Capítulo 3 Apostila 4
Aspectos cruciais para a compreensão do Oriente Médio e de suas relações internacionais petróleo e terrorismo. Petróleo indispensável como fonte de energia. Terrorismo desencadeia uma série de tensões geopolíticas originárias das disputas entre a política externa norte-americana e grupos radicais em oposição aos EUA.
Século XXI, necessidade de buscar fontes alternativas de energia. Petróleo é finito e encontra-se desigualmente distribuído em nosso planeta. As jazidas de petróleo do Oriente Médio, ao longo do século XX, foram responsáveis por crises entre governos, guerras massacres e extermínios.
O petróleo como fonte de energia, foi inicialmente explorado nos EUA, a partir de 1859. A partir de 1914, empresas britânicas, francesas, norte-americanas e holandesas iniciaram a prospecção de petróleo no Oriente Médio, áreas sob controle das potências coloniais europeias. Após a Segunda Guerra Mundial, o petróleo ganhou maior importância.
Em 1960, os governos dos países do Oriente Médio produtores de petróleo passaram a defender maior participação nos lucros obtidos pelas empresas que atuavam em seu território. Muitos desses países tornaram-se economias dependentes exclusivamente desse produto, que é fonte de energia vital para a economia capitalista.
A dependência do planeta em relação ao petróleo, e a aliança dos EUA com Israel fizeram com que as nações árabes o transformassem em uma arma política.
Em 1973, os países árabes resolveram reduzir a produção de petróleo, o que resultou na elevação do preço do barril, estabeleceram impecilhos à exportação de petróleo para os EUA, aliados de Israel. A Guerra do Golfo, em 1991, também foi responsável pelo aumento no valor desse produto.
Nessa guerra, o Iraque invade o Kuwait, um dos maiores produtores de petróleo, e um dos maiores fornecedores dele aos EUA. Após a intervenção dos EUA na região, os iraquianos, antes de desocuparem o Kuwait, incendiaram grande parte dos poços de petróleo, provocando enorme elevação de preços e grande impacto ambiental.
A região do Oriente Médio é responsável por mais de 60% das reservas mundiais de petróleo.
No século XIX, países europeus expandiram suas fronteiras, conquistou e colonizou outras nações, ou nelas influiu de modo decisivo. Os séculos de dominação colonial consistiram em importante fator da diferença entre diversos países do mundo. Essa acentuada desigualdade pode ser responsável pela forma como as nações se encontram na atualidade.
Um exemplo do que essa desigualdade pode gerar, foi o ato terrorista de 11 de setembro de 2001, destruindo o símbolo capitalista, as Torres Gêmeas, e no ataque a força militar norte americana, o Pentágono, deixando a maior potência do mundo vulnerável e sem reação imediata.
Logo após o atentado, o presidente dos EUA, George W. Bush, em seu discurso utilizou o termo cruzada contra o mal e também a luta do bem contra o mal, colocando os islâmicos como correspondentes ao mal. No ano seguinte conseguiu apoio do congresso, para atacar países considerados do eixo do mal. Entre eles estão, Iraque, Irã e Coreia do Norte, também são considerados ameaças:
Paquistão, Egito, Síria, Líbano, Jordânia, Arábia Saudita e Argélia. Logo após o Congresso ter aprovado a proposta de George Bush, os EUA invadiram o Afeganistão, provocando a derrubada do governo liderado pelo Talibã, grupo ultrarradical islâmico e protetor de Osama Bin Laden.
Em março de 2003,sem o apoio da ONU, os EUA invadiram o Iraque, dando continuidade da doutrina Bush. De acordo com o governo americano, o ataque fazia parte da luta contra o terror, livrando o mundo da tirania de Saddan Hussein, e acabar com arsenal de armas iraquianas de destruição em massa.
A invasão ao Iraque, um dos maiores produtores de petróleo do Oriente Médio, consolida uma política de expansão dos interesses geoestratégicos dos EUA.