EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FOZ DO IGUAÇU-Pr.



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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FOZ DO IGUAÇU-Pr. O Ministério Público do Estado do Paraná, por seu Promotor de Justiça que ao final assina, no uso de suas atribuições legais e com fulcro no incluso, vem, perante Vossa Excelência, nos termos do artigo 129, inciso I, da Constituição Federal, e artigo 41 do Código de Processo Penal, oferecer DENÚNCIA, em face a PAULO MAC DONALD GHISI, brasileiro, casado, ex-prefeito do Município de Foz do Iguaçu-Pr, natural de Urussanga-SC, nascido aos 16/10/1948, filho de Adriana Caruso Mac Donald e de Tito Olivier Ghisi, portador da Cédula de Identidade R.G. nº 615.587-1 (SSPPR), inscrito no CPF/MF nº 184.060.339-91, residente na Rua Edmundo de Barros, nº 412, apto nº 131, Centro, nesta Cidade e Comarca de Foz do Iguaçu-Pr; ADEVILSON OLIVERA GONÇALVES, brasileiro, casado, ex-secretário Municipal da Administração Municipal de Foz do Iguaçu-Pr no ano de 2007, portador da Cédula de Identidade R.G. nº 2.080.671 (SSPPR), inscrito no CPF/MF nº 308.345.209-82, filho de José Esterlino Gonçalves e Adonaide Oliveira Gonçalves, residente na Rua Xavier da Silva, nº 819, Centro, nesta cidade e Comarca de Foz do Iguaçu-Pr; 1

ELENICE NURNBERG, brasileira, ex-secretária Municipal de Gestão de Pessoas e Políticas de Recursos Humanos da Prefeitura de Foz do Iguaçu-Pr, nascida em 05/06/1970, filha de Catarina Pickler Nurnberg, inscrita no CPF/MF nº 724.827.619-72, residente na Rua Bartolomeu de Gusmão, nº 2.107, Centro, nesta cidade e Comarca de Foz do Iguaçu-Pr; FRANCISCO LACERDA BRASILEIRO, brasileiro, ex-secretário Municipal da Administração de Foz do Iguaçu-Pr no ano de 2009, inscrito no CPF/MF nº 537.366.564-91, residente na Avenida Tancredo Neves, nº 3.000, Condomínio Porto Seguro, no Jardim Estrela, nesta cidade e Comarca de Foz do Iguaçu-Pr; e LINCOLN BARROS DE SOUSA, brasileiro, casado, ex-secretário Municipal da Administração de Foz do Iguaçu-Pr no ano de 2011, natural de Rio Verde-Go, portador da Cédula de Identidade R.G. nº 981.814-6 (SSPPR), inscrito no CPF/MF nº 152.567.239-87, nascido aos 16/11/1952, filho de José Barros de Sousa e Doralince Leão Barros, residente na Rua Bartolomeu de Gusmão, nº 1062, apto. 03, Centro, nesta cidade e Comarca de Foz do Iguaçu-Pr; pela prática dos seguintes fatos delituosos: O denunciado PAULO MAC DONALD GHISI foi eleito consecutivamente para o cargo de Prefeito do Município de Foz do Iguaçu-Pr, tendo exercido seus dois mandatos nos períodos de 2005/2008 e 2009/2012. ELENICE NURNBERG foi nomeada para o de Secretária Municipal de Gestão de Pessoas e Políticas de Recursos Humanos. E os denunciados ADEVILSON OLIVERA GONÇALVES, FRANCISCO LACERDA BRASILEIRO e LINCOLN BARROS DE SOUSA foram nomeados para exercer o cargo de provimento em comissão de Secretário Municipal da Administração nos anos de 2005, 2009 e 2010, respectivamente. 2

1º FATO: FATO 1-A: No dia 13 de setembro de 2010, no interior da sede da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu-Pr, nesta Cidade e Comarca, o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI, na época Prefeito Municipal, em comunhão de esforços e unidade de propósitos, mediante prévio conluio com os denunciados ELENICE NURNBERG, ex-secretária Municipal de Gestão de Pessoas e Políticas de Recursos Humanos e LINCOLN BARROS DE SOUSA, ex-secretário Municipal da Administração, nomeou, por meio da Portaria nº 46.418 (fls. 34), o servidor Antônio Aparecido Lopes para exercer o cargo de provimento em comissão, símbolo CC-3, de Assessor I, a partir de 14 de setembro de 2010, contra expressa disposição do artigo 37, incisos II e V, da Constituição Federal, que prelecionam, in verbis: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (...) V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 3

