LEI MODELO SOBRE A ERRADICAÇÃO DE CASAMENTOS PREMATUROS E PARA PROTEÇÃO DA CRIANÇA CASADA Aquinaldo Celio Mandlate, PhD - Public International Law
Introdução O que é Lei Modelo e qual a sua importância? Breve apresentação da Lei Modelo sobre Erradicação do Casamento Prematuro e Proteção da Criança no Casamento
Introdução Os casamentos prematuros ligados a proteção da criança, desenvolvimento humano e iniciativas que visam resolver desafios sociais (pobreza, empoderamento da mulher, e eliminacao da discriminação de genero. Vários instrumentos que protegem a criança contra violacoes dos seus direitos aplicam-se aos casamentos prem (e.g DUDH, CDC, PIDESC, PIDCP, CEDAW, Carta Africana, Protocolo da Mulher em Africa, Carta Africana das Crianças etc..iniciativas para eliminar casamentos prematuros - Cimeira da UA/Zambia, campanha da UA eliminação dos Casamentos Prematuros, o Dialogo Parlamentar Regional da SADC sobre a Lei casamento Prematuro, Resolução Conselho dos Dtos Humanos.
O QUE É LEI MODELO? Quadro de referências detalhado sobre um determinado assunto, preparado para consideração e servir de base de adopção de instrumentos normativos domesticos. Adoptada a nível supra-estadual para servir de como espécie de minuta/guião na elaboração de leis domesticas/internas. É um tecto de valores minimos aceitaves, mas não é um limite absoluto podendo-se estabelecer padrões mais altos na legislação domestica interna dos Estados membros.
A LEI MODELO
Apresentação da estrutura da Lei Modelo Preambulo Parte I Disposições Preliminares; Parte II Reformulação de Direitos e Conceitos sobre a Criança, Políticas, Medidas e Intervenções; Parte III Proibição de Promessa de casamento feita à criança, Casamento Prematuro e Disposições de Apoio; Parte IV Medidas e Intervenções para Prevenir o Casamento Precoce; Parte V Medidas e Intervenções para Mitigar os Efeitos do Casamento Precoce; Parte VI Acesso a Dados e Informações, Sensibilização e Monitoria; e Parte VII Disposições Gerais, Transgressões e Cumprimento da Lei. Parte VIII Comissão Regional Contra os Casamentos Prematuros
Parte I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Define os objectivos da Lei Modelo (inclui necessidade de estimular Estados a adoptarem normas visando erradicação dos casamentos prematuros e tomada de medidas de intervenção para prevenir esse tipo de pratica, e medidas de apoio as vitimas, incluindo crianças que nascem de casamentos prematuros). cfr art. 1 São chamados os Estados a ratificar instrumentos int. de dtos humanos que se aplicam a proteção da criança, e a remover as reversas feitas sobre esses instrumentos. art. 2 São definidos termos/conceitos usados na Lei Modelo (e.g o casamento prematuro definido como união formal ou informal entre duas pessoas onde uma delas ou ambas são pessoas de idade inferior a 18 anos. Art 3
No campo da educação - avançam-se propostas de intervenções visando a concretização do dto à educação para a criança casada/gravida e vitima de casamento prematuro, sancionar a discriminação praticada contra essas crianças, serviços de planeamento familiar etc). Parte II REFORMULAÇÃO DE DIREITOS E CONCEITOS SOBRE A CRIANÇA Parte do pressuposto que os Estados são partes de instrumentos de dtos humanos que protegem crianças e reiteira a necessidade de implementar esses instrumentos como forma eliminar os casamentos prematuros. Alistam-se dtos relacionados com os casamentos prematuros (e.g não discriminação, superior interesse, educação, praticas culturais negativas, diteito a privacidade, protecao contra exploracao sexual etc) arts. 4-17
