Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires

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1 Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires Professor: Gabriela Salgado Disciplina: Geografia Série: 2ºs anos Tema da aula: Geopolítica Atual: Um mundo em Construção Objetivo da aula: Compreender e analisar as situações políticas e econômicas surgidas a partir da década de 1990 (fim da Guerra Fria) que determinaram novas orientações nas relações entre os países.

2 Para refletir...

3 ORDEM MUNDIAL BIPOLAR?

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7 ORDEM MUNDIAL MULTIPOLAR

8 Ordem mundial multipolar Antes da Segunda Grande Guerra haviam vários pólos ou centros de poder que disputavam a hegemonia internacional: Inglaterra, a França e em especial a Alemanha, grandes concorrentes no continente europeu e na colonização da África e da Ásia; Estados Unidos, que já haviam se tornado uma grande potência no continente americano; Japão, que se lançava numa aventura expansionista no leste e sudeste da Ásia; Rússia sempre militarizada e disposta a guerras de conquistas territoriais. A Primeira Guerra ( ) e, especialmente, a Segunda Guerra mundial foram momentos de desequilíbrio nessa ordem multipolar, de acirramento das disputas entre as grandes potências.

9 CONJUNTURA MUNDO BIPOLAR Guerra Fria Enfrentamento político e ideológico; Hostilidade; Tensões e disputas; Apoio militar e político aos países aliados; Rede de espionagem KGB- CIA; Sabotagem econômica e militar; Criação de rede de informação; Colaboração e apoio à golpes de estado.

10 A nova ordem mundial Redefinições do mapa e seu significado Na última década, principalmente no início da década de 90 - o mapa mundi político sofre transformações radicais. Surgimento de novos países. Em países Em mais de 190 Ex: Alemanha reunificada; Tchecoslováquia - dividida entre a República Tcheca e a Eslováquia. Iugoslávia - dividida em cinco novos países: Croácia, Eslovênia, Bósnia, Macedônia e Iugoslávia. União Soviética - uma das duas superpotências mundiais até o final dos anos 80, dividida em quinze nações independentes.

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12 O Contexto da nova Ordem Mundial Fim da Guerra Fria; Queda do socialismo; Fim da União Soviética; Processo de democratização dos países da Europa oriental; Reunificação da Alemanha; Conflitos étnicos responsáveis por guerras civis; Ampliação da hegemonia americana; Surgimento de outras potencias econômicas: Japão, União Européia (liderada pela Alemanha) e China.

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14 Apesar da supremacia norte-americana, circunstancias econômicas ocasionadas por crise econômica mundial (2007) e ações e intervenções políticas desastrosas de combate ao terrorismo não legitimaram a almejada liderança absoluta pretendida pelos estados Unidos

15 O Milagre econômico japonês é o nome dado ao fenômeno político ocorrido no Japão de crescimento econômico recorde após a Segunda Guerra Mundial, impulsionado primeiramente pela assistência dos Estados Unidos e consolidado pelo intervencionismo do governo japonês, em particular através do seu Ministério do Comércio e Indústria.

16 O governo estadunidense desempenhou um papel crucial na reconstrução do Japão do pós-guerra, com a participação efetiva do governo japonês promovendo medidas eficientes de consolidação da recuperação do país. (Plano Colombo) Os EUA forneceram assistência política e concedeu créditos para a reconstrução do país não somente para democratizá-lo, mas também para impedir o ressurgimento do militarismo, do antiamericanismo e a ascensão do comunismo no Japão.

17 Japão beneficiado pela ajuda econômica norte americana (Plano Colombo), e também pela Guerra da Coréia (mercado de abastecimento de produtos e serviços norte-americanos; A partir de 1970 adotou uma estratégia agressiva no cenário econômico mundial que consolidou sua hegemonia na região do Pacífico e ampliou relações comerciais com os EUA; Ao final da Guerra fria engajou-se em operações de paz promovidas pela ONU e ampliou seu orçamento para fins militares; A Alemanha foi beneficiada pelo Plano Marshall e pelo sucesso do mercado comum europeu, atual União Européia; Em 1990 com a reunificação alemã, o país reafirmou-se como a maior potência européia (fortaleceu relações com países do leste europeu através da expansão das empresas alemãs e da ampliação dos intercâmbios comerciais e financeiros (ampliação do mercado consumidor); A fim de se tornar-se membro permanente do conselho de segurança da ONU a Alemanha se envolveu em ações militares (Bálcãs, Sérvia, Afeganistão)