O servidor Antônio Aparecido Lopes, Assessor I, laborava no arquivamento de notícias relacionadas à Prefeitura nos meios de comunicação, bem como desenvolvia projetos audiovisuais em assessoria direta ao ex-prefeito Municipal, no que tange a montagem de power points para apresentações deste, conforme termo de declarações às fls. 48. A contrariedade aos dispositivos acima referidos reside no fato de que as funções desempenhadas como cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, deveriam tratar-se de cargo de provimento efetivo, os quais são preenchidos por meio de concurso público, e não por simples nomeação. A Carta Magna estabelece que os cargos em comissão devem ser aqueles que sejam compatíveis com funções de confiança política para as quais foram idealizadas ou, em outras palavras, cargos cujas atribuições contenham decisões que influenciem no estabelecimento e delineamento político do Município. Infere-se desta assertiva que os cargos em comissão desprovidos destas características configuram desvio de finalidade. Esta era a situação existente no Município de Foz do Iguaçu-Pr. Assim, cargos para execução de funções rotineiras (como secretárias, telefonistas, atendentes, etc.), cargos técnicoprofissionais (como biólogos, médicos, engenheiros, etc.) ou cargos e de mero expediente (como motorista, almoxarife, operador de máquinas, etc.) jamais podem ser considerados de provimento em comissão, por mais importância que tenham e por mais contato que estes agentes possam ter com fatos relevantes da Administração. Não resta dúvida que a nomeação de Antônio Aparecido Lopes diverge dos fins estabelecidos pela Constituição Federal, na medida em que a natureza das funções efetivamente desempenhadas não corresponde às características e contornos jurídico-constitucionais inerentes aos cargos em comissão. 4

Desta feita, os denunciados PAULO MAC DONALD GHISI, ELENICE NURNBERG e LINCOLN BARROS DE SOUSA nomearam de forma permanente servidor contra expressa disposição de lei sendo que tal ilegalidade perdurou pelo menos até julho/2012. FATO 1-B: No mesmo ato de nomeação, os denunciados concederam verba de representação no percentual de 100% para Antônio Aparecido Lopes, o qual não possuía função de representação de gabinete como visto acima (fls. 34). Assim sendo, o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI em comunhão de esforços e unidade de propósitos, mediante prévio conluio com os denunciados ELENICE NURNBERG e LINCOLN BARROS DE SOUSA ordenou despesa não autorizada por lei, tendo em vista que a sobredita verba somente é devida para aqueles servidores que efetivamente fazem tal representação, o que não ocorre no presente caso, conforme previsto no artigo 7º, inciso IV, da Lei Complementar nº 97/2005. Destarte, os denunciados ordenaram nos meses de setembro de 2010 até (pelo menos) julho de 2012, o valor de R$ 29.965,64 (vinte e nove mil, novecentos e sessenta e cinco reais e sessenta e quatro centavos) em pagamento de gratificação de representação de forma não autorizada por lei (fls. 132/143). Digno de nota que tal delito foi cometido nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução durante os meses de setembro de 2010 até (pelo menos) julho de 2012, nos termo do artigo 71, do Código Penal. 2º FATO: 2º FATO-A: 5

No dia 10 de outubro de 2005, no interior da sede da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu-Pr, nesta Cidade e Comarca, o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI, na época Prefeito Municipal, em comunhão de esforços e unidade de propósitos, mediante prévio conluio com o denunciado ADEVILSON OLIVEIRA GONÇALVES, ex-secretário Municipal da Administração, nomeou, por meio da Portaria nº 35.701 (fls. 33), o servidor Christian Gaston Rizzi para exercer o cargo de provimento em comissão, símbolo CC-3, de Assessor I, a partir de 06 de outubro de 2005, contra expressa disposição do artigo 37, incisos II e V, da Constituição Federal, que prelecionam, in verbis: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (...) V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. O servidor Christian Gaston Rizzi, Assessor I, lotado na Secretaria da Comunicação Social, possuía como atribuição acompanhar o Prefeito Municipal em eventos, bem como fotografar e divulgar obras da Administração Pública, conforme termo de declarações às fls. 50. 6

