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Transcrição:

Guerra dos Cem Anos (1337 1453) Guerra das Duas Rosas (1455 1485) Expansão Marítima Portuguesa Idade Moderna - A questão da sucessão ao trono francês: o rei francês faleceu sem deixar sucessores, apenas sua irmã que era mãe de Eduardo III, rei da Inglaterra; este reclamou para si o trono, porém a lei salica impedia a ascensão de mulheres e seus descendentes ao trono francês; os barões franceses elegem ao trono Felipe de Valois; inicialmente Eduardo III concordou, mas voltou atrás e exigia a coroa do trono. - A Questão flamenga: Flandes era dependente da França (um dos pólos comerciais da Europa) e com a ascensão ao poder de Felipe de Valois os flamengos se revoltaram, porém logo o rei interveio dando todo o apoio ao Conde de Flandes e restabelecendo a influência francesa na região; o rei Eduardo III em represália proíbe a exportação da lã para os flamengos, que arruinados se unem aos ingleses contra a França. - Especialização na criação de ovelhas para a exportação da lã. - Para ampliar a área de pastagem das ovelhas, os senhores feudais expulsavam os camponeses. Tal expulsão era feita pelos cavaleiros desmobilizados da guerra. - A disputa por melhores terras acabou provocando uma guerra civil entre duas grandes famílias nobres: os Lancaster (cujo brasão era uma rosa vermelha) e os York (que tinha de brasão uma rosa branca). - A guerra envolveu os nobres mais tradicionais e os que se dedicavam a criação de ovelhas, porém acabou envolvendo toda a Inglaterra. - Neutralidade de Portugal nos conflitos europeus. - O poder monárquico centralizado. - Posição geográfica privilegiada. - Desenvolvimento da indústria naval. - Fundação da Escola de Sagres. - Busca de uma rota marítima que substituísse a rota terrestre e mediterrânea do comércio com as Índias, e cujo monopólio pertencia aos portos de Gênova e Veneza na Itália - Centralização do poder real (os monarcas, tanto da Inglaterra como da França tiveram sua autoridade fortalecida, destruindo uma característica do feudalismo que era a descentralização do poder). - Decadência da nobreza feudal (os nobres tiveram que reconhecer que somente com um comandante supremo se poderia vencer exércitos maiores e mais organizados e a autoridade dos nobres sobre os feudos saiu completamente abalada). - Progresso da arte militar - No ano de 1453, a Guerra dos Cem Anos chegou ao fim, a Inglaterra reconheceu a vitória da França, apesar de manter ainda uma pequena fortaleza no litoral francês (Calais). - Extermínio de várias famílias feudais. - Enfraquecimento do parlamento. - O poder passou para as mãos dos Tudor, família que implantou o absolutismo na Inglaterra. - Império ultramarino com possessões coloniais na América (Brasil), África e Ásia - Périplo africano: 1415 (Ceuta), 1462 (Cabo Verde), 1466 (Guiné), 1471 (São Tomé e Príncipe), 1483 (Angola), 1488 (Cabo da Boa Esperança), 1498 (Calecut Índia) No Brasil - 1500: descobrimento do Brasil, - Pacto Colonial

- Monopólio do comércio de produtos orientais, estabelecido pelas cidades italianas de Veneza e Gênova. Os fabulosos lucros obtidos com esse comércio estimularam comerciantes de outras regiões européias a tentar quebrar esse monopólio; - A escassez de metais preciosos na Europa, necessário à cunhagem de moedas; - A formação dos Estados Nacionais e o fortalecimento do poder monárquico (centralização monárquica); Expansão Marítima Portuguesa - A estagnação da economia européia, necessidade de buscar novos mercados consumidores de manufaturados (excedentes de produção) e fornecedores de matérias-primas; - A ascensão da burguesia mercantil, possuidora de capital a investir e desejosa de obter mais lucros com o comércio, unindo-se com o poder do rei; - Avanços técnicos e científicos contribuindo para a arte da navegação: bússola, astrolábio, caravelas, escola de sagres. - Posição geográfica privilegiada de Portugal e Espanha (maritimidade) na Península Ibérica; - A tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos fechando a rota do mediterrâneo para a Europa.