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19 China: novo protagonista no cenário mundial

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21 Maior contingente populacional do globo 1,3 bilhão de habitantes; Segunda maior economia do mundo e grande potencial de mercado; Faz parte do Conselho de Segurança da ONU e dispõe do 3 orçamento militar do planeta; Tem pendências em diversas questões internas: Tibete, Taiwan, Mongólia; Patrocinou a Organização de cooperação de Xangai que procura manter os EUA e os países europeus longe do controle dos recursos como petróleo e minérios da Ásia Central e Irã; Estreitamento dos laços econômicos e políticos com diversos países; Explora gás natural no Irã; Maior importador de Petróleo do Sudão e de outros países africanos;

22 Industria é a principal responsável pelo forte ritmo de crescimento econômico chinês; Criação de zonas especiais para transnacionais que produzem especialmente para exportar (atraídas por impostos baixos, subsídios do governo e mão de obra abundante e barata); Hoje a China é o maior exportador mundial, sobretudo de bens industrializados; A China combina desde 1978 sua economia socialista com zonas especiais de características socialistas, e uma ditadura de partido único; O maior símbolo da repressão política é o Massacre da Praça da Paz Celestial, há 20 anos quando uma onda de protestos estudantis por liberdade e democracia causou milhares de mortos.

23 A Rússia na nova ordem geopolitica

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25 Etapa difícil de transição entre socialismo (economia planificada) e capitalismo; Política de repressão aos movimentos separatistas, expansão da economia e aumento dos gastos militares, 5 maior orçamento militar do planeta; Apesar das crises econômicas, aumento da pobreza e da corrupção, concentração de renda e conflitos separatistas na década de 90 passou a integrar o G8; É a segunda potencia militar do planeta e em seu imenso território dispõe de grandes reservas minerais inclusive de petróleo; Mantém relações de cooperação com o Irã (pais líder do oriente médio); Criação co Conselho Otan-Rússia (2002) definição de estratégias políticomilitares a serem aplicadas no controle da proliferação de armas nucleares e no combate ao terrorismo; Acordos de redução de armas nucleares com os EUA, se coloca contra qualquer ação no Irã e na Coréia do Norte países aliados;

26 Em maio de 2002, a Rússia e a OTAN selaram um acordo de cooperação, com a criação do Conselho OTAN-Rússia. A partir daí, o país passou a participar das decisões dos países-membros em assuntos de interesse mútuo, como a definição de estratégias político-militares a serem aplicadas no controle da proliferação de armas nucleares e no combate ao terrorismo.

27 A supremacia norte-americana Os Estados Unidos são responsáveis por cerca de 25% de toda a produção de bens e geração de serviços no mundo, ou seja, um quarto do PIB mundial (cerca de 14,20 trilhões de dólares, em 2008); No início do século XXI, 60 das 100 maiores empresas do mundo em valor de mercado eram norte-americanas. Com cerca de apenas 6% da população do planeta, os norte-americanos consomem 25% da energia gerada no mundo, considerando todas as fontes energéticas. Eles respondem também por cerca de 20% das importações mundiais; Vários países, inclusive alguns desenvolvidos, dependem dos Estados Unidos, em termos de comércio exterior. O Japão, por exemplo, realiza cerca de um terço de suas exportações para o mercado norte-americano.

28 Portanto, os Estados Unidos exercem uma supremacia econômica, apesar da existência de outros centros de poder econômico como a União Européia e o Japão. Essa preponderância é muito maior quando se considera também o aspecto político-militar e se manifesta até mesmo nas decisões tomadas pela ONU (e pelos países que a integram), que age, com freqüência, para atender aos interesses norte-americanos. Manifestase, ainda, nas políticas estabelecidas pelos organismos internacionais, como o FMI e o Banco Mundial.

29 O orçamento militar anual dos Estados Unidos, sozinho, é equivalente aos orçamentos de todos os países do planeta reunidos. No entanto, como mostraram os atentados de 11 de setembro de 2001, os norteamericanos, mesmo em seu território, não estão a salvo de ataques externos.

