5993 2484 Saldo IR (ajuste anual) 2456 6773 21

Contabilização do Lucro Real Trimestral D = IRPJ (Resultado) C = IRPJ a recolher (PC) D = CSLL (Resultado) C = CSLL a recolher (PC) No pagamento D = IRPJ a recolher (PC) D = CSLL a recolher (PC) C = Caixa ou Banco (AC) Apuração Anual a. Estimativa b. Suspensão e Redução Estimativa O recolhimento por estimativa é semelhante ao regime do Lucro Presumido, pois utiliza as mesmas bases de presunção, que são aplicadas sobre a receita bruta do mês, acrescidas das demais receitas, exceto rendimento de aplicação com retenção de IRRF. Todo recolhimento efetuado durante o exercício será considerado como antecipação, devendo a pessoa jurídica apurar o lucro real anual e caso seja detectado que exista diferença a recolher, este deverá ser realizado até o dia 30.03.xx sem encargos financeiros com o código do darf de ajuste. Suspensão e Redução A Pessoa Jurídica poderá reduzir ou suspender o pagamento do IRPJ e da CSLL devidos em qualquer mês do ano, levantando balancetes ou balanços mensais. Vale ressaltar que os balancetes levantados deverão sempre ser acumulados de acordo com o mês em questão. Exemplo: A empresa está no lucro real anual e apurando o mês de maio. Ela deverá levantar um balancete ou balanço acumulado do período de janeiro a maio do respectivo ano. Existirá a suspensão, quando a empresa detectar que não há tributo a recolher naquele mês, ou então que há recolhimento a maior. 22

Existira a redução, quando a empresa detectar que o tributo a ser recolhido é menor do que a estimativa do mês; Exemplos Práticos: Redução Valor devido IRPJ Apurado - ref. 01/2010 a 04/2010 R$ 30.000,00 Valores Antecipados de IRPJ por Estimativa - ref. 01/2010 a 03/2010 R$ 25.000,00 Valor IRPJ Estimado em Abr/10 R$ 8.000,00 Suspensão Valor devido IRPJ Apurado - ref. 01/2010 a 04/2010 R$ 30.000,00 Valores Antecipados de IRPJ por Estimativa - ref. 01/2010 a 03/2010 R$ 35.000,00 Valor IRPJ Estimado em Abr/10 R$ 8.000,00 Apuração Anual Resultado Fiscal Resultado Fiscal Imposto a pagar Mensal Acumulado Janeiro - 50.000,00-50.000,00 prejuizo - Fevereiro - 50.000,00-100.000,00 prejuizo - Março 10.000,00-90.000,00 prejuizo - Abril 10.000,00-80.000,00 prejuizo - Maio 10.000,00-70.000,00 prejuizo - Junho 10.000,00-60.000,00 prejuizo - Histórico CONTROLE LALUR - PARTE B D C Saldo Contabilização do Lucro Real Anual 23

D = Antecipação do IRPJ / CSLL (AC) - (mês a mês) C = Caixa ou Banco D = IRPJ / CSLL (Resultado) (provisionar mês a mês) C = IRPJ / CSLL a recolher (PC) No final do exercício D = IRPJ a recolher C = Antecipação do IRPJ / CSLL Compensação de Prejuízos Fiscais A Pessoa Jurídica optante pelo lucro real anual poderá compensar os prejuízos fiscais e a base negativa da CSLL com lucros fiscais futuros. Tanto para a apuração trimestral ou anual este limite está fixado em no máximo 30% para as atividades em geral. Em se tratando de atividade rural, o prejuízo poderá ser compensado 100%. Ajuste Anual A empresa que optar por pagamento o IRPJ por estimativa mensal, estará obrigada, no final do ano calendário a levantar Balanço Anual, para fins de apuração do Lucro Real do Exercício. Se a diferença apurada no ajuste anual for positiva, o saldo do Imposto de Renda e da Contribuição Social deverá ser pago, em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano subseqüente, acrescido de juros calculados à taxa selic, a partir de 1º de fevereiro. PIS e COFINS O Pis e a Cofins foram instituídos pela Lei Complementar nº 7/70 e nº 70/91 respectivamente. Os contribuintes são as pessoas jurídicas de direito privado, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela Legislação do Imposto de Renda. As contribuições para o PIS e a COFINS inicialmente foram instituídas pelo regime cumulativo, que consiste em um método de apuração em que o tributo é exigido por inteiro toda vez que ocorre a incidência, sem a possibilidade de creditar-se sobre os valores pagos nas operações anteriores. 24