Grandes Descobrimentos e Navegações - Necessidade de manter o comércio com o Oriente (Turcos tomaram Constantinopla em 1453) como alternativa de um caminho para as Índias. - Escassez de metais preciosos na Europa (metalismo) - Aperfeiçoamento na arte de navegar (Escola de Sagres) - Mentalidade mercantil estimulada por relatos de viagens de Marco Polo. - Espírito catequista da Igreja. A mística religiosa. - O fortalecimento do poder real (aparecem as monarquias nacionais). - A ascensão da burguesia mercantil. - A expansão muçulmana no oriente. - Os aperfeiçoamentos técnicos e científicos. - O desenvolvimento das relações comerciais entre o ocidente e o oriente permitiu uma organização mais ampla e mais científica das transações mercantis pelo uso freqüente das letras de câmbio, operações bancárias, dos transportes marítimos e das comissões. - O afluxo de produtos coloniais na Europa os gêneros coloniais apareceram na Europa em grande quantidade e baixou o preço; a indústria passou a ter novas matérias-primas e novos mercados consumidores. - O afluxo de metais preciosos grande quantidade de ouro e prata foi retirada das colônias da América e remetida para a Europa. - O deslocamento do centro comercial do Mediterrâneo para o Atlântico provocou a decadência da hegemonia econômica das cidades italianas. - O restabelecimento da escravidão primeiro da indígena e depois da negra. - Espanha e Portugal se tornam grandes potências - Os novos descobrimentos feriram os interesses de Portugal, amparados nas bulas papais - Intenso comércio lucrativo surgindo uma nova classe social - Surgimento das colônias e do monopólio exclusivo entre Metrópole e a Colônia. No plano político: as novas terras, pelas dimensões apresentadas, modificaram as ambições dos Reis e Senhores Feudais. Para evitar conflitos entre Portugal e Espanha, foi firmado o Tratado de Tordesilhas (1494), garantindo à Portugal as terras descobertas no Ocidente No campo econômico: o tráfico comercial adquiriu enorme intensidade e deslocou seu eixo do Mediterrâneo para o Atlântico; abundância de metal precioso provocou a desvalorização e o aumento do custo de vida, desenvolvimento da indústria naval No plano social: possibilidade de ascensão na escala social, estímulo a busca de novas idéias e pensamentos No plano geográfico: completou-se a representação da terra, pondo fim as dúvidas existentes até então sobre a esfericidade da terra; aperfeiçoou-se a arte de navegar e se ampliou a cartografia; propiciou a abertura para novas investigações científicas e filosóficas

- O oceano atlântico passou a ser a área marítima mais importante para as atividades comerciais da Europa, deixando de ser o Mediterrâneo; - Aumento quantitativo e qualitativo do comércio europeu; - Desenvolvimento da indústria naval; Grandes Descobrimentos e Navegações - Fortalecimento do capital comercial; - Desarticulação do monopólio árabe-italiano do comércio oriental (portos de Gênova e Veneza); Formação das Monarquias Nacionais - Progressiva centralização do poder nas mãos dos reis. - Dissolução progressiva do modo de produção feudal (crise do feudalismo) que fez com que a renda dos senhores feudais diminuísse, com isto as obrigações sobre os servos foram aumentadas, gerando revolta camponeses e obrigando os senhores feudais a se socorrerem junto ao rei; este fato contribui para a centralização, pois o rei surgiu como articulador da aristocracia contra a pressão da massa rebelde. - Emergência da economia mercantil e o desenvolvimento comercial e urbano que também criavam condições favoráveis ao processo de centralização, pois a burguesia buscava a unificação do mercado nacional (unificação de pedágios, moeda, pesos, medidas, leis e alfândegas) através dessa centralização do poder; a burguesia mercantil se aliou aos reis. - Surgimento das Universidades que criaram o corpo de funcionários e de legistas, que buscavam a legitimação do poder real através do Direito romano e costumeiro. - Desenvolvimento do individualismo com o renascimento que criou a imagem do rei representante e protetor de sua nação. - Nacionalismo - O monopólio português sobre as mercadorias orientais; - Colonização da América motivada pela necessidade de se aproveitar comercialmente as terras descobertas, criando-se assim os primeiros impérios coloniais da Idade Moderna.

Absolutismo Mercantilismo - Observação: sistema político no qual toda a autoridade está concentrada na pessoa do soberano. - Revolução Comercial caracterizada pelo mercantilismo, formação das Companhias de Comércio e ascensão ao poder econômico da burguesia, que se aliou ao rei em busca da proteção de um governo forte; os reis em decorrência do afluxo de metais preciosos formaram exércitos, armadas e ampliaram seu poder. - A Reforma Protestante que contribuiu para o enfraquecimento do poder temporam dos papas e despertou o nacionalismo dos reis, os quais passaram a decidir sobre assuntos civis e religiosos. - A Guerra dos Cem Anos que provocou a ruína dos senhores feudais, detentores, até então, do poder político em alguns países da Europa ocidental. Considerações: - Os responsáveis pela economia dos países absolutistas pensaram numa maneira de manter seus respectivos países sempre com excedente de dinheiro em seus tesouros: vender caro e comprar barato. - A burguesia, que era o agente financeiro das atividades econômicas, se fortalecia com a ajuda que o Estado dava à economia. - Para aumentar as riquezas de um país, os mercantilistas pensavam em várias soluções: aumentar a quantidade de prata e ouro nos cofres do Estado (metalismo), no entanto implicava em medidas protecionistas, isto é, deveria ser impedida a saída de metais preciosos do país ao mesmo tempo incentivar a entrada desses mesmos metais, e como fazer isto senão vendendo caro e comprando barato. - Para isso as colônias eram importantes, pois poderiam fornecer metais preciosos e outros produtos a preços baixíssimos, para tanto era necessário conquistar colônias e garantir que fornecessem mercadorias a preços baixos para as metrópoles e comprassem produtos das metrópoles a preços caros (Pacto Colonial). - A política mercantilista propiciou a acumulação de capital e riquezas nas mãos da burguesia, classe que se tornava cada vez mais rica e forte, que juntamente com os Estados Absolutistas, acumularam essa riqueza graças a exploração das colônias e do trabalho de milhares de camponeses e trabalhadores que, na Europa, forneciam os produtos para serem consumidos por mercados crescentes. - Com o passar do tempo essa burguesia começou a perceber que a associação com o Estado Absolutista poderia também limitar suas atividades, e aos poucos se prenunciava esse rompimento entre o Estado absoluto e a burguesia, ocorrendo pela primeira vez na Inglaterra no século XVII. - Fortalecimento das monarquias nacionais (Absolutismo). - Enriquecimento da burguesia comercial. - Acúmulo de força pela burguesia para a derrubada do absolutismo. - A Revolução Industrial na Inglaterra cujos fundamentos foram aí assentados pelo grande acúmulo de capitais e o aparecimento de novas técnicas de produção industrial (linha de produção). - Retorno à escravidão conseqüência da exploração de colônias, abolida desde o ano 1000.