Parte III PROIBIÇÃO DE PROMESSA DE CASAMENTO, CASAMENTO PREMATURO, E DISPOSIÇÕES DE APOIO Regra geral casamento so com 18 anos, mas ha paises com excepções para casamentos antes dos 18 anos (Moz). Procura-se estabelecer regras mais rigidas (casamento depois dos 18 sem excepções). Art 18 Proibi-se e incentiva-se a punição de promessas de casamentos à menores de 18 anos. E preve-se a anulabilidade dos casamentos prematuros (indicando-se pessoas que podem arguir a anulação incluindo o menor involvido no casamento) art 19 Protegem-se aos filhos que nascem de um casamento prematuro (legitimando-os) e os interesses das partes involvidas em casamentos prematuros (e.g quanto aos bens adquiridos na constancia de casamentos impoem-se o regime da partilha dos bens entre os conjuges e a salvaguarda dos direitos adquiridos na constancia do casamento). Art 20
Parte IV MEDIDAS E INTERVENÇÕES PARA PREVENIR O CASAMENTO PREMATURO Propôe-se a implementação de medidas legislativas, administrativas e institucional visando a prevenção dos casamentos prematuros. (e.g proibe-se aos oficiais encaregues de celebrar casamentos de celebrarem casamentos prematuros, abre-se espaço interposição de queixa em tribunal contra iniciativas ou promessas de casamentos prematuros, incentivam-se medidas de manutenção das raparigas nas escolhas bolsas de estudo premios etc para raparigas que conpletam a 12 classe antes de se casarem etc) Sugere-se criação de um Fundo contra os casamentos prematuros para suportar as despesas relacionadas ao desenho e implementação dessas medidas- Cfr art 44
Parte V MEDIDAS E INTERVENÇÕES PARA MITIGAR OS EFEITOS DO CASAMENTO PREMATURO Preve-se criação de institutições para acolher crianças vitimas de casamentos prematuros Prestação de uma serviços para estas crianças (e.g garantia da segurança, meios de sustento básico, coperação com ministério de tutela da area responsavel pelas crianças, prover educação basica etc...) Prevelegia-se inserção da criança nas familias quando não ha riscos Projeta-se a necessidade de engajamento das autoridades religiosas e tradicionais em acções de prevenção atraves da formação das comunidades em materias ligas aos casamentos prematuros Formação de agentes do Estado capazes de intervir em termos de prevenir, agir ou dar resposta em casos de violação dos direitos da criança.
Parte VI ACESSO A DADOS E INFORMAÇÃO, SENSIBILIZAÇÃO E MONITORIA No combate contra os casamentos prematuros os Estados devem ter conhecimento da dimensão do problema para efeitos de planificação e tomada de medidas. Incentiva-se a capitação de dados estatisticos sobre a incidência de casamentos prematuros. Informação deve ser capitada de forma desagregada em termos de idades afectadas, regiões onde occorem casamentos prematuros, conforme se exige dos relatorios submetidos aos organismos de monitoria e controle da aplicação de instrumentos int sobre direitos das crianças. Incentiva-se também a disseminação de informação sobre os direitos a que asistem as crianças em situação de casamentos prematuros, implementação de campanhias públicas visando a sensibilizaçào das comunidades sobre as causas/consequências dos casamentos prematuros deve-se involver comunidades, lideres/autoridades religiosas e os meios de comunicação social uso de linguagem adequada para crianças)
Parte VII DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSGRESSÕES E CUMPRIMENTO DA LEI Procura-se garantir a boa aplicação da lei interna que domestica a Lei Modelo Prevendo-se necessidade de preparar relatorios sobre o estado situacional de promoção e proteção dos direitos das crianças que incluam elementos especificos sobre as medidas tomadas para eliminar os casamentos prematuros Inclue-se a necessidade de incorporar sanções na lei domestica que penalizam a violação das regras estabelecidas na Lei Modelo
Parte VIII MECANISMO DE CONTROL EXTRA ESTADUAL Preve-se a criação de uma Comissão Regional ao nivel da SADC com a tarefa primordial de garantir que os Estado cumpram com os ditames da Lei Modelo incluindo: Analisar relatorio dos estado relativoas as medidas tomadas para eliminação Apoiar os Estados na adopção de medidasque ajudem a resolver o problema entre outras tarefas estabelecidas na Lei Modelo.