A contrariedade aos dispositivos acima referidos reside no fato de que as funções desempenhadas como cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, deveriam tratar-se de cargo de provimento efetivo, os quais são preenchidos por meio de concurso público, e não por simples nomeação. A Carta Magna estabelece que os cargos em comissão devem ser aqueles que sejam compatíveis com funções de confiança política para as quais foram idealizadas ou, em outras palavras, cargos cujas atribuições contenham decisões que influenciem no estabelecimento e delineamento político do Município. Infere-se desta assertiva que os cargos em comissão desprovidos destas características configuram desvio de finalidade. Esta era a situação existente no Município de Foz do Iguaçu-Pr. Assim, cargos para execução de funções rotineiras (como secretárias, telefonistas, atendentes, etc.), cargos técnicoprofissionais (como biólogos, médicos, engenheiros, etc.) ou cargos e de mero expediente (como motorista, almoxarife, operador de máquinas, etc.) jamais podem ser considerados de provimento em comissão, por mais importância que tenham e por mais contato que estes agentes possam ter com fatos relevantes da Administração. Não resta dúvida que a nomeação de Christian Gaston Rizzi diverge dos fins estabelecidos pela Constituição Federal, na medida em que a natureza das funções efetivamente desempenhadas não corresponde às características e contornos jurídico-constitucionais inerentes aos cargos em comissão. Desta feita, os denunciados PAULO MAC DONALD GHISI e ADEVILSON OLIVEIRA GONÇALVES nomearam de forma permanente servidor contra expressa disposição de lei sendo que tal ilegalidade perdurou pelo menos até julho/2012. FATO 2-B: 7

No mesmo ato de nomeação, os denunciados concederam verba de representação no percentual de 100% para Christian Gaston Rizzi, o qual não possuía função de representação de gabinete como visto acima (fls. 33). Assim sendo, o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI em comunhão de esforços e unidade de propósitos, mediante prévio conluio com o denunciado ADEVILSON OLIVEIRA GONÇALVES ordenou despesa não autorizada por lei, tendo em vista que a sobredita verba somente é devida para aqueles servidores que efetivamente fazem tal representação, o que não ocorre no presente caso, conforme previsto no artigo 7º, inciso IV, da Lei Complementar nº 97/2005. Destarte, os denunciados ordenaram nos meses de outubro de 2005 até (pelo menos) julho de 2012, o valor de R$ 115.587,56 (cento e quinze mil, quinhentos e oitenta e sete reais e cinqüenta e seis centavos) em pagamento de gratificação de representação de forma não autorizada por lei (fls. 132/143). Digno de nota que tal delito foi cometido nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução durante os meses de outubro de 2005 até (pelo menos) julho de 2012, nos termo do artigo 71, do Código Penal. 3º FATO: FATO 3-A: No dia 09 de julho de 2009, no interior da sede da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu-Pr, nesta Cidade e Comarca, o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI, na época Prefeito Municipal, em comunhão de esforços e unidade de propósitos, mediante prévio conluio com o denunciado FRANCISCO LACERDA BRASILEIRO, ex-secretário Municipal da Administração, nomeou, por meio da Portaria nº 44.243 (fls. 32), a servidora Elis Regina Konitski dos Santos para exercer o cargo de provimento em comissão, símbolo CC-5, de Assessor III, a partir de 10 de julho 8

de 2009, contra expressa disposição do artigo 37, incisos II e V, da Constituição Federal, que prelecionam, in verbis: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (...) V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. A servidora Elis Regina Konitski dos Santos, Assessor III, lotado na Secretaria da Comunicação Social, sendo que realizava assessoria de imprensa para a Secretaria da Agricultura, conforme termo de declarações às fls. 49. A contrariedade aos dispositivos acima referidos reside no fato de que as funções desempenhadas como cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, deveriam tratar-se de cargo de provimento efetivo, os quais são preenchidos por meio de concurso público, e não por simples nomeação. A Carta Magna estabelece que os cargos em comissão devem ser aqueles que sejam compatíveis com funções de confiança política para as quais foram idealizadas ou, em outras palavras, cargos cujas atribuições contenham decisões que influenciem no estabelecimento e delineamento político do Município. Infere-se desta assertiva que os cargos em comissão desprovidos destas características configuram desvio de finalidade. Esta era a situação existente no Município de Foz do Iguaçu-Pr. Assim, cargos para execução de funções rotineiras (como secretárias, telefonistas, atendentes, etc.), cargos técnicoprofissionais (como biólogos, 9