Decadência (crise) do Mercantilismo - Iluminismo - Críticas do Iluminismo com a política adotada pelo Absolutismo - Crítica dos fisiocratas da intervenção do Estado na economia, defendendo a liberdade de comprar e vender onde cada um achasse mais conveniente - Desejo da burguesia de afastar o controle do estado sobre a economia, querendo maior liberdade para seus negócios - Pacto Colonial (contra o monopólio) - Críticas às restrições a livre iniciativa e ao livre comércio - Mão-de-obra escrava - Crise no Sistema Colonial - Processo de Independência das Colônias Americanas - As metrópoles exigiam cada vez mais das colônias - Revolução Industrial

Reforma Religiosa - O estado anárquico e confusão em que se encontrava a Igreja na Alemanha e Itália. - As transformações econômicas da Europa no século XVI que levaram a classe eclesiástica às especulações com o objetivo de aumentar os seus bens materiais. - Os conflitos entre os soberanos e os papas, que contribui para o declínio do papado. - A influência do humanismo que criticava a suntuosidade da Igreja Católica. - O desejo de posse dos bens da Igreja. - A difusão da bíblia - Os impostos eclesiásticos que provocaram descontentamentos, especialmente na Inglaterra. - O pretexto para a eclosão do movimento de reforma foi a venda de indulgências determinado pelo Papa Leão X com o objetivo de arrecadar dinheiro para a construção da igreja São Pedro em Roma. - A reforma começou na Alemanha porque esta região era um centro de contradições decorrentes das transformações econômicas e sociais do fim da Idade Média: atraso cultural, Igreja rica, mentalidade cristã mais enraizada, falta de um governo forte que pudesse defender os interesses alemães, camponeses arruinados e burguesia ameaçada pela ruína. - A reforma iniciou com as críticas de Lutero à venda das indulgências, os nobres aderiram e tomaram as terras da Igreja e os camponeses se revoltaram contra os nobres (1523). Lutero não apóia o movimento e acabou unindo os católicos e luteranos para lutarem contra os camponeses encerrando a luta em 1525 (anabalistas); os príncipes após derrotarem os camponeses se uniram contra o Imperador Carlos V. A luta termina com a PAZ DE AUGSBURGO em 1525 que dava direito a cada príncipe impor sua própria religião em seu território; da Alemanha estendeu-se para a Suécia e Noruega; o catolicismo desapareceu nesta região. - A reforma espalhou-se pela Europa: Calvino pregou suas idéias na Suíça (Calvinismo); na Escócia se difundiu o presbiterianismo (variante do Calvinismo) na Inglaterra surgiu o puritanismo (quacker-anabatistas). - A burguesia aderiu a doutrina calvinista, a qual apresentava uma justificativa para o lucro capitalista. - Na Inglaterra foi proclamado o anglicanismo (perseguição aos católicos e puritanistas mais radicais). - Rompeu a unidade do cristianismo no ocidente; - Contribuiu para o fortalecimento do poder real; - Motivou a emigração de colonos para a América (1533); - Determinou a Contra-Reforma.

Contra - Reforma Estado Absolutista Século XVI Europa - Reforma religiosa iniciado na Alemanha por Martinho Lutero Características - Centralização Monárquica na Europa Ocidental Absolutismo Monárquico - Monarquias absolutistas pela criação de uma estrutura administrativa das - Centralização Monárquica na Europa Ocidental - Vida política girando em torno do fortalecimento do Rei, acumulando poderes cada vez mais amplos e de maior alcance, detendo poderes absolutos - O Rei era fonte de soberania, de fazer e revogar as leis - Resistência dos camponeses quebrada - Poder da Igreja subjugada - Rígido controle do Estado sobre a Igreja. Integrar conhecimentos com a Ação de Igreja nas Colônias Hispano-Americanas e no Brasil, - Nobreza feudal vencida - Reafirmação dos dogmas rejeitados pela Reforma - Fim dos abusos e da venda de indulgências - Censura de livros - Reativação do Tribunal do santo Ofício (Inquisição) - Fundação da Companhia de Jesus em 1534 por Inácio de Loyola, tendo por objetivo impedir o avanço do protestantismo. No Brasil Inglaterra - Dinastia de Tudor (Século XV) - Ação dos jesuítas na catequese dos índios e na educação dos filhos dos colonizadores - Grande crescimento econômico - Exércitos nacionais cada vez mais fortes