30 Apesar dessa supremacia, é preciso ressaltar que o modelo de desenvolvimento dos Estados Unidos ou seja, a maneira como atingiram tão amplo poder político internacional e o próprio modelo de vida da sua população não é considerado um exemplo a ser seguido por muitos países. Esse modelo tem sido, ao contrário, alvo de críticas internacionais,principalmente quando se leva em conta a política externa norte-americana, que promove invasões, guerras e participa na deposição de governos em diversos países; os vultosos gastos em armamentos; o intenso uso de recursos naturais (os Estados Unidos gastam sozinhos aproximadamente 25% de tudo o que o mundo consome), em boa parte sem envolver processos de reciclagem, reutilização ou reaproveitamento, o que gera grande quantidade de lixo e poluentes.

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32 A política externa norte-americana e a geopolítica mundial. Do ponto de vista geopolítico, a ordem mundial inaugurada após a Guerra Fria passou a ser comandada pelos interesses dos Estados Unidos, respaldados por sua incontestável supremacia militar. A multipolaridade econômica que caracteriza o mundo atual tem como contrapartida a unipolaridade militar, centralizada no poderio norte-americano. A política externa norte-americana, no início do século XXI, tem sido marcada pelo unilateralismo, ou seja, os Estados Unidos vêm tomando medidas que, independentemente das posições e necessidades de outros países, visam atender a seus interesses e manter sua supremacia.

33 Alguns exemplos de medidas unilaterais tomadas pelos Estados Unidos: Recusaram-se a ratificar o Protocolo de Kyoto, aberto para assinatura em 1998, por considerar que ele iria restringir seu desenvolvimento econômico, devido às metas propostas para a redução da emissão de gases nocivos (CO 2, principalmente); Retiraram-se da conferência mundial contra a discriminação e o racismo, realizada na África do Sul, em 2001; Não assinaram os termos para a criação do Tribunal Penal Internacional; Aumentaram o protecionismo comercial de alguns produtos agrícolas e industriais, prejudicando as exportações de vários países, inclusive o Brasil; Lançaram uma ofensiva militar contra o Iraque, junto com o Reino Unido, sem a aprovação da ONU, para derrubar o governo de Saddam Hussein.

34 Os Estados Unidos reagiram ao atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 invadindo o Afeganistão. Em 2001/2002 atacaram aquele país com o pretexto de eliminar terroristas lá instalados, principalmente Osama Bin Laden, líder do grupo islâmico Al Qaeda, acusado de planejar o ataque. Os norte-americanos derrubaram o governo afegão, liderado por religiosos islâmicos radicais (os talebans), e ocuparam o país. As intervenções militares no Afeganistão, e posteriormente no Iraque, foram alicerçadas por uma nova política, que justifica a ação dos Estados Unidos, independentemente da aprovação da ONU; a doutrina da guerra preventiva.

35 No entanto, no caso da guerra contra o Iraque, em 2003, não havia nenhuma evidência de que o país constituísse uma ameaça de fato, ou imediata, aos Estados Unidos ou a qualquer outro país do Oriente Médio. Não havia nenhuma prova de que o governo iraquiano estivesse ligado à Al Qaeda (como denunciavam diversos membros do governo norte-americano e da Grã- Bretanha), financiasse qualquer outro grupo terrorista ou possuísse armas de destruição em massa. Muitos analistas indicam que o ataque de 11 de setembro criou condições favoráveis e serviu de pretexto para que os Estados Unidos atuem no mundo de acordo com seus próprios interesses econômicos, impondo sua presença e domínio a regiões estratégicas do planeta, independentemente das decisões internacionais mediadas pela ONU.

36 Além da ofensiva no Afeganistão, outras reações do governo dos Estados Unidos aos atentados terroristas provocaram mudanças internas e externas: por exemplo, a definição, por parte dos Estados Unidos, do chamado eixo do mal, composto por Coréia do Norte, Irã e Iraque, países que, na visão norteamericana, apóiam o terrorismo internacional; o estabelecimento da Doutrina Bush; a aprovação de leis que restringem os direitos civis, como a permissão para grampear telefones e prender estrangeiros suspeitos por tempo indeterminado.