médicos, engenheiros, etc.) ou cargos e de mero expediente (como motorista, almoxarife, operador de máquinas, etc.) jamais podem ser considerados de provimento em comissão, por mais importância que tenham e por mais contato que estes agentes possam ter com fatos relevantes da Administração. Não resta dúvida que a nomeação de Elis Regina Konitski dos Santos diverge dos fins estabelecidos pela Constituição Federal, na medida em que a natureza das funções efetivamente desempenhadas não corresponde às características e contornos jurídico-constitucionais inerentes aos cargos em comissão. Desta feita, os denunciados PAULO MAC DONALD GHISI e FRANCISCO LACERDA BRASILEIRO nomearam de forma permanente servidor contra expressa disposição de lei, sendo que tal ilegalidade perdurou pelo menos até julho/2012. FATO 3-B: No mesmo ato de nomeação, os denunciados concederam verba de representação no percentual de 100% para Elis Regina Konitski dos Santos, a qual não possuía função de representação de gabinete como visto acima. Assim sendo, o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI em comunhão de esforços e unidade de propósitos, mediante prévio conluio com o denunciado FRANCISCO LACERDA BRASILEIRO ordenou despesa não autorizada por lei, tendo em vista que a sobredita verba somente é devida para aqueles servidores que efetivamente fazem tal representação, o que não ocorre no presente caso, conforme previsto no artigo 7º, inciso IV, da Lei Complementar nº 97/2005. Destarte, os denunciados ordenaram nos meses de julho de 2009 até (pelo menos) julho de 2012, o valor de R$ 14.495,90 (quatorze mil, quatrocentos e noventa e cinco reais e noventa centavos) em pagamento de gratificação de representação de forma não autorizada por lei (fls. 132/143). 10

Digno de nota que tal delito foi cometido nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução durante os meses de julho de 2009 até (pelo menos) julho de 2012, nos termo do artigo 71, do Código Penal. 4º FATO: FATO 4-A: No dia 29 de julho de 2008, no interior da sede da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu-Pr, nesta Cidade e Comarca, o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI, na época Prefeito Municipal, em comunhão de esforços e unidade de propósitos, mediante prévio conluio com o denunciado ADEVILSON OLIVEIRA GONÇALVES, ex-secretário Municipal da Administração, nomeou, por meio da Portaria nº 42.211 (fls. 36), o servidor Genézio Antônio de Camargos para exercer o cargo de provimento em comissão, símbolo CC-3, de Assessor I, a partir de 01º de agosto de 2008, contra expressa disposição do artigo 37, incisos II e V, da Constituição Federal, que prelecionam, in verbis: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (...) V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 11

O servidor Genézio Antônio de Camargos, Assessor I, lotado na Secretaria da Comunicação Social, entretanto estava cedido para a Secretaria de Esportes, que laborava como coordenador de eventos, conforme termo de declarações às fls. 51. A contrariedade aos dispositivos acima referidos reside no fato de que as funções desempenhadas como cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, deveriam tratar-se de cargo de provimento efetivo, os quais são preenchidos por meio de concurso público, e não por simples nomeação. A Carta Magna estabelece que os cargos em comissão devem ser aqueles que sejam compatíveis com funções de confiança política para as quais foram idealizadas ou, em outras palavras, cargos cujas atribuições contenham decisões que influenciem no estabelecimento e delineamento político do Município. Infere-se desta assertiva que os cargos em comissão desprovidos destas características configuram desvio de finalidade. Esta era a situação existente no Município de Foz do Iguaçu-Pr. Assim, cargos para execução de funções rotineiras (como secretárias, telefonistas, atendentes, etc.), cargos técnicoprofissionais (como biólogos, médicos, engenheiros, etc.) ou cargos e de mero expediente (como motorista, almoxarife, operador de máquinas, etc.) jamais podem ser considerados de provimento em comissão, por mais importância que tenham e por mais contato que estes agentes possam ter com fatos relevantes da Administração. Não resta dúvida que a nomeação de Genézio Antônio de Camargos diverge dos fins estabelecidos pela Constituição Federal, na medida em que a natureza das funções efetivamente desempenhadas não corresponde às características e contornos jurídico-constitucionais inerentes aos cargos em comissão. Desta feita, os denunciados PAULO MAC DONALD GHISI e ADEVILSON OLIVEIRA GONÇALVES nomearam de forma permanente servidor 12