Henrique VIII (1509 1547) - Centralização Monárquica na Europa Ocidental - Surgimento dos Estados Nacionais - Endividamento da Inglaterra pelas guerras - Aumento dos impostos para cobrir as despesas - Confisco dos bens da Igreja - Insatisfação do clero - Execução de opositores do regime - Criação da Igreja Nacional da Inglaterra (Igreja Anglicana) - Rompimento com o Papa - Instabilidade política após sua morte Eduardo VI (1547 1553) Maria de Tudor Filha mais velha de Henrique VIII Tentativa de restauração do catolicismo na Inglaterra (1553 1558) Católica fervorosa Perseguição violenta aos anglicanos e calvinistas

Elizabeth I (1558 1603) - Apogeu do Absolutismo Monárquico na Inglaterra - Observação: Os cercamentos eram a ocupação e cercamento pelos grandes proprietários dos campos em geral, levando à expulsão dos camponeses ali instalados, passando a serem utilizados como pastagens para ovelhas, cuja lã era exportada para as manufaturas de tecidos, primeiramente nos Países Baixos e, mais tarde, na Inglaterra, assegurando um farto e barato suprimento de mão-deobra para as manufaturas por meio da expulsão dos camponeses Inglaterra - Dinastia Stuart (Século XVII) - Adotou o Protestantismo como religião - Organização definitiva da Igreja anglicana, submetendo-a ao Estado - Fortalecimento da polícia na repressão às atividades dos grupos católicos - Redução da ação do legislativo, convocando o Parlamento apenas três vezes em 45 anos de governo - Venda de terras reais para cobrir os gastos do Estado, sem depender do Parlamento - Desenvolvimento da Artilharia Naval como estratégia militar, possibilitando a vitória contra a Invencível Armada em 1588 do rei da Espanha Filipe II No campo econômico raízes para a Revolução Industrial: - Desenvolvimento econômico pelo desenvolvimento comercial, acumulando capital, - Proibição de venda de lã para o exterior em 1578, favorecendo a produção interna de tecidos (matéria prima) - Modernização da frota marítima (mercante e de guerra) - transportes - Intensificação do processo de cercamentos beneficiando duplamente a produção manufatureira em expansão, garantindo farta matéria-prima (lã) para as tercelagens, com a ampliação das áreas de pastagens e expulsando a mão-deobra (força de trabalho) do campo para as cidades, sendo absorvida pela indústria crescente - Incentivo à formação de companhias mercantis (Companhia Inglesa das Índias Orientais), detendo o monopólio do comércio inglês com o Oriente e autorizada a administrar novas terras

Jaime I (1603-1625) Antecedentes - Conflito entre a Monarquia e o Parlamento, levando a país a duas revoluções no século XVII - Crescente divergências de interesses entre os monarcas Stuart que procuravam ampliar seus poderes e uma parte da burguesia que reivindicavam maior liberdade de mercado e representada no Parlamento (Câmara dos Comuns) - Oposição à política de monopólios que favorecia as grandes companhias - Fortalecimento da monarquia absolutista na Inglaterra, invocando o poder divino dos reis - Fortalecimento do trono real com o predomínio do anglicanismo - Colonização do Ulster, região da Irlanda católica, com o confisco das propriedades locais com distribuição entre os súditos ingleses - Discriminação dos irlandeses, passando grande parte das terras para o controle de protestantes anglicanos - Violenta reação dos católicos da região - Convocação do Parlamento com o intuito de ampliar o Exército para reprimir católicos e puritanos por meio de aumento de impostos - Veto da Câmara dos Comuns ao aumento proposto pelo Rei, - Dissolução do Parlamento em 1614, passando a cobrar as taxas ilegalmente e reprimindo com violência os opositores - Migração em massa dos descontentes para a América do Norte (integrar conhecimentos com a colonização dos EUA)

Carlos I (1625 1649) Oliver Cromwell (1649 1658) Absolutista Choque com o Parlamento - 1628: Imposição da Câmara dos Comuns do rei assinar a Petição de direitos, comprometendo-se a não cobrar impostos sem prévia aprovação parlamentar, - 1629: Dissolução do Parlamento, readquirindo o controle da política financeira - Cobrança de impostos em desuso ( Ship Money ), imposto pago pelas cidades portuárias para financiar a marinha e agora estendida para todas as cidades inglesas - Imposição da religião em todo os domínios da Coroa, como forma de fortalecer suas pretensões absolutistas - 1639: Mobilização e invasão pelo exército escocês a Inglaterra como represália à imposição religiosa - Convocação do Parlamento para aprovação de verbas de defesa - Imposição do Parlamento ao monarca de dissolver a Câmara Estrelada (Tribunal de Justiça), extinguir a cobrança do Ship Money e prender e executar os principais assessores do Rei. O Monarca obteve o aumento de impostos, contratando mercenários e vencendo os escoceses - 1641: Revolta de grandes proporções na região da Irlanda católica contra a dominação inglesa, - Solicitação de Carlos I como comandante do exército ao Parlamento - Negação do Parlamento caso o rei não submetesse a escolha de seus conselheiros à aprovação da Câmara dos Comuns - Recusa do Rei em fazê-lo, invadindo a sede do órgão e prendendo os principais líderes - Organização do próprio exército da Câmara dos Comuns, enfrentando as forças do rei a partir de 1642 - Guerra Civil comandada por Oliver Cromwell, vencendo a Batalha de Naseby (1645) - Refúgio de Carlos I na Escócia, sendo decapitado na Inglaterra em 1649 - Proclamação da República sob a liderança de Cromwell (1649 1658) com a abolição da Câmara dos Lordes - Eliminação das estruturas feudais que entravavam o pleno desenvolvimento do capitalismo mercantil - Criação do Conselho de Estado, composto por 41 membros, apesar do poder está nas mãos de Cromwell