A partir da Lei 10.637/2002 e Lei 10.833/2003, foi instituído a estas contribuições sociais o regime não cumulativo, que consiste em uma sistemática de compensar-se o valor do tributo devido em cada operação com o montante cobrado na operação anterior. Base de Cálculo A base de cálculo das contribuições devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, é o faturamento do mês, que corresponde à receita bruta. Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas, sendo irrelevante o tipo de atividade exercida pela pessoa jurídica e a classificação contábil adotada para as receitas, consideradas as exclusões, deduções e isenções permitidas pela legislação (Lei n o 9.718, de 1998, arts. 2 o e 3 o ; Lei nº 10.637, de 2002, art. 1 o ; e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1 o ). Não é mais tributada desde 28.05.2009 as receitas financeiras. No caso do Lucro Real sobre as receitas financeiras a alíquota já era zero desde 09.05.2005. Contabilização do Regime Cumulativo D = Pis s/ Vendas (Resultado) C = Pis a Recolher (PC) D = Cofins s/ Vendas (Resultado) C = Cofins a Recolher (PC) No pagamento D = Pis a Recolher D = Cofins a Recolher C = Caixa ou Banco Demonstração da Apuração Regime Cumulativo Vendas totais de mercadoria 130.000,00 (-) Devolução de vendas 10.000,00 Base de Cálculo 120.000,00 Pis devido - 0,65% 780,00 Cofins devido - 3% 3.600,00 25

Regime Não Cumulativo Entendendo os Créditos Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre os valores: das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês; das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes; dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de incidência não-cumulativa; das despesas e custos incorridos no mês, relativos: à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica; a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da empresa; despesas financeiras, incorridas no mês, decorrente de empréstimo e financiamento e contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a pessoa jurídica, exceto quando esta for optante pelo Simples; armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda; dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos a partir de maio de 2004, para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços (Ver IN SRF nº 457, de 2004); dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou realizadas a partir de maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa. Conceito de insumo Entende-se como insumos: a. utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda: as matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado; 26

os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto; b. utilizados na prestação de serviços: os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço. Contabilização do Regime Não Cumulativo Pelo reconhecimento do débito D = Pis sobre vendas (Resultado) D = Cofins sobre vendas (Resultado) C = Pis a recolher (PC) C = Cofins a recolher (PC) Crédito de energia elétrica (valores a título de demonstração) D = Energia Eletrica 1.000,00 D = Pis a recuperar 50,00 D = Cofins a recuperar 150,00 C = Energia elétrica a pagar 1.200,00 Crédito de insumos (valores a título de demonstração) D = Estoque mercadoria 1.000,00 D = Pis a recuperar 50,00 D = Cofins a recuperar 150,00 C = Fornecedores 1.200,00 Compensação dos créditos D = Pis / Cofins a recolher C = Pis / Cofins a recuperar Pagamento D = Pis / Cofins a recolher C = Caixa ou Banco 27

Códigos para recolhimento do PIS e da COFINS PIS COFINS 6912 5856 1,65% 7,60% Não cumulativo Não cumulativo 8109 2172 0,65% Cumulativo 3% Cumulativo Demonstração da Apuração Faturamento do mês 4.000.000,00 Créditos (-) Bens adquiridos para revenda 500.000,00 (-) Devoluções 325.000,00 (-) Aluguel do prédio 58.000,00 (-) Despesas financeiras 180.000,00 (-) Depreciação 37.000,00 (=) BC 2.900.000,00 Pis devido - 1,65% 47.850,00 Cofins devido - 7,6% 220.400,00 28

Exercícios 29

Simples Nacional A Empresa Delta cuja atividade é a prestação de serviços foi constituída em julho/2009 e enquadrada no Simples Nacional. A Receita Bruta do mês foi de R$ 9.000,00. Qual é a Receita Bruta proporcionalizada? Anexo III Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ISS Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,39% 1,19% 0,00% 2,42% 2,00% De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,54% 1,62% 0,00% 3,26% 2,79% De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50% R: A Empresa Alfa foi constituída em julho/2009 e enquadrada no Simples Nacional. Qual é a Receita Bruta proporcionalizada no mês de setembro/2009. Receitas: Julho/2009 R$ 9.000,00 Agosto/2009 R$ 10.000,00 Setembro/2009 R$ 6.000,00 Anexo III Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ISS Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,39% 1,19% 0,00% 2,42% 2,00% De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,54% 1,62% 0,00% 3,26% 2,79% De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50% R: 30