contra expressa disposição de lei, sendo que tal ilegalidade perdurou pelo menos até julho/2012. FATO 4-B: No mesmo ato de nomeação, os denunciados concederam verba de representação no percentual de 100% para Genézio Antônio de Camargos, o qual não possuía função de representação de gabinete como visto acima. Assim sendo, o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI em comunhão de esforços e unidade de propósitos, mediante prévio conluio com o denunciado ADEVILSON OLIVEIRA GONÇALVES ordenou despesa não autorizada por lei, tendo em vista que a sobredita verba somente é devida para aqueles servidores que efetivamente fazem tal representação, o que não ocorre no presente caso, conforme previsto no artigo 7º, inciso IV, da Lei Complementar nº 97/2005. Destarte, os denunciados ordenaram nos meses de agosto de 2008 até (pelo menos) julho de 2012, o valor de R$ 63.641,87 (sessenta e três mil, seiscentos e quarenta e um reais e oitenta e sete centavos) em pagamento de gratificação de representação de forma não autorizada por lei. Digno de nota que tal delito foi cometido nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução durante os meses de agosto de 2008 até (pelo menos) julho de 2012, nos termo do artigo 71, do Código Penal. 5º FATO: FATO 5-A: No dia 25 de outubro de 2010, no interior da sede da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu-Pr, nesta Cidade e Comarca, o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI, na época Prefeito Municipal, em comunhão de 13

esforços e unidade de propósitos, mediante prévio conluio com a denunciada ELENICE NURNBERG, ex-secretária Municipal de Gestão de Pessoas e Políticas de Recursos Humanos, nomeou, por meio da Portaria nº 46.699 (fls. 31), o servidor Gerson Fernandes Cardoso para exercer o cargo de provimento em comissão, símbolo CC-3, de Assessor I, a partir de 25 de outubro 2010, contra expressa disposição do artigo 37, incisos II e V, da Constituição Federal, que prelecionam, in verbis: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (...) V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. O servidor Gerson Fernandes Cardoso, Assessor I, laborava na confecção do diário oficial do município, conforme termo de declaração às fls. 52. A contrariedade aos dispositivos acima referidos reside no fato de que as funções desempenhadas como cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, deveriam tratar-se de cargo de provimento efetivo, os quais são preenchidos por meio de concurso público, e não por simples nomeação. A Carta Magna estabelece que os cargos em comissão devem ser aqueles que sejam compatíveis com funções de confiança política para as quais foram idealizadas ou, em outras palavras, cargos cujas atribuições contenham decisões que 14

influenciem no estabelecimento e delineamento político do Município. Infere-se desta assertiva que os cargos em comissão desprovidos destas características configuram desvio de finalidade. Esta era a situação existente no Município de Foz do Iguaçu-Pr. Assim, cargos para execução de funções rotineiras (como secretárias, telefonistas, atendentes, etc.), cargos técnicoprofissionais (como biólogos, médicos, engenheiros, etc.) ou cargos e de mero expediente (como motorista, almoxarife, operador de máquinas, etc.) jamais podem ser considerados de provimento em comissão, por mais importância que tenham e por mais contato que estes agentes possam ter com fatos relevantes da Administração. Não resta dúvida que a nomeação de Gerson Fernandes Cardoso diverge dos fins estabelecidos pela Constituição Federal, na medida em que a natureza das funções efetivamente desempenhadas não corresponde às características e contornos jurídico-constitucionais inerentes aos cargos em comissão. Desta feita, os denunciados PAULO MAC DONALD GHISI e ELENICE NURNBERG nomearam de forma permanente servidor contra expressa disposição de lei, sendo que tal ilegalidade perdurou pelo menos até julho/2012. FATO 5-B: No mesmo ato de nomeação, os denunciados concederam verba de representação no percentual de 100% para Gerson Fernandes Cardoso, a qual não possuía função de representação de gabinete como visto acima. Assim sendo, o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI em comunhão de esforços e unidade de propósitos, mediante prévio conluio com a denunciada ELENICE NURNBERG ordenou despesa não autorizada por lei, tendo em vista que a sobredita verba somente é devida para aqueles servidores que efetivamente fazem tal representação, o que não ocorre no presente caso, conforme previsto no artigo 7º, inciso IV, da Lei Complementar nº 97/2005. 15