Oliver Cromwell (1649 1658) Chefes Militares Carlos II (1660 1685) Jaime II (1685 1688) - Renúncia de Richard Cromwell ao cargo e sucessor de Oliver - Modelo francês de absolutismo - De formação católica - 1651: Promulgação dos Atos de Navegação estabelecendo que todas as mercadorias importadas deveriam vir para a Inglaterra em navios ingleses ou em barcos dos países de origem, estimulando o desenvolvimento econômico, como também reforçando a defesa nacional. De fato, o comércio ganhou impulso, enquanto o mercado se expandia com a conquista, pela Inglaterra, de novas áreas coloniais. Os Atos de Navegação no início do século XVIII, influenciou a Independência dos EUA em 1776. quando a Inglaterra obrigou as colônias a cumprirem os dispositivos. Entretanto, com a insatisfação dos colonos norte-americanos, contribuiu para o movimento de independência - Vitória da Inglaterra contra a Holanda e Espanha, obtendo Dunquerque na Europa e a Jamaica no Caribe respectivamente - 1653: Dissolução do Parlamento, proclamando-se Lorde Protetor da Inglaterra, impondo uma ditadura pessoal apoiada pelo exército até 1658, ano de sua morte - 1660: Convocação do Parlamento com a restauração da monarquia, colocando no trono o rei Carlos II (1660 1685) - Perseguição dos puritanos - Restauração da supremacia da Igreja Anglicana - Restabelecimento da Câmara dos Lordes - Dissolução do exército de Cromwell - Apoio financeiro de Luís XIV (França), comprometendo-se em troca a conceder liberdade de culto aos católicos - Tentativa de transformação do catolicismo em religião oficial da Inglaterra - Tentativa de restabelecimento do absolutismo em solo inglês - Deposição do rei, oferecendo a coroa inglesa a Guilherme de Orange, Chefe de governo da Holanda - 1688: Vinda de Guilherme de Orange com seus exércitos para a Inglaterra, provocando a fuga do Rei para a França sem derramamento de sangue (Revolução Gloriosa / 1688-1689)

Revolução Gloriosa (1688-1689) Revolução Inglesa no Século XVII - Tentativa de transformação do catolicismo em religião oficial da Inglaterra - Tentativa de restabelecimento do absolutismo em solo inglês - Deposição do rei Jaime II, oferecendo a coroa inglesa a Guilherme de Orange, Chefe de governo da Holanda - 1688: Vinda de Guilherme de Orange com seus exércitos para a Inglaterra, provocando a fuga do Rei Jaime II para a França sem derramamento de sangue (Revolução Gloriosa / 1688-1689) Observações - A burguesia inglesa se liberta do Estado Absolutista, que com seu permanente intervencionismo era uma barreira para um mais amplo acúmulo de capital. Dessa forma, aliada à aristocracia rural, passou a exercer diretamente o poder político através do Parlamento, caracterizando a formação de um Estado Liberal, adequado ao desenvolvimento do capitalismo que junto a outros fatores, permitiram o pioneirismo na Revolução Industrial em meados do Século XVIII - Marca a ascensão e decadência do comércio holandês; - Hegemonia marítima inglesa; - Vultosos capitais investidos no comércio marítimo inglês. - Após a morte de Cromwell a monarquia foi restaurada em 1660. - Os reinados de Carlos II e Jaime II foram marcados pela tentativa de retomar o absolutismo monárquico. - Em 1688, o Parlamento iniciou um movimento que recebeu o nome de REVOLUÇÃO GLORIOSA, pois estabeleceu-se a forma de governo monárquico-parlamentar (Monarquia Constitucionalista) pela Declaração de Direitos com a submissão do rei ao parlamento e consolidação do poder da burguesia. - Com a deposição de Jaime II, Guilherme de Orange, da Holanda, inicia a monarquia parlamentar que marcou o fim do absolutismo na Inglaterra. - A Revolução GLORIOSA recebeu este nome porque foi uma revolução sem derramento de sangue, sem a sublevação de camponeses, artesões e das classes baixas. - Guilherme III, após a assinatura da Declaração de direitos ( Bill of Right ), limitando o poder do rei e colocando o poder de fato nas mãos do Parlamento - Submissão do rei ao parlamento par a aprovação de qualquer imposto - Liberdade de imprensa, liberdade individual e liberdade de propriedade - anglicanismo como religião oficial da Inglaterra, assegurando liberdade aos outros cultos com exceção do catolicismo - Substituição da Monarquia Absolutista pela Monarquia constitucional, passando o poder executivo a ser controlado pelo Legislativo (Parlamento) - Pacificação interna da Inglaterra - Ruptura das alianças com a França - Reorientação da política externa inglesa, estabelecendo alianças com o Sacro Império Romana Germânico, Áustria e Holanda - Enfraquecimento da hegemonia francesa no continente (integração de conhecimentos com a Revolução Francesa)

Ana (1702 1714) Observações: A Inglaterra gozava de estabilidade política Revolução Industrial - 1703: Tratado de Methuen abriu os mercados de Portugal e de suas colônias aos produtos manufaturados ingleses, sobretudo os de tecidos de lã, mediante baixas taxas de importação. Entrada de vinhos portugueses na Grã-Bretanha, iniciando a dependência econômica de Portugal e, mais tarde do Brasil com relação à Inglaterra - 1707: Incorporação da Escócia à Inglaterra, formando o reino Unido da Grã- Betanha - 1713: Fim da Guerra de Sucessão Espanhola. Tratado de Utrecht, obtendo ganhos comerciais e territoriais (colônias) - Conquista da hegemonia no continente europeu e supremacia no mundo colonial - Ampliação dos mercados, acelerando o ritmo de expansão de sua economia - O governo inglês reforçou suas ligações com as colônias americanas, garantindo a obtenção de matérias-primas e a exportação de produtos manufaturados, segundo o princípio de vender caro e comprar barato, - Expansão do Império Britânico e dos mercados ultramarinos na Índia e no Canadá, - Estabilização da moeda - Medidas protecionistas que protegeu as indústrias da concorrência estrangeiras, - Medidas especiais para desenvolver a navegação e o comércio ultramarino, bem como a indústria têxtil, - A burguesia classe que dominava o Parlamento, órgão responsável pelas questões tributárias não orenava por impostos muito pesados. Assim, teve condições de acumular capitais mais rapidamente, o que lhe permitiu investir de forma maciça em inovações técnicas, possibilitando a eclosão da Revolução Industrial.

Revolução Industrial (1760) Revolução Industrial (1760) Considerações: - Foi o grande desenvolvimento industrial ocorrido na Inglaterra, a partir de 1760, cujo impacto foi profundamente sentido em todas as esferas da atividade humana: econômica, política, social e cultural. - Houve a substituição de ferramentas por máquinas, da energia humana pela motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril. - Ela encerrou a fase de transição do feudalismo para o capitalismo, - Privilegiou a indústria têxtil e a mineração - A Inglaterra foi o único país entre 1750 a 186.0 a beneficiar-se com a Revolução Industrial o que colocou os ingleses numa posição privilegiada em relação aos demais países Características: - Desenvolvimento do setor fabril, multiplicando o rendimento do trabalho (revolução produtiva), aumentando a produção global (produtividade) - Aplicação da energia à indústria; - Melhoramento dos meios de transporte e comunicação; - Aumento do domínio do capitalismo (consolidação); e - Grande desenvolvimento tecnológico, - Passagem da manufatura à indústria mecânica Observações: - A Inglaterra foi a primeira nação a romper com a autoridade absoluta do rei pelo fortalecimento do Parlamento, dando-lhe mais liberdade de ação - A liberdade política teve conseqüências importantes para o desenvolvimento econômico, estimulando a livre competição e o fim dos monopólios, acelerando ao longo do século XVIII principalmente no setor da produção de tecidos (têxtil) pois contava com matérias-primas (lã e depois algodão dos EUA), mão de obra abundante e barata, desenvolvimento técnico e amplos mercados - Expansão econômica pela consolidação da hegemonia na europa e em outros continentes, o que levou a superar o Antigo Regime para a Sociedade Industrial Capitalista Conseqüências da Revolução Industrial na Europa Econômicas - Geração de emprego e renda crescendo de importância o trabalho assalariado, aumentando o consumo da população - Os meios de comunicações e transportes tem grande desenvolvimento; - Crescimento da produção (industrialização); - Cresce a busca de novos mercados consumidores; - Cresce a produção de matérias-primas para as indústrias; - A burguesia inglesa se fortaleceu e permitiu que o país mantivesse a mais importante zona livre de comércio da Europa - Cresce de importância a mão-de-obra assalariada (renda per capita); - O livre comércio passa a ser uma questão vital para as nações industrializadas (política econômica); - As comunicações e o comércio internos são facilitados pela instalação de redes de estradas e de canais de navegação (transportes). Em 1848, a Inglaterra possui 8.000 Km de ferrovias - Garantia de grande margem de lucro com o cúmulo de capital, - O surgimento da navegação a vapor que diminui as distâncias (transportes); - Surge com grande força o capitalismo financeiro (doutrina econômica); - Mecanização da agricultura; - Urbanização (cidades), - As estradas de ferro e o telégrafo facilitam as comunicações; - Substituição da ferramenta e da energia humana pela máquina e a energia mecânica (industrialização) - Aumenta o consumo de produtos industrializados (comércio); - A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial - Surgimento da divisão do trabalho, a produção em série, a linha de montagem