Lucro Presumido No 4º trimestre/2010 a empresa Alfa efetuou as seguintes operações: Venda de mercadoria = R$ 2.000.000,00 Venda de serviços = R$ 100.000,00 Receita de Aplicação Financeira = R$ 50.000,00 IRRF s/ aplicação Financeira = R$ 5.000,00 CSLL retida na fonte = R$ 1.200,00 Ganho de Capital = R$ 31.000,00 Descontos Obtidos = 10.500,00 Despesas financeiras = 45.000,00 Pis retido na fonte = R$ 10.500,00 Cofins retido na fonte = R$ 58.000,00 Com base nestas informações calcule o IRPJ, CSLL, PIS e COFINS devidos no trimestre: R: Empresa: Atividade Mista - IRPJ 31

Empresa: Atividade Mista - CSLL Empresa: Atividade Mista - PIS E COFINS 32

Lucro Arbitrado A Empresa JK precisa calcular os seus impostos com base no auto arbitramento. Calcular o IRPJ, CSLL, PIS e COFINS com base nas informações abaixo: Faturamento trimestral R$ 600.000,00 Receita de aplicação financeira R$ 10.000,00 IRRF R$ 5.000,00 R: Empresa: Atividade Serviço - IRPJ Empresa: Atividade Serviço - CSLL 33

Empresa: Atividade Serviço - PIS e COFINS Lucro Real Trimestral A empresa BBB obteve os seguintes resultados trimestrais Janeiro 100.000,00 Fevereiro 120.000,00 Março 150.000,00 Resultado do trimestre 370.000,00 Abril 130.000,00 Maio - 500.000,00 Junho 15.000,00 Resultado do trimestre - 355.000,00 Julho 150.000,00 Agosto 150.000,00 Setembro 150.000,00 Resultado do trimestre 450.000,00 Apure o IRPJ e a CSLL do trimestre, assim como o PIS e o COFINS (regime cumulativo) com base no faturamento abaixo: Jan = 500.000,00 Fev = 500.000,00 Mar 500.000,00 Abri = 100.000,00 Mai = 100.000,00 Jun = 120.000,00 Jul = 400.000,00 Ago = 400.000,00 Set = 500.000,00 Caso necessário, utilize o lalur para controlar o prejuízo fiscal. R: 34

Janeiro Fevereiro Março Resultado do trimestre Abril Maio Junho Resultado do trimestre Resultado Fiscal Faturamento irpj adicional csll pis cofins Resultado Fiscal irpj adicional csll pis cofins Julho Agosto Setembro Resultado do trimestre Compensação 30% BC - Resultado Fiscal irpj adicional csll pis cofins Histórico CONTROLE LALUR - PARTE B D C Saldo Lucro Real Anual Com base no exercício anterior, utilize os resultados mensais para apurar o lucro real anual. Para o cálculo do Pis e do Cofins deverá ser considerado os seguintes créditos: a) Energia Elétrica 1.500,00 por mês b) Aluguel 5.000,00 por mês c) Insumos 3.000,00 por mês R: Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro CÁLCULO DO IRPJ - ANUAL Resultado Fiscal Resultado Fiscal IRPJ IRPJ IRPJ Darf Mensal Acumulado Devido adicional Devido Antecipação 35

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro CÁLCULO DO CSLL - ANUAL Resultado Fiscal Resultado Fiscal CSLL CSLL CSLL Darf Mensal Acumulado Devido adicional Devido Antecipação Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro CÁLCULO DO PIS e COFINS - MENSAL Faturamento Créditos Créditos Créditos BC Pis Cofins Energia Elétrica Aluguel Insumos Devido Devido 36

Bibliografia Contabilidade Geral e Tributária Lourivaldo Lopes Ed. IOB Manual de Contabilização de Tributos Luciano Gomes dos Reis Ed. Atlas Contabilidade Tributária Gustavo Pedro de Oliveira Ed. Saraiva Regulamento do Imposto de Renda www.planalto.gov.br 37