1º Relatório Trimestral de Intercâmbio de Jovens Marcela Magluta Rotary Club RJ Urca Os três primeiros meses do meu intercâmbio, acredito eu, foram os mais difíceis e importantes desse ano. Ninguém nunca me disse que seria fácil, porque a pura verdade é que não é. Passar um ano inteiro longe da sua família, amigos, casa e seu país em uma casa de desconhecidos, não soa como uma experiência banal, entretanto hoje começo a entender sua importância. Enquanto passava as primeiras semanas longe de conforto de minha casa e me adaptava a um novo ambiente, cresci rápido e involuntariamente. O primeiro mês foi de longe o mais desafiador. Saí do meu casulo e desembarquei em um país não tão desconhecido para mim. Ao contrário de muitos intercambistas já havia visitado os EUA algumas vezes como turista, o que em minha opinião foi uma vantagem, pois já conhecia um pouco da cultura e modos do país. Entretanto o choque cultural foi inevitável durante as primeiras semanas. Em minha primeira família (Cassilas) apenas fiquei hospedada durante uma semana. Infelizmente, devido a problemas familiares a situação dentro de casa não estava confortável para uma intercambista. Liguei para o meu conselheiro que junto com a chairman me mudaram para a minha segunda família (Russell e Parziale), onde estou até hoje. Minha família é tudo e um pouco mais do que eu esperava de uma host família. Eles são carinhosos, interessados e muito atenciosos. É o segundo casamento de ambos, o que tornou a família bem extensa. Tenho sete irmãos, porém apenas uma mora comigo. O fato de não morar com a maioria dos meus irmãos, entretanto, não foi uma barreira para eu conhecê-los e ser próxima. Eu estava destinada a ir a uma escola próxima à casa da minha primeira família e ao trabalho dos meus pais da segunda. A escolha foi feita com precisão devido o fato de eles morarem a 40 minutos de distancia. Quando inesperadamente mudei de famílias antes do previsto, o processo de adaptação e de fazer novas amizades na escola foi comprometido. Novamente recorri ao meu conselheiro e à minha chaiman e resolvemos em conjunto que seria uma boa decisão mudar para uma escola próxima a minha atual casa, e assim foi feito. A nova escola é pequena comparada à primeira. Enquanto uma tinha quase 4000 alunos, a outra tem um pouco menos de 1000 estudantes. Considerando que venho de uma escola bem pequena no Brasil, onde todos se conhecem, a minha adaptação na nova escola foi um tanto quanto mais simples. Infelizmente os créditos desse ano escolar não poderão ser aproveitados em minha escola no Brasil, o que me fez escolher por cursar matérias em que pudesse me envolver mais com a escola e alunos e é claro, aprimorar o meu inglês. Logo as minhas aulas atuais são: Leadership (liderança. Planejamos tudo relacionado entre alunos e a escola), mídia (produção e edição de vídeos), inglês, história americana e artes. Além das aulas regulares, decidi entrar no time de futebol feminino da escola. Quando tomei essa decisão estava interessada apenas no exercício físico, visto que em poucas semanas aqui já havia ganhado um pouco mais de peso do que queria. No entanto, estar no time se tornou muito importante para mim. Estar nos treinos com as minhas mais novas amigas, jogar futebol me divertindo, vale muito mais do que os quilos que eu perdi com a prática do esporte. Tenho plena consciência que apesar da saudade que sinto de casa, tenho muito para viver aqui, visto que até agora foi apenas um terço do meu intercambio. Porém me sinto adaptada, confortável e o mais importante, feliz. Marcela Magluta
(despedida no aeroporto ) (minha casa)
(vista da minha casa) (minha família)
(intercambistas do meu distrito do Rotary, 5240) (intercambistas no sul da Califórnia)
Marcela Magluta Rotary Club RJ Urca Distrito 4570 (time de futebol da escola)