Revolução Industrial (1760) Aspectos fisiográficos - Localização do território (posição), que permitiu seu isolamento das guerras continentais. - A localização da Inglaterra, na parte ocidental da Europa, facilita o acesso às mais importantes rotas de comércio internacional e permite a conquista de mercados ultramarinos. - Grande riqueza do subsolo (geologia) com minerais de alta qualidade e de fácil acesso o que facilitou o transporte e a instalação de indústrias: carvão, ferro, estanho, cobre, hulha; grandes reservas de carvão - Uma vasta rede fluvial navegável (hidrografia) e bons portos naturais (portos), que favoreceu os transportes e o escoamento da produção Aspectos econômicos - Estabilização econômica e valorização da moeda, possuindo o mais sólido sistema monetário da Europa; sistema financeiro sólido (finanças públicas) - Desenvolvimento da agricultura cercamentos, produção e lã e posteriormente de algodão, investimentos dos empresários em novos métodos de plantio, introduzindo melhorias técnicas; substituição do trabalho braçal pela energia mecânica, com o emprego de máquinas, adubos artificiais e de novos cultivos, modificando o sistema de cultivo, com o total aproveitamento da terra - Desenvolvimento da pecuária cercamentos (aumento das pastagens pela criação de ovelhas e produção de lã). - Com os cercamentos, os trabalhadores rurais (força de trabalho) foram duplamente pressionados a abandonar os campos: os camponeses-proprietários, pelos rebanhos; os assalariados agrícolas, pelas máquinas; com o aproveitamento da mão-de-obra nas cidades pelos industriais - Desenvolvimento da indústria têxtil (industrialização). O negócio de tecidos de lã propiciava grandes lucros aos comerciantes (doutrina econômica). Pouco a pouco eles passaram a aplicar parte de seu capital em instalações e equipamentos, concentrando as principais etapas da produção. Colônia da Índia como região produtora de algodão e consumidora dos tecidos ingleses. Tratado de Methuen (1703). Maiores investimentos na indústria algodoeira em relação à lã, e estimulando o desenvolvimento tecnológico, utilizando máquinas cada vez mais rápidas e complexas - A Inglaterra, líder da Revolução Comercial, havia acumulado capitais (finanças públicas) e conquistado mercados que estimulavam os empreendimentos industriais;- 1) Intensificação das relações comerciais entre os países entre aqueles mais desenvolvidos e industrializados com aqueles menos desenvolvidos e dependentes de manufaturas, conhecida como divisão internacional do trabalho. Estes caracterizaram-se como consumidores dos produtos manufaturados e exportadores de matérias-primas aos primeiros. Ao passo que nos países industrializados, o capital concentrava-se mais nas mãos da burguesia, enquanto crescia a miséria e a pobreza entre os trabalhadores, 2) A Europa deixa de ser auto-suficiente e passa a importar produtos alimentícios, porque a agricultura entra em decadência na Inglaterra e no continente; 3) Portugal passa a ser caudatário da Inglaterra no plano econômico; 4) Integração em escala internacional dos vários fatores de produção: capital, matérias-primas, recursos naturais, mão-de-obra, transporte e comunicações, favorecendo a expansão do mercado mundial pela crescente necessidade de escoamento dos excedentes de produção e de acesso a fontes de matériaprima

Revolução Industrial (1760) Aspectos econômicos - Existência de mercados fornecedores de matérias-primas especialmente o algodão, também originários das colônias ultramarinas (EUA, Brasil, Índia) e mercado consumidos europeu, americano, africano e asiático, acelerando o ritmo de expansão de sua economia - Transformação da estrutura fundiária (agrária) através dos cercamentos, o que amplia o mercado consumidor interno e intensificação do crescimento populacional, aumenta a oferta de trabalhadores no mercado. - Poderio da marinha mercante inglesa (transportes), - O país possui intenso comércio costeiro - Medidas protecionistas que protegeu as indústrias da concorrência estrangeiras (política econômica), - Medidas especiais para desenvolver a navegação e o comércio ultramarino, bem como a indústria têxtil (industrialização), - A burguesia classe que dominava o Parlamento, órgão responsável pelas - A Inglaterra, a Alemanha e França assumem a liderança e hegemonia do questões tributárias não orenava por impostos muito pesados. Assim, teve condições de acumular capitais mais rapidamente, o que lhe permitiu investir de continente europeu até a eclosão da 1ª Guerra Mundial; forma maciça em inovações técnicas, possibilitando a eclosão da Revolução - As monarquias absolutas (formas de governo) sofrem a abalos em decorrência Industrial (tecnologia). das idéias liberais provocadas pelo liberalismo econômico; - Grande riqueza do subsolo (geologia) com minerais de alta qualidade e de fácil acesso o que facilitou o transporte e a instalação de indústrias: carvão (geração de - Surge a doutrina socialista (política de governo); energia) - Surgem os partidos políticos (sociedades políticas) em virtude das mudanças Aspectos políticos no controle social, novas doutrinas, novas relações de trabalho. - Revolução Gloriosa no século XVII na Inglaterra com o fortalecimento 6) da - Início dos movimentos operários, organização de trabalhadores, sindicalismos. burguesia (poder) As associações de classe são organizadas (o proletariado) sociedades - Estabelecimento da Monarquia Constitucionalista, submetendo o poder do Rei (Executivo) ao Parlamento (Legislativo) - autodeterminação políticas; - Conquista da hegemonia no continente europeu e supremacia no mundo colonial - O governo inglês reforçou suas ligações com as colônias americanas, garantindo a obtenção de matérias-primas e a exportação de produtos manufaturados, segundo o princípio de vender caro e comprar barato, - Expansão do Império Britânico e dos mercados ultramarinos na Índia e no Canadá (território, intervencionismo). Militares 5) - As Forças Armadas passam a ser mais técnicas e os Oficiais transformam-se em autênticos profissionais; - A luta por novos mercados consumidores e matérias-primas leva a choques armados (guerras); Políticas