Destarte, os denunciados ordenaram nos meses de novembro de 2010 até (pelo menos) julho de 2012, o valor de R$ 28.685,32 (vinte e oito mil, seiscentos e oitenta e cinco reais e trinta e dois centavos) em pagamento de gratificação de representação de forma não autorizada por lei. Digno de nota que tal delito foi cometido nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução durante os meses de novembro de 2010 até (pelo menos) julho de 2012, nos termo do artigo 71, do Código Penal. Assim agindo, incorreu o denunciado PAULO MAC DONALD GHISI nas sanções penais previstas no artigo 1º, inciso XIII, do Decreto-lei nº 201/67 (5 vezes), e artigo 359-D (5 vezes), combinado com o artigo 71, do Código Penal, todos combinados com o artigo 69, do Código Penal; o denunciado ADEVILSON OLIVEIRA GONÇALVES nas sanções penais previstas no artigo 1º, inciso XIII, do Decreto-lei nº 201/67 (2 vezes), e artigo 359-D (2 vezes), combinado com o artigo 71, do Código Penal, todos combinados com o artigo 69, do Código Penal; a denunciada ELENICE NURNBERG nas sanções penais previstas no artigo 1º, inciso XIII, do Decreto-lei nº 201/67 (2 vezes), e artigo 359-D (2 vezes), combinado com o artigo 71, ambos do Código Penal, todos combinados com o artigo 69, do Código Penal; FRANCISCO LACERDA BRASILEIRO nas sanções penais previstas no artigo 1º, inciso XIII, do Decreto-lei nº 201/67 (1 vez), e artigo 359-D (1 vez), combinado com o artigo 71, do Código Penal, todos combinados com o artigo 69, do Código Penal; e LINCOLN BARROS DE SOUSA nas sanções penais previstas no artigo 1º, inciso XIII, do Decreto-lei nº 201/67 (1 vez), e artigo 359-D (1 vez), combinado com o artigo 71, ambos do Código Penal, todos combinados com o artigo 69, do Código Penal, razão pela qual o Ministério Público oferece esta denúncia, requerendo que, uma vez recebida e autuada esta, instaure-se processo criminal de acordo com o procedimento previsto nos artigos 394/405 e artigos 498/502, todos do Código de Processo Penal, citando-os e 16

intimando-os para todos seus termos e atos, sob pena dos efeitos da revelia, notificandose as testemunhas abaixo arroladas a virem depor sobre os fatos e, ao final provado o que acima foi exposto, sejam eles julgados nas penas dos dispositivos que infringiram, na forma e segundo os ditames da lei. Foz do Iguaçu, 07 de fevereiro de 2013. Marcos Cristiano Andrade Promotor de Justiça INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO Nº 0053.12.000269-5 17

MM. Juiz: laudas, digitadas somente no anverso; a) Segue denúncia em separado, em 17 (dezessete) b) Requer-se, ainda, após o recebimento da denúncia, seja tal ato comunicado à i. Autoridade Policial, ao Cartório Distribuidor, bem como ao Instituto de Identificação do Estado do Paraná, obedecendo-se, assim, o disposto no item 6.4.1., IV, do Código de Normas da Corregedoria-Geral de Justiça; antecedentes criminais junto ao Sistema Oráculo. c) Requer-se que a escrivania junte aos autos pesquisa de Foz do Iguaçu, 13 de fevereiro de 2013. Marcos Cristiano Andrade Promotor de Justiça 18