Revolução Industrial (1760) Sociais - Melhoria as condições de vida da população (padrão de vida) que adquire maior poder aquisitivo - Maior atenção a educação técnico-científica; - Aumento das desigualdades sociais, entre ricos e pobres 7) - Cresce o combate a escravidão (solidariedade); 8) - Surgimento de duas novas classes: empresários (capitalista) proprietário do capital e o operário (proletário) trabalhador assalariado (desigualdades sociais). A estrutura social sofre grandes transformações. O proletariado aumenta e passa a pressionar os governos em busca de melhores condições de vida; 9) - Aumenta o movimento dos campos para as cidades (migração interna): explosão nos centros urbanos pela indústria nascente (cercamentos grandes propriedades rurais). Novos métodos agrícolas permitem o aumento da produtividade no campo, provocando o êxodo da população às cidades, sendo incorporada pela indústria nascente 10) - Revolução Francesa (Política externa) 11) - Salários degradantes dos trabalhadores, sujeitando-se a condições subumanas e às severas normas de disciplina impostas pelos contramestres nas fábricas. 12) - Os avanços da medicina preventiva e sanitária e o controle das epidemias favoreceram o crescimento demográfico (população), aumentando assim a oferta de trabalhadores para a indústria. 13) - Organização das classes sociais. Aparece a classe média, a burguesia industrial e o proletariado (desigualdades social); 14) - Ampliam-se os horizontes culturais. A ciência e a técnica passam por um grande avanço (educação);

Revolução Industrial (1760) Aspectos sociais - Com os cercamentos, os trabalhadores rurais (força de trabalho) foram forçados a migraram (migração interna) para as cidades e aproveitados pelos industriais (trabalho ou gênero de atividades) - Melhoria na qualidade da alimentação - Crescimento da densidade demográficas (população) pela melhoria do padrão de vida - Durante a época do capitalismo comercial, houve a divisão social do trabalho, gerando maior especialização. Assim, a partir de certo momento, cada trabalhador passou a realizar apenas uma etapa na elaboração do produto, levando à ampliação do sistema produtivo Aspectos militares - Poderio naval inglês (transportes) Períodos da Revolução Industrial: - 1º) Período da implantação na Inglaterra, de 1760 a 1850; - 2º) Período de difusão pela Europa (França, Alemanha, Bélgica, Itália e Rússia), pela América (EUA) e pela Ásia (Japão), de 1850 a 1900; - 3º) Período da industrialização dos países em desenvolvimento, de 1900 aos nossos dias. Implicações da Revolução Industrial na evolução econômica do Brasil (século XIX): - Inicialmente a produção algodoeira do Nordeste foi prejudicada devido a forte concorrência da produção mecanizada dos EUA e ao comércio com o algodão da Índia (agricultura); - Fim do monopólio comercial (pacto colonial política mercantilista) pelo Príncipe D. João com a abertura dos Portos do Brasil, em 1808, também de interesse inglês; - Deu origem aos Tratados de Navegação e Comércio e Aliança e Amizade(política externa) assinados por D. João VI com a Inglaterra, em 1810. Tais acordos, pelos imensos benefícios concedidos à Inglaterra, prejudicariam nossa vida econômica, independente e nossa futura industrialização; - Levou a Inglaterra a uma forte campanha anti-escravagista (tráfico) para eliminação da mão-de-obra escrava, seria concorrente no preço final dos produtos similares; - Proporcionou, graças às facilidades de transportes (estrada de ferro) e de mecanização, a expansão da lavoura cafeeira para o interior de São Paulo; - Tornou, na época, nossa economia quase dependente da Inglaterra. Tal fato é conseqüência não apenas dos tratados assinados em 1810 e 1823 mas, também, do afluxo de capitais ingleses empregados em estradas de ferro, companhias de navegação e banco; - Graças a navegação a vapor (transportes) as áreas do centro-oeste cresceram de importância; - Tornou possível, após a proibição do tráfico de escravos, um surto de industrialização na segunda metade do século XIX; - Como tínhamos uma economia voltada para a exportação de produtos primários, os preços baixos na troca destes produtos com os industrializados importados criaram reflexos negativos na nossa balança comercial, - 1844: Tarifa Alves Branco aumento das taxas de importação, inovando a política alfandegária